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Determinação dos Coeficientes de Atrito Estático e Cinético Utilizando-se a Aquisição Automática de Dados.

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Academic year: 2017

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Determina~ao dos Coeientes de Atrito

Estatio e Cinetio Utilizando-se a

Aquisi~ao Automatia de Dados

DeterminationofstatiandkinetifritionoeÆientsusingautomatidataollettion

Vera Luia daFonsea Mossmann, Kelen Berrade MelloFraniso Catelli,

Helena Libardi eIgino Santo Damo

DEFQ-CCET-UniversidadedeCaxiasdoSul,

CaixaPostal 1352,CEP95001-970, CaxiasdoSul-RS

Reebidoem25dejaneiro,2002. Aeitoem15deabril, 2002.

Este trabalhodesreve a informatiza~aode um experimento tradiional envolvendo amedida de

oeientes deatrito. A montagem experimentalaqui sugeridaedestinadaao ensinode fsia a

nvelmedio. Nela,as foras de atritoinetio e estatio,paraum parde superfies, s~aoobtidas

emtemporeal quando um orpoelevado dorepousoaomovimento. A rela~aoentrea fora de

atritoe aforanormaltambemeapresentada. Osdadoss~aoadquiridosporumsensordefora e

umsensordeposi~aoaopladosaumainterfaeonetadaaumomputador. Osgraosdafora

deatritoemfun~aodotempos~aoobtidosemtemporeal.

Thispaperdesribestheomputerhandling ofatraditionalexperimentinvolving themeasure of

fritionoeÆients. Theexperimentalsetupsuggestedhereisintendedtophysisteahingathigh

shoollevel. The fores of kineti and stati frition, for a pairof surfaes, are obtained inreal

time,whenabodyistakenfromtheresttomovement. Therelationshipbetweenthefritionfore

andthenormalforeisalsopresented. Thedataareobtainedthroughaforesensorandaposition

sensor,oupled toaninterfae onnetedtoaomputer. Thegraphisofthe fritionforeversus

timeareobtainedinrealtime.

I Introdu~ao

Desde tempos imemoraveis, os fen^omenos envolvendo

atritot^ematradoaaten~aodahumanidade: em1508,

Leonardo da Vini, o onheido pintor e esultor

ita-liano,desobriuqueaforadeatritoentredoisorpos

dependedaforaqueomprimeumontraooutroen~ao

dependedaareadeontatodassuperfies. G.

Amon-tons, em 1699, redesobriu essas duas araterstias

do atrito, e areseu-lhes uma tereira: o atrito n~ao

depende da veloidade (Da Vini n~ao havia dado a

publio seus resultados). Essas tr^es propriedadess~ao

onheidasomo leisdoatrito[1℄. Comosev^e,

experi-mentos envolvendo esteoneito n~aos~ao em prinpio

novidade. Osnovos reursos dainformatia, tanto de

softwareomodehardwarenaareadeaquisi~aode

da-dos, permitem que a exeu~ao de experimentos antes

restritosapesquisapurasejatambemestendidaasala

II Teoria

As superfies dos orpos, por mais polidas que

pos-sam pareerdoponto de vista marosopio,

apresen-tamrugosidadequandoanalisadasmirosopiamente.

Emonsequ^enia,seduassuperfiesem ontato

apre-sentaremtend^eniaasemoverumaemrela~aoaoutra,

surgeumafora\resistente": aforadeatrito. Noaso

de a fora apliada n~ao ser suiente para oloar o

orpoemmovimento,aforade atritoseop~oe afora

apliadaeehamadaforadeatritoestatio. Estan~ao

possui um valor unio e pode variar entre zero e um

erto valor maximo, hamado fora de atrito estatio

maximo (f

emax

). Com boa aproxima~ao, este valor

e independente da area de ontato e e proporional

a fora normal que a superfie exere sobre o orpo.

A onstante de proporionalidade e o \oeiente de

atritoestatio"(

e

). Assim,podemosesrever:

f

(2)

om

f

emax =

e F

N

(1)

Noasodeoorrermovimento, apareeahamada

fora de atrito inetio (f

) entre as superfies, que

temsentidoontrarioaodomovimento. Ateoriaprev^e

que ela seja onstante, independente da area de

on-tato e proporional a fora normal exerida por uma

das superfies sobre a outra. Esta proporionalidade

e expressa atraves do hamado \oeiente de atrito

inetio"(

):

f

=

F

N

(2)

As onstantes de atrito estatio e inetio podem

dizer muitosobre as araterstiasdassuperfiesem

ontato.

E interessante destaar que o oeiente de

atritoestatiomaximoesempremaiorqueooeiente

deatritoinetio(

emas >

).

III Montagem Experimental

Uma foto do experimento para medida deoeientes

deatritoutilizandoreursosomputaionaisemostrada

na Fig. 1. Umblooe uma l^amina s~ao oloadosem

movimento relativo e a fora de atrito entre suas

su-perfies de ontato e medida por um sensor de fora

ligadoaosistemadeaquisi~aodedados. Comesta

mon-tagemepossveladquirir,em temporeal, ograoda

fora de atrito em fun~ao do tempo e determinar os

oeientes deatritoestatioeinetioparadiferentes

paresdesuperfies.

Figura1. Fotodamontagemexperimental.

Os diversos materiais utilizados na montagem s~ao

mostrados na foto da Fig. 2. Podem-se observar

varios bloos e l^aminas, orrespondendo as diversas

superfies testadas: madeira, arlio, arpete, lixa,

vidro, alumnio eborraha. Obloo onsisteem uma

aixadentro daqualpodem seroloadasmassas,

au-mentando assimafora normal doonjunto. A

fabri-a~ao dos bloos edas superfiesque servem debase

n~aoenvolvemnenhumadiuldadeespeial.

Figura2. Fotodomaterialutilizado.

Oblooemantidoparadoemrela~aoaolaboratorio

omumauxliodeumoquepassaporumaroldanae

estaligadoaumsensordefora 1

posiionadonadire~ao

vertiale onetadoaum sistema deaquisi~aode

da-dos. Oesquema damontagem pode ser observado na

Fig. 3.

Figura3. Esquemadoexperimento.

A l^aminaetraionadaporumoque seenrolano

eixo de um motor (a veloidade deste pode ser

ajus-tada). Osensormedeaforaresistente,antesde

inii-adoomovimentoeduranteeste.

1

Usamos umsensor da PASCO, modelo CI6537. Osdados desteforam tratados em tempo realatraves do programa\Siene

(3)

IV Resultados

Na Fig. 4, pode-se observar um grao tpio, em

temporeal,daforadeatritoemfun~aodotempo. Este

mostraumaretaominlina~aopositivaquereseate

um valor maximo, o qual representa a fora de atrito

estatiomaximo(f

emax

)paraopardesuperfies

on-siderado(noaso,l^aminademadeira{blooombase

de arpete). Durante essa fase,n~aoexiste movimento

relativoentre assuperfiese afora de atritoe igual

a fora apliada. Apos esse pio, a fora apliada e

menor,massuiente paraqueaveloidadeseja

man-tida onstante. Experimentalmente, a fora de atrito

tende ase estabilizarem torno de um valor medio: a

foradeatritoinetio.

Figura4. Graodafora deatritoemfun~aodotempo,

obtido paraopar l^aminade madeira {blooombasede

arpete.

Paraadapardesuperfiess~aofeitasdiversas

me-didas adiionando-se ou retirando-se bloos da aixa,

omomostradonaFig. 5paraoparl^aminademadeira

{blooombasedeborraha. Avaria~aodamassa

to-tal dobloo alteraproporionalmente ovalordafora

normale,deaordoomasequa~oes1e2,asforasde

atritoestatioeinetio. Omodulodasforasdeatrito

eobtidodiretamente nograode foraemfun~aodo

tempoparaadavalordaforanormal.

A partirdesses valores, s~ao produzidos graosde

forade atritoestatioouinetioem fun~ao dafora

normal. Atravesdeles, e possveldeterminaros

oe-ientesdeatritoparaadapardesuperfies. Osdados

foramobtidosomamassavariando de1kga1,7 kg,

de0,1em0,1kg.

NaFig. 6,emostradoumgraodaforadeatrito

estatioemfun~aodaforanormalenaFig. 7,dafora

deatritoinetioemfun~aodaforanormal. Umaboa

aproxima~aoparaosoeientesdeatritoeainlina~ao a)

b)

)

d)

Figura5. Graosdaforadeatritoemfun~aodotempo,

obtido paraopar l^amina demadeira {blooombase de

borraha: a)m=1,118Kg,fe =9,30Nef=7,28N;b)m

=1,218Kg,fe=10,40Nef=8,05N;)m=1,519Kg,fe=

12,80Nef=9,64N;d)m=1,719Kg,Fe=13,80NeF=

11,07N.Paraaobten~aodaforadeatritoinetion~aos~ao

utilizados os primeirospontosdograo, poiseneessario

estabeleerum regimedeveloidadeonstante.

E possvel

(4)

Figura6. Graodafora deatritoestatio emfun~aoda

foranormal (madeira{borraha). Os pontos

experimen-taisforamobtidosapartirdosvaloresmaximosdosgraos,

omo osdaFig. 5.

Figura7. Graodaforadeatritoinetio emfun~aoda

foranormal (madeira{borraha). Os pontos

experimen-taisforamobtidosapartirdosvaloresmaximosdosgraos,

omo osdaFig. 5.

Paraopardesuperfiesl^aminademadeira{bloo

ombase deborraha,ovalor obtidodooeiente de

atrito estatio, a partir da Fig. 6, e

e

= 0,84 e o

valor obtidodo oeiente de atrito inetio, a partir

daFig. 7,e

=0,66. Bastaumainspe~aovisualpara

onstatarqueospontosexperimentaissedistribuemde

formabastantelinear:seoprofessordesejarquantiar

a\qualidade"destadistribui~ao,elepoderasugeriraos

alunosquealulemooeientedeorrela~ao.

Elaro

que os detalhes de tal alulo superam largamente o

nvel matematio usual no ensino medio, o que

justi-aousopuro esimplesdosreursosdoprogramade

omputador. Opapeldoprofessorsera,ent~ao,odedar

signiadofsioaesteoeienteen~aodeexpliarom

detalhes omoeleeobtido.

V Conlus~ao

Apesar de os experimentos que envolvem o oneito

longo e trabalhoso exeutar a oleta de dados que

gerou os graos e as onlus~oes deste trabalho, sem

a aquisi~ao automatia de dados: e literalmente

im-possvelobter,numtemporazoavel,taisgraos

proe-dendo de forma \manual". Assim, a introdu~ao da

aquisi~aoautomatiadedadosrealmenterepresentaum

ganhodidatio,poisemdiversoslivrosdefsia

utiliza-dosnoensino medio[1℄,[2℄,[3℄ apareemgraos omo

estepara ilustrarooneitode foradeatrito. Os

es-tudantest^em,ent~ao,aoportunidadedeentender

lara-menteomoeless~aogeradoseoquesigniam.

Apartirdosgraosmostradosna Fig. 5,a

evi-denteque o oeiente de atritoestatioemaior que

o oeiente de atrito inetio. A omprova~ao disto

eobtidaom osalulos das inlina~oesdas retasdas

Figs. 6e7. Osalunospodemobteramelhorreta

ajus-tando \a olho"uma reguatransparente sobre os

pon-tos experimentais, ou atraves da tenia de regress~ao

linear,disponvelna maioria dosprogramasgeradores

degraos. Havendotempo,o ideal seriaexeutar os

doisproedimentos. Estaeumaoportunidadede

aban-donardevez ohabito dosalunosde \ligarospontos"

sempereberaleifsiaqueograorepresenta.

E possvel realizar um tratamento estatstio dos

dadosmais ompleto. No entanto, raras s~ao as

eso-lasdeensinomedioquepropiiamargashorariaspara

adisiplinadefsiaque permitameste proedimento.

Sendo assim, aabordagem aqui sugerida e vantajosa,

espeialmente porpoderserexeutadanumtempo

ra-zoavelmente urto. Estefator, aliado amotiva~aoque

e despertada nos estudantes ao manipularem

equipa-mento informatizado, propiia ondi~oes

exepional-mente favoraveisao ensinoe aaprendizagemdos

on-eitosbasiosdafsia.

Agradeimento: Universidade de Caxias do Sul,

FAPERGS.

Refer^enias

[1℄ GASPAR, A. Fsia Me^ania.Vol. 1. Editora:

Atia.

S~aoPaulo,2001.

[2℄ FERRARO,N.G.,TOLEDO,P.A.S.FsiaBasia.

Vol-ume

Unio.Editora: Atual.S~aoPaulo,1998.

[3℄ BONJORNO,J.R.,RAMOS,C.M.FsiaFundamental

{Novo.Volume

Imagem

Figura 1. Foto da montagem experimental.
Figura 4. Gr ao da for a de atrito em fun ~ ao do tempo,
Figura 6. Gr ao da for a de atrito est atio em fun ~ ao da

Referências

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