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Indissociabilidade ensino/pesquisa/extensão: buscando a essência e engendrando o novo.

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Academic year: 2017

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(1)

INDISSOCIABILIDADE ENSINO/PESQUISAlEXTENSAO:

BUSCANDO A ESSENCIA E ENGENDRANDO 0

NOVO

Josicelia Dumet Fees·

RES UMO:

A autora , objetivando un patamar critico de compreensao da indissociabi­

l idade Ensino/Pesquisa/Etensao no trabalho da doc�ncia em enfermagem, apresenta

uma aproima;ao renovada da composiao dessas unyaes acad�mias com a

realidad e , onde as mesmas se desenvolvem. Nessa aproximayao sao explicitadas as

contradiyaes e conflitos que perpassam a triade, buscando aminhos para transfor­

mayao da realidade.

ABSTRACT: The a uthor, aiming at evaluating Teaching I Researching I Field Sevices

("Etension') as pats of a single, unbreakable unit in the n u sey teaching process,

suggests a contin ued exchange between the aademic unctions and the reality

s u rro u nding it. I n this exchange the contradictions and conlits that are involved in the

triad become clear, seeking ways of transforming reality.

UNITERMOS :

Ensino/Pesquisa/Etensao - Atividades Aademicas - Enfermagem.

1 .

INTRODU�AO

As veseas de

n novo seclo, vive-se

un

con­

texto de ade inquieta;ao social

e

de poundas

muan�as cienticas/tecnologicas,

0

que leva

i

ne­

cessidade de elexao sobe

as

p

it

i

cas or

nos

desem­

ehadas, p

r

oc

u

ndo

-

s

e compeeder a essecia

das

mesmas e emetedo-se,

sem dvida, ao engenda­

mento do novo.

Essa necessidade,

no mbito das universidades,

passa or un pocesso de evisao

das fun;Oes de

Esino, Pesquisa e

Extensao, com efase

no seu

com­

pomisso com a sociedade civil, que esta a eigir

na

academia enovada paa a entada no novo milenio.

o

tea

indissociabilidade EnsinoPesquisEx­

tensao (EPE)

MO

e popiamente uma novidade s

co

ita;

o

e

s

academics brsileias;

0

novo, entetnto,

consiste

no tratamento que essa iade deve merecer

fente

i

ecente conj untua, onde as mudan;as

a

sociedade estao se aceleando e nos desaiado a

inteVir as mesmas.

No

cotidiano do ambito univesitano, obseVa-se

que

a indissociabilidade EPE ten side objeto dos

mais

variados

debates e controversias; noa-se

am­

ben

que eia ten side intepetada

e

dives foms,

dando margem a disto�oes sigicativas ao interior

da via academica basileia; obseva-se, ia,

qe

eia ven sendo tatada,

or

ua gane pacela uni­

versimia, como a comosi�o

e

un;oes seaa­

das

ou sepiveis que, ucionalmente, sao jutadas

pa fomr un todo que, inteagindo e iteelc

i

nando-se, formm

uma unidade itei, completa,

desenvolvendo-se

em di;ao a uma rmonia ente

as pates. Essa e

uma conce�ao da indissocibilidade

EPE

que supOe, equivocaamene, a inexistencia de

conlitos e contadi;oes que esao consubstanciados

i realidade, reduido, ao coidiano individual, toa

a istoiciade do saber acadeico.

Conraindo esse etendimento,

0

pesene esu­

do, visando buscar

un

atamar citico

de comp

e

en

­

sao da indissciabilidade

EPE, costitui-se nua

aproima;ao renovada

a

comosi;ao dessas

res

fun;OeS acadeicas,

d

e

s

em

eha

das or

enfemei­

ros, com a realidade onde as mesmas

s

e

desenvolvem.

Essa apoima;ao aonta

paa a diunica do eal,

e

xp

licita

n

d

o

as c

on

t

a

d

i

;

oes e os conlitos que e

passam, a tiade, objetivado

0

des

e

n

ca

d

eam

ento da

Professora Visitante a Escola de Enfenagem da Universidade Federal da Bahia.

(2)

elexão critica e da busca de caminhos para a tans­ formação da realidade.

Nesse entendimento, pocuar-se-á, de acordo com a contemoraeidade atual, buscar a compreen­ são da indissociabilidade EPE a sua totalidade, o que signica que a mesma deve ser alisada em elação a si mesma e o todo social, isto é, em relação àqueles elementos que deinem sua própria atureza - sua essência. Assi, a nálie das funções acadêmicas do enfereiro está, neste estudo, alicerçada em algo como uma visão de conjunto da parcela da realidade estudada. Nesse asecto, concordo com KONDER(5) quado este esclarece que a visão de conjunto é sempe provisória, não pretendendo esgotar a realia­ de a que ela se refee, ois essa realidade é mis rica que o conhecimento que se tem del� havedo sempre algo que escapa as nossa sínteses. Essas sínteses constituem a visão de conjunto que emite ao ho­ mem descobrir a estrutua sigicativa da realidade com que se defronta uma determinada situação. E é essa estutura signiicativa que a visão de conjunto proporciona - que é chmada de totalidade.

Vale salientar, também, que a dialética da totali­ dade concreta não é um método que preteda capar e exaurir todos os aspectos, elações e pocessos da ealidade, oferecendo um quadro total da iinidade da realidade esudada, ois o conhecimento humano ão ode, jamais, abranger todos os fatos. A totalia­ de é aeas um momento de um pocesso de toalia­ ção que, or sua vez, nunca alcaça uma eapa dei­ nitiva e acabada.

2. APRESENTANDO A REALIDADE

Em que pesem algumas exceções, a prática pe­ dominante no cotidiano da efemagem as institui­ ções acadêmicas tem sido aquela em que l mesmo proissional, acreditando estar operndo a indissocia­ bilidade EPE, distribui sua carga hoária com essas três atividades acadêmicas, como atividades isolads, sem enhuma conexão entre as mesmas, dirigidas a clientelas e interesses diversiicados.

Obseva-se também, com muita frequência, uma predominncia da unção de Esino sobre as demais, acarretando uma secundariação da Pesquisa e Exten­ são, que ocoem à margem da estutura e das instân­ cias formais da istituição. Essa centrl idade da e­ produção do conecimento sobre a prdução do co­ nhecimento e apresentação de seviços à comunidade, toa-se mais agravada a medida em que existem instituições acadêmicas que contatam docentes

ae-s para exercer a função de Esino, sem enhuma exigência com a Pequia e a Extesão; a esuua administrativa é monada paa fazer uncior o aa­ rato de Esio. Nesses casos, o profesor desenvolve um Ensino emobrecido, imitativo, livesco, ão e­ lexivo, de mea transmisão de conecimento e com pouca elação com os problemas e necessiddes de saúde da sociedade onde está iserido; o aluno ecebe uma foração sem nenhum preparo paa ser equi­ sador, quado, a verdade, a motivação paa esse preparo deve emergir a patir a graduação, sendo de:senvolvida ao longo de sua formação cotiuada.

Veriica-se ainda, o dia-adia dos enfermeiros docentes, o desevolvimento de ua quanidade sig­ niicativa de esquisas desviculaas do seu pricipal laboatório - os seviços - estudando problemas rela­ tivamente sueiciais, gerados em gabietes, sem intevir nos problems de saúde da região onde estão inseridos.

Observa-se, assim, uma dicotomia entre as tês

fuções acadêmicas da enfemagem, de l mdo que

a Pesquisa ão alimenta o Ensio, nem seve de refeência paa os seviços; da mesma form� a Ex­ tensão ão tem tido uma interação signicativa entre a Pesquisa e o Ensino.

Essa ealidade toa-se mais complexa quando se costata que ministérios e órgãos inanciadores esta­ belecem progamas e elaboram orçamentos com alo­ cação de ecursos destinados ao fomento isolado do Ensino, da Pesquisa e da Extensão(9), foalecendo a dicotomia ente essas unções acadêmicas, além de amplir a diiculdade na concretização da idissocia­ bilidade ente as mesmas e de estabelecer uma ierar­ quia de imortância de uma sobre as outas, como se fossem insâncis quantiicadas ou quantiicáveis.

Disso se coclui que o processo formativo do aluno ão está sedo considerado como ineente ao prcesso de produção do conhecimento e à elação constante com a sociedade, desenhando-se, assim, um forte distanciamento entre as funções acadêmicas.

Esses distanciamento ou dicotomia existente en­ te as fuções acadêmicas ão é inocente; ele se insere num quado de coelação de forças em jogo o interior da sociedade e, por isso mesmo, não ode ser analisado liearmente, em apreendido isoladamente e desaticuladamente do todo social, como se fosse constituído a pópria enfermagem, lijado do seu

conteúdo histórico e dos conlitos sciais.

A compeensão da indissociabilidade EPE, de­ mémda sua iserção num quadro contendo

(3)

dades e pobleas pr6prios da sociedade brsileia e,

por isso mesmo, deve artir de ua relexao de como

se constitiu a realidade existente

s

instituiyoes

academicas, o que diz espeito as suas funyOes prio­

riiias.

Toa-se necessrio, portanto, ua apoxiayao

dessa ealidade com a sociedade a sua dimensao

scial e ist6ica, a im de econtrarmos cainos

etinentes paa a sua tansformayao. Nesse aspecto,

cocodamos com CURy(I ), quando nos lembra que

paa a tansformayao da ealidade

e

preciso 0 conhe­

cimento da mesa, e que essa realidade, s6 ode ser

conhecida na sua totlidade, quado se conhece sua

dimensao hist6rica e social, compreendendo, assim,

a unidade dialetica da estrutua e suerestutua, onde

o homem

e

recoecido como sujeito da paxis.

3.

BUSCANDO A ESS ENCIA

Como nos ensia KOSIK(7), . . .

as coisas nao se

mostram ao homem tal qual sao; e, como

0

homem

nao tem

aJaculdade de ver

s

coisas diretamente na

sua essen

cia, a humanidade

Jaz uma volta (detour)

para

conhecer a

s coisas

e

a sua estrutura.

Isto signi­

ica que a essencia, ao conirio do fenomeno, oo se

mifesta direamente, e que 0 fudamento oculto das

coisas deve ser descobeto mediante ua atividade

peculiar.

A

existencia do real e as fomas fenomeni­

cs da realidade sao difeentes e, muits vezes, abso­

lutamente conadit6rias com a

lei

do fenomeo, com

a estutua da

coisa

e, potanto, com 0 seu nucleo

inteno essecial e o seu conceito corresondente(7).

Existem inteferecias e aticulayoes diversas; e

preciso ir alem da apaencia, veriicar 0 que, efetiva­

mente, ocorreu, que cainhos foram ou estao sendo

trilhados, que intefeencias efetivas se aifesam,

muito paa alem daquilo que esi expresso a eal ida­

de que a n6s

e

apresentaa.

Nesse entendimento,

0

enfermeiro deve ter a

c1areza de que a

indissociabilidade EPE, na sua toa­

lidade,

oo se da a conhecer

imediatamente e facil­

mente, emboa ela Ihe seja imediatamente accessivel

na forma das aparencias, isto

e, na

sua epesenta9ao,

opiiao e e

x

e

ri

e

c

i

a

.

Isto, contudo, nao

leva

0

enfer­

meiro

a

essencia

da indissociabilidade EPE.

0

conhe­

cimento verdadeio

dessa ealidade deve ultrapassar

as aparencias paa chegar

a

essencia

do

fenomeno.

Nao basta, portanto, a

primeia

e p

i

m

a

ri

a

impressao,

como no caso de proissionais que, dividindo seu

tempo em atividades de

Esino, Pesquisa e Extensao,

absolutamente

dicotomiaas uma das outas,

ten a

3 8

R. Bras. Enferm. Brasilia, v. 47, n. I, p. 36-41 , jan. imar. 1 994

convicyao de que esIo exercendo a indissociabilida­

de entre s tres funyOeS academic as.

Da mesa forma, quado do primeio contato

com

a

Lei

5.540

de novembro de 1 968, alguns prois­

sionais, deixando-se levar ela aparecia, imm

que a indissociabilidade EPE

e

preceituada, determi­

nada, normatizada, implantada

ela Lei da Refora

Universiiria. Enetanto, ao se ealizar uma investi­

ga930 mais rigoosa, oder-se-a veicar que aquele

texto legal ten ua

aparente preocupa9ao

com a

qualidade acadeica, pois a intencionaliade dessa

peOCUpay30

e

ben difeente da que esi especiicada

na eferida Lei(3).

A

indissociabilidade EPE se maifesta, aaves

da Reforma Universiiria, como

n

c1aroescuro de

verdade e engano, sedo, por isso mesmo, imprescin­

divel buscar a sua essencia para que se possa apeen­

de-lao Essa busca implica em indagar, investigar,

explicitar como aquela tiade se maifesta e, ao mes­

mo tempo, se escode

s

politicas de moderniza9ao

do ensio basileio no p6s-68.

A

modeniza9ao

supa-citada aconteceu no bojo

de un conjunto de projetos de

modeniza9ao

do sis­

tea educacional, representados pelas reformas edu­

cacioais implantadas pelo goveno fedeal ap6s 0

movimento de

1964.

Esses pojetos constituiam-se

como esposas a un conjunto de movimentos de

estudantes e intelectuais, que c1amavam por

mudan-9as e modeia90es educacionais. Entretanto, as

modeiza90es deandadas elos movimentos or

refomas educacionais nao erm as mesas moder­

nizayOes estabelecidas elos projetos gove

m

en­

tais(8).

Os movimentos por mudanyas educacionis, ini­

ciados a patir da decada de

50,

almejavam ua

Uiversidade envolvida no contexto das exigencias

de trasformayao da realidade social, isto

e,

ua

universidade existecialmente estendida

a

sociedade

e compromeida com s ecessidades concretas da

popula9ao. Essas e outas iniciativs dos esudantes e

intelectuais pretediam ua tansformayao

no po­

cesso de foa9ao de proissionais, propondo

mudan-9as qualitativas, atraves da ad09ao de inovayoes nos

conteudos e procedimentos educacionis,

alem

de

tomarem como parametro un avan90 na produ9ao de

pesquisas e disseina9ao de

atitudes

cientiicas, de

pedisposi90es paa conhecer de foma inteligente, e

nao aenas

epetitiva e reprodutiva(4,

8).

(4)

lie e

onia� do conecieno, ode fo­

m

todos, como

e

f

e

e

c

i

,

ouos iaios

e

us

fos e enar a deco; oe foi

oo

n

rio duccioal cujo onto cen­

l

f

o

i eslocdo

dos es

s

a

os seus meios ou

ics.

0

bjeivo basco

dss re

f

orms foi

0

de

racinalizr

s

viaes ducacios, conferido­

e

ior

elci�cia e

pduviade, do do

eso

e

qe os pbles etentes diiam

eeio a

ra

e

cioeto o sistema du­

ciol,

cujas

solu� em

es

e

caer tc­

io,

edo oitido, deliemente,

0

eu Aer

olico.

Edo

s

implic�es a Refoa Uvesi­

ia

)

esio de Enfeagem, FENDES(3)

verkou qe esa foi muito

s a

efoma oli­

ia,

eoomica e idol6gica, do que meso

a

m� o myel do conteuo e dos pcedimentos

dcios; efoma olitica

o

p

r

diinuir

s psOOs abe a univesiade, aves

a

mplia­

� o

eo e vagas

o

ensio Ublico e do

mo

a

eo o setorprvao; efoma coo­

ia

o or s

eios cesios paa acioaliar

ts;

efoma ieol6gica

o

p

r r

cobea

dol6ia o

egime impdo em

14.

Os asc­

os

g6icos

e quiitatvos a educ�o foam

eos e

o

a

se assumir

0

itatvo e

0

coomico.

A

ir de

168,

a Univesiade assou, entlo, a

execer

s

foeete sua �o de Eso, ten­

eo a

a

ea aplida, ofecedo

n

en­

sio e

sa

e epssdo

a

outs instacias a

equia (desliada do esio) e a fo�o de ua

elie de equiaoes. Equanto isto, a Exteao,

ialiaa ela Pea e elo Esio, ecbe

a

te�o sbestiada da institui�o.

A

pecua­

com

0

desenvolvmento a Pesquia e da Exten­

o em

s

el�Oes com 0 Eso lo fez

e

da

oliica geal do ensio sueior, que estve voltada

a 0

atedimento

s

des or Ensio e

a

0

onole olitico desse ateiento.

Porouto ldo, ea ecesio acioaliarcusos.

Essa imeaiva cesside intefeiu a distibi­

�o de cusos paa a Pesquia e Exteso, que foi

subia

a

a

cdemica. Paa a Pesquisa, ente­

to, a disribui�o de e

o

s foi canalda pa

n

emento esecico do Ministeio da Edca�lo

-CPES - e paa as agencias incidoas. Eses

6ros,

constituindo-se como cotroldoes da oli­

ica de o�lo de vebas paa a Pesquis, esaelece­

m n

sistema paalelo

a

estutua univesilia,

maneo oontato dieto com os esqiaoes - or­

gnios a 6s-gd�o ou os gos de qui­

a - aio or cia e or foa da estuta de oder

a Univesiade<2).

Esa olaia�o aliena

a

edecia peocu­

ante e desligamento pogessivo as u�s ca­

demics. Essa teecia, or

a

vez, coduz a dois

tios disitos de instiui�s: em

n

olo estlo as

isitui�Oes qe, esevovedo

n

esio de assa,

pcuam ateder, de foma imediaista,

a

deda

or diploa a vel de aua�o e, exceciolen­

te, of ee cen cos de 6s-gd�o

lato-sensu;

a

Pesquia e a Exteao lo, paticamente, existentes

esses esaelecientos; o outo extemo estlo as

istiui�Oes qe, bjetivado a peseVa�lo os pin­

cipios da idisocibiliade ene EPE,

nem

cri­

terios de qta�o acdemica e ofeecem melo­

es ooiades de foa�lo, miistdo cusos de

g�o e 6s-gd�o

sricto-sensu(2).

Por ouo lado, com

0

decescimo dos ivesti­

menos em educa�o (e saue) que comm a

ceso econoica, pduiu-se ua deteioa�o

dos salios e as vebs e csteio, agavado a

sita�o em si ja dtcil, cujo esultdo ten sido a

multiplica�o de esabelcimentos oe

0

Esio e

pecrio, a Pesquia e insuiciente e a Exteao ine­

xistete, coido imita�s emobecidas de

vedeas U vesidades(3).

Tomdo tda esa ealidae como

o

de on­

do, ica mais fcil enteer oque a triade EPE,

qudo lo ausente, e atea ela o�lo

de

,

iexpessividae ou mrgialidade de outas.

Fica mais fcil, tambem, enteder oque lo se ode

compeeder EPE aeas em si mesma e sim a sua

totalidae.

Sita e contextliza a tiade acaemica,

com seus colitos e cotdi�oes, ode-se disor

ago, de categorias coces paa se cbegar a un

cohecimento proximado da ealiade da comosi­

�Ao EPE, compeendendo-a e explicitando-a como

un

produto ist6ico, no qul se solidtcm intees­

es e paticas complexas e condit6ias.

4.

ENGENDANDO

0

NOVO

Neste ial de mileio vive-se

n

momento con­

tadit6io, sobecaeado de mrcas do pssado,

s,

ao mesmo temo, pleo de ossibilidades con­

cetas

a

0

utro. Assi, lo e mis admissivel que

os proissiois se limitem a itepetar

0

que esta

diante deles, de maneia imediata, sem distinguir, de

(5)

modo conseqiente, os elementos que se opem

s

mudan;as, ou os que favorecem essas mudan;as. Nao

basta, otanto, esar, enteder, investigar, intepe­

r

e explicitar 0 que e indissociabilidade EPE, mas

tambem vislumbar hoizontes ara a tnsforma;ao

da realidade, para engendar 0 ovo.

Nao

i

formula magica paa engendar 0 novo;

este e 0 esultado de un processo de luta, de coquis­

ta, de vontade e deteina;ao olitica que somente se

desenvolve em ambientes de critica e autocritica, de

debates e de confonto diario com a elidade conce­

ta, germinado na

dispos(;io

paa se intevir tans­

formadomente no eistente.

A disposi;ao do enfemeiro-docente ara intevir

na realidade da tiade EPE, engendrado 0 novo,

resulta, necessariamente, da concep;ao da uiversi­

dade que se deseja, isto e, n espa;o privilegiado, Io

so da produ;ao critica do conhecimento e a cultua,

contribuindo paa 0 desevolvimento da tecnologia e

paa 0 diagostico dos problemas nacionais,

s

tambem da forma;ao de poissioais-cidadaos com­

petentes, criticos e comprometidos com

s

necessida­

des cocretas da opula;ao; enim, un espa;o eist­

encialmente estendido

a

sociedade - sua expessao

mior.

Po desa conce0, 0 eneeto do ovo

s

es ademics da efemagem,

la

da:

- disposi;ao paa produzir conhecimento proprio,

inovador, voltado paa a realidade de saMe da

regiao, de utilidade paa as necessidades nacionais

e que seja objeto do ensino e suorte da presta;ao

de sevi;os a comunidade;

- disposi;ao para co locar 0 cohecimento produzido

e acumulado a sevi;o da opula;ao, fomecedo,

a

mesma, elementos para interpreta;ao e transfor­

ma;ao da realiade de saude;

- isposi;ao paa rediecioar os conteudos de En­

sino e a Pesquisa,

toado como dieiz os ite­

resses comuns da efemagem e da opula;ao,

levado em considera;ao os tra;os culurais da

regiao, com suas caacteisticas proprias e poble­

ms eseciicos;

- disosi;ao paa ultapassar os liites da sala de

aula como lugar privilegiado para 0 ato de ensi­

nar/aprender e para assumir 0 desio de ensinar e

pesquisar em locais e situa;oes diversas, onde

estiverem professores, lunos e popula;ao numa

rela;ao de aprediagem ecipoca;

- isposi;ao para edeinir

a rela;ao

enferagem x

popula;ao, onde, simultanemente, a efemagem

40

R. Bras. Enferm. Brasil ia, v. 47, n. I, p. 36-41, jn.lmr. 1 994

contribua paa 0 avan;o historico a opula;ao, e

esa cotribua com a forma;ao de poissioais

capazes de er e agir, criticamete, fente

s

exigencis coletivas; essa a;ao e istuetada

ela Pesquisa e elo Esio, ou seja, a Etesao

como articuladoa do Esio e

a

Pesquisa, gan­

tindo 0 contato dieto, ealimentador e eciprco

ente enfermeiros-docentes, enfermeiros de sevi­

;os, alunos e opula;ao, vinculndo-se ao so

a

pesta;ao de sevi;os, ms tambem ao execicio de

transforma;ao da relidade.

Esse conjunto de disosi;oes constiti-se nua

via de Io dupla, com lnsito sseguado

a

comui­

dade academica de enfermagem que econta, nos

sevi;os, a possibilidade de opeacionalia;ao da pra­

xis de un conecimento. Dessa prxis, docentes e

discentes trazem paa a academia un apendizado

que, submetido

a

elexao teo rica, sera acescido

aquele cohecimeto. Paa

EIS(9),

esse luxo, alem

de estbelecer a roca de sabees sistematiados, aca­

demico e opular, ten, como consequencia, a produ­

;ao do cohecimento resultante do confonto com a

ealidade naciol e egiol, a demcratiza;ao do

conhecimento e a paicipa;ao efetiva da comuidade

na atua;ao da U niversidade. Esse pocesso dialetico

de teoia e pntica e istumetado or aquele conjn­

to de disposi;es que favorece un tabalho interdis­

cipliar, facilitando a visao integada do social.

Nesse etendimento, 0 engenamento do novo

se

3

em termos olitico-metodoloicos, patindo do

concreto eal ao conceto ensado, ataves de ua

pntica social que se da a constu;ao de un pojeto

histoico da sciedade, dando un saIto de qualidade

na forma;ao de poissiois competentes e olitica­

mente compometidos. Assim, 0 horizonte paa a

indissociabilidade EPE pode ser epresso como a;ao

vinculada, coninua e pocessual de ua nova oliti­

ca, uma nova ilosoia,

ua

nova ostua academica.

Vale salientr, entretanto, que a trajet6ria paa

alcan;ar esse horizonte revelaa contadi;es dileti­

cas entre a relidade pesente e a realidade ua a

indissociabilidade EPE, 0 que emete

a

compreesao

de que essa tiade se da como resulante do confronto

de inteesses de uos e sujeitos evolvidos, nn

movimento de a;ao/ea;ao/a;ao.

(6)

plao do conecimento, situam-se na pxis.

5.

FlNALlANDO

Se desejamos iovar, necessitamos evitar os o­

os de sentir e de ensar que

00

eslo ciodo

a conteto; ecessios, igualmene, eliar un

eo

esfo�o o sentido de visualar ovos oi­

ones. Ese esfo�o pasa oruma ele�o citica da

ajet6ia ecoria ate enmo, o entio de eeami­

r

osso parimonio te6rico, nosso iental con­

ceial; pass, tmbem, or efomula�s

s

foas

e enar e sentir

0

mudo, as fo

s

de

er

e

sentir a vida, as fomas de ensar e sentir a educa�o,

a aMe e a enfemagem. Tis efomul�Oes nos

cm a assumir a esonsabilide olitica de

ci�os, a pticipa�o os debates e

s

delie��

es

a

comuide, a a�o ol, nesubjetiva,

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movieo que vi de

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sujeio a ouo,

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buca a vola. Nesse ovmento, aaa-e or

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em que a dvergeca esiste, oem

combida com uma covergeca ue ia em oo

do esfo�o or a copee� mua. Efl,

como os leba

KODR(6),

assumir a isosi�o

a

itevir fodomee o eisee, e­

gedo

0

ovo, e ecesario assimilar os vloes

do plualismo, ou seja, 0

coecimento de oos

de vista diveos, de edecias distinas, de coees

difeentes e de e�o ssegudo paa a epeso

dos esfo�os de copeeso e sfoma�o de

a

ealidde iesotvel.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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Recebido

a

pblic;o em

03.03.94

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