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Desequilíbrio muscular dos flexores e extensores do joelho associado ao surgimento de lesão musculoesquelética relacionada à corrida: um estudo de coorte prospectivo.

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www.rbceonline.org.br

Revista

Brasileira

de

CIÊNCIAS

DO

ESPORTE

ARTIGO

ORIGINAL

Desequilíbrio

muscular

dos

flexores

e

extensores

do

joelho

associado

ao

surgimento

de

lesão

musculoesquelética

relacionada

à

corrida:

um

estudo

de

coorte

prospectivo

Bruno

Tirotti

Saragiotto

a,c

,

Tiê

Parma

Yamato

a,c

,

Alexandre

Marin

Hernandez

Cosialls

b

e

Alexandre

Dias

Lopes

c,

aTheGeorgeInstituteforGlobalHealth,SydneyMedicalSchool,UniversityofSydney,Sydney,Australia

bProgramadePós-Graduac¸ãodeFisioterapiaemOrtopedia,TraumatologiaeDesportiva,FaculdadeInsiprar,SãoPaulo,SP,Brasil cProgramadeMestradoeDoutoradoemFisioterapia,UniversidadeCidadedeSãoPaulo,SãoPaulo,SP,Brasil

Recebidoem17defevereirode2013;aceitoem4desetembrode2014 DisponívelnaInternetem16dejaneirode2016

PALAVRAS-CHAVE

Corredoresderua; Dinamômetria isocinética; Lesãonacorrida; Esporte

Resumo Oobjetivodesteestudofoiverificarseodesequilíbriodosmúsculosdojoelhopode estar associado com o surgimento de lesões em corredores. Vintecorredores fizeram uma avaliac¸ãoisocinéticanasvelocidadesde60,180e300o/seforamacompanhadosportrêsmeses paraverificaraocorrênciadelesões.Quatroatletas(21%)apresentaramlesõesqueenvolveram aregiãodojoelhoeodesequilíbriomuscularencontradofoiassociadoaosurgimentodelesões, nastrêsvelocidadestestadas(p<0,05).

©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.

KEYWORDS

Runners; Isokinetic dynamometer; Runninginjury; Sport

Muscleimbalanceofflexorsandextensorsofthekneeassociatedwithrunning-related musculoskeletalinjury:aprospectivecohortstudy

Abstract Theaimofthisstudywastodeterminewhetheramuscleimbalanceofthekneeis associatedwithrunninginjuries.Twentyrunnerswereevaluatedbyanisokineticdynamometer at60,180and300degrees/second.Runnerswerefollowedforthreemonthstodeterminethe incidenceofinjuries.Weusedthechi-squaretesttoverifytheassociationbetweenmuscular

Autorparacorrespondência.

E-mail:aledlopes@yahoo.com.br(A.D.Lopes). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2015.12.005

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imbalanceandtheappearanceofinjury.Fourathletesexperiencedinjuries(21%),allregistered intheknee.Muscleimbalancewasassociatedwithrunning-relatedinjuriesforthethreetested velocities(p<0.05).Toconclude,amuscleimbalancemaybeassociatedwithrunninginjuries. ©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrights reserved.

PALABRASCLAVE

Corredores; Dinamometría isocinética; Lesionesen corredores; Deportes

Desequilibriomusculardelosflexoresyextensoresdelarodillaasociadoconlesiones musculoesqueléticasenlacarrera:unestudiodecohortesprospectivo

Resumen El objetivo de este estudio fue determinar si el desequilibrio muscular de los músculosdelarodillapuedeestarasociadoconlaaparicióndelesionesencorredores.Veinte corredoresrealizaron unaevaluaciónisocinéticaavelocidadesde 60,180y 300o/s. Sehizo unseguimientodelosparticipantesdurantetresmesespara determinarlaincidenciadelas lesiones.Seutilizólapruebadechicuadradoparadeterminarlaasociaciónentrelaaparición deundesequilibriomuscularyladelaslesiones.Cuatroatletas(21%)presentaronlesionesen laregióndelarodilla.Eldesequilibriomuscularseasocióconlaaparicióndelesionesenlas tresvelocidadesprobadas(p < 0,05).Seconcluyóqueundesequilibriomuscularpuedeestar asociadoconlaaparicióndelesionesencorredores.

©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todoslos derechosreservados.

Introduc

¸ão

Diversosestudostêmreportadoaprevalênciaeaincidência de lesões em corredores e estabelecido taxasentre 19 e 92%,ou6,8a59lesõesparacada1.000horasdeexposic¸ão àcorrida(Hreljac,2004;Kretschetal.,1984;Maceraetal., 1989;Tauntonetal.,2003;VanGentetal.,2007).Estudos recentes reportaram que a prevalênciade dor de origem musculoesquelética,emcorredoresderua,momentosantes daparticipac¸ãoemumaprovadecorridafoide25%(Lopes etal.,2011;Yamatoetal.,2011).

As lesões que atingem os corredores, de modo geral, são vistas como resultado de sobrecarga proveniente de microtraumasacumulativos, durantedeterminado período de tempo, e determinam lesão por sobrecarga (Hreljac, 2005).

Osfatoresde risco em praticantesde corridasão atri-buídos a três fatores: 1)os relacionados ao treinamento, 2)osanatômicos e3)osbiomecânicos (Martietal.,1988; StrakowskieJamil,2006).Aindanãosesabe,exatamente,a influênciadodesequilíbriomusculardosmembrosinferiores naincidência delesõesempraticantes decorrida.Porém, sabe-sequeotreinoeapráticaesportivaresultamno desen-volvimentode umamusculaturaespecíficarelacionada ao esporte praticado. Essa especificidade, durante o treina-mentodaforc¸amuscular,podedarinícioaodesequilíbriodas forc¸asqueagemnasarticulac¸õesegeraralterac¸õesda pos-turaoudamecânicaarticular.Esse desequilíbriomuscular podepredisporosatletasalesõesediminuic¸ãodo desem-penho(CarnahaneElliott,1987;Siqueiraetal.,2002).

Para avaliar a forc¸a muscular e identificar desequilí-briosprovenientesdapráticaesportiva,temsidousadoum dinamômetro computadorizadoisocinético.Nesse dinamô-metro, o indivíduo faz um esforc¸o muscular máximo ou

submáximo que se acomoda à resistência do aparelho. Assim, se tentar aumentar a velocidade angular do seg-mentoparaalémdavelocidadepredefinida,oequipamento forneceumaresistênciaacomodativacomplacente,oferece velocidadeconstanteeumacorrespondênciaexataentreo torqueaplicadoearesistência(Puaetal.,2008).

Numa avaliac¸ão, a escolha da velocidade depende do objetivodo terapeuta. As velocidades são divididas entre lentas(menoresdoque180o/s)erápidas(maioresdoque 180o/s). Paraomelhorestudodopicodetorqueedo tra-balho, usam-se velocidades angulares lentas, pois quanto menoravelocidadeangular,maiorseráotorqueouo tra-balho.Geralmenteusa-seavelocidadede60o/s.paraa avaliac¸ãodapotênciaeresistência,sãousadasvelocidades rápidas,de180a300o/s(Terrerietal.,2001).

O objetivodeste estudofoi verificarse odesequilíbrio dos músculos flexores e extensores do joelho pode estar associadoaosurgimentodelesõesmusculoesqueléticasem corredoresdelongadistância.

Material

e

métodos

Opresente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em PesquisadoCentro Universitário SãoCamilo, conforme os requisitosdaResoluc¸ãoCNS466/13(protocolo:13685795). Todasasavaliac¸õesforamfeitasemumaclínicade fisiote-rapiaemedicinaesportivanacidadedeSãoPaulo.

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nosúltimos12meses;apresentardorouqueixadeorigem musculoesquelética nomomentoda avaliac¸ão; e lesão no aparelholocomotornosúltimosdoismeses.

Apósanamnese,foifeitaaavaliac¸ãoisocinéticado joe-lhode cada atleta com o dinamômetro computadorizado isocinético(Cybex®,modeloNORM®,EUA).Asvariáveisde forc¸amuscularanalisadasforamopicodetorquedos mem-bros dominante e não dominante e a razão (ou relac¸ão) agonista/antagonista, nas velocidades de 60◦/s, 180/s e

300◦/s,obtidasporsoftware(HUMAC2004®).

Osatletasfizeramaquecimentoprévio,de cinco minu-tos,emesteiraergométrica,antesdaavaliac¸ãoisocinética. Emseguida,foramposicionadosnodinamômetro,sentados comacadeiraem85deinclinac¸ão,eoeixodemovimentodo equipamentofoialinhadonaalturadoepicôndilolateraldo fêmureaplataformaderesistênciafoiposicionadasuperior aomaléolomedial. Osindivíduos foramestabilizadoscom cintosnotroncoenacoxaparaevitarmovimentos compen-satórios.Aamplitudedemovimentofoilimitadaentre110 deflexão e0 deextensãoe 0foi definidocomoextensão completa.Antesdeiniciarostestes,osatletasexecutaram quatrorepetic¸õessubmáximaspréviasparaafamiliarizac¸ão comoprocedimentodeavaliac¸ão.

Oprotocolode avaliac¸ão isocinéticausadofoibaseado emestudosanteriores(Menzeletal.,2013;O’sullivanetal., 2008;Orchardetal.,1997).Todososparticipantesfizeram cincorepetic¸õesmáximasdeflexão eextensãodojoelho, nomodoconcêntrico-concêntrico,navelocidadede60o/s; dezrepetic¸õesem180o/s;e15repetic¸õesem300o/s, bila-teralmente,eaescolhadoprimeiromembroasertestado foi feita de forma aleatória. Todos os atletas receberam estimulac¸ãoverbalduranteostestes,queforamaplicados pelomesmoexaminador.

Os corredores foram acompanhados por três meses, foramfeitas três avaliac¸ões, com intervalo de 30 dias, e aincidênciadelesãonosmembrosinferioresfoiverificada por meio de um formulário, aplicado por telefone, que objetivavaidentificarlesãodeorigemmusculoesquelética; localizac¸ão;diagnósticomédico,quandofeito;eseo cor-redorhaviaparticipadodealguma provadecorridanesse período,assimcomoadistânciapercorrida.

Após a avaliac¸ão da forc¸a muscular, os participantes foramclassificadosemtrêsgrupos:(i)semdesequilíbrio(se odéficitdadiferenc¸aentreosmembrosfossemenordoque 10%);(ii)desequilíbrioleve(oscorredoresqueapresentaram déficitentre10a30%);e(iii)desequilíbriomoderado/grave (déficit maiordo que 30%). Essa classificac¸ão foi adotada deacordo com estudos prévios (Perrin etal., 1987) e de acordocomoprotocolousadopelaclínicaresponsávelpelo equipamento.

Adefinic¸ãodelesãomusculoesqueléticausadanoestudo foi:‘qualquerqueixaoudordeorigemmusculoesquelética queestavarelacionadaàpráticadecorridaequetenhasido severaosuficiente paraalterararotinadetreinamentoe impedidoocorredordetreinaroudeparticipardealguma provade corrida’’’ (Maceraet al., 1989; Van Middelkoop et al., 2008). Os dados foram submetidos a uma análise descritivadascaracterísticasdoscorredoresedasvariáveis isocinéticas. Para verificar a associac¸ão entre a presenc¸a dedesequilíbriomuscular (desequilíbrio classificadocomo moderado/grave)eosurgimentodelesõesfoiusadooteste

de qui-quadrado(␣=0,05). Todas asanálises foram feitas

pelosoftwareSPSSv.20.

Resultados

Apósaavaliac¸ãodos20atletasselecionados, umcorredor foi excluídoe, consequentemente,a amostratotalfoi de 19 corredores, 15(79%) homense quatro(21%) mulheres. Durante o período de acompanhamentode três meses, a médiadeparticipac¸ãofoide1,5provadecorridapor parti-cipanteeasdistânciaspercorridasvariaramentre7e21km. Emrelac¸ãoàincidênciadelesões,verificou-sequequatro corredores (21%)tiverampelomenosumalesão, todasna regiãodojoelho.Adescric¸ãodascaracterísticas demográ-ficas e de treinamento dos corredores está detalhada na tabela 1. As informac¸ões coletadasdurante o período de acompanhamentoestãodescritasnatabela2.

Em relac¸ão à forc¸a muscular, não foram encontra-das diferenc¸as significativas quando comparada a forc¸a através das variáveis de pico de torque e relac¸ão ago-nista/antagonistanasvelocidadesde60,180e300o/s,entre osmembrosdominanteenãodominante,comoapresentado na tabela 3. O desequilíbrio muscular apresentado pelos corredoresfoiassociadoàincidênciadelesõesnastrês velo-cidadestestadas(p<0,05),comodetalhadonatabela4.

Tabela 1 Característicasdemográficas edetreinamento doscorredores

Gênero,n(%)

Masculino 15(79)

Feminino 4(21)

Idade(anos),média(desviopadrão) 39,3(9,3)

IMC(Kg/m2),média(desviopadrão) 24,1(2,3) Distânciasemanal(km/sem),média(desvio

padrão)

60,9(34,5)

No.treinos/sem,média(desviopadrão) 4,6(1,6)

Recebeorientac¸ão,n(%)

Sim 13(68,4)

Não 6(31,6)

Tabela 2 Dados dos corredores durante o período de acompanhamento

Presenc¸adelesão,n(%) 4(21)

Lesãoprévia,n(%)

Sim 1(5)

Não 18(95)

Participac¸ãoemprovas,média(desvio padrão)

1,53(1,12)

Quilometragemdasprovas,média(desvio padrão)

13,91(6,14)

Alterac¸ãonotreinamento,n(%)

Aumento 8(42,1)

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Tabela3 Valoresmédiosedesviopadrãoparaopicodetorque(Nm/kg)earazãoagonista/antagonista(%)entreosmembros dominante(D)enãodominante(ND)doscorredoresavaliados

Velocidades

60o/s 180o/s 300o/s

D ND D ND D ND

Extensores 243,1(52,1) 217,9(42,9) 154,7(28,8) 147,7(27,8) 110,5(22,3) 105,6(22,1) Flexores 139,8(30,9) 126,1(24,4) 90,6(22,4) 86,6(16,6) 62,9(11,8) 60,3(13,9) Razãoagonista/antagonista 58,1(9,2) 59,1(12,8) 58,7(6,6) 59,6(11,1) 57,6(8,3) 58,6(14,6)

Tabela4 Associac¸ãoentreodesequilíbriomusculareosurgimentodelesãonoscorredoresavaliados

Desequilíbriomuscular Total,n(%) Semlesão,n(%) Comlesão,n(%) P

60o/s

Semdesequilíbrio 15,8(3) 20(3)

-Desequilíbrioleve 57,9(11) 66,6(10) 25(1)

Desequilíbriomod/grave 26,3(5) 13,3(2) 75(3) 0,043a

180o/s

Semdesequilíbrio 47,4(9) 53,3(8) 25(1)

Desequilíbrioleve 42,1(8) 46,6(7) 25(1)

Desequilíbriomod/grave 10.5(2) - 50(2) 0,015a

300o/s

Semdesequilíbrio 26,3(5) 33,3(5)

-Desequilíbrioleve 63,2(12) 66,6(10) 50(2)

Desequilíbriomod/grave 10,5(2) - 50(2) 0,011a

a p>0,05;associac¸ãosignificativaentreasvariáveispelotestedequi-quadrado.

Discussão

Neste estudo, após três meses de acompanhamento, foi encontradaassociac¸ãoentreopicodetorqueavaliadonas velocidadesde60,180e300o/scomosurgimentodelesões emcorredores delonga distância.Ataxadeincidência de lesõesfoide21%earegiãodocorpomaisacometidafoia articulac¸ãofemoro-tibio-patelar.

Osresultadosdesteestudo corroboramosestudos exis-tentesnaliteratura.Sugiuraetal.(2008)avaliaramaforc¸a muscularde42velocistasa60o/seencontraramassociac¸ão entredesequilíbriomusculareosurgimentodelesõesapós umanodeacompanhamento,comdiminuic¸ãodaforc¸a mus-cularnomembrolesionado,assimcomonopresenteestudo. Já Orchard et al. (1997) e Yamamoto (1993) trabalharam com atletascolegiais e jogadoresdefutebol americanoe encontraramdiferenc¸asdeforc¸amuscularentreomembro inferiordominante e o nãodominante.Em contrapartida, outrosestudosfeitoscomessa mesmavelocidadeem cor-redoresvelocistasejogadoresdefutebolnãoencontraram essa diferenc¸a (Bennell et al., 1998; Yeung et al., 2009, Maupasetal.,2002).

Foi encontrada associac¸ão entre o desequilíbrio mus-cular e o surgimento de lesões nas velocidades de 180 e 300o/s, que são consideradas velocidades altas, que geralmentesãousadasparaavaliac¸ãodepotênciae resis-tênciamuscular,respectivamente.Contudo,umestudofeito com 44 corredores velocistas (Yeung et al., 2009) não

evidenciouassociac¸ão entreos valores depico detorque a180ea240o/scomaincidênciadelesões,apósumanode acompanhamento.Entretanto,acomparac¸ãodessesdados comcorredoresvelocistastorna-selimitadadevidoà dife-rentesolicitac¸ãomuscularexigidaparacadatipodeprova. Corredoresvelocistas usam commaior frequênciaa forc¸a eapotênciamuscular,enquantocorredoresfundistasusam predominantementearesistênciamuscular,devidoàlonga distância dos treinos e das provas, geralmente acima de 5.000metros.

Ataxadeincidênciadelesãode21%écorroboradapelos estudosdeBovensetal.(1989),Yamatoetal.(2011)eVan Middelkoopet al. (2007).Porém,umarevisão sistemática (VanGentetal.,2007)apontaqueastaxasdelesõespodem variarentre17a79%,deacordocomotipodepopulac¸ão estudadaeadefinic¸ãoadotadaparalesão musculoesquelé-ticarelacionadaàcorrida,umavezque,nacorrida,aslesões porsobrecarga nosmembros inferiores acontecem princi-palmente na articulac¸ão do joelho (Fredericson e Misra, 2007)e,deformasemelhante,nopresenteestudo,aslesões registradasocorreramnessaarticulac¸ão,comoaconteceem corredores de longa distância (Taunton et al., 2002; Van Gentetal.,2007).

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corredores, que pode não ter sido suficiente para a identificac¸ão de lesões acumulativas por sobrecarga que ocorrema partirde microtraumas(Hreljac,2005). Outros estudos prospectivos, com maiores amostra e tempo de acompanhamento, devem ser feitos para investigar a relac¸ão entre o desequilíbrio muscular e a incidência de lesõesemcorredoresdelongadistância.

Conclusão

Deacordo com osresultados deste estudo prospectivo, é possívelconcluirquemedidaspreventivaspodemser toma-das através da avaliac¸ão do desequilíbrio muscular em corredoresderua.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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