• Nenhum resultado encontrado

Expressão e localização de receptores Toll-like -1, -2, -4 e -6 em membranas corioamnióticas de gestações complicadas por corioamnionite histológica

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Expressão e localização de receptores Toll-like -1, -2, -4 e -6 em membranas corioamnióticas de gestações complicadas por corioamnionite histológica"

Copied!
56
0
0

Texto

(1)

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” –

UNESP

Faculdade de Medicina de Botucatu

Expressão e localização de receptores

Toll-like

-1, -2, -4 e -6

em membranas corioamnióticas de gestações complicadas

por corioamnionite histológica

Natália Prearo Moço

Orientadora: Profa. Dra. Márcia Guimarães da Silva

Co-orientador: Prof. Titular José Carlos Peraçoli

Botucatu 2011

(2)

Faculdade de Medicina de Botucatu

Expressão e localização de receptores

Toll-like

-1, -2, -4 e -6

em membranas corioamnióticas de gestações complicadas

por corioamnionite histológica

Natália Prearo Moço

Orientadora: Profa. Dra. Márcia Guimarães da Silva

Co-orientador: Prof. Titular José Carlos Peraçoli

Botucatu 2011

(3)

S

S

U

U

M

M

Á

Á

R

R

I

I

O

O

Capítulo I

Revisão da literatura……….. 02

Referências bibliográficas………. 21

Capítulo II Article: “Expression and localization of TLR-1, -2, -4 and -6 in chorioamniotic membranes of pregnancies complicated by histologic chorioamnionitis.” 32 Abstract……… 34

1. Introduction……… 35

2. Materials and methods……….. 37

2.1. Study population………. 37

2.2. Collection of chorioamniotic membranes……… 37

2.3. Immunohistochemistry………... 38

2.4. Real time PCR……… 39

2.5. Statistical analysis……….. 39

3. Results………. 40

3.1. Socio-demographic and obstetrics characteristics of the patients……….. 40

3.2. Immunohistochemical localization of TLRs in chorioamniotic membranes…………... 41

3.3. Relative quantification of TLRs………. 43

4. Discussion………... 44

5. References... 47

(4)

R

(5)

As membranas corioamnióticas formam uma estrutura de extrema importância para o

desenvolvimento fetal. Dentre suas principais funções estão a de proteção do feto contra

traumas, de manutenção do volume do líquido amniótico e de proteção dos vasos do cordão

umbilical contra compressão, além de atuarem como barreira contra infecções vindas do trato

genital inferior 1.

A placenta é um órgão materno-fetal constituído de uma porção fetal que se origina a

partir do saco coriônico e uma porção materna de origem endometrial. O componente fetal da

placenta corresponde ao córion viloso e o componente materno é formado pela decídua basal.

A decídua, que corresponde ao endométrio gravídico, possui três regiões distintas: decídua

basal, a qual constitui a parte mais distante do feto; decídua capsular, que corresponde à

porção superficial que cobre o feto e decídua parietal, que representa o restante da placenta 2,3.

Durante o desenvolvimento embrionário, o crescimento do saco coriônico leva à

compressão das vilosidades coriônicas, as quais são associadas à decídua parietal. A redução

no suprimento sanguíneo das vilosidades coriônicas leva à rápida degeneração das mesmas,

formando uma região relativamente avascular denominada de córion liso. Após a formação do

córion liso, as vilosidades associadas à decídua basal aumentam em número e se ramificam,

constituindo o córion viloso, também chamado de córion placentário ou frondoso3.

Morfologicamente, o âmnio possui uma porção membranosa, que se acopla ao córion liso; uma

porção placentária, que recobre o córion viloso e uma porção funicular, que circunda o cordão

umbilical4.

O crescimento do saco coriônico é acompanhado por crescimento ainda mais rápido do

saco amniótico3. Em decorrência desse crescimento, aproximadamente na 16ª de semana de

gestação ocorre a fusão dessas duas membranas, originando as membranas corioamnióticas 5.

E

(6)

As membranas corioamnióticas fundem-se à decídua capsular e após o desaparecimento da

porção capsular da decídua, elas aderem à decídua parietal. (Figura 1).

Histologicamente, as membranas corioamnióticas são constituídas de diferentes

camadas celulares e por componentes da matriz extracelular (MEC). A camada celular mais

interna é o âmnio, de origem ectodérmica, o qual é constituído por monocamada de células

epiteliais cubóides ou colunares e camada de tecido conectivo rico em colágeno, intercalada por

células mesenquimais6. Os principais colágenos encontrados no âmnio (Figura 2) são os

colágenos tipo III, IV e V da membrana basal; colágenos tipo I, III, IV e VI da camada compacta;

colágenos tipo I, III e VI da camada de fibroblastos e colágenos tipo I, III e IV da camada

intermediária (esponjosa)1. Várias microvilosidades são encontradas entre as células do epitélio

amniótico, tanto na porção apical quanto nas bordas laterais. A presença dessas

microvilosidades e de desmossomos entre células epiteliais adjacentes contribui para a

comunicação intercelular e fornece barreira mecânica contra possível invasão de patógenos. O

córion, camada mais externa, a qual mantém proximidade com a cavidade amniótica, é

(7)

constituído pelas camadas celular e reticular e pela membrana basal7(Figura 2). Os principais

colágenos encontrados no córion são os colágenos tipos I, II, III, IV, V e VI da camada reticular

e o colágeno tipo IV da membrana basal1.

Cada componente dessa complexa estrutura desempenha papel importante no

metabolismo das membranas, assim como na integridade e resistência das mesmas. O âmnio,

apesar de apresentar-se mais delgado, com cerca de 50µm de espessura, é mais resistente,

devido à maior concentração de colágeno. O córion, apesar de apresentar cerca de 200µm de

espessura, possui menor quantidade de colágeno, apresentando tecido conjuntivo menos

organizado5.

A força e a integridade das membranas corioamnióticas são mantidas pelo balanço

dinâmico estabelecido entre fatores intrínsecos que regulam a síntese e a degradação do tecido

conectivo da matriz extracelular. Os componentes moleculares da matriz extracelular são

altamente resistentes à ação das proteases extracelulares e a degradação fisiológica desses

(8)

componentes exige participação de um grupo específico de proteases denominadas

metaloproteinases8. As metaloproteinases (MMPs) são enzimas endógenas zinco dependente9

que possuem a capacidade de degradar matriz extracelular, desempenhando importante papel

no processo de remodelamento e acomodação das membranas fetais com o avanço da

gestação. O controle da quantidade de MMPs ativas é feito pelos inibidores teciduais de

metaloproteinases (TIMPs), os quais também são produzidos por células secretoras de

metaloproteinases10,11. O principal papel dos TIMPs na remodelação tecidual é o equilíbrio entre

eles e as MMPs, com a formação de complexos na razão de 1:1, inibindo a atividade

proteolítica das últimas12.

O termo corioamnionite é empregado como referência às condições clínica, sub-clínica e

histológica, sendo a corioamnionite clínica freqüentemente denominada de infecção

intra-amniótica ou amnionite13. A corioamnionite clínica está presente em 1% a 2% dos partos de

termo e em 5% a 10% dos partos pré-termo, havendo aumento dessa incidência quando há

rotura prematura das membranas por tempo prolongado14. O diagnóstico de corioamnionite

clínica geralmente se baseia na presença de temperatura materna acima de 38°C e pelo menos

dois dos seguintes achados: leucocitose materna (acima de 15 mil células/ cm3), taquicardia

materna (acima de 100 bpm), taquicardia fetal (acima de 160 bpm) e odor fétido do líquido

amniótico14. Dentre os fatores de risco associados à infecção intra-amniótica estão nuliparidade,

baixa idade materna, trabalho de parto prolongado, rotura das membranas por tempo

prolongado, exames vaginais múltiplos, monitoramento fetal interno prolongado, vaginose

bacteriana e presença de mecônio no líquido amniótico15,16. Outros possíveis fatores de risco

para infecção intra-amniótica, na medida em que alteram a função do sistema imune materno,

incluem presença de doenças crônicas e o estado nutricional e emocional maternos17,18 .

C

(9)

Corioamnionite histológica é definida pela presença de infiltrado inflamatório

polimorfonuclear nas membranas corioamnióticas (Figura 3), conseqüente de infecção

bacteriana do líquido amniótico, das membranas fetais, da placenta e do útero19. A maioria dos

casos de corioamnionite histológica ocorre na ausência de sinais clínicos e de sintomas de

infecção20 e este diagnóstico pode ser feito em mais de 20% das gestações de termo e em mais

de 50% dos partos pré-termo13,21,22.

A principal complicação materna decorrente de infecção intra-amniótica é a bacteremia,

porém apenas 5% a 10% das gestantes com corioamnionite clínica desenvolvem tal

complicação23,24. Outras complicações maternas, menos diagnosticadas, incluem

anormalidades do trabalho de parto, com maior necessidade de administração de ocitocina e

maior taxa de cesárea; além disso, há aumento do risco de hemorragia e endometrite

pós-parto19. Duff et al.25 demonstraram que 75% das gestantes com corioamnionite clínica

apresentaram redução da contratilidade uterina e, mesmo com administração aumentada de

citocina, 34% dessas pacientes tiveram a resolução da gestação por cesárea devido à falha no

(10)

progresso do trabalho de parto. Reforçando esses achados, Mark et al.26 observaram que a

corioamnionite clínica esteve associada com aumento das anormalidades do trabalho de parto e

indicação de cesárea.

Dentre as complicações fetais e neonatais decorrentes de infecção intra-amniótica,

destacam-se sepse, pneumonia, estresse respiratório e óbito sendo que os riscos dessas

complicações diminuem com o avanço da idade gestacional19. A corioamionite clínica também

pode causar complicações a longo prazo, destacando-se problemas neurológicos decorrentes

da resposta inflamatória, como leucomalácia periventricular, hemorragia intraventricular e

paralisia cerebral, tanto em crianças nascidas a termo quanto em pré-termo27,28. Segundo

Shalak et al.29 recém-nascidos de termo com encefalopatia hipóxico-isquêmica apresentaram

níveis séricos elevados de interleucina (IL-) 6, IL-8 e RANTES. Segundo esses mesmos

autores, as citocinas podem causar injúria cerebral por diversos mecanismos incluindo efeito

tóxico direto via aumento da produção de óxido nítrico sintase, ciclooxigenase e radicais

livres30,31 ou ainda através da síndrome da resposta inflamatória sistêmica32,33. Entretanto, ainda

não se sabe porque apenas parte dos fetos expostos à infecção intra-uterina desenvolve

seqüelas neurológicas, nem mesmo qual é o mecanismo exato pelo qual as citocinas causam a

necrose cerebral. Yoon et al.34 sugerem que a predisposição genética pode determinar a

intensidade da resposta inflamatória fetal e que o desenvolvimento de danos neurológicos pode

estar associado ao fator genético. Yoon et al.34 demonstraram ainda que aumento de citocinas

pró-inflamatórias no líquido amniótico esteve associado com aumento de 4 a 6 vezes no risco

de leucomalácia periventricular. Grether & Nelson35 publicaram estudo de caso-controle no qual

a corioamnionite clínica esteve associada à paralisia cerebral, baixo Apgar e hipotensão. Estudo

publicado posteriormente por Alexander et al.36 demonstrou associação entre corioamnionite

clínica e risco três vezes maior de leucomalácia periventricular e hemorragia intraventricular nas

(11)

Em relação à corioamnionite histológica, trabalhos demonstram que os resultados

neonatais adversos mais freqüentemente associados a esse achado incluem hemorragia

intraventricular, leucomalácia periventricular, displasia broncopulmonar e paralisia cerebral37-45.

Nesse mesmo sentido, metanálise publicada em 200227 demonstrou associação da

corioamnionite, tanto clínica quanto histológica, com maior risco de desenvolvimento de

leucomalácia periventricular e paralisia cerebral. Quanto às complicações a longo prazo,

estudos recentes têm associado à corioamnionite histológica ao autismo46, otite recorrente47 e

asma48.

A principal causa de corioamnionite é a via ascendente do trato genital inferior a partir de

microrganismos da própria flora vaginal, em especial dos microrganismos da vaginose

bacteriana que acessam o trato genital superior através da cérvice (revisado por Romero,

200649). Outras possíveis rotas de infecção incluem a via hematogênica ou transplacentária,

infecção retrógrada da pelve e infecção transuterina causada por procedimentos como a

amniocentese19. A infecção intra-amniótica geralmente apresenta-se polimicrobiana50,51 e, na

maioria dos casos é causada pela combinação de microrganismos anaeróbicos e aeróbicos19.

Os principais microrganismos presentes na cavidade amniótica de gestantes com

corioamnionite clínica são os micoplasmas Ureaplasma urealitycum e Mycoplasma hominis;

bacilos Gram-negativos como os do gênero Bacteroides e Prevotela, ambos encontrados na

vaginose bacteriana; coliformes como Escherichia coli e Streptococcus do grupo B52-54 .

Segundo Galask et al.55, os microrganismos da flora vaginal apresentam capacidade de

atingir as membranas corioamnióticas e infectar a cavidade amniótica, entretanto permanecia

obscuro se a propagação bacteriana pelas membranas corioamnióticas precedia a invasão da

cavidade amniótica. Recentemente, Kim et al.56 propuseram novo modelo de invasão

microbiana da cavidade amniótica (Figura 4) em que o estágio inicial caracteriza-se por adesão

(12)

microbiana intra-amniótica e invasão das membranas por extensão da proliferação no líquido

amniótico.

As bactérias presentes no líquido amniótico produzem fosfolipases, as quais ativam a

liberação de ácido aracdônico, ativando e amplificando a via de produção de prostaglandinas.

Além disso, as bactérias contêm componentes da parede e produzem endotoxinas as quais são

reconhecidas por receptores do sistema inume inato, desencadeando a ativação de macrófagos

e a liberação de citocinas inflamatórias, como IL-1, IL-6 e Fator de Necrose Tumoral (TNF-). As citocinas produzidas provocam liberação adicional de prostaglandinas pelas células

amnióticas, deciduais e pelos macrófagos57. A liberação de prostaglandinas, a qual pode dar

início às contrações uterinas, é um dos mecanismos pelos quais a infecção intra-amniótica pode

ser causa direta de trabalho de parto pré-termo (TPP)58. Diversos estudos clínicos têm

estabelecido relação entre presença de infecção intra-amniótica e complicações gestacionais,

como TPP e rotura prematura de membranas pré-termo (RPM-PT)50,59-65. A RPM-PT é um dos

mais difíceis problemas da clínica obstétrica e está relacionada à pelo menos 30% de todos os

casos de trabalho de nascimentos pré-termo, tornando a RPM-PT a causa direta mais

comumente identificada de prematuridade (revisado por Menon & Fortunato, 200766). Apesar

(13)

disso, os mecanismos envolvidos na RPM-PT ainda não são completamente compreendidos e

a prevenção e o tratamento ainda são rudimentares. O TPP é uma importante intercorrência

obstétrica que acomete de 5 a 10% das gestações67-69 e, apesar dos novos tratamentos e

estratégias de prevenção, sua incidência não tem diminuído nos últimos anos70. Goldenberg et

al.71 demonstraram que infecção intra-amniótica acomete de 25% a 40% das gestações

pré-termo, entretanto, essa porcentagem provavelmente é subestimada, visto que a infecção

intra-amniótica nem sempre é diagnosticada pelos métodos de cultura comumente empregados.

Fahey19 descreve a fisiopatologia do TPP e da RPM-PT associados à infecção intra-amniótica e

complicações neonatais decorrentes (Figura 5).

(14)

Durante a gestação, a ocorrência da interação especial entre o sistema imune materno e

células fetais permite a sobrevivência e o desenvolvimento adequado do feto. As células fetais

expressam aloantígenos de origem paterna que, devido à existência de barreira física e

imunológica, representada pela interface materno-fetal, não são reconhecidos como estranhos

pelo organismo materno. O papel da interface materno-fetal é fundamental, pois garante o

adequado desenvolvimento da gestação, promovendo tolerância ao aloenxerto enquanto

mantém a resposta imune materna contra possíveis patógenos.

O paradigma de que sucesso da gestação dependia do predomínio de resposta imune

de perfil Th2, enquanto a resposta imune de perfil Th1 era associada a resultados gestacionais

adversos foi aceito por muitos anos pela comunidade científica72,73. Atualmente, estudos

demonstram que o sucesso da gestação depende de um complexo e dinâmico balanço entre

citocinas com atividade anti e pró-inflamatórias, que se modifica ao longo da gestação

normal74,75. O primeiro trimestre da gestação é marcado por resposta imune de perfil Th1, visto

que nesse primeiro estágio o micro-ambiente inflamatório torna-se necessário tanto para

permitir o correto reparo do epitélio uterino, o qual sofre danos conseqüentes da implantação do

feto, quanto para remoção de debris celulares76. No segundo trimestre o predomínio passa a

ser de resposta imune de perfil Th272,77,78, com aumento de citocinas com atividade

anti-inflamatórias importantes para a manutenção da gestação. No terceiro trimestre e no momento

do parto, o predomínio volta a ser de perfil Th1, tanto sistemicamente79, quanto nos tecidos

placentário e no líquido amniótico80-82.

G

(15)

O conceito de que a placenta e seus anexos atuam como barreiras imunológicas contra

a invasão de patógenos na cavidade amniótica baseia-se em estudos que demonstram que

esses tecidos expressam agentes antimicrobianos83 e componentes do sistema imune inato80.

O sistema imune inato atua como primeira linha de defesa contra a invasão de patógenos,

porém reconhece microrganismos através de um grupo limitado de receptores, diferentemente

do que ocorre na imunidade adquirida, na qual o repertório de receptores é bem mais amplo. Os

receptores do sistema imune inato são conhecidos como receptores de reconhecimento de

padrão (PRRs), os quais são capazes de reconhecer regiões microbianas denominadas

padrões moleculares associados à patogénos (PAMPs)84. Diferentes PRRs interagem com

diferentes PAMPs, ativando vias de sinalização específicas84. Dentre as principais funções dos

PPRs destacam-se opsonização, ativação do sistema complemento, fagocitose, indução de

apoptose e ativação de vias de sinalização de citocinas pró-inflamatórias85.

Os receptores Toll-like (TLRs) representam uma importante classe de PRRs e sua

descoberta, em meados da década de 1990, alterou o conceito de que a imunidade inata era

responsável apenas pelo reconhecimento inespecífico de microrganismos85,86. O primeiro

membro da família TLR a ser descoberto foi a proteína Toll, inicialmente identificada como

produto gênico essencial para o desenvolvimento embrionário de drosófilas, porém,

posteriormente descobriu-se que tal proteína desempenha papel essencial na resposta

anti-fúngica das moscas87. Foram descritas na literatura dez isoformas de TLRs em tecidos

humanos, as quais são denominadas TLR-1 a TLR-1081. Os genes responsáveis pela

expressão de TLRs estão dispersos pelo genoma humano, sendo que os genes para TLR-1 e

TLR-6 são encontrados no cromossomo 4p14, o gene para TLR-2 no cromossomo 4q31.3-q35

e o gene para TLR-4 no cromossomo 9q32-q3388.

R

(16)

Os membros da família TLR possuem estrutura básica constituída por três domínios: um

domínio extracelular que contém repetições ricas em leucina; um domínio transmembrana muito

curto e um domínio citoplasmático denominado domínio receptor Toll/IL-1 (TIR), o qual

compartilha uma região conservada de cerca de 200 aminoácidos com o receptor de IL-181,84

(Figura 6).

Os receptores Toll-like são classicamente divididos em dois grupos. O primeiro grupo,

composto por receptores expressos na superfície das células, inclui 1, 2, 4,

TLR-5, TLR-6 e TLR-11. Esse grupo é responsável pelo reconhecimento da maior parte dos

patógenos, visto que são capazes de reconhecer componentes das membranas dos

microrganismos, como lipídios, proteínas e lipoproteínas. O segundo grupo, que inclui

receptores expressos exclusivamente em vesículas intracelulares como endossomos e

lisossomos, é composto por TLR-3, TLR-7 e TLR-9, os quais reconhecem apenas ácidos

nucléicos de origem microbiana88 .

(17)

A principal via de sinalização utilizada pelos receptores Toll-like de superfície é a via que

culmina na ativação do fator de transcrição NF-kB (Figura 7). A ligação do PAMP ao Toll-like na

superfície da célula leva ao recrutamento de várias moléculas de sinalização celular

citoplasmáticas. A ligação do PAMP ao Toll-like na superfície da célula leva ao recrutamento de

várias moléculas de sinalização celular citoplasmáticas. A primeira molécula recrutada é a

proteína MyD88, a qual possui um domínio TIR que se liga ao domínio TIR do receptor Toll-like.

Uma segunda proteína a ser recrutada dentro do complexo de sinalização é a cinase associada

ao receptor de IL-1 (IRAK). A IRAK contém um domínio de morte que medeia as interações com

o domínio de morte da MyD88. Quando ocorre o recrutamento da IRAK, ela sofre

autofosforilação, dissociando-se da MyD88 e ativando o fator 6 associado ao TNF-R (TRAF-6).

O TRAF-6 ativa a cascata de cinase IkB, levando à ativação do NF-kB. Os genes que são

expressos em resposta à ativação do NF-kB codificam proteínas importantes para a resposta

imune inata, como citocinas e moléculas de adesão endotelial89. Em alguns tipos celulares os

Toll-like acoplam-se a outras vias de sinalização intracelular, levando à ativação do fator de

transcrição AP-1, porém, os mecanismos envolvidos nessas vias ainda são pouco conhecidos90.

A ativação do fator de transcrição AP-1, diferentemente da via do NF- kB, está envolvida com a

transdução de sinais intracelulares através de proteínas cinases associadas à mitógeno

(MAPKs). Modelo proposto por Chi et al. 90 sugere que as MAPKs desempenham papel tanto na

regulação de citocinas pró quanto antiinflamatórias. Na fase inicial da ativação de macrófagos

há rápida síntese de citocinas pró-inflamatórias, parcialmente mediadas pelas MAPKs. Em um

segundo momento, a atividade das MAPKs é reduzida pela ação de fosfatases, o que leva ao

(18)

A regulação negativa das vias de sinalização dos TLRs, que visa evitar ativação

deletéria desses receptores, ocorre de duas maneiras distintas: pela remoção imediata do sinal

ou pela prevenção de sinalização adicional91. A remoção do sinal atual pode ser alcançada pelo

nível de moléculas adaptadoras e moléculas de sinalização disponíveis, o que ocorre através de

redistribuição, impedimento de acesso ao TLR e/ou degradação dessas moléculas91. A família

de receptores Toll-like também expressa o receptor TIR8/SIGIRR, o qual atua na inibição da

sinalização pelo recrutamento do receptor e interferência na sinalização intracelular92. Outro

importante membro dessa família que atua inibindo a via de sinalização dos TLRs é o T1/ST2, o

qual seqüestra moléculas adaptadoras, impedindo que a sinalização tenha continuidade93.

Além disso, as IRAKs, importantes proteínas do complexo de sinalização, podem ser

rapidamente reguladas por degradação após sua ativação94,95.

(19)

O TLR-4, primeiro TLR descrito na literatura96, atua no reconhecimento de

lipopolissacarídeo (LPS) de bactérias Gram-negativas, que atua como importante ativador de

macrófagos e desencadeador de choque séptico97. A ligação do TLR-4 ao LPS depende dos

co-receptores CD14 e MD2. O LPS liga-se à proteína ligante de LPS (LBP) presente na corrente

sanguínea, em seguida a LBP transfere o LPS para o co-receptor CD14, o qual permite, então,

a formação do complexo TLR4-MD2-LPS98. O complexo formado leva à ativação do NF-B e, consequentemente, à produção de citocinas como IL-1 e IL-6. Outros possíveis PAMPs para o

TLR-4 são mananas presentes em Candida albicans e glucuronoxilomanana de Cryptococcus

neoformans99,100.

O TLR-2 está envolvido no reconhecimento de amplo espectro de PAMPs derivados de

bactérias, fungos, parasitas e vírus88. Dentre esses PAMPs estão lipoproteínas de diversas

bactérias, peptideoglicanos e ácido lipoteicóico de bactérias Gram-positivas, lipoarabinomanana

de micobactérias, zimozan de fungos e hemaglutinina de vírus do sarampo88. A grande

capacidade de reconhecimento do TLR-2 deve-se, em parte, a sua capacidade de formar

heterodímeros com TLR-1 e TLR-6101. O heterodímero TLR-1/TLR-2 participa do

reconhecimento de lipopeptídeos triacetilados, enquanto o heterodímero TLR-2/TLR-6 atua no

reconhecimento de zimozan e lipopeptídeos diacetilados88.

Diversos estudos na literatura demonstram a expressão de TLR-1, -2, -4 e -6 no trato

genital feminino e em tecidos maternos. Em relação ao TLR-1, Fazeli et al.102, empregando a

técnica de imunoistoquímica, demonstraram forte imunomarcação no citoplasma de células

epiteliais da vagina, enquanto que na ectocérvice a imunomarcação desse receptor foi mais

intensa na camada basal do epitélio. Na endocérvice a imunomarcação limitou-se à camada

basal das células de revestimento das glândulas secretoras. A imunomarcação apresentou-se

intensa nas glândulas endometriais, no epitélio das tubas uterinas e nas células miometriais102.

Nesse sentido, outros pesquisadores demonstraram a expressão de TLR-1 em células epiteliais

(20)

Quanto ao TLR-2, Fazeli et al.102, demonstraram forte imunomarcação nas células

epiteliais da vagina e da ectocérvice. Células epiteliais das tubas uterinas e do endométrio

demonstraram imunomarcação positiva para esse receptor. Na endocérvice a expressão foi

observada em algumas regiões da porção apical das glândulas. Corroborando esses

resultados, outros pesquisadores demonstraram expressão de TLR-2 no trofoblasto111,112, no

endométrio105,106,113, nas células epiteliais da vagina e da cérvice103 e nas membranas

corioamnióticas114,115.

Fazeli et al.102 observaram expressão de TLR-4 no epitélio das células de revestimento

das glândulas endocervicais, nas glândulas endometriais e no epitélio das tubas uterinas,

porém, a imunomarcação desse receptor foi negativa no epitélio da vagina e na ectocérvice.

Nesse sentido, Aflatoonian et al.116 localizaram expressão de TLR-4 principalmente no trato

genital superior, não sendo detectada na vagina e na ectocérvice, o que pode explicar a

ausência de constante ativação do sistema imune na resposta à flora vaginal comensal normal.

Em relação à expressão de TLR-6, Fazei et al.102 detectaram imunomarcação na porção

basal do epitélio vaginal, no epitélio ectocervical e nas glândulas endocervicais, principalmente

na porção apical do epitélio. Além disso, o TLR-6 também foi detectado nas células epiteliais do

endométrio e das tubas uterinas. Corroborando esses achados, outros trabalhos na literatura

demonstraram expressão de TLR-6 já em células epiteliais das tubas uterinas, do endométrio,

da endocérvice, da ectocérvice e da vagina103-110. A exemplo de TLR-1, -2 e -4, a expressão de

TLR-6 foi detectada em células trofoblásticas, porém Abrahams et al.112 observaram que a

expressão desse receptor só é detectada no trofloblasto a partir do 3° trimestre de gestação117.

Apesar da diversidade de estudos avaliando a expressão de receptores TLR1, 2, 4 e

-6 no trato genital feminino, poucos estudos foram realizados avaliando a expressão desses

receptores em tecidos gestacionais na presença de corioamnionite histológica e os resultados

são conflitantes80,117,118. Estudo publicado recentemente por Rindsjö et al.118, utilizando a técnica

(21)

as placentas estudadas. Segundo esses autores, a expressão de TLR-2 esteve reduzida em

placentas de gestantes com corioamnionite histológica, quando comparadas com placentas de

gestantes sem corioamnionite histológica. Tal resultado difere dos achados encontrados por

Kim et al.115, que observaram expressão aumentada de TLR-2 em membranas corioamnióticas

na presença de corioamnionite histológica, quando comparadas com membranas na ausência

de infiltrado inflamatório. Kumazaki et al.80, empregando a técnica de imunoistoquímica,

demonstraram imunomarcação mais intensa em células de Hofbauer de gestações pré-termo

complicadas por corioamnionite histológica, quando comparadas com gestações pré-termo sem

corioamnionite histológica e também com placentas de gestações a termo.

A expressão dos receptores TLR-2 e TLR-4 pelo epitélio amniótico sugerem que esse

epitélio não funciona apenas como barreira mecânica aos microrganismos, mas que também é

requerido na ativação do sistema imune inato contra invasão de patógenos na cavidade

amniótica115. Segundo Kim et al.115 o aumento na expressão de ambos os receptores, em

membranas corioamnióticas de termo, corrobora a idéia de que o parto espontâneo está

associado, ainda que modestamente, à um ambiente inflamatório presente nos tecidos

gestacionais, com produção de citocinas pró-inflamatórias, conforme descrito por Keelan et

al.119. Nesse sentido, diversos estudos apontam que a expressão de ambos receptores pode

ser positivamente regulada por estímulo microbiano120-122. Porém, Holmlund et al.114, utilizando

as técnica de imunistoquímica e PCR em tempo real, não observaram diferença na expressão

de TLR-2 e de TLR-4 entre trofoblastos estimulados, respectivamente, com zimozan e LPS e

trofoblastos não estimulados. De acordo com esses pesquisadores, a possível explicação para

tal resultado é possível que ambos os receptores estejam normalmente super expressos nos

tecidos uterinos como mecanismo de defesa, o qual pode rapidamente ser mobilizado e

proteger o feto contra infecções durante a gestação e o parto.

Em estudo com camundongos, Gonzalez et al.123 avaliaram a expressão de TLRs pela

(22)

substancialmente diferente no tecido uterino de fêmeas prenhes e não prenhes e que o RNA

mensageiro dos receptores TLR-2, -3, -4 e -9 aumentam ao longo da prenhez. Esses dados

estão de acordo com Beijar et al.124 que relataram que as vilosidades placentárias do primeiro

trimestre demonstraram menor expressão de TLR-4 quando comparados com o mesmo tecido

de prenhez de termo.

Considerando que os TLR-1, TLR-2, TLR-4 e TLR-6 reconhecem a maioria dos

microrganismos envolvidos na invasão microbiana da cavidade amniótica e que essa infecção

desempenha papel importante na ativação da resposta inflamatória das membranas

corioamnióticas, e que esse conhecimento é conflitante, além da escassez de trabalhos na

literatura avaliando a expressão de TLR-1 e TLR-6 em tecidos gestacionais, o estudo da

expressão gênica desses TLRs e sua localização poderão corroborar o papel da imunidade

(23)

Referências bibliográficas *

1. Parry S, Strauss JF. Mechanisms of diseases: premature rupture of the fetal membranes. N Engl J Med 1998;338:663-70.

2. Kierszenbaum AL. Histologia e Biologia celular: uma introdução à patologia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2004.

3. More KL, Persaud TVN. Embriologia clínica. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2004.

4. Montenegro CAB, Rezende Filho J. Obstetrícia fundamental. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

5. Chua WK, Oyen ML. Do we know the strength of the chorioamnion? A critical review and analysis. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol 2009;144S1:S128-33.

6. Kendal-Wright CE. Stretching, mechanotranduction, and proinflamatory cytokines in the fetal membranes. Reprod Sci 2007;14:35-41.

7. French JI, McGregor JA. The pathobiology of premature rupture of membranes. Semin Perinatol 1996;20:344-68.

8. Nishihara S, Someya A, Yonemoto H, Ota A, Ioh S, Nagaoka I, et al. Evaluation of the expression and enzyme activity of matrix metalloproteinase-7 in fetal membranes during premature rupture of membranes at term in humans. Reprod Sci 2008;156-65.

9. Yonemoto H, Young CB, Ross JT, Guilbert LL, Fairclough RJ, Olson DM. Changes in matrix metalloproteinase (MMP)-2 and MMP-9 in the fetal amnion and chorion during gestation and at term and preterm labor. Placenta 2005;27:669-77.

10. Waterhouse P, Denhardt DT, Khokha R. Temporal expression of tissue inhibitors of metalloproteinases in mouse reproductive tissues during gestation. Mol Reprod Dev 1993;35:219-26.

11. Ruck P, Marzusch K, Horny HP, Dietl J, Kaiserling E. The distribution of tissue inhibitor of metalloproteinases-2 (TIMP-2) in the human placenta. Placenta 1996;17:263-6.

12. Lagente V, Manoury, Nénan S, Le Quément C, Martin-Chouly, Boichot E. Role of matrix matalloproteinases in the development of airway inflammation and remodeling. Braz J Med Biol Res 2005;38:1521-30.

13. Edwards RK. Chorioamnionitis and labor. Obstet Gynecol Clin North Am 2005;32:287-96.

* Referências bibliográficas elaboradas de acordo com o International Commitee of Medical Journal Editors. Uniform

(24)

14. Gibbs RS, Duff P. Progress in phathogenesis and management of clinical intraamniotic infection. Am J Obstet Gynecol 1991;164:1317-26.

15. Soper DE, Mayhall CG, Dalton HP. Risk factors for intraamniotic infection: a prospective epidemiologic study. Am J Obstet Gynecol 1989;161:562-8.

16. Newton ER, Prihoda TJ, Gibbs RS. Logistic regression analysis of risk factors for intra-amniotic infection. Am J Obstet Gynecol 1989;73:571-5.

17. Chandra R. Nutrition, immunity and infection: from basic knowledge of dietary manipulation of immune responses to practical application of ameliorating suffering and improving survival. Proc Natl Acad Sci 1996;93:14304-7.

18. Herbert T, Cohen S. Stress and immunity in humans: a meta analytic review. Psychosom Med 1993;55:364-79.

19. Fahey JO. Clinical management of intra-amniotic infection and chorioamnionitis: a review of the literature. J Midwifery Womens Health 2008;53:227-35.

20. van Hoeven KH, Anyaegbunam A, Hochster H, Whitty JE, Distant J, Crawford C, et al. Clinical significance of increasing histologic severity of acute inflammation in the fetal membranes and umbilical cord. Pediatr Pathol Lab Med 1996;16:731-44.

21. Silva MG, Peraçoli JC, Sadatsune T, Abreu ES, Peraçoli MTS. Cervical Lactobacillus and leukocyte infiltration in preterm premature rupture of membranes. Int J Gynecol Obstet 2003;81:175-82.

22. Polettini J, Peraçoli JC, Candeias JMG, Araújo Júnior JP, Silva MG. Inflammatory cytokine mRNA detection by real time PCR in chorioamniotic membranes from pregnant women with preterm premature rupture of membranes. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol 2009;144:27-33.

23. Rouse D, Landon M, Leveno K, Leindecker S, Varner M, Caritis S, et al. The maternal-fetal medicine units cesarean registry: Chorioamnionitis at term and its duration - relationship to outcomes. Am J Obstet Gynecol 2004;191:211-6.

24. Newton ER. Chorioamnionitis and intra-amniotic infection. Clin Obstet Gynecol 1993;36:795-808.

25. Duff P, Sanders R, Gibbs RS. The course of labour in term patients with chorioamnionitis. Am J Obstet Gynecol 1983;147:391-5.

(25)

27. Wu Y, Colford J. Chorioamnionitis as a risk factor for cerebral palsy: a meta - analysis. JAMA 2000;284:1417-24.

28. Vedovato S, Zanardo V. Chorioamnionitis and inflammatory disease in the premature newborn infant. Minerva Pediatr 2010;62:155-6.

29. Shalak LF, Laptook AR, Jafri HS, Ramilo R, Perlman JM. Clinical chorioamnionitis, elevated cytokines, and brain injury in term infants. Pediatrics 2002;110:673-80.

30. Chao CC, Hu S, Ehrlich L, Peterson PK. Interleukin 1 and tumor necrosis factor alpha synergistically mediate neurotoxicity: involvement of nitric oxide an N-methyl-D-aspartate receptors. Brain Behav Immun 1995;9:355-65.

31.Okusawa S, Gelfand JA, Ikejima T, Connolly RJ, Dinarello CA. Interleukin 1 induces a shock like state in rabbits. Synergism with tumor necrosis factor and the effect of cyclooxigenase inhibition. J Clin Invest 1988;81:1162-72.

32. Bolton CF, Young GB, Zochodra DW. The neurological complications of sepsis. Ann Neurol 1993;33:94-100.

33. Bone RC. Toward a theory regarding the phatogenesis of the systemic inflammatory response syndrome: what we do and do not know about cytokines regulation. Crit Care Med 1996;24:163-72.

34. Yoon BH, Romero R, Jun JK, Park KH, Park JD, Ghezzi F, et al. Amniotic fluid inflammatory cytokines (interleukin-6, interleukin-1 beta, and tumor necrosis factor-alpha), neonatal brain white matter lesions, and cerebral palsy. Am J Obstet Gynecol 1997;177:19-26.

35. Grether JK, Nelson KB. Maternal infection and cerebral palsy in infants of normal birth weight. JAMA 1997;278:207-11.

36. Alexander JM, Gilstrap LC, Cox SM, McIntire DM, Leveno KJ. Clinical chorioamnionitis and the prognosis for very low birth weight infants. Obstet Gynecol 1998;91:725-9.

37. De Felice C, Toti P, Laurini RN, Stumpo M, Picciolini E, Todros T, et al. Early neonatal brain injury in histologic chorioamnionitis. J Pediatr 2001;138:101-4.

(26)

39. Watterberg KL, Demers LM, Scott SM, Murphy S. Chorioamnionitis and early lung inflammation in infants in whom bronchopulmonary dysplasia develops. Pediatrics 1996;97:210-5.

40. Holcroft CJ, Askin FB, Patra A, Allen MC, Blakemore KJ, Graham EM. Are histophatologic chorioamnionitis and funisitis associated with metabolic acidosis in the preterm fetus? Am J Obstet Gynecol 2004;191:2010-5.

41. Dammann O, Leviton A, Bartels DB, Dammann CE. Lung and brain damage in preterm newborns. Are they related? How? Why? Biol Neonate 2004;85:305-13.

42. Salafia CM, Minior VK, Rosenkrantz TS, Pezzullo JC, Popek EJ, Cusick W, et al. Maternal, placental and neonatal associations with early germinal matrix/intraventricular hemorrhage in infants born before 32 weeks´ gestation. Am J Obsted Gynecol 1995;12:429-36.

43. De Felice C, Toti P, Parrini S, Del Vecchio A, Bagnoli F, Latini G Histologic chorioamnionitis and severity of illness in very low birth weight newborns. Pediatr Crit Care Med 2005;6:298-302.

44. Been JV, Rours IGIJG, Kornelisse RF, Passos VL, Kramer BW, Schneider TAJ, et al. Histologic chorioamnionitis, fetal involvement, and antenatal steroids: effects on neonatal outcome in preterm infants. Am J Obstet Gynecol 2009;201:587.e1-8.

45. Shatrov JG, Birch SC, Lam LT, Quinlivan JA, McIntyre S, Mendz GL. Chorioamnionitis and cerebral palsy: a meta-analysis. Obstet Gynecol 2010;116:387-92.

46. Limperopoulos C, Bassan H, Sullivan NR, Soul JS, Robertson RL Jr, Moore M, et al. Positive screening for autism in ex-preterm infants: prevalence and risk factors. Pediatrics 2008;121:758-65.

47. De Felice C, De Capua B, Costantini D, Martufi C, Toti P, Tonni G, et al. Recurrent otitis media with effusion in preterm infants with histologic chorioamnionitis. Early Hum Dev 2008;84:667-71.

48. Kumar R, Yu Y, Story RE, Pongracic JA, Gupta R, Pearson C, et al. Preamaturity, chorioamnionitis, and the development of recurrent wheezing: a prospective birth cohort study. J Allergy Clin Immunol 2008;121:878-84e.

49. Romero R, Espinoza J, Gonçalvez LF, Kusanovic JP, Friel LA, Nien JK. Inflammation in preterm and term labour and delivery. Semin Fetal Neonatal Med 2006;11:317-26.

(27)

cavity in pretem labor. Am J Reprod Immunol 2011 in press (doi:10.1111/j.1600-0897.2010.00940).

51. DiGiulio DB, Romero R, Amogan HP, Kusanovic JP, Bik EM, Gotsch F, et al. Microbial prevalence, diversity and abundance in amniotic fluid during preterm labor: a molecular and culture-based investigation. PLoS One 2008;26:3:e3056.

52. Sperling RS, Newton E, Gibbs RS. Intra-amniotic infection in low-birth-weight infants. J Infect Dis 1988;157:113-7.

53. Romero R, Sirtori M, Oyarzun E, Avila C, Mazor M, Callahan R, et al. Infection and labor. V. Prevalence, microbiology, and clinical significance of intraamniotic infection in women with preterm labor and intact membranes. Am J Obstet Gynecol 1989;161:817-24.

54. Gibbs RS, Blanco JD, St Clair PJ, Castaneda YS. Quantitative bacteriology of amniotic fluid from women with clinical intraamniotic infection at term. J Infect Dis 1982;145:1-8.

55. Galask RP, Varner MW, Petzold CR, Wilbur SL. Bacterial attachment to the chorioamniotic membranes. Am J Obstet Gynecol 1984;148:915-28.

56. Kim MJ, Romero R, Gervasi MT, Kim JS, Yoo W, Lee DC, et al. Widespread microbial invasion of the chorioamniotic membranes is a consequence and not a cause of intra-amniotic infection. Lab Invest 2009;89:924-36.

57. Challis JRG. Mechanism of parturition and preterm labor. Obstet Gynecol Surv. 2000;55:650-60.

58. Romero R, Espinoza J, Kusanovic JP, Gotsch F, Hassan S, Erez O, et al. The preterm parturition syndrome. BJOG 2006;113:17-42.

59. Bendon RW, Faye-Peterson O, Pavlova Z, Qureshi F, Mercer B, Miodovnik M, et al. Fetal membrane histology in preterm premature rupture of membranes: comparison to controls, and between antibiotic and placebo treatment. Pediatr Dev Pathol 1999;2:552-8.

60. Gerber S, Vial Y, Hohlfeld P, Witkin SS. Detection of Ureaplasma urealyticum in second-trimester amniotic fluid by polymerase chain reaction correlates with subsequent preterm labor and delivery. J Infec Dis 2003;187:518-21.

(28)

62. Romero R, Yoon BH, Mazor M, Gomez R, Diamond MP, Kenney JS, et al. The diagnostic and prognostic value of amniotic fluid white blood cells count, glucose, interleukin-6, and gram stain in patients with preterm labor and intact membranes. Am J Obstet Gynecol 1993;169:805-16.

63. Quinn PA, Butany J, Taylor J, Hannah W. Chorioamnionitis: its association with pregnancy outcome and microbial infection. Am J Obstet Gynecol 1987;156:379-87.

64. Sorokin Y, Romero R, Mele L, Wapner RJ, Iamns JD, Dudley DJ, et al. Maternal serum interlekin-6, C-reative protein, and matrix metalloproteinase-9 concentrations as risk factors for preterm birth < 32 weeks and adverse neonatal outcomes. Am J Perinatol 2010;27:631-40.

65. Cruciani L, Romero R, Vaisbuch E, Kusanovic JP, Chaiworapongsa T, Mazaki-Tovi S, et al. Pentraxin 3 in amniotic fluid: a novel association with intra-amniotic infection and inflammation. J Perinat Med 2010;38:161-71.

66. Menon R, Fortunato SJ. Infection and the role of inflammation in preterm premature rupture of the membranes. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol 2007;21:467-78.

67. Goldenberg RL, Culhane JF, Iams JD, Romero R. Epidemiology and causes of preterm birth. Lancet 2008;371:75-84.

68. Tracy SK, Tracy MB, Dean J, Laws P, Sullivan E. Spontaneous preterm birth of liveborn infants in women at low risk in Australia over 10 years: a population-based study. BJOG 2007;114:731-5.

69. McPheeters ML, Miller WC, Hartmann KE, Savitz DA, Kaufman JS, Garrett JM, et al. The epidemiology of threatened preterm labor: A prospective cohort study. Am J Obstet Gynecol 2005;192:1325-30.

70. Martin JA, Kochanek KD, Strobino DM, Guyer B, MacDorman MF. Annual summary of vital statistics -2003. Pediatrics 2005;1115:619-34.

71. Goldenberg RL, Hauth JC, Andrews WW. Intrauterine infection and preterm delivery. N Engl J Med2000;342:1500–7.

72. Raghupathy R. Maternal anti-placental cell-mediated reactivity and spontaneous abortion. Am J Reprod Immunol 1997;37:478-84.

(29)

74. Chaouat G. The Th1/Th2 paradigm: still important in pregnancy? Semin Immunopathol 2007;29:95-113.

75. Wilczyński JR. Th1/Th2 cytokines balance--yin and yang of reproductive immunology. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol 2005;122:136-43.

76. Mor G. Inflammation and pregnancy: the role of Toll-like receptors in trophoblast-immune interaction. Ann N Y Acad Sci. 2008;1127:121-8.

77. Makhseed M, Raghupathy R, El-Shazly S, Azizieh F, Al-Harmi JA, Al-Azemi MM. Pro-inflammatory maternal cytokine profile in preterm delivery. Am J Reprod Immunol 2003;49:308-18.

78. El-Shazly S, Makheed M, Azizieh F, Raghupathy R. Increased expression of pro-inflammatory cytokines in placentas of women undergoing spontaneous preterm delivery or premature rupture of membranes. Am J Reprod Immunol 2004;52:45-52.

79. Arntzen KJ, Lien E, Austgulen R. Maternal serum levels of interleukin-6 and clinical characteristics of normal delivery at term. Acta Obstet Gynecol Scand 1997;76:55-60.

80. Kumazaki K, Nakayama M, Yanagihara I, Suehara N, Wada Y. Immunohistochemical distribution of Toll-like receptor 4 in term and preterm human placentas from normal and complicated pregnancy including chorioamnionitis. Hum Pathol 2004;35:47-54

81. Patni S, Flynn P, Wynen L, Seager A, Morgan G, While J. An introduction to Toll-like receptors and their possible role in the initiation of labour. BJOG 2007;114:1326-34.

82. Yoshimura A, Lien E, Ingalls RR, Tuomanen E, Dziarski R, Golenbock D. Cutting edge: recognition of gram-positive bacterial wall components by the innate immune system occurs via Toll-like receptor 2. J Immunol 1999;163:1-5.

83. King AE, Paltoo A, Kelly RW, Sallenave J-M, Bocking AD, Challis JRG. Expression of natural antimicrobials by human placenta and fetal membranes. Placenta 2007;28:161-9.

84. Akira S, Uematsu S, Takeuchi O. Pathogen recognition and innate immunity. Cell 2006;124:783-801.

85. Janeway CA, Medzhitov R. Innate immune recognition. Annu Rev Immunol 2002;20:197-216.

(30)

87. Lemaitre B, Nicolas E, Michaut L, Reichhart JM, Hoffmann, JA. The dorsoventral regulatory gene cassette spatzle/Toll/cactus controls the potent antifungal response in Drosophila adults. Cell 1996;86:973-83.

88. Kawai T & Akira S. The role of pattern-recognition receptor in innate immunity: update of Toll-like receptors. Nat Immunol 2010;11:373-84.

89. Abbas AK, Lichtman AH. Imunologia celular e molecular. 5ª Ed. Rido de Janeiro: Elsevier, 2005.

90. Chi H, Barry SP, Roth RJ, Wu, JJ, Jones EA, Bennett AM, et al. Dynamic regulation of pro- and anti-inflamatory cytokines by MAPK phosphatase 1 (MKP-1) in innate immune responses. Proc Natl Acad Sci USA 2006;103:2274-9.

91. Sabroe I, Parker LC, Dower SK, White MKB. The role of TLR activation in inflammation. J Pathol 2008;214:126-35.

92. Polentarutti N, Rol GP, Muzio M, Bosisio D, Camnasio M, Riva F, et al. Unique pattern of expression and inhibition of IL-1 signaling by the IL-1 receptor family member TIR8/SIGIRR. Eur Cytokine Netw 2003;14:211-8.

93. Brint EK, Xu D, Liu H, Dunne A, McKenzie NA, O´Neil LA, et al. ST2 is na inhibitor of interleukin 1 receptor and Toll-like receptor 4 signaling and maintains endotoxin tolerance. Nat Immunol 2004;5:373-9.

94. Noubir S, Hmama Z, Reiner NE. Dual receptors and distinct pathways mediate interleukin 1 receptor- associated kinase degradation in response to lipopolysaccharide. Involvement of CD14/TLR4, CR3, and phosphatidylinositol 3-kinase. J Biol Chem 2004;279:25189-95.

95. Hu J, Jacinto R, McCall C, Li L. Regulation of IL-1 receptor- associated kinase by lipopolysaccharide. J Immunol 2002;168:3910-4.

96. Medzhitov R, Preston-Hurlburt P, Janeway CA. A human homologue of the Drosophila Toll protein signals activation of adaptive immunity. Nature 1997;388:394-7.

97. Akira S. Mammalian Toll-like receptors. Curr Opin Immunol 2003;15:5-11.

98. Takeda K, Kaisho T, Akira S. Toll-like receptors. Annu Rev Immunol 2003;21:335-76.

(31)

100. Netea MG, van der Graaf C, van der Meer JW, Kullberg BJ. Recognition of fungal pathogens by Toll-like receptors. Eur J Clin Microbiol Infect Dis 2004;23:672-6.

101. Takeuchi O, Sato S, Horiuchi T, Hoshino K, Takeda K, Dong Z, et al. Cutting edge: role of Toll-like receptor 1 in mediating immune response to microbial lipoproteins. J Immunol 2002;169:10-4.

102. Fazeli A, Bruce C, Anumba DO. Characterization of Toll-like receptors in the female reproductive tract in humans. Hum Reprod 2005;20:1372-8.

103. Fichorova RN, Cronin AO, Lien E, Anderson DJ, Ingalls RR. Response to Neisseria

gonorrhoeae by cervicovaginal epithelial cells occurs in the absence of Toll-like receptor 4 –

mediated signaling. J Immunol 2002;168:2424-32.

104. Pioli PA, Amiel E, Schaefer TM, Connolly JE, Wira CR, Guyre PM. Differential expression of Toll-like receptors 2 and 4 in tissues of the human female reproductive tract. Infect Immun 2004;72:5799-806.

105. Schaefer TM, Desouza K, Fahey JV, Beagley KW, Wira CR. Toll-like receptor (TLR) expression and TLR mediated cytokine/chemokine production by human uterine epithelial cells. Immunol 2004;112:428-36.

106. Young SL, Lyddon TD, Jorgenson RL, Misfeldt ML. Expression of Toll-like receptors in human endometrial epithelial cells and cells line. Am J Reprod Immunol 2004;52:67-73.

107. Schaefer TM, Fahey JV, Wright JA, Wira CR. Innate immunity in the human female reproductive tract: antiviral response of uterine epithelial cells to the TLR3 agonist poly(I:C). J Immunol. 2005;174:992-1002.

108. Ghosh M, Schaefer TM, Fahey JV, Wright JA, Wira CR. Antiviral response of human Fallopian tube in epithelial cells to Toll-like receptor 3 agonist poly(I:C). Fertil Steril 2008;89:1497-506.

109. Herbst-Kralovetz MM, Quayle AJ, Ficarra M, Greene S, Rose WA 2nd, Chesson R, et al. Quantification and comparison of toll-like receptor expression and responsiveness in primary and immortalized human female lower genital tract epithelial. Am J Immunol 2008;59:212-24.

110. Lin Z, Xu J, Jin X, Zhang X, Ge F. Modulation of expression of Toll-like receptors in the human endometrium. Am J Reprod Immunol 2009;61:338-45.

(32)

112. Abrahams VM, Bole-Aldo P, Kim YM, Straszewski-Chavez SL, Chaiworapongsa T, Romero R, et al. Divergent trophoblast responses to bacterial products mediated by TLRs. J Immunol 2004;173:4286-96.

113. Hirata T, Osuga Y, Hirota Y, Koga K, Yoshino O, Harada M, et al. Evidence for the presence of toll-like receptor 4 system in the human endometrium. J Clin Endocrinol Metab 2005;90:548-56.

114. Holmlund U, Cebers G, Dahlfors AR, Sandstedt B, Bremme K, Ekström ES. Expression and regulation of the pattern recognition receptors Toll-like receptor-2 and Toll-like receptor-4 in the human placenta. Immunology 2002;107:145-51.

115. Kim YM, Romero R, Chaiworapongsa T, Kim GJ, Kim MR, Kuivaniemi H, et al. Toll-like receptor-2 and -4 in the chorioamniotic membranes in spontaneous labor at term and in preterm parturition that are associated with chorioamnionitis. Am J Obstet Gynecol 2004;191:1346-55.

116. Aflatoonian R, Tuckerman E, Elliott SL, Bruce C, Aflatoonian A, Li TC, et al. Menstrual cycle-dependent changes of Toll-like receptors in endometrium. Hum Reprod 2007;22:586-93.

117. Mitsunari M, Yoshida S, Shoji T, Tsukihara S, Iwabe T, Harada T, et al. Macrophage-activating lipopeptide-2 induces cyclooxygenase-2 and prostaglandin E(2) via toll-like receptor 2 in human placental trophoblast cells. J Reprod Immunol 2006;72:46-59.

118. Rindsjö E, Holmlund U, Sverremark-Ekström E, Papadogiannakis N, Scheynius A. Toll-like receptor -2 expression in normal and pathologic human placenta. Hum Pathol 2007;38:468-73.

119. Keelan JA, Marvin KW, Sato TA, Coleman M, McCowan LM, Mitchell MD. Cytokine abundance in placental tissues: evidence of inflammatory activation in gestational membranes with term and preterm parturition. Am J Obstet Gynecol 1999;181:1530-6.

120. Opitz B, Schröder NW, Spreitzer I, Michelsen KS, Kirschning CJ, Hallatschek W, et al. Toll-like receptor -2 mediates Treponema glycolipid and lipoteichoic acid-induced NF-kappa B translocation. J Biol Chem 2001;276:22041-7.

121. Lin Y, Lee H, Berg AH, Lisanti MP, Shapiro L, Scherer PE. The lipopolysaccharide-activated toll-like receptor (TLR) - 4 induces synthesis of the closely related receptor TLR-2 in adipocytes. J Biol Chem 2000; 275:187-91.

(33)

123. Gonzalez JM, Xu H, Ofori E, Elovitz MA. Toll-like receptors in the uterus, cervix and placenta: is pregnancy an immunosuppressed state? Am J Obstet Gynecol 2007;197:296.e1-e6.

(34)

A

(35)

Expression and localization of TLR-1, -2, -4 and -6 in chorioamniotic membranes

of pregnancies complicated by histologic chorioamnionitis.

Natália Prearo Moço a, Laura Fernandes Martin a, Ana Carolina Pereira a, Jossimara Polettini a, José Carlos

Peraçoli b, Kunie Iabuki Rabello Coelho a, Márcia Guimarães da Silvaa*.

a.

Department of Pathology, Botucatu Medical School, São Paulo State University, UNESP,

Botucatu, São Paulo, Brazil. b.

Department of Gynecology and Obstetrics, Botucatu Medical School, São Paulo State

University, UNESP, Botucatu, São Paulo, Brazil.

*Corresponding author

Department of Pathology, Botucatu Medical School, São Paulo State University.

Distrito de Rubião Júnior, CEP: 18618-970, Botucatu, São Paulo, Brazil.

Telefone: +55 (14) 3811-6238 Fax: +55 (14) 3815-2348

(36)

Abstract

Introduction: Acute chorioamnionitis is a response to microbial infection of the amniotic fluid.

The innate immune system constitutes the host’s first line of defense against pathogens and, in

this regard, Toll-like receptors (TLRs) are important regulators of such nonspecific response.

However, the expression of these receptors in chorioamniotic membranes in pregnancies

complicated by chorioamnionitis has not been well established. Objective:The purpose of this

study was to examine the localization of TLR-1, TLR-2, TLR-4 and TLR-6 in fetal membranes

and determine whether histologic chorioamnionitis is associated with changes in gene

expression of these receptors Material and Methods: One hundred and fifteen chorioamniotic

membranes were included in the study. They were collected at the Obstetrics Service of the

Botucatu Medical School, São Paulo State University, UNESP, from pregnant women with

preterm delivery or term delivery with or without labor. Both groups were stratified on the basis of

the presence of histologic chorioamnionitis. Fragments of the chorioamniotic membranes were

sent for histopathologic analysis in order to confirm histologic chorioamnionitis. Other

membranes fragments measuring 1cm2 were placed into RNA later and submitted to total RNA

extraction. After RNA extraction, the samples with concentration between 0.02 and 0.2 g/L of RNA were submitted to cDNA collection for later use in quantifying the expression of TLR-1,

TLR-2, TLR-4 and TLR-6 by the real-time PCR technique using the TaqMan® Gene Expression

Assays System. Results: All membranes analyzed expressed TLR-1 and TLR-4, whereas

99.1% expressed TLR-2 and 77.4% expressed TLR-6. TLR-1 and TLR-2 expression were

statistically higher in the membranes of preterm pregnancies in the presence of chorioamnionitis

as compared with preterm membranes in the absence of the inflammatory infiltrate. Among the

membranes of term pregnancies, there was no statistically significant difference in the

expression of such receptors. Regarding TLR-4 and TLR-6 expression, there was no statistically

significant difference in the membranes of preterm or term pregnancies, in the presence or

(37)

and TLR-6 included amniotic epithelial cells, chorionic and decidual cells, and neutrophils.

Conclusion: Chorioamniotic membranes are sources of TLR-1, TLR-2, TLR-4 and TLR-6, and

increased expression of TLR-1 and TLR-2 is related to the presence of histologic

chorioamnionitis in preterm pregnancies.

Keywords: Preterm delivery, chorioamniotic membranes, histologic chorioamnionitis, Toll-like

receptor, real-time PCR, immunolocalization.

1. Introduction

The chorioamniotic membranes comprise a structure of great importance for fetal

development. Among its principal functions are protection of the fetus from trauma, maintenance

of amniotic fluid volume, and protection of the umbilical cord and fetal blood from compression,

besides serving as a barrier against infections arising from the lower genital tract[1]. In addition

to coating the placental surface and forming the amniotic sac, fetal membranes act to maintain

ideal sterile conditions of the amniotic fluid and are the immunologic barrier[1]. Recent studies

have also suggested this role of fetal membranes, demonstrating that this tissue expresses

antimicrobial agents [2] and components of the innate immune system, such as Toll-like

receptors (TLRs) [3]. TLRs are the principal signaling molecules through which mammals sense

infection, part of so-called innate immunity. At present, thirteen mammalian TLRs have been

identified [4], and ten of these isoforms (TLR1-10) are expressed in humans [5-7].

TLR-2 recognizes the widest spectrum of microbial components, including peptidoglycan

and lipoteichoic acid from Gram positive bacteria [8,9], lipoproteins from Gram-negative bacteria

[10], mycoplasms [11] and fungal zymosan [12]. The broad specificity of TLR-2 is due to its

ability to act both as a homodimer and as a heterodimer with TLR-1 and TLR-6 [13]. TLR-4 has

(38)

TLRs leads to the activation of NF-kB, a transcription factor that is involved in the expression of

proinflammatory cytokines and antimicrobial peptides (defensins) [4].

TLRs are expressed on many different immune cells as well as on non-immune cells

such as the epithelium in mucosal systems of the intestinal tract [16] and the female

reproductive tract [16,17]. According to Beijar et al.[18], in the term placenta, there is

immunoreactive staining in the cytoplasm of the syncytiotrophoblast and distinctly darker

staining in some areas of the expression of microvillous, whereas staining was not readily

apparent in the basal membranes. Kim et al. [19] described that TLR-2 expression was

polarized to the basal surface of amniotic epithelial cells in the membranes without

chorioamnionitis, but this distribution was lost in the presence of inflammation.

Few studies have evaluated TLR expression in gestational tissue in the presence of

histologic chorioamnionitis, and the results of these studies are controversial. Histologic

chorioamnionitis, defined as the infiltration of fetal membranes by polymorphonuclear

leukocytes, occurs in most cases in the absence of clinical signs and symptoms of infection, and

this diagnosis can be made in more than 20% of term pregnancies and in more than 50% of

preterm births [20-22]. Kim et al. [19] described that both term and preterm spontaneous labor

with histologic chorioamnionitis is associated with an increased expression of TLR-2 and TLR-4

in the chorioamniotic membranes. According to Rindjo et al. [23], the expression of TLR-2 in

placentas with chorioamnionitis was significantly lower than in placentas without

chorioamnionitis.

The purpose of this study was to examine the localization of TLR-1, TLR-2, TLR-4 and

TLR-6 in fetal membranes and determine whether histologic chorioamnionitis associated with

(39)

2. Materials and methods

2.1. Study population

A cross-sectional study was conducted to examine the expression pattern of 1,

TLR-2, TLR-4 and TLR-6 in chorioamniotic membranes by immunohistochemistry and gene

expression of these receptors by real-time PCR.

The study group consisted of the chorioamniotic membranes of 115 pregnant women

who presented with preterm or term deliveries, in the presence or absence of histologic

chorioamnionitis. Samples were collected in the Obstetrics Unit of the Hospital of Botucatu

Medical School, São Paulo State University, located in central São Paulo State, Brazil.

Chorioamniotic membranes were obtained from patients in the following groups:

G1: Preterm delivery without histologic chorioamnionitis (n=35)

G2: Preterm delivery with histologic chorioamnionitis (n=35)

G3: Term delivery without histologic chorioamnionitis (n=35)

G4: Term delivery with histologic chorioamnionitis (n=10)

Exclusion criteria were multiple pregnancies, diabetes, fetal anomalies, and placenta

previa. Gestational age was calculated from the first day of the last menstruation and/or from the

first trimester ultrasound. The Institution Human Research Ethics Committee approved the study

(Protocol 3170-2009, and written informed consent was obtained from all participants.

2.2. Collection of chorioamniotic membranes

All chorioamniotic membranes collected were stored in RNA later® (RNA Stabilization

(40)

histopathological analyses. Histologic chorioamnionitis was diagnosed by the presence of

neutrophilic infiltration present in chorioamniotic membranes, according to Yoon et al. 24.

2.3. Immunohistochemistry

Tissues were prepared, fixed, and embedded for routine histologic examination and

immunohistochemistry. Tissues sections were deparaffinized and subjected to antigen-retrieval

by boiling in Trilogy™solution (Cell Marque, Hot Springs, AR) for thirty minutes. Sections were then immediately transferred to fresh hot Trilogy™ solution in a second staining dish for five

minutes and washed in PSB buffer (Biocare Medical, Concord, CA, USA).

Endogenous peroxidase activity was quenched with Peroxidazed 1 (Biocare Medical) for

ten minutes at room temperature, and sections were washed again in PBS buffer. The following

primary antibodies were applied for three hours at room temperature: polyclonal rabbit anti-TLR1

(1:2000; Abcam, Cambridge, MA, USA), monoclonal mouse anti-TLR2 (1:400; Biolegend, San

Diego, CA, USA), monoclonal mouse TLR4 (1:300; Biolegend) and polyclonal rabbit

anti-TLR6 (1:300; Abcam). Staining was performed using MACH 4 universal detection system

(41)

2.4. Real time PCR

Total RNA was extracted from chorioamniotic membranes samples using Illustra

RNAspin Mini Isolation Kit (GE Healthcare). To preclude genomic DNA contamination, all RNA

samples were treated with RNase-free DNAse I (New England Biolabs®) before amplification.

The quality and concentration of extracted total RNA were measured with Epoch (Biotek®)

Spectrophotometer. Sample RNA (0.1µg/µL) was subjected to reverse transcription using the

High-Capacity cDNA Archive Kit following the manufacturer’s instructions (Applied Biosystems, Foster City, CA, USA). Real time quantitative PCR was used to quantify mRNA expression of

defensins, and TaqMan-validated primers and TaqMan MGB probes were used for amplification

of TLR-1, TLR-2, TLR-4 and TLR-6 (Hs00413978_m1, Hs00610101_m1, Hs00370853_m1 and

Hs00271977_s1, respectively). Expression levels of the relevant genes in each sample were

normalized to TBP (TATA box binding protein, ID Hs99999910_m1), which was used as the

housekeeping gene. Amplification was performed using a Line Gene K (Bioer®), with an optical

unit that permits real-time monitoring of increased PCR product concentration. The threshold

cycle number (CT) is the PCR cycle number, at which fluorescence release reaches a threshold

level and was used to determine relative TLR mRNA expression, using the ddCT method 25. The mean of CT of samples derviced from term pregnancies without histologic chorioamnionitis

was used as a calibrator. Thermal cycling was initiated with a denaturating step of 10 minutes at

95°C followed by 40 cycles of 95°C for 15 seconds and 60°C for 1 minute. All reactions were

performed in duplicate, and no template controls were included in each run.

2.5. Statistical analysis

Maternal age and gestational age at delivery were compared between the study groups

using ANOVA and the Kruskal Wallis test, respectively. Marital status, ethnicity, mode of

delivery, parity and previous pregnancy complications were compared employing the

(42)

Kolmogorov-Smirnov test (with Lilliefors' correction), comparisons of TLR mRNA concentrations

were performed using the non-parametric Kruskal-Wallis test. A p value <0.05 was considered to

be statistically significant. Statistical analyses were performed with SigmaStat Software version

3.1.

3. Results

3.1. Socio-demographic and obstetrics characteristics

The socio-demographic and obstetrics characteristics of the study population are

described in the Table 1. Maternal age, parity, previous pregnancy complications, marital status

and ethnicity were not statistically significantly different between groups. In relation to gestational

age at delivery, there was no statistically significant difference in preterm and term groups, when

(43)

Table 1. Socio-demographic and obstetrics characteristics of the study population. Characteristics Preterm delivery without CAM (n=35) Preterm delivery with CAM (n=35) Term delivery without CAM (n=35) Term delivery with CAM (n=10) Maternal age * 25.2 ± 6.72 a 22.8 ± 6.44 a 25.9 ± 6.07 a 20.7 ± 3.53 a

Marital status

Single 22.6% (7/31) a 37.,1% (13/35) a 24.2% (8/33) a 14.3% (1/7) a

Married 77.4% (24/31) a 62.9% (22/35) a 75.8% (25/33) a 85.7% (6/7) a

Ethnicity

White 93.9% (31/33) a 85.7% (30/35) a 81.8% (27/33) a 87.5% (7/8) a

Non-white 6.1% (2/33) a 14.3% (5/35) a 18.2% (6/33) a 12.5% (1/8) a

Type of delivery

Vaginal 42.8% (15/35) a 54.3% (19/35) a 42.8% (15/35) a 50% (5/10) a

Cesarean 57.2% (20/35) a 45.7% (16/35) a 57.2% (20/35) a 50% (5/10) a

Gestational age at delivery (days)+

240 (177 – 258) a 233 (182 – 258) a 273 (207 – 288) b 282 (267 – 292) b

Parity

=1 39.4% (13/33) a 51.5% (17/33) a 37.5% (12/32) a 75% (6/8) a

>1 60.6% (20/33) a 48.5% (16/33) a 62.5% (20/32) a 25% (2/8) a Proportions followed by at least one same letter do not differ.

* values expressed as mean SD + values expressed as median (min - max) CAM: histologic chorioamnionitis

3.2. Immunohistochemical localization of TLRs in chorioamniotic membranes

Immunostaining of TLR-1, TLR-2, TLR-4 and TLR-6 in chorioamniotic membranes

included in this study are presented in Figure 1. Cells that stained immunohistochemically for

TLR-1, TLR-2, TLR-4 and TLR-6 included amniotic epithelial cells, chorionic and decidual cells,

(44)

Figure 1. Immunohistochemical staining of TLR-1, TLR-2, TLR-4, TLR-6 in chorioamniotic membranes. All TLRs are expressed in amniotic epithelial cells, chorionic and decidual cells (A, C, E, and G) and acute inflammatory cells (B,D,F and H) in the

(45)

3.3. Relative quantification of TLRs

Relative quantification of TLR-1, TLR-2, TLR-4 and TLR-6 mRNA in chorioamniotic

membranes included in the study is presented in Figure 2 and Table 2. All membranes analyzed

expressed TLR-1 and TLR-4, whereas 99.1% expressed TLR-2, and 77.4% expressed TLR-6.

TLR-1 and TLR-2 expression in the membranes of preterm pregnancies was statistically higher

in the presence of histologic chorioamnionitis as compared with preterm membranes in the

absence of the inflammatory infiltrate. Among the membranes of term pregnancies, there was no

statistically significant difference in the expression of such receptors. Regarding 4 and

TLR-6 expression, there was no statistically significant difference between membranes of preterm or

term pregnancies, or in the presence or absence of histologic chorioamnionitis.

Referências

Documentos relacionados

Roles of the orphan nuclear receptor small heterodimer partner (SHP) in the toll-like receptor 4 (TLR4)-mediated inflammatory response and NLRP3 (NACHT, LRR and PYD

In this study, we investigate the association of SNPs in multiple pathogen recognition and immune response genes with clinical features that determine severity and outcome

nosographicamente determinadas, mas etio- logicamente distinctas. Até mesmo as rela- ções anastomoticas que existem entre o cor- tex cerebral e os centros bulbo-protuberan- ciaes

A partir dos resultados deste estudo não foi possível verificar diferença na expressão dos receptores Toll-Like – TLR-2, TLR-4 e TLR-7 – de pacientes portadores de UAR em

Imunofluorescência das vilosidades coriônicas e da decídua basal revelaram expressão de biglicam e seus receptores Toll-like (TLR)-2 e TLR-4 em todos os subtipos de

Conclusion Toll-like receptor 4 agonists co-adsorbed with allergen onto alum down-modulate allergic lung disease and prevent the development of polarized T cell-mediated

OBJECTIVE: This study aims at investigating the expressions of TOLL-like receptor 4 (TLR-4) and matrix metalloproteinase 9 (MMP-9)/ tissue inhibitor of metalloproteinase 1 (TIMP-1)

Objectives: The aim of this study was to describe the pattern of expression of Toll-like receptor 2 (TLR2) and Toll-like receptor 4 (TLR4) in skin biopsies of patients with