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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

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Academic year: 2023

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Substituição de areia durante atividades de mineração em trecho do Rio Paraíba do Sul, em Tremembé, Estado de São Paulo: a. A utilização de areia de uso imediato em construções civis, principalmente na calha do rio Paraíba do Sul, tem afetado significativamente sua vazão hidráulica. O presente estudo teve como objetivo avaliar a intervenção da atividade minerária na dinâmica fluvial de um determinado trecho do Rio Paraíba do Sul, no município de Tremembé.

Dessa forma, a qualidade ambiental no trecho estudado do Rio Paraíba do Sul fica seriamente comprometida devido aos desequilíbrios causados ​​pelas ações antrópicas, como a mineração e as atividades agropastoris. Reposicionamento de areia durante atividades de mineração em trecho do Rio Paraíba do Sul, em Tremembé, Estado de São Paulo: um estudo de caso. A extração de areia para uso imediato na construção civil, especialmente na hidrovia do Rio Paraíba do Sul, tem afetado significativamente o seu escoamento hidráulico.

This study aimed to evaluate the influence of mining on river dynamics in a certain section of the Paraiba do Sul River at the city of Tremembé. Thus, the environmental quality of the studied stretch of the Paraíba do Sul River is seriously compromised in terms of imbalances caused by human activities such as mining and agro-pastoral activities.

INTRODUÇÃO

OBJETIVOS

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Aspectos físicos

  • Localização e acessos
  • Geomorfologia
  • Geologia
  • Hidrologia
  • Clima

O município de Tremembé está localizado no domínio geomorfológico do Planalto Atlântico, que se divide em três níveis: os planaltos e suas encostas (serras), o cristalino “mar de morros” e as planícies sedimentares, onde se encontra o Paraíba do Sul. Rio é. localizado (IPT, 1981) A região do Médio Vale do Paraíba, em seu trecho paulista, desenvolve-se no Gráben do Paraíba (vale afundado), entre os municípios de Jacareí e Cachoeira Paulista (Figura 1). São delimitados por terraços de 2 a 8 m acima do nível da várzea, sustentados por cascalho e areia.

Representam antigos estágios de deterioração que foram reincisados ​​pelo rio, denominados (AB'SABER 1977) Terraços de Várzea ou mais comumente Várzea fluvial Quaternária do Rio Paraíba, pois existem terraços Terciários adjacentes a esta Várzea. O rio Paraíba do Sul desemboca na bacia na região de Jacareí e tende em sua fronteira norte até a região de Pindamonhangaba, de onde a tendência se inverte e começa a contornar a fronteira sul (CRUZ 2011). O Vale do Paraíba está inserido no contexto do Rift Continental Sudeste do Brasil (RCSB), que representa uma importante feição geomorfológica que deu origem ao Gráben do Paraíba, onde está localizada a Bacia de Taubaté (RICCOMINI 1989) (Fig. 2).

Regionalmente, a bacia de Taubaté faz parte de uma série de bacias pertencentes à RCSB (RICCOMINI 1989). O vale do rio Paraíba do Sul desenvolve-se em um corredor quase retilíneo, com direção NE-SW, e é preenchido por sedimentos terciários pertencentes a diferentes unidades litoestratigráficas: Formação Resende, Formação Tremembé, Formação São Paulo, Formação Itaquaquecetuba e Formação Pindamonhangaba (RICCOMINI 1989, PENHA 2005, DNPM 2008, CRUZ 2011). As Formações Itaquaquecetuba e Pindamonhangaba foram depositadas no Neo-Terciário e se sobrepuseram aos sedimentos da Bacia de Taubaté.

Depósitos de tálus com seixos e blocos de rochas alcalinas com lama, próximos aos antigos terraços do rio Paraíba do Sul, depósitos coluvionares-aluvionares com argilas mal selecionadas, são originários do Pleistoceno. A área de estudo local inclui sedimentos não consolidados do Quaternário depositados no leito do rio Paraíba do Sul, mas as formações Resende e Tremembé ocorrem nas proximidades. A bacia do rio Paraíba do Sul está localizada entre 20°26' e 23°39' de latitude sul e 41° e 46°30' de longitude oeste, com área de aproximadamente 55.500 km², distribuída em três estados: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

O próprio rio tem seu curso marcado por sucessivas barragens, destinadas a fornecer água e energia elétrica às populações vizinhas, incluindo as cidades do Vale do Paraíba e da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (Figura 4). Considerando sua nascente mais afastada da foz, o Rio Paraíba do Sul nasce na Serra da Bocaina, no estado de São Paulo, com o nome de Rio Paraitinga, tomando o nome de Rio Paraíba do Sul na confluência com o Paraibuna, no a Barragem de Paraibuna. Percorre uma distância total de 1.137 km, desde a nascente do rio Paraitinga até sua foz em Atafona (São João da Barra), ao norte Fluminense.

Os principais afluentes do rio Paraíba do Sul são o Jaguari, o Buquira, o Paraibuna, o Piabanha, o Pomba e o Muriaé. Segundo Koppen, o médio vale do Paraíba possui clima mesotérmico Cwa, ou seja, subtropical, com verões quentes e chuvosos.

Figura 1 – Geomorfologia da região do Vale do Paraíba em seu trecho paulista. Destaque  para o Gráben do Paraíba
Figura 1 – Geomorfologia da região do Vale do Paraíba em seu trecho paulista. Destaque para o Gráben do Paraíba

A exploração de areia no Vale do Paraíba

Nos meses secos, de abril a setembro, a precipitação média mensal é inferior a 100 mm, com mínima de 25,8 mm em julho, e de 100 a 210 mm nos meses chuvosos de outubro a março, com máxima de 200 mm. a partir de dezembro. O mercado consumidor de areia concentra-se principalmente na região metropolitana de São Paulo, seguida pelo próprio Vale do Paraíba. Praticamente toda a produção de areia na bacia do Vale do Paraíba é destinada ao mercado de construção civil (SINDAREIA 2011).

Os municípios de Jacareí, Taubaté e Tremembé são os que mais concentram processos na fase de concessão minerária. A produção de areia na região é actualmente superior a 600.000 metros cúbicos por mês, enquanto na década de 1980 este valor era superior a 1.500.000 metros cúbicos, de acordo com informações orais dos mineiros da região. A diminuição da produção se deve a diversos fatores, como o esgotamento das reservas de Jacareí, o aumento da produção de areia na região metropolitana de São Paulo, a criação da zona mineral na bacia do Paraíba do Sul, restrições ao licenciamento de novas áreas, além de maiores exigências e controles por parte dos órgãos ambientais (CRUZ 2011, RAMPANELLI 2011).

Impactos ambientais oriundos da exploração de areia em leito de rio

As atividades de extração de material do leito do rio provocam alterações diretas no canal do rio, como alteração da geometria do leito, o que pode prejudicar a estabilização das margens, a mitigação de enchentes, alterando a seção transversal e o perfil longitudinal do rio. entre outros. O aprofundamento do leito real e a modificação de sua rugosidade podem ser efeitos classificados como impactos imediatos, observáveis ​​durante e após a instalação da atividade minerária (OLIVEIRA 2002). O aprofundamento do leito do rio e a redução de sua rugosidade aumentam a eficiência e a velocidade do fluxo, compensando a diminuição observada na inclinação do canal (CHRISTOFOLLETTI 1980).

A remoção de material do canal do rio, que forma uma “barreira física” natural que contém e regula a entrada de sedimentos a jusante, perturba o equilíbrio dinâmico entre a entrada de sedimentos no canal e sua distribuição ao longo dele (OLIVEIRA 2002). A maior velocidade do fluxo das águas, associada aos períodos de chuva, também aumenta a pressão da corrente sobre as margens, podendo resultar em danos às mesmas (OLIVEIRA 2007). Mudanças no perfil longitudinal de um canal também podem alterar o nível das águas e o nível de base de outros rios que compõem a bacia hidrográfica.

Esta rede, para voltar a equilibrar-se, deverá adaptar-se ao novo nível de base, aprofundar o talvegue e aumentar o entalhe das margens dos rios.

MATERIAIS E MÉTODOS

Materiais

Métodos

RESULTADOS

Caracterização da substância lavrada

Regime pluviométrico

Avaliação da reposição da areia através de seções transversais

Nos períodos de chuva há maior vazão de água nos rios, então a quantidade de material transportado também é maior, o que aumenta a carga de sedimentos no canal. Durante o inverno, que corresponde à estação seca na região, menos material é transportado para (e através) dos rios, portanto a carga de sedimentos é menor. Em determinados pontos estudados, o rio Paraíba do Sul recebe água de alguns afluentes, que por sua vez transportam sedimentos para este rio, aumentando a reposição de areia em seu leito.

A substituição de areia no trecho estudado do Rio Paraíba do Sul foi observada em diferentes épocas do ano. Como esperado, a recuperação da areia foi mais rápida no período de verão e mais lenta no período seco. A reposição completa do material foi medida após a interrupção da dragagem, em duas temporadas em cada ano de observação.

O tempo total para reposição de materiais em cada trecho do rio pode ser visualizado na Tabela 7. Embora o município de Tremembé possua diversos empreendimentos minerários, nem todos exploram areia no leito do rio Paraíba do Sul. , o empreendimento mais próximo, que extrai areia no leito, está localizado 2 quilômetros a montante.

No troço abrangido pelo primeiro projecto (localizado mais a montante), a recuperação de areia demorou em média 4 dias no Verão e 10 dias no Inverno em 2010. Em 2011, a recuperação de areia foi relativamente mais rápida, apesar de um ano mais seco, durando entre 3 dias no verão e 7 dias no inverno. A taxa relativamente elevada de substituição de areia neste trecho estudado pode ser explicada pela presença de um afluente do rio Paraíba do Sul, alimentando-o com sedimentos de outras regiões.

Na trajetória investigada abaixo, aqui chamada de trajetória intermediária, onde foram realizadas 5 trajetórias batimétricas, a reposição de areia em 2010 durou 10 dias no verão e 14 dias no inverno. A menor taxa de reposição de areia nesta parte central se deve à exploração no empreendimento imediatamente a montante e também à presença de mais dragas que investigam os sedimentos no fundo deste trecho do rio. Na última fazenda estudada, localizada mais a jusante das outras duas, a reposição de areia em 2010 foi de 25 dias no verão e 32 dias no inverno, enquanto em 2011 foi de 27 dias no verão e 31 dias no inverno.

Por fim, o último trecho batimétrico foi realizado a jusante de todos os demais, onde foi observado o menor nível de troca de sedimentos, devido às atividades de levantamento realizadas a montante.

Tabela 2 – Dados de batimetria levantados durante o verão de 2010.
Tabela 2 – Dados de batimetria levantados durante o verão de 2010.

CONCLUSÃO

Análise preliminar dos impactos da atividade minerária no leito do rio Cubatão do Norte (Joinville, SC) sob a perspectiva da geomorfologia.

Imagem

Figura 1 – Geomorfologia da região do Vale do Paraíba em seu trecho paulista. Destaque  para o Gráben do Paraíba
Figura 2 - Mapa geológico do trecho paulista do Vale do Paraíba. Fonte: modificado de Cruz  (2011)
Figura  3  -  Coluna  estratigráfica  das  bacias  do  Vale  do  Paraíba.  Letras:  p-  leques  aluviais  proximais;  m-d  –  leques  aluviais  medianos  a  distais  associados  à  planície  aluvial  de  rios  entrelaçados; t- depósitos de tálus; c- depósi
Figura 4 - Localização da Bacia do Rio Paraíba do Sul. Fonte: CBH-PS (2011).
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Referências

Documentos relacionados

Assim sendo, a revitalização de programas de governo para a dinamização e aumento da produção de grãos em toda a região sudoeste do Estado do Tocantins, deve ser analisado sob a