N9 53
O PROBLEMA DE CREDIBILIüWE D1 roL!TlCA ECONôMICA RUBENS P. c'YSNE
!NDICE
o
PROBLEMA DE CREDIBILIDADE EM
POLtTICA ECONQMICA
.1.
Página
1. O Modelo 20m Contratos Salariais Justapostos 11
1.1 - O Programa de Estabilização com
Credibilidade 15
1.2 - O Programa de Estabilização com
Aus~ncia de Credibilidade 30
.2.
o
PROBLEMP. DE CREDIBILIDADE EM POL!TICA ECONOMICARubens P. Cysne
Não
é
incomum se ouvir hoje em dia que urna dascausas da atual crise brasilei!'"a é a falta de credibilidade
no governo. Argumenta-se em geral que qualquer tentativa de
estabilização por parte deste último nao encontra senão odes
crédito dos agentes econômicos, que continuam a estipular pr~
ços e salários corno se nada houvesse ocorrido. A despeito do
elevado ql au de indexação existente, o sempre presente segme,!!
to de ajuste 2810 ffi8rcado assegura a reconhecida
permeabili-dade da economia a este tipo de atitude. Neste sentido, se o
governo realmente segue urna polltica contracionista que refI! ta suas promessas de estabilização, os valores reais das
va-riáveis anteriormente contratadas terão sido maiores do que
o esperad~ gerando pnbl~ adicionais ao já conturbado
qua-dro econômico. O problema nao
é
exclusivo do Brasil, nem depaises considerados subdesenvolvidos. Nos Estados Unidos, por
exemplo, foi utilizado pelos chamados novos
clássico~l)
para.3.
justifici;r ,-' !~ ;-'ltal recessao vivida por este país nos aLO!c,
1981-82. De acordo com esta corrente, o combate
i
inflaóinpor restriç6es monet§rio-fiscais seria indolor, bastando para isto que os agentes econômicos informados e convencidos a
respeito da política contracionista a ser implantada. A asser
tiva, decorrente de modelos que fazem uso de expectativas
ra-cionais e, além disto, da ousada hi.pótese de "equilíbrio dos
mercados", encontrou no desemprego dos anos 1981-82 um
fla-grante desafio
ã
sua aXiomâtjca. Uma modificaç~o possível des ta úl tími .. consiE te em lembrar que mui tas vezes o período deaquisiç~o de novas inforrnaç6es pelos agentes econômicos e
in-ferior ~quele de duraç~o dos contratos de trabalho, a que
Vl-rla a excluir a hipótese de "eauilIbrio dos mercados"
-
~ e darorigem aos modelos com contratos salariais justapostos. Uma
outra explicação, que apresenta para seus mais fervorosos ac~
tos a vantagem de deixar intoc5veis as hipóteses de modele,
apela para a falta de credjb.ilidade dos agentes econômicos na
err~asã-.4 • do pelo alto dêfJcit do t0souro americano, o que, segundo
e~-tes, impedia a tranquila aceitação da idéia de uma política monetiria contracionista nos anos subsequentes. Sob este pri~
ma, a efeUva implantação de uma política monetária
restriti-va por parte do FED teria sido motivo de surpresa para
agentes econômicos, o que isentava
ne
qualquer critica osmo-delos que apostavam na neutralid~de da moeda no curto prazo.
Na versao aceleracionista da curva dc Phillips desenvolvida
por Frie~~a~, os culpados seriam os trabalhadores que, ao
apostar numa inflação futura demasiadamente alta, teriam
sub-estimado seus salários reais. A hipôtese aceleracionista de
Gray-f'isher, majs equânime, estenderia esta culpa também aos
-emoreaadores. De uma forma ou de outra, a recessao
..
~ seria a-contrapartida de um erro de previsao da expansao monetária,
motivado por ausência de credibilidade por parte dos agentes
-econômicos na política contracionista prometida pelo governo.
No caso brasileiro, uma comparaçao entre os
pro-gramas àe cstabiU zação de 1964-67 e 1980-83 0
dei-.5.
xar de lembrar, como um dos motivos da assjnetria de
resulta-dos entre os dois períoresulta-dos, a significativa diferença no grau
de credibilidade dos agentes econ6micos nos anfincios de
poli-tica divulgados pelo governo.
Para explicar porque a inflaçio atual nao C ? ,
nao
é
preciso supor que os indivíduos cometam repetidos errosde avaliação a respeito da evolução de algumas variáveis de p~
li tica econômica. Basta aruni t i r que eles não acredi tari aro er:
alguma regra de estabi li zação prcvitunen te divulgada pelo govc I,
no. Em outras palavras nosso objetivo nao e sugerir o fator
"credibilidade" expljque as elevadas taxas de inflação (o que
nao teria muito sur.orte nU"B economia indexada), mas sim elegê-lo.
como principal obsti1culo a qualql.lC:·r tentativa de tratamento de
choque conduzido pelo a"l,-,l " 0 vp rnr}.1) Uma análise do
noticiã-rio corrente parece não deixar dúvidas quanto a pouca
credibi-lidade dos individuas com relação aos anúncios divulgados pela
atual equipe econômica. RccenteTi1ente, um membro do próprio
---~---(I) Aqui definido como no congelamento monetarlo, acompanhado por
.6.
Conselho Monetãr í o Nacj onal í conhecido defensor da idéia de "
tratamento de choque para a inflação, recomendou que esta tare
fa fosse deixada para o pr6xirno governo (Jornal do Brasil, 01:
~eira semana de agosto de 1984) I alegando como motivo a falt2
de credibilidade na atual equipe econômica. Projeções ori unri,-?
co meio empresarial revelam que algumas metas oficiais
divul-gadas na atual "Cart~ de Intenções" ao FMI estão longe de
re-presentar qualquer boa aproximação para os numeros
efetivamen--te utilizados pelos a.genefetivamen--tes econômicos. Um bom exemplo é a pro
jeção de expansao rnonet~ria em 1984, oficialmente fixada
50%, mas cuja previsão efetiva anda hoje (agosto) acima de 100%.
o
pr6prio Governo parece não acreditar muito nos- nume-ros que divulga. Algumas declarações oficiais já admitem nOVi"
. - (1)
rev~sao .
o
descrédito ,"existente hoje em dia nao surgiu poracaso, nem se conteve nas fronteiras do paIs. Toda a série dr
insistentes e irritantes desvios em relação a metas
pré-acerta-das (e reacertac'as) com o F.M.I. parece tê-lo conduzido também
(T)';ec1aração co Ninistro da Fazenda
.7.
em êireçao a comunidélde financeira internacional. Se por
excr:s-50 de promessas ou falta de continuidade na perseguiçio de obj~ tivos, nao importa aqui. O fato
ª
que a mudança contInua das regras do jogo tem feito parte do dia a dia da polItica econômica
desde o final de 1979. Alguns nao envolvem quebra de
compromis-50S, como, por exemplo, a maxidesvalorizaçio de 7/12/1979. Ou-tros, de muito maior capacidade de amparo ao ceticismo, trazem
consigo urna contradição flagrante a alguma regra de conduta
ex-plicítamente anunciada num período anterior. Vejamos alguns
e--xemplos deste tipo:
a) Em Janeiro de 1980 anunciou-se uma pré-fixação das
corre-çoes monetária e cambial neste ano em, respectivamente, 45 e
40%. A expansao monet~ria prevista era de 50% e o "limite
tole-rivel" oara a inflação estioulado em 50-60%. Não obstante, a ex
pansao monetária alcançou 70,6% e a inflação 110,2%,
inviabili-zanco totalmente os números anteriormente divulgados. Em junhc,
estes limites foram relaxados em 10%, prevendo-se ainda a
manu-tenç30 de tal polItica até Junho de 1981. Em Novembro de 1980,
.8,
b) Em Dezembro de 1982 divulgou-se que a correçao cambial
C~-rante 1983 seria sempre
um
ponto percentual acima da variaçãomensal de preços medida pelo IGP-DI. Em Fevereiro no entanto,
urna nova rnaxldesvalorização do cruzeiro em 30% veio a minar a
credibilidade dos poucos que ainda tomavam decisões
baseados
nos anfincios de politica ccon5mica efetuados pelo governo.
c) Em seguida
ã
maxi de 1983, alterou-se repentinamente a fo:; ma detributaç~o
dos rendimentos auferidos por interm&dio deORTNs com cláusuJa cambial. A medida, que tentava impedir
reali zação de 1 ueros extraordinári os decorrentes da
maxidesva--lorizaçâo, agradia o mais
b~sico
dos direitos fiscais:o da
nao retroativicade.
A frequente dissens~o entre as previsões
ofi-ciais de
inflaç~o
e crescimento do PIB e os numeros efetivo;::;destas variáveis são, os lados do contranste entre a evolução
real dos fatos e as metas acertadas com o F.M.I., outra
indu-bitãvel fonte de descrãdito. As autoridades econ5micas fazem
econo-.9 •
mico~l)
mas muito mal em esquecer que seu excesso leva adesi-lusão e ao ceticismo precoce, este último de dificílima rever",:,_
sibilidade.
No oerÍodo 1964-67, entretanto, ao contrário óo
que ocorre atualmente, a credibilidade dos agentes econ5micos
no plano de estabilização introduzido pelo governo foi um dos
trunfos a runpdrar o seu relativo sucesso. Neste sentido,
deve-se mencionar nao so a influ5ncia estabilizadora do lado dos
custos, mas também o duplo ~feito r:ontracionista sobre a deman
da agregada resultante da queda do nível de inflação
espera-da Isto permitiu a conciliação de uma política monetária
expansiva com a queda de <-luas!? setenta pontos percentuais na
taxa anualizada de variaçao de preços, entre os pertodos de Ja
neiro-Narço e Março-Dezembro de 1964. Vale lembrar, neste pri
meiro ano a política salarial nao apresentou influência
re1e-vante no processo de estabilização, dado que a maior parte dos
reajustes efetuados no segundo semestre {após a publicação do
(1)
o
/
.10.
Decreto Lei 5-1018 em Julho, que estabelecia as normas sobre a.
política salarial) nao se achavam vinculados do Governo Feór '
-ralo
Numa tentativa de salientar as dificuldades S l , r
-gidas nos progrwnas de estabilizaç~o, em decorr~ncia da auser
cia de credibilidade por parte dos agentes econ6micos nas
in-tenções do governo, utilizar~mos aqui dois modelos. O primeiro
substitui a fragiliaade da hip6tese de "equilrbrio nos
me~ea-~
.
dos" pertí ner: ~e aos cxerc) ClOS convencionais de expectativas
racionais pela suposiç~o de contratos salariais justapostos. A
contratação de salários se foz de forma a se atingir o plel10
emprego em termos ex-ante, sendo o nivel de emprego
determina
-do ex-post pela demanda efetiva por mao de obra (hipóte~,e
Gray-Fisher) .
Um segundo modelo se volta mais especificampnt~
para o caso br2sileiro, supondo que lli~a parcela a do&
cqntlô-tos de trabalho seja efetivada com base em indexação defasadc-\
de um período, a outra parte fazendo uso de expectativas racio
.11.
A conclusão nos dois casos e trivial: coerenc.: ,~
deve ser condição necessária aos postulantes a cargos públicC5 na área econômica.
Imaginemos inicialmente uma economia cuja oferta
... - . (11
agregada, no perlodo t, se descreva pela relaçao log-llnear '
, 1)
onde Y t == loga:r-i
mo
do produto realP t - 1 og ar i bllO do nível de preços
w
t
'-
10g ar.i tJi:O do salário nominal at
=
Constante (no período t) b ::: ConstanteAdmitamos que os salários nominais sejam contratados de forma a
igualar a nrocura e oferta ex-an te de mao de obra. Esta hipóte-se
ê
traàuzida pela equação(1)
(2)
Choques de oferta e demanda podem acentuar ou arnenlzar os efeitos de a1 ter2ç~2s na politica mon~tiria. Co~o cst~mos interessados apenas em es-tudar 2S conse'1u~f1cias df'stas r;;uda.:1ças, trabalharemos com tnn modelo que
desccr~a a
r
H',ssihilidade de chc:.9ues. CP. menos daquele introduzido pelo.12.
onde Y
t - lo~ariL~o do produto real a pleno emprego
E
t -1
=
Projeção ortogonal sobre o conjunto de in formações disponível no período t-l (L .).t-1.
Definamos como unidade de tempo o perIodo
neces-sário
ã
aquisição de novas informações por parte dos agenteseconômicos, e suponhamos que os contratos de trabalho tenham a duração de n perIodos. Se os contratos fossem todos fixados na
r.:esma data (k) I taría.mos, pele:; -:.Jn.lão UdS ~quaçoes (1) e (2) .:oi
seguinte versao aceleracionista da curva de Phillips:
, 3)
nota o hiato dc produto no perlodo t.
Urna hipótese mais plausível consiste em admitir
que os salários sejam renegociados a cada intervalo de tempo,
fazendo-se uso das novas infonnações então adquiridas. Oividin
do a economia 04'11 n partes iguais e processanco uma agregaçao
destas filtimas por lndices geométricos a versao , de Simonsen
C1983a) da relaç~o de Phillips com contratos justapostos,
ini-(1)
o
cpcrRdor (I-Ek) rcp~es~nta a componpntc_inesperada da vari~vcl que o
ac~~panha, ou o que da no me~mo, a projcç3o sobre o conjunto de in
.13.
cialmente apresentada por Fischer em 1977.
ou ainda
! r- \
l J J
-onde Rt . e o operador da -1 revisão E E e a - n-i t-i- t - i - l i -
--
nVamos admitir que a dcmcJ.nda agregada se descreva pela equaçao
quantitativa, e que a taxa de juros se determine pela curva 15 de acordo com as equaçoes:
( 6)
(7)
onde mt = logaritmo do saldo tot.al dos meios de pagarnentq no p~ ríodo t.
c
=
Constante associadoà
demanda agregada autônomaVt ':::; logaritmo da velocidade renda da moeda
D Parâmetro que denota a sensibilidade dos
investi--mentos a taxa real de juros.
rt
=
Taxa nominal de juros (em 10gs).14.
formulação acima e adotada unicamente visando a uma maior
s~-plicidade nos cálculos. Quanto ã 1S, admite-se implicitamente
em '7) que seja constante (e igual a CjD) a taxa real de j~_
ros que mantém a economia a pleno emprego ao longo do tempo.
-Fazendo mt ~ mt + vt-Yt temos a partir de (4),
(8)
-Passaremos a denominar mt saldo "compensado" dos
meios de pagamento.
Estudemos agora os efeitos da ausência de
credi-bilidade nos programas de estabilização. Para isto, vamos supor
que até o período zero o governo mantenha os meios de pagamento
(compensados} se expandido a uma taxa constante e positiva k_
que, a partir do período 1 , resolva, no contexto de um progrcy,,-:
de estabilização, reduzir a zero esta taxa. Verificaremos a tra
jetória seguida pela inflação, produto e taxas de .juros sob
duas hipóteses: na primeira, admitiremos que os agentes econorni.
cos acreditem totalmente na nova regra monetária anunciada pelo
des-·15.
crédito ~~ relação às novas normas de política econômica.
Nes-ta eNes-tapa, trabalharemos inicialmente com um descrédito toNes-tal e
depois com um parcial. Os resultados obtidos virãOI como se
verá a seguir, a corroborar os argumentos apresentados ao
iní-cio deste capItulo, denotando os altos custos inerentes
ã
au-sência de credibilidade.A hipótese da economia vir operando a vários
pe-ríodos com lmla taxa compensada de expansão monetária constant..
e perfeitffinente esperada implica, pelas equaçoes . (5)
18),
na convivência dos agentes econômicos até o período zerocom uma inflação
k
e ausência de cesemprego.A
equaçao\,'7)
indica que as taxas ôe juros nominal e real se equilibram em, rES
pectivarnente CID + k e C/Do
No final do período zero, o anúncio da politica
de estabilização por parte do governo provoca nos agentes ~cono
micos llJ-na rev i é:~ao de exr)(~cta t i vas a respe i to do crescimento dos
·16.
crescesse em progressao aritmética de razao k, agora se admite
que o
valor deste variável se estabilizeem mO'
ou seja:t
>:
1 '9)De acordo com a nova regra de política econômica
énunciada, a expansao monetária a partir do período
1
sedá
apenas de forma a acompanhar as variações no produto de pleno . emprego e na velocidade renda de moeda, mantendo
cons
-tante o termo illt
+
vt - Yt .
Tratemos agora de determinar a trajet6ria das va riáveis macroeconômicas a partir das equações 15) I t 7) e
\,(8). Para isto, apliquemos o operador R
t-i
à
equação, (5), lembrando que Rt - i e ortogonal a qualquer Rt_jl para iI-
j.I ( la)
Procedendo da mesma f01TIa com a equaçao ( 8)
r 11)
Substituindo 19} em , 10)
-Rt -i mt - Rt - i P t + ai bRt _i Pt
.17.
Fazendo i
=
t,RO Pt = RO a
mt
b+I (13)t a
t b RO rnt
RO ht -= '114 )
a
t b
+
1Dada a ausência de choques e hiatos de credibilidade
em
rela-ção a política do governo, RO ht
=
-Usando este res11l tado nas equaçoes acima i
obtemos
-tk
_(n-t) b_
+
1 n: : -tbk (n-t)
(n-t) b+n
h - O
=
h
t t
n-t
lembrando que a
= --,
t n(15)
f
16)Agora que já temos ht' calculemos p
t " Pela equaçao
(8),
Logo, P t
tkb (n-t)
=
Po
=(n-t) b+no
~ t<
n ~ 18)Resta agora detenninar a trajetória da taxa de juros.
Exp1ici-tanto rt em l7},
Na ausência de choques, Et - l (Pt+l - pt )
=
Pt+l
Usando
• 17) ,(Pt+l-Pt )
+
C. P
t -
Po
rt
= D + Donde
P
t e
P
t -l
sao
-
dados por
.18) "-P
t.li.
(t;> 1).
120)
A taxa de juros real segue a trajetória explicitada acima,
a
menos do componente Pt+l -
pt "
A
t!tulo de ilustração, desenvolvemos as expressões de
ht
,
Pt
e
r
t
, para
ocaso particular
em quen
=lO, b
=
1, C
=
O, D
=
1 e,
alternativamente,
Q=
2.
Temos então, pelas expressões
« 16) ,(la) e
'20},substituindo-se valores acima
arbitra~os,== - tk
(lO-t)
20-t '21)
tk
(lO-t)
=
20-t
(22)
rt
(D = 1) =Pt
+1
- P
t
+ Pt - Po
=Pt+l - Po
t
23)(D =
2)
- P
+
Pt-P O
rt
=Pt+l
t
2 , 24)Denotando por
ia taxa real de juros, temos,
i(D
=
1)
=
l25 )Apresentam~s a seguir os valores assumidos pelas
variáveis (normalizados pela constante k).
TABELA 1
EVOLUÇÃO DAS VARIÁVEIS SOB A HIP{)TESE DE CREDIBILIDADE
,
--~- ~ .. -
----(i
t)/k(D=I)= (1Tt +1 )/k
t h
Ik
(p
t -PO) ~k i /k (D=2) (pt+1-Pt) /k rt/k(D=l) r /k (Dcc2)
t
t t
---O O O O 0,47 0,48 0
14:
1 -9/19= - 0,47 0,47 0,23 0,42 0,89 n !f
\... -! J.
2 -16/18= -0,89 0,89 0,44 0,35 1,24 O , 7~.
3 -21/17= -1,24 1,24 0,62 0,26 1,5 O ,[;}
4 -24/16= -1,5 1,5 0,75 0,17 1,67 0.9:
5 -25/15= -1,67 1,67 0,83 0,04 1,71 O,8i
6 -24/14= -},71 1,71 0,85 -0,09 1,62 0,76
7 -21/13== -1,62 1,62 0,81 -0,29 1,33 O,j2
8 -16/12= -1,33 1,33 0,66 -0,51 0,82 O, t6
9
-
9/11= -0,82 0,82 0,41 -O ,82 O -0,41..,
10 O O O O O O
--_._._--
---O gráfico a seguir permite uma visualização do ca
-
i-r
\
2
2
2
1
.20. a)
Evoluç~o
doprod~~o
(hiats, I nivel de preços~
da taxa realde juros (para D=1 e D=2).
i t
=
k
(D=l)(0=2)
s. 6 7 e 10 I I tempo
,
I
I
D) Eval ução da Inflação I (ll
t ) e da taxa nominal de juros (para
I
D=l e D=2)
r t
k
(D=l)(D=2)
2 3 1 o
tempo
--~
FUNDAÇAO GETULIO VARGAS
~ r ' . -"~-"'"",,Y'fT"
-~.
----.~---, - - - ~~
.21.
Os dados obtidos ilustram alguns pontos
interes-santes. Observa-se inicialmente que, a despeito da contenção
monetária iniciada no per!odo zero, a inflação (gráfico b)
persiste até o per!odo 6, dando lugar a uma deflação a partir
do instante seguinte. Analogamente, o gráfico (a) revela que
o nível de preços alcança o seu patamar mais elevado entre os
períodos 6 e 7, caindo a partir de então.
A recessao se aprofunda enquanto o n!vel de pr~
ços sobe, tornando-se mais amena da! em diante. Em
con-trapartida, a taxa real de juros se eleva até o ponto em
que a variação de preços se altera de sinal, quando
en-tão passa a retroceder. Como era de se esperar, quanto
maior a sensibilidade dos investimentos à taxa real de juros
(logo, maior O), menor o valor desta última para um dado
.22.
Deve-se salientar, neste modelo a política
mone-tária restritiva ageta a produto apenas na medida em que,
re-tardando a evolução do índice de preços, estipula valores
reais mais elevados (qu~ os esperados), aos salários
contra-tados nos n-l períodos anteriores. Na formulação de Phillips
utilizada, a culpa pela superestimativa da inflação cabe a empregados e empregadores.
Aqui, nao i a taxa de juros que determina o
nI-vel de produto, mas sim o contrário. O sistema e recursivo
em relação à equaçao (19), que só e utilizada para se d~
terminar a taxa nominal de juros. O valor desta variável
até o período 6 correspondente a superposição de 2 efeitos
de sinais contrários: um baixista, em decorrência da
.23.
o segundo efeito prepondera sobre o primeiro até
o
perlodo
4
(para D
=
2 ), ou 5
(para D
=1 ), quando então o maior
peso associado a queda da inflação leva a taxa nominal de
ju-ros a apresentar valores decrescentes.
o
exerclcio anterior ilustra que mesmo na
ausên-cia de qualquer hiato de credibilidade, há um custo elevado a
se pagar pelo programa de estabilização. Isto porque os contra
tos fixados anteriormente nao contavam com esta mudança das
r~_gras do jogo, um fardo do qual a economica só se livra ao final
do n-ésimo per iodo após o inicio do congelamento
~bkio,sen
do n
o
número de periodos de duração dos contratos de
traba-lho.
Uma forma de contornar este problema (embora,
possive~~te, criando com outros de major gravidade) (1) consiste em
seanunciar com
algurraantecedência, as medidas restritivas a serem
implantada~
Isto oermite
queos indivIduos já tomem este fato
.24 •
. d - t t (1) . d
em CO~S1 eraçao ao estipular con ra os que a1n a estarão
em vigor apos o início da fase de austeridade. Esta
alternati-va equialternati-vale
ã
criação de um "DIAn"
com algum período deante--cedência, como repx.est:!nlatl.vo do início do programa de
estabi-lização. Desnecessário mencionar, sua divulgação e
credibili-dade são variáveis fundamentais neste processo. Vejamos então
o que ocorre, utilizando o instrumental intr0duzido
anterior-mente. íornando como origem do tempo a data de congelamento
mo-netãrio, a criação do "DIA
n"
com s períodos de antecedêncianos levaria a regra de expectativas:
-kt (t ~ O) C 26a}
Aplicando o perador I
=
<[-E t - 1 ) + Rt - l + Rt - 2 + ... +Rt-n+l+Et-nas equaçoes (7.S) e (7.8), obtemos:
... (n-t -s) ktb
=
=n+b{n-t-s} (O ~ t ~ n-s) f 16a)
A monotonicidade crescente em s da função acima ilustra dois
pontos interessantes. Primeiro levando em consideração apenas
(1) Numa econornJa inid a1mente indcx8da o 2.Tglllncnto se restringe aos novos
contr,tos a serem firmados nos n períodos anteriores ao dia de conge
-.25.
o as?ecto dos contratos :3e longo prazo, o anúncio do "DIA D;I
deveria se dar com a maior antecedência possível, o ideal cor
respondendo
ã
data-no
Numa economia em que os contratos saorefeitos a cada semestre o anúncio deveria ser feito com seis
meses de antecedência. Segundo, urna comparaçao com a
expres-sao
'16),
que equivaleã
fórmula 116a) quando s=
O,
nosleva a concluir que a recessao na hip6tese de nao criaçao d0
"DIA D'" é sempre maior do que no caso contrário, sendo este
resultado mais forte na medida em que aumenta o período de du
raçac dos contratos de t~abalho. A titulo de ilustraçio, vej~
mos como evolui o hiato de produto quando b
=
1, n ='10 e sassume os valores O (equivalente à nao divulgação prévia do
"DIAD"), 3 e 7.(1}(2)
(1) Os valores se encontram deflacionador por k.
(2) Todos os casoS contam com a hipótese de completa credibilidade dos
.26.
PERíODO
r--o
1 2 4 5 6 7 8 9 10Recessão
se,;:~ulci~---o--t---+--+--+--+---l~-+---~--+--:---prévio
---t ___
+_,_4_7+_, 8_9-+1_,_2_4+-1_,_5_0+-1_,._6_7+1_,_7_1+-1_, _6_2+1_,
3_3-+_,_8_2+_0_Recessão com anuncio '1-
°
previo (5=3) ,38 , 3 3 , 2 9 , 2 3 , 1 7 , 0 9
° °
o
o
Recessão com anuncio . n -
I ,-
-. ----
t l i t t + -_p_r_êV_1_·0 __(_S_~_J_)
________~_~7~~,_O_9~_O
__ L-0 __~_O
__~_O
__~_O
__~O
__~O
__-L_o
-A
equaçao (8) nos possibilitatambém
o cálculo da inflação:__ PE_R_f_O_D_O ______ - -__ - l
~-
I
-~~~_~-~_-+--4-+__5--_i--6-;--7-~-8--l--9-
__Ll~-In!1?ção sem anuncio
I
_p_r_e_V_1_o _ _ _ _ _ _ _ _ _ +
~-
' l12, _ 3._5--+-, __ 2_6_t-,_1_7_r
,_O_4_1--_' 0_9--+--_,_2_9--..,1--_, 5_]-,-,;--_' .'32
I_n_f_l_a_ç_ã_o_c_oID previo (r=3) __ an_l_1n_c_io_-r_1
X-
I
,38 -,05±'_0_4-r-__,_O_6~-_'_O_6;-'_-_O_6+--_'_09-+
__ 0 __ ; __ O __~
__ 0 __ Inflação COL) anu'1do 1LI
17 - 06previa (5:7)
I "
_ _ _ _ _ -. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ~ _ _ _ _ _ _ - L - _ - - - ' _ _ _ - ' -__ - - ' _ _ - ' - _ - - - ' ' - - - _ - - ' -_ _
..:--o
o
o
° °
o
Oo
Tabela<,. Evoiüção das variáveis, com oficialização previa do tinIA nU
Os gráficos a seguir ilustram a
evolução
dasvariáveis.
---.2
.27.
a) Evohção do hiato de produto e do nível de preços com e sem
oficiallz,l--ção
prévia c10 11 DIA DII •s
=
O ( Sem AnúncioPrévio)
=
7
,
,~~::::~~~---~~_~_~--~'~---~---~
B _--"''
Tempo
s
=
7s
=
3s
=
O ( Sem Anúnciu Prévio)b) Evolução da inflação
'tt
,~
~
~ s=
10T
!
(Sem 'Anúncio Prévio)
Tempo
.28.
Os gráficos anteriores apontam um aspecto positivo de se
pro-ceder a um aviso prévio a respeito de um programa de estabil!
zação a ser implantado.
Oprimeiro mostra que além de não
a-tingir valores tão elevados, a recessao sob esta hipótese
pa~sa a retroceder já a partir do primeiro período, o mesmo ocor
r~ndo
com os níveis de preços. A inflação cai muito mais rap!
damente, conseguindo-se uma estabilidade de preços
ao final
do período n-s. Assim, se os contratos fossem reajustados
a
cada seis meses, um anúncio do programa com quatro meses
de
antecedência permitiria
ã
economia se livrar da inflação
jáa
partir do segundo mês após o aperto monetário. Caso
contrá-rio,- teria que esperar ainda mais quatro meses, em
companhia.
também de desemprego, até obter a desejada estabilização.Dois
fatores nao captaaos pelo modelo podem, contudo, relegar este
tipo de exercício a uma simples curiosidade teórica. Sua
pos-sível maior relevância em relação ao problema- dos
contratos
pré-fixados, principalmente na economia brasileira, onde
to-.29.
tal de compromissos firmados para o futuro, aconselham que
a divulgação das medidas de austeridade se dê concomitantemen
te
ã
sua implantação. Em primeiro lugar, o anúncio deconge-lamento de preços daqui a alguns períodos traria para o inter
valo: entre a divulgação da notícia e a data de sua
implemen-tação a inconveniência de um choque de preços. que seriam
au-mentados simplesmente em função da inércia compulsória a que
estariam presos no futuro. Em segundo lugar, a introdução do
programa na mesma época de sua implantação estab~lece bases
muito mais sólidas ao fundamental amparo da .cr;dibilidade, da
.
.
do que os agentes econômicos estariam presenciando a evolução
austera das variáveis macroeconômicas sob controle do gover-'
no. Estes fatos adversos, impeditivos de um aviso prévio que,
conforme verificamos, traria vantagens a alguns segmentos da
economia (incluindo em particular os emitentes de títulos de
renda pré fixada}, decorrem exclusivamente da (inevitável) au
sência de conluio entre os agentes econômicos corno um todo.
, - - - -
-.30.
aos programas de estabilizaçCío, quando os dnúncios do governe
(antecipados ou não) nao contam cem a credibilidade dos
ageII-tes econômicos e, des8nvolvida a seguir.
1.:4} 9_l'r~~~ma_~~3~!-~~ei 1 ~ zas:ão _~om ~usê!)c_í_a_ d~_~r~_di~
bilidade
A tradução de ausência de credibilidade por lf-~
regra de formação de expectativas a respeito da condução dC?
política monetária em desalinho com aquela oficialmente divul
gada (e implementada) pelo governo pode ser formalizada de V2
rias diferentes maneiras. Desenvolveremos aqui duas possíveis
alternativas, comparando com o caso de completa credibilid.
anteriormente estudado. Iniel amos supondo que os indi víduc.::;
encaram com total indiferença a nova regra de política
econo--mica anunciada pelo governo. Temos então a:
Alternativa 1; Erro constante a respeito do nivel de
_.
expans;,o
monetária.
-
-E m
=
mO+
ktt - i t (t ~ 1)
.31.
tempo Gráfico 3 Previsão (linha cheia) e evoluç~o
real (linha püntilhdda) ~E
o
Droblem~ ?odc ser resolvido pela aplicação dos operadores(5) e t8) I obtE:ndo-se:
- Po
+
kt=
O (29)Para urna poliU ca r:-'onetãria doda exogenamente por mt
=
mO'
-
temos:
- kt
- - - -- - -
-.32.
Donde obtemos as componentes inesperadas do hiato e da
inf]~-çao,
(I-E ) P
t-1 t
-A partir ~?~ equaçoes
kt
- l+b
-bkt l+b
(28) , ( 29) •
mos os valores de ht e Pt - PO: -bkt
1+})
(O ~ t ~ n)130j
'131)
(30) e .( 31) obtê
f32)
133)
Lembrando que neste caso Et
-l (pt+l-Pt )
=:
k,l34 )
De forma a se comparar os dois casos, (1)
passar~
mos a denotar as vari~veis cnd6genas ht' TIt e i t com os· S~j-índices cc e se, associando-lhes as expressoes obtidas sob a
hipótese de I rf:'specti vamente, existência e ausência de
credi--bilidade. Temos então, a partir de
L
16) e 129) osresul-tados que comprovam toda a argumentação até aqui desenvolvjda:
(1) Lembrar que da fonJa como ht foi definido (h
t ·"'Y -Y ) h t t } t >h t
lln-cc cc sc
.33.
ht - h t
2
bY
>
O J35)
-cc t sc «n-t)b + n) (l+b)
=
- t2 bk
<
O (36)P
t- P
T(n-t) b + n) (l+b) cc t scVerifica-se que o descr&dito por parte dos agentc~
econSnicos na política de austeridade monetiria introduzida
pe-lo governo acarreta, em cada período, uma recessão mais
profun-da (1) e wn Lrvel de preços mais aI to do que aquele vigente no
caso de haver credibilidade. Calcularen~s, a exemplo do
desen-volvimento anterior, os valores assumidos pelas variáveis para
o caso particular em que n
=
10, b = 1, C=
O, D=
1 e, alter-nativa-:-.ente, D=
2).Substituindo estes valores nas cxpressoes 132} l:. (33) ,
- t
-2- (O
<
t<
10)=
1=
l+b 1/2
·pt - Po t
=
k 2 (O ~ t ~ 10)
(1) Nas cor:-.parações com as altl-rnativas de falta de credibilidade, Vé'.1l10S uti lizar SCôlpre o caso anterior sem oficialização do aviso previo dobre o
.34.
Tabela 3
Evolução das Variáveis sob a Hipótese de Ausência de Credibilidade
_--T'----.---r---
---.---(1) (2)
(i )
t
-k (D=I) ' =(p -p )/k
t
O
(3) (4)
TIt+1
-~~ --
-k
(p +l-p )/k t+l t
(5)
rt
-(D=2) k
(6) (7)
--- -- - - t - - -
---o
Oo
1 -0,5 0,5
2 -1,0 1,0
3 -1,5 1,5 4 -2,0 2,0 5 -2,5 2,5 6 -3,0 3,0 7 -3,5 3,5
o
0,25 0,5 0,75 1,0 1,25 1,5 1,75 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 L 1_:-,-=_: __
:'
~--+
___ :_:_: ___ . _J}
~5__
__ _ _ _~ :_~
_______J
~
__ _
1,0 1 ,25 1,5 1 ,75 2,0 2,25 2,5 2,75 3,0 3,25
3.5
I
--- -- j
Os custos da ausência de credibilidade ficam agora
expressos ntmericarnente.
Tabela 4
Recessão Adicional Devido a Aus~nc~a d~Çredi º-il:L(t~de _ . _
-
---Período
o
1difc-1't
rença (k") sc
(~t)
k cc.35.
Os gráficos abaixo ajudam a visualização dos
malefí-cios causados pela ausência de credibilidade, traduzidos por Vã
lores mais elevados, em todos os periodos, da recessao, do
ni-vel de inflação e das taxas de juros. O caso cc (com
credibili-dade)
é
representado por urna linha cheia, e o caso sc (semcre-dibilidade) por uma linha tracejada. Utilizaremos apenas os
va-lares obtidos para D
=
1.Gráfico 4
a} Comparação da evolução do produto (hiato), do nível de pre-·
ços e da taxa real de juros.
b) Comparação da evolução da inflação, e da taxa moninal de ...
u-ros.
O caso (se) ilustra um ponto interessante: o da insensibilidad(~
da taxa de inflação a política monetária restritiva. Com efeito,
a despeito de uma taxa de expansao monetária compensada igual a
zero a inflação se mantém constante e irredutível. Como
.36. nominaisJe a recessão se a~rofunda. O modelo não contempla em
si mesmo um fim para este processo, limitando-se a acrescentar
que ele nao ocorreria caso b =
O
(o que corresponderia a w::acurva de Phillips vertical). Na prática o aumento contínuo do
desemprego e da recessao aliado ao constante erro na previsão
monetiria, faria com que/ao longo do tempo, os agentes
econ6rni-cos modificassem suas expectativas, possivelmente convergindo
em direção
i
politica efetivamente implantada pelo governo.I5-to nos leva
i
alternativa 2 abaixo representanda, que tentaex-primir este fato.
Alternativa 2 Erro (decrescente no tempo), a respeito do n{ve]
e da expansao dos meios de pagamento.
(1
<
t<
'1')(O
<
i ~ t) , (37)onde T representa o período em que desaparece por completo o
hiato de credibilidade. A restrição 1 ~ t ~ T equivale a
postu-lar que no período de b~mpo anal isado, o~.; i ndi víduos não chegam
ob-.37.
viame~te nao seria compatível com o caso que estamos estudando.
Gráfico 5 - Previsão (linha cheia) e evolução efetiva (linha tracejada) de
IDt
O~----~~~---~
T/2 T tempo
J:.:nbora esta regra refli ta uma previsijo aue caminha
em direção ao
verda~eiro estoque monetârio no tempo T, garantindo a converge~
cia da inflação e do hi0to de produto, ela rn~o 'pode ser
associada a um processo natural de aorendizado. Isto porque, da
forma como ela se apresenta, as previsões efetuadas para o pe-.
riodo t pertencem a qualouer dos conjuntos de informação disponi
veis nos períodos anteriores, e nao apenas ao conjunto t (1) t-l Assim, por exemplo, para t=5,
EOro ..
~mS=mO+3k <!ç5) ,
oque
nao
é
compatível com um processo de aprendizado(2). Poderíamosentretanto encarar a regra (7.37) como representando uma altera
(1) Lt
e
definido como o maior conjunto de informações a serV1r de base asdecisões no período t.
(2)
Uma regra alternativa a esta,
- /. T-( t-i)
E .
in
= T:!O+'1~ ( - - T - - )t-l t
.38.
çao efetiva das projeç6es efetu~~as pelos agentes econômicos,
quando do anúncio efetuados pelo governo a respei to do
progr<un-ma de estabilização (t==O). Neste caso, os indivíduos nao
acre-citariam C?~ o governo' cumprisse j rnc{'li atamente a sua promessa, rniJé:.~
Dj
sim que fosse diminuindo 9.!a-ª~~~1~~!e a expansão monetária
até finalmente d1cgar (no instante T) ao que anunciara
anter.ior-mente.
o
prob1cma pode novamente ser resolvido pela aplj('~ção
no
ope:;'ador Iexpressoes (5) e ( 8), obtendo--se:
b(I-Et_l)ffi
t b(n-t)RO~t
=
---r+j)--- + ---n+b(il -f )-onde (I-E )m =
t - l t
e
Substi tuindo-se
obtemos
T-t
- kt(- ir-)
(39) e (40) em e
(38) I e uLj l i zando
-(pt-P
o)
---_.--.
---k
b t.
'r
' f - t + (n-t) t
l·~b
rJtL
(n-t})(1)
assume Lnnbc.!D \,,1101'1"5
as
( 38)
L 39}
{4 O}
( 5) I
.39. Tabela 6 - Evolução do_ Pr~yJulo _do _Ní'J_cl de Preços e da
Inf 1 acão sob 1 ... 1 t~E.!!_~ t i va (2) de Ausência de
Credibilidade
Período
o
o
- - - ---~--- -- ---1 -0,49 0,49 0,49 -0,49 0,49 0,49 1 - - - 1 1 - - - - ---1---f - - -
---0,97 0,97 O,481-0,9E 0,98 0,49
2
- - -
-0,44 -1,41 1,45 0,47
1---+---- - f - - - -._--- ---.---
---1,80 1,80 0,38
'-1,81
1 ,87 0,42i----5---_--~-
2-'.0-81.
2, O 8 0,28-=-212'
22 O ,353 -1,42 1,42
4
6 -2,27 2,27 0,19 -2,49 2,49 0,27
NovalTlente, faremos t:.Ti1a exposição gráfica comparativa,
representando com linha cheia o caso em que hã credibilidade(cc)
~~~~~~~~
-Umã comparaçao com as er?uac.:ocs .16) e
sultados~l)
b(T-t}t2
=
T (1 + b) (n + b-;(-n--~t-:-) -:-) z..b (rr-t) t e
=
T(l+b)'(n+b (n-t)).40.
{18) nos leva ao
re-~42)
( 43)
Os valores acima sao sempre positivos para T-t
>
O, de certaforma repetindo os resul tados anteriores. O fato deste
resulta--do depender da diferença T-t nao deve supreender. Afinal,
con-fonne salientamos anteriormente, para valores de t superiores a
T, a regra t37} impõe uma expectativa (tomada já no início do
primeiro período) de queda de estoque monetário, o que, em
ter-mos de um programa de estabilização, e ainda melhor do que
per-feita credibilidade no anúncio de um valor constante para mt.
Novamenté, ficam v.LsLveis por (42) e (43) os cus
tos da falta de credibilidade, tanto em termos de nível de
pre-ços quanto hiato de produto. A novidade agora fica por conta
do parâmetro T, que traduz um fato bem intuitivo: os custos aéi
cionais inerentes a ausência de credibilidade serao tão maiores, quan te
maior, na expectativa inicial dos agentes econômicos, o
.41. lo de tempo nec(>!;siirio nara oue o governo passe realmente a cwn
prir o que havia prometido. Particularizando para os valores Ja
utilizados anteriormente b
=
1, n=
10 e, alternativamente T==lOe T
=
20, temos, diretamente a partir de f 42) ,Tabela 5 - Recessão Adicional Devido
à
Ausência de ---'--- cred~qi_LirJª_de_C1~(Úl=cl)-PERIoDO
o
1 '-4 5 6 7 8 90,3 0,41 0,56 0,56 0,53 0,36
Recessao T=10 O 0,02 0,08 0,18
se,
menos
0,37 0,55 0,78 1,0 1,25 1,47
Recessão T=15 O 0,02 0,09 0,21
cc
- - - -~
10
O
-1,67
(1) Vale lembrar, <:'stes \alares trRduzem tambem o 'valor (E!) _ (pt) •
k sC
.42.
Agora, em contrapartida ao primeiro caso de ausência de credibi
lidade anteriormente analisado, a recessao encontra um término
ao fim de T períodos, quando o nível de preços também se estabi
liza. Conforme previmos I quanto ln,üs os agentes econômicos
pos--
-tergarn a data em que preveem que o governo passara realmente a
se comportar como anuncia, maior será a recessao a cada
perío-do. Isto pode ser observado por uma comparaçao da evolução do
hi tato (h
t ) para T
=
10 e T=
15. Nos três casos analisados I sern-pre se conseguem bons reultados no combateã
inflação.Observa-se contudo que sua queda Observa-se dá mais rapidamente quando existe
pe.cfeita credibilidade na política implementada. Como o caso de
ausência, de credibilidade para T
=
10 exige, pela formulação(~7) , que o estoque monetário esperado convirja para mO ao fi
(l)
nal dos n perIodos, nao e de estranhar que a deflação inerente
a esta alternativa seja mais acentuada a partir de um certo ins
tante (período 7) I já que o oposto vinha ocorrendo anteriormen
te. Todas as três possibilidades denotam a presença de" over- .
shooting" antes do período n. Pode-se mos~rar que isto nao ocor
.43.
2 - O MoceloOE Indexação defasada
Corno se sabe, a economia brasileira apresenta um ele
vado grau de indexação. Neste sentido, poder-se-ia tentar
des-cartar o papel desempenhado pelo fator credibilidade,
argumen--tando-se que preços e salários costumam ser reajustados com
ba-se na política salarial, e nao a partir de informações de polí-tica econômica.
-Ocorre que nem todos os preços sao fixados por
re-gras de indexação. Mesmo a política salarial abre a
possibili-dade de negociação nas faixas de maior remuneraçao. Ainda nas
faixas salariais sujeitas a um reajuste pré-determinado, as
em-presas s~mpre podem contornar o percentual fixado por lei: para
cima, pela adoção de benefícios adicionais, promoçoes,
gratifi-caçoes, etc. e para baixo pela rotação de mao de obra.
Além disto, nao se pode esquecer a parcela da
popu-lação economicamente ativa nao diretamente sujeita a lei
.44.
e
de se esperar então que a despeito da abrangência do mecanismo de indexação; ainda haja um certo espaço para reajuste por forças de mercado, que certamente levam em
considera-çao as orevisões dos agentes econômicos acerca do percurso futu
ro dos fatos. Urna evidência empírica deste fato, no tocante a
(1)
política salarial, pode ser encontrada em Modiano (1983).
Pes-quisando os fatores explicativos da variação dos salários
norni-nais, este autor concluiu ser impossível rejeitar as hipóteses
(a um nível de significância de 5%) de que o hiato de produto
apareça corno um dos fatores explicativos neste processo. Corno a
lei salarial nao estipula suas alíquotas de reajuste em função
do nível de atividade econômica (ao menos por enquanto), nao fi
ca descartada a participação do segmento de livre mercado na
evolução dos salários.
-
-O objetivo desta seçao e apresentar, de forma
sucin-ta, um modelo que permite a convivência pacífica de indexação
defasada e expectativas racionais, de forma a estudar os
efei-tos da ausência de credibilidade sobre a evolução de algumas va
.45.
riáveis macroeconômicas. Verificar-se-á, tal corno no caso
ante-rior, que há um certo preço a se pagar pela desconfiança.
Seja então a regra de custos e margens log-linear(l)
( 37)
Onde n representa o logaritmo da produtividade média
do trabalho e f + =ht o coeficiente de margens de lucro.
Suponhamos que os salários se reajustam pela regra de indexação defasada:
( 38) Obtermos então a partir destas duas últimas ~quaçoe~ a relaão. de Phillips:
C.39)
Suponhamos que a demanda agregada se c?mporte de acor do com a eq~açao
, 40)
resu 1 tante da eliminaçdo da taxa de juros nominal (r t) entre a!:
.46.
equaçoes IS-LM:
onde
A = F + B/D
-rnt = mt - FYt
+
BC/O.Calculemos agora o valor do componente inesperado r~
inflação e do produto, resolvendo o si~~ema dado pela aplicação
do operador (I-E
t _l ) às equaçoes J39) e 140). Obtemos: (1)
donde se obtém
(I-Et_1)n\ A
+
k+
a.
'-. t
42)Conclui-se por '(41) que a variância da componente
nao esperada do hiato é proporcional aos erros de previsão da
política monetária. Mais uma vez, a implantação de programas de
(1)
Supõe-se que Pt-l pertença ao conjunto de informações disponíveis no
pe-ríodo t-l, quando então, (I-E
.47.
estabilização efetuado sob condições de ausência de credibili
da de apresenta reflexos negativos sobre a economia. A
expre~sao (42) estende este resultado à taxa de inflação.
Observa-se que em ambos os casos as expressoes obtidas independem do
.48.
Referências Bibliográficas
1- Fischer, S.
"Lony Term Contracts, Rational Expectations
and the Optional Money Supply"
Journal of Political Economics, 1977
2- Modiano, M. Eduardo
ttADinámica de Salários e Preços
na Economia Brasileira 1966-81",
Pesquisa e Planejamento Econômico, Abril de 1983
3-
~imonsen,M.H.
"Dinâmica Macroeconômica"
ENSAIOS ECONOMICOS DA EPGE
1. ANALISE
COMPARATIVA DAS ALTERNATIVAS DE POLTTiCA COMERCIAL DE UM PAIS EM PRO·
CESSO DE
INtuSTRIALIZAÇ~O-
Edmar
~Ieh.- 1970
(ESGOTADO)
2. ANALISE
ECONOM~TRICADO MERCADO INTERNACIONAL DO CAFt E DA POLfTICA
BRASILEI-RA DE
PREÇOS - Edmar Becha
b1970 (ESGOTADO)
3.
AEST"UTURA
ECONOMJCA
BRASiLEiRA - Kí>irlo HenriqueSlmonsen .. t971
(ESGOTADO)
4.
O
PAPEL DO
INVESTIMENTO EM EDUCAÇAO
E
TECNOLOGIA NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMEN
TO ECONOMICO - Carlos Geraldo langonl - 1972 (ESGOTADO)
-5.
A
EVOLUÇ~DO
ENSINO DE ECONOMIA NO BRASIL - Luiz
daFrelta. Bueno· 1972
6.
POLrTICA
ANTt ..
INFLAC IOH.aJ\lA - A CONTRIBUIÇJ.O BRASILEIRA - Mario Henrlqua
sr-mon.en - "73
(ESGOTADO)
7.
ANAl.ISE
DE StRIESDE
'~Hi?O EMODELO DE
FORMAÇJ.O
DE
EXPECTATIVAS -
José
Luiz
Carvalho .. 1973
(ESGOTADO)
8.
OISTRIBUIÇaO
DARENDA
EDESENVOLVIMENTO ECONOMICO DO BRASil: UMA REAFIRMAÇao ..
Cerlo. Ctraldo Langont - 1973 (ESGOTADO)
9.
UMA NOTA SOBRE
A
POPULAÇaO
OTIMA
DO
BRASIL
MEdy
Luiz
Kogut -
1973
10. ASPECTOS DO
PROBLEMA
DA
ABSORÇAo
DE
""'O-DE-OBRA: SUGESTOES
PARA
PESQUISAS
JOlé
Luiz
Carvalho -
197~(ESGOTADO)
11. A FORÇA DO
TRABALHO NO BRASIL
~Mario
Henrique Símon.en -
J97~(ESGOTADO)
;2. O
SISTEMA
BRASILEIRO
DE INCENTIVOS FtSCAIS - MarIo HenrIque stmon.en -
197~(!.SGOTADO)
13. MOEDA -
Antonio
Maria da Silveira" 1974 (ESGOTADO)
14.
CRESCI~ENTODO PRODUTO REAL
BRASILEIRO -
t900/197~- Cl.udlo Luiz Hadd.d
197" (ESGOTADO)
15. UMA NOTA SOBRE NOMEROS íNDICES - José Luiz Carv.lho -
197~(ESGOTADO)
17.
DISTRIBUIÇ~ODE
RENDA
rRESUMO DA
EVIDENCIA - CarlO1 Geraldo Langon' •
'974
(ESGOTADO)
18. O MODELO ECONOMtrRICO DE 5T. LOUIS APLICADO NO BRASIL: RESULTADOS
PRELIMINA-RES - AntonIo Carlos Lemgruber - '975
1'. OS MODELOS CLASSICOS
ENEOCLAsSICOS DE DALE W. JORGENSON - EII,eu R.
diAndre
de
AI"., -
1975
-.
20.
DIVIDI
UM .PROGRAMA FLEXrvEL PAM
CONSTRUÇ~ DOQUADRO DE EVOLUçAo DO ESTUDO DE
UMA
Drvl~ -Clóvl.
de
Faro -
197"
21.
ESCOLHA ENTRE OS REGUtES
DATABELA PRICE E DO SISTEMA DE AMORTIZAÇDES
CONSTAN-TES:
PONTO-DE-VISTA
DOMUTuARIO - Clovh
deFero - 1975
22.
ESCOLARIDADE. EXPEklENCIA NO TRABALHO
E
SALARIOS NO BRASIL - Jo.' Julio Slftna
- 1975
23. PESQUISA QUANTITATIVA NA ECONOMIA • Luiz de Frelta. Bueno - 1978
24.
UMA ANALISE
eMCROSS-SECTION DOS GASTOS FAMILIARES
EMCONEdo COM
NUTRI~,SAdDE. FECUNDIDADE
ECAPACIDADE DE GERAR RENDA - JOI' Luiz Carvalho -
1978
25.
otrEMINMJO DA TAXA DE JUROS IMPLrCITA EM ESQUEMS GENIRI.COS DE FINANCIAMEHTO:
COMPAMçaõ ENTRE
os
ALGORrTIMOS DE WILD
E
DE NEWTON-RAPHSON - CIÓYI.
deFaro
-1978
26. A
URlANI~~OE O CrRCULOVICIOSO DA POBREZA: O CASO DA CRIANÇA URIANA NO BM
SIL •
Jo.i
Luiz
C.rvalho e
Urfl'!lde MSrtalhies -
1979
-27.
wtCROECONOMtA - Parte I - FUNDAMENTOS DA TEORIA DOS PREÇOS -Mlrlo Henrique
S'mon.en -
1979
28.
ANALISE DE CUSTOS
EBENEFrCIOS SOCIAIS
II •Edy LuIz
Kogut •
1979
29.
CONTMO.IÇAO APARENTE - Octávio Gouvi.
deBulhÕe. -
1979
30
MICROECONOMIA - 'arte
2 •FUNDAMENTOS DA TEORIA DOS PREÇOS - Mario Henrique
• Slmon •• n - 1980 (Em fase
daImpre •• ão)
32. MICROECONOMIA - Parte A - TEORIA DA
DETERHINAÇ~ODA RENDA E DO NrVEL DE PREÇOS
José Julro Senna -
2Volumes - 1980
33.
ANALISE DE CUSTOS E BENEFTclOS SOCIAIS III - EdySLulz Kogut - 1980
34.
MEDIDAS DE
CONCENTRAÇ~O- Fernando de Holanda Barbosa - 1981
35.
CR~DITORURAL: PROBLEMAS ECONOMICOS E SUGESTDES DE MUDANÇAS - Antonio Salazar
36.
DETERMINAÇ~O NUM~RICADA TAXA INTERNA DE RETORNO: CONFRONTO ENTRE ALGORTTIMOS
DE BOUlDING E DE WILD - ClovIs de Faro - 1983
37.
MODELO DE EQUAÇDES SIHULTANEAS - Fernando de Holanda Barbosa - 1983
38. A EFICIENCIA MARGINAL DO CAPITAL COMO
CRIT~RIODE AVAL lAÇA0 ECONOMICA DE PROJE
TOS DE INVESTIMENTO - Clovis de Faro - 1983 (esgotado)
-39. SALARIO REAL E INFLAÇAo (TEORIA E ILUSTRAÇAo EMPTRICA) - Raul José Ekcrman
- 1984
40. TAXAS DE JUROS EFETIVAMENTE PAGAS POR TOMADORES DE EMPREsTlMOS JUNTO A BANCOS
COMERCIAIS - Clóvis de Faro - 1984
41.
REGULAMENTAÇ~OE DECISOES DE CAPITAL EM BANCOS COMERCIAIS: REVlSAo DA LITERATUKM
E UM ENFOQUE PARA O BRASIL - Urlel de
Ma~alhães- 1984
42. INDEXAÇAO E AMBltNCIA GERAL DE NEGOCIOS - Antonio Maria da SIlve'ra - 1984
43.
ENSAIOS SOBRE INFL.'\çAo E INDEXAÇAO - Fernando de Holanda Barbosa - 1984
44. SOBRE O NOVO PLANO DO BNH: "SIMC"* - Clovis de Faro - 1984
45. SUBsfolOS CREDITrCIOS
A
EXPORTAÇAO - Gregório F.l. Stukart - 1984
46.
PROCESSO DE DESINFlAÇAo - Antonio C. Porto Gonçalves - 1984
.----~~~~~---48.
SALARlos
"~DIOSE SALARIOS INDIVIDUAIS NO SETOR INDUSTRIAL: UM ESTUDO DE
DIFEREN
CIAÇAO SALARIAL
ENTRE
FI~ASE
ENTRE
INDIVfouos -
Raul José Ekennan e Urret
dê
Magalhães -
1984
49. THE DEVELOP1NG-COUNTRV
DEBT
PROBLEM - MarIo HenrIque Stmonsen •
1984
50.
JOGOS
DE INFORMAÇAO
tNCOp;.PLETA:
UMA INTRODUçAo ..
Sérgio
RlbeJro
da Costa
Werlang
.. 1984
51.
A TEORIA MONErARiA MODERNA
EO EQUILrBRIO GERAL WALRASIANO COM UM NOMERO INFINI
TO DE
BENS -
AG
Araujo - 1984
52. A
INDETERMINAÇ~ODE MORGENSTERN - Antonio Maria da Silveira - 1984
53. O PROBLEMA DE CREDIBILIDADE EM POLTTICA ECONOMICA - Rubens Penha Cysne - 1984
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