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Zilles

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Academic year: 2023

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Acredite e conheça: pilares da vida de Urbano Zilles/Carolina Argenti Rocha; organizadores Ana Zilles, Ricardo Recktenwald. Este livro pretende ser uma homenagem a Urbano Zilles para todos que conviveram e convivem com ele.

Anzol e linha eram brinquedos

Desde a década de 1920, a Volksverein für die Deutschen Katholikenin Rio Grande do Sul (Associação Sindical Popular dos Católicos de Língua Alemã do Rio Grande do Sul) buscava novas áreas para assentamento dos descendentes de imigrantes. Para atravessar o rio Uruguai, de águas escuras e correntes fortes, foi necessário embarcar em uma balsa, algo bem rudimentar.

A construção de uma vila

À família Zilles, assim como aos outros três, foram concedidas terras em uma região distante do centro da colônia, numa área chamada Linha São João, uma comunidade católica. Quando as fontes de água secaram, o menino Urbano teve que levar seu cavalo para beber em uma nascente que também era frequentada por animais silvestres.

Passos firmes e corajosos

Como não havia médico por perto, Felipe tentou imobilizar e amarrar o braço do filho, que foi cicatrizando aos poucos. Contemporânea da escola, Valesca Maria Schneiders, ainda moradora de São João do Oeste, conta que como não havia refeitório, as crianças levavam o lanche de casa para serem compartilhados.

Um exemplo de fé e ciência

A escola primária de São João do Oeste acomodava a quarta série, mas a vontade de aprender era grande. Fotos da família, tiradas por Urbano, ainda estão penduradas nas paredes da casa dos Zilles, em São João do Oeste.

As primeiras lições

Este trabalho foi muito importante para que ele pudesse cobrir suas despesas educacionais e poder continuar seus estudos. A primeira licença foi obtida em São Sebastião do Caí, município onde havia avaliador credenciado para licenciar o estado.

A política estudantil como instrumento

Os recursos não apenas pagaram seus estudos, mas foram suficientes para comprar uma máquina de escrever, algo caro e raro para um estudante da época. Os professores disseram que ele era uma inteligência rara que precisava ser explorada e por isso o recomendaram para a Alemanha”, garante a casa de Dadeus Grings.

A grande jornada

O cardeal Alfred Bengsch, que participou da inauguração em 1962, foi impedido de deixar a Alemanha Oriental. A minha justificação para ir para o outro lado foi que queria ver Berlim Oriental”, recorda.

Novos hábitos

A nova rotina na Alemanha acabou sendo um momento de crise até para o seminarista, que ainda não havia tomado decisões sobre sua vida. Embora a vida dos monges fosse muito rigorosa, para ele e seu colega era muito mais livre.

Uma missão com os jovens

Outra fonte de renda de Urbano era a fotografia, o que o levou a trabalhar no cinema. Quando já morava na Alemanha, foi chamado novamente pela equipe de filmagem, mas desta vez sua participação seria como ator.

A celebração da fé

Porém, um morador de São João do Oeste, Arno Schuler, esteve presente no evento, representando a comunidade onde cresceu. A voz de Miriam foi gravada em uma fita cassete enviada à Alemanha a tempo de ser ouvida pelo sacerdote recém-ordenado.

Humor e acolhida

Astéria Körbes também lembra da correspondência que seu pai, Helmuth Körbes, recebia do Padre Urbano. Padre Urbano já apresentava um programa semanal de rádio na Deutsche Welle. Do outro lado do Oceano Atlântico, o programa do Padre Urbano era ouvido pela família em ondas curtas.

Foto para a primeira carteira de  trabalho na PUCRS.
Foto para a primeira carteira de trabalho na PUCRS.

Uma visita providencial

Ele viu que no local onde se encontrava havia uma imagem de Cristo na qual ele estava representado com barba e cabelos longos. O que ele não sabia é que o avião da Transbrasil em que o voo estava prestes a embarcar havia caído em Curitiba (PR), matando todos a bordo. Como não havia muitas informações sobre São João do Oeste, não se sabia se seria esse o voo em que ele estaria.

Laços de amizade

Na quarta-feira seguinte, ao chegar à Universidade, foi informado pelos alunos que a sala estava pronta para ele compensar a hora perdida e a do dia. Ela queria a opinião do padre sobre um pedido de estudante, pois na ausência do monsenhor Stindt – que estava viajando – ele era o substituto. Tanto que, aos domingos, não se preocupava com o almoço, pois sempre era convidado a participar das refeições com a família de um oficial, em casa ou em restaurantes.

Revolução nos costumes

A Alfândega se recusou a liberá-los, alegando que teria que esperar 14 dias no Rio de Janeiro. Para confirmar seu doutorado foi necessário levar a documentação à alfândega e obter o reconhecimento das assinaturas do reitor da universidade e do prefeito de Münster pelo consulado brasileiro. Começou assim uma carreira de dedicação ao ensino, à ciência e ao conhecimento que ainda hoje é recordada por alunos, professores e antigos colegas da Universidade.

Vida dedicada ao ensino

A mesma lei previa que os examinadores seriam compostos por cinco doutores e como não eram muitos no Rio Grande do Sul, Urbano foi convidado a integrar as bancas de concurso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Grande do Sul. Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e também na PUCRS. Os jesuítas o convidaram para substituir o padre Paulo Fonseca, que havia sido professor de Desenho Geométrico em Kappesberg, em Salvador do Sul. Após uma conversa entre os dois e o provincial, tornou-se professor da universidade jesuíta por cinco anos. o curso de Teologia foi transferido pelos padres para Belo Horizonte (MG).

Um rumo certo

Também foi chamado para ministrar o curso de teologia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, em São Leopoldo, cidade a 40 km de Porto Alegre. Entre 1980 e 1982, morando em Porto Alegre, auxiliava nos finais de semana nas missas da Paróquia São Pedro, no bairro Floresta, em Porto Alegre. Para realizar este primeiro retiro foram convidados líderes da Emmaús de São Paulo e Monsenhor Calazans.

Ação de evangelização

A iniciativa do Padre Zeno acabou gerando polêmica, pois os direitos autorais do manual e da música foram registrados como exclusivos dos Emavs, e como não pediram autorização para utilizá-los, Monsenhor Calazans quis processá-los. Eram jovens de Emaús que saíram da faculdade e pararam na igreja para uma reunião. Os encontros festivos organizados pelos jovens de Emaús ficaram profundamente gravados na memória de Urbano.

Quebrando paradigmas

Eu diria que você é mais responsável, no sentido de que tem que cuidar de tudo. Ao voltar para casa depois da missa, Zilles foi surpreendido pelos vizinhos que o esperavam no hall do prédio. A partir daí, um vínculo de amizade e confiança foi estabelecido entre Zilles e os demais moradores do prédio.

Companhia e incentivo

A família recebeu a visita de Zilles durante 15 dias, durante os quais ele aproveitou para colocar conversas em dia e visitar a Universidade de Cambridge. Ana mudou-se para Porto Alegre em 1978, ano em que iniciou o ensino médio na Escola Padre Rambo. Durante o doutorado em Münster, o Padre Urbano Zilles viveu no colégio Friedrichsburg das Schwestern der Göttlichen Vorsehung (Irmãs da Divina Providência em Münster).

CONHECIMENTO

Contato com novas culturas

O único que soube realizar a celebração em inglês foi Zilles, que era capelão do Exército dos EUA em Ludwigsburg, na Alemanha. Zilles foi um observador convidado, uma vez que a Igreja Católica Apostólica Romana não é membro do Conselho, que era composto por mais de 200 instituições. Mostrou-me como o Papa também é uma referência para as igrejas cristãs não católicas”, pensa Zilles.

Dedicação ao clero

Foi um pouco como a ideia de Dom Vicente: ser padre, ter uma especialidade e estar ao serviço, isso enriquece o clero, a arquidiocese e a Igreja no contacto com o mundo.

Reafirmação pela carreira acadêmica

Preocupado com as diversas tarefas que o novo cônego já tinha em sua rotina, o cardeal Vicente Scherer ligou para ele e explicou que se tratava de um título honorário e que sua presença não era necessária para os negócios da catedral. Um mês depois, a imprensa noticiou que o Papa João Paulo II havia conferido o título de monsenhor a alguns padres brasileiros. Na altura, foi muito retumbante, porque não era habitual um padre da minha idade – na altura com 44 anos – receber esta nomeação, que normalmente é dada a padres nomeados bispos ou com mais de 65 anos”, sublinha. e explica. que ele é seu capelão.papista.

Uma missão ao lado da comunidade

Embora tenha se afastado da liderança do movimento juvenil, atuou em quase todos os cursos. Como o movimento não dispunha de muitos recursos, o então presidente, Luis Emílio Correia Maia, perguntou a Monsenhor Zilles se poderia transferir a sede do movimento para Maronita, onde era pároco. Foi a partir dessa transferência que as celebrações semanais do movimento passaram a ser realizadas aos domingos.

Um desafio retumbante

Foi nos primeiros anos de sua gestão na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação que Zilles convidou Ruth para ministrar um curso interdisciplinar de Museologia na PUCRS, inédito no estado. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Doutorado, Urbano Zilles, recebeu homenagem do Reitor da Universidade, Ir. Norberto Rauch. Por isso, logo após Zilles assumir a reitoria de pesquisa e pós-doutorado (PRPPG), ele convidou 42 empresários para conversar com os professores.

Um olhar voltado para os avanços da medicina

Conselheiro e empreendedor

Muza Naime lembra ainda que os manuscritos que chegavam para publicação passavam primeiro pela mesa de Zille. O período em que a EDIPUCRS esteve sob o comando de Zilles e Muza Naime é reconhecido como aquele em que vários títulos foram publicados pela imprensa universitária. À frente do Vicariato da Cultura durante 10 anos, teve sob a sua supervisão todas as matérias não só relacionadas com a cultura, mas também com a educação, o ecumenismo e o diálogo inter-religioso.

Professores em rede

Pelas condições técnicas de acesso à rede, ela garantiu a conexão da universidade ao sistema da UFRGS, que encaminhava as informações para São Paulo por meio de cabos. A aquisição pela universidade federal só poderia ser feita por meio de licitação, atrasando a chegada da tão esperada Internet aos computadores da instituição católica. O departamento técnico da Universidade pretendia que fosse instalado em todos os edifícios um computador com acesso à Internet.

Aroma do cachimbo: sinal de sua presença

Para garantir a capacitação para operar as máquinas, funcionários da reitoria realizaram cursos no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Clarissa Lopes Bellarmino, que trabalhava no departamento antes da chegada de Zilles, lembra o impacto que a liderança de Monsenhor teve na equipe do vice-reitor. Ao final dos 17 anos de liderança, a instituição contava com 21 programas de mestrado e doutorado em funcionamento e um legado de conhecimento, expansão da pós-graduação e formação de um corpo docente pioneiro.

O início de um novo ciclo

Zilles foi homenageado por cerca de 200 professores, autoridades da PUCRS, da Arquidiocese de Porto Alegre e do governo do Rio Grande do Sul. Monsenhor Urbano Zilles teve, e ainda tem, papel de destaque no processo formativo da nossa Arquidiocese. Nesse sentido, a Arquidiocese de Porto Alegre, mas não apenas a região Sul 3 da CNBB, Rio Grande do Sul, teve o privilégio de contar.

Tempo para refletir

Nas reuniões promovidas pela Associação dos Itapiranguenses da Grande Porto Alegre (Assipa), ele está sempre presente. A associação foi fundada em setembro de 1976 com o objetivo de ajudar jovens da cidade do Oeste Catarinense que estudavam em universidades de Porto Alegre e região. Todos os anos, os associados do Emaús de Porto Alegre realizam uma missa festiva durante o verão, chamada Maranatha, na paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, em Tramandaí.

FAMÍLIA ZILLES

URBANO ZILLES

2002 2003 Prêmio Pesquisador Destaque da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), na área de Ciências Humanas e Sociais. 2006 Membro do Conselho Superior da Fapergs, indicado pelo Governador do Estado do Rio Grande do Sul – Publicado em D.O. 2016 Homenagem de Emaús da Arquidiocese de Porto Alegre pela celebração dos 50 anos de ordenação sacerdotal de Urbano Zilles, diretor espiritual e pioneiro do movimento no Rio Grande do Sul.

POR ORDEM CRONOLÓGICA)

Para a elaboração deste livro foram realizadas entrevistas com os citados a seguir, nas quais foram aprofundados assuntos relacionados a Monsenhor Urbano Zilles. Dezenas de conversas com amigos, paroquianos, ex-alunos e familiares de Urbano Zilles também forneceram informações valiosas para a pesquisa. Palestra proferida em 27 de abril de 2006 no Simpósio de Doutrina Social da Igreja da Faculdade de Teologia da PUCRS.

Imagem

Foto para a primeira carteira de  trabalho na PUCRS.

Referências

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- A classe Disciplina, entretanto, não deverá possuir um ponteiro para o Próximo.. Isto deverá estar em uma classe associada chamada ElDisciplina relacionada