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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

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Academic year: 2023

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Agradeço a ele por me dar força e saúde para chegar até aqui, por dar tudo na hora certa, por me capacitar para isso, e por colocar pessoas incríveis ao meu lado que não me deixaram desistir durante esses anos. Agradeço a toda minha família, principalmente a minha avó Terezinha (in memoria), que tem me motivado a ser cada vez melhor na minha profissão para ajudar quem tanto precisa. Agradeço às minhas irmãs, Gabriela e Daniela, e aos meus cunhados que me apoiaram, acreditaram em mim e ajudaram a aliviar o estresse da faculdade.

Agradeço a minha amiga Wanessa por ser mais que uma amiga, uma irmã de Ouro Pret, que nossa amizade dure a vida toda. Agradeço a minha amiga Isabella por sempre me ouvir quando precisei, por me ajudar em tantas disciplinas, você é perfeita Bella, te amo. Obrigado ao nosso amigo EFAR Alex (em memória) por ser mais do que um grande amigo para mim.

Agradeço a Rafaela por se tornar uma boa amiga e por tornar a rotina do LAPLAMED tão fácil. Agradeço ao Nathanael por ser um grande amigo, por me ajudar e me ensinar tanto. Sou imensamente grato à Universidade Federal de Ouro Preto por todo conhecimento de qualidade adquirido e por tanto contribuir em minha vida acadêmica e pessoal.

Nesse contexto, pode-se dizer que 2/3 da população do planeta costuma utilizar as plantas como única fonte terapêutica (ARGENTA et al., 2011).

Guazuma ulmifolia Lamarck

Uso medicinal

Outro uso na medicina popular é a infusão das folhas para uso interno como sudorífico e antissifilítico (DA SILVA & BOEIRA, 2018), purgativo e purgativo (GUARIM NETO, 1984).

Atividades farmacológicas

No Peru, o chá da casca (não especificado) e das folhas é utilizado no tratamento de doenças renais e hepáticas (CARVALHO, 2007). Outro estudo avaliou a atividade antifúngica do extrato bruto de acetato de etila da casca do caule da mutamba contra o fungo Botrytis cinerea, demonstrando sua capacidade de inibir o crescimento do fungo (GARDENAL et al., 2018). Recentemente, um estudo do Laboratório de Plantas Medicinais (LAPLAMED) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) avaliou a capacidade do extrato etanólico do fruto de G.

Toxicidade

Ácido úrico: biossíntese, reabsorção e excreção

  • Hiperuricemia
  • O tratamento farmacológico para a hiperuircemia
  • Agentes Uricostáticos
  • Agentes uricosúricos

A taxa diária de acúmulo de ácido úrico é equilibrada pela secreção renal, na qual dois terços da quantidade total são excretados, enquanto o restante é eliminado pelos intestinos (PIANI et al., 2021). Existem vários transportadores tubulares renais localizados nos túbulos proximais responsáveis ​​por determinar o ácido úrico filtrado a ser excretado (Figura 5). No entanto, boa parte do ácido úrico filtrado, cerca de 90%, é reabsorvida nos túbulos proximais por meio de transportadores de ácidos orgânicos, que são responsáveis ​​tanto pela reabsorção quanto pela secreção de ácido úrico nos túbulos proximais (DA SILVA et al., 2018) .

O URAT1 é o principal transportador tubular de ácido úrico, funciona por meio da troca de íons urato com outros íons orgânicos monocarboxilados através da membrana luminal das células tubulares proximais (DA SILVA et al., 2018). Existe também o transportador GLUT9, responsável pelo transporte de glicose (CAULFIELD et al., 2008; VITART et al., 2008), este está relacionado com a reabsorção de ácido úrico e o transporte de frutose, o que pode explicar o aumento da dos níveis séricos de ácido úrico ao aumento da ingestão de frutose (NAKAGAWA et al., 2005; SÁNCHEZ et al., 2008). A hiperuricemia pode ser definida como níveis séricos de ácido úrico acima de 7,0 mg/dL para homens e 6,0 mg/dL para mulheres (FENECH et al., 2014) ou ainda quando os níveis séricos estão acima do limite de solubilidade de urato, em pH fisiológico, ou seja, superior a 6,8 mg/dL (HOSS, 2021).

Portanto, ao entrar na menopausa, as mulheres também começam a ter níveis mais elevados de ácido úrico, o que pode levar à hiperuricemia (CHOI et al., 2005). Portanto, o diagnóstico consiste na análise laboratorial de amostras de sangue e/ou urina para determinar a concentração de ácido úrico (PUIG et al., 2016). O tratamento da hiperuricemia visa reduzir os níveis séricos de ácido úrico para valores abaixo do seu ponto de saturação, o que é recomendado pelas diretrizes do ACR (American College of Rheumatology) de 2012, um valor de urato sérico inferior a 6 mg/dL em todos os indivíduos. , com uma meta ainda menor (<5 mg/dL) para pacientes com gota avançada.

O alopurinol inibe a síntese da produção de ácido úrico por atuar como um inibidor competitivo da xantina oxidase (DAY et al., 2007). A redução nos níveis séricos de ácido úrico ocorre entre 1 e 3 semanas após o uso e pode levar de 6 a 12 meses para efeitos significativos. A dose de 300 mg/dia foi a dose mais eficaz na redução dos níveis séricos de ácido úrico.

Em casos de níveis séricos de ácido úrico acima de 6,0 mg/dL após 2-4 semanas de tratamento, a dose de febuxostat pode ser aumentada para 120 mg/uma vez ao dia (AZEVEDO et al., 2017). Os uricosúricos, por sua vez, são ácidos orgânicos fracos que atuam diminuindo os níveis séricos de ácido úrico por meio do aumento da excreção renal. A segunda também parece estar relacionada com a reabsorção de ácido úrico (NAKAGAWA et al., 2005; SÁNCHEZ et al., 2008).

Outra situação no uso de medicamentos uricosúricos é seu uso associado ao alopurinol ou febuxostate, quando o uso destes isoladamente não consegue reduzir o nível de ácido úrico no soro (AMORIM, 2017. Há relatos também de nefrite intersticial que pode ser causada por reações de hipersensibilidade e relatos de danos túbulo-intersticiais causados ​​pela precipitação de cristais de ácido úrico na urina e inibição da síntese renal de prostaglandinas (DRUGS, 2021; MONTRULL et al., 1986).

Figura 4: Ciclo do Ácido Úrico
Figura 4: Ciclo do Ácido Úrico

Objetivo geral

Objetivos específicos

Equipamentos e materiais

Coleta dos Frutos

Preparo do extrato vegetal

Avaliação da atividade anti-hiperuricêmica

Animais

Preparo das soluções

Avaliação da atividade anti-hiperuricêmica

Dosagem do ácido úrico sérico

Avaliação da atividade uricosúrica do extrato - Dosagem de ácido

Análise estatística

As dosagens de ácido úrico urinário foram obtidas a partir da urina coletada durante 5 horas de experimentação, também de acordo com a metodologia de teste Bioclin®. Infelizmente, esta avaliação não pôde ser realizada para este trabalho porque o oxonato de potássio não chegou a tempo para a realização dos experimentos. A avaliação da atividade anti-hiperuricêmica foi realizada pela análise estatística dos dados obtidos das concentrações séricas de ácido úrico em cada grupo.

O grupo controle normal apresentava níveis séricos de ácido úrico dentro da faixa normal (6,8 mg/dL) e o grupo hiperuricêmico apresentava níveis séricos elevados de ácido úrico, compatíveis com hiperuricemia (>6,8 mg/dL). Os grupos controle positivo (alopurinol, benzbromarona e probenecida, drogas de referência) foram capazes de reduzir os níveis séricos de ácido úrico a níveis significativos quando comparados ao grupo hiperuricêmico. Os tratamentos com extrato etanólico do fruto Guazuma ulmifolia (EEFR) foram capazes de reduzir os níveis séricos de ácido úrico a níveis significativos em todas as doses avaliadas, quando comparados aos dados do grupo hiperuricêmico.

Os animais apresentaram níveis séricos de ácido úrico comparáveis ​​aos obtidos por tratamentos com medicamentos já utilizados na clínica.

Figura  10:  Efeitos  do  EEFR  sobre  a  concentração  de  ácido  úrico  no  sangue  dos  roedores,  induzidos  a  hiperuricemia  por  oxonato  de  potássio
Figura 10: Efeitos do EEFR sobre a concentração de ácido úrico no sangue dos roedores, induzidos a hiperuricemia por oxonato de potássio

Atividade Uricosúrica

A hiperuricemia é definida como um aumento nas concentrações séricas de ácido úrico acima de 6,8 mg/dL (SILVA et al., 2015). A perda de uricase de alguns mamíferos ao longo da evolução da espécie permitiu o acúmulo de ácido úrico no organismo (FERREIRA et al., 2008). Sabe-se que parte do ácido úrico provém da dieta, e outra parte se origina da última etapa da via de síntese e quebra dos nucleotídeos purínicos, onde a conversão irreversível da xantina em ácido úrico é feita pela enzima xantina oxidase.

Outra forma de levar o ácido úrico ao organismo é com sua reabsorção nos túbulos proximais por meio dos transportadores URAT1 e GLUT9 (ÁLVAREZ-LARIO & ALONSO-VALDIVIELSO, 2014; ANDRADE, 2012). O ácido úrico presente no organismo é encontrado na sua forma ionizada, urato, solúvel até a concentração de 6,8 mg/dL, que é o limite de sua solubilidade (VAZ, 2015). Existem vários fatores que levam a níveis séricos elevados de ácido úrico, incluindo fatores genéticos e não genéticos, associados a um estilo de vida com uma dieta mais rica em purinas (PINHEIRO, 2008).

Um dos mecanismos de ação dessas drogas é a inibição da xantina oxidase, que é a enzima responsável pela conversão irreversível da xantina em ácido úrico. Outro mecanismo pelo qual as drogas reduzem os níveis de ácido úrico é inibindo o transportador de ácido úrico no túbulo proximal, URAT1, resultando em aumento da excreção de ácido úrico. Como esperado, os resultados para esta droga mostraram uma diminuição do ácido úrico sérico.

A benzbromarona e a probenecida são fármacos uricosúricos, ou seja, agem inibindo o URAT1 e, como consequência, aumentam a secreção renal de ácido úrico (AZEVEDO et al., 2017). Sabe-se ao observar os resultados dos tratamentos com essas drogas, que confirmaram a atividade uricosúrica, uma vez que a taxa de excreção de ácido úrico aumentou significativamente nos animais tratados com benzobromarona e probenecida. Nota-se também que, neste estudo, o extrato etanólico dos frutos de Guazuma ulmifolia, em todas as doses avaliadas, foi capaz de reduzir os níveis séricos de ácido úrico.

Ao analisar os dados da excreção urinária, pode-se observar que na dose de 62,5 mg/kg a excreção de ácido úrico aumentou em relação ao tratamento com a dose de 31,25 mg/kg. No entanto, quando a dose foi aumentada para 125 mg/kg, não foi observada excreção de ácido úrico. A partir dos resultados obtidos, foi possível observar que o EEFR reduziu a concentração sérica de ácido úrico em todas as doses avaliadas.

Portanto, pode-se dizer que o EEFR tem atividade anti-hiperuricêmica e que um dos mecanismos pelos quais exerceu esse efeito foi por aumentar a excreção de ácido úrico na urina. O estudo também mostrou que existe a possibilidade de que a redução dos níveis séricos de ácido úrico tenha ocorrido devido à inibição da xantina oxidase hepática.

Imagem

Figura 1:  Árvore da Guazuma ulmifolia Lam.
Figura 2: Folhas de Guazuma ulmifolia Lam.
Figura 3: A: Frutos verdes; B: Frutos maduros de Guazuma ulmifolia Lam.
Figura 4: Ciclo do Ácido Úrico
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Referências

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LISTA DE FIGURAS Figura 1: Funções ou Processos do Processo Administrativo 18 Figura 2: Resumo dos Modelos da Administração Pública 28 Figura 3: Fases, Requerimentos e Fatores