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Hematomas intracranianos isodensos: estudo de cinco casos.

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Academic year: 2017

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H EMATOMAS IN TRACRAN IAN OS ISOD EN SOS

E S T U D O D E CI N CO CA S O S

LAMART INE C. DE MORAES JUNIOR DOUGLAS A. JOZZOLINO **

FAHD HADDAD ***

WANDER M. TAMBURUS *** MAURI A. RAFAELLI ***

O advento da tomografia computadorizada craniana ( TC) trouxe maior

segurança e certa tranqüilidade no diagnóstico de processos patológicos

decor-rentes de traumatismos craniencefálicos ( T CE )

7

. Hematomas intracranianos

subdurais ( HI) constituem importante condição entre as patologias conseqüentes

aos T CE ,não só pela morbidade como pela mortalidade

2

. O emprego da T C

permitiu grande avanço diagnóstico nesses casos, cujas manifestações clínicas

aparecem tardiamente, como costuma ocorrer em alguns tipos de hematomas

subdurais

1 .2 ,3 ,6 .8 .

Os HI apresentam características próprias na imagem

tomo-gr áfica, baseadas principalmente nas alterações das densidades das estruturas,

evidenciadas durante a T C. Algumas situações, porém, podem ocorrer nas quais

o aspecto densidade não oferece dados que permitam o diagnóstico

M o . n , Con

-tudo, algumas modificações observadas no exame podem auxiliar ou mesmo

permitir o diagnóstico da patologia, principalmente modificações do

posicionmento das estruturas cerebrais nos chamados hematomas òu coleções intr acr

a-nianas isod en sas

1 0

»

1 1

»

1 2

.

Constitui propósito deste trabalho o registro de 5 casos de hematomas

subdurais isodensos confirmados mediante outros procedimentos e cujos

resul-tados permitem alertar par a a necessidade de rigorosa observação e

investiga-ção em doentes com T CE submetidos a T C.

M A T E R I A L. E M É T O D O S

Fo r a m e s t u d a d o s 5 c a s o s d e h e m a t o m a s i n t r a c r a n i a n o s s u b d u r a l s , n o s q u a i szyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA c

e x a m e t o m o g r á fi c o c r a n i a n o n ã o d e m o n s t r o u a l t e ra ç õ e s s i g n i fi c a t i v a s d o s c o e fi c i e n t e s d e a t e n u a ç ã o e m r e l a ç ã o a o p a r ê n q u i m a c e r e b r a l . To d o s o » p a c i e n t e s t i n h a m a n t e c e -d e n t e s -d e T CE -d e m a i o r o u m e n o r i m p o r t â n c i a . O m a i o r i n t e r v a l o -d e t e m p o e n t re a o c a s i ã o d o t r a u m a t i s m o e o d i a g n ó s t i c o d e H I , fo i 11 m e s e s e o m e n o r , 30 d i a s . To d o s o s d o e n t e s fo r a m s u b m e t i d o s a a n g i o g r a fi a c e re b ra l a p ó s o d i a g n ó s t i c o t o m o g r á fi c o d e

(2)

H I e , p o s t e r i o r m e n t e , h o u v e a c o n fi r m a ç ã o d i a g n o s t i c a m e d i a n t e p r o c e d i m e n t o c i r ú r g i c o . A i d a d e d o s p a c i e n t e s v a r i o u e n t re 19 e 54 a n o s , t o d o s e r a m d o s e x o m a s c u l i n o e p r o c e d i a m d a r e g i ã o n o r t e d o Es t a d o d o P a r a n á .

R E S U L T A D O S

(3)

t e r a l ; b ) n a s é rie p ó s i n fu s ã o d e co n tra s te * d e s v i o d a a r t é r i a p e r i c a l o s a c o n t r a l a t e r a l -m e n t e a o h e -m a t o -m a ; c ) o s v a l o re s -m é d i o s d o s c o e fi c i e n t e s d e a t e n u a ç ã o d a r e g i ã o s u s p e i t a , e m c o m p a r a ç ã o c o m o u t r a s a r e a s d o p a r ê n q u i m a n e r v o s o , n ã o a p r e s e n t a v a m o s c i l a ç õ e s s u fi c i e n t e s p a r a s u g e r i r p ro c e s s o p a t o l ó g i c o ; d ) n ã o fo r a m d e m o n s t r a d a s e m q u a l q u e r d o s c a s o s á r e a s v i z i n h a s a o p r o c e s s o e x p a n s i v o q u e s u g e r i s s e m e d e m a c e re b ra l ( Fi g . 1 ) . E m a p e n a s d o i s c a s o s , a p ó s a i n je ç ã o d o c o n t r a s t e , o b s e r v o u -s e i m a g e m s e m i l u n a r d e a s p e c t o t ê n u e , d e c o n v e x i d a d e p a r a fo r a , s u g e r i n d o a c á p s u l a d o h e m a -t o m a ( Fi g . 2 ) . O e s -t u d o a n g i o g r á fi c o , r e a l i z a d o e m -t o d o s o s c a s o s , u l -t e r i o r m e n -t e a o d i a g n ó s t i c o d e H I p e l a T C, c o n fi r m o u o a c h a d o t o m o g r á fi c o ( Fi g . 3 ) . Ho u v e c o n fi r -m a ç ã o c i r ú r g i c a e -m t o d o s o s c a s o s . A e v o l u ç ã o p ó s -o p e r a t ó r i a fo i s a t i s fa t ó r i a n o s 5 p a c i e n t e s , t e n d o t o d o s re c e b i d o a l t a h o s p i t a l a r s e m s e q ü e l a s n e u r o l ó g i c a s .

CO M E N T Á R I O S zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

O diagnóstico radiológico do hematoma subdural isodenso com freqüência

(4)

de HI

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 9 ,1 0 ,1 3 .1 4 .

Algun s autores demonstraram diminuição exponencial nos valores

de atenuação no hematoma subdural nos primeiros 30 dias subsequentes ao T CE

3

.

Habitualmente, o hematoma subdural costuma apresentar na fase aguda alta

densidade ao exame tomogr áfico, ao passo que o crônico apresenta baixa

densi-dade nos coeficientes de atenuação da imagem tomogr áfica, sendo facilmente

detectável, portanto, devido às diferenças de atenuação existentes em comparação

ao parênquima cerebral

5 ,1 1 ,1 2 ,1 4 . o

antecedente de T CE em pacientes que apr

e-sentam manifestações clinicas tar dias de patologia que ocupa espaço intr acr

a-niano permite suspeitar da formação de hematomas intracraa-nianos, geralmente

subdurais crônicos e, freqüentemente, a T C é suficiente par a confirmar o

diagnós-t ico

6

»

7

»

8

. Entr etanto, o hematoma subdural (subagudo ou crônico) pode ser

isodenso e não ser visível na T C. Nesta circunstância, o aparecimento de sinais

indiretos (como desvio da linha mediana, compressão das estruturas nervosas e

ventriculos later ais, sulcos corticais não visíveis) somados ao antecedente de

trauma indicam a possibilidade da existência de H I

1 < c

. O uso de contrastes

injetados no sistema vascular torna-se indispensável nesses casos, pois podem

ser úteis na identificação da cápsula do h e m a t om a

1 3

.

Observamos em nossos casos, todos submetidos a exame tomogr áfico, uma

constante nos achados, representada por desvio e/ ou compressão das estruturas

de linha média, contralateralmente. Após a injeção do contraste no sistema

vascular , observou-se desvio da artéria pericalosa par a o lado contrário ao dá

patologia básica. Em todos os casos não foram observadas var iações do

coefi-ciente de atenuação, em comparação ao parênquima nervoso propriamente dito.

Em apenas dois casos, após a injeção de contraste, observamos a formação de

tênue imagem semilunar, com convexidade par a for a, sugerindo a cápsula do

hematoma. Não foram demonstradas imagens que sugerissem presença de

edema cerebral em ár ea circunvizinha ao hematoma. Br adac e Cavalcan t i*,

descrevem área hiperdensa em forma de anel na convexidade, após a injeção

de contraste, que caracterizam como sinal importante par a o diagnóstico do HI

isodenso. Em nenhum de nossos pacientes foi observado o referido anel. A

confirmação diagnostica mediante estudos angiogr áficos intracranianos e, também,

a confirmação cir úr gica, fazem-se necessárias, como ocorreu em todos os nossos

casos. Entr etanto, cabe salientar que os achados tomográficos permitem

suspei-tar da presença de coleção subdur al, mesmo não sendo evidenciadas durante o

exame variações do coeficiente de atenuação que demonstrem a presença de HI.

A boa evolução dos casos estudados faz com que a patologia em questão mereça

maiores cuidados e preocupação, principalmente em virtude do bom prognóstico

de cada caso quando adequadamente tr atado.

R E S U M O

(5)

S U M M A R Y

Isodense intracranial hem atom as: report of 5 cases.

The authors report 5 cases of isodense intracranial hematomas identified

by computorized tomography and confirmed by angiography and surgical

procedures. Radiological aspects are discussed and tomographic signals are

emphasized.

R E F E R Ê N CI A S

1 . A M E N D O L A , M. A. & O S T R U M , B . J. — D i a g n o s i s o f i s o d e n s e s u b d u r a l h e m a t o m a s b y c o m p u t e d t o m o g r a p h y . Am e r . J. Ro e n t g . 1 2 9 :6 9 3 , 1977.

2 . A P F E L B A U M , R . I . ; G U T H K E L CH , A . N . & S H U L M A N , K. — Ex p e r i m e n t a l p r o d u c t i o n o f s u b d u r a l h e m a t o m a s . J . Ne u r o s u r g . 4 0 :3 3 6 , 1974.

3 . B E R GS T R O M , M. ; E R I CS O N , K . ; L E V A N D E R , B . & S V E N D S E N , P . — Co m p u t e d t o m o g r a p h y o f c r a n i a l s u b d u r a l a n d e p i d u r a l h e m a t o m a s : v a r i a t i o n s o f a t e n u a t i o n re l a t e d t o t h e t i m e a n d c l i n i c a l e v e n t s s u c h a s r e b l e e d i n g . J. c o m p u t . a s s i s t . To m o g r . 1 :4 4 9 , 1977.

4 . B R A D A C, G. B . & CA V A LCA N T I , C E . — No v a o b s e r v a ç ã o t o m o g r á fi c a n o d i a g n ó s t i c o d o h e m a t o m a i s o d e n s o . Ar q . b r a s . Ne u r o c i r . 2 :2 1 9 , 1983.

5. B R A D A C, G. B . ; S I MO N , R . S . ; GR U M M E , T . & S CH R A M M , J. - - Li m i t a t i o n o f c o m p u t e d t o m o g r a p h y fo r d i a g n o s t i c n e u r o r a d i o l o g y . Ne u r o r a d i o l o g y 1 3 :2 4 3 , 1977. 6. CO R N E L L , S . H . ; CH I U , L. C. & CH R I S T I E , J. H . — D i a g n o s i s o f e x t r a c e r e b r a l

fl u i d c o l l e c t i o n s b y c o m p u t e d t o m o g r a p h y . Am e r . J. Ro e n t g . 1 3 1 :1 0 7 , 1978.

7 . D A V I S , K . R . ; T A V E R A S , J. M . ; R O B E R T S O N , G. H . ; A CK E R M A N , R . H . & D R E I S B A CH , J. N . — Co m p u t e d t o m o g r a p h y i n h e a d t r a u m a . Se m i n . Ro e n t e n o l .

1 2 :5 3 , 1977.

8. F O R B E S , G. S . ; S H E E D Y , P . F . ; P I E P GR A S , D . G. & H O U S E R , O. W . — Co m p u t e d t o m o g r a p h y i n t h e a v a l u a t i o n o f s u b d u r a l h e m a t o m a s . Ra d i o l o g y 1 2 6 :1 4 6 , 1978. 9 . GR U M E , T . H . ; L A N K S CH , W . & A U L I CH , A . — Th e d i a g n o s i s o f c h r o n i c s u b d u r a l

h e m a t o m a s b y c o m p u t e r i z e d a x i a l t o m o g r a p h y . In W . La u k s c h & E. Ka r n e r ( e d s .) : Cr a n i a l Co m p u t e r i z e d To m o g r a p h y . Sp r i n g e r , Be r l i n , 1976, p g . 337.

1 0 . K W A N G , S . K. ; H E M M A T I , M. & W E I N B E R G , P . E. — Co m p u t e d t o m o g r a p h y i n i s o d e n s e s u b d u r a l h e m a t o m a . Ra d i o l o g y 1 2 8 :7 1 , 1978.

1 1 . M A R CU , H . & B E CK E R , H . — Co m p u t e d t o m o g r a p h y o f b i l a t e r a l i s o d e n s e c h ro n i c s u b d u r a l h e m a t o m a s . Ne u r o r a d i o l o g y 1 4 :8 1 , 1977.

1 2 . MA Y, B . R. — Ra d i o l o g i c a l d i ffe r e n t i a t i o n o f e x t r a c e r e b r a l h e m a t o m a s . Br i t . J. Ra d i o l . 4 7 :7 4 2 , 1974.

1 3 . M E S S I N A , A . V. — Co m p u t e d t o m o g r a p h y : c o n t r a s t m e d i a w i t h i n s u b d u r a l h e m a t o m a s ; p r e l i m i n a r y re p o rt . Ra d i o l o g y 1 1 9 :7 2 5 , 1976.

14. S CO T T I , G. ; T E R B R U GGE , K. ; M E L A N CO N , D . & B E L A N G E R , G. — Ev a l u a t i o n o f t h e a g e s u b d u r a l h e m a t o m a s b y c o m p u t e ri z e d t o m o g r a p h y . J. Ne u r o s u r g . 4 7 : 311, 1977.

Referências

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