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Seminários de pesquisa econômica, 1984

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(1)

SEMINÂRIO DE PESQUISA ECONOMICA I

(1 ~ e 2~ partes)

1984 SUMÂRIO

- Inflação, salário nominal e salário real. RAUL JOS~ EKERMAN.

- O Problema da dívida externa. MARIO HENRIQUE SIMONSEN.

Balanço de pagamentos: urna análise de desequilIbrio para economias semi-industrializadas.

P~RSIO ARIDA.

- Efeitos da regulamentação econômica: o caso dos inbestidores insti tucionais.

ANTONIO CARLOS FIGUEIREDO PINTO.

- A Teoria monetária moderna e o equilíbrio geral Walrasiano com um número infinitivo de bens.

ALOISIO ARAOJO.

- Determinação da taxa de juros numa economia financeiramente aberta: Anteprojeto de tese doutoral.

ROBERTO MOREN6 MOREIRA. - Indexação e inflação.

FERNANDO DE HOLANDA BARBOSA.

Urna análise economica do problema do cheque sem fundos no Brasil (Anteprojeto de tese de doutoramento) •

(2)

Data: 02/02/84

ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA DO INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA

DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

Seminário de Pesquisa Econômica I la. parte

Local: Auditório Eugênio Gudin Horário: 15:30

Coordenadores: Profs. Fernando de Holanda Barbosa Clovis de Faro e

Gregório Stukart

ÍlINFLAÇÃO, SALÁRIO NOMINAL E SALÁRIO REAL"

(3)

J:

IV

INFLAÇÃO, SA~RIO NOMINAL E SAL~RIO REAL

(4)

J:

.30. 5.1 - INTRODUÇÃO

Ao final do capítulo 3, apontamos que as diferentes versoes da equação de preços deixam no ar as seguintes questões: 1) o que determina o salário nominal?; 2) o que determina o "rrark-up"?; 3) o que determina a "produtividade"; 4) o que determina a. relação de custos diretos?; 5) o que determina o "salário real? No capítulo 4 tentamos, com base na evidencia empí~ica, respon-der ãs perguntas (2) e (4), a primeira relativa ao "mark-up" , a segunda relativa ã relação de custos diretos. A questão relati-va ao "mark-up", ou melhor, ã relati-variabilidade do "mark-up", nao conseguiu resposta conclusiva com base na evidência. A questão relativa ã relação de custos diretos teve mais acolhida à evi-dência empírica: a variabilidade da relação de custos diretos e positiva ou negativa, dependendo de os custos da folha de mate-riais, estabelecidos, externamente ao setor industrial, variarem positiva ou negativamente. Neste capítulo, tentaremos dar conta das perguntas (I), (3) e (5) que dizem respeito, respectivamente, ao salário nominal, ã produtividade e ao "salário real". Para tanto, nos valeremos de uma das versões de equação de preços, a mais simples delas, em termos algébricos: P=w/v, isto é, a pro-posição de que o nível de preços é determinado pelo salário no-minaI, para um dado "salário real". Assim, na medida, em que ex-plicamos, w . e··y, estamos. explican .. ~6 P.

convém apontar aqui que a interpretação para a deter-minaçao de w já foi, a nosso ver, muito bem tratada por Simonsen

(5)

.31.

o

desenvolvimento dos tópicos seguirá a seguinte

se-qu~ncia: a) inflaçio e salário nominal; b) "salário real", de-manda efetiva e"produtividade".

5.2 - INFLAÇÃO E SALÂRIO NOMINAL

A proposiçio mais simples sobre o nível da inflaçio sa-larial de um dado período é de que ele é uma proporção positiva

(maior ou menor que um) da inflaçio de preços do período anterior. Isto, porque é de interesse de todas as partes, diretas e indi-retas, envolvidas nos contratos de trabalho que o poder aquisiti-vo do salário nominal, em maior ou menor grau, seja mantido. Cla-ro, os trabalhadores, ceteris paribus, ~referem maior grau, em-presários menor grau, e as partes indiretas, sindicatos e

gov~-nos, evitar dor de cabeça e dar boa impressio. Do ponto de vista do empresário, um empregado faminto, além de um certo grau, nao lhe é de valia.

onde,

Isto pode ser formalizado assim:

(l)

W

t

=

inflação salarial no período

r t-

=

coeficiente de realimentaçio de inflaçio salarial no período

~t-l= inflação de preços no período ant~r~or.

~

(6)

.:

.'

.-

.-•

.,

l i

.:

.'

••

I

.32.

da inflação salarial se encaixa na equação de preço

( 2)

Substituindo (1) em (2) , temos,

P

t

=

rt P t - 1 vt ( 3) ou,

P -

P

t - 1

-rt

=

-

vt

t (4)

Somando e subtraindo P t - 1 do lado direito de (4); (5) Denominando Pt-Pt - 1

=

6 P

t e colocando Pt - l em evi-dência:

6 P

t

-

P t - 1 (r-l)t

=

v

-

(6 )

t ou,

6

i\

=

(r-l)t Pt - l

-

v

t ( 7)

A equaçao (7) expressa o coeficiente de realimentaçã( da inflação salarial r t , em termos de seu complemento (r-l)t' qUI se apresenta corno coeficiente de realimentação da velocidade di taxa de inflação, 6 Pt (taxa de inflação que, por sua vez, já

-l

uma primeira diferença (proporcional) do nível de preços).Portan-to, formalmente, r t , realimenta a inflação salarial; (r-I) t" rea-limenta a velocidade da inflação de preços_ Por enquanto, não na preocupamos com v

(7)

-•

••

il

'.

••

. {3.

Voltando a questão: o que faz variar o coeficiente rt' período a período?

A tentação inicial, para tratar desta questão, no con-texto brasileiro, é recorrer à política salarial brasileira pos-64. Isto faz sentido, pois, desde o Programa de Ação Econômica

(PAEG) do Governo Castelo Branco, até hoje; com alterações de sistemática em 1968, 1974, 1976, 1979 e 1983, a tônica da polí-tica salarial é a preservação, em maior ou menor grau, de uma meta de poder aquisitivo dos salários no período, meta esta,(gros-so modo), estabelecida por uma média do poder aquisitivo que pre-valecia no período anterior. Até Novembro de 1979, o período era anual, daí para frente, até hoje, é semestral. Assim uma possí-vel explicação para rt estaria na maior ou menor disposição ou poder do governo em "arrochar" ou "desarrochar" "salários".

Ve-jamos, o que os dados têm a nos dizer.

Na tabela 3, coluna 8, temos a evolução do coeficiente de realimentação da taxa salarial entre 1967 e 1979. Infelizmen-te não há informação disponíveis para anos anInfelizmen-teriores a 1969, e para os anos 71 e 72. Isto é uma pena, pois o governo foi consi-derado particularmente "arrochista" entre 1964 e 1968. Entretan-to, observando a evolução da expansão do salário real em termos de produtos alimentícios (coluna 6) e em termos de custo de vida (coluna 7), que são os salários reais relevantes do ponto de vista dos trabalhadores, verificamos o seguinte: entre 1967 e 1973, nunca houve quedas abruptas de salário r~al em termos de custo alimentício; apesar dos coeficientes de realimentação se mostrarem pr6ximos de 1, isto ~, neutros em termos de

(8)

. -' 4 •

a ~;er cr.-,;-;-;ática (-0,7%). Em sUr:la, o (~ue os (~ados (li Lc:m é que no período 67/73 a realimentação da inflação salarial foi n~utra

com relação a alterações na taxa de inflação e, também, que nao

-se pode ,:ssociar uma redução caDal do nível oe poder aquisitivo médio a tal neutralidade, simplesmente porque não houve redução cabal. Em outros ternos, se houve "arrocho salarial" o arro-cho foi no sentido de os incrementos de salários nominais ou re-ais, terem ficado aquem das expectativas. Arrocho, no sentido estrito, deveria ser o seguinte: se o ~overno observa um salário real, seja em termos de custo alimentício, seja em termos de custo de vida, que considera muito alto, então, reduz o coefi-ciente de realimentação de inflação salarial, para com isto re-duzir o salário real. Porém, o que se observa

é

exatamente o con-trário: o coeficiente de realimentação tende a aumentar ~uando,

no próprio período, ou no período anterior houve queda de salá-rio real, particularmente em termos de custo alimentício. No período houve três grandes aumentos do coeficiente de realimenta-ção (ver Tabela 3, coluna 8)~em 1974, em 1976 e em 1979. Obser-vando (na tabela 3 coluna 6) a variação percentual do salário real, em termos de custo alimentício, observa-se quatro grandes quedas: em 1974, em 1975, em 1978 e em 1979. Portanto,

é

plausí-vel associar-se o aumento de r de 1974 ao declínio de w/Pa, também em 1974; o aumento de r de 1976 ao declínio de w/Pa de 1975; e o aumento de r de 1979 aos declínios de w/pa em 1978 e 1979. A razão para isto pode ser a seguinte. Por ocasião de uma redução significativa de salário real em termos de alimentos os trabalhadores fazem pressões para maiores reajustes nominais. As empresas do setor industrial, em sua quase totalidade oligopollS-ticas, concedem os reajustes com relativa facilidade, pois os

(9)

j:

. 35. 'fl\!3ELA 3

Inflação Salarial (w); infl~ção de preços industriais (P); In-fIação de preços alimentícios (Pa); Inflaç~o do custo de vida

(Pc); Expansão

?O

salário real em termos de produtos industriais (w/P); expansao do sal~rio real em termos de produtos alimentí-cios (w/P ); expansao do salário real em termos de custo de vida a

(w/-P ); coeficiente de realimentação salarial (r).

c

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Cohma 4 Coluna

;-~-l-un:~

COlun~-~-rCol~

~

-Período w % P % P %

c

wll'

%

r=

---I----I----~---_+----+--·----+---__1f----_+- _ _

1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 30.4 27.8 30.2 20.2 n.d. n.d. 16.7 36.5 32.8 53.3 47.5 46.9 61.3 n.d. 25.6 30.4 24.3 13.3 17.6 16.0 15.0 29.4 29.2 36.0 39.2 35.3 55.6 103.7 13.6 21.6 28.8 18.6 30.1 16.0 12.5 37.4 33.0 50.1 37.5 51.9 84.8 130.8 24.1 24.5 24.3 20.9 18.1 14.0 13.7 33.8 31.2 44.8 43.1 38.1 76.0 86.3 4.8 - 2.6 6.2 6.9 n.d. n.d. 1.7 7.1 3.6 17.3 8.3 11.6 5.7 n.d. 16.8 6.2 1.4 1.6 n.d. n.d. 4.2 - 0.9 - 2.0 3.2 10.0 - 5.0 - 23.5 n.d. 6.3 3.3 5.9 - 0.7 n.d. n.d. 3.0 2.7 1.6 3.5 4.4 8.8 - 14.7 n.d. 0.94 1.09 0.99 0.83 n.d. n.d. 1.04 2.43' ; 1.12 ' 1. 83 ~ ~

1.33 I

I

1.20 : 1. 74 J I

n.d. Fontes: w ,P apendice c, Ta1::e1a 3

(10)

.36.

efeito de aumento de preço

é

bastante atenuado em um ambiente crônica e altamente inflacionário: as empresas percebem a deman-da por seus produtos como inelásticos em relação aos preços. No que diz respeito à concorrência, e, portanto, à possibilidade de perder mercado por efeito de aumento de preço há o fato de aue alguns setores são explicitamente carte·lizados e, portanto, nao

-há tal possibilidade. Em outras, o cartel é implicitamente or-ganizado por sindicatos patronais e, o que e importante, em última instância, pelo próprio governo que, ao formular uma lei salarial, que

é

homogênea no que diz respeito ao reajustamento mínimo, assegura as empresas não explicitamente cartelizadas, a possibilidade de fazer repasse de aumentos salariais, ' aos

precosJ sem perigo de perder frequeses para o concorrente.

Portanto, o que a evidência brasileira sugere

é

que o coeficien-te de realimentação da inflação salarial varia positivamencoeficien-te com quedas de salários reais, em termos de produtos alimentícios. Sumarizando, em termos taquigráficos, o modelo de determinação dosalário nominal é o seguinte:

a inflação salarial de hoje e em multiplo positivo, ,menor ou maior que um, da in-flação do período anterior.

rt=!

[<wiPa)t'

<wiPa)t-I]; o múltiplo, por sua vez, varia inversa-mente com variações de salário real, em termos de alimentos, do neríodo Frcsente e anterior.

a variação na taxa de inflação, para uma dada taxa de variação do salário real, em

ter~os de produtos industriais, segue ~­

reção inversa às variações de salário r~

(11)

.37.

Resta, agora, estudar a determinação do salário real, em termos de produtos industriais, v.

5.3 - SArJ\RIO REAL, DEMA!'lDA EFETIVA E PRODUTIVIDADE 5.3.1- Introdução

A definição de "salário real" em termos da parcela sa-larial, a, e da produtividade, q: v=a.q., nos leva a sugerir are-guinte interpretação para variações de v a curto prazo (um ano). A relação de "produtidade" q=Q/N pode ser considerada como a

re-lação entre a demanda efetiva Q, em termos de

unidades~produtos

industriais, e a demanda efetiva N, em termos de unidades de tra-balho. O principio da demanda efetiva de Keynes e Kalecki e de que a quantidade que efetivamente se produz de produto final e determinada e igual a quantidade efetivamente demandada. Assim,ao invés de encararmos Q e N, da forma tradicional, como decorrentes de uma função de produção agregada, implicita ao setor industrial, a vemos como uma relação entre dois componentes de produção efe-tiva medidas em unidades distintas, ambos determinados pela de-manda efetiva. N é uma demanda derivada de Q, não no sentido con-vencional estabelecido por uma função de produção, mas no sentido

de que N é meio de produção e Q é produção cuja finalidade é ser vendida para proporcionar um lucro: se há redução (aumento) de venda de Q, a produção de Q cai (aumenta), no mesmo montante; os lucros são reduzidos (aumentados) e há uma redução (aumento). no emprego do fator variável N.

(12)

sa-•

"

.38.

lário médio, w, teremos: a'=y

IN

onde Y é o produto industrial

w w

em unidades de trabalho e N é o volume de trabalho empregado. A

relação a'=y

IN

pode ser interpretada como um indicador de

"pro-w

dutividade real" de uma unidade de trabalho operativo, isto é, e a "eficiência" de um trabalhador médio operativo em sust-entar a si mesmo e sua familia com produtos industriais e gerar um exce-dente, também de produtos industriais, para sustentar aos demais

trabalhadores e suas familias do próprio setor industrial e dos demais setores da economia, também com produtos industriais, bem como, prover para a acumulação de capital, em termos de produ-tos industriais.

Assim, o que propomos e que o "salário real" seja in-terpretado como uma relação que varia diretamente com a relação demanda efetiva,em termos de produto, por unidade de demanda e-fetiva,em termos de emprego,e inversamente com o "esforço real" que

é

o produto medido em unidades de trabalho,por unidade de trabalho: v=Q/N+y

IN.

A seguir, justificamos em detalhe

w este

esquema interpretativo e, posteriormente, mostramos suas impli-caçoes.

5.3.2- Demanda Efetiva e Produção Efetiva de Produtos Indus-triais em termos nominais

o

lucro bruto do setor industrial L e igual as vendas do setor, R, menos gastos com materiais, M, que e uma proporçao m R das vendas, menos os 9astos com salários:

L

=

R - m R - W (1 )

ou

y

=

(l-m)R (2)

(13)

.39. A equação (2) e uma forma de enunciar o princípio da demanda efetiva: a quantidade efetivamente produzida Y

é

igual a quantidade efetivtlmente demandada (l-m)R: as vendas R, subtraí-dos os vazamentos de "importações" do setor agrícola e de im-portações do setor externo, m R, determinam e sao iguais ao que e efetivamente produzido.

A equação (2) não tem, de imediato,a aparência da for-mula de livro texto, Y= [l/(l-c+m)J A, onde Y, e a demanda efetiva, c a propensao a consumir, m a propensao a importar e A

-

os gas-tos autonômos, pois não estamos raciocinando com a economia como um todo, mas somente com o setor industrial como um todo; ac1CITBis, as vendas, R, não distinguem entre elemento induzidos pela renda industrial Y e os elementos autônomos.

Uma fórmula similar a de livro texto, como a descrita acima, pode ser obtida se adotarmos um esquema contábil especí-fico para o setor industrial, bem como, a explicitação de um princípio do fluxo de gastos e rendas e a adoção de uma hipótese simplificadora.

O princípio do fluxo de gastos e rendas

é

de que os gastos, I, que o setor industrial faz em investimentos de maqui-nas, equipamentos e instalações dentro do próprio setor indus-trial redunda em receita do setor industrial. Esta

é

uma ver-são do enunciado de Kalecki: "os capi talistas ganham o que gastam". A hipótese simplificadora é de que os trabalhadores operativos gastam toda a folha salarial que ganham, no próprio setor indus-trial.

(14)

.1

.40 .

CUSTOS E RECEITAS DO SETOR INDUSTRIAL CUSTOS

Ml = inp:)rtaçõcs do setor agrícola

~= inp:)rtações do exterior M = total de irnpJrtaçães

W = folha de salários de operativos

L

=

lucro bruto:

a) salários não operativos

b) depreciação e amortização de capital fixo

c) inpostos d) dividendos

e) juros explícito,s e implícitos f) alugueis

g) dividendos h) lucro retido

RECEITAS

I = receita resultante de despesas den-tro do próprio setor

W == receita de vend~s de produtos setor aos operativos do setor

do X = exp:::>rtaçàes autônorras para o e),tc-x

rior

Xc = e.'qX>rtações autônomas às famílias

Xc = exp:>rtaçàes, induzidas pela renda industrial, às famílias

X = exp:::>rtaçàes <1utônonas para o

gover-9

no

Xa = exp:::>rtaçàes autônomas para a agri-cultura

X = exportações totais

Então no esquema contábil acima, temos

-

-

-

-Y

=

I+W+X +X +X +X +X -Ml-M-x c c 9 a .--Z ( 3)

ademais,

W

=

a Y ( 4)

Quer dizer, a folha salarial dos operativos é determi-nada. pela renda, dada a parcela salarial que, por sua vez, como como vimos,

é

determinada pelo "mark-up" e pela relação de custos diretos (a=l/[(k-l) (j+l) + 1])

(15)

.41.

A equação (5) expressa a indução de consumo pela rendê do setor industrial através da propensão c

( 6)

( 7)

ml e m2 representam, respectivamente, os coeficientes de import~

ção da agricultura e do exterior

Substituindo (4), (5), (6), e (7) em (3), temos

Y

=

1

-

I + X + X + X + X

-x c g a (8)

A equação (8) é urna forma mais específica de ununciar Y=(l-m)R, e guarda semelhança com a fórmula de livro texto. A novidade e o elemento ~, parcela salarial, como indutor de de-manda. O seu papel será melhor compreendido na seção seguinte.

5.3.3- Demanda Efetiva e Produção Efetiva de Produto Indus-triais em Uniõades de Emprego

Para transformarmos unidades de fluxo monetário em u-nidades de emprego utilizamos a seguinte identidade:

Y - w

a N _

Y

N N ( 9)

Dividindo ambos os membros da proposição de deManda c-fetiva Y=(l-m)R, em termos nominais, por w/a, obtemos:

(16)

J :

. .; 2 •

onde

N~ demanda efetiva em unidades de emprego

(l-m)~ coeficiente de vazamento de importações

R/w~ vendas em unidades Je trabalh~ (emprego)

a~ parcela salarial

Adotando o mesmo procedimento de tr~nsformaç~o a equa-çao (8), temos:

N= l-a-c+ma Í/w +

X

/w + X /w +

X

/w +

X

/w l+m2 x c g a

(11)

-A diferença entre a equaçao (8) e (11) e que a parcela salarial entra no numerador e todas as despesas autônomas est~o

expressas em unidades de emprego.

-Em todas as equaçoes - (8), (10) e (11) - a parcela

sa-larial age positivamente sobre a renda e sobre o emprego. A

ra-z~o

é

a que aduzimos na introduç~o. Se considerarmos o inverso da parcela salarial, ternos um índice de produç~o em unidades de trabalho por unidade de trabalho. Ent~o, suponha que a parcela salarial aumente. Isto significa que há urna reduç~o na produç~o

em unidades de trabalho por unidade de empre90. Em outros termos

é necessário mais emprego para se obter o mesmo nível de produ-ção em unidades de trabalho. Vale dizer, e "produtividade real" Y

IN

se reduz e, portanto, há necessidade de mais emprego. Isto

w

quem sabe cause estranheza ao lei tor, pois geralmente associa-se aumento t~nto'c1e cJn:ore:-oo come de ?rodutivioélde co!"!':ó 'coisas

b03S em si r:lesmo. E o que estamos dizendo e que, com

(17)

.43.

necessidade de enprego. Este aparente p~r~Joxo e resolvido se pensarmos, primeiro, na agricultura. É facilmente aceito que quanto maior a produtividade do trabalho na agricultura, no sen-tido comum dI:; termo, menos gente

é

necessária na agricul tura

r;a-ra manter os tr;a-rabalhadores da própria agricultur;a-ra e dos demais setores. No caso em questão, mutatis rnutandi temos a mesma

situação para o setor industrial: quanto maior a "produtividade real", um menor numero de operativos

é

n,ecessário para manter os próprios operativos do setor undustrial e dos demais setores. Rr

fim, apenas para fixar a ideia, imagine a seguinte situação de ficção científica: os robos fazem tudo e e apenas necessário um operativo, alguns minutos por dia, para apertar alguns botões. Neste caso a parcela salarial caiu a um valor mínimo imaginável e a "produtividade real" chegou a um valor máximo imaginável.

5.3.4- Demanda Efetiva e Produção Efetiva de Produtos Indus-trias em Unidades de Produto Industrial

Para transformarmos unidades de fluxo monetário em u-nidades de produto industrial basta deflacionar os fluxos mone-tários pelo nível de preços industriais, P. Aplicando este pro-cedimento a Y=(I-m)R e a equação (8), ternos, respectivamente:

Q= [( l-m)] R/P (12)

e

Q= I I/P +

X

/P +

X

/p + X /p + X /p

x c g a ( 1.3)

(18)

t

.45.

A equaçao (17) nos diz que o "salário real" aumenta di-retamente com a elevação da demanda efetiva em unidades de produ-to, por unidade de demanda efetiva em unidades de emprego, e se reduz, diretamente, com a elevação de "produtividade real".

A questão é: a equação (17) é consistente com os fatos

~tilizados do ciclo econômico? Resposta: sim. Há dois fatos esti7 lizados consagrados na evidência empírica do ciclo econômico: I} de que a "produtivadade", entendida no seu sentido comum, varia prociclicamente; 2} de que a parcela salarial varia contra-cicli-camente. As evidências para o caso americano são docUIT.entadas e 'têm urna interpretação muito distinta da nossa, em ockuw 1981. No caso brasileiro, as evidências não são captáveis em dados anuais, entretanto, Macedo, 1978, com base em dados mensais aproximativos confirma a estilização da "produtividade" e da parcela salarial para o Brasil.

A

luz de nossa interpretação, o "salário real" cresce mais em épocas de prosperidade do que em épocas de recessao por-que a relação Q/N cresce mais depressa que Yw/N. Entretanto, para processos recessivos prolongados como o que o Brasil vem expe-rimentando nos últimos três anos, e possível um processo distinto:

Q/N cresce porque Q declina menos rapidamente do que N. ademais,

é pos·sível que ocorra uma elevação de Yw/N, embora nao tenhamos

v..

tc".t.',

tJ..

ckrl ;/

meios de constatar. Os fatos ~ilizad~são bem documentados para períodos de prosperidade e recessao de duração curta (um ano e meio ·no máximo) •

Em termos de variação proporcional, a eguaçao (17) do

salário real é:

(19)

-.

'.

l-I '

" .

• 4

ou

v

=

Q

Y/w

-

(19)

Porán ( 20)

Substituindo (20) em (19), ternos

v

=

Y/p ( 21)

-A equaçao (21) nos diz que o salãrio real cresce (d( cresce), quando a demanda efetiva em unidades de produto cres< (decresce) mais que a demanda efetiva em unidades de trabalho. Isto é somente uma decorrência do que aduzimos na introduçãc. emprego é meio; produção para venda e fim; adernais, emprego custo; produção vendida é receita.

5.3.6- Variação da Inflação, Salãrio Nominal e Salãrio Real Trazendo aqui a equaçao da variação da taxa de infle çao, desenvolvida na seção anterior, e substituindo nela, a c.

quação (21) da variação do salãrio real, temos

-(Yji> - Y/w) ( 22) A equaçao (22) resume o que desenvolVemos até agora. Em que medida ela nos ajuda a responder a clássica pergunta < momento: como reduzir a inflação e a recessão?

(20)

=

.,

.'

,

.

.1

':

.1

.'

.'

.'

,I

,'-o '

.47.

riamente, um coeficiente de realimentação da expansão do salário

nominal, r, menor que 1.

Isto vem sendo tentado pela atual

po-lItica salarial.

Tal processo, em si, não tem caráter recessivo: é, em

si, puramente desinflacionário. Por outro lado, uma

exp~nsão

da

demanda efetiva, em unidades de produtos, Y/P, puxaria a demanda

efetiva, em unidades de emprego, Y/w, estancando e, em

seguida,

revertendo a expansão negativa ,do emprego industrial. Se nao

hou-vesse limitações a tal expansao, ela ajudaria na redução da

in-flação. As limitações, estão nos setores externos: o externo

~

priamente dito, que é o principal, e na agricultura. Expansão de

demanda

termin~.

por pressionar o setor externo

q~e,

por

escas-,

sez de divisas, se manifesta com inelasticidade-preço de oferta.

O coeficiente M/R, de vazamento, tende a subir neutralizando

te do efeito expansivo de gastos autônomos. Por outro lado,a

re-lação de custos diretos j=M/W, também tende a subir, reduzindo a

parcela salarial, o que provoca dois efeitos. 1) Um

amortecimen-to na expansão positiva da absorção de emprego; 2) Redução

do

"salário real", em termos de produtos industriais e salário real,

em termos de custo alimentício ou custo de vida. Isto injeta

pr~

são sobre a espiral preços-salários, dificultando a obtenção de

um coeficiente de realimentação de expansão do salário nominal,

r, menor do que 1, comprometendo o esforço de desinflação.

Resta, portanto, repetir o que hoje em dia se tornou

pfatitude: esforço de curto, médio e longo prazo devem ser

fei-tos no sentido de reduzir as restrições externas: a externa

~ro­

priamente dita e a do setor agrícola.

O mais importante do modelo, é a conclusão de que

nao

(21)

·

~.-

.

.'

I.

>_""_ J_"

.48

pelo setor externo. Reduções de demanda, como

fim

em si mesmo

(22)

f'- ....

ESCOLA DE P6S-G~~DUAÇÃO EM ECONOMIA

DO INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA

DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

Seminário de Pesquisa Económica I

a

1. parte

Data: 16/02/84

Local: Auditório Eugênio Gudin

Horário: 15:30

Coordenadores: Profs. Fernando de Holanda Barbosa

Clovis de Faro

Gregório Stukart

"O PROBLE~ DA DlvIDA EXTERNA"

(23)

----(

2.1

L')Dett _BT.amill

he dynamics or foreign indebtedness is described by ~he differential (:quationl

D :: iD + G (1)

wh re D indicates the cour.try·s net foreign debt (i.e.~otal external

indebted-.

ne~s,public,?rivate,short anc long t~rm • minuE foreign reserves). D its delivative respect to time (following the usual convention on dots).i the

av rage nominal interest r~te • G s~ands for th resource bap(+) or surplus(-). here defined as the non interest current account external dericit.minus direct

ir estment into the country,plus capital exports from the country. This is a ~ebt related derinition : direct investment from abroad reduces the gap

(or adàs to the surplus) because foreign risk capital is not included in the cc ,ntry' s external liabili ties. G and Dare measured in current dollars and, for sake of simplicity,all the country's foreign debt is taken as dol1ar dE lomir.ated. Since our concern is the debt problem. negati ve values of D wj'l bé exclud'ed from the time span of our analysis. Treating G and_ i as piecewise continuous functio1?s 01' time.equation

(1)

is solved by the

C\ lbersome expressiona

D(t)

=t

-00

J:

J

G(j) e

wl ·.ch says that the present net extf=;rnal debt equals the sum of the past resource gaps grossed up by cor.:pounded in •. erest rates.

Equation. (1) is not:!ing but a balance of pay:r.ents t.autology that splii:-s the net foreign àebt increase into two cOr.iponents.the interest ~ay;nents iD al.J the non hereãi tary pp.rt G. I ts in.portance resul1,;s fr-om the fact that,

e: :ept :ror cor..p15_cated interest rate rene[otiatlons. pconor::ic policies in debtor countries can only affect the àebt paths: thr-ough action on tlle resource

fê ) or surplus. 'Ia}:ing the interest rate 2S a constãnt, é:Tld treating G as

a well behaved õecreasing. :fur.ction 01' time, which crosses the z.ero land;nark a'. ins t.ant To' as in- figure la, one is led to the f2.~oUS three phases 01'

~ ! debt cycle • Phase I is that 01' resource Gapc,when the debt grows faster than inte:·est rates. In Phase 11 the country Gcores r('cource curl',luses .lut

tl ~se are not stronc c:r,:ough to offset the intercst pay~( nts: the àebt

(24)

: I

.

. 2.2

contir.ues to expand,although at rates of growth below tr.~ interest rate. Fir.ally, in Phc.se III. the resource surpluses acquire the ;:eces~ary ;',C~.f nt .... m

to overcome the interest paylilents, the nornir.al debt decl~::-,es until bE ing paid off,as in figure lb.

t

Figure la

D

?hase I Phas; 11 Phase 111

~---7---,---Figure 11

Table I shows h 0\0.' the Bré~zilian foreign debt has e):par.~ed between 1971

and 1982. It displays_a typlce.:D movem(-nt from the early stéges of ?hase I.

when debt increases are gap do:ninated. to the late ones, w}-.en debt grows mostly because o~ interest accumulation.ln fact.in 198) 3razil moved to Phase 11 cf the cyc1c. Yet,data a1so indicate that.in ~ ~or1d of shocks , neither the in~ercst rate is to be treated as a const~nt nor the resource gap aS a w("11 bel-.av("d deo1ining function of time. h'hen i é -.... d G are

stochastic-the phases cf stochastic-the debt cyc1e do not neces~ari1y follow t~eir natural crder. DouLts may be cast on whether Phase lI! wi11 ~ver be rea=~ed and corne to

(25)

_ $.

.r',

r t t ' te ' . . . . _ . . . ' • . . 1St '_s.) Ht .. _

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

1·-_---·

TABLE I

BRAZlL I S Nl:.T FOREIGN l)E!Jr (U5$ MILLICN)

I

aJH1J::m J\CXXXJN'f

I

Orn&:I' lNVES'INENI'

I

""I

I

.

I-Ji."f liUTIAL 'MINUS ,CAPITAL DElJI' n,11';'PI;;sr REs':UnCB I:,ND OF Yl:AR NET AVJ!:AAGE IN1EHES1'

·Ú ... n

I

DI!lI' Ol::i:'ICIT EXroRTS lNCRr?ASE P1\~1E/:r.rS G..~p ,fCili::IG.."l , DEU,r

rum::

(t,)

i) C I 'flD=C-I J G= D-,J Dl=Do+6Ü I=J/D

O

I

O

I

1971 4.109

I

1. 307 168 1.139 302

I

837 5.248

I

7.4

1c"n 5.2 :

n

I

1. 489 318 1.171 : 35~ 812 ; 6.419 6.8

1~7J u. ·119 I 1. 688 940 748 514 234

I

7.167 I 8.0

I

I

1~74 7.167 "1.122 8137 6.235 652 5.583 13.402 9.1

1975 13.1\ ü2 6.700 892 5.808 I 1. 498 4.310 19.210 11. 2 1 :,.,,. , l~.

:no

I

ti.017

I

959 5.056 1. 010 3.248 2;j .2 ti 8 9.4 l:ii7 ~'1. :.: ú8 '1. 037 810 3..227 2.103 1.124 27.4~5 8.7

I

I

\

1~7b 27.4~S

I

6.990 2.047 4.943 2.696 2.247 32.438 9.8

1:179

I

32. 'l38 10.7,12 2.212 8.530 4.185 4.345 40.968

I

12.9

l~I',O

I

40.96ü 12.807 1.532 11. 275 ó.311 4.964 52.243 15.4

1" • I S2. 2·l) 11.7~4 2.326 9.

·~08 9.1lil 247 61..651

I

17.5

l!l

~"!

j

G1. ti51 I lú.279 2.542 13.737 11.35ti 2.379 75.388 I 18.4

I

- --

I

I

í , ,

t

~IU:

BI\NCX) CENmJ\L 00 I3MSIL

1

(26)

2.4 An important question is how long should a developing country remain on P ase I of the debt cycle. The ar.swer depenàs on a }:ey variable of the debt dynamics, the difference between the rate of growth of its exports and the L.terest rate on the outstandin,g debt. In fact,indicating by X the dollar

v lue of the country's annual exports of gooàs and services,by x=

i/x

its rate of growth,and by

z=D/X

the deb~export ratio,equation

(1)

is equivalent

1'1(+)

z

=

(i-x)z + g (2)

~~ere g

=

G/X

stands for the resource gap as a proportion of exports.The abov equation yields a well known stability condition: if the rate of growth of , ~~orts exceeds the interest rate,a permanent resource gap can be reconciled with a limited debt/export ratio. In the particular case where i,x and g

; re kept unchanged in time , the debt/ export ratio converges to : x-i ( 3)

As an example, if a country sustains a resource gap of 10% of its exports evenues,if such revenues increase 13% per annum,and if the interest rate remains at 8% a year,the debt/export ratio converges to 2.

If the interest rate exceeds the rate of growth of exports,resourc~ ~aps

annot be sustained for long,since they would push the debt/export ratio beyond any safety limito Hence,depending on the expected sign of x-i,

lildly declining resource gaps can either be looked as a natural absortion of foreign savings or as ar. evidence that debtor countries are postponing

~he indispensable adjustn;E:nt policies. In' :fac t, the bre2.kdown of competi tive ·ecycling can be e)~lained by ~ suàden and unanticipated change in the sign of the x-i dif:ferentia!. Along the seventies, when debtor countries were

!xpanding their exports farbeyond the interest rates, resource gaps were

cor.sider~d a natural element in the balance of p2~~cnts o:f the non oil leveloping countries. In a few c~Ses there was some qu€stioning about lhe size of the gaps, but not about their signo \-:i th the unanticipated E:vents of the early eightics,the explosion of the intE:rr.ational interest

:-ates,world rpcession,dollar aooreciation é'ind shrinkinr. trade,conventional

(+) To prove the equivalence between equations (1) a~d (2) it is enouch to

(27)

2.5

wisdom ~ovd to the opposite pole.In the interim period .debt/export

ratio~ :o~e sub~tantially,entcring in some cases a da~ge~ous zone.A typical example is that of Brazil,where such ratio leape~ from 2.6 in

1980 to 3.8 in 1982.

Because of the steep increase in th~ debt/export ratios and of the change of expectations pn the x-i differential,what was previously ac.::epted as the normal debt dynarr:ics of the developing C Ol.."ntri es, was

suddenly transfcrmed into evidence of overindebtedness. Since no debtor country can uphold a resource gap without its creditors consent,developing countries WE're forced to move to Phase 11 of the debt cyc:le and are now being urged to reach Phase 111 as quiclity as possi ble. This is to say tha.t. debtors must s~stain a resource surplus G= -hX, where h ~s a positive ratio that transforms equation (2) into:

z

=

(i-x)z - h (4)

::>ince h is the propcrtion of exports that the country will S€:t aside to service its externaI debt,the above equation bears SO~ similarity with the Norman Bailey rescheculing proposal : developing cot:..'1try debt should be replaced cy €xchange participati 01 notes enti tling the hold er' to a

sp€cific participation in the country's export earnings. Althcugh highly

.

impractical frem th€· banking point of view ,the proposal describes he.w foreigr. debts can be expected to be repaid: with part of the export proceeds and not by ~he sale of assets or natural resources.As such,it provides som~ useful solvency tests.

A weak sol vency test just requires the de·bt to be paic -off over a fini te time herizon.lt is automa ti cally fulfilled for any posi ti "/6 h if x-i ~ O,

i.e, if the interest rate àoes r:ot exceed the rate of grcwth of exports. rhis explain~ the attractiveness of a \'Iorld where interest rates remain consistently below thE rates of growth of international trade.In such

;cenario,m~st sovereit;n risk problems (ar; be autematically solved by

~hemselves. Debtor countries have only to ackowledge t\'lO ]:oints: i )exchange rate management should }:eep the country's exports in line with the expansion

~f international tr&ce; i i )the costs of sustaining for lcng a c:ertain surpl us/ ex!.or-t ratio are sl;'bstantial]y lo ... er than those of extended

10ratod a. Credi to:"S' are 1.,: only be requir-ed te understanc the dynamics

(28)

I ,

2.6

If the ineqt"c;li i.y x-i

r

o

hclds. e:;tcrnal de'tts can be paid-off in no more than T= zú/h years. where z stands for the initial debt/export ratio.

Cv~ntries like 3razil and Argentina,where Zo is close to

4.

could repay a 1 their externaI debts in no longer than

16

yearsJif they were willing

to set aside

25%

cf their expcrt revenues to E€:l'vice the foreign liabili ties.

:3 l:, ever. if the warrar.ted s1,;.rplus/export ratio was reduce:d to a moc€st 10%.

t~p d~bt wúuld still b& fully rep~.id within a 40 year time horizún. If expcrts expand below the i1l1erest rate,a minimum criticaI effort h .(i-x)z i~ needed to }:revent Ule debt/export ratio irom exploding beyond any s8..fety limi t. This is te say that, if the interest':rate exced~

b: 6 percE,ntage points the rate of growth of exports f cour!tri es like Brazil a.'"'1 Argent ina woulã not eVE:r. rr.eet th~· weak felvencJ test if they wer e not

w~lling te s~stain aI surplus/export ratio above

24%.

~~king h and x-i as constants, equation

(4)

ia solved byt

z

=

i-x h

(5)

A: ;uming h> (i-x)zo' as required by the weak solvency test, the number of

~rs

to pay-off the debt(i.e,to reduce z to zero) is given bYt(+)

T

=

(6)

x-i

w} .ch is a decreasing function of both, h/zo Table 11 •

TABLE 11

and x-i as indicated on

Number of years reouired to nav-off the debt

x- .(,: a year)

6

-4

2 O 2 4 6 00 50.0

34.1

27.5

23.1

34.1

25.0

20.3

17.3

15.3 h(~)

27.5

20.3

16.7

14.4

12.8

11.6

23.1

17.3

14.4

12.5 11.2 10.1 10z o

15.3

12.8 11.2 10.0

9.1

8.4

7.8

I (+) Formulae

(5)

and

(6)

an5ume X i. For

x:i,

z=z -ht and T

=

z Ih.

Imagem

Figure  la
TABLE  IV
Gráfico  1.
Gráfico  4.
+7

Referências

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