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Custo social da energia elétrica

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(1)
(2)

CUSTO SOCIAL DA ENERGIA EL~TRICA

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA

A

CONGREGAÇÃO DA ESCOLA DE POS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA (EPGE)

PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE

MESTRE EM ECONOMIA

POR

PAULO DE TARSO Cru~RGO

19900. 170 T/EPGE Cl72c

1111II1111I

1000052300

RIO DE JANEIRO, RJ NOVEMBRO/89

(3)
(4)

TESE DE MESTRADO

APRE SE NT ADA

À

EPGE

(5)

C

r

R C U LAR N94l

Assunto: Apresentaçao e defesa pública de Dissertaçao de Mestrado em Economia.

Comunicamos formalmente à Congregaçao da Escola que está marcada para o dia 27 de novembro de 1989 (2a. feira), às

15:30 horas no Auditório Eugênio Gudin (109 andar), a apresentação e defesa pública da Dissertaçao de Mestrado em Economia, intitulada "CUSTO SOCIAL DA ENERGIA EL~TRICA", do candidato ao titulo de Mes.,. tre em Economia, Paulo de Tarso Camargo.

A Banca Examinadora "ad hoc" designada pela Escola s~ rá composta pelos doutores: Antonio Salazar Pessoa Brandão, Fernan-do de Holanda Barbosa e Clovis de Faro (Presidente).

Com esta convocaçao oficial da Congregação de Profes sores da Escola, estão ainda convidados a participarem desse ato a-cadêmico os alunos da EPGE, interessados da FGV e de outras insti-tuições.

(6)

ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

CAIXA POSTAL 80152 - ZC - 02

FIlO D. JANKIRO _ FI.J - BRASIL

LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Como integrante da Banca Examinadora, designado pela EPGE para julgar a dissertação de Mestrado, intitulada "Custo Social da Energiâ Elétrica", do candidato ao título Sr. PAULO DE TARSO

CAMARGO, sou de parecer que a referida tese seja aprovada e outor gado o título pretendido pelo candidato e autor desse trabalho.

A-f Formato lntemaclonal

210x29'1mm

Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1989

Fernando de Holanda Barbosa Diretor de Pesquisas/EPGE

t

t

f

f

!

(7)

1

-2

-3

-pág.

AGRADECIMENTOS

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i

APRESENTAÇÃO • • • • • • . • . • . • • • • • • • • . . • • • • • • • • • • • • • • . . . 1ii

CAPiTULO I:

PREÇOS SOCIAIS •••••••••••••••••••••••

1

Definição

Preços de

Preços de

peraçao e

co Mundial

Geral de Preços Sociais

.

. .

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. .

.

Conta no Manual das Nações Unidas

. . .

Conta nos Manuais da Organização para

Coo

Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do Ban

. . .

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1

6

8

3 .1 Pl:"eçc::>s de Cl::>rlta •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 8

3.1.1 -

Bens

Imp:>rtáveis e EKp:>rtáveis a::m Preços

de

Fronteira Fixos ... 8

3.1.2 -

Bens

Imp:>rtáveis e EKp:>rtáveis cxm

Preços

de

Fron.teira Variáveis ... 10

3.1.3 - Bens Potencialmente Importáveis ou Exportáveis.

12

3 • 2 Fatores de Ct>nversão ...•..•...•...•..•••••....•.... 15

3.2.1 - Fator Padrão de Ct>nversão

15

4 -

Preço de Conta do Investimento .•••••.••..••..•••..

24

5 - Preços Sociais . . . 30

(8)

5. 2 Preços SOCiais de .Acordo can o Banco M.mdia1 •••••••••• 3 5 5.3 O Preço SOCial da Mã~e-Obra ••••••••••••••••••••••••• 44 5.3.1 - Significado de Salário SOCial ••••••••••••••••• 44 5.3.2 - Valoração dos (XJlif011entes ••••••••••••••••••••• 53 6 - O Salário Social nos Distintos Manuais ••••••••••• 55 6.1 Salário Social de .Acordo can a O.C.D.E. ••••••••••••••• 55 6.2 O salário Social de Acordo

oam

a O.N.U.D.I

(Organiza-ção das Nações Unidas para ó Desenvo1v:iltlento Industrial) 6 O 6.3 O Salário Social de Acordo cem o Banco Mundial •••••••• 66 7 - Taxa Social de Desconto •••••••••••••••••••••••••• 77

7.1 Taxa de Desconto do O::>nsumo de Acordo can a Organizaçã:> das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial

-(ootIDI) .•...•••..••.•.•••••••.•••....•...••••.••.•.•.. 80

7.2 Taxa de Desoonto do O::>nsurno de Acordo can a OCDE e o

BaIla:> Mlrrl.ial ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 81

7.3 Taxa O::>ntábi1 de Juros de Acordo can o Bana:> llindial •• 82 8 - Considerações Finais ••••••••••••••••••••••••••••• 85

CAPiTULO 11 - METODOLOGIA UTILIZADA PELAELETROBRÂS PARA A OBTENÇÃO DO CUSTO MARGINAL DE PRODUÇÃO DE

ENERGIA EL1!:TRICA ••••••••••••••••••••••••••••••••• 89

(9)

2 - Metodologia . . . 92

2.1 Cbrl.side:r-aÇX)eS Gel:'ais ...•...•...•... 9 2

2.2 Estimativa do CUsto Incranental Médio de Longo Prazo.. 96 2.3 QJstos Marginais de Interconexão,

Repartição

e

Distri-...

1..A.11ÇCl() ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

-

108

2 • 3.1 - Intl:"CX:itJ.ça.o •••••••••••••••••••••••••••••••••••• 108 2.3.2 - As Leis Q.lantitativas de Cl>ras (IOO) •••••••••• 114 3 - A Depreciação e os Custos de Operação e Manutenção 143

3 .1 Cl:>ncei tcs Amais ...•...•... 14 3

3.2 Algumas Pranissas sabre o Uso das Redes e Linhas ••••• 143 3. 3 O CUsto dos Agregados Diminui cxm o Terp:> •••••••••••• 14 4 3.4 O CUsto de Manutenção de Una lh1.idéde do Agregédo

Dimi-nui cxm o Terq:x:> e Aumenta cxm a Idade do BEm ••••••••• 14 5 4 - Metodologia de Passagem dos Custos Marginais às

Tarifas de Referência (Tarifa de Energia

E1étri-cal

.

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146 4.1 Conceitos BásiCX)s ... . 146 4.2 cálculo das Tarifas de Referência (Energia Elétrica) • 149

4.2.1 - Tarifa de Referência para os Clientes de

Mé-dia Tensão < 500 kW •••••••.••.•••••••••.•• 149 4.3 Tarifas de Baixa Tensão ... 152

(10)

Ta-LAUDO SOBRE DISSERTACÃO DE MESTRADO

Como integrante da Banca Examinadora, designado pela EPGE para julgar a Dissertação de Mestrado, intitulada "CUSTO SO-CIAL DA ENERGIA ELÉTRICA" do candidato ao título Sr. Pau10 de Tarso Camargo, sou de parecer que a referida Dissertação seja a-provada e outorgado o título pretendido pelo candidato e autor deste trabalho.

A-4 Formato Internacional

210x29'1mm

Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1989

!Z~V

Antoni~1azar

P. Brandão

(11)

rifas Residerl.ciais •••••••••••••••••••••••••• 153

4.4 Aplicação das Tarifas de Referência ••••••••••••••••• 155

4.4.1 - COnsiderações Gerais •••••••••••••••••••••••• 155

4.5 A Passa:JEm das Tarifas de Referência

às

Tarifas

Ap1i-cáv"eis •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 15 7

4.5.1 - Os Ajustes do Sinal Tarifário ••••••••••••••• 157

5 - Consideraç6es Finais •••••••••••••••••••••••••••• 160

CAPíTULO 111: ANALISE CRíTICA DA METODOLOGIA

UTI-LIZADA PELA ELETROBRÂS PARA A AFERIÇÃO DO CUSTO

MARGINAL DE PRODUÇÃO DE ENERGIA EL~TRICA •••••••• 162

1 - Introdução.. . . . . 162

2

-3

-4

-5

-Custo de Amortização do Investimento

. . .

.

.

. .

. . .

.

.

Variação do Custo Anual de Combustível

.

. . .

.

.

variação do Custo Anual de operação e Manutenção.

Variação do Custo Anual do Déficit

. . . .

. .

.

.

. . . .

. .

5.1 Olsto p::>r Falhas no Fornecimento de Energia Elétrica

164

173

178

182

~a as IrldÚstrias .••••••....•••••••••••••••••••.•.• 18 5 5.2 Olsto p::>r Falhas no Fornecimento de Energia Elétrica

~a as Unidades Residenciais .•.•.•.••.•.•.••••••••• 189

5.3 Olsto p::>r Falhas no FOrnecimento de Energia Elétrica

(12)

5.4 COnsiderações Gerais sobre a variação do Olsto Anual

do Déficit ..•••...•••..•...••.•••••.•..•..•.. 192

5.4.1 - Estimativa do Olsto ]mp1icito'do Déficit de

E:rleI'gia (mE) ... 192

5.4.2 - Estimativa do Olsto ]mp1ícito do Déficit de

l?c>têrlcia ( mp) ••..•• • • • • • • • • • • • • • • . • • • • • • • . 19 3

5.5

Res\mlC)...

194

6 - Variação do Custo Anual das Perdas Elétricas ••• 195 6.1 Olsto Anual das Perdas Elétricas para a categoria In

dustr1a.l ... 19 5

6.2 Olsto Anual das Perdas Elétricas para as . categorias

Residenciais e de OUtros Serviços •.•••.•••...••.••• 196 6 3 r-,.... \.,Io...ins id er-aç;c::>es - P' ~s , ••••••••••••••••••••••••••••••• 197

CONCLUS~O •••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 199

(13)

AGRADECIMENTOS

Expresso meus agradecimentos a quantos, direta ou indire

tamente, contribuIram para este trabalho.

Em particular, agradeço ao Banco do Brasil S.A. por ter

me proporcionado as condições financeiras, para que pudesse de

senvolver meus estudos. Retornando às minhas atividades,espero

recompensá-lo, procurando realizar minhas funções com interes

se e dedicação, orgulhando-me em pertencer ao seu quadro de

funcionários.

Externo minha admiração e estima pelo professor Clóvis de

Faro que, através de sua orientação e conhecimento, me tornou

possIvel desenvolver esta Dissertação. Foi importante, para

mim, poder desfrutar desta sua orientação e ajuda constantes.

Meu agradecimento especial ao professor Mário Henrique

Simonsen que, para mim, foi mais do que professor, foi um ami

go que, em momentos difIceis, me apoiou e ajudou.

Dedico este trabalho a minha esposa que, embora distante,

nunca me abandonou, pois seu pensamento sempre esteve voltado

(14)

Ofereço,ainda,este trabalho aos meus pais que, além

da

(15)

Neste trabalho daremos ênfase ao aspecto social que, em muitos projetos de investimento, não é devidamente considera-do, quando de suas respectivas avaliações econômicas. Assim sendo, aqueles projetos que assumem uma conotação social no âmbito da economia nacional, quer sejam de irrigação, eletri-ficação rural, construção de barragens, ampliação e instala-çao de usinas hidroelétricas, deixam-nos implícito os objeti-vos da política econômica e social que são definidas pelo Go-verno.

Mas, na realidade,' as regras, que sao impostas pelo Go-verno

à

economia, acabam gerando distorções de prioridades,

acarretando, por vezes, projetos de investimento que são viá-veis sob a ótica empresarial. porém, não se constituem na me

lhor alternativa para a sociedade como um todo.

Além disto, a disponibilidade de recursos que a economia pode utilizar, o nível de desenvolvimento do país, também se constituem em significativas restrições. portanto, no caso específico do setor elétrico, ao se expandir o sistema, aumen tando-se a oferta de energia elétrica, procura-se conferir ~

(16)

melhor distribuição de renda, um menor índice de desemprego, uma melhor qualidade de vida e um maior crescimento da renda nacional.

No entanto, há o aspecto do custo social do projeto de e~ pansao do setor elétrico. Logo, é este o aspecto que nos det~ remos. Especificamente, abordaremos o custo social de produ-ção de energia elétrica

Assim, quando a Eletrobrás, "holding" do sistema elétrico nacionál, efetua a avaliação econômica de projetos de instala-ção ou de ampliainstala-ção da capacidade produtiva do sistema, acaba considerando os preços que sao praticados no mercado para os bens e serviços utilizados.

Ora, tais preços só representariam o valor real, na ótica social, caso as leis de oferta e procura funcionassem livremen te e em condições de concorrência perfeita. Deste modo,efetu~

remos uma análise critica, à luz da bibliografia existente, da metodologia correntemente utilizada pela Eletrobrás, para a ob

tenção do custo marginal de produção de energia elétrica.

(17)

ins-LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Como integrante da Banca Examinadora, designado pela EPGE para julgar a Dissertação de Mestrado, intitulada"ÇUSTO SO-CIAL DA ENERGIA EL1!:TRICA" do can.didato ao titulo Sr. Paulo de Tarso Camargo, sou de parecer que a referida Dissertação seja a-provada e outorgado o titulo pretendido pelo candidato e autor deste trabalho.

A-4 Formato Internacional

210X29'hnm

Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1989.

(18)

talada. Alguns itens que compoem o custo marginal de produção serão reavaliados, quando, então, o aspecto social será consi-derado.

Tal análise critica propiciará, com certeza, reflexões so bre a utilização da metodologia desenvolvida pela Eletrobrás. Para tanto, efetua~emos, no capitulo I, uma abordagem sobre

"preços sociais" onde algumas metodologias empregadas na sua obtenção serão apresentadas.

No Capitulo I~enfatizaremos a metodologia empregada pela Eletrobrás para a aferição do custo marginal de produção de energia elétrica. Já no capitulo 111, faremos uma análise cri tica de tal metodologia e, então, procuraremos ressaltar alguns aspectos que julgamos relevantes, quando a ótica social é, en-fim, considerada.

(19)

CAPiTULO I

PREÇOS SOCIAIS

1. DEFINIÇÃO GERAL DE PREÇOS SOCIAIS

Na análise de projetos públicos a utilização dos preços de

mercado não

é

um bom indicador; pois, em tais projetos, o

obje-tivo não

é a lucratividade, que é o fator de suma importância

na ótica privada.

Tem-se que buscar novos preços que nos levem

ao ótimo do ponto de vista social.

Dado às dificuldades de se construir uma função de

bem-es-tar social, devido à grande quantidade de elementos que fazem

parte desta, destacaremos dois, que são os mais relevantes:

a) A quantidade de bens e serviços à disposição da sociedade: o

consumo global.

Sem maiores dificuldades, argumenta-se que quanto maior

a

quantidade de bens e serviços, maior

é

o bem-estar.

E

quan-do nos colocamos de acorquan-do que ao se elevar o consumo da

so-ciedade, estamos elevando o seu bem-estar, chamamos

a

este

objetivo de eficiência;

(20)

1ho-ria na distribuição eleva o bem-estar global da sociedade,

ainda que nao se aumente o total dos bens e serviços a

se-rem distribuídos.

Tal distribuição de bens e serviços possui três aspectos,

que podemos diferenciar para efeito de análise:

I - Distribuição pessoal (entre pessoas) ;

2 - Distribuição regional (entre regiões ou áreas geográficas) ;

3 - Distribuição temporal.

Estes três aspectos sao importantes e constituem o

chama-do objetivo de "eqüidade".

Quando se busca a rentabilidade pri

vada, aplica-se o cálculo da rentabilidade financeira de um in

vestimento.

Isto seria feito com base nos preços financeiros

que sao simplesmente os preços de mercado.

Ao abandonarmos es

te terreno e entrarmos no campo da análise de custos e

benefí-cios sociais, utilizam-se, então, novos preços que sao

generi-camente chamados de "preços de conta".

Suponha-se que prescindimos do segundo dos objetivos

ex-postos e o que nos interessa é apenas o objetivo de

eficiên-cia, ou seja, garantir

à sociedade a máxima quantidade

(21)

distribui-çao de tais bens e serviços.

Diz-se,

neste caso, que buscamos

a rentabilidade econômica.

Para tanto,os preços utilizados

se-rao os preços de conta de eficiência, ou preços de conta

econô-micos.

Por outro lado, ao se introduzir o objetivo de

eqüida-de, juntamente com o já contemplado objetivo de eficiência,

te-riamos, com a ajuda dos preços de conta sociais, ou melhor, dos

preços sociais, a análise da rentabilidade social efetivada.

E

importante assinalar que tais preços sociais

introduzem

um juizo de valor. adicional aos contemplados nos preços de

con-ta de eficiência: a distribuição da receicon-ta.

Recapitulando um

pouco, teriamos então:

De

eficiência: objetivo de eficiência

Preços de conta

Sociais: abjeti vos de eficiência

e

eqüidade

Existem urna série de preços de conta que sao gerais,

no

sentido de que sao aplicáveis, urna vez calculados, em

qualquer

circunstância, sem necessidade de maiores adaptações.

são

os

chamados, segundo a terminologia das Nações Unidas,

parâmetros

nacionais.

Os demais dependem das condições particulares em que

(22)

Há também o problema da escolha do "numerário", que é uma maneira comum de se medir as mudanças no bem-estar que a ativi dade do setor público propicia. Obviamente, nao estamos nos referindo

à

eleição de uma moeda, qualquer uma serviria, tra-ta-se de se eleger um elemento comum que nos permita comparar e medir a contribuição dos objetivos de qualquer ação do setor público.

Um candidato a este papel é o consumo. De fato, poderia-mos intentar medir qualquer modificação no bem-estar social

através de seu equivalente em consumo. Assim, os preços de conta viriam medidos, pois, em unidades de consumo que estão di retamente relacionados com o primeiro dos objetivos que desta-camos anteriormente.

Um outro candidato seria o investimento, mas esta opçao nao se afasta muito da anterior, porque investir não é outra coisa que sacrificar consumo hoje em favor de um maior consumo amanhã. E, na realidade, o "numerário" que efetivamente esta-ríamos utilizando, seria o consumo futuro.

(23)

cia, já nao somos indiferentes sobre quem recebe este maior consumo.

o

valor do numerário estaria, pois, sujeito

à

modificação por este conceito, algo pouco conveniente tratando-se de um nu merário. E

é

este o tipo de razão que nos induz a preferir um sobre o outro.

Sendo assim, a Teoria dos Preços sociais tem um campo de atuação que transcende o terreno estrito da avaliação de proj~

tos. E, dadas as anotações anteriores, já podemos começar a análise dos "preços de conta de eficiência",. os quais já nos referimos anteriormente, e que, para simplificar,

de "preços de conta".

(24)

2. PREÇOS DE CONTA NO MANUAL DAS NAÇÔES UNIDAS

A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento In dustrial, (ONUDI), considera o acréscimo no consumo global um dos elementos essenciais da função de bem-estar social. Neste sentido, os preços de conta deveriam refletir a contribuição, positiva ou negativa, do bem ou serviço de que se trata, na me lhoria do bem-estar social.

Se, por exemplo, o Governo, através de urna empresa públi-ca, proporciona um bem ou serviço adicional, pOde-se dizer que o bem-estar da sociedade melhora quando se aumenta o consumo por tal bem ou serviço. Mas, a questão que nos surge é: em que medida?

Isto é precisamente o que terá que traduzir o preço de conta de tal bem ou serviço. Para tanto, a ONUDI apresenta urna sistemática de grande tradição neste campo: a disposição a pa-gar.

O raciocínio é sutil, pois o indivíduo é livre para adqu~ rir ou não o'bem ou serviço que se oferece. Assim, se o adqu~

(25)

quantidade de dinheiro, que poderia ser utilizada em qualquer outra alternativa. Caso contrário, atuaria irracionalmente ad quirindo-o.

o

Governo ou qualquer agente econômico, ao intervir no sistema econômico, modifica o bem-estar social, já que efetua urna modificação na dotação de bens e serviços da comunidade.

Agora, a pergunta que nos surge é: Quem nos forneceria o o valor dessa mudança no bem-estar global? A resposta é dada por cada um dos indivíduos afetados, através da sua disposição a pagar por aquilo que estamos proporcionando.

(26)

3.

PREÇOS DE CONTA NOS MANUAIS DA ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO

E DESENVOLVIMENTO ECONOMICO

(OCDE)

E DO BANCO MUNDIAL

3.1 Preços de Conta

Tanto a O.C.D.E. como o Banco mundial consideram o

preço

de conta de um bem como o preço que obteríamos por ele (ou

te-ríamos que pagar por ele) no mercado internacional.

Necessita-mos, porém, dividir os bens e serviços em várias categorias.

3.1.1 - Bens Importáveis e Exportáveis com Preços de Fronteira

Fixos

são os bens e serviços objeto de comércio

internacional,

cuja respectiva elasticidade de oferta (para os importados) ou

de demanda (para os exportados) mundial é infinita.

Com

isto

fica assegurado que a possível atividade do setor público,

co-mo ofertante ou coco-mo demandante, não alterará o preço

interna-cional do bem.

Assim,

neste caso, os preços de conta (P.C.) de

se o bem

é importável ou exportável seria:

P.C. (Importável)

=

Preço CIF

+

Margem de ODmercialização

P.C. (Exportável)

=

Preço FOB

+

Margem de ODmercialização

(27)

onde:

Preço CIF

=

preço de importação do produto isento de

cus-to de transporte, imposcus-tos, tarifas

alfandeg~

rias e margem de comercialização.

Preço FOB

=

Preço de exportação do produto, isento de cus

to de transporte, subsídios

à exportação,

im-postos e margem de comercialização.

Pode acontecer que os dados do comércio exterior venham

expressos com um nível de agregaçao que seja difícil detectar

os preços de conta de alguns bens particulares.

Logo,

quando

nos encontramos nesta situação, há urna forma alternativa que,

a partir dos preços domésticos, nos permite conhecer o

preço

internacional, ou seja:

Preço CIF

=

Preço D:méstioo - (Margan de canercialização

+

O.lsto de

transp:>rte

+

Tarifas Aduaneiras

+

Irn-p:>stos)

Preço FOB

=

Preço D:méstioo

+

(Margan de canercialização

+

Olsto de

(28)

3.1.2 - Bens Import.áveis e Exportáveis com preços de E'ronteira Variáveis

Neste caso as elasticidades de oferta (demanda) mundiais já não são infinitas e a atividade de determinado pais pode m~ dificar o preço internacional do bem. ~ssim, quando este ad-quire uma unidade a mais de determinado bem,· acaba alterando os preços de t.odos os demais bens. Portanto, o preço de conta do bem ou serviço em questão tem que levar em consideração es-se impacto.

Por isso, calcula-se o preço de conta da seguinte forma:

P. C. (Importáveis) - preço CIF (1 + l/c)

P. C. (Exportáveis)

=

preço FOB (I - l/n)

onde:

c

=

Elasticidade de oferta estrangeira;

n

=

Elasticidade de demanda estrangeira (positiva).

Dos dois casos anteriormente analisados, pode-se dizer quo o segundo

ã

altamente improvável, ou seja: cmn sua polItica, for capaz de modificar os preços internacionais dos bens e s~r

(29)

Assim f sem embargo f o primeiro pode ser considerado o mais freq6ente, sobretudo para aqueles paIses considerados subdesen volvidos, que se tornam exportadores de produtos primários.

porém f há o problema que ao querermos conhecer o preço de

conta sob estas condições, as organizações internacionais (e nacionais) oferecem informações sobre a elasticidade de deman-da (n) para determinados produtos primários, mas não sobre a elasticidade de demanda mundial (n.) para o produto

J

de determinado pais.

Para estimá-la, o Banco Mundial oferece-nos a expresséto:

onde:

primário

seguinte

c

=

~ a elasticidade de oferta de exportação dos palses com-pet.idores;

a

=

participaç~o do paIs nas exportações mundiais totais;

n

=

Elasticidade de demanda estrangeira;

n.

=

Elasticidade de demanda mundial.

(30)

3.1.3 - Bens Potencialmente Importáveis ou Exportáveis

De acordo com o Banco Mundial sao produtos C]ue, embora nao importados e nem exportados na atualidade, poder~o ser, ca so o país adote políticas ótimas de comércio exterior.

o

preço de conta deste curioso grupo de bens depende, es sencialmente, de sua fonte de oferta. Se, excepcionalmente, o bem vai ser importado f en·t~o será aplicado um tratamento seme-lhante ao dos ítens anteriores.

Se, pelo contrário, o bem vai ser adquirido junto ao pr~ dutor nacional (ineficiente) I considerar-se-á como um produto

não importável e nem exportável.

o

Banco Mundial não deixa de recomendar que se procure, por todos os meios, utilizar as im" portaç6es como fonte de oferta.

A única exceçao a esta regra vem dada pelas chamadas in-dústrias nascentes. Impulsionar a utilizaç~o de importações nao teria sentido neste caSOi pois as condenaríamos a serem sempre nascentes.

(31)

utilizaçao de seus produtos. Logo, recomenda-se, a título de soluça0, a utilização de sua produçao valorizada como se fosse de bens importãveis, isto ~, a preços internacionais.

3.1.4 - Bens nao Importâveis e nem Exportâveis

Estão dentro desta categoria todos aqueles bens e servi-ços cujo preço dom~stico é inferior ao preço CIF de import.ação, mas superior ao preço FOB de exportação. Enquadram-se nes·ta categoria, por exemplo, a energia el~trica, o transporte e a construção civil. E o princípio fundamental para o câlculo do preço de conta deste grupo de bens

é

tratar de averigUar sua contribuição à poupança lIquida de divisas. Igual fazíamos/em outras palavras, com os bens importâveis ou exportáveis.

Sem embargo: e apesar de que o impacto sobre a dotação de divisas é o primeiro aspecto a se levar em conta, o que se tra ta de investigar é o "custo marginal social" de proporcionar o bem ou "benefício marginal social" que seu r.onsumo confere.

(32)

14.

no curto prazo, já que, no longo prazo, ~ de se supor que a de manda destes bens será suprida por incrementos na produção.

Vejamos, pois, como se calcula este custo marginal social de produção que nos daria, em definitivo, o preço de conta des te grupo de bens.

o

sistema seguido, em primeira instância, baseia-se numa id~ia sensata; ou seja, a produção dos bens e serviços não importáveis e nem exportáveis (como a energia elé trica, por exemplo) utilizará insumos que sao importáveis ou exportáveis (turbina, seradores) juntilluente com outros que nao sao (construção).

Logo, analisando-se a tabela de insumo - produto do bem de que se trata, podemos separar nitidamente estes dois tipos de insumos. Aos exportáveis ou importáveis dá-se o tratamento correspondente tal qual vi~os nos itens anteriores.

Com os que nao sao, procederemos de maneira análoga: ana-lisamos sua tabela insumo-produto ( do setor de construção,por exemplo) e procuramos separar novamente os bens que sao obje-tos de com~rcio internacional daqueles que nao sao. E, assim; sucessi vamente. Ao terminar o processo nos encontrarlamos um;].

série de insumos importáveis e exportãveis em um lado, e um ou

tro grupo de fatores primários no outro. Como estes últ.imos

I

l

I

I

I

(33)

recebem um tratamento particular em qualquer caso, têm, porta!2 to, seu próprio preço de conta.

Ao procedermos desta forma, nao nos isentamos de problc-mas. Em primeiro lugar, o fato de que o bem ou serviço, cujo

preço de conta estamos interessados em calcular, energia el(~-trica, por exemplo, aparece como insumo em muitos casos. As-sim sendo, poderiamos ser levados a um raciocínio em cIrculo.

Por outro lado, seguindo-se as objeções operacionais, po-deríamos duvidar de que se encontrem com a facilidade desejadCl as tabelas input-output por produto que estão no nIvel final de desagregaç~o de que necessitamos.

3.2 - Fatores de Convers~o

3.2.1 - Fator Padrão de Convers~o

Quando, conforme dis~emos, nao se dispõe de dados com o nível de desagregaç~o suficiente ou, alternativamente, o bem ou serviço, cujo preço de conta queremos, não ~ suficientemen-te importansuficientemen-te para justificar todo o processo destacado ante-riormente, tanto Little e Mirrlecs como Squire e Van Der Tok

(34)

8ub8--tancialmente o trajeto.

Trata-se de obter urna expressa0 que consiste numa média entre a divergência entre os preços nacionais e os internacio-nais. A 16gica por trãs desta id~iu

ê

sensata: os bens não im portãveis nem exportáveis, por suas próprias características, nao requerem proteção. Caso houvessem necessitado, teriam ob-tido o grau de proteção m~dio da economia.

Portanto, o grau em que a estrutura de preços nacionais dos produtos, objeto do comércio, separa-se da estrutura inter nacional (devido a quotas, impostos, subsídios e tarifas alfan degãrias) é o grau em que se separariam os preços nacionais dos bens não comerciais de seus equivalentes internacionais.

(35)

Logo, o fator de conversa0 padr~o (FCP) pode ser expresso da seguinte maneira:

FCP

=

---

Lxi +

nu

---onde:

x.

=

Valor das exportações do bem i i

1

t i

X

=

Impostos ad valorem da exportação do bem i (negativo se a exportação do bem está subsidiada) i

M.

=

Valor das,importações do bem i i

1

t.m _ Tarifas ad valorem de importações do bem i.

1

Não existe, porém, muita precisão com relação a pondera-çao com que os ditos bens entram ou fazem parte da expressa0 acima. Aceitando-se, por um momento, que tais ponderações se-jam as participações marginais do produto considerado, quer s~ ja na importação, quer seja na exportação,' acabamos encontran-do urna relação direta entre o fator de conversa0 padrão (FCP) o preço de conta da divisa.

(36)

FCP == --1~\po_-ª-~ Câmbio Of :lcial

pF

F

Onde o preço de conta da divisa (P ) f segundo a terminologia das Nações Unidas, deve revelar a disposição a pagar por aqui-lo que podemos adquirir com as divisas.

Logo, (pF) e dado pela seguinte expressa0:

pF

=

n L: f. PiD i=l l.

PiC1F

(i

=

1, 2, ... , n)

onde:

pJIF

=

Preço internacional (CIF) do bem i,em moeda local (ao câmbio oficial) i

p.D

=

Preço doméstico do bem i i

1

f.

1 == Porcentagem de divisas empregadas na aquisição

bem i, sendo que:

n

L

i=l

f.

=

1

1 (:L == 1, . . . , n)

do

A razao f./p.CIF indica-nos o nfimero de unidades do bom

1 1

(37)

cada dólar, por exemplo, que dedicamos à importação do dito bem. Multiplicando-se esse valor por

p~

obtemos o que nós es

1

taremos dispostos a pagar no nos~o paIs pelas importações.

Aplicando-se o somatório obtemos o preço de conta das di-visas. Contudo, pode ser que determinado país ao ver sua dota çao de dólares, resultante de suas atividades, incrementada, nao aumente suas importações: mas reduza suas exportações.

o

preço de conta das divisas assim geradas, considera nao só a disposição a pagar pelos artigos importados (parcialmen-te) com elas, mas também pelos artigos (parcialmen(parcialmen-te) não ex-portados e que agora ficam livres para seu consumo internamen-t_e.

Assim, teríamos:

F n P. D m P. D

P = L f. 1 L: x. J

i=l 1 - - - + j=l J

P. CIF p.FOB

1 J

n m

Sendo L f. + L x.

=

1

i=l 1 j=l J

onde:

...

p~

=

preço de conta da divisa:

I

(38)

Xj

=

Porcentagem em que reduzimos as exportações do bem j, por cada dólari

p~OB

=

preço internacional das exportações;

J

p~

=

Preço doméstico do bem i;

1

P

Preço doméstico do bem j ;

P.

=

J

X .

/P .

FOB -- Numero .. e unl a es nao exporta as e que - d . d d d

J J

multiplica-das pelo seu preço interno

(P~),

dar-nos-ia a dispo

J

sição interna a pagar por tais bens; ClF

P.

=

preço internacional (ClF) do bem i, em moeda local (ao

1

câmbio oficial)

fi

=

Porcentagem de divisas empregadas na aquisição do bem

i .

(39)

fLlmi-liar do "tipo de câmbio de conta". Assim, tais autores reco-menéléun sua utilização de forma prudente e unicamente para bens e serviços pouco importantes.

Recomenda-se, portanto, o cálculo de uma série de fatores de conversão, seguindo-se o procedimento das tabelas insumo-produto já destacado: transporte, energia elétrica, construção civil, etc., para que seja reduzido o âmbito de aplicação do fator conversão padrão (FCP).

Por outro lado, nao tardaram as críticas que Bela Balas-sa(l) e outros autores realizaram ao mecanismo de cálculo do fator padrão de conversão, tal qual foi exposto anteriormente. Balassa apóia-se no fato de que Little e Mirrlees supoem, ao proporem suas fórmulas, que o pais em questão nao vai seguir uma política comercial õtima; porque, em caso contrário, ambos autores, segundo Balassa, estariam cometendo um erro.

E, por conseguinte, a fórmula correta para se calcular o fator de conversão padrão seria:

(1) BAr.ASSA, Bela (1974).

in proj ect Appraisal.

Estimating the Shadow Price of Foreign Exchangc

(40)

FCP

--onde:

~ E. Xi + rn. Mi

r si Xi(l - t ix)

+

r ni Mi (1 + t. m)

1

E

=

Elasticidade-preço de oferta das exportações;

n

=

Elasticidade-preço de demanda das importações.

A razao para se utilizar as elasticidades como fatores de

ponderação está no pressuposto de que qualquer modificação mar

ginal na disponibilidade de divisas, levará um ajuste automáti

co do tipo de câmbio.

Devido

à

polêmica suscitada ao redor deste ponto, Squire

e Van Der 'l'ak tiveraJP, cuidado em salientar que se a economia

avança com rapidez em direção a uma política de comércio

exte-rior, relat.i vanente livre, já nao seria necessário estimar um

fator de conversão padrão, mas sim o que eles chamam de "tipo

de câmbio de livre comércio", cuja expressão

é

a que foi

defi-nida por último.

Pode-se concluir que grande parte das discussões surgidns

ao redor do preço de conta da divisa e de seu recíproco fator

(41)
(42)

4. PREÇO DE CONTA DO INVESTIMENTO

Para a determinação do preço de conta do investimento co~ centraremos nossa atenção no texto da Organização das Naç~es Unidas para o Desenvolvimento Industrial (O~N.U.D.I.), que co~ sidera o consumo da sociedade (seu valor presente) como o ele-mento básico e essencial, para que se calcule os diversos pr~ ços ele conta.

Supõe-se, agora, que o Governo financie sua atividade de Jnvestimento através da arrecadação de urna unidade monetária de impostos do setor privado. Poderia, então, ocorrer que tal unidade monetária fosse consumida, caso não houvesse a inter-venção governamental.

(43)

Vejamos, pois, como se obtém o preço de conta do investi-mento, seguindo-s~ a linha desenvolvida pelas Nações Unidas. Assim sendo, chamamos de "q" a produtividade marginal do capi-tal no setor privado, medida a preços de conta.

Suponhamos, agora, que o empresãrio privado consuma int~ gralmente os beneficios que lhe proporciona a unidade investi-da: "q"

é,

portanto, a expressão, a preços de conta, do consu mo que se pode permitir todos os anos aos individuos, graças ao investimento da dita unidade monetãria.

Esta unidade monetãria no setor privado permitiria uma su cessão de bens de consumo, ano após ano, igual a "q"; embora o valor das parcelas não seja o mesmo, pois as pessoas tendem a preferir o presente ao futuro. Em outras palavras, por uma série de" razões as pessoas são inclinadas a descontar o futu-ro.

Se chamamos de "i" a taxa de desconto em termos reais, o valor presente da sucessão de bens de consumo que uma unidade investida torna possivel, serã representado pela seguinte ex-pressao:

00

2~

(44)

Assim sendo, isto

é

precisamente o que denominamos de pr~ ço de conta do investimento.

temos:

00

pINV == 2.:

t=l

Sendo que:

s

00

l~

t==l q

1

Supondo-se "q" e 11 i" constantes

ro

=

q. L

t=l

1

e a soma de urna progressao geométrica cujo resultado e (se i > 0,

que é o caso usual) :

s =

1

i

Introduzindo-se este valor na expressa0 anterior, encon-traremos:

=

q

i

Na realidade, estamos simplificando os fatos; pois o inves tidor privado não consome, efetivamente, todo o rendimento do seu investimento. Introduziremos, ontão, o reinvestimento

Ci\P

(45)

ganhos e que consuma (1 - SCAP).

o

reinvestimen-to gerará, por sua vez, um novo consumo in-direto. Suponha-se que o investimento de uma unidade monetá-ria no per iodo inicial tenha gerado um investimento acumulado no perIodo t igual a At" Seu rendimento nesse momento será pOE tanto:

E o consumo que ele nos permitirá no ano t:

Assim, o preço de conta do investimentb sera dado pela se-guinte expressão:

INV co

P

=

L:

t=l

(1 - SCAP) q.A t (1 + i ) t

Vejamos agora quanto vale At. Sabemos que:

=

1

(46)

A CAP (l + cc.l\P ) A (1 -!- SCAP.q)t~l t == At - l + S q.l\t-l -- - u .q t-l:::;: ,

Introduzindo-se este valor na Gltima expressa0, teremos:

00 CAP CAP t-l

(1 - S ) .q. (l + S .q.)

INV

P

=

l:

t=l

Mas,

t

iI

+

SCAP.~

1 + SCAP

00 .q

L

j

=

t=l

1 + i i - S C]\,p .q

.~

(47)

Assim sendo:

INV (1 - SCAP) • q

P

= _ _ _ _ -

1

+

S CAP . q

1 + sCAP. q i - S Cl'J? • q

=

(1 - SCAP) .q

CAP

i - S • q

o

que nos dã a expressa0 final do preço de conta do inves

timentof vãlida sempre que i > S

CAP

. q.

Assim I com base em todas considerações j ã efetuadas, podp-,

(48)

5. PREÇOS SOCIAIS

5.1 - PrcÇ.?s Sociais de Acordo com as Nações Unidas

Ao se admitir a necessidade de introduzir elementos redis-tributivos nos preços de conta, enfrentamos o problema imedia-to de como fazê-lo. Partindo-se do pressuposto de que a an51i se deve refletir as opiniões da sociedade sobre a distribuição da renda, a forma básica de atuação seria. deixar o Governo, que representa a sociedade, decidir sobre os fatores de ponderação que transformaria.m os preços de conta de eficiência em preços sociais.

E a. pergunta que nos surge é: Corno seriam determj.nados es-ses fatores de ponderação? ~m primeiro lugar está o fato de que a resposta sobre os fatores de ponderação distributivos re quer algumas qualificações no âmbito da Teoria Econômica e de um conhecimento dos fundamentos da Análise de Custos e Benefí-cios Sociais, que não

é

tão fác.il de se encontrar pntrp as au-toridades políticas.

(49)

to de irrigação cujo custo, em ambos os casos, ~ de quatro mi-lhões de "pesos", As duas possibilidades sao as seguintes:

A - A ãgua de irrigação destina-se a uma area de agricul-tura comercial na qual se irrigará 250.000 hectares com um aument.o de produção estimado em nove milhões de "p~ sos". A terra e de propriedade de 250 latifundiários que proporcionam emprego a 40.000 trabalhadores agrí-colas de baixa renda. Tal projeto propicia um aumen-to na produção e no poder aquisitivo dos trabalhado-res, o qual se eleva em dois milhões de "pesos".

B - vão se irrigar 500 hectares de minifúndios cujos pro-prietários sao 100.000 pequenos agricultores. Como re sultado do projeto, e dada a menor eficiôncia do mini fúndio, o resultado estimado

é

de cinco milhões dI? "p~ sos" , cujos benefícios revertem-se integralmente aos minifundiãrios.

Colocadas, desta forma, as alternatiyas, encontramo-nos ante a dois objetivos contrapostos: eficiªncia e eqüidade. Su-ponhamos, para simplificar, que o nível de renda dos trabalha-dores agrícolas ~ similar ao dos pequenos agricultores e que a.'1.1bos constituem um grupo social que I dado seu baixo nível de

(50)

A pergunta ~ a seguinte: Atê que ponto estaremoS dispo~

tos a sacrificar aumentos na produção, para que haja uma melho ria na situação dos menos favorecidos?

Este exemplo permite que nos aprofundemos na linha rle atu~ çao proposta pelas Nações Unidas. Os objetivos contrapostos seriam: aumento no consumo global, que identificamos como os incrementos na produção ( 6C

l ), e incremento no consumo dos pequenos agricultores e trabalhadores agrlcolas ( 6C

2 ).

A matriz de resultados das duas alternativas seria:

~C 1 6C 2

Alternativa A 5 2

Alternativa B 1 5

Tendo-se subtraldo do aumento da produção o custo do pro-jeto, para o caso do consumo total. Nosso objetivo ê maximi-zar uma funç~o de bem-estar social que, ne~te exemplo concre-to, estã integrada por dois elementos: consumo global e consu-mo ponderado do setor minifundiãrio

(51)

expressa0 na qual 6 é o fator de ponderação que estamos pro cu-rando. A maximização da função supra est~ sujeita âs seguin-tes restrições:

o

~ a

5a + 1 (1 - a)

2a + 5 (I - a)

<

"

I

Onde lia" é a porcentagem de agua que destinamos à irriga-çao das terras do setor agrícola comercial e, naturalmente,

(1 - a)

é

a destinada ao minifúndio.

Resolvendo o Sistema anterior, encontramos:

C

I +

o

C2

=

5a + (J - a) + õ { 2a -I- 5 (1 - a)}

=

4a + 1. + Õ (5 - 3a)

de onde deduzimos:

C

1 + ÕC2

=

a (4 - 36) + I + 56

Assim, pOde-se concluir imediatamente o seguinte:

(52)

-j

i

Se o > 4/3, C

l + oC2 torna-se máximo se a

O •

4

--1

Se o < 4/3, C

l + OC2 torna-se máximo se a o- 1.

i

Então, o valor critico do nosso par&metro ~:

o

=

4/3 _ 01,33

Mas, enfim, o que isto nos quer dizer? Pois bem, se o Go verno considera que o aumento no bem-estar total, que snpoe au

~

mentar em uma unidade o consumo do pequeno agricultor, e supe-rior em mais de 1,33 ao incremento do bem-estar social que se produziria, se esse aumento do consumo fosse revertido à média da população (o > 4/3), teriamos que optar pela alternativa

B (a

=

O).

Neste caso, o preço de conta de efici~ncia da agua de ir-rigação seria multiplicado por unl fator 1, caso se dirigisse

à

(53)

Se pensamos em considerar os pequenos agricultores como

um grupo ao qual devemos favorecer, estaremos dispostos a

sa-crificar eficiência até o extremo inferior (6 < 4/3),

optare-mos então pela alternativa C(a

=

1).

Logo, a descjabilidade do consumo, que é manifestada

pe-los diversos agentes passa a ser representada por um sistema

de pesos, ou melhor, por parâmetros que incluem fatores de po~

deração que são estabelecidos pelas prioridades que sao defini

das pelo Governo.

5.2 - Preços Sociais de Acordo com o Banco Hundial

A maior. ênfase dada pelo Banco Nundial aos problemas

dis-tributivos, pressupoe que além da distribuição da renda desde

o ponto de vista pessoal ou regional, existe também o problemo

da distribuiç~o temporal da mesma, ou seja, a sociedade toma decisões que incidem sobre a distribuição da renda ao longo do

tempo, como por exemplo: endividamento ext~rno, poluição dos

rios com detritos industriais e outras.

Algumas dessas decisões nao serao desfrutadas ou sofridas

(54)

tanto, encontramos tamb§m um problmna distributivo, ainda que, desta vez, em relação ao tempo.

Neste sentido, o Banco Mundial procede a construção dos preços sociais, atendendo a três fatores simultanearnente, ou seja: o pessoal, o regional e o temporal.

Assim, aborda a problemãtica distributiva atrav~s de um simples parâmetro: w A diferença com relação ao parâmetro an terior (

o )

é que este parê.metro ( ü) ) contém dois elementos

redistribu ti vos e nao apenas um. Analisemos, agora, em deta--lhes.

Comecemos por definir este novo parâmetro e em seguida passaremos a desenvolver o conteúdo da definição.

seguinte expressão:

w

onde:

Wc

Wg

=

Wc / Wc

Wg /

v/c

d

=

v

Partimos da

(55)

Wc

=

Valor marginal social do consumo do setor privado (ao nI

w

g

vel de consumo c);

=

Valor marg illal social das divisas no setor público;

Wc

=

Valor marginal social do consumo do setor privado (ao nI vel mêdio de consumo).

Concentremos nossa atençao nos parâmetros distributivos "d" e "VII. O primeiro deles, IId

11,

é

equivalente ao parâmetro

(6 jã mencionado anteriormente.

Assim, "d" mede o incremento no bem-estar social que se te ria, caso uma unidade do bem, cujo preço social estamos dedu-zindo (eletricidade, por exemplo), fosse dirigida a um grupo ou região onde o nível de consumo

é

"c", no lugar de se diri-gir

à

média da população (cujo nível de consumo

é "e").

O parâmetro "d" recorre a um juízo de valor, ou seja, a opinião do setor público ~

.

.distribuiçiio .

pcs-respeito a com

(56)

sumo de uma pessoa necessitada pode ser mais valios6 que um au mento similar para um individuo de alta renda.

Sem a necessidade de se introduzir considerações de justl ça e eqüidade, existe uma razão que justifica este proceder; o princIpio da diminuiç~o da utilidade marginal do consumo. A mi croeconomia tradic.lor)al tende a aceitar que o consumo de unida des sucessivas de determinado bem proporciona ao indivíduo um aumento na utilidade total (U), ainda que em ritmo decrescente.

Neste caso, a curva de utilidade marginal (UI) decresce a partir de um ponto e chega a tornar-se negativa. Uma equaçao qu~ representa esta evolução, por exemplo,

é

expressa por:

du dx

=

U' (x)

=

x -n

onde (n)

é

um parâmetro da função utilidade que se identifica com sua elasticidade e UI (x) é a utilidade marginal.

(57)

t~o essa mesma unidade aumentarã em maior medida o bem-estar social, se quem recebe

é

uma pessoa de baixa renda ao invés de ser uma de alta.

Feitas estas considerações, podemos nos dedicar a respon-der a pergunta de como é calculado, pelo Banco Mundial, o va-lo de "d". O procedimento é sutil e bastante realista.

De acordo com o sentido do raciocinio anterior, ou seja, se considerarmos que as pessoas (ou as regiões) de alta renda receber~o um incremento menor de seu bem-estar, ao verem seu consumo aumentado, que as de baixa renda, a quantia desse dife rencial no aumento do bem-estar dependerá da inclinação da cur va de utilidade.

Isto

é,

dependerá da velocidade que diminuam os aumentos sucessivos do bem-estar ante aos aumentos no consumo. Depende, pois, da elasticidade (n) da curva de utilidade marginal, par~ metro que nos indica precisamente como evolue a utilidade to-tal ante as modificações na quantidade consumida.

(58)

Se chegarmos à conclusão de que a melhora no bem-estar, quando o consumo aumenta, é constante, desapareceria o argu-mento que vính~los utilizando para justificar a redistribui-çao. Logo, a função utilidade seria, neste caso, uma linha re ta com inclinação constante. E a elasticidade de sua curva de utilidade marginal seria zero.

Neste sentido, o valor de "d" depende de dois elementos: os distintos níveis de consumo que estamos comparando (o do grupo afetado e o nivel m&dio) e a velocidade

ã

qual se modifi cam as variações da utilidade entre um e outro (o parâmetro n).

o

primeiro,n5s podemos conhecê-lo, pois

é

um dado.

..

Quanto ao segundo, teremos que nos pronunciar: e urna va-riável política, um juizo de valor, um fator de ponderação. Da própria definição de "d" e da expressa0:

du

U' (x) -n deprende-se portanto:

=

=

x

dx

=[-: ]

n

U' (c) -n

d

=

=

c

U' (c) -n c

que reflete exatamente o que acabamos de dizer.

f

t

l

!

01 I

(59)

o

Banco Mundial nao se pronuncia sobre o valor que se de-veria atribuir ao parâmetro (n). Considera, corretamentr;, que esta ~ uma decisâo que pertence ao âmbito da politica.

Suponbamos, por exemplo, que estamos estimando o preço social da eletricidade. Naturalmente, este dependerá do grupo afetado. Se a energia elétrica em questâo vai ser dirigida a uma barragem cuja renda m~dia ~ a metade da média nacional e, de alguma forma, chegamos à conclusão de que o poder politico teria selecionado um n

=

1,5, o valor resultante é d

=

2,83.

Isto quer dizE:.:r simplesmente que, por este conceito, o úl-timo KW/h dirigido ao grupo social mencionado produz um aumen-to de bem-estar aumen-total 2,83 vezes maior que se tivesse sido con sumido por um familia com a renda média. Se "n" tivesse sido

1

; 1

l' !.

J

J

+. selecionado ao nivel dois, por exemplo,

°

aumento do bem-estar ~ teria sido quatro vezes maior, e se n

=

O, o valor da energia

elétrica e igual em qualquer setor.

É importante destacar que apesar do valor de "n" ficar a cri tério do Governo, o Banco Mundial assinala os valores

(60)

Descarta-se um valor de n

=

O, pois isto nos levaria a su por que prescindimos do objetivo redistributivo e a Verdade e que praticamente a totalidade dos Governos encontram-se compr~

~etidos com algum tipo de política fiscal progressiva.

Assim, para aqueles paises cujo Governo mostra um interes se moderado em melhorar a distribuiçâo da renda, o Banco Mun-dial recomenda que se utilize um valor de n

=

0,5. Para aqu~

les paises que têm manifestado um marcado interesse por tal te ma, utilizar-se-á então: 1,5 ~ n ~ 2,0.

Resta-nos analisar agora o caso em que

é

difícil se dis-criminar, por nível de renda, a repartiçâo do consumo de uma

determinada mercadoria, ou porque. este afeta toda populaçâo e nâo

é

possível mensurar em que quantia afeta cada nivel de ren

da, ou porque a importância do bem ou serviço em questão , nao justifica um cálculo pormenorizado.

Quando isto ocorre, o Banco Mundial introduz o suposto de que o aumento no consumo produzido por uma unidade a mais des-te bem, repardes-te-se da mesma forma que a renda global, seguindo a mesma distribuição. O que significa, conforme Squire e Van

Der Tak destacam, que tem um irnpact:o neutr.~o sobre a distrioui- if

(61)

Neste caso, recomenda-se a utilização do chamado fator de ponderação global (D). Naturalmente esse fator de ponderação dependerá da distribuição da renda existente, que nos indica corno sera beneficiada cada camada da população, e do valor que atribuiremos a cada urna destas melhorias: o que ternos chamado de "n".

Cabe ressaltar que o valor de (D) e obtido através da se-guinte expressão:

D

=

on (

J _ l)l-n

(n + o - I)

onde o e o parâmetro da função de Pareto e que se encontra relacionada com o coeficiente de Gini de acordo com a seguinte expressa0:

Coeficiente de Gini ~ I (2 Cí - 1)

o

coeficiente de Gini, que representa alguma forma de

(62)

tribuido entre a populaç~o da mesma maneira que a distribuiç~o da renda.

E o parâmetro "v" representa um juizo de valor da socieda de sobre a distribuição do corisumo no tempo. Assim sendo, com pletamos o cálculo das variáveis, para que'se possa passar de preços de conta de eficiência a preços de conta social, de acordo com a metodologia do Banco Mundial.

5.3 - O Preço_Social da M~o-de-Obra

5.3.1 - Significado de Salário Social

Em termos gerais, salário social nao é outra coisa Que a expressa0 do custo em Que incorre a sociedade, quando se cria um novo emprego, ou seja, quando se dá emprego a um novo traba lhador. Assim, como o salário de mercado e o custo em que in-corre um empresário ao contratar uma pessoa a mais, o salário social

é

o custo em que ir.corre a sociedade ao se contratar tal pessoa.

(63)

1. produção Perdida

A sociedade perde em quantidade de bens e serviços que o indivIduo ajudava a produzir em sua ocupaçao anterior. Em ter mos mais precisos: a contribuição do indivíduo na produção do setor em que se encontrava empregado.

No caso, chamamos de "m" a produtividade marginal do tra-balhador no seu setor de origem (produtividade marginal do sc-tor alternativo). Assim, conforme veremos em seguida:

Salário de Eficiência

=

m

Isto é, "m" valorizado a preços de conta representa o cu~ to, em termos de eficiência, de se empregar um trabalhador.

Os demais componentes que iiemos introduzir, para se chegar ao ~ cálculo do salário social, têm um caráter claramente

redistri-butivo.

Uma primeira conclusão imediata, que se obtém da ante-rior, é que, se existe desemprego aberto (o trabalhador contra ~ tado estava desocupado, logo: m

=

O), a produção perdida c o único custo social de empregá-lo. Logo, salário de conta

=

In =.: O.

(64)

trabalho para quem nao o tinha. Muito pelo contrário/pode ser que ganhe e com isto o salário de conta será negativo.

~ evidente que quando um novo trabalhador se encontra em situação de desemprego disfarçado, o salário de conta pode ser igualmente zero (corno no caso do desemprego aberto), se este é o valor de sua produtividade marginal.

Tudo o que já afirmamos, portanto, refere-se ao preço

50-cial da mão-de-obra não qualificada. Por~m, ~ cada vez mais certo que entre os profissionais ou mesmo entre os universitá rios existe desemprego, subemprego e, em várias ocasiões, de-semprego encoberto.

Prosseguindo-se, então, com a discussão do custo social da mão-de-obra não qualificada, introduzimos o segundo elemen-to no panorama.

2 - Aumento do Consumo Global

(65)

rizá-lo de tal forma que possamos incluí-lo na expressa0 do

salário social.

Por que e considerado custoso que se produza uma

eleva-çao do consumo? A razão não

é

outra que uma insatisfaçâo com

o ritmo do crescimento alcançado.

o

paIs não se encontra

sa-tisfeito com sua taxa de crescimento e quer elevá-la.

Neste sentido, uma unidade consumida

é,

por definiçâo,uma

unidade potencial de investimento que nâo se materializou.

Pa-ra cada emprego gePa-rado, a sociedade vê-se obrigada a desviar

uma série de recursos produtivos para enfrentar o aumento do

consumo que se produz.

Esses mesmos recursos poderiam ser dedicados ao

investi-mento. E a Teoria Econômica, desde os tempos de Harrod-Domar,

enfatiza que a taxa de crescimento de um paIs depende decisiv~

mente, além de outras coisas, de sua taxa de acumulação, de

formação de capital. Depende, pois, de sua taxa de poupança,

de sua taxa de investimento. Por isso, aumentar o consumo pr~

i

.~

sente (hoje), gerando emprego, supõe reduzir a taxa de

(66)

Assim, se o pais estã insatisfeito com o ritmo de cresci-mento alcançado e pretende aumentã-lo, estã indicando com isso sua prefer~ncia por uma elevaç~o do consumo futuro e nâo pOde-rã logpOde-rã-lo, em principio, mediante a maximizaçâo do consumo presente.

Logo, preferir o consumo hoje ao consumo amanhã (investi-mento hoje) e vice-versa, entra-se no campo dos juízos de va-lor distributivos. Portanto, ao se introduzir este segundo elemento no "salãrio de conta", transformamos este preço em um

verdadeiro salãrio social.

Após aceitarmos que existem razoes para crermos que o au-mento no consumo pode ser um custo social, podemos calcular o que se produz cada vez que se gera um novo emprego.

assim, decompô-Ia em dois Itens:

2.1 - Aumento de Consumo do Trabalhador (~C )

w

podemos,

(67)

dcsempre-go encoberto descrito anteriormente, poderíamos tomar,como uma primeira aproximaç~o, a produtividade m~dia do setor tradicio-nal (a).

Neste caso, teríamos:

DC -- w - a

w

Ao se retirar o suposto de uma propen.sao marginal a consu-mir unitária não se complica realmene o problema. Temos que

levar em conta, por outro lado, que o trabalhador leva a cdbo tanto consumo direto como indireto (saúde, infra-estrutura ur-bana, educação de seus filhos), financiando este último, em grande parte, atrav~s dos impostos.

Logo, se ~ certo que sua renda disponível pode ser infe-rior ao salário de mercado, não quer dtzer necessariéunente que

~

a diferença nao e consumida.

2.2 - Aumento do Consumo da Família (DC

f )

Imagem

Figura  2  P  1  P   -f max  i Ph P P  P  l m  H  Pm  =  Demanda  Média;
Tabela  2  íNDICES  DE  PERDA  Valores  em  (%)  índices  de  Perda  Região  Grupamento  N/NE  SE/CO  SUL  A  o A o  Potência 3,11 2,64 5,08 1,45 1,51  2,14  Energia  de Ponta 3,02 2,57 4,92 1,41 1,46 2,06
Tabela  3   ------------~-----------Função  Grupamento  Tarifário  Tensão  230  KV  88  KV  ~  A 2  ~  138  KV

Referências

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