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Estudo evolutivo da morfologia e função cardíaca em ratos submetidos a estenose aórtica supravalvar.

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Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP

Correspondência: Henrique Barbosa Ribeiro - Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP - Depto de Clínica Médica - Rubião Júnior, S/N - Cep 18618-000 Botucatu, SP - E-mail: henrique37@terra.com.br

Recebido para publicação em 5/12/02 Aceito em 23/2/03

Arq Bras Cardiol, volume 81 (nº 6), 562-8, 2003

Henrique Barbosa Ribeiro, Katashi Okoshi, Antonio Carlos Cicogna, Edson Antonio Bregagnollo, Maria Aparecida Marchesan Rodrigues, Carlos Roberto Padovani, Flávio Ferrari Aragon,

Elenize Jamas, Marina Politi Okoshi

Botucatu, SP

Estudo Evolutivo da Morfologia e Função Cardíaca em Ratos

Submetidos a Estenose Aórtica Supravalvar

A hipertrofia cardíaca representa um importante meca-nismo adaptativo, ocorrido em resposta à sobrecarga hemo-dinâmica crônica, permitindo o coração de manter suas fun-ções básicas em vigência de aumento das condifun-ções de

car-ga1,2. Entretanto, a hipertrofia ventricular esquerda

consti-tui um fator de risco para o desenvolvimento de

insuficiên-cia cardíaca congestiva e morte súbita3.

Diversos modelos experimentais têm sido propostos para o estudo da hipertrofia ventricular esquerda por sobre-carga pressórica. Entre eles, destacam-se a indução de

este-nose de artéria renal4 e de aorta abdominal5,6 ou torácica7, ou

mesmo o desenvolvimento de animais geneticamente

modi-ficados, como o rato espontaneamente hipertenso8-12. No

entanto, muitos desses modelos animais apresentam limita-ções para seu uso em trabalhos experimentais. Por exemplo, a indução de estenose de artéria renal ou de aorta abdominal, em ratos, além de acarretar hipertensão arterial sistêmica e hipertrofia ventricular esquerda, pode também promover importante ativação sistêmica do sistema nervoso

adrenér-gico e do sistema renina-angiotensina-aldosterona13-15. A

intensa ativação neurohormonal está associada à ocorrên-cia de importantes lesões cardíacas, como necrose

miocár-dica, peri-arterite e fibrose reparativa4,6. Desta maneira,

estes modelos podem ser muito agressivos ao miocárdio e, portanto, pouco representativos das lesões que se desen-volvem, gradualmente, em humanos com sobrecarga pres-sórica crônica. Por outro lado, os ratos espontaneamente hipertensos desenvolvem aumento gradual da pressão arte-rial sistêmica a partir de um mês de idade e, aos três meses, já apresentam estabelecida hipertrofia ventricular esquer-da16,17. Entretanto, esses ratos exibem longo período de

hi-pertrofia miocárdica estável, sem desenvolver insuficiência cardíaca, ocorrida, em geral, somente a partir de 20 meses de

idade9,11,18. Portanto, embora nesse modelo as alterações

cardíacas sejam semelhantes às que ocorrem na cardiopatia

hipertensiva humana9,16, há um custo muito elevado para os

estudos de prevenção e tratamento de insuficiência cardía-ca, porque os animais têm que ser mantidos em biotério por longo período de tempo.

Objetivo - Caracterizar, evolutivamente, o modelo ex-perimental de hipertrofia ventricular esquerda (HVE) por indução de estenose aórtica supravalvar em ratos jovens.

Métodos - Ratos Wistar foram submetidos a toracoto-mia para colocação de clipe ao redor da aorta torácica (grupo EAo, n=12). Animais controle foram submetidos à mesma cirurgia, porém sem a colocação do clipe (grupo C, n=12). A função cardíaca foi analisada por ecocardiogra-mas seriados após 6, 12 e 21 semanas. Outros grupos foram utilizados para avaliação histológica e quantificação da hidroxiprolina miocárdica (HOP: 2, 6, 12 e 21 semanas).

Resultados – A EAo promoveu precocemente HVE concêntrica e aumento progressivo da concentração de HOP. À microscopia óptica, observou-se hipertrofia dos miócitos e da camada média dos ramos intramurais das artérias coronárias. A função sistólica foi supranormal no período 6 semanas (porcentagem de encurtamento -EAo6:70,3±10,8; C6: 61,3±5,4; p<0,05), apresentando-se reduzida apenas no último período. A partir de 12 sema-nas, verificou-se disfunção diastólica (E/A - EAo12: 4,20± 3,25; C12: 1,61±0,16; p<0,05).

Conclusão - A indução de EAo promove HVE con-cêntrica e fibrose miocárdica. A função cardíaca, depen-dendo do período de análise, encontra-se melhorada, normal ou deprimida. O modelo é adequado e potencial-mente útil para estudos sobre a fisiopatologia e tratamen-to nas diferentes fases evolutivas da hipertrofia cardíaca.

Palavras-chave: hipertrofia miocárdica, ecocardiograma,

(2)

Mais recentemente, o modelo de estenose da aorta as-cendente tem sido utilizado para promover o desenvolvi-mento gradual de hipertrofia ventricular esquerda em ratos

jovens7,19-25. Os animais, três a quatro semanas após o

nas-cimento, são submetidos a toracotomia mediana para colo-cação de clipe, com cerca de 0,6mm de diâmetro interno, ao redor da aorta torácica, 2 a 3mm acima de sua raiz. Imediata-mente após a colocação do clipe, o diâmetro da aorta se mantém preservado; com o crescimento do animal e a manu-tenção do diâmetro do vaso, ocorre o aparecimento pro-gressivo da estenose aórtica. Precocemente, os ratos de-senvolvem hipertrofia ventricular esquerda que está asso-ciada, a curto prazo, com melhora da função sistólica do co-ração; a seguir, os animais começam a apresentar depressão do desempenho mecânico do coração e desenvolvem qua-dro clínico de insuficiência cardíaca, a partir de 20 semanas

após a indução da estenose aórtica7,20,26-28. Neste modelo de

hipertrofia ventricular esquerda, não existe ativação sistêmi-ca do sistema nervoso simpático ou do sistema

renina-an-giotensina-aldosterona7,21,26,29. Provavelmente, em

decor-rência desse fato, a avaliação histológica, realizada 21 sema-nas após a indução da estenose aórtica, não revelou a pre-sença de importantes lesões cardíacas, como peri-arterite,

necrose miocárdica ou áreas extensas de fibrose7,26.

As vantagens deste modelo experimental são o desen-volvimento gradual de hipertrofia ventricular esquerda, a ausência de severas lesões anatômicas no miocárdio e o baixo custo para a manutenção dos animais devido ao curto período necessário para o desenvolvimento de hipertrofia ventricular esquerda e de insuficiência cardíaca. Nos vários

trabalhos realizados com este modelo7,19-21,26,30,31, foram

uti-lizados diferentes períodos para a análise morfológica e/ou funcional do coração, não existindo estudos sobre a avalia-ção simultânea e evolutiva da histologia miocárdica e da função cardíaca após a indução da estenose aórtica.

O objetivo deste trabalho foi caracterizar, evolutivamen-te, o modelo experimental de hipertrofia ventricular esquerda por estenose aórtica supravalvar, em ratos Wistar jovens, por meio de avaliação morfológica e funcional do coração. A mor-fologia miocárdica foi analisada, à microscopia óptica, 2, 6, 12 e 21 semanas após a indução da estenose aórtica e a função

cardíaca foi avaliada, in vivo, por meio de estudo

ecocardio-gráfico, realizado 6, 12 e 21 semanas após a colocação do cli-pe na aorta ascendente. Adicionalmente, o conteúdo de colá-geno foi quantificado pela determinação seriada da concen-tração de hidroxiprolina no ventrículo esquerdo.

Métodos

Foram utilizados ratos Wistar machos, com peso cor-poral de 90 a 100g, provenientes do Biotério do Campus de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Os animais foram mantidos em gaiolas, com quatro ratos por

caixa, à temperatura ambiente de 23oC, com ciclos de

lumi-nosidade de 12h e alimentados com ração Purina e água ad

libitum. O protocolo utilizado foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa Animal da Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP.

Após anestesia com cloridrato de cetamina (50 mg/kg intramuscular) e cloridrato de xilidino (10 mg/kg intramuscu-lar), os ratos foram submetidos a toracotomia mediana. A seguir, a aorta ascendente foi dissecada e um clipe de prata, com 0,6mm de diâmetro interno, foi colocado a, aproximada-mente, 3mm da raiz da aorta. Durante a cirurgia, os ratos fo-ram ventilados manualmente, com pressão positiva. Os ani-mais controles foram submetidos à mesma cirurgia, porém sem a colocação do clipe.

Os ratos foram divididos em dois grupos: controle (C) e estenose aórtica (EAo). Para avaliação morfológica e bio-química (dosagem de hidroxiprolina), cinco a sete animais de cada grupo foram mortos 2, 6, 12 e 21 semanas após a in-dução da EAo. Os subgrupos formados receberam a deno-minação: C2, C6, C12, C21 e EAo2, EAo6, EAo12 e EAo21.

Outros grupos de ratos (C e EAo) foram constituídos somente para o estudo funcional. Como esta avaliação foi

feita in vivo e sem posterior sacrifício dos animais, os

mes-mos ratos foram analisados em três períodos experimentais: 6, 12 e 21 semanas após a indução da EAo (n = 12 para os grupos C e EAo). Devido à dificuldade em nosso serviço para a obtenção de imagens ecocardiográficas adequadas em ratos de baixo peso, o estudo funcional não foi realizado no período de 2 semanas após a indução da EAo.

Os ratos foram pesados, anestesiados com pentobar-bital sódico (50mg/kg intraperitoneal) e submetidos a tora-cotomia mediana para a remoção do coração, lavado rapida-mente em soro fisiológico. A seguir, os ventrículos direito (VD) e esquerdo (VE) foram dissecados e pesados separa-damente. Da parte central do ventrículo esquerdo, foi corta-do um anel com 2 a 3mm de espessura, compreendencorta-do toda a extensão de sua parede. O material foi imerso em formalina

10% neutra e tamponada, durante 48h, a 4oC. Após esse

pe-ríodo, o tecido foi lavado, desidratado e incluído em parafi-na. Cortes histológicos com 5 a 7µm de espessura foram submetidos à coloração por hematoxilina e eosina e analisa-dos em microscopia óptica.

A análise morfométrica foi realizada utilizando-se uma câmara de vídeo acoplada a um microscópio Leica conecta-do a computaconecta-dor equipaconecta-do com um programa analisaconecta-dor de

imagem (Image-Pro Plus 3.0, Media Cybernetics, Silver

Spring, Maryland, USA). Em secções transversas do ven-trículo esquerdo, foram medidas as áreas seccionais (AS) de, no mínimo, 50 fibras cardíacas cujo núcleo era claramente identificado no centro da célula.

A concentração miocárdica de hidroxiprolina foi men-surada em tecido obtido da ponta do ventrículo esquerdo,

de acordo com o método descrito por Switzer32,

utilizando-se a técnica previamente descrita em outros trabalhos de

nosso laboratório33-35.

O grau de hipertrofia ventricular foi avaliado pela rela-ção entre o peso úmido dos ventrículos direito e esquerdo e o peso corporal dos animais.

(3)

lateral esquerdo para realização do ecocardiograma36,

utiliza-do o modelo Sonos 2000 da Hewlett-Packard Co., equipado

com transdutor eletrônico de 7,5MHz de freqüência. Para mensuração das estruturas cardíacas, foram obti-das imagens em modo monodimensional (modo-M) com fei-xe de ultra-som orientado pelas imagens em modo bidimen-sional, estando o transdutor em posição para-esternal eixo menor. A imagem do ventrículo esquerdo foi obtida posi-cionando o cursor do modo-M logo abaixo do plano da

valva mitral no nível dos músculos papilares22,37,38. As

ima-gens da aorta (AO) e do átrio esquerdo (AE) foram obtidas com o cursor do modo-M posicionado ao nível do plano da valva aórtica. As imagens obtidas foram registradas em

im-pressora modelo UP-890 da Sony Co. Posteriormente, as

estruturas cardíacas foram medidas, manualmente, com o auxílio de um paquímetro de precisão.

Os diâmetros diastólico (DDVE) e sistólico (DSVE) do ventrículo esquerdo foram medidos no momento do ciclo cardíaco em que seus valores eram máximo e mínimo, respec-tivamente. A espessura diastólica da parede posterior do ventrículo esquerdo (EDVE) foi medida no mesmo momento do ciclo cardíaco em que foi realizada a medida do diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo. O diâmetro da raiz da aorta (AO) foi obtido no instante imediatamente anterior à abertura da valva aórtica. O átrio esquerdo (AE) foi medido

no momento em que seu diâmetro era máximo22,38. Foram

de-rivadas das dimensões acima descritas: espessura relativa do ventrículo esquerdo (EDVE/DDVE), AE/AO, DDVE/PC e AE/PC.

A função sistólica do ventrículo esquerdo foi avaliada

pela porcentagem de encurtamento (∆D): [(DDVE - DSVE) /

DDVE] X 100, e a função diastólica analisada pela razão en-tre picos de velocidade de fluxo de enchimento inicial (onda E) e da contração atrial (onda A) do fluxo transmitral.

Um dia após a realização do ecocardiograma corres-pondente ao período de 21 semanas, os animais foram

mor-tos sob anestesia com pentobarbital sódico. Nesse momen-to, procurou-se identificar sinais de insuficiência cardíaca,

segundo Conrad e cols.39 e Cicogna e cols.11,18: taquipnéia,

derrame pleuro-pericárdico, ascite e presença de trombo no átrio esquerdo.

Com relação à análise estatística, os dados numéricos estão expostos como média ± desvio padrão. O estudo das variáveis morfométricas e da concentração miocárdica de hidroxiprolina foi realizado pelo método de análise de va-riância (ANOVA) para o esquema fatorial 2 X 4, para o mode-lo inteiramente casualizado, complementado com o teste de

comparações múltiplas de Tukey. Os resultados obtidos no

estudo ecocardiográfico foram analisados pelo método de análise de variância dos perfis multivariados para grupos de-pendentes (MANOVA). O nível de significância considera-do foi de 5%.

Resultados

Os parâmetros corporais estão expostos na tabela I. O peso corporal foi semelhante entre os grupos EAo e C so-mente no período de 2 semanas após a cirurgia. A seguir, ocorreram variações significantes entre os grupos: após 6 semanas o peso corporal foi maior no C e, após 12 e 21 se-manas, foi menor nos C em comparação com os grupos EAo. O peso do ventrículo esquerdo foi sempre maior nos grupos EAo em relação aos respectivos C. Na avaliação evolutiva, o peso do ventrículo esquerdo aumentou signifi-cantemente entre 2 e 6 semanas nos dois grupos, C e EAo, e não se alterou nos outros períodos de análise. O peso do ventrículo direito foi maior no grupo EAo que no C somente no período 21 semanas. Na avaliação evolutiva, o peso do VD apresentou o mesmo comportamento que o peso do ventrículo esquerdo nos grupos C e mostrou o seguinte

re-sultado nos grupos EAo: EAo2<(EAo6=EAo12)<EAo21. A

relação VE/PC foi maior em EAo nos quatro períodos

anali-Tabela I - Parâmetros corporais dos ratos

Período experimental (semanas)

2 (n=5) 6 (n=7) 12 (n=7) 21 (n=7)

C 155 ± 9a 395 ± 33b 383 ± 18b 403 ± 40b

PC (g) NS * * *

EAo 161 ± 10a 348 ± 42b 418 ± 39c 440 ± 48c

C 0,43 ± 0,03a 0,83 ± 0,07b 0,80 ± 0,07b 0,83 ± 0,08b

VE (g) * * * *

EAo 0,65 ± 0,08a 1,26± 0,12b 1,26 ± 0,16b 1,41 ± 0,22b

C 0,15 ± 0,02a 0,24 ± 0,04b 0,26 ± 0,04b 0,25 ± 0,04b

VD (g) NS NS NS *

EAo 0,15 ± 0,02a 0,25 ± 0,05b 0,26 ± 0,04b 0,40 ± 0,14c

C 2,76± 0,14b 2,10± 0,19a 2,09± 0,12a 1,92± 0,15 a

VE/PC (mg/g) * * * *

EAo 4,07± 0,44c 3,64± 0,22b 3,01± 0,19a 3,20± 0,39a

C 0,96± 0,11b 0,61 ± 0,07a 0,67 ± 0,09a 0,57 ± 0,06a

VD/PC (mg/g) NS NS NS *

EAo 0,96 ± 0,15b 0,72 ± 0,12a 0,63 ± 0,11a 0,92 ± 0,30b

C - controle; EAo - estenose aórtica supravalvar; PC - peso corpóreo; VE - peso do ventrículo esquerdo; VD - peso do ventrículo direito. ANOVA e Tukey. a, b, c - grupos

(4)

melhante nos grupos C e EAo, havendo redução progressi-va de seus progressi-valores durante a aprogressi-valiação evolutiprogressi-va (p<0,05).

DSVE foi menor em EAo6 que C6. No grupo C, este parâmetro

não se alterou durante o período experimental e, no grupo EAo, o momento 21 semanas foi significantemente maior que 6 semanas. EDVE e EDVE/DDVE foram maiores no gru-po EAo nos três momentos avaliados e não se alteraram com a idade do animal ou a evolução do processo hipertró-fico. O diâmetro do AE foi maior no grupo EAo nos três

pe-ríodos, e seu valor foi maior em EAo21 que em EAo6 e EAo12.

O diâmetro da AO foi maior em EAo12 que em C12. As

rela-ções AE/AO e AE/PC foram maiores no grupo EAo nos três momentos estudados. Nos dois grupos de animais, AE/AO não se alterou durante a evolução e AE/PC foi maior no pe-ríodo 6 que em 12 e 21 semanas.

As médias e os desvios padrão da freqüência cardíaca (FC) e dos índices de função sistólica e diastólica estão ex-postos na tabela III. A frequência cardíaca foi maior no gru-po EAo nos momentos 12 e 21 semanas em relação aos

res-pectivos C. No grupo C, a FC foi menor em C21 que em C6 e,

no grupo EAo, não ocorreu variação desta variável nos três

períodos analisados. ∆D foi maior em EAo6 que em C6. No

grupo C, este índice não se alterou com a idade e, no grupo EAo, houve redução de seu valor no período 21 em relação

a 6 e 12 semanas. A relação E/A foi maior em EAo12 e EAo21

em relação aos respectivos C e ao EAo6. No grupo controle,

E/A não se alterou com a idade.

sados. Nos grupos C, a relação foi maior em C2 que nos

de-mais momentos e, nos ratos com EAo, teve o seguinte

com-portamento: EAo2>EAo6>(EAo12=EAo21). A relação VD/PC

foi maior no grupo EAo que no C somente no último

perío-do de avaliação. Nos grupos C, esta relação foi maior em C2

que nos demais momentos e, nos grupos EAo, foi seme-lhante nos períodos 2 e 21 semanas, ambos maiores que em 6 e 12 semanas.

Dos 12 animais do grupo EAo que evoluíram por 21 semanas, 3 apresentaram sinais de insuficiência cardíaca in-cluindo taquipnéia, derrame pleural e ascite.

À avaliação histológica do ventrículo esquerdo, os grupos C tiveram morfologia normal. Nos grupos EAo, ob-servou-se hipertrofia progressiva dos miócitos a partir de 2 semanas de evolução. Os ramos intramurais das artérias co-ronárias apresentaram hipertrofia da camada média, que era discreta após 2 e 6 semanas, tornando-se mais evidente a partir de 12 semanas (fig. 1). Não se observou necrose de fi-bras miocárdicas, fibrose intersticial ou peri-arterite em to-dos os momentos estudato-dos.

A área seccional dos miócitos do ventrículo esquerdo foi significantemente maior nos grupos EAo que nos C, em todos os momentos estudados. Em ambos os grupos, ocor-reu aumento progressivo das áreas seccionadas miocitárias durante o processo evolutivo (fig. 2).

A concentração miocárdica de hidroxiprolina foi maior nos grupos EAo que nos C, a partir de 6 semanas de evolu-ção; nos C, a concentração foi semelhante em todos os pe-ríodos de avaliação e, nos EAo, ocorreu aumento progres-sivo de seus valores com a evolução do processo hipertró-fico (fig. 3).

As médias e os desvios padrão das medidas do ventrí-culo esquerdo, átrio esquerdo e aorta estão apresentados na tabela II. DDVE foi semelhante nos grupos C e EAo nos três momentos avaliados e foi maior nos períodos 12 e 21 semanas em relação a 6 semanas em ambos os grupos. Quan-do normalizada para PC, a variável teve comportamento

se-Fig. 1 - Hipertrofia da camada média de ramo intramural de artéria coronária em rato com estenose aórtica supravalvar após 21 semanas. HE. 400X.

Fig. 2 - Área seccional transversa dos miócitos do ventrículo esquerdo dos grupos controle (C) e estenose aórtica supravalvar (EAo) após 2, 6, 12 e 21 semanas de evo-lução. Cada coluna representa média ± desvio-padrão. +, *, # indicam diferenças significantes entre grupos conforme indicado na figura (ANOVA-duas vias e teste de Tukey para p<0,05).

Area Seccional (mm

2)

Semanas

+ p<0,05 EAo vc respectivo C

* p<0,05 vc 2 semanas

# p< 0,05 vc 6 semanas

Fig. 3 - Concentração miocárdica de hidroxiprolina (HOP) dos grupos controle (C) e estenose aórtica supravalvar (EAo) após 2, 6, 12 e 21 semanas de evolução. Cada colu-na representa média ± desvio-padrão. +, *, #, indicam diferenças significantes entre gru-pos conforme indicado na figura (ANOVA-duas vias e teste de Tukey para p<0,05).

HOP (

µµµµµ

g/mg)

Semanas

+ p<0,05 EAo vs respectivo C

* p<0,05 vs 2 semanas

# p< 0,05 vs 6 semanas

⊥ ⊥⊥

(5)

Discussão

Neste estudo, avaliamos a função cardíaca, a morfolo-gia e o desenvolvimento de fibrose no miocárdio de ratos jovens submetidos a estenose aórtica supravalvar por dife-rentes períodos evolutivos.

A indução de EAo rapidamente estimula a hipertrofia

ventricular esquerda, que se torna evidente já no período mais precoce de avaliação, com duas semanas de evolução. A partir de 6 semanas, não ocorreu aumento do peso do ventrículo esquerdo ou da espessura diastólica da parede ventricular, o que poderia sugerir que, após a indução da es-tenose aórtica, a hipertrofia ventricular esquerda ocorre precocemente, mantendo-se estável a seguir. Entretanto, à

Tabela II - Análise ecocardiográfica dos parâmetros estruturais do coração

Período experimental (semanas)

6 (n=12) 12 (n=12) 21 (n=12)

C 7,51 ± 0,55a 8,16 ± 0,64b 8,39 ± 0,58b

DDVE (mm) NS NS NS

EAo 7,38 ± 0,58a 8,34 ± 0,96b 8,50 ± 0,78b

C 23,8 ± 1,6c 19,7 ± 2,2b 16,9 ±1,2a

DDVE/PC(mm/kg) NS NS NS

EAo 25,7 ± 3,3c 21,5 ± 3,3b 18,8 ± 3,1a

C 2,91 ± 0,47a 3,19 ± 0,73a 3,35 ± 0,37a

DSVE (mm) * NS NS

EAo 2,24 ± 0,99a 2,73 ± 1,52ab 3,22 ± 1,36b

C 1,51 ± 0,16a 1,49 ± 0,13a 1,50 ± 0,09a

EDVE (mm) * * *

EAo 1,76 ± 0,18a 1,92 ± 0,22a 1,95 ± 0,16a

C 0,20 ± 0,03a 0,18 ± 0,02a 0,18 ± 0,01a

EDVE/DDVE * * *

EAo 0,24 ± 0,03a 0,23 ± 0,03a 0,23 ± 0,02a

C 5,03 ± 0,79a 5,24 ± 0,62a 5,47 ± 0,68a

AE (mm) * * *

EAo 7,20 ± 1,80a 7,35 ± 0,89a 8,44 ± 1,02b

C 3,49 ± 0,24a 3,53 ± 0,29a 3,79 ± 0,22b

AO (mm) NS * NS

EAo 3,47 ± 0,29a 3,77 ± 0,25b 3,96 ± 0,26b

C 1,45 ± 0,24a 1,49 ± 0,21a 1,45 ± 0,16a

AE/AO * * *

EAo 2,08 ± 0,48a 1,95 ± 0,25a 2,14 ± 0,26a

C 15,9 ± 2,6b 12,5 ± 1,4a 11,0 ± 1,3a

AE/PC (mm/kg) * * *

EAo 25,3 ± 7,7b 18,5 ± 2,2a 18,6 ± 2,8a

C - controle; EAo - estenose aórtica supravalvar; DDVE e DSVE - diâmetros diastólico e sistólico do ventrículo esquerdo (VE); PC - peso corporal; EDVE: espessura diastólica da parede do VE; AE - diâmetro do átrio esquerdo; AO - diâmetro da aorta. Análise de variância dos perfis multivariados para grupos dependentes (MANOVA).

a, b, c - grupos que não têm a mesma letra apresentam diferenças estatisticamente significantes entre os três momentos de avaliação (p<0,05); * p < 0,05 vs respectivo grupo

controle; NS - não significante.

Tabela III - Avaliação funcional do ventrículo esquerdo por ecocardiograma

Período experimental (semanas)

6 (n=12) 12 (n=12) 21 (n=12)

C 281 ± 22a 265 ± 26ab 245 ± 15b

FC (bpm) NS * *

EAo 291 ± 21a 291 ± 22a 271 ± 29a

C 61,3 ± 5,4a 61,2 ± 6,6a 60,1 ± 2,9a

∆D (%) * NS NS

EAo 70,3 ± 10,8b 68,4 ± 12,2b 62,8 ±11,4a

C 1,64 ± 0,27a 1,61 ± 0,16a 1,72 ± 0,33a

E/A NS * *

EAo 2,07 ± 1,55a 4,20 ± 3,25b 4,71 ± 2,08b

C - ratos controle; EAo - ratos submetidos a estenose aórtica supravalvar; FC - freqüência cardíaca; ∆D - porcentagem de encurtamento; E/A - razão entre picos de velocidade de fluxo de enchimento inicial (onda E) e da contração atrial (onda A) do fluxo transmitral. Análise de variância dos perfis multivariados para grupos dependentes (MANOVA). a, b - grupos que não têm a mesma letra apresentam diferenças estatisticamente significantes entre os três momentos de avaliação (p<0,05);

(6)

avaliação morfométrica, verificou-se que os valores da área seccional dos miócitos aumentaram progressivamente até 12 semanas, mostrando a existência de hipertrofia adicional durante a evolução do processo.

O estudo ecocardiográfico permitiu definir a hipertrofia ventricular esquerda como sendo do tipo concêntrica, ca-racterizada por aumento da espessura da parede com di-mensões normais ou reduzidas da cavidade ventricular.

Se-gundo vários autores7,26, os animais começam a

desenvol-ver insuficiência cardíaca a partir de 21 semanas após a in-dução da estenose aórtica. Assim, seria esperado o encon-tro de hiperencon-trofia excêntrica no último período de estudo. Como somente 25% de nossos ratos apresentaram quadro de insuficiência cardíaca após as 21 semanas de evolução, é provável que a avaliação final tenha sido realizada enquanto a maioria dos animais se encontrava em fase compensada da hipertrofia ventricular esquerda e, portanto, ainda na fase de hipertrofia concêntrica. Entretanto, o aumento do peso do ventrículo direito no último período de avaliação mostra que já poderia estar ocorrendo a transição da fase de hiper-trofia ventricular esquerda compensada para a fase de insu-ficiência cardíaca.

A análise histológica do miocárdio confirmou os

acha-dos de outros autores7,26 que também não encontraram,

após 21 semanas de indução da estenose aórtica, lesões te-ciduais relevantes, tais como necrose de miócitos, áreas ex-tensas de fibrose miocárdica ou peri-arterite. Em nosso es-tudo observamos, além da hipertrofia das células miocitá-rias, a presença de remodelação vascular caracterizada por hipertrofia da camada média das artérias intramiocárdicas, que era discreta nos primeiros momentos de avaliação, tor-nando-se evidente a partir de 12 semanas de evolução. O espessamento da camada média das artérias é habitualmen-te encontrado em humanos com hiperhabitualmen-tensão arhabitualmen-terial

sistê-mica40. Esse achado pode ser decorrente de hipertrofia e/ou

hiperplasia de células da musculatura lisa, aumento do con-teúdo de água e/ou colágeno da parede vascular e

espessa-mento da membrana basal40.

Embora este modelo não seja associado com severa

fi-brose7, a concentração miocárdica de hidroxiprolina foi

maior nos grupos EAo a partir de 6 semanas e aumentou progressivamente durante a evolução do processo hiper-trófico. No presente estudo, não realizamos a quantificação morfométrica do conteúdo de colágeno e, portanto, não pudemos diferenciar o aumento como sendo de colágeno

intersticial e/ou perivascular. Weinberg e cols.26, utilizando

a coloração picrosirius red, verificaram a presença de

mode-rado aumento no colágeno intersticial e perivascular 21 se-manas após a indução da estenose aórtica.

A análise da função sistólica do ventrículo esquerdo

mostrou que na fase inicial do processo hipertrófico o en-curtamento está aumentado. Com o tempo, ocorreu depres-são da função contrátil da câmara, evidenciada pelo

aumen-to progressivo de DSVE e pela redução de ∆D, sendo que

esses índices foram significantemente diferentes entre os períodos de 6 e 21 semanas após a estenose aórtica. Assim, no modelo é possível detectar as três fases da evolução da função sistólica durante o processo hipertrófico: inicialmen-te, a presença do desempenho supranormal, que é seguido por desempenho cardíaco inalterado e, finalmente, por de-pressão da capacidade contrátil do coração. Resultados se-melhantes foram observados por outros autores que tam-bém avaliaram, seqüencialmente, a função cardíaca por

ecocardiograma7,22.

O comprometimento da função diastólica pôde ser de-tectado a partir de 12 semanas de evolução pela relação E/A, que foi significantemente maior nos grupos EAo que nos respectivos C. Após esse período, não se observou va-riação adicional nos valores dessa relação. Entretanto, o aumento do diâmetro do AE, constatado a partir da 6º sema-na, mostra que a disfunção diastólica pode ter ocorrido mais precocemente. Resultados semelhantes foram observados durante estudo seriado da função do ventrículo esquerdo

por ecocardiografia22. O aumento de E/A reflete alteração

do enchimento ventricular de padrão restritivo. Atualmente, este modelo de enchimento tem sido atribuído, em grande parte, à elevação da pressão atrial esquerda e também ao aumento da rigidez passiva da câmara ventricular, que pode ser decorrente de aumento da espessura da parede e/ou de

fibrose intersticial22.

Em resumo, a indução de estenose aórtica supravalvar em ratos jovens promove o desenvolvimento precoce de hipertrofia ventricular esquerda concêntrica com função cardíaca supranormal inicialmente, seguida por disfunção diastólica a partir de 12 semanas de evolução. A redução do desempenho ventricular sistólico somente ocorre em perío-do mais tardio, após 21 semanas da indução da EAo. As al-terações da função cardíaca são acompanhadas por fibrose miocárdica e por lesões histológicas pouco expressivas. Estas características mostram que o modelo é adequado e potencialmente útil para estudos sobre fisiopatologia e tra-tamento da hipertrofia cardíaca por sobrecarga pressórica crônica, tanto na fase compensada como durante a transi-ção para a insuficiência cardíaca.

Agradecimentos

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