Diante desse cenário, países ao redor do mundo parecem estar estabelecendo políticas públicas e regulatórias para promover a mobilidade elétrica (EM). O Observatório da Mobilidade Elétrica do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GESEL–UFRJ) busca, assim, contribuir para a sistematização e disseminação do conhecimento, identificando boas práticas, lacunas, desafios e perspectivas para a trajetória da baixa -mobilidade do carbono a nível nacional e internacional. O novo projeto de lei n. tramitando no Senado Federal, denominado Programa de Modernização Veicular e Mobilidade Elétrica (MoVE Brasil), prevê medidas para incentivar a transição para um transporte não poluente e a instalação de postos de recarga para veículos elétricos.
O documento refere ainda que a gestão da operação da rede de postos de carregamento inclui a gestão dos fluxos energéticos e financeiros relacionados com a operação da rede de mobilidade elétrica. Por exemplo, o operador de rede seria o agente responsável pela instalação e desenvolvimento dos sistemas de tecnologias de informação e comunicação para a integração da rede de mobilidade elétrica.
Alemanha: Incentivos Públicos e a Expansão da Mobilidade Elétrica
Como mostra o gráfico 4, a participação de mercado de carros elétricos no país cresceu exponencialmente nos últimos dois anos. No entanto, vale ressaltar que a expansão das vendas de carros elétricos acarreta a necessidade de maiores investimentos na expansão da infraestrutura de recarga. A Tabela 1 mostra a participação de mercado para carros elétricos (híbridos plug-in e elétricos a bateria) e pontos de carregamento por 100 km em países europeus.
Espanha: Atrasos na Mobilidade Elétrica e Novo Projeto Estratégico
Em artigo intitulado "Descarbonização do transporte na Espanha", de Emilio de las Heras, Engenheiro Marítimo pela Universidade Politécnica de Madri e MBA pela Universidade de Chicago, o autor busca analisar a posição da Espanha no incentivo à mobilidade verde, em comparação com os principais países da União Europeia. Em julho, o Conselho de Ministros aprovou o Projeto Estratégico para a Recuperação e Transformação Económica dos Veículos Elétricos e Conectados. Segundo o governo espanhol, o objetivo desta iniciativa é criar o ecossistema necessário para o desenvolvimento e produção de VEs e transformar a Espanha no polo europeu da eletromobilidade.
O projeto é baseado na cooperação público-privada e focado no fortalecimento das cadeias de valor da indústria automotiva espanhola, que é considerada um setor estratégico para o país. O desenvolvimento deste projeto prevê um investimento total superior a 24 mil milhões de euros no período, com um contributo do setor público de 4,3 mil milhões de euros e investimentos privados estimados em 19,7 mil milhões de euros. O Ministério da Indústria estima que a geração de empregos por este projeto pode chegar a 140.000 postos de trabalho, e a contribuição para o PIB ficará entre 1% e 1,7%.
Espanha: Projeto Estratégico para a Recuperação e Transformação Econômica do Veículo Elétrico e Conectado
Projeto em Destaque
O governo sul-coreano anunciou uma estratégia ambiciosa para explorar o mercado doméstico de baterias, chamada "Estratégia de Desenvolvimento de K-Battery". O plano de desenvolvimento foi anunciado pelo presidente Moon Jae-in em um evento na fábrica de baterias da LG Energy Solution em Ochang, com a presença de executivos de três grandes empresas coreanas da área: LG Chem/LG Energy Solution, SK Innovation e Samsung SDI. Atualmente, esse mercado é dominado pela China, como pode ser observado no Gráfico 5, que mostra a participação dos países líderes na capacidade instalada de produção de baterias de lítio.
Coréia do Sul: Estratégia de Desenvolvimento do Mercado de Baterias
A medida reúne esforços de diversos agentes interessados nessa tecnologia, como universidades, instituições formadoras de recursos humanos, grandes empresas e o próprio governo. Assegure a tecnologia de ponta da bateria o mais rápido possível (baterias de enxofre de lítio estarão no mercado em 2025, baterias de estado sólido completo em 2027 e baterias de metal de lítio em 2028). Quanto aos valores já anunciados, a estratégia incluirá 1,5 trilhão de won (US$ 1,305 bilhão) destinados a um financiamento especial para apoiar o desenvolvimento de novas baterias coreanas.
Além disso, serão realizados grandes projetos de P&D no valor de mais de 500 bilhões de won (US$ 435 milhões), e um parque de baterias avançado será estabelecido para fornecer suporte abrangente para pesquisa, avaliação empírica e treinamento de profissionais. O anúncio também observa que será dado apoio intensivo a projetos que liguem grandes grupos empresariais a unidades de produção de baterias que possam desenvolver tecnologias-chave em conjunto com pequenas e médias empresas. Estima-se também que a colaboração entre universidades, instituições de formação de recursos humanos, indústria e governo ajudará a formar mais de 1.100 profissionais a cada ano para atender às necessidades das empresas.
Devido a esse cenário de forte incentivo, os três principais fabricantes de baterias sul-coreanos investirão KRW 20,1 trilhões (US$ 17,487 bilhões) em pesquisa e desenvolvimento e KRW 20,5 trilhões (US$ 17,835 bilhões) em instalações até 2030. Este anúncio reflete o plano de expansão. das empresas: LG Energy Solution, SK Innovation e Samsung SDI. Além disso, o setor foi responsável por mais de 40% do consumo total de petróleo do país, fator que demonstra sua vulnerabilidade a fatores externos no cenário atual, já que a maior parte deste combustível é importada.
Assim, o governo central e vários estados indianos estão estabelecendo incentivos para a adoção de VEs em diferentes segmentos do setor de transporte.
Índia: Renovação do Programa de Incentivos aos Veículos Elétricos
O país se comprometeu a reduzir a intensidade das emissões entre 33-35% em 2030, tendo como referência os níveis de 2005. Estima-se que este setor indiano contribua para a emissão de 142 milhões de toneladas de CO2 anualmente e somente o transporte rodoviário é responsável por quase 90% dessas emissões. Nesse contexto, a eletrificação da mobilidade é uma alternativa atraente para o país cumprir suas obrigações ambientais e, ao mesmo tempo, atender à crescente demanda por energia, derivada do rápido crescimento econômico e urbano que a Índia deve continuar experimentando nos próximos anos. .
Os incentivos do lado da demanda são elegíveis para ônibus elétricos e ônibus elétricos e híbridos de quatro, três e duas rodas. Os subsídios são baseados na capacidade da bateria do veículo (kWh), sendo o seu custo o principal fator responsável pela diferença nos valores de aquisição dos VEs relativamente aos veículos de combustão. Em junho passado, foi anunciado que o programa seria estendido até 31 de março de 2024, com maiores incentivos para fabricantes de VEs.
Acredita-se que esta revisão, somada à introdução de novas políticas por parte dos estados, permitirá uma rápida penetração dos VEs no mercado indiano.
Canadá: Novas Metas de Vendas de Veículos Elétricos
Indústria
Automobilística
Metas e Estratégias
O Quadro 1 sintetiza os alvos mais relevantes dos players estratégicos do setor durante o mês de julho. De acordo com a ACEA, a participação de mercado dos carros elétricos nas vendas de carros novos dobrou no segundo trimestre de 2021. Os carros totalmente elétricos representaram 7,5% das vendas de veículos novos na Europa, contra 3,5% no segundo trimestre de 2021. 2021. 2020.
Tabela 1 – Novas metas e estratégias dos players do setor automotivo anunciadas em julho Empresa/grupo Escopo Novas metas Novas estratégias. Em julho, o primeiro veículo eletrificado produzido em massa no país é um caminhão. A iniciativa afirma que a autonomia do veículo é suficiente para cobrir um dia de trabalho, possibilitando concentrar a infraestrutura de carregamento em garagens durante a noite.
Dependendo da configuração do veículo e da capacidade do carregador, é possível recuperar 80% da energia em 45 minutos. A ABB Electrification, líder mundial no segmento de carregamento para mobilidade elétrica, será parceira estratégica da Volkswagen Caminhões e Ônibus no e-Consórcio, iniciando uma nova era de produtos e soluções para o ecossistema de transporte e logística.
Volkswagen Caminhões e Ônibus
Iniciativa Destaque no Brasil
Perspectiva em Destaque
Wood Mackenzie: Projeções de mercado de Veículos Elétricos
Inovações Tecnológicas
Cenário Nacional
Aplicação de Nióbio nas Baterias dos Veículos Elétricos
Projeto Destaque
Cenário Internacional
Inovações Destaque
DoE: Nova Bateria de Metal de Lítio
Charge: O Mais Potente Carregador Móvel para Veículos Elétricos do Mundo
Porsche e Nova Bateria com Elevado Grau de Eficiência
Sustentabilidade Ambiental
Empresas e Sustentabilidade
Iniciativas de Destaque
EDP: Aumento no Número de Recargas no Ano de 2020
Em junho, o Lactec, centro de ciência e tecnologia do Brasil, firmou parceria com a Renault para desenvolver um projeto de mobilidade elétrica sustentável em Curitiba (PR). Além disso, o Lactec participa do desenvolvimento de soluções que favorecem a eletrificação da mobilidade há quase uma década. O sistema consiste em um aplicativo de compartilhamento de carros que permite aos usuários reservar veículos elétricos fornecidos pelo fabricante do carro.
O Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT) divulgou um novo estudo estimando as emissões globais de veículos elétricos de médio porte nos Estados Unidos, China, Europa e Índia em 2021. Por exemplo, até a China e a Índia usam mais carvão na geração de energia elétrica , os veículos elétricos nesses países ainda teriam emissões globais mais baixas do que os veículos de combustão interna. Refira-se que o relatório assume que a viatura foi matriculada em 2021 e irá circular cerca de 18 anos.
No final de junho, a Agência Europeia do Meio Ambiente (EEA) publicou em seu site os últimos dados preliminares sobre as emissões médias de automóveis de passageiros e vans para o ano-base 2020. Segundo a agência, todos os países incluídos na análise alcançaram um redução das emissões médias de CO2 dos veículos novos no período. Desta forma, os números confirmam os efeitos positivos da eletrificação da mobilidade no meio ambiente.
Segundo a AEA, as emissões dos automóveis no cenário apresentado representaram uma redução de 12% face a 2019, com emissões de dióxido de carbono equivalentes a 107,8 g CO2/km.
Projetos de Destaque
Projeto ReLib
Reciclagem de Baterias
Projeto ReCell
Considerações Finais
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Observatório de
Mobilidade
Elétrica
Equipe de Pesquisa
Pesquisadores: Luiza Masseno Leal Vinicius José da Costa
