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li.
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CURSO DE MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO POBLICA
A PARTIR VA MULHER NO TRABALHO:
UM ESTUVO VE CASO SOBRE A.ASCENSÃO FUNCIONAL
MONOGRAFIA DE MESTRADO APRESENTADA
POR
Ana Lucla
Ma~noValente
E
APROVADA EM 09.08.83
PELA COMISSÃO JULGADORA
ISABEL RIBEIRO DE OLIVEIRA GOMEZ DE SOUZA
(MA) Mestre em Ciências políticasSe n~o
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6loJLe.6Valeu a .6ombJLa da.6 6olha.6
Se
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Valeu a .intenç.ão da
.6e.mente"198511 1360
T/EBAP V154a
11111111111111111111111111111
1000038256
p~o6i~~ional,
eidadã e
mulhe~S~. Fe~nando
de
Olivei~a Ribei~o,S~. tdi~on F~eita~
de
Olivei~aS~. Gil~on
de
Va~ga~ Fe~nande~,Sn.
Jo~e. Pae~Rangel,
O~ 312 entnevi~tado~
e
ehe6ia~ do~ depantamento~,F~tima,
Canminha,
Ro~angela, Moi~e~,Ruth
e
Paulo,
da
in~tituição6inaneiadona
do
pnojeto
pno6.~
Suzana Badino,
pno6.~ I~abel Gõme~
de
Souza,
Pno6·
Moi~ e~ Bala~~iano,
P no
6 •
Silla Chav
e~,P no
6 .
Paulo Robento Motta,
Inene e
6uneion~nio~do CPV
da Fundação Getú.lio
Vanga~Sn.
Fnanei~eoMendonça
Eliana Labna, minha amiga,
Helena, minha
mae
-AlfÍnedo, meu
pai
Ro 9
enio,
meu
man.ido.
Ma~cela, Vébo~ah, Pa~~Zcia,
LIgia,
Vaniela
e
Viana,
Pa~a
minha
mae
Helena,
Pa~a
minha avo
Vi~gZnia,
com
e~pe~ança.com
g~a~idiioResumo
.
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.Summary . . . .
Palavras ao Leitor
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I
11
A QUESTÃO 1.1. O
DO
"suc
ES SO" A PARTIR DA ORGANIZAÇÃO1.2.
1.3. 1. 4.
do "sucesso" •• do "sucesso"
. .
.
. .
loc.u..6
As regras 1.2.1. 1.2.2. 1.2.3.
A carrelra A comissao
Os salários indiretos
A contagem regresslva para o Pequenos estudos • . . . 1.4.1. O último concurso
faltas, as cessoes 1.4.2. As
. .
"sucesso"
e as licenças
A QUESTÃO DO "SUC ESSO" A PARTIR DOS FUNCIONÁRIOS 2.1.
2.2.
2.3.
2.4.
Considerações A amostra
Teóricas
.
.
O trabalho 2.3.1. 2.3.2. 2.3.3. 2.3.4. 2.3.5. 2.3.6. Percepção, incentivo O trabalho
O
O
tr.abalho trabalho O trabalho
motivação,
...
e e e e o a a a lazer cultura saúde família O trabalho e o consumoO "sucesso" . . • . . . As disponibilidades
Os requisitos
satisfação e
.
.
2.4.1.
2.4.2.
2.4.3.
2.4.4.
O padrão •.••••.
Os obstáculos ao "sucesso" feminino
. . .
111 - CONCLU SOES
. . . .
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IV
BIBLIOGRAFIA.
. .
..
. ... .
A análise da condição feminina é polêmica, sobremaneira,
quando a trilha a ser seguida se lnsere no veio organizacional,c~
minho ainda virgem na literatura corrente.
o
que se tenta em termos amplos é indagar,até que ponto, as organizações negligenciam, ou ainda, reforçam,no interior delas a situação de inferioridade da mulher no plano social e
fami-liar, seja através da cultura organizacional,com valores tradici~
nalmente "patriarcais",ou através de normas, procedimentos e ou
tros instrumentos de controle da conduta funcional.
o
foco do estudo recairá numa Autarquia Federal (AF) , possuidora de especificidades próprias que~asseguram por um lado, no que concerne às políticas de pessoal,o ingresso e a perm~
nência de mulheres e, por outro, a reprodução das condições malS
gerais de opressao de sexo de uma sociedade tradicional como
,
abrasileira.
o
que se tenta especificamente conhecer,é
como as fun cionárias e funcionários da AF se inserem no processo de ascensão funcional, doravante chamado de o caminho para o "sucesso";se
há diferenças substanciais na maneira de perceber o trabalho em
si e na sua intercessão com outras esferas da vida, como
famí-lia, lazer, cultura, saúde e consumo, ou na maneira de perceber o
"sucesso", os requisitos e as disponibilidades para se chegar
a-té ele. Procurar-se-á,então, levantar os possíveis pontos de
es-trangulamento da carreira da mulher na organização.
Acredita-se que, nao obstante os condicionantes supeE.
estruturais e micro-institucionais que obstaculizam a ascensao
funcional feminina, sua postura em relação ao trabalho e ao
"su-cesso" encontrará eco em fatores outros,advindos precipuamente de
The analysis of the female condition is polemic,
overall when the track to be followed leads us into the essence of the Organization, s t i l l a virgin byway in presente-day literature.
What we have tried to do in general terms is to
inquire to what extent organizations neglect, or even reinforce within the bowels of their operational organism, the woman's
inferior position both at the social and family level - be i t through cultural organization with traditional patri~rchal
values or by means of norms, procedures and other mE: . "Ids of functional conduct controlo
The focus of the study was a department of the Federal Government of Brazil (AF), which has specific properties to
insure, on one hand, the hiring and maintenance of women as part of personnel policy and, on the other hand, reproduction of the most generalized oppressive conditions of a traditional society
such as the Brazilian one.
Our specific target was to find out how employees in general, and AF employees especially, fit into the processes of employee promotion, hereinafter called"the road to success"j whether there are substancial differences in the way of
perceiving work itself and its influence in others are as of life, such as family, leisure, culture, health and consumptionj or in the way of perceiving "success" and the prerequisities
and opportunities of attaining such. What we were attemtpting to profile, then, were the possible hindrances to a woman's career
in the organization.
It is believed that, regardless of the superstructural and micro-institutional conditionants which raise obstacles in a women's rise on the job, her posture in relation to her work and
Tem sido minha preocupaçao, enquanto mulher, verificar
quais os mecanismos sociais que historicamente colocaram a fun
ção de reprodução da espécie (como "encargo natural" da mulher)
a um nível secundário em relação à função de sobrevivência da
espécie ("responsabilidade" do homem). Não obstante, tenho ver1.-ficado quão conflituosa
é
a realidade no momento em que a mulherquer ou deve, tomar para si as duas funções. Os papéis sociais
estão sendo modificados e a sociedade tradicional tem dado pr~
vas concretas de resistência ao n~vo quadro, na medida em que isso fere os interesses da ordem estabelecida, uma vez que, a in
ferioridade da mulher sempre foi extremamente útil a esses mes-mos interesses. Não que a mulher nunca tenha sido chamada a um
exercício mais efetivo da cidadania e da profissão, mas, tão lo-go cessavam as necessidades de participação, a mulher era remeti
da de volta ao lar.
Numa outra instância, sempre foi minha preocupaçao, en quanto estudiosa da administração, procurar entender quais os me
canismos que ligam as pessoas a seu trabalho e mais especifica-mente às atividades desenvolvidas junto às grandes burocracias.
~ evidente que não parto do pressuposto taylorista do
homo-econo
m~cu~, mas também não o abandono, nem acredito integralmente no
homo-~oc~a~~ de Mayo, mas sei que a produção intelectual admini~
trativa é incompleta na medida em que a questão fundamental da administração, no meu entender, ainda está por ser resolvida e
de interesse, a que denominarei de forma incompleta e não defini
tiva de um estudo de caso sobre a mão-de-obra feminina numa buro
cracia estatal de um país de capitalismo tardio - dependente.
No que concerne a organização que será o loeu~ do estu do, uma autarquia federal, tenho observado, enquanto
profissio-nal, quão conflituoso é o processo de ascensão funcioprofissio-nal,
sobre-tudo quando se almeja enfocar o problema a partir da inserção da mulher nesses mecanismos. E aí surgem muitas indagações como,que
mecanismos são esses os quais a organização pode dispor para ali
Jar a mulher das funções relevantes? Qual a contrapartida femini
na na p~axi~ em termos de postura e comportamento, quando subme-tida a normas supostamente impessoais que lhe disciplinam a
con-duta? Haverá identidade funcional, a partir de semelhanças entre os funcionários como um todo ou entre grupos específicos
(deter-minados pela lotação, tempo ou posição na hierarquia), ou é mais
forte a identidade de sexo, a partir da condição de mulher ou ho
mem independentemente daqueles outros fatores? Dito de outra for ma o "ser mulher" significa agir e pensar diferentemente do "ser
homem" (e isso
é
suficientemente forte para explicar o afastamen to feminino dos cargos de mando) ou as semelhanças deverão serbuscadas a partir, por exemplo, da posição hierárquica entre ho-mens e mulheres indiferentemente?
Esta é a questão a ser resolvida daqui para frente.
rá-Io-ei através do que chamo do estudo da trajetória do "suces-so" (o "suces"suces-so" será definido mais adiante). Antes é necessário
Isto se dá sem qualquer conotação pejorativa em relação às recom
pensas oferecidas pela organização. A presença das aspas se liga,
tão somente, à essência da natureza humana, cujas aspirações p~ dem ser tão amplas e diversas que possivelmente fujam à esfera
de atuação de qualquer burocracia no sentido de atendê-las, ou
não .. Não
ê
meu propósito estender a discussão em torno do tema.t:
important~ saber que a categoria "sucesso" será sempre entendida a partir do ponto de vista organizacional.
~ ainda importante ressalvar que,
ê
minha intenção fo~necer dados objetivos que facilitem a compreensão de alguns
pro-blemas da realidade complexa da instituição, bem como orientar
propostas de interferência nesta mesma realidade sem o intuito
de radicalizar posições, incentivar conflitos ou militar em fa vor de qualquer outra causa que não os interesses desta institui
-çao.1.1. O LOCUS DO SUCESSO
Tenciona-se neste capítulo caracterizar a organização
em estudo sob alguns aspectos. Inicialmente será feita uma breve descrição de sua ambiência, bem como da forma pela qual está po~ ta sua estrutura, para mais adiante apontar determinadas
especi-fidades que irão condicionar a cultura organizacional (ou que
são condicionadas por esta).
A instituição foi criada sob forma de Autarquia Fede
ral, em meados da década de 60, num contexto de modernização ad
ministrativa das várias esferas da~tuação estatal, mais acentu~
damente do Sistema Financeiro, ambiente no qual a organização se
insere de forma mais específica, onde verificou-se uma diversifi cação de instrumentos financeiros, especialização de funções e
centralização administrativa.
Os objetivos organizacionais nao poderão ser descritos de forma detalhada tendo em vista a natureza única das
ativida-des ativida-desenvolvidas, o que facilmente identificaria a instituição. De maneira genérica poder-se-ia, entretanto, descrever como seu
objetivo precípuo, cumprir e fazer cumprlr as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as normas
expedi-das pelo Conselho Monetário Nacional.
A estrutura organizacional é composta de Diretoria,
u-nidades Especiais, Uu-nidades Centrais e Regionais.responsável pela formulação de normas e diretrizes destinadas a
orientar a execução de funções da instituição, segundo as
dispo-sições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
As Unidades Especiais compreendem o Gabinete do
Presi-dente e dos Diretores.
As Unidades Centrais sao componentes organizacionais responsáveis pela execução das funções cometidas ao órgão, bem
como pela proposição de normas a ela referentes, seu
planejamen-to e seu controle, dispondo de auplanejamen-toridade técnica sobre as Unida
des Regionais para orientar e controlar o desenvolvimento das
atividades que lhes são próprias.
As Unidades Regionais sao componentes organizacionais
responsáveis pela execução a nível regional das funções
cometi-das ao órgão e compreendem as de Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São
Paulo.
FIGURA N9 1
BANCO CENTRAL DO BRASIL
DIRETORIA
,"----:
---I _ _
I - _
---UI'IIIO,t,OES ESP'[ClAIS
O
O'J\"'O -c..t>-... 0- ... -. _ .~- ~""'KJ~Doe .... _ c...-... 0<0 [;-. J'::" ... -..c.I ...
D'Afl -c;...,. ... Ck[··-:·u.,*.l .... ... N' E -~~-.-..-: 0..' •.• u;l: ~~ .• OO""f( -~CkV- .. O>'Oo1I.· ... .,..",~~ .. : Df'''' -~~ .. ~...- .,.., .<. a:.I,O<. ... _~:x ~{ .. ;_ .. .,
COCII -(.01> ... OI: :~ •• , ... .,.. [ ••• ' : F-.,. ,.:_~ .... ,.."", .- •• '.; ... , .. .,
('\t .... ~ -r...-.... .,. """-~ ,".,. "'" ... 0 ... "" " ' _ ' " (..00"'(:: -. . . , .. -~ ___ t_O< .... ·UO~O'(..o:AII ..
Df"':-!' -... t A -.. - .. -·_Oot~.~:-<:- T'-'<A . . . ~ . . <h .. ;II
(J{["'f-~-...-·;.,.ec.--.,.,..Oor"""·.~f~1
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[·i::"'! -~ _ _ _ ;CMC_"'"·,.:.~ ... ·: • .: .. :~r. .. ~ ....C,f::'" -~=--- .. -... ~.,..c,.g..o ... ""'Q'I.~,._ ... <..,.-....
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[frf~ -r-;.-.. -~.,..Ao- ... : J - _ ... -'".~ .. _-.<>o
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'-',- .. - c.. __ .. -_ o:. ... "'c''"_ .. _
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- - - - . AUTORIOACE ADt.lINtSTRATIIIA
- ---~ ",UTQRIDAOE T~CNICA
Utilizando-se como metáfora os trabalhos de GOffmanl
que estudou instituições como prisões, manicômios e conventos,
nas quais todas as esferas da vida (dormir, comer, trabalhar
etc.) são realizadas num mesmo local, submetidas a uma única
au-toridade denominando-as de instituições totais, definidas como
aquelas onde se acentua o "fechamento" ao mundo exterior,tentar-se-á, guardados os níveis de diferenciação, entender a
organiza-ção em estudo como uma instituiorganiza-ção total, o que
é
extremamenterelevante quando o que se procura conhecer
é
o que se dá dettro dos "muros" da instituição e ainda como se dá o processo de cristalização e institucionalização de uma cultura própria neste
contexto.
o
que de forma marcante mais aproxima a organização emestudo ao conceito de Goffman
é
o caráter de estabilidade no em prego garantida aos funcionários e acentuada num dado momentohistórico, no aqui e agora do país. A crise econômica deflagrada a partir de 1973 e acirrada nos anos subsequentes leva a um es
treitamento do mercado de trabalho e a elevação da taxa de desem
prego. A estabilidade no emprego que representou sempre um
atra-tivo grande de chamada e manutenção do quadro funcional das em
presas públicas, ficou ainda mais relevante, no momento em que as oportunidades de colocação em mercado se reduzem. Daí, quem lá está, lá permanece. Além disso os funcionários especialmente os da Carreira de Administração, têm e sempre tiveram um valor de mercado reduzido, na medida em que seu nível de especialização, via de regra, está aquém do mercado e se reduz na maioria das
vezes ao "conhecimento do serviço".
o
"espírito da organização" foi determinado a partirde funcionários oriundos de treze instituições distintas.
Acres-centa-se também a isto a transferência de componentes inteiros
vindos de outros órgãos com valores, experiências, procedimentos
e tecnologia próprios.
Não obstante
ã
diversidade cultural de seus fundadores, algumas características lhes eram comuns como por exemplo a escolaridade via de regra a nível de 29 Grau.
Na maioria dessas instituições, o acesso de mulheres era restrito aos cargos auxiliares, o que indubitavelmente va-i
condicionar a percepção do papel feminino na organização.
Somente a partir de 1967 a contratação para cargos em nível de carreira passa a ser regulada por concurso público, dis
tanciados no tempo, o que gera a existência de gerações de cionários, cada qual agrupando pessoas com especificidades
fun
- pro-prias a partir do critério de seleção adotado na época e identi-dade maior em nível de iidenti-dade, escolariidenti-dade e percepçao do
traba-lho e do mundo. Não obstante, essas geraçoes convivem sem confli
to aparente e formam a instituição dos dias atuais.
!
impo.rtante ainda lembrar como traço unificador dacultura a centralização das decisões na sede conferindo às regi~
nais a execução de tarefas na maioria das vezes fragmentadE e po~ co criativas. Tal caráter centralizador vai alem das barreiras
impostas pelos documentos institucionais e pelo fluxo formal de
decisões, enraizando-se em vários níveis, no comportamento e ati
tude dos funcionários e indubitavelmente está relacionado ao en
gajamento do funcionário com seu trabalho e com sua formação pr~
fissional e com a instituição.
E finalmente,um ponto de aglutinação cultural, de pr~
cípua importância_são os documentos normativos da instituição_
que irão condicionar vários aspectos ou subculturas como a sele
çao de candidatos para cargos, de avaliação do desempenho, o
es-tilo gerencial e as relações interpessoais.
Entretanto uma descrição com maior detalhe do assunto
será feita no capítulo a seguir.
1.2. AS REGRAS DO "SUCESSO"
Se faz mister
a p4io4i,
a definição da categoria "EUcesso". Entretanto, tal será feito posteriormente na medida em
que nao se pode fornecê-la,
ad-hoe,
sem que sejam compreendidas as normas que regulam a ascensão funcional (Carreira), queê
oobjetivo deste capítulo, bem como fornecer um panorama da divi
1.2.1. A Carreira
Os servidores da instituição incluídos na categoria de
bancários são regidos basicamente no âmbito interno, em caráter
geral pelo Estatuto dos Funcionários e mais especificamente, p~
las normas constantes do Manual de Organização Administrativa
(ADM) e do Manual de Serviço de Pessoal (MSP). Tais documentos
fornecem o embasamento para o que vai a seguir descrito.
O quadro de funcionários está estruture lO em carreiras
e em categorias isoladas, como está descrito nas Figuras 1, 2 e
3.
A carreira é o agrupamento de cargos compostos de re
ferências, ou níveis de ascensão funcional.
O cargo
é
o conjunto de atribuições e responsabilida-des de um funcionário.A referência é a pOSlçao atribuída ao cargo na escala de vencimentos-padrão.
A estrutura básica do quadro é composta pelas
Carrei-ras de Administração e Especializada e as Categorias Isoladas.
A Carreira de Administração é composta pelos
Básico, Intermediário e Superior, cada qual com 8 referências e os cargos são respectivamente denominados de Técnico Básico, Téc nico Intermediário e Técnico Superior.
Médico, todos com 8 referências.
FIGURA N9 2
CARGOS NA CARREIRA ESPECIALIZADA
ANALISTA ADVOGADO
ARQUITETO AUDITOR ECONOMISTA
I
ENGENHEIRO MtDICOFIGURA N9 3
CARGOS NA CARREIRA DE ADHINISTRAÇÃO
TE:CNICO INI'ERMEDIÁRI
TE:CNICO BÁSICO
FIGURA N9 4
CARGOS NAS CATEGORIAS ISOLADAS
AUXILIAR DE
ENFERMAGEM
*
AUXILIAR DE SERVIçoS
AQ
ARI'ITICE
*
ASCENSORIsrA
*
CONFERENrE DENUMERÂRIo
MJI'ORISTA
*
SERVENl'E*
NOTA
*
Contratados de firmas particulares.As Categorias Isoladas sao constituídas pelos cargos
de Auxiliar de Serviços Administrativos, Vigilante, Contínuo,Co~
ferente de Numerário, Auxiliar de Enfermagem, Artífice,
Motoris-ta, Ascensorista e Servente. Destes, fazem parte do quadro
pró-prio os quatro primeiros, sendo os restantes contratados de fir
. 1 2
mas partlcu ares.
A diferença básica entre as Carreiras e a Categoria
1-solada é que a esta última corresponde sempre a mesma referência,
não havendo portanto, possibilidade de ascensao funcional. Por
isso, neste trabalho limitou-se o universo de estudo aos funcio-nários de carreira, posto que, somente estes irão participarJéc
"corrida ao sucesso".
A progressao na carrelra se dá através de Promoção,
Acesso ou de Mérito Individual.
A promoçao é a elevação do funcionário
à
referência 1mediatamente superior, dentro da mesma carreira e se dá automati_
camente no tempo. Na Carreira de Administração as promoçoes para o Nível Básico ocorrem de 4 em 4 anos, para o Nível
Intermediá-rio de 3 em 3 anos e para o Nível SupeIntermediá-rior de 2 em 2 anos.
Na Carreira Especializada o interstício é de 3 anos.
o
funcionário pode concorrerà
promoçao por mereClmen-to desde que já tenha cumprido o interstício mínino de permanên-cia na sétima referênpermanên-cia do cargo.2 Nas
atribuiçõ~s
básicas dos ocupantes dos cargos (MSP.2.2 -do-cumento 3)~ na~ :oram encon~rados quaisquer impecílios quer de
uma form~ 1mp11c1ta ou exp11cita ao trabalho da mulher, no
en-tanto, nao se tem conhecimento de vigilante artífice
As figuras a seguir demonstram de forma esquemática a
composição do quadro de funcionários.
FIGURA N9 5
COMPOSIÇÃO DO QUADRO DE FUNCIONÁRIOS CARREIRA DE ADMINISTRAÇÃO
CARREIRA CARGO N!VEIS REFERtNCIAS
..
- I .. .
Básico 01 ar
AdmlnlstraçaolTecnlco
I
Intermediá-rio 01 a 08 Superior 01 a 08
Especializa- Advogado da
Analista
Arquiteto
Auditor Onico 01 a 08
-Economista
Engenheiro Médico
INTERST!-CIOS PARA
PROMOÇÃO
4 anos
1
j
3 anos
2 anos
CATffiORIA
Isolada
FIGURA N9 6
COMPOSIÇÃO DO QUADRO DE FUNCIONÁRIOS
CATEGORIAS ISOLADAS
CARGOS NlvEIS REFERt;NCIA
Auxiliar de Ser
-
-viços Adminis= trativos
Vigilante
-
-Contínuo -
-Conferente de Nu
I
merário
-
-
-Auxiliar de
En-fermagem*
-
-Artífice*
-
-Ascensorista~':
-
-Motorista*
-
-Servente*
-
-Nota: * contratados de firmas particulares
INTERST!-CIOS PARA PROMOÇÃO
-A tabela n9 1 indica como estão distribuídos os fun-cionários por sexo, dentre os 3 níveis da Carreira de Administra
TABELA N9 1
COMPOSIÇÃO DA CARREIRA DE ADMINISTRAÇÃO
POR SEXO
Nlv EIS HOMD1 MULHER
Básico 1.417 680
Int ermed iár io 916 117
Superior 244 05
TOTAL 2.577 802
Fonte: DEPRO - CAPES, Fev/82
TOTAL
2.097
1.033
249
3.379
A tabela 1 indica que
ã
medida que sobe o níveldimi-nui a participação feminina em relação ao total de funcionários
em cada nível, iniciando com 32,43% no Nível Básico, decrescendo para 11,33% no Nível Intermediário e para 2,00% no Nível
rior.
Supe-Os dados indicam também que 84,79% das funcionárias es tão no Nível Básico, 14,59% no Intermediário e 0,62% no Nível Su
perior, enquanto que 54,99%, 35,55% e 9,4% da população masculi-na está respectivamente nos Níveis Básico, Intermediário e
Supe-rior.
A divisão por níveis nao significa pe4 ~e hierarquia,a distribuição dos cargos em comissão (Tabela n9 5 P.3l) é que for nece tal informação. Entretanto, pode-se afirmar que existe uma
relação profunda entre o nível ocupado pelo funcionário e a comlS são, porém este assunto será visto com maior detalhe
A tabela a segulr fornece a mesma qualidade de dados
em relação
à
Carreira Especializada. Entretanto, nãohá
umagra-dação em níveis como na Carreira de Administração. Os dados vao fornecer unicamente uma divisão horizontal do trabalho nas diver
sas especializações da carreira. O salário percebido pelo funcio
nário
é
idêntico em todos os cargos.TABELA N9 2
COMPOSIÇÃO DA CARREIRA ESPECIALIZADA SIM SEXO
CARGOS HOMIM MULHER
-Advogado
I
93 17Analista 54 18
Arquiteto 02 O
Auditor 371 66
Economista 143 39
Engenheiro 12 01
Médico 13 01
TOTAL 688 142
Fonte: DEPRO - CAPES, fev/82
TOTAL
110
72 02
437
182 13
14
830
Também na Carreira Especializada a força de trabalho feminina conta, em todos os casos, com um número inferior ao con tingente masculino.
No cargo de advogado a proporçao de mulheres
é
de 15,45% em relação ao total dos ocupantes do cargo, no dede engenheiro é 7,70% e no de médico 7,14%. Não
há
mulheres ocupando o cargo de arquiteto.
o
acesso é a elevação do funcionário ao nível imediatamente superior, dentro da Carreira de Administração. ~
necessá-ria entretanto, a aprovação nos Cursos de Formação Intermediánecessá-ria
e Formação Superior (CFI e CFS), que são cursos de treinamento o
ferecidos pela Organização aos funcionários que detenham maior pontuação com base nos critérios a seguir descritos.
TABELA N9 3
FATORES DE AVALIAÇÃO PARA O RECRUTAMENTO PARA O CFI E CFS
PONDÉRAçÃO DE FATORES FATORES DE AVALIAÇÃO ~ROMOÇÃO
P/PARTICIPA-MERECIMENTOÇÁO NO CFI
I
% %DESEMPENHO
EM
FUNÇOES NADASCOMISSI~
- nos 48 meses da carreira - ao longo da carreira
EXPERI~NCIA NOS SERVIÇOS
APROVEITAMENTO EM CURSOS
- promovidos pela Organização por iniciativa própria
EDUCAÇÃO FORMAL
PARTICIPAÇÃO EM MISSOES ESPE-CIAIS
TOTAL
Fonte: M.S.P. 4.3.
20 05 02 03 15 100 40 15 10 15 05 10 05 100 PARTICIPA-çÃO NO CFS
o
subfator aproveitamento em cursos compreende ainda odesempenho individual do participante com 50% e a carga horária
com 50%.
o
subfator missões especlals igualmente compreende aimportância da missão com 30% dos pontos, o âmbito de interesse da missão com 20% e a função pessoal na missão com 50% dos
pon-tos.
t
necessário ressaltar a relevância atribuída nostrês casos ao fator função comissionada (desempenho +
experiên-cia nos serviços) que equivale a 75% para a promoção por mereci-mento, a 65% para participação no crI e 65% para participação nr.
crs.
A esta altura, a definição da categoria "sucesso" Ja
.
-pode ser entendida com maior clareza. Um dos componentes do "su-cesso" é alcançar a referência máxima (Carreira Especializada)
ou a referência máxima do nível máximo (Carreira de
Administra-ção). Desta forma, tanto maior será o "sucesso", quanto malS o funcionário puder ascender na escala de referências.
Mas como visto, a passagem para uma referência
imedia-tamente superior se dá de forma automática (impessoal), em fun-ção do tempo de serviço na Carreira Especializada. Na Carreira
de Administração a passagem de nível é dada através dos fatores descritos na tabela n9 3 que evidenciam a existência de uma nova variável que intervém, ainda de forma indireta: a comissão.
quia
~
que não ocorre com a referência)3 e isso é ma1S verdadeainda~ando se observa a Carreira Especializada (onde além da
comisSID a diferenciação dos funcionários só se dá no tempo,pois
não
há
níveis) .Assim, tanto ma10r será o "sucesso", quanto mais eleva
da fora função comissionada do funcionário.
o
"sucesso" será então -<..n t.ot.o para a Carreira deAd-minis~ação: referência + nível + comissão; e para a Carreira Es
pecializada: referência + comissão. Entretanto, o "sucesso" se
rá ~n
meleo
para ambas as carreiras: a comissão.1.2.2. A Comissão
A função comissionada é atribuída ao funcionário
ocu-pante de cargos em carreira. ~ definida pelo seu caráter de con fiança e transitoriedade, entretanto, a organização não
explici-ta nenhum dos dois.
Para que melhor seja compreendida sua relevância ex
plica-se com maior detalhe sua composição e valor, tomando por base o vencimento padrão de um funcionário de nível básico ini cial (B.Ol.l), como descrito na tabela a seguir:
3
Quando da criação dos atuais planos de carreira a ideia era es
TABELA N9 4
COMPOSIÇÃO DAS FUNÇOES COMISSIONADAS
E VALOR RELATIVO
COMISSÃO
Grupo de Direção
Chefe do Gabinete do Presidente Chefe de Departamento
Chefe do Gabinete do Diretor
Subchefe do Gabinete do Presidente
Grupo de ~ecu~ão
Chefe Adjunto do Departamento Chefe de Divisão
Chefe Adjunto de Divisão Supervisor
Operador de Câmbio Operador de Títulos Coordenador
Grupo de Consultoria e Pesquisa* Consultor Especial
Consultor de Pesquisas Assessor
Coordenador
Grupo de Apoio Intermediário Assistente
Secretário Auxiliar
VALOR RELATIVO DA COMIS SÃO EM FUNÇÃO DO V.P.
=
B.Ol.l 112 104 89 89 89 70 64 64 54 54 53 89 54 64 53 41 33 25Fonte: MSP-7.1 - Tabela em vigor a partir de 01.09.82
A tabela n9 5 fornece dados de como está fragmentado o
poder dentro da Carreira de Administração através da análise dos
cargos em comissão e sua distribuição por sexo.
Desses dados depreende-se que na Carreira de
Adminis-tração o contingente feminino corresponde a 23,73% do total de
funcionários.
As funções comissionadas sao ocupadas 89,10% por
ho-mens e somente 10,90% por mulheres.
Das funcionárias 21,45% são comissionadas, ao que 54,56% dos homens o são.
passo
Num tratamento qualitativo a situação é malS alarmante
observando-se em que comissões estão distribuídas essas
funcio-nárias. Em se analisando as comissões de auxiliar e secretário (que possuem as remunerações mais baixas, verifica-se que 26,74%
das funcionárias comissionadas aí estão, ao passo que no total de funções comissionadas ocupadas por homens somente 1,78% estão
no referido grupamento. No entanto muitas funcionárias que
ocu-pam cargos de secretária têm comissão de assistente, ou seja,mui tas funcionárias percebem comissão de assistente, mas na realida
de atuam como secretárias, fato que nao ocorre com os homens,
pois quando o cargo de secretário é ocupado por funcionário,esse é enriquecido e as atribuições assumem novo âmbito. Quando ocup~
do por funcionária, as tarefas se aproximam às de recepcionista e ainda às "tradicionais" tarefas femininas desenvolvidas junto
DISTRIBUIÇÃO DOS CARGOS EM COMISSÃO - CARREIRA DE ADMINISTRAÇÃO, SEGUNDO SEXO
CARGOS EM COMISSÃO HOMENS MULHERES
Grupo de Apoio
Auxiliar 19 11
Secretário 06 35
Assistente 488 97
Subtotal 1 513 143
Grupo de Execução
Inspetor* 178 02
Coordenador 395 22
Operador de Títulos 07 O
Operador de Câmbio 04 O
Supervisor 18 O
-Chefe Adjunto de Divisão 15 O
Chefe de Divisão 121 01
Chef e Adj unto de Departamento 28 01
Subtota1 2 766 26
Grupo de Consultoria e Pesquisa
Coordenador 21 02
Assessor 59 01
Consultor de Pesquisas 02 O
Consultor Especial 09 O
Subtota1 3 91
I
03Grupo de Direção
I
Subchefe Gabinete Presidente 03 O
Chefe Gabinete Diretor 06 O
Chefe do Departamento 26 O
Chefe do Gabinete Presidente 01 O
Subtota1 4
I
36 OSubtota1 1+2+3+4
I
1.406I
172Não Comissionados 1.171
I
630T O T A L 2.577 802
Fonte: DEPRO-CAPES,fev.82 NOTA:
TOTAL 30 41 585 656 180 417 07 04 18 15 122 29 792 23 60 02 09 94 03 06 26 01 36 1.578 1.801 3.379
A tabela abaixo indica a distribuição dos cargos em comissão na Carreira Especializada.
TABELA N9 6
DISTRIBUIÇÃO DOS CARGOS EM COMISSÃO, POR SEXO - CARREIRA ESPECIALIZADA
CARGOS HOMEM I MULHER
I
Grupo de Apoio
Auxiliar
-
-Secretário
-
-Assistente 145 10
I
ISubtotal 1 145 I 10
I
-Execução
,
Grupo de i
Coordenador 26
I
02-
iOperador de Títulos 01
I
OOperador de Câmbio
-I
-Supervisor
-
I-Chefe Adjunto de Divisão 02 O
Chefe de Divisão 09 O
Chefe Adjunto de Departamento 01 I i O
I
Subtotal 2 39 I I
,
02Grupo de Consultoria e Pesquisa
Coordenador 01 O
Assessor 10 O
Consultor de Pesquisas
-
-I
Consultor Especial I 02 O
I
I
Subtotal 3
!
13 OI
Grupo de Direção
I
Subchefe do Gabinete Presidente
-
-Chefe do Gabinete Diretor
-
-Chefe de Departamento 04 O
Chefe do Gab. do Presidente
I
-
-Subtotal 4 I
I
04 OSubtotal 1+2+3+4 j 201 12
Não Comissionados , i 487 130
T O T A L i 688 142
Fonte: DEPRO, CAPES, fev/82
TOTAL
-155 155 28 01 -02 09 01 41 01 10 -02.
I
13 -04-I
04I 213
I
I
617No grupo de Apoio Intermediário (GAI) (as ma1S baixas
comissões na hierarquia) estão 83,14% das funcionárias comissiona
das, ao passo que somente 36,49% dos homens.
No Grupo de Execução (GE) estão 13,95% das
funcioná-r1as comissionadas e 54,48% dos funcionários.
No Grupo de Consultoria e o de Assessoramento e
Pes-quisa (GCAP) estão 1,74% das comissionadas e 6,47% dos comissiona
dos.
No Grupo de Direção nao há participação feminina ao
passo que estão representados 2,56% dos homens.
Os dados da Tabela n9 5 ainda podem indicar que 21,8U~
dos comissionados do GAI são mulheres 78,20% são homens.
No GE 3,28% sao mulheres e 96,72% sao homens.
No GCAP 3,19% sao mulheres e 96,81% sao homens e final
mente no GD 100% são homens.
Embora sendo a participação feminina na Carreira de Ad
ministração de 23,73% do total de funcionários, tal proporção não
é
encontrada quando se observa a participação feminina nasfun-ções comissionadas no geral de 10,90% e distribuídas nos diversos grupos com exceçao do GA onde quase se observa a mesma proporçao mas extremamente influenciada pela comissão de secretária.
Ao analisar a Carreira Especializada, verifica-se um quadro ainda mais desfavorável ao trabalho feminino, com 5,63% de mulheres entre os comissionados e 94,37% de homens. No GA estão
há participação feminina.
-No GA 6,45% dos comissionados e no GE 7,14% sao
mulhe-res.
A participação feminina no total de funcionários é de
17,11% e a participação das comissionadas no total de mulheres é
-de 8,45% ao passo que dos comissionados e -de 29,22%, o que
de-monstra uma participação feminina muito menos efetiva ainda do que na Carreira de Administração.
Quanto aos critérios de indicação de um funcionário p~
ra o provimento de uma função comissionada, o M.S.P. recomenda que sejam observados o conhecimento dos serviços, o desempenho,
dedicação e operosidade, maturidade funcional e atributos de li
derança, conduta disciplinar e habilitação para o exercício da
função.
Por outro lado, não está normatizado nenhum instrumen-to objetivo de verificação de tais qualidades, ao que equivale
dizer que se foram tais critérios observados, não o foram de for
ma padronizada. O que se sabe é que, seguramente, é este um fo
co gerador de conflitos entre funcionários/funcionários, entre funcionários/chefia e funcionários/organização, o que será visto
mais adiante.
TABELA N9 7
FATORES DE AVALIAÇÃO - PROGRESSÃO NA CARREIRA
FATORES DE AVALIAÇÃO
1. Desempenho de Funções Comissionadas
- nos 48 meses
- na carre:Lra
2. Exper iênc ia
3. Aproveitamento Cursos Promovidos pela Organização
4. Participação em Missões Especiais
Fatores Dependentes da Avaliação da Organização
TOTAL 1 + 2 + 3 + 4
5. Aproveitamento em Cursos por iniciativa própria
6. Educação Formal
MERECIMEN
TO %
-30 25 20 05 15 95 02 03
CFI % CFS %
40 50
15 10
10 05
15 15
05 05
85 85
05 05
10 10
---,---4---~---_+---Fatores nao Dependentes da Avaliação da Organização
TOTAL 5 + 6
TOTAL GERAL
Fonte: M.S.P. 4.3
05
100
15 15
100 100
Por este quadro vê-se que a organização atribui pontua çoes de 85% a 95% a fatores não objetivos de avaliação na progre~
o
caminho para o "sucesso" é trilhado através dacar-relra e da comissão.
Os salários indiretos se distanciam do "sucesso" ,na me dida em que se distanciam do espaço de atuação e manobra dos fun
cionários, havido em relação
à
carreira eà
função cernissionada.Por outro lado, enquanto "sucesso" e rendimentos estão relacionados, verifica-se que os salários indiretos e o "sucesso"
também estão ligados, ainda que indiretamente.
A relevância da análise dos salários indiretos se pren-de tanbém, ao peso que eles assunem nos rendimentos dos funcioná
rios, nuna autarquia federal, que assegura não só a assistência social e previdenciária aos funcionários, através de instituições
e programas, bem como fornece uma série de outros benefícios e
vantagens, cerno se descreve a seguir.
A Fundação de Previdência Privada (Fpp) tem como objet~
vO cernplementar as prestações asseguradas pela previdência Social e a concessao de pecúlios aos grupos familiares dos participantes. O Programa de Benefícios Saúde (PBS) tem como finalidade
propi-ciar os meios ao custeio, do tratamento de natureza médica, ho~
pitalar, odontológica necessários
à
manutenção e a preservação da saúde dos funcionários e seus dependentes.Os benefícios provenientes de tais associações são paE
Entretanto, as funcionárias vêm recebendo um tratamento
diverso daquele fornecido aos funcionários, no que tange a vários
aspectos, fundamentalmente ligados
ã
questão dos dependentes.De acordo com o Regulamento do Plano Básico de
Benefí-C10S (MSP.13.3 - Documento n9 2) são os seguintes os dependentes
do contribuinte junto
ã
FPP:"I - a esposa ou o marido inválido;
11 - a companheira do contribuinte ou o companheiro da contribu
inte, se inválido;
111 - os filhos de qualquer condição, menores de vinte e um anos
ou inválidos.*
IV - os filhos em qualquer condição menores de vinte e quatro ~ nos que estejam cursando estabelecimento de ensino
rior oficial ou reconhecido.*
V - o pai inválido e a mae;
supe-VI - os irmãos de qualquer condição menores de vinte e um anos
ou inválidos."*
Em conformidade com o MSP.13.4 sao considerados depen-dentes junto ao PBS:
a) presunidos:
I - a esposa, ainda que funcionária.
11 - a companheira - ainda que funcionária do Banco.*
111 - os filhos de qualquer condição, menores de 21 anos ou
inválidos.*
b) nao presumidos:
I - o marido inválido
nores de 24 anos que estejam cursando estabelecimento de
ensino superior oficial ou reconhecido.*
111 - mão e o pai, este se inválido ou com idade superior a 70
anos.
IV - a madrasta e o padrasto, este se inválido ou com idade su perior a 70 anos.
V - a mãe e o pai adotivos, este se inválido ou com idade su-perior a 70 anos.
VI - as pessoas que com relação
à
esposa ou companheira do fun cionário, se enquadrem nas situações descritas nos inci sos 111 e IV."Os itens assinalados com * correspondem a divergências com descrito na Lei Orgânica da Previdência Social. O Art. 11 pr~ vê filhos menores de 18, filhas solteiras menores de 21 anos,
lr-mãos menores de 18 e irmãs solteiras menores de 21 anos. A FPV e o PGBS estendem os benefícios aos filhos/as e irmãos/ãs até 24
anos desde que cursando estabelecimento de ensino superior.
No PBS é exigido o tempo mínimo de coabitação de 2 anos ao invés dos 5 exigidos pela Previdência Social.
Como visto nao tem validade a afirmação de que a Previ-dência Social estabelece as normas que devem ser adotadas no âmbi
to da
Ar.
Isto é mais verdadeiro ainda em relação ao PBS, que e ~um programa e nao uma instituição como a FPP e somente a tradição justifica os critérios adotados.
Assim, os rendimentos dos funcionários tornam-se
supe-riores aos das funcionárias na medida em que além da esposa ou
desde que comprovado o estado de dependência econômica.
A propósito, é curlOSO cano o estado de dependência eco nÕn ica é "utilizado" pela organização, (não obstante
ã
incoerên-cia dos critérios adotados).Por exemplo, ele
é
definido como habi tual e efetivo, não sendo admitidos casos de dependência temporária ou eventual. Caberia então o questionamento de como podem as funcionárias que não dependem economicamente dos maridos igua1me~
te funcionários serem consideradas cano tal? Ou ainda como a esp~
sa de um funcionário, que exerce trabalho econanicamente ativo pode ser classificada como dependente, se o marido da
funcioná-ria, da mesma forma econanicanente ativo não pode?
O MSP 13.4.40 descreve ainda em relação ao PBS: "Caso
marido e mulher - ou companheiro ou companheira sejam servidores
... caberá a atribuição de apenas uma verba individual ...
qualquer hipótese, o marido ou companheiro sempre figurará
titular da conta".
em
como
Parece evidente que a condição de esposa
é
igualadaã
condição de funcionária, haja vista, que,a mulher, esposa ou funcionária, recebe tratamento idêntico. A tabela a seguir demon~tra cem clareza a perda sofrida pelas funcionárias ao se casarem
TABELA N9 8
DISTRIBUIÇÃO DA VERBA DO P.B.S., POR
TEMPO DE SERVIÇO - 1983
TEMPO DE SERVIÇO VERBA INDIVIDUAL i ACR~SCIMO POR
I DEPENDENTE
Menos de 2
2 ou 3
4 ou mais
Fonte: M.S.P. 13.4. Documento n9 3
Por equidade, as famílias das funcionárias deveriam ter
direitos idênticos na aquisição da casa própria, entretanto, tal
não vem acontecendo. O Regulamento do Prograna de Financiamentos Imobiliários da FPP, prevê uma contagem de pontos para a classifi cação dos funcionários da seguinte forma:
"a) 1 ponto por dia de contribuição . . .
ã
FPPb) 1 ponto por 4 dias ou fração relativos a período de efetivo serviço na organização
c) 5% do total de (a+b) por dependente regularmente inscrito na
FP P ••• ,,4
Daí, as funcionárias estarão sempre em desvantagem p01S
contan can um dependente a menos.
No tocante
ã
complementação da pensão por morte, as fun4
cionárias igualmente recebem tratamento diferenciado, na medida
em que não podem incluir seus maridos beneficiários.
Ainda no MSP no capítulo que versa sobre adiantamentos
e benefícios diversos, no tocante ao deslocamento de concursados
está o pagamento do valor das passagens "inclusive para esposa e
filhos" (MSP.6.6.L
Está descrito no MSP.6.6., um tipo de licença exclusiv~
mente de uso das funcionárias que
é
a licença por motivo de Afas tamento do Cônjuge: "Poderá ser concedida licença .•.ã
funcioná rla cujo marido funcionário público federal, for mandado serVlr"ex o
n
nic.io"
em outro ponto do território nacional o u no exte rior',com base no Código Civil Art. 27~
..
-Em relação a prorrogaçao da jornada de trabalho, o
MSP.IO.4.7 can base na CLT Art. 374 descreve: "em se tratando de
funcionária, a dilatação deverá ser previamente autorizada em
a-testado passado por facultativo do Banco, em Brasília ou nas Re g ionais que dispuserem de serviço médico ••. " E no i tem 11 do mes-mo capítulo, quanto ao intervalo para repouso e alimentação pr~
vê: "15 minutos, após as primeiras 6 horas efetivamente
trabalha-das, ainda que em 2 turnos, para as funcionárias em prorrogação
do horário normal". (CLT Art. 384 )
Estes sao indicadores precisos da percepção da inferio-ridade física feminina que a organização demonstra em seus man
u-als.
Alguns no cumprimento da lei e outros estabelecidos por ela própria dentro do mesn o espírito "protecionista" mas que nao
de enquanto força de trabalho. Como meia trabalhadora? Como eter
na "dependente" seja do pai ou .do marido? Como incapaz física e
mentalmente?
1.3. A CONTAGEM REGRESSIVA PARA O "SUCESSO"
..
O quadro de pessoal e formado de duas partes distintas,
quais sejam:
a) a Parte Permanente constituída de funcionários
admi-tidos, pela organização que se extinguiu dando ori gem a esta, de funcionários requisitados a outras
instituições financeiras federais e dos por concurso público.
admitidos
b) a Parte Suplementar constituída de funcionários re quisitados às instituições financeiras públicas fede
rais.
Ambas as partes se referem a recrutamento externo, sen-do ainda existente a hipótese de recrutamento interno através de
concurso.
,No que tange à participação feminina sabe-se, ainda que
não se tenha tido acesso aos dados concretos que algumas mulheres são oriundas da extinta organização e outras requisitadas a ins tituições, embora em número reduzido porque na época não se admi-tia mulheres em cargos de carreira.
com ati 6 qUinqli~nios enquanto a organizaçio possui 3 qainqU~nios.
CARREIRAS
TABELA N9 9
DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS POR TEMPO
DE SERVIÇO E SEXO
00
~':H *M H M IH M H M H M
05
H M
Administraçio ~ 78 286 606 347 365 98 521 29 266 13 229 29
Especializada 260 78 352 58 26 4 30 1 6 1 14 O
T O T A L 838 364 958 ~05 391 102 551 30 272 14,2 43 29
Fonte: DEPRO - CAPES, fev/82
TABELA N9 10
DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS POR TEMPO DE SERVIÇO
CARREIRAS 00
Administraçio 864 953 463 550 279
Especializada 338 410 30 31 7
T O T A L 1202 1363 493 581 286
Fonte: DEPRO - CAPES, fev/82
I
05
258
14
272
06
12 O
O O
12 O
06
12
O
12
Daí se verifica que a populaçio feminina em ambas as
carreiras tem tido crescimento superior
ã
masculina.Enquanto que na CA as últimas taxas de crescimento femi
-ninas (relativas a cada par de
QQ),
sao respectivamente de 4,98%e 3,02%, as masculinas sio de 1,33% e 1,78%. Na CE o crescimento foi de 27,2% e 5% (funcionárias) e de 10,89% e 2,8%
ceu a taxas de 1,90% e 1,82% enquanto que o de funcionárias a
5,80% e 3,06%. Desta forma, mantendo-se a última taxa de creSClmen to deverá ser ·.ul trapassado o nÚmero de funcionários pelo de
fun-cionárias, no préOCimo concurso.
Os dados da tabela indicam haver uma participação fe minina crescente no tempo. Se nos dois primeiros
é
de 29,9% do total de funcionários, nos dois seguintesé
de 11,96% e no 49 e 59é
de 10,72%, para ser inexistente no último.vê-se que o 69 qüinqüênio
é
exclusivamente masculino,em se grupando o 49 e o 59 a participação das mulheresé
de 10,72%, no 39 e 29é
de 11,96% e nos dois restantesé
de 29,98%.A população masculina parte de 100% no 69
70,02%.
FIGURA N9 7
COMPOSIÇÃO QUANTO AO SEXO -CARREIRA ESPECIALIZADA
2/3 00
L:j
c=I
Participaçãomasculina
~ Participação
~::I feminina
4/5 00
roNTE DEPID - CAPES FEV /82
FIGURA N9 8
COMPOSIÇÃO QUANTO AO SEXO-CARREIRA DE ADMINISTRA ÃO
Até 1
m
2/3 rp
4/5 00
~
I
'q
I
C.l
Participaçãomasculina
aiI
Participaçãofeminina
600
I
FONTE DEPRO - CAPES FEV/82
Poder-se-ia comparar esses dados com os relativos
à
re ferência e comissão. Entretanto, seria um esforço inócuo namedi-da em que a comissão, como visto, é a mola mestra do "sucesso" e não se sabe ainda se o fator tempo influi nos critérios de
1.4. PEQUENOS ESTUDOS DE CASO
1.4.1. O Ultimo Concurso
Não se dispõe de dados de concursos anteriores, somente
do interno para técnico,havido em 1980 cujos resultados encontram-se na tabela abaix o:
TABELA N9 11
COMPOSIÇÃO INSCRITOS E APROVADOS POR SEXO
UNIDADE MASCULINO FEMININO TOTAL
DEBEL 20 10 30
DEFOR 27 09 36
DEREC 34 35 69
DESAL 21 13 34
DEBHO 38 30 68
DERJA 177 181 358
DESPA 60 114 174
DECUR 31 21 52
DEPAL 23 27 50
SEDE 413 319 50
TOTAL DE INSCRITOS 844 759 1603
TOTAL DE SELECIONADOS 41 55 96
Fonte: DEPES-DISEP, jul/82
..
A categoria Isolada e composta de 62,42% de homens e
37,57% de mulheres.
-
-por sexo guardasse a mesma pro-porçao, o que como visto, nao se ve
rificou.
Em se levando em conta a proporção de funcionários
ho-mens da categoria isolada e os totais de inscritos e de aprovados, conclui-se que 50,90% dos homens se inscreveram e 2,5% dos homens
das categoria isoladas foram aprovados. Em relação às mulheres 76,05% se inscreveram e 4,11% foram aprovadas.
Dos quadros das figuras anteriores podemos inferir que:
Dos inscritos, 52,65% eram homens e 47,35% eram
mulhe-res. Destes foram aprovados 42,71% de homens e 57,29% de
mulhe-res. Dito de outra maneira, o nÚmero de homens inscritos foi sup~ rior e, para que fosse guardada a proporção de inscritos em rela
ção ao sexo seria necessário que 51 homens e 45 mulheres
logras-sem aprovação. O que não ocorreu, pois as mulheres em minoria na
inscrição se tornaram maioria na aprovação.
A tabela abaixo demonstra como a taxa de aprovaçao fe minina foi superior à masculina.
TABELA N9 12
TAXA DE APROVAÇÃO NO CONCURSO INTERNO, POR SEXO
HOMENS MULHERES TOTAL
TAXA DE APROVAÇÃO 4,85% 7,24% 5 ,98%
1.4.2. As Faltas, As Cessões e As Licenças
a
mulher
Uma argumentação ouvida com bastante freqUência
é
que
falta muito ao trabalho. Entretanto. a maior parte
das faltas deve constituir situação sem registro. o que leva
..
autilização do indicador "Faltas não Justificadas". o que
é
demons
trado pela tabela a seguir:
TABELA N9 13
FALTAS NÃO JUSTIFICADAS POR CARREIRA E SEXO
GRUPAMENTO DE CARGOS
HOMEM
MULHER
TOTAL
-Carreira de Adminis
tra-ça0
33
03
36
Carrei ra Especializada
OS
01
06
T O T A L
38
04
42
Fonte: DEPRO-CAPES. fev/82
Entretanto essas informações se ligam
ã
incidência
de
faltas na população e não ao número de pessoas faltosas. O
que
nao nos permite afirmar que 38 homens faltaram. mas que as 38 fal
tas foram cometidas pela população masculina e 4 faltas pela femi
nina.
Tais dados
pe~ hiinvalidam as afirmações correntes
de
que seriam as faltas talvez a explicação maior do pouco empenho
feminino no trabalho e consequentemente o pouco "sucesso"
alcanç~do pelas mulheres na carreira. ao longo do tempo.
funcionários quer por cessa0 a outras instituições ou por
treina-mento.
g
necessário entretanto, que se compreenda a composição do
Quadro Especial.
o
Quadro Especial de acordo com o MSP.ll.6,
é
composto
por funcionários:
- Adidos a órgãos da Administração Pública Federal, Estadual
ou
Municipal, a órgãos da Justiça Eleitoral e a organismos interna
cionais.
Afastados para servir instituições cuja AF
inclusive FPP e Associação dos funcionários.
covenha assistir,
- Licenciados para desempenho de mandato eletivo.
Em bolsa de estudos ou estágio de duração superior a
180dias.
A relevância dos dados reside precipuamente em dois
fa
tores.
o
primeiro deles
é
ser a participação em cada um dos
e-ventos de grande importância para o desenvolvimento e ascensão
funcionais. Destaca-se dentre todos o afastamento para cursos
de
Mestrado e Doutorado (bolsas de estudo/estágio). O segundo ponto
interessante
é
que a indicação para os cursos
é
dada com base
em
critérios não
previaID~nteestabelecidos nas normas e manuais
da
organização.
Dito de outra forma,
é
importante ressaltar a
fundamen-tal questão se funcionários de ambos os sexos tem resguardadas as
mesmas chances de serem beneficiados por eventos que podem ter
u-rna importância decisiva na formação profissional e
Mas como estariam distribuídos por sexo os funcionários
do Quadro Especial?
TABELA N9 14
COMPOSIÇÃO DO QUADRO ESPECIAL,POR SEXO - 1
EVENTOS
HOMEM
MULHER
TOTAL
Cessões com onus
124
30
154
Cessões
sem onus
-
17
06
23
Bolsa de Estudos/Estágio
19
01
20
T O T A L
160
37
1 97
Fonte: DEPRO-CAPES, fev/82
Os dados revelam que 80,52\ dos funcionários cedidos
com ônus sao homens e 19,48% são mulheres. Dos cedidos sem onus
73,91% são do sexo masculino e 26,09% do sexo feminino. No
caso
de Bolsas de Estudo 95% são homens e 5\ mulheres (não se
conside-rando que em termos absolutos somente uma funcionária participa
do Programa) e somente 0,11% das funcionários daAF estão em trei
namento a este nível, enquanto 0,58\ dos homens participam
de
~rograma id~ntico.