O ESTUDO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
NO BRASIL
Shiguenoli M I Y A M O T O *
RESUMO: O texto tece considerações sobre o desenvolvimento das Relações Internacionais como área de estudos no país; trata principalmente da política externa brasileira.
UNITERMOS: Relações internacionais; Política latino-americana; Política externa brasileira; problemas mundiais; estratégia militar; geopolítica.
— I —
Estas r á p i d a s o b s e r v a ç õ e s ( d a í o c a -ráter de notas) sobre R e l a ç õ e s Internacio-nais t ê m apenas u m p e q u e n o p r o p ó s i t o : chamar a a t e n ç ã o d o leitor p a r a u m c a m -po de estudos que, aos p o u c o s , t e m assu-mido c o n s i d e r á v e l i m p o r t â n c i a , tanto e m termos quantitativos, q u a n t o q u a l i t a t i -vos. C o m este i n t u i t o , m e n c i o n a m o s , e m itens p r ó p r i o s , as i n s t i t u i ç õ e s que, u l t i m a -mente, t ê m - s e p r e o c u p a d o c o m a a n á l i s e das R e l a ç õ e s Internacionais, e as p u b l i c a -ções que p o d e m ser consultadas p a r a u m maior a p r o f u n d a m e n t o n o t e m a .
Somente nos anos m a i s recentes t e m se verificado a p u b l i c a ç ã o de estudos c o n siderados " c l á s s i c o s " sobre R e l a ç õ e s I n -ternacionais. T a l v e z a m a i o r r e s p o n s á v e l por este fato seja a U n i v e r s i d a d e de Brasília que l a n ç o u autores c o m o R a y -m o n d A r o n , K a r l D e u t s c h , M a r e e i M e r l e , A n a t o l R a p o p o r t , N o r b e r t o B o b b i o , T u c í d i d e s , M a q u i a v e l e o u t r o s , n ã o s ó c o n t e m p o r â n e o s , c o m o t a m b é m " c l á s s i -c o s " , que e r a m , a t é e n t ã o , de difí-cil a-ces- aces-s.o ao leitor n ã o especializado. A p e n a s u m
ou o u t r o l i v r o c o n s i d e r a d o i m p o r t a n t e e r a disponível n o m e r c a d o .
A p r ó p r i a i n i c i a t i v a desta U n i v e r s i -dade p r o m o v e n d o os c h a m a d o s " c u r s o s à d i s t â n c i a " t e m certamente c o n t r i b u í d o para a d i v u l g a ç ã o de estudos e m C i ê n c i a P o l í t i c a . A p e n a s a t í t u l o de i l u s t r a ç ã o , basta l e m b r a r m o s os cursos recentemente ministrados pela U n B d e n t r o dessa p r o -g r a m a ç ã o ( O p e n U n i v e r s i t y ) a t r a v é s d o " C a d e r n o de P r o g r a m a s e L e i t u r a s " d o
Jornal da Tarde de S ã o P a u l o , nas e d i ç õ e s
de s á b a d o , a b o r d a n d o e m a l g u m a s semanas " O que é P o l í t i c a " e " O que é E c o n o -m i a " . Estes cursos certa-mente d e v e r ã o ter s e q ü ê n c i a c o m i n ú m e r o s o u t r o s .
U m a c o n s u l t a aos c a t á l o g o s d a E d i tora dessa U n i v e r s i d a d e , m o s t r a n o s a ê n -fase d a d a n a d i v u l g a ç ã o de temas l i g a d o s à C i ê n c i a P o l í t i c a , investindo m a c i ç a m e n -te nes-te setor. A p u b l i c a ç ã o de i n ú m e r a s obras, traduzidas pela p r i m e i r a v e z , b e m como a venda a t r a v é s de c o n v ê n i o c o m uma grande rede b a n c á r i a (inclusive de textos de aula), m i n i s t r a d o s n o s c u r s o s de " I n t r o d u ç ã o à C i ê n c i a P o l í t i c a " e " E s t u dos de P r o b l e m a s B r a s i l e i r o s " , t ê m c o n
-• Departamento de Ciências Políticas e Econômicas — Faculdade de Educação, Filosofia, Ciências Sociais e da Documen-tação — UNESP — 17.500 — Marília — SP.
M I Y A M O T O , S. — O estudo das relações internacionais no Brasil. Perspectivas, São Paulo, 6:133-144,
1983.
t r i b u í d o p a r a q u e m a i o r n ú m e r o de pes-soas tenha c o n t a t o e possa refletir mais detidamente, e c o m certo r i g o r , sobre as-suntos p o l í t i c o s . A m e s m a U n i v e r s i d a d e tem, t a m b é m , c o l o c a d o à d i s p o s i ç ã o d o p ú b l i c o , textos c o m m a i o r g r a u de c o m -plexidade, considerados complementares às leituras i n t r o d u t ó r i a s d o s cursos de C i ê n c i a P o l í t i c a e R e l a ç õ e s Internacio-nais.
E s t a d i v u l g a ç ã o de obras de c o n t e ú -do p o l í t i c o talvez possa ser e x p l i c a d a , e m parte, pelo interesse d a p r ó p r i a U n i v e r s i -dade e m querer a b a r c a r u m a p a r c e l a d o mercado e d i t o r i a l , reticente q u a n t o à a p l i c a ç ã o de recursos e m l i v r o s d e m a s i a d a mente dispendiosos, c u j o r e t o r n o f i n a n -ceiro se d á e m u m p r a z o relativamente longo. O fato desta entidade d i s p o r de re-cursos c o n s i d e r á v e i s e m r e l a ç ã o à s outras instituições de ensino, a s u a p r ó p r i a l o c a -lização g e o g r á f i c a , perto d o s centros de d e c i s ã o , certamente t e m f a c i l i t a d o e c o -roado de ê x i t o este t i p o de t r a b a l h o . Deve-se, p o r o u t r o l a d o , reconhecer o grande interesse m a n i f e s t a d o pelos res-p o n s á v e i s res-pela E d i t o r a e m d i v u l g a r estas obras.
A p ó s estes p a r á g r a f o s , pode-se afir-mar, sem correr m a i o r e s riscos, q u e o estudo das R e l a ç õ e s Internacionais n o B r a -sil, f o i negligenciado a t é recentemente*. O n ú m e r o de pesquisadores n a c i o n a i s i n -teressados e m t a l t e m á t i c a e r a (e a i n d a c o n t i n u a sendo) extremamente r e d u z i d o , se c o m p a r a d o c o m outras á r e a s de conhe-cimento.
P i o r s i t u a ç ã o era constatada h á p o u q u í s s i m o s anos (finais d o s anos 60), q u a n do apenas alguns p o u c o s interessados c o m o Á l v a r o T e i x e i r a Soares, H é l i o J a g u a ribe, Oliveiros S. F e r r e i r a , V i c e n t e M a r o t -ta R a n g e l e mais u m n ú m e r o insignifican-te de pessoas se d e b r u ç a v a c o m mais ainsignifican-ten- aten-ç ã o sobre o tema**. H á , é b e m verdade,
alguns outros q u e t r a b a l h a v a m e m á r e a s que dizem respeito à s f o r m u l a ç õ e s geopolíticas, c o m o C a r l o s D e l g a d o de C a r v a -lho, C a r l o s de M e i r a M a t t o s , T h e r e z i n h a de C a s t r o , G o l b e r y d o C o u t o e S i l v a , G o -mes P i m e n t e l , A u r é l i o de L y r a T a v a r e s o u J o s é O s w a l d o de M e i r a P e n n a * * * .
U m exame à s obras sobre R e l a ç õ e s Internacionais i n d i c a n o s q u e , p r i n c i p a l -mente os textos m a i s e l a b o r a d o s , perti-nentes à p o l í t i c a exterior d o B r a s i l , tanto no p l a n o h i s t ó r i c o , q u a n t o n o p o l í t i c o
stricto sensu, t ê m s i d o r e a l i z a d o s , e m b o a parte, p o r estrangeiros. Isto p o d e ser c o m p r o v a d o detendo-se n o s trabalhos mencionados nas r e f e r ê n c i a s b i b l i o g r á f i -cas que a c o m p a n h a m este texto.****
A p r o j e ç ã o que o p a í s a l c a n ç o u n o c e n á r i o m u n d i a l , n o p e r í o d o p ó s - 6 4 , c o m u m crescimento acelerado d a e c o n o m i a brasileira, a s s u m i n d o certo p a p e l de real-ce n o conreal-certo das n a ç õ e s , despertou a a t e n ç ã o n ã o apenas de pesquisadores n o r t e - a m e r i c a n o s ( c o n h e c i d o s c o m o " b r a z i l i a n i s t s " ) , c o m o t a m b é m de europeus e p r i n c i p a l m e n t e d o s l a t i n o -americanos.
Os p r i m e i r o s p a s s a r a m a r e a l i z a r estudos s i s t e m á t i c o s sobre o B r a s i l , p r o c u -rando " c o n h e c e r t u d o " . O n ú m e r o de teses defendidas e m universidades a m e r i c a -nas é extremamente e l e v a d o , e cobre des-de os aspectos h i s t ó r i c o s aos e c o n ô m i c o s , dos sociais aos p o l í t i c o s , p a s s a n d o pelas artes e literatura. E n t r e centenas de trabalhos p o d e m ser c i t a d o s : n o p l a n o e c o n ô -mico, A l b e r t F i s h l o w d i s c o r r e n d o sobre a d i s t r i b u i ç ã o de r e n d a , N a t h a n a e l L e f f e Robert D a l l a n d sobre p l a n e j a m e n t o ; n o plano p o l í t i c o A l f r e d S t e p a n c o m seu es-tudo j á clássico sobre os m i l i t a r e s , en-quanto P h i l l i p e C . S c h m i t t e r se deteve n a análise d o regime b r a s i l e i r o . N ã o s ó estes, mas R o n a l d Schneider, R i o r d a n Roett, Robert L e v i n e , R o g e r F o n t a i n e , Stanley
* Vejase, por exemplo, a este respeito, o espaço dedicado por L A M O U N I E R & C A R D O S O (15) às Relações Interna -cionais em seu trabalho sobre a Ciência Política no Brasil.
Cf. A L B U Q U E R Q U E (1:700-720) e M E D E I R O S (21).
H i l t o n , W i l l i a m P e r r y , W a y n e Selcher (preocupados c o m a p o l í t i c a externa b r a sileira), Foster D u l l e s , W e r n e r B a e r , J o -seph L o v e , K e n n e t h P a u l E r i c k s o n , Peter Evans, entre outros, são nomes bastante conhecidos d o m e i o a c a d ê m i c o n a c i o n a l . *
Os europeus h á m u i t o se p r e o c u p a -vam c o m o p a í s , p r i n c i p a l m e n t e c o m o advento d a U n i v e r s i d a d e de S ã o P a u l o e m 1934, c o m a v i n d a , nos p r i m e i r o s anos, de professores franceses p a r a a F a c u l d a d e de Filosofia, C i ê n c i a s e L e t r a s . D e s d e e n t ã o , i n ú m e r o s trabalhos f o r a m dados a l u m e nas universidades, a b o r d a n d o , i n i c i a l -mente, os aspectos mais " e x ó t i c o s " e " p e c u l i a r e s " d a sociedade b r a s i l e i r a , a t é os de c a r á t e r estritamente p o l í t i c o , e c o n ô -mico e social, c o m o v e r i f i c a d o nos anos mais recentes. Deve-se, neste ú l t i m o caso, considerar a vasta p r o d u ç ã o de pesquisa-dores brasileiros que, desde meados dos anos 60, estiveram f r e q ü e n t a n d o as u n i -versidades francesas, c o m o se p o d e perce-ber pelas r e l a ç õ e s de teses p u b l i c a d a s nos
Cahiers des Améríques Latines.**
N a A m é r i c a L a t i n a o B r a s i l sempre mereceu especial a t e n ç ã o . A este respeito vale a pena consultar p u b l i c a ç õ e s c o m o a de A R A N G U R E N (3) que r e l a c i o n a cen-tenas de t í t u l o s sobre a p o l í t i c a exterior argentina, sendo p o s s í v e l n o t a r perfeita-mente o papel d o B r a s i l nos trabalhos p o r ele mencionados***. A l i á s , a B a c i a d o Prata, c o m o se sabe, f o i sempre a r e g i ã o que mais recebeu ê n f a s e d o B r a s i l n a for-m u l a ç ã o de sua p o l í t i c a exterior. Recente-mente o discurso de C a s t e l l o B a n c o , aos diplomatas r e c é m - f o r m a d o s e m 1964, quando t r a ç a v a as diretrizes b á s i c a s d a política exterior d o m o v i m e n t o de m a r ç o ; a i n d i c a ç ã o de A n t ô n i o A z e r e d o d a S i l v e i -ra (ex-embaixador n a A r g e n t i n a ) p a r a a
Chancelaria, b e m c o m o os seus p r o n u n -ciamentos e os d o a t u a l M i n i s t r o R a m i r o Saraiva G u e r r e i r o t o r n a m c r i s t a l i n a a a t e n ç ã o dedicada pelo B r a s i l ao C o n e S u l * * * * .
O aumento v e r i f i c a d o n o P r o d u t o N a c i o n a l B r u t o nos finais dos anos 60 e início dos 70, desencadeou e m pensadores argentinos, c o m o J u a n E n r i q u e G u g l i a l -melli (diretor d o Instituto A r g e n t i n o de Estudos E s t r a t é g i c o s e R e l a ç õ e s Interna-cionais, e r e s p o n s á v e l p e l a revista
Estratégia), Isaac R o j a s , C a r l o s M a s t r o rilli, A d a l b e r t o L u c c h i n i e outros l a t i n o -americanos c o m o E d u a r d o M a c h i c o t e , V i v i a n T r i a s , A l b e r t o M e t h o l F e r r e , Jorge Nelson G u a l c o , vivas r e a ç õ e s c o n t r a a política expansionista que o B r a s i l estaria desenvolvendo a t r a v é s d a p r o j e ç ã o de sua influência e m t o d a a A m é r i c a L a t i n a . Se-gundo eles, o B r a s i l estaria d a n d o p r o v a s , nitidamente, desta i n t e n ç ã o (seja p e l a c o n s t r u ç ã o de usinas h i d r o e l é t r i c a s , p e l o A c o r d o N u c l e a r , p e l o i n c r e m e n t o d a i n d ú s t r i a b é l i c a v i a I M B E L , seja p e l a " i n v a s ã o " de terras paraguaias, i n u n d a n d o -as c o m c o l o n o s br-asileiros) a d o t a n d o u m a política i m p e r i a l i s t a , p r o c u r a n d o envolver em seus t e n t á c u l o s a todos os seus v i z i -nhos.
A n o v a c o n d i ç ã o de " p o t ê n c i a emer-gente" assumida pelo B r a s i l , desde o p e r í o d o Médici, e r e a f i r m a d a p o r diversas autoridades m u n d i a i s , c o m o H e n r y K i s -singer (quando esteve e m visita ao p a í s e m meados dos anos 70), m i n i s t r o s de E s t a d o europeus, passando p e l o ex-presidente norte-americano R i c h a r d N i x o n (autor d a infeliz frase, segundo a q u a l " p a r a o n d e o Brasil se inclinar a A m é r i c a L a t i n a se i n c l i n a r á " ) , e representantes d o m e i o a c a d ê -mico c o m o R o n a l d Schneider, R a y C l i n e e
* Sobre as teses produzidas nos Estados Unidos referentes ao Brasil, consultar DISSERTATION A B S T R A C T S INTER-N A T I O INTER-N A L (7), L A T I INTER-N A M E R I C A A INTER-N D T H E C A R I B B E A INTER-N II (16), e R A M O S (28)
** Cf. D U P O R T (9); M A R T I N I È R E (20); PELEGR1N (26); P E L E G R I N & D U P O R T (27)
*** Com relação ao Cone Sul examinar ainda A L F A G E M E (2), C H I L D (6); D O A R E (8); L I N D E N B E R G (19), O E A (25); TAMBS (30) e V A R G A S (31).
MIYAMOTO, S. — O estudo das relações internacionais no Brasil. Perspectivas, São Paulo, 6:133-144, 1983.
outros, fez, p o r t a n t o , c o m que o p a í s pas-sasse a ser a l v o , nos ú l t i m o s lustros, d a a t e n ç ã o m u n d i a l .
O b v i a m e n t e este pretenso p a p e l de i n f l u ê n c i a a ser exercido p e l o B r a s i l n o contexto m u n d i a l , f o i r a p i d a m e n t e c o l o -cado de l a d o , sobretudo q u a n d o o pais passou a sofrer s é r i o s p r o b l e m a s de legiti-m a ç ã o acerca d o p r ó p r i o regilegiti-me c o legiti-m a p e r m a n ê n c i a de u m q u a d r o i n s t i t u c i o n a l pouco consistente; c o m a p a u p e r i z a ç ã o crescente dos diversos segmentos d a socie-dade brasileira; c o m o a g r a v a m e n t o dos níveis i n f l a c i o n á r i o s a t i n g i n d o í n d i c e s i n -c o n t r o l á v e i s , a t é a re-cente i d a d o p a í s ao F u n d o M o n e t á r i o I n t e r n a c i o n a l , demons-trando total i n c a p a c i d a d e e m e q u a c i o n a r seus p r ó p r i o s ó b i c e s internos, tanto n o plano p o l í t i c o - i n s t i t u c i o n a l q u a n t o n o e c o n ô m i c o .
—II—
A a n á l i s e das R e l a ç õ e s Internacionais, por o u t r o l a d o , p o d e ser feita sob d i -versos â n g u l o s . C o m o i n t u i t o , ú n i c o e ex-clusivo, de m o s t r a r o que p o d e ser estuda-do, apresentaremos a seguir esquemas de alguns autores.
U m b o m t r a b a l h o nesta á r e a , e que possibilita ao interessado maiores i n f o r -m a ç õ e s , é o texto de C e l s o L A F E R (14). Segundo este autor, as R e l a ç õ e s Interna-cionais p o d e m ser pensadas d a seguinte forma:
1. A n á l i s e d o S i s t e m a I n t e r n a c i o n a l : es-tudos p r e o c u p a d o s e m discernir e pre-cisar as regras de f u n c i o n a m e n t o , per-m a n ê n c i a e per-m u d a n ç a que c o n f i g u r a per-m a f o r m a de o r g a n i z a ç ã o d a o r d e m m u n -d i a l .
2. A n á l i s e d a p o l í t i c a externa de u m E s t a -do: parte-se d a categoria d a especifici-dade h i s t ó r i c a d a c o n d u t a d o E s t a d o c o m o ator, se n ã o e x c l u s i v o , p e l o me-nos preponderante n a v i d a d o sistema internacional.
3. I n t e r a ç ã o entre p o l í t i c a s internas e políticas externas de u m E s t a d o : o ponto u n i f i c a d o r deste t i p o de estudos é o r e c o n h e c i m e n t o d a e r o s ã o , n o m u n d o c o n t e m p o r â n e o , d o c o n c e i t o de soberania.
4. I n t e g r a ç ã o s u p r a n a c i o n a l : a n á l i s e s so-bre a e v o l u ç ã o , n o t e m p o , de sistemas coletivos de t o m a d a de d e c i s õ e s entre os Estados, e m que o m a i o r o u m e n o r alcance das d e c i s õ e s coletivas depende do seu objeto e d a r e c i p r o c i d a d e de i n -teresses dos E s t a d o s .
5. Pensamento e s t r a t é g i c b - m i l i t a r : rela-ç ã o entre meios e fins n e c e s s á r i o s p a r a assegurar o u manter a p a z o u a guerra n u m sistema assinalado p e l a descentra-lização d o p o d e r .
6. A n á l i s e s relacionadas c o m a p a z : rela-ções entre meios e fins e c o m os mecanismos a t r a v é s dos quais se p o d e a m a i -nar o c o n f l i t o e m a n t e r a c o o p e r a ç ã o .
P o r sua vez, L I M A & M O U R A (18), ao fazerem u m a resenha sobre R e l a ç õ e s Internacionais e p o l í t i c a externa brasileira, dividem seu t r a b a l h o e m grandes q u a -dros, de a c o r d o c o m o c o n t e ú d o das discussões, e e l a b o r a n d o a seguinte t i p o l o -gia:
1. Sistemas Internacionais (estrutura e d i -n â m i c a ) : trabalhos v o l t a d o s p a r a o es-tudo d a estrutura e processos p o l í t i c o s e e c o n ô m i c o s que c a r a c t e r i z a m o siste-m a i n t e r n a c i o n a l c o n t e siste-m p o r â n e o .
2. R e l a ç õ e s i n t e r n a c i o n a i s , d a A m é r i c a L a t i n a : vistas sob perspectivas diferen-tes, encontrando-se grande parte dos trabalhos a p o i a d o s n o t e m a d a depen-d ê n c i a .
3. R e l a ç õ e s internacionais d o B r a s i l : este item encontra-se d e s d o b r a d o e m diver-sos subitens, c o m o :
externa a t é o f i n a l d a R e p ú b l i c a V e -l h a .
3 . 2 E s t u d o s C o n t e m p o r â n e o s : c o -b r e m os anos p ó s - 3 0 .
3.2.1. O p e r í o d o V a r g a s : a n á l i s e s sobre o p e r í o d o c o m p r e e n -d i -d o entre 1930-1945. 3.2.2. A p o l í t i c a externa
inde-pendente: a b r a n g e n d o es-tudos referentes aos gover-nos de J â n i o Q u a d r o s e J o ã o G o u l a r t .
3.2.3. A p o l í t i c a externa recente: a n á l i s e s que c o b r e m o p e r í o d o p ó s - 6 4 .
3.3. B r a s i l - E s t a d o s U n i d o s 3.4. B r a s i l - A m é r i c a L a t i n a
3.4.1. O B r a s i l e o P r a t a
3.5. O B r a s i l e o m u n d o A f r o - A s i á t i c o 4. A n á l i s e s e F o r m u l a ç õ e s G e o p o l í t i c a s
E m b o r a dispostos de f o r m a s distin-tas, tanto o esquema de L a f e r , q u a n t o o de L i m a & M o u r a , a q u i r e p r o d u z i d o s fiel-mente, s ã o bastante esclarecedores sobre as formas de se a b o r d a r u m t e m a . A c o n sulta a estes trabalhos certamente p r o p i -ciará c o n d i ç õ e s p a r a se d e f i n i r u m deter-minado t ó p i c o a ser i n v e s t i g a d o .
— III —
Instituições
N o s ú l t i m o s anos f o r a m c r i a d o s insti-tutos diversos que t r a t a m , sob ó t i c a s dife-rentes, d o tema das R e l a ç õ e s Internacio-nais.
O Instituto R i o B r a n c o , bastante a n -tigo, talvez possa ser c o n s i d e r a d o c o m o u m m o d e l o p o r e x c e l ê n c i a p a r a o estudo das R e l a ç õ e s Internacionais, j á que de seus cursos (de d o i s anos) saem os q u a dros do M i n i s t é r i o das R e l a ç õ e s E x t e r i o -res. É c o n h e c i d o o a l t o n í v e l dessa instit u i ç ã o , que c o l a b o r a i n c l u s i v e n a f o r m a -ç ã o de d i p l o m a t a s de o u t r o s p a í s e s l a t i n o americanos, aceitando-os e m seu c u r s o .
Sobretudo n o m o m e n t o , verifica-se o surgimento de entidades a c a d ê m i c a s
preo-cupadas e m discutir as R e l a ç õ e s Interna-cionais, a u m e n t a n d o r a p i d a m e n t e o seu n ú m e r o , c o m o se p o d e ver m a i s a d i a n t e .
A c r i a ç ã o recente d o G r u p o de E s t u -dos sobre R e l a ç õ e s I n t e r n a c i o n a i s e P o l í t i c a E x t e r n a , f i l i a d o à A s s o c i a ç ã o N a -cional de P ó s - G r a d u a ç ã o e P e s q u i s a e m Ciências Sociais - A N P O C S ; e o C o n s e l h o Brasileiro de R e l a ç õ e s I n t e r n a c i o n a i s , é um claro s i n t o m a d a p r e o c u p a ç ã o e m r e u -nir os pesquisadores d e d i c a d o s a esta á r e a .
A l é m desses, h á o u t r o s centros que devem ser considerados, m u i t o s deles trabalhando c o m temas regionais e e s p e c í f i -cos, delimitados geograficamente.
U m a das i n s t i t u i ç õ e s m a i s antigas é o Instituto B r a s i l e i r o de R e l a ç õ e s Interna-cionais ( R J ) , que edita, desde 1956 a
tra-dicional Revista Brasileira de Política
Internacional, e m b o r a , nos ú l t i m o s a n o s , tenha se v e r i f i c a d o u m a r e d u ç ã o substan-cial em suas atividades, i n c l u s i v e n o que tange à c i r c u l a ç ã o deste p e r i ó d i c o .
Os p r o b l e m a s a f r o - a s i á t i c o s t ê m me-recido seu lugar c o m entidades c o m o o Centro de E s t u d o s A f r i c a n o s , pertencente ao D e p a r t a m e n t o de C i ê n c i a s S o c i a i s d a Faculdade de F i l o s o f i a , L e t r a s e C i ê n c i a s H u m a n a s d a U n i v e r s i d a d e de S ã o P a u l o ( U S P ) ; o C e n t r o de E s t u d o s A f r o Orientais d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d a B a hia ( U F B a ) ; e m a i s duas n o R i o de J a n e i -ro, o Instituto de E s t u d o s d o T e r c e i r o M u n d o - I E T E M , e o C e n t r o de E s t u d o s A f r o A s i á t i c o s C E A A , d o C o n j u n t o U n i -versitário C â n d i d o M e n d e s . E s t e ú l t i m o o r g a n i z a r á e m agosto d o corrente a n o , o 3.° Congresso I n t e r n a c i o n a l d a A s s o c i a cion L a t i n o a m e r i c a n a de E s t ú d i o s A f r o a -siáticos.
A i n d a j u n t o à U S P f u n c i o n a m , desde 1972, o Instituto B r a s i l e i r o de E s t u d o s A n t á r t i c o s - I B E A ; e, desde 1982, o C e n t r o de Estudos sobre a Á s i a e a O c e a n i a -C E A O .
P r e o c u p a d o s c o m a A m é r i c a L a t i n a , s ã o v á r i o s os institutos e m a t i v i d a d e ,
M I Y A M O T O , S. — O estudo das relações internacionais no Brasil. Perspectivas, São Paulo, 6:133-144,
1983.
tre os quais p o d e m o s m e n c i o n a r : o C e n -tro de D o c u m e n t a ç ã o sobre a A m é r i c a L a t i n a - C E D A L , d a U S P ; o P r o g r a m a de E s t u d o s C o m p a r a t i v o s L a t i n o -A m e r i c a n o s - P E C L -A , d a U n i v e r s i d a d e Federal de M i n a s G e r a i s ( U F M G ) ; e o Instituto de R e l a ç õ e s L a t i n o A m e r i c a n a s I R L A , d a P o n t i f í c i a U n i v e r s i d a d e C a t ó l i -ca de S ã o P a u l o ( P U C / S P ) .
A U n i v e r s i d a d e de B r a s í l i a , p o r sua-vez, é a ú n i c a i n s t i t u i ç ã o n a c i o n a l que t e m u m curso de g r a d u a ç ã o e m R e l a ç õ e s I n ternacionais, a t r a v é s de seu D e p a r t a m e n -to de C i ê n c i a s P o l í t i c a s e R e l a ç õ e s Internacionais, c o n t a n d o c o m u m c o r p o d o -cente altamente e s p e c i a l i z a d o . A l g u n s de seus m e m b r o s t r a b a l h a m , e m alguns c a -sos, nos p r ó p r i o s cursos de p r e p a r a ç ã o à carreira d i p l o m á t i c a d o Instituto R i o B r a n c o .
A l é m desses, a c r i a ç ã o d o Instituto de R e l a ç õ e s Internacionais d a P o n t i f í c i a Universidade C a t ó l i c a d o R i o de J a n e i r o ( I R I / P U C / R J ) t e m s e r v i d o p a r a a g l u t i n a r v á r i o s pesquisadores locais, p r o m o v e n d o s e m i n á r i o s c o m certa c o n s t â n c i a . A p r ó -pria F u n d a ç ã o G e t ú l i o V a r g a s , d o R i o de Janeiro ( F G V / R J ) , p e r i o d i c a m e n t e tem-se p r e o c u p a d o c o m a r e a l i z a ç ã o de discus-sões sobre os temas. E s t a s atividades ago-ra encontago-ram-se incrementadas c o m a c r i a ç ã o , e m 1980, d o P r o g r a m a de R e l a -ções Internacionais, que é u m a das á r e a s de trabalho d o Setor d a P e s q u i s a d o C e n tro de P e s q u i s a e D o c u m e n t a ç ã o de H i s -t ó r i a C o n -t e m p o r â n e a d o B r a s i l ( C P D O C ) . S ã o i n ú m e r o s os projetos j á desenvolvidos e e m p l e n o a n d a m e n t o , realizados p e l a equipe c o o r d e n a d a p o r G e r s o n M o u r a e M ô n i c a H i s t . *
N o c a m p o estritamente e s t r a t é g i c o , encontramse os p r ó p r i o s institutos v i n c u -lados aos meios m i l i t a r e s , c o m o a E s c o l a Superior de G u e r r a , c r i a d a e m 1949, ( E S G ) ; e as entidades estaduais de seus ex-alunos ( e s t a g i á r i o s ) , as A s s o c i a ç õ e s dos D i p l o m a d o s d a E S G ( A D E S G ) , c r i a d o s a
• Cf. M O U R A & HIRST (24).
partir de 1951, e que se p r e o c u p a m e m transmitir d o u t r i n a r i a m e n t e seus concei-tos sobre a S e g u r a n ç a N a c i o n a l . E m 1981 foi c r i a d o o C e n t r o B r a s i l e i r o de E s t u d o s E s t r a t é g i c o s ( C E B R E S ) , r e u n i n d o espe-cialistas diversos, civis e m i l i t a r e s . O Insti-tuto Brasileiro de G e o p o l í t i c a , existente desde 1951, f u n c i o n o u a t é 1962 q u a n d o interrompeu t e m p o r a r i a m e n t e suas ativi-dades, sendo que a t é o m o m e n t o n ã o as reativou (em 1974 f o i tentada a r e a t i v a ç ã o do instituto, sem ê x i t o , t o d a v i a ) . T o d o s esses centros v o l t a d o s p a r a estudos geoest r a geoest ê g i c o s , encongeoestramse sediados n a c i d a -de do R i o -de J a n e i r o .
Cursos/Seminários e outros afins
P r i n c i p a l m e n t e a p a r t i r dos anos 70, gradativamente, tem a u m e n t a d o o n ú m e -ro de disciplinas oferecidas aos a l u n o s , tanto ao nível de g r a d u a ç ã o q u a n t o de p ó s g r a d u a ç ã o , nas diversas u n i v e r s i d a -des brasileiras. A s palestras e s e m i n á r i o s tem-se sucedido c o m u m a r a p i d e z bastan-te c o n s i d e r á v e l .
N o que se refere à g r a d u a ç ã o , os cursos de R e l a ç õ e s Internacionais I e II, f o -ram ministrados p e l o P r o f . O l i v e i r o s S. Ferreira desde 1973, c o m o d i s c i p l i n a s o p tativas, j u n t o ao D e p a r t a m e n t o de C i ê n cias Sociais d a F F L C H U S P . N o m o m e n to estes cursos encontramse t e m p o r a r i a -mente desativados.
N o s bacharelados e licenciaturas e m Direito s ã o f r e q ü e n t e s as d i s c i p l i n a s que tratam d o tema, e m v i r t u d e d a e x i s t ê n c i a dos Institutos de D i r e i t o P ú b l i c o e P r i v a do, c o m o é o caso d a F a c u l d a d e de D i r e i to da U S P , que tem e m seu q u a d r o d o c e n tes especialistas c o m o C e l s o L a f e r e V i -cente M a r o t t a R a n g e l , entre o u t r o s .
ano (1983) i n c l u i u n o c u r r í c u l o de C i ê n -cias Sociais a d i s c i p l i n a R e l a ç õ e s Interna-cionais, e m b o r a n ã o tenha e m seu c o r p o docente pessoal suficiente p a r a m i n i s t r á -la. Este p r o b l e m a , c o n t u d o , p o d e r á ser, aos poucos, facilmente s u p e r a d o , j á que pelo menos dois professores desse depar-tamento r e a l i z a r a m t r a b a l h o s investigan-do temas internacionais c o m o a integra-ç ã o l a t i n o - a m e r i c a n a e os a c o r d o s nuclea-res.
N a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l de S a n t a M a r i a ( U F S M R S ) , e n a U n i v e r s i d a d e F e deral de M i n a s G e r a i s , t a m b é m d i s c i p l i -nas isoladas existem nos c u r r í c u l o s ( C f . M E D E I R O S , 2 1 : 84).
Especificamente n o que d i z respeito ao bacharelado, o c u r s o m i n i s t r a d o p e l a U n B , a t r a v é s d o D e p a r t a m e n t o de C i ê n -cia P o l í t i c a e R e l a ç õ e s Internacionais é, sem qualquer s o m b r a de d ú v i d a , o mais completo, j á que i n t e g r a m seu c o r p o d o -cente, alguns dos melhores especialistas no assunto. S ã o m e m b r o s deste departamento, entre o u t r o s , os professores A n t ô -nio A u g u s t o C a n ç a d o T r i n d a d e , J o s é Carlos B r a n d i A l e i x o , e o m i n i s t r o R o n a l do Sardenberg. Este m e s m o D e p a r t a m e n -to está tentando, h á a l g u m t e m p o , obter credenciamento p a r a o c u r s o de p ó s -g r a d u a ç ã o nesta á r e a .
N o que concerne à p ó s - g r a d u a ç ã o , uma o u o u t r a i n s t i t u i ç ã o oferece o p ç õ e s em R e l a ç õ e s I n t e r n a c i o n a i s . O Instituto U n i v e r s i t á r i o de Pesquisas d o R i o de J a -neiro — I U P E R J , é u m destes e x e m p l o s , tendo em seu q u a d r o os professores H é l i o Jaguaribe, A l e x a n d r e S . C . de B a r r o s e M a r i a R e g i n a Soares de L i m a , nomes bas-tante conhecidos entre os estudiosos das Relações Internacionais. N o s cursos aí ministrados, e m nível de m e s t r a d o e d o u torado, as p r e o c u p a ç õ e s p e r c o r r e m c a m i nhos que v ã o desde as teorias sobre R e l a -ções Internacionais a t é as d i s c u s s õ e s sobre armamentos e as p o s s i b i l i d a d e s de c o n f l i -to no A t l â n t i c o S u l . *
* Consultar a este respeito IUPERJ (13).
A U n i v e r s i d a d e F e d e r a l de S a n t a C a -tarina, p o r seu l a d o , apresentava e m seus programas de p ó s - g r a d u a ç ã o e m D i r e i t o , a o p ç ã o D i p l o m a c i a e R e l a ç õ e s Internacionais. P a r a o p e r í o d o 1980/1983 os p ó s -graduandos d e v i a m desenvolver suas pes-quisas d a n d o ê n f a s e e m s u b g r u p o s de temas previamente d e f i n i d o s , t a n t o n o p l a -no inter-no q u a n t o n o exter-no. N o que d i z respeito à s linhas de pesquisa a serem i m -plementadas n o p l a n o externo, s ã o ofere-cidas c o n c e n t r a ç õ e s p r i v i l e g i a n d o seja a c o n t r i b u i ç ã o p a r a a f o r m a ç ã o d o m o d e l o brasileiro de a ç ã o externa, seja p e l o p r o -grama brasileiro de c o o p e r a ç ã o ao desenvolvimento dos E s t a d o s d a Á f r i c a S u b -s a á r i c a , o u -seja, ao-s p a í -s e -s de e x p r e -s -s ã o portuguesa.
P e l o D e p a r t a m e n t o de C i ê n c i a s S o -ciais d a U S P s ã o oferecidas d i s c i p l i n a s re-lativas à S o c i o l o g i a e A n t r o p o l o g i a d a Á f r i c a N e g r a , e m i n i s t r a d a s pelos c o m p o -nentes d o C e n t r o de E s t u d o s A f r i c a n o s .
Os cursos de c u r t a d u r a ç ã o , s e m i n á -rios, ciclos, palestras, t ê m s i d o r e a l i z a d o s por i n ú m e r a s entidades p r e o c u p a d a s c o m o tema nos ú l t i m o s a n o s .
C e r t a m e n t e a U n i v e r s i d a d e de Brasília é a que t e m t i d o m a i o r e s o p o r t u nidades em arregimentar pessoal c o n h e c i -do -do m e i o a c a d ê m i c o i n t e r n a c i o n a l , trazendo-os e e n r i q u e c e n d o as atividades de seu c a m p u s . S ã o e x e m p l o s , as v i n d a s de K a r l D e u t s c h , J o h n K e n n e t h G a l braith, R a y m o n d A r o n , L e z e k K o l a kowsky, H e n r y Kissinger e i n ú m e r o s o u -tros c o n v i d a d o s a n u a l m e n t e . A l é m d o mais, a U n b , a t r a v é s de sua e d i t o r a , t e m p r o m o v i d o a d i v u l g a ç ã o permanente de obras sobre R e l a ç õ e s I n t e r n a c i o n a i s , colocando-as à d i s p o s i ç ã o d o m e r c a d o consumidor. O s p r ó p r i o s cursos à d i s t â n cia ( O p e n U n i v e r s i t y ) j á e s t ã o sendo m i -nistrados n o r m a l m e n t e .
MIYAMOTO, S. — O estudo das relações internacionais no Brasil. Perspectivas, São Paulo, 6:133-144, 1983.
brasileiro e de pessoal altamente especiali-zado, dentre os quais v á r i o s d i p l o m a t a s de carreira d o I t a m a r a t y nesses cursos.
M a i s recentemente, nos anos 80, a Universidade F e d e r a l de S ã o C a r l o s — U F S C a r b r i n d o u seu c a m p u s c o m u m centro dedicado ao estudo d a A m é r i c a L a t i -na, p r o m o v e n d o ciclos regulares de pales-tras e cursos, editando-os inclusive.
O I U P E R J tem i n c e n t i v a d o a d i v u l -g a ç ã o de p r o b l e m a s relativos a temas mundiais, o r a p r o m o v e n d o palestras, o r a organizando i n ú m e r o s s e m i n á r i o s a t r a v é s de seu P r o g r a m a de R e l a ç õ e s Internacio-nais.
A p r ó p r i a U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l Paulista tem e m seus p r o g r a m a s de p ó s g r a d u a ç ã o e m H i s t ó r i a u m a á r e a de c o n c e n t r a ç ã o i n t i t u l a d a " H i s t ó r i a d a A m é r i ca L a t i n a " , n o c a m p u s de A s s i s , c o n t a n -do c o m o a u x í l i o -dos c o r p o s -docentes -dos campus de M a r í l i a e F r a n c a .
Os s e m i n á r i o s t ê m s i d o f r e q ü e n t e s . V a m o s apenas m e n c i o n a r alguns de m a i o r i m p o r t â n c i a .
C o o r d e n a d o p e l o I U P E R J / P E -C L A / F u n d a ç ã o F o r d e p e l o Instituto L a t i n o - a m e r i c a n o de D e s e n v o l v i m e n t o E c o n ô m i c o e S o c i a l ( I L D E S ) , f o r a m reali-zados e m N o v a F r i b u r g o ( R J ) , e m 1978 e 79 dois s e m i n á r i o s c o n t a n d o c o m estudio-sos d a A m é r i c a L a t i n a , E s t a d o s U n i d o s e E u r o p a . O p r i m e i r o a b o r d o u o t e m a "Perspectivas p a r a o D e s e n v o l v i m e n t o dos E s t u d o s C o m p a r a t i v o s L a t i n o -A m e r i c a n o s e R e l a ç õ e s I n t e r n a c i o n a i s " , enquanto o segundo t i n h a c o m o q u e s t ã o central " O B r a s i l e a N o v a O r d e m Intern a c i o Intern a l " . P o r o u t r o l a d o a U Intern B o r g a Intern i -zou em 1981 o II E n c o n t r o sobre " A N e w A t l a n t i c T r i a n g l e ? L a t i n A m e r i c a , W e s -tern E u r o p e a n d the U n i t e d S t a t e s " , enquanto o C e n t r o de E s t u d o s A f r o A s i á t i c o s d o C o n j u n t o U n i v e r s i t á r i o C â n -dido M e n d e s r e a l i z a v a u m s e m i n á r i o tra-tando das r e l a ç õ e s B r a s i l - Á f r i c a e m agos-to d o m e s m o a n o .
A C â m a r a F e d e r a l , a t r a v é s d a C o -m i s s ã o de R e l a ç õ e s E x t e r i o r e s , r e a l i z o u dois p a i n é i s sobre A s s u n t o s Internacio-nais: o p r i m e i r o versando sobre ' ' A N o v a O r d e m M u n d i a l " , e o segundo acerca dos " V a l o r e s e R u m o s d o M u n d o O c i d e n t a l " , em 1975 e 1977, respectivamente, e d i v u l gados, posteriormente, p e l a S e ç ã o de P u -blicações d a p r ó p r i a C â m a r a .
A F u n d a ç ã o G e t ú l i o V a r g a s de S ã o P a u l o reuniu, e m 1975, u m grande n ú m e -ro de especialistas i n t e r n a c i o n a i s , e m se-m i n á r i o c o o r d e n a d o pelo P r o f . H e i n r i c h Rattner, cujos resultados f o r a m p u b l i c a -dos no l i v r o A crise da ordem mundial,
editado pela S í m b o l o e m 1978.
O I R I / P U C / R J t e m o r g a n i z a d o fre-q ü e n t e m e n t e s e m i n á r i o s , m o b i l i z a n d o p r i n c i p a l m e n t e e s t u d i o s o s l a t i n o -americanos; c o m m e n o r intensidade, n u m nível mais modesto, o m e s m o se tem veri-ficado c o m o Instituto de R e l a ç õ e s L a t i n o - A m e r i c a n a s d a P U C p a u l i s t a .
M e s m o a A s s o c i a ç ã o dos S o c i ó l o g o s do Estado de S ã o P a u l o tem-se preocupa-do c o m o tema, r e a l i z a n d o e m 1982 u m curso de e x t e n s ã o u n i v e r s i t á r i a sobre as relações Leste-Oeste; o C e n t r o Brasileiro de A n á l i s e e P l a n e j a m e n t o de S ã o P a u l o ( C E B R A P / S P ) é o u t r a i n s t i t u i ç ã o que tem, periodicamente p r o m o v i d o s e m i n á -rios, c o m o o v e r i f i c a d o e m 1981, sobre " E s t i l o s de D e s e n v o l v i m e n t o E c o n ô m i c o e Regimes P o l í t i c o s n a A m é r i c a L a t i n a . "
A c r i a ç ã o d o C e n t r o B r a s i l e i r o de E s -tudos E s t r a t é g i c o s , e m 1981, j á apresen-tou seus p r i m e i r o s resultados. A l é m d a
re-vista Cadernos de Estudos Estratégicos,
já f o r a m realizados alguns s e m i n á r i o s com temas bastante atuais, p r i n c i p a l m e n -te relativos à s e g u r a n ç a d o A t l â n t i c o S u l .
A l é m destes, pelo menos dois outros ciclos sobre assuntos g e o p o l í t i c o s f o r a m ministrados e m 1981: u m p e l o C e n t r o A c a d ê m i c o de C i ê n c i a s S o c i a i s d a P U C / S P , e o u t r o p e l a U n i v e r s i d a d e E s t a -dual P a u l i s t a , n o c a m p u s de R i o C l a r o .
F i n a l m e n t e n ã o se p o d e esquecer a realização, e m agosto de 1982, d o X I I Congresso M u n d i a l d a I n t e r n a t i o n a l P o l i -tical Science A s s o c i a t i o n , r e u n i n d o n o R i o de Janeiro centenas de participantes especialistas e m R e l a ç õ e s Internacionais, oriundos de todos os continentes.
Publicações
A l g u m a s revistas t ê m d i v u l g a d o c o m freqüência temas relativos à p o l í t i c a inter-nacional. C o m o j á f o i d i t o anteriormente, embora esteja p e c a n d o p e l a i r r e g u l a r i d a
-de, a Revista Brasileira de Política
Internacional ( c r i a d a e m 1958), d o I B R I / R J , é a p u b l i c a ç ã o n a c i o n a l m a i s consistente que a b o r d a p r o b l e m a s n ã o apenas brasileiros, mas a b r a n g e n d o g a m a variada de assuntos.
A Revista Brasileira de Estudos Políticos (criada e m 1956) t e m d e d i c a d o vários de seus n ú m e r o s à p o l í t i c a externa brasileira, p u b l i c a n d o p r i n c i p a l m e n t e as palestras m i n i s t r a d a s nos ciclos sobre P o l í t i c a E x t e r i o r realizados p e l a U F M G . U m de seus exemplares ( n . ° 21) é i n c l u s i v e dedicado especificamente à S e g u r a n ç a N a c i o n a l .
A revista Dados, d o I U P E R J , e os
Estudos CEBRAP, t ê m apresentado n o r -malmente artigos a n a l i s a n d o as R e l a ç õ e s Internacionais, a b a r c a n d o tanto o aspecto e c o n ô m i c o q u a n t o p o l í t i c o . O m e s m o se sucedia c o m Encontros com a Civilização
Brasileira, d o R i o de J a n e i r o , que encer-rou recentemente (em 82) suas atividades, menos de t r ê s anos a p ó s o seu ressurgi-mento.
P u b l i c a d a p e l a F G V / R J , a Revista de Ciência Política, p e r i o d i c a m e n t e , t e m propiciado ao leitor i n ú m e r o s textos a b o r -dando temas i n t e r n a c i o n a i s , q u e r sejam estritamente p o l í t i c o s , c o m o j u r í d i c o s e e c o n ô m i c o s . Neste m e s m o p a d r ã o , e n c o n
-tramos os Cadernos do CEAS e a Revista
de Cultura Vozes, c o m ensaios bastante atualizados.
A Defesa Nacional ( c r i a d a e m 1913),
ó r g ã o da C o o p e r a t i v a M i l i t a r E d i t o r a e de C u l t u r a Intelectual, t e m p r o d u z i d o q u a n -tidade a b u n d a n t e de estudos t r a t a n d o principalmente de p r o b l e m a s e s t r a t é g i c o s . Nesta m e s m a l i n h a c a m i n h a m t í t u l o s c o -m o Defesa Latina ( c r i a d a e m 1980);
Segurança & Desenvolvimento ( c r i a d a e m 1951), ó r g ã o d a A D E S G ; Armas, Tecno-logia & Defesa ( c r i a d a e m 1983); e os
Cadernos de Estudos Estratégicos, que se encontram, a i n d a , n o p r i m e i r o n ú m e r o .
A revista Convivium t e m d i v u l g a d o , embora irregularmente, alguns temas i n -ternacionais, verificando-se c o n c e n t r a ç ã o de ensaios p u b l i c a d o s p o r o c a s i ã o d o se-m i n á r i o sobre " P o l í t i c a &ase-mp; E s t r a t é g i a " . O C o n v í v i o , r e s p o n s á v e l p o r esta revista, re-gistrou, inclusive, o t í t u l o Política & Estratégia, c o m o n o m e de u m p e r i ó d i c o a
ser oportunamente l a n ç a d o , fato que a t é a presente data a i n d a n ã o o c o r r e u , e m b o r a o s e m i n á r i o tenha s i d o r e a l i z a d o e m 1979.
A U n B tem u m a p u b l i c a ç ã o i n t i t u l a -da Relações Internacionais, a l é m d a
Documentação e Atualidade Política, e m
-bora n ã o apresente a regularidade deseja-da, l a n ç a n d o apenas c i n c o exemplares. O I E T E M p u b l i c a u m a e d i ç ã o i n t e r n a c i o n a l dos Cadernos do Terceiro Mundo,
en-quanto o p r ó p r i o M i n i s t é r i o das R e l a ç õ e s Exteriores tem, entre suas p u b l i c a ç õ e s ,
desde 1974, a Resenha de Política
Exte-rior do Brasil, que s u b s t i t u i u os Documentos de Política Externa.
MIYAMOTO, S. — O estudo das relações internacionais no Brasil. Perspectivas, São Paulo, 6:133-144, 1983.
A r e v i s t a Política Externa
Independente, l a n ç a d a e m meados dos anos 60, teve v i d a e f ê m e r a , s o b r e v i v e n d o a apenas t r ê s n ú m e r o s . N e l a , c o n t u d o , se encontra m a t e r i a l a b u n d a n t e sobre o as-sunto. O m e s m o o c o r r e u n o i n í c i o dos anos 80, c o m Brasil Século 21, que d i z i a ser u m a revista p a r a " p e n s a r o B r a s i l g r a n d e " , d e i x a n d o de c i r c u l a r a p ó s os t r ê s
primeiros exemplares. O s Cadernos
Brasileiros, p o r sua vez, c o n s e g u i r a m re-sistir p o r mais t e m p o , encontrando-se ne-les, enquanto s o b r e v i v e r a m , v á r i o s textos de interesse.
P e l o menos duas p u b l i c a ç õ e s d ã o conta dos aspectos relativos à Á s i a e Á f r i -ca, a l é m d a p u b l i c a ç ã o d o I E T E M : os
Cadernos de Estudos Afro-Asiáticos, d o
C E A A ; e a Afro-Asia, d a U n i v e r s i d a d e Federal d a B a h i a .
A l é m destas, Textos & Documentos
tem r e p r o d u z i d o diversos trabalhos,
en-quanto o Boletim da Sociedade Brasileira
de Direito Internacional, t e m se p r e o c u pado mais c o m estudos de n a t u r e z a j u r í d i -ca.
M e s m o revistas ligadas à C o n f e d e r a -ç ã o N a c i o n a l d o C o m é r c i o o u a setores empresariais, c o m o Carta Mensal, Diges-to Econômico e Banas t ê m c o n t r i b u í d o periodicamente c o m ensaios e r e f l e x õ e s
versando sobre R e l a ç õ e s Internacionais.
Fontes e referências
C o m o é de se supor, s i m u l t a n e a m e n -te à r e a l i z a ç ã o dos cursos e palestras, - tem-se constatado o i n c r e m e n t o n a p r o d u ç ã o da b i b l i o g r a f i a sobre R e l a ç õ e s Internacio-nais, quer gerais, quer sobre temas específicos. N o e s p a ç o de p o u c o s anos f o -ram realizados levantamentos exaustivos sobre os trabalhos p r o d u z i d o s n o B r a s i l acerca das R e l a ç õ e s I n t e r n a c i o n a i s .
E n t r e estes trabalhos p o d e m ser m e n -cionados os realizados p o r H I R S T (12) que l o c a l i z o u nos E s t a d o s U n i d o s as insti-tuições que t ê m a r q u i v o s sobre o B r a s i l ; o
de L I M A (17), i n v e n t a r i a n d o as fontes nacionais; esta m e s m a a u t o r a , j u n t a m e n t e com M O U R A (18) p u b l i c o u recentemente uma resenha b i b l i o g r á f i c a sobre p o l í t i c a externa brasileira; C H E I B U B (4) c o m p l e -tou u m levantamento exaustivo sobre os artigos que t r a t a m d o tema, p u b l i c a d o s em revistas brasileiras, n o p e r í o d o c o m -preendido entre 1930-1980, n u m t o t a l de 1.700 t í t u l o s ; G R A B E N D O R F F & N I T S C H (10) f i z e r a m i g u a l m e n t e u m b o m trabalho sobre o tema, c o n f o r m e se pode constatar.
N o que d i z respeito a p r o b l e m a s g e o e s t r a t é g i c o s e militares p o d e m ser c o n -sultados os trabalhos de T A M B S (30), C H I L D (6) e de nossa a u t o r i a (22), todos relativos à g e o p o l í t i c a ; o de L I N D E N -B E R G (19) e u m texto sem a u t o r i a (29) são dedicados exclusivamente aos m i l i t a -res.
A l é m destes, os textos de H E L M E R (11), L A M O U N I E R & C A R D O S O (15), M O N T E I R O (23) e M E D E I R O S (21) for-necem bons s u b s í d i o s aos interessados.
— I V —
Este texto n ã o pretendeu ser exausti-vo. P r o c u r o u t r a ç a r u m p a n o r a m a geral, ainda que i n c o m p l e t o , de c o m o se discu-tem as R e l a ç õ e s Internacionais n o B r a s i l , apontando i n s t i t u i ç õ e s e i n d i c a n d o fon-tes.
A rapidez c o m que este texto f o i p r o -duzido, deixa claramente m u i t a s lacunas, em virtude de termos t r a b a l h a d o apenas com as i n f o r m a ç õ e s que d i s p ú n h a m o s no momento. M e s m o assim, p r o c u r a m o s fornecer elementos i m p r e s c i n d í v e i s , p r i n -cipalmente à q u e l e s que se i n i c i a m nesta t e m á t i c a , tecendo breves c o m e n t á r i o s , que, p o r serem m u i t o g e n é r i c o s , s ã o fa-lhos.
aliada à d i n â m i c a c o m que s u r g e m e desa-parecem, t o r n a m b a s t a n t e difícil esgotar o assunto. O texto de C H E I B U B (4) é, sob este p o n t o de v i s t a , u m a c o n t r i b u i ç ã o ex-tremamente v a l i o s a .
D e i x a m o s de i n d i c a r , t a m b é m , a l g u -mas revistas que, e m b o r a t e n h a m textos
interessantes s o b r e o a s s u n t o , a i n d a " n ã o se f i r m a r a m " nesta á r e a . É o c a s o , p o r exemplo, d o p e r i ó d i c o l a n ç a d o p e l a F u n -d a ç ã o J u s c e l i n o K u b i t s c h e k e m 1982, e que traz em seu p r i m e i r o e ú n i c o e x e m p l a r até o m o m e n t o u m e s t i m u l a n t e e n s a i o so-bre as perspectivas d o r e l a c i o n a m e n t o B r a s i l / R e p ú b l i c a P o p u l a r d a C h i n a .
MIYAMOTO, S. — The study of international relations in Brazil. Perspectivas, São Paulo, 6:133-144, 1983.
ABSTRACT: This paper proposes some considerations about the development of the study of In-ternational Relations, specially those reporting Brazilian foreign policy.
KEY-WORDS: International relations; Latin American poíitics; Brazilian foreign policy; world af-fairs; military strategy; geopolitics.
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