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Variação na estrutura e na composição de Bromeliaceae em cinco zonas de restinga no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ.

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Variação na estrutura e na composição de Bromeliaceae em cinco zonas de

restinga no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ

LUCIANA COGLIATTI-CARVALHO

1,2

, ANDRÉ FELIPPE NUNES DE FREITAS

1,2

,

CARLOS FREDERICO DUARTE DA ROCHA

1,3

e MONIQUE VAN SLUYS

1

(recebido: 31 de janeiro de 2000; aceito: 26 de setembro de 2000)

ABSTRACT- (Variation in structure and composition of Bromeliaceae at five zones of “restinga” in Jurubatiba National Park, Macaé, RJ). We studied the bromeliads at the Jurubatiba National Park in five vegetation zones: psamophilous halophilous creeper vegetation (PHR); closed rear beach (FPP); open shrubbyClusia(AAC); open shrubby Ericaceae (AAE) and temporarily flooded forest (MPI). We sampled 98 plots of 100 m2(10 x 10 m) recording the bromeliad species and abundance, density, mass, richness, species diversity, evenness, and similarity among the zones. We estimated the amount of water reserved inside the bromeliads in each zone and by bromeliad species. We found a total of ten bromeliad species at the Jurubatiba National Park that occurred differently along the vegetation zones, with a total density of 10386 ind.ha-1. No bromeliads were found in the PHR zone. The FPP zone had the highest total mass (7721.2 kg.ha-1) andBromelia antiacanthawas the most abundant, having the highest mass (1366.5 kg.ha-1). The AAE zone had the highest total bromeliad density (15725 ind.ha-1), the highest bromeliad diversity (H’= 2.358), evenness (0.786) and amount of water reserved inside bromeliads (3294.8 L.ha-1). In the MPI zone,Aechmea bromeliifoliawas the most abundant, being found exclusively in this zone. The highest similarity occurred between zones AAC and AAE (88.9%). We conclude that the structure and composition of the bromeliads at the Jurubatiba National Park varied consistently among the vegetation zones of the restinga, and each zone is characterised by a different set of dominant bromeliads and different abundance distribution.

RESUMO- (Variação na estrutura e na composição de Bromeliaceae em cinco zonas de restinga no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ). Estudamos as bromeliáceas do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ, nas cinco diferentes zonas de vegetação: psamófila halófila reptante (PHR), fechada pós-praia (FPP), arbustiva aberta deClusia(AAC), arbustiva aberta de ericácea (AAE) e mata periodicamente inundada (MPI). Analisamos abundância, densidade, biomassa, riqueza, diversidade, equitabi-lidade e similaridade de espécies entre as zonas. Estimamos a quantidade de água reservada no interior das bromélias por zona de restinga e por espécie de bromélia. Em 98 parcelas de 100 m2(10 X 10 m) cada, registramos as espécies de bromélias, a abundância de cada espécie e a zona amostrada. A quantidade de água armazenada e a biomassa das bromélias foram estimadas medindo-se o volume de água reservada no vaso e pesando 10 indivíduos por espécie. Encontramos 10 espécies na restinga de Jurubatiba, com densidade total estimada de 10386 ind.ha-1. Na zona PHR, não ocorreu nenhuma espécie de bromélia. Na FPP, ocorreu a maior biomassa total (7721,2 kg.ha-1), sendoBromelia antiacanthaa mais abundante e com maior biomassa (1366,5 kg.ha-1). Na AAE, ocorreu a maior densidade total (15725 ind.ha-1), diversidade (H’ = 2,358), equitabilidade (0,786) e quantidade de água reservada no interior de bromélias (3294,8 L.ha-1). Na MPI,Aechmea bromeliifoliafoi a mais abundante, sendo exclusiva desta zona. A maior similaridade ocorreu entre AAC e AAE (88,9%). Concluímos que a estrutura e a composição de Bromeliaceae da restinga de Jurubatiba variam fortemente entre as zonas estudadas, com cada zona possuindo um conjunto particular de espécies com diferentes distribuições de abundância.

Key words - Bromeliad species diversity, abundances distribution, Jurubatiba National Park, restinga

Introdução

As restingas recobrem cerca de 79% da costa

brasileira (Lacerda

et al.

1993), onde se estendem

desde estreitas até extensas faixas de areia, como no

litoral norte do Estado do Rio de Janeiro (Martins

et

al.

1993). O bioma de restinga possui uma vegetação

característica devido a uma combinação de fatores

físicos e químicos destas regiões, tais como elevada

temperatura, salinidade, grande deposição de

sal-sugem e alta exposição à luminosidade (Ormond

1960, Franco

et al.

1984, Henriques

et al.

1984). Nas

imediações de fontes de água, como lagoas e braços

das mesmas, a vegetação torna-se mais densa,

for-mando florestas (Araujo

et al.

1998).

As comunidades vegetais das restingas da costa

brasileira são conhecidas quanto a sua composição

florística e às formações vegetais nelas encontradas

(

e.g.

Pfadenhauer 1978, Araujo & Henriques 1984,

Silva & Somner 1984, Henriques

et al.

1986, Araujo

& Oliveira 1988, Pereira & Araujo 1995, Araujo

et

al.

1998), havendo, contudo, poucos trabalhos sobre

1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, IBRAG, Setor de Ecologia, Rua São Francisco Xavier, 524, 20550-011 Rio de Janeiro, RJ.

2. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de pós-graduação em Ecologia.

(2)

a ecologia das espécies vegetais (Ormond 1960,

Henriques

et al.

1984, Waechter 1985, Zaluar 1997).

Estas comunidades vegetais podem ser subdivididas

em diferentes zonas, caracterizadas pela topografia,

fisionomia e florística local específica de cada zona

(Dansereau 1947, Ormond 1960). Alguns estudos

têm sido realizados com comunidades vegetais em

restingas, buscando compreender o padrão de

zona-ção das espécies (

e.g.

Henriques

et al.

1984) e

dife-rentes fatores tais como a salsugem, a salinidade do

solo e o movimento da areia têm sido sugeridos

como responsáveis pela zonação das espécies

vege-tais (

e.g.

Ormond 1960, Franco

et al.

1984,

Henri-ques

et al.

1986).

O Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba

(PNRJ), no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro,

ocupa uma extensão de cerca de 60 km ao longo da

costa (Araujo

et al.

1998). Diversos estudos têm sido

realizados na área do PNRJ (

e.g.

Montezuma 1997,

Zaluar 1997, Araujo

et al.

1998), sendo o mesmo

caracterizado fisionômica e floristicamente em dez

zonas.

A família Bromeliaceae é muito representada

em restingas (Silva & Somner 1984, Henriques

et al.

1986, Fontoura

et al.

1991, Araujo 1992), sendo

importante para a comunidade como um todo,

prin-cipalmente pela capacidade de armazenar água em

seu vaso, o que a torna um elemento importante para

a manutenção da diversidade deste habitat (Picado

1913, Lopez 1997, Rocha

et al.

1997). Diversas

espécies animais utilizam as bromélias para

for-rageamento, reprodução e refúgio contra predadores

(Smart 1938, Brito-Pereira

et al.

1988, Rivero 1989,

Oliveira

et al.

1994a, b, Oliveira & Rocha 1997). A

germinação e o desenvolvimento de algumas

espé-cies de plantas podem, também, ocorrer nas

bromé-lias (Fialho 1990, Fialho & Furtado 1993).

Estudou-se a comunidade de bromeliáceas em

uma área da restinga de Jurubatiba, analisando a

distribuição de abundâncias, a densidade, a

biomas-sa, a riqueza e a diversidade da área como um todo

e de cada uma das zonas, estimando, também, a

equitabilidade e a similaridade na composição de

espécies entre as diferentes zonas vegetais desta

restinga. Adicionalmente, para avaliar a importância

das bromélias como reservatórios de água livre nesta

restinga, estimou-se o volume total de água

reser-vado no interior das bromélias em cada zona de

restinga e para cada espécie de bromélia.

Material e métodos

Área de estudo - O estudo foi realizado em março de 1999 e janeiro de 2000 (estações chuvosas), em uma área da restinga próxima à Lagoa de Cabiúnas, no Parque Nacional da Restinga de Juruba-tiba, (22°17’S e 41°41’W), que abrange os município de Macaé, Carapebus e Quissamã, litoral norte do Estado do Rio de Janeiro (figura 1). Esta região é dominada por uma lagoa de água doce (Lagoa Feia) e por uma planície arenosa (Araujoet al.1998). A área de estudo é caracterizada por uma acentuada sazonalidade no regime de chuvas, com precipitação mensal mínima de madamente 40 mm, ocorrendo no inverno, e máxima de aproxi-madamente 190 mm no verão, com uma deficiência de água no solo entre os meses de junho e setembro. A temperatura média anual é de 22,6 °C, com a máxima atingindo 29,7 °C em janeiro e, a mínima, 20,0 °C em julho (Henriqueset al.1986, Araujoet al.1998).

Uma primeira classificação desta restinga foi feita por Hen-riqueset al.(1984), sendo posteriormente modificada e acrescida por Araujoet al.(1998). No presente trabalho, estudaram-se as populações de bromélias em cinco zonas propostas por Araujoet al.(1998): vegetação psamófila e halófila reptante (PHR), que se inicia próxima à escarpa praial, em faixa com largura de aproxi-madamente 5-10 m; arbustiva fechada de pós-praia (FPP), que é vegetação densa e lenhosa de difícil penetração; arbustiva aberta deClusia(AAC), que se limita com a anterior e é composta por moitas densas de variados tamanhos; arbustiva aberta de Eri-caceae (AAE), que apresenta moitas de vários tamanhos e irregu-lares, mais ou menos alinhadas em faixas; e mata periodicamente inundada (MPI), que sofre inundação periódica do solo, com dominância deTabebuia cassinoides. Na área de estudo, estas zonas de vegetação são paralelas à linha de praia e o distancia-mento do mar segue a seqüência em que foram apresentadas (figura 2).

A partir da zona PHR, foram realizadas sete transecções perpendiculares ao mar em direção ao interior da restinga, até atingir o fim da zona MPI, que estabelecia o fim da transecção; cada transecção estava separada de outra paralela por 50 m. Nas

(3)

transecções, foram demarcadas parcelas de 100 m2(10 x 10 m) distantes entre si 10 m. Foram estabelecidas 98 parcelas, totali-zando 0,98 ha de área amostrada. As parcelas foram distribuídas nas cinco zonas de vegetação da restinga descritas acima: sete na PHR (total de 0,07 ha), 14 na FPP (total de 0,14 ha), 44 na AAC (total de 0,44 ha), 16 na AAE (total de 0,16 ha) e 17 na MPI (total de 0,17 ha). Em cada parcela, foram registradas as espécies de bromélias presentes e o número de indivíduos de cada uma das espécies encontradas. Para estimar a densidade (ind.ha-1) de bro-mélias por zona, dividiu-se o número total de brobro-mélias amos-tradas nas parcelas de cada zona pela área total amostrada em cada zona (em ha). A diferença entre as densidades de bromélias em cada zona de restinga foi testada através do teste qui-quadrado de aderência (Magurran 1988). Para cada espécie, calculou-se a abundância relativa dividindo-se o número de indivíduos da espé-cie pela abundância total de bromélias amostradas, e a freqüência de ocorrência foi calculada através da divisão do número de parcelas em que a espécie ocorreu pelo número total de parcelas. Calculou-se a diversidade através do índice de Shannon (H’) e a equitabilidade (J) em cada zona analisada (Magurran 1988). A similaridade na composição entre as cinco zonas foi estimada através do índice de similaridade de Jaccard (Magurran 1988).

Para estimar o volume médio de água armazenada no vaso de cada espécie de bromélia, utilizaram-se dez indivíduos de cada uma das espécies, atentando para que fossem amostrados in-divíduos de diferentes tamanhos e que estivessem em locais variados na restinga (sombreados ou mais expostos). A fim de minimizar os efeitos da sazonalidade (estação seca/chuvosa), o estudo foi realizado na época de chuvas. O volume de água no interior de cada bromélia foi obtido invertendo-se a bromélia em um saco plástico de 100 litros até que encerrasse qualquer gote-jamento. O volume de água encontrado foi medido com provetas de 1 litro (com precisão de 10 mL) e de 500 mL (com precisão de 5 mL). Estimou-se a quantidade de água armazenada por cada espécie de bromélia como a média dos 10 volumes medidos. O volume total de água armazenado no interior de bromélias de cada espécie por zona de restinga foi calculado como o volume médio armazenado pela espécie multiplicado pela abundância estimada de indivíduos daquela espécie na respectiva zona. Após a retirada da água, pesaram-se as dez bromélias de cada espécie com balan-ças Pesola com valor máximo de 30, 500 g e 2 kg (com precisão de 1, 5 e 50 g, respectivamente) e com uma balança de valor máximo de 10 kg (precisão de 100 g). A biomassa por zona de

restinga foi estimada pela multiplicação da massa média estimada para cada espécie de bromélia pela abundância estimada de in-divíduos da espécie presente em cada zona. Diferenças no volume de água e na biomassa entre as espécies foram testadas através de ANOVA, seguida do teste de Tukey para comparações múltiplas (Zar 1999).

Resultados

Na área total amostrada da restinga de

Juruba-tiba, encontraram-se dez espécies de bromélias,

per-tencentes a cinco gêneros (tabela 1). As espécies de

bromélias com maior abundância na restinga de

Jurubatiba foram

Aechmea nudicaulis

,

Neoregelia

cruenta

e

Tillandsia stricta

(tabela 1). As dez

espé-cies de bromélias encontradas na área amostrada do

PNRJ utilizam os mais diversos tipos de substratos;

algumas espécies têm hábito epifítico, outras

ocu-pam o solo arenoso das áreas abertas ou o solo

coberto por folhiço da área de mata, havendo aquelas

que ocupam mais de um tipo de substrato (tabela 1).

Com relação à biomassa das bromélias

amos-tradas, houve diferença significativa entre os valores

médios das espécies na área amostrada do PNRJ

(ANOVA; F = 18,445; p < 0,001), sendo

Bromelia

antiacantha

a espécie com maior biomassa (tabela

2). Quando comparadas par a par, os valores de

biomassa foram significativamente diferentes para

algumas espécies (tabela 2). O volume de água no

interior das espécies de bromélia na restinga foram

significativamente diferentes (ANOVA, F = 13,534,

p < 0,001). No teste de comparações múltiplas,

al-gumas espécies diferiram significativamente (tabela

2). A espécie de bromélia que teve o maior volume

de água reservado no interior do vaso foi

Neoregelia

cruenta

(tabela 2).

(4)

A composição das espécies de bromélia variou

entre as zonas da restinga, sendo as zonas AAE e

MPI (ambas possuindo nove espécies de bromélias)

as áreas com maior riqueza de espécies, seguidas da

zona AAC, com riqueza de oito espécies. A zona

PHR foi a única das zonas de vegetação da restinga

de Jurubatiba onde não ocorreu nenhuma espécie de

bromélia.

Na área total amostrada na restinga, ocorreu um

total de 10179 indivíduos de bromélias, tendo a

abundância de cada espécie diferido entre as zonas

de vegetação (figura 3). A densidade total de

bromé-lias diferiu estatisticamente (

χ

2

= 4422,9; p < 0,001)

entre as zonas. As zonas de vegetação com maior

densidade foram a AAE, com 15725 ind.ha

-1

(N = 2516), seguida da zona AAC com 11900

ind.ha

-1

(N = 5236).

A zona de vegetação AAE foi a área com a

maior diversidade (H’ = 2,358) e equitabilidade

(0,786), enquanto a zona FPP teve o menor índice de

diversidade (H’ = 1,484) e equitabilidade (0,639)

(tabela 3). A maior biomassa de bromélias por zona

de vegetação foi encontrada na zona FPP (tabela 3),

onde as espécies mais abundantes,

Bromelia

antiacantha

e

Neoregelia cruenta

, possuíram os

maiores valores de biomassa. A zona AAC teve o

menor valor de biomassa total (tabela 3).

A zona de vegetação em que houve maior

volu-me estimado de água reservado no interior de

bromé-lias foi a AAE e a com a menor quantidade de água

estimada no interior de bromélias foi a zona FPP

(tabela 3).

Os valores de similaridade entre as zonas

vari-aram de 0,55 a 0,89, sendo as zonas AAC e AAE as

Tabela 1. Valores de abundância, abundância relativa, freqüência de ocorrência e hábito das espécies de bromélias encontradas no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ.

Espécies Abundância

absoluta

Abundância relativa

Freqüência de ocorrência

Hábito

Aechmea bromeliifolia(Rudge) Baker 657 0,064 0,12 terrestre

Aechmea lingulata(L.) Baker 1122 0,110 0,37 terrestre

Aechmea nudicaulis(L.) Grisebach 2814 0,276 0,65 terrestre

Bromelia antiacanthaBertoloni 911 0,089 0,31 terrestre

Neoregelia cruenta(R. Graham) L.B. Smith 2388 0,235 0,73 terrestre

Vriesea neoglutinosaMez 512 0,050 0,23 terrestre/epífito

Tillandsia gardneriLindley 138 0,013 0,25 epífito

Tillandsia recurvata(L.) L. 50 0,005 0,03 epífito

Tillandsia strictaSoland in Sims 1587 0,158 0,66 epífito

Tillandsia usneoides(L.) L. ___* ___* 0,02 epífito

Total 10179

*Não calculadas devido à dificuldade de contar os indivíduos desta espécie.

Tabela 2. Valores médios (±erro padrão da estimativa - ep) de biomassa (g) e volume de água armazenada (mL) nas espécies de bromélias amostradas no Parque Nacional da Restinga de Juruba-tiba, Macaé RJ. (N = 10). Valores com letras sobrescritas diferen-tes, em cada coluna, indicam haver diferença significativa entre as espécies (comparações múltiplas de Tukey; p < 0,05).

Espécies Biomassa

Média±ep

Volume de água Média±ep

Aechmea bromeliifolia 615±301,89a,b 97±52,66a

Aechmea lingulata 810±508,15a 294±239,73b,c

Aechmea nudicaulis 280±181,35b,c 178±127,08a,b,d

Bromelia antiacantha 1465±671,25 ___**

Neoregelia cruenta 745±462,75a,b 432±290,47c

Vriesea neoglutinosa 615±248,38a,b 48±52,71a,d

Tillandsia gardneri 56,8±27,68c ___**

Tillandsia recurvata ___ * ___**

Tillandsia stricta 28±14,15c ___**

Tillandsia usneoides ___ * ___**

(5)

mais similares na composição de espécies de

bromé-lias (tabela 4).

Discussão

A variação espacial indicada pelo crescente

au-mento na riqueza de espécies de bromeliáceas desde

a zona PHR até o cordão de mata (MPI) pode estar

relacionada, em parte, com a diminuição da

salini-dade e da deposição de salsugem, que ocorre em

grande quantidade na zona PHR e decresce em

di-reção às zonas interiores (Hay & Lacerda 1984,

Pammenter 1984, Gómez & Winkler 1991), e com a

variação espacial na disponibilidade de suporte para

as espécies de bromélias epífitas. Os dados no

pre-sente estudo indicam que, para a restinga de

Juruba-tiba, as bromélias não constituem espécies da zona

halófila psamófila. Outros estudos também têm

mos-trado que espécies desta família não são observadas

ne st a z on a d e resti ng a ( Ra witscher 1944 ,

Pfadenhauer 1978, Waechter 1985, Henriques

et al.

1986, Araujo & Oliveira 1988, Araujo

et al.

1998),

a qual está susceptível à ação das ondas em épocas

de tempestades (Araujo 1992) e à alta salinidade

(Pammenter 1984), sendo o solo bastante pobre em

nutrientes e água (Waechter 1985).

A presença de moitas acarreta um aumento de

sombreamento e de porcentagem de cobertura

vege-tal, oferecendo microhabitats com maior

disponibili-dade de nutrientes, umidisponibili-dade e temperatura mais

amena (Franco

et al.

1984, Hay & Lacerda 1984,

Fialho & Furtado 1993, Montezuma 1997, Zaluar

1997) e substratos potenciais para as espécies

epífi-tas. A maior riqueza de bromélias nas zonas de

vegetação AAC, AAE e MPI pode ser explicada pela

maior cobertura do solo pelas moitas (Henriques

et

al.

1986, Montezuma 1997, Araujo

et al.

1998),

altura do dossel e presença de substratos para

epífi-tas, que cria diferentes e particulares condições para

o estabelecimento de maior número de espécies de

bromélias. No entanto, embora a zona FPP também

possua um grande percentual de cobertura vegetal,

com uma vegetação mais fechada e impenetrável

(Henriques

et al.

1986, Araujo

et al.

1998), esta é

mais susceptível aos efeitos do salsugem devido à

maior proximidade da linha de praia, possuindo,

então, menor riqueza e abundância de bromélias.

A espécie heliófila

T. stricta

, que suporta alta

incidência de luz direta (Leme 1984), provavelmente

ocorre no interior das moitas desta restinga por ser

sensível aos efeitos intensos da salinidade e por

encontrar nesses microhabitats substratos

apropria-dos para se estabelecer.

Bromelia antiacantha

ocor-reu basicamente nas zonas FPP e MPI, assim como

no estudo de Araújo

et al.

(1998). A presença de

indivíduos desta espécie na zona FPP sugere maior

tolerância à alta salinidade. As espécies

N. cruenta

e

A. nudicaulis

ocorrem em elevada abundância na

Figura 3. Distribuição de freqüência das espécies de bromélias por zona de vegetação de restinga da área amostrada do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. Ab =Aechmea bromeliifolia; Al =A. lingulata; An =A. nudicaulis; Ba =Bromelia antiacantha; N c = Neoregelia cruenta; V n = Vriesea neoglutinosa; Tg =Tillandsia gardneri; Tr =T. recurvata; Ts =T. stricta; FPP = área de vegetação fechada do pós-praia; AAC = área aberta de

(6)

região entre-moitas das zonas AAC e AAE no PNRJ,

o que também pode ser observado por Henriques

et

al.

(1986). Tal fato sugere que estas duas espécies

possuem capacidade de sobreviver a altas

incidên-cias de luminosidade e elevada temperatura da areia,

pois acumulam uma grande quantidade de água entre

as suas folhas, o que manteria a temperatura mais

amena, além de facilitar a absorção de nutrientes

através de tricomas presentes nas folhas (Benzing

1980). Alguns estudos (Hay & Lacerda 1980, 1984,

Zaluar 1997) mostram que algumas espécies de

bro-mélias em restinga são capazes de se estabelecer nos

primeiros estágios de sucessão do desenvolvimento

de moitas, pois absorvem os nutrientes através de

células especializadas nas folhas (Benzing 1980,

Hay & Lacerda 1984).

Das dez espécies de bromélias ocorrentes no

PNRJ amostradas neste estudo, quatro (

T. stricta

,

T.

usneoides

,

T. gardneri

e

V. neoglutinosa

) possuem

larga distribuição no litoral brasileiro, ocorrendo nas

porções sul e norte do litoral (Aragão 1967). As

espécies

B. antiacantha

e

A. nudicaulis

ocorrem

restritas à porção sul do litoral do Brasil (de Ilhéus

para o sul) (Aragão 1967), sendo a primeira presente

em todo o litoral do Rio de Janeiro (Araujo &

Hen-riques 1984). No estado do Rio de Janeiro, a espécie

A. lingulata

ocorre nas restingas de Cabo Frio

(Fon-toura

et al.

1991), Macaé, Araruama (Araujo &

Henriques 1984) e Massambaba (L.

Cogliatti-Car-valho

et al.

, dados não publicados).

Aechmea

nudicaulis

e

N. cruenta

ocorrem nas restingas de

Macaé, Cabo Frio, Maricá (Araujo & Henriques

1984, Fontoura

et al.

1991) e apenas a segunda

espécie em Grumari (Fontoura

et al.

1991). No

esta-do esta-do Rio de Janeiro,

A. bromeliifolia

tem sua

dis-tribuição nas restingas de São João da Barra e Macaé

(Fontoura

et al.

1991).

Tillandsia recurvata

ocorre,

no estado do Rio de Janeiro, em Macaé, Cabo Frio,

Araruama e Grumari (Araujo & Henriques 1984).

As zonas AAC e AAE foram as mais similares

em termos da composição de espécies de bromélias,

o que seria esperado já que ambas são contínuas e

estruturalmente similares, sendo caracterizadas pela

formação de moitas esparsas. Localidades próximas

Tabela 3. Sumário dos valores de abundância, riqueza, densidade (ind.ha-1), diversidade (H’), equitabilidade, biomassa (kg.ha-1) e volume de água armazenada (litros.ha-1) de Bromeliaceae em cada zona de vegetação de restinga estudada no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ. O valor entre parênteses indica a área amostrada em cada zona: FPP = fechada de pós-praia; AAC = área aberta deClusia; AAE = área aberta de Ericácea; MPI = mata periodicamente inundada.

Parâmetros FPP (0,14 ha) AAC (0,44 ha) AAE (0,16 ha) MPI (0,17 ha)

Abundância 907 5236 2516* 1520

Riqueza 5 8 9 9

Densidade total 6478 11900 15725* 8941*

Diversidade de Shannon (H’) 1,484 2,174 2,358 2,102

Equitabilidade (J) 0,639 0,725 0,786 0,701

Biomassa total 7721,2 5337,6** 7129,6** 6080,7**

Volume de água 671,8 2597,7 3294,8 1105,4

*T. usneoidesnão incluída devido à dificuldade de contagem dos indivíduos.

**T. usneoideseT. recurvatanão incluídas devido à dificuldade de medir a massa dos indivíduos no campo.

Tabela 4. Valores do índice de similaridade de Jaccard entre as quatro zonas de vegetação de restinga estudadas no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ. FPP = fechada de pós-praia; AAC = área aberta deClusia; AAE = área aberta de Ericácea; MPI = mata periodicamente inundada.

Zonas AAC AAE MPI

FPP 0,62 0,56 0,55

AAC 0,89 0,70

(7)

geralmente refletem maior similaridade florística

(Pereira & Araujo 1995). Embora na zona AAC

tenha ocorrido a maior abundância total de espécies,

a zona AAE teve a maior densidade total. A AAE

sofre menos influência do mar e está mais protegida

da ação do vento quando comparado à AAC, o que

pode amenizar a ação deletéria destes fatores ao

desenvolvimento da vegetação (Montezuma 1997).

Além disso, a presença do lençol freático pouco

profundo na zona AAE propicia a formação de

moi-tas (Henriques

et al.

1986, Pereira & Araujo 1995,

Montezuma 1997), criando microhabitats com

con-dições de luminosidade, temperatura, umidade e

sa-linidade mais favoráveis para o estabelecimento das

espécies de bromélias. Em áreas mais abertas como

a AAC, o espaçamento entre as manchas de

vege-tação é maior (Zaluar 1997), elevando os níveis de

incidência luminosa e de temperatura, o que pode

representar condições adversas para a sobrevivência

de diversas espécies vegetais (Fialho 1990). Além

disso, a AAC possui um menor percentual de matéria

orgânica e nutrientes no solo do que a AAE, embora

estes sejam, de modo geral, baixos nestas duas zonas

(Hay & Lacerda 1984). A abundância, a diversidade

e a densidade de bromélias são menores na MPI do

que em AAC e AAE, provavelmente devido à maior

discrepância entre as abundâncias de bromélias

ter-restres e epífitas naquela zona. Na zona de MPI, a

dominância é de espécies terrestres, com maior

re-presentatividade de apenas duas espécies (

A.

lingulata

e

A. bromeliifolia

), enquanto as densidades

das espécies epífitas são bastante baixas. A MPI

possui maior quantidade de nutrientes e água no

solo, sendo uma zona supostamente mais úmida

quando comparada à região de moitas e entre moitas

nas zonas AAC e AAE (Henriques

et al.

1986).

Algumas espécies (

V. neoglutinosa

) são inexistentes

na MPI, enquanto que nas demais zonas (AAC e

AAE) a presença de epífitas promove maior

verti-calização na utilização do ambiente pelas plantas. As

áreas com menor índice de similaridade de

bromé-lias (FPP e MPI) foram as mais distantes entre si, e

são compostas por tipos de vegetação, condições

edáficas e de salinidade bastante peculiares a cada

zona (Araujo

et al.

1998).

A maior biomassa de bromélias encontrada na

zona FPP ocorreu provavelmente devido à elevada

densidade nesta zona da espécie

B. antiacantha

, que

possui o maior valor de biomassa entre as espécies

de bromélias amostradas. AAE foi a zona de

vege-tação que possuiu o maior volume de água

armaze-nado por hectare, e este fato provavelmente se deve

à presença das espécies de bromélia-tanque

N.

cruenta

,

A. nudicaulis

e

A. lingulata

, que ocorreram

em alta densidade nesta zona e possuem elevada

capacidade de reserva de água. Diversos estudos têm

indicado que as bromélias-tanque são uma

impor-tante fonte de recursos para várias espécies que

vivem diretamente associadas a elas (Picado 1913,

Lopez 1997, Oliveira & Rocha 1997, Richardson

1999) ou que passarão parte do dia ou da noite no

interior do vaso (Britto-Pereira

et al.

1988),

especial-mente em locais onde o ambiente externo é pouco

favorável ao desenvolvimento e sobrevivência

des-tes organismos (Fialho 1990, Fialho & Furtado 1993,

Oliveira

et al.

1994 a, b, Oliveira & Rocha 1997). O

volume de água armazenado no vaso de bromélias

depende da forma da roseta, da disposição das folhas

e do tamanho e grau de dilatação das bainhas foliares

(Leme 1984), características que, no caso de

N.

cruenta

,

A. nudicaulis

e

A. lingulata

, permitem o

acúmulo de um grande volume de água. Além disso,

na AAE, o nível do lençol freático é mais alto,

chegando a tornar o terreno alagado em épocas de

chuva (Henriques

et al.

1986, Montezuma 1997), o

que pode provavelmente contribuir para o maior

volume de água no vaso das bromélias-tanque nesta

zona, já que torna o ambiente menos xérico. Em

ambientes como as restingas, em que as condições

ambientais são extremas devido à alta temperatura e

à alta exposição à luz solar (Fialho 1990), as espécies

de bromélias que armazenam grandes volumes de

água, como

N. cruenta

,

A. nudicaulis

e

A. lingulata

,

tornam-se uma importante fonte deste recurso para

diversas outras espécies animais e vegetais.

(8)

Bromeliaceae dominantes em cada zona entre

aque-las existentes nesta restinga.

Agradecimentos - Este estudo é parte da tese de Doutorado do primeiro autor no Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFRJ, dentro do Projeto Ecologia de Restingas Brasileiras, do Programa de Ecologia, Conservação e Manejo de Ecossistemas do Sudeste Brasileiro e do Projeto Vertebrados do Leste Brasi-leiro, Setor de Ecologia, Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e foi parcialmente subvencionado com Auxílio à Pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), processo noE-26/171.885/1999 e do CNPq (46197/00-7). E. Leme e A. Costa identificaram as espécies de Bromeliáceas. Durante o estudo, A.F.N. Freitas (Registro CAPES no990207-7) e L. Cogliatti-Carvalho (Processo CNPq no. 140727/1999-0) re-ceberam bolsas de mestrado. C.F.D. Rocha (Processo no300 819/94-3) e M. Van Sluys (Processo no301117/95-0) receberam bolsas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.

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Imagem

Figura 1. Localização da área de estudo no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ
Figura 2. Perfil das zonas de vegetação estudadas no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba
Tabela 1. Valores de abundância, abundância relativa, freqüência de ocorrência e hábito das espécies de bromélias encontradas no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ.
Figura 3. Distribuição de freqüência das espécies de bromélias por zona de vegetação de restinga da área amostrada do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba
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