XXIV Congresso de Iniciação Científica
VARIAÇÕES ARTROGONIOMÉTRICAS METATARSOFALÂNGICAS E INTERFALÂNGICAS DO MEMBRO PÉLVICO DE EQUINOS
SUBMETIDOS À TENECTOMIA DO FLEXOR DIGITAL MEDIAL.
Fernanda Lanzelotti1 , Carlos Alberto Hussni2,Dietrich Pizzigatti3 .Unesp - Botucatu, FMVZ- Faculdade de Medicina Veterinária, fernandalanzelotti@hotmail.com, Bolsa PIBIC.
1Aluna de graduação em Medicina Veterinária, Bolsista PIBIC-RT,UNESP
2Professor Adjunto, Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária - FMVZ, UNESP, Botucatu
3Aluno de doutorado em Medicina Veterinária - FMVZ, Botucatu, Bolsista FAPESP
Palavras Chave:Artrogoniometria, Tenectomia, Flexor digital medial.
Introdução
A tenectomia do flexor digital medial (TFDM), também conhecida como tenectomia da cabeça medial do tendão flexor digital profundo, é uma técnica cirúrgica ortopédica indicada para corrigir a subluxação dorsal interfalângica proximal no membro pélvico de equinos1;2 . Esse trabalho tem como objetivo estudar a influência direta desta técnica sobre os ângulos articulares metatarsofalângico (AMTF) e interfalângicos proximal (AIP) e distal (AID) e sobre os cascos do membro pélvico de equinos.
Material e Métodos
Foram utilizados seis equinos sadios adultos, estes foram submetidos à tenectomia do flexor digital medial com acesso metatarsiano proximal pela face medial no membro pélvico direito. O controle foi o membro esquerdo, e para isso utilizaram-se exames radiográficos no sentido latero-medial abrangendo o metatarso até a falange distal. Também foram mensurados os ângulos metatarsofalângico e interfalângicos proximal e distal. Utilizando as imagens radiográficas digitalizadas, com auxílio do programa Corel®, foi possível realizar as artrogoniometrias (Figura 1), realizado de modo semelhante, nos momentos pré-operatórios e aos 15, 30 e 60 dias após a cirurgia. Do mesmo modo foram tomadas medidas dos cascos dos membros pélvicos, quanto ao ângulo e comprimento da pinça, largura e comprimento do casco, da ranilha, ângulo e altura dos talões, para ambos os membros nos mesmos momentos. As medidas dos membros nos momentos foram comparadas estatisticamente utilizando-se a ANAVA (p<0,050) e quando as diferenças eram significativas estes resultados foram submetidos ao teste de Tukey.
Resultados e Discussão
Os ângulos articulares distais metatarsofalângicos e interfalângicos proximal e distal não diferiram entre os membros nos momentos. Houve diferença entre os momentos, diminuindo o ângulo interfalângico proximal aos 30 e 60 dias, sem que isso pudesse ter relação justificável pela tenectomia praticada. Os cascos tiveram aumento discreto do comprimento da pinça e redução do ângulo do casco tomado pela pinça em decorrência da tenectomia do flexor digital
medial. Consideramos que a cirurgia praticada em deformidades flexoras pélvicas interfalângicas distais (NICOLETTI et al., 2006; THOMASSIAN, 2005) e na subluxação dorsal interfalângica distal, ora utilizada em animais hígidos, não causou efeitos deletérios significativos.
FIGURA 1: Artrogoniometria metatarsofalângica e interfalangeanas distal e proximal a partir do exame radiográfico, com uso da ferramenta de dimensão angular do programa computacional Corel Draw 12®.
Conclusões
Conclui-se que a tenectomia do flexor digital medial aplicada membro pélvico é de fácil realização e que mesmo indicada na correção de enfermidades, não interfere significativamente nos ângulos distais e no formato dos cascos do membro de equinos hígidos.
Agradecimentos
À UNESP pela concessão da bolsa PIBIC RT.
Referencias
NICOLETTI, J.L.M.; ALVES, A.L.G.; HUSSNI, C.A.;
THOMASSIAN, A. Tenectomia da cabeça medial do flexor digital profundo em equinos.
Veterinária e Zootecnia, Botucatu. v. 13, n. 2, p.
169-172, 2006.
THOMASSIAN, A. Enfermidades dos cavalos. 4 ed. Editora Varela: São Paulo, 2005, 573p.