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GIORGIA BORGES DE CARVALHO

Análise fotoelástica das cargas aplicadas em

próteses parciais removíveis nas grandes perdas de maxila

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GIORGIA BORGES DE CARVALHO

Análise fotoelástica das cargas aplicadas em

próteses parciais removíveis nas grandes perdas de maxila

Versão Corrigida

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, para obter o título de Doutor, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas

Área de Concentração: Prótese Bucomaxilofacial.

Orientador: Prof. Dr. Reinaldo Brito e Dias

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eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.

Catalogação da Publicação Serviço de Documentação Odontológica

Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo

Carvalho, Giorgia Borges de.

Análise fotoelástica das cargas aplicadas em prótese parciais removíveis nas grandes perdas de maxila / Giorgia Borges de Carvalho ; orientador Reinaldo Brito e Dias. -- São Paulo, 2012.

95 p. : fig., tab., graf. ; 30 cm.

Tese (Doutorado) -- Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas. Área de Concentração: Prótese Bucomaxilofacial. -- Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

Versão corrigida.

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Carvalho GB. Análise fotoelástica das cargas aplicadas em próteses parciais removíveis nas grandes perdas de maxila. Tese apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências Odontológicas.

Aprovada em: / /2012

Banca Examinadora

Prof(a). Dr(a)._____________________Instituição: ________________________ Julgamento: ______________________Assinatura: ________________________

Prof(a). Dr(a)._____________________Instituição: ________________________ Julgamento: ______________________Assinatura: ________________________

Prof(a). Dr(a)._____________________Instituição: ________________________ Julgamento: ______________________Assinatura: ________________________

Prof(a). Dr(a)._____________________Instituição: ________________________ Julgamento: ______________________Assinatura: ________________________

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Aos meus Pais Homero e Keisa, pela grande dedicação e sacrifico de suas vidas na minha formação;

Ao meu marido Chico, por todo apoio, amor, compreensão e pela companhia nesta trajetória;

A Luiza e Bruno, meus filhos, fontes de inspiração em caminhar todos os dias.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, responsável por tudo em minha vida, me fortalecendo, me direcionando sempre;

Ao Professor Dr. Reinaldo Brito e Dias, por ser um mestre com excelência, motivação, inspiração e muito conhecimento;

Ao Professor Dr. Dorival Pedroso da Silva pela dedicação nesses muitos anos ao meu aprendizado na Prótese Bucomaxilofacial e estímulo constante;

A Sra. Belira de Carvalho e Silva, secretária e amiga que sempre orienta nas atividades burocráticas de maneira competente e carinhosa ;

Aos professores da Disciplina de Prótese Bucomaxilofacial, Profa. Dra. Beatriz Silva Câmara Mattos, Profa. Dra. Marcia André, Profa. Dra. Cleusa Aparecida Campanini Geraldini, Profa. Dra. Neide Pena Coto, Prof. Dr. Antonio Carlos Lorenz Saboya, pela amizade e convivência científica compartilhada em todos esses anos;

Aos colegas do curso de Pós-graduação em Prótese Bucomaxilofacial, Agda Maria de Moura, Margareth Torrecillas Lopez, Priscila Galzo Marafon, Ricardo César Reis, Elcio Ricardo Miyashita, pela amizade e companheirismo;

A Fernanda Campos Sousa de Almeida, pelas orientações e sugestões na análise dos dados;

As bibliotecárias do Serviço de Documentação Odontológica da Faculdade de Odontologia da Universidade São Paulo, Glauci Elaine Damasio Fidelis e Vânia Martins Bueno de Oliveira Funaro, pela minuciosa correção deste trabalho,

A minha irmã, Gillian Borges, pela correção ortográfica deste trabalho.

Aos pacientes, pela paciência e cordialidade nas minhas maiores dificuldades,

“vocês são meus irmãos em Cristo”.

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"A Odontologia é uma profissão singular, exige dos que a ela se dedicam: o senso estético de um artista, a destreza manual de um cirurgião, os conhecimentos científicos de um médico e a paciência de um monge."

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RESUMO

Carvalho GB. Análise fotoelástica das cargas aplicadas em próteses parciais removíveis nas grandes perdas de maxila [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia; 2012.Versão Corrigida.

Este trabalho teve a finalidade de avaliar pela técnica fotoelástica, o efeito que a prótese parcial removível teria, em aliviar as tensões sobre as raízes dos dentes. Para tanto preparamos um modelo com três tipos de desenhos de próteses parciais removíveis, simulando uma reabilitação nas grandes perdas de maxila. Todos os modelos de desenhos apresentaram planos guias em incisivo central e segundo molar, e se diferenciaram da seguinte forma: modelo 01, grampo circunferencial simples em canino, grampo gêmeo entre primeiro e segundo pré-molar e grampo gêmeo entre primeiro e segundo molar; modelo 02, utilizamos os mesmos grampos colocados no modelo 01 incluindo neste modelo um recobrimento palatino, modelo 03, grampo gêmeo entre canino e primeiro pré-molar, grampo gêmeo entre segundo pré-molar e primeiro molar e grampo circunferencial simples em mesial de segundo molar. Foram aplicadas cargas verticais de 10 kg, 15 kg e 20 kg em canino, segundo pré-molar e primeiro molar. Os resultados permitiram concluir que: Os planos guia comprovaram sua efetividade através do contato pleno nos dentes preparados para o seu assentamento. O recobrimento palatino não amenizou as cargas nas raízes dos dentes. Os grampos gêmeos, colocados em uma posição mais anterior, indicam uma distribuição melhor das tensões. Os grampos circunferenciais simples, colocados mais posteriormente, indicam uma melhor distribuição das tensões. Os modelos 01 e 02 apresentaram maiores tensões em incisivo central comparados com o modelo 03. O modelo 03 foi o que melhor distribuiu as cargas de forma mais equilibrada mostrando tensões de menor magnitude. Os melhores modelos de próteses parciais removíveis, pela perspectiva de transferência de tensão foram primeiramente o modelo 03, depois o modelo 01 e por fim o modelo 02. A mudança do desenho da PPR alterou a distribuição das tensões nos dentes dos modelos avaliados.

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ABSTRACT

Carvalho GB. Photoelastic analysis of the loads applied to removable partial dentures in large ressections of maxilla [thesis]. São Paulo: Universidade São Paulo, Faculdade de Odontologia, 2012. Versão Corrigida.

This study aimed to evaluate by the photoelastic technique, the effect that the partial denture would have to reduce tensions on the roots of teeth. For this reason, was prepared a model with three types of removable partial dentures designs, simulating rehabilitations in large ressections of maxilla. All models presents guide-planes on central incisor and second molar, and was differentiated as follows: Model 01, simple circumferential clasp in canine, twin clasps between first and second premolar and twin clasps between first and second molar; model 02, we use the same clasps as model 01 only including a palatal covering in this model, model 03, twin clasps between canine and first premolar, twin clasps between second premolar and first molar and simple circumferential clasp at mesial of second molar. Were applied vertical loads of 10 kg, 15 kg and 20 kg in canine, second premolar and first molar. The results showed that: The guide-planes proved its effectiveness through full contact in the teeth prepared for their settlement. The palatal covering failed to alleviate the stress on the roots of teeth. Twins clasps, placed in a more anterior position, indicating a better distribution of stresses. Simple circunferencial clasp, placed in a more posterior position indicating a better distribution of stresses. Models 01 and 02 had higher tensions in central incisor compared with the model 03. The Model 03 was the best considering equilibrated load distribution showing stress of lesser magnitude. The best models of removable partial dentures, from the perspective of stress transfer were first model 03, followed by the model 01 and then finally the model 02. The change os design of RPD changed the distributions os tensions in teeth of evaluated models.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 4.1 - Duplicação do modelo fotoelástico: A – modelo da maxila; B – molde em Silibor® do modelo maxilar; C – modelo em material fotoelástico e sua

base de apoio ... 54

Figura 4.2 – Planejamento dos componentes protéticos da armação metálica prótese parcial removível:A e B –delineamento do modelo fotoelástico ... 55

Figura 4.3 - Ceroplastia do planejamento protético dos modelos: A – modelo 01; B – modelo 02; C – modelo 03 ... 56

Figura 4.4 - Armação metálica fundida confeccionada para: A – modelo 01; B – modelo 02; C – modelo 03 ... 57

Figura 4.5 - Ponteira posicionada em canino na prótese parcial removível para aplicação de carga de 10 kg, 15 kg e 20 kg ... 58

Figura 5.1 - Modelo 01 com carga de 20 kg em canino... ... 76

Figura 5.2 - Modelo 02 com carga de 20 kg em canino... ... 77

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LISTA DE QUADROS

Gráfico 5.1 - Gráfico comparativo do modelo 01, quando aplicadas as cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em canino ... 61

Gráfico 5.2 - Gráfico comparativo do modelo 01, quando aplicadas as cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em pré-molar ... 62

Gráfico 5.3 - Gráfico comparativo do modelo 01, quando aplicadas as cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em primeiro molar ... 64

Gráfico 5.4 - Gráfico comparativo do modelo 02, quando aplicadas as cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em canino ... 66

Gráfico 5.5 - Gráfico comparativo do modelo 02, quando aplicadas as cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em pré-molar ... 67

Gráfico 5.6 - Gráfico comparativo do modelo 02, quando aplicadas as cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em primeiro molar ... 69

Gráfico 5.7 - Gráfico comparativo do modelo 03, quando aplicadas as cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em canino ... 70

Gráfico 5.8 - Gráfico comparativo do modelo 03, quando aplicadas as cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em pré-molar ... 72

Gráfico 5.9 - Gráfico comparativo do modelo 03, quando aplicadas as cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em primeiro molar ... 73

Gráfico 5.10 - Gráfico comparativo dos três modelos com cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, aplicadas em canino ... 74

Gráfico 5.11 - Gráfico comparativo dos três modelos com cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, aplicadas em pré-molar ... 75

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LISTA DE TABELAS

Tabela 5.1- Número de franjas observadas nas aplicações de cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em canino; no modelo 01... 61

Tabela 5.2- Número de franjas observadas nas aplicações de cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em segundo pré-molar; no modelo 01 ... 62

Tabela 5.3- Número de franjas observadas nas aplicações de cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em primeiro molar; no modelo 01 ... 64

Tabela 5.4- Número de franjas observadas nas aplicações de cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em canino; no modelo 02... 65

Tabela 5.5- Número de franjas observadas nas aplicações de cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em segundo pré-molar; no modelo 02 ... 67

Tabela 5.6- Número de franjas observadas nas aplicações de cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em primeiro molar; no modelo 02 ... 68

Tabela 5.7- Número de franjas observadas nas aplicações de cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em canino; no modelo 03... 70

Tabela 5.8- Número de franjas observadas nas aplicações de cargas de 10 kg, 15 kg e 20 kg, em segundo pré-molar; no modelo 03 ... 71

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CoCr Cromo-Cobalto Cr-Co Cromo Cobalto

Kg quilogramas

Ni-Cr Níquel-Cromo

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 16

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 20

2.1 Noções Básicas de Tensões e Fotoelasticidade ... 20

2.2 Aplicação da Fotoelasticidade na Odontologia ... 25

3 PROPOSIÇÃO ... 48

4 MATERIAL E MÉTODOS ... 50

4.1 Material ... 51

4.2 Métodos ... 52

5 RESULTADOS ... 79

6 DISCUSSÃO ... 86

7 CONCLUSÕES ... 86

REFERÊNCIAS ... 88

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1 INTRODUÇÃO

As grandes perdas de maxila provocam defeitos importantes, em que seios maxilares, cavidades nasais e cavidade oral se tornam uma cavidade única, que necessita de reabilitação protética com prótese obturadora para permitir uma barreira anatômica entre as cavidades e devolver a estética e funções mastigatórias, deglutição e fala (Keyf, 2001; Oh; Roumanas, 2008).

O avanço das técnicas cirúrgicas bem como os novos equipamentos permitiram a realização com maior facilidade e segurança de intervenções cirúrgicas maxilares de difícil execução. Inúmeros métodos para tratamento da retirada de maxila vem sendo propostos e utilizados possibilitando uma sobrevida longa para o paciente. Portanto as próteses maxilares também necessitam ter uma longevidade com preservação dos elementos dentais remanescentes.

Os distúrbios ocasionados pelas ressecções maxilares levam a perdas funcionais, tais como danos à articulação da fala, dificuldade em deglutição, falta de aquecimento do ar nasal, além de perdas estéticas, principalmente a desfiguração facial por falta de estruturas teciduais.

No caso de pacientes dentados, as próteses parciais removíveis são uma importante opção, já que apresentam baixo custo se comparadas a outros tipos de próteses. Porém quando bem diagnosticadas e planejadas oferecem grandes vantagens, mas precisam estar focadas não só em retenção e estabilidade, mas principalmente na preservação dos elementos dentais.

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Nesse aspecto o desenho das próteses parciais removíveis tornam-se de grande importância. A escolha dos dentes suporte, dos tipos de retentores, a localização dos apoios e nichos, a confecção dos planos guia e os princípios da construção de uma prótese parcial removível devem ser respeitados. Fundamental observar que os conectores maiores devem ser rígidos, a retenção deve estar de acordo com a tolerância fisiológica do ligamento periodontal, as cargas oclusais devem ser guiadas pelo longo eixo dos dentes, os planos guias devem ser empregados na melhoria da estabilidade e da retenção e, por fim, o desenho da prótese parcial removível deve considerar as facilidades de higienização.

Esses tipos de próteses suportadas por dentes e mucosa são aparelhos de grande complexidade, que embora sejam desenvolvidos com avanços tecnológicos, constituem um grande desafio aos profissionais. As dificuldades são, acima de tudo, relacionadas nas diferenças comportamentais das estruturas de suporte, quando submetidas às forças oclusais. O duplo sistema de suporte (tanto o dento suportado, quanto o muco suportado), onde a prótese parcial removível se adapta, leva a uma tensão inadequada ao redor do dente suporte, aumentando a possibilidade de reabsorção irregular do osso. Esse fenômeno geralmente começa na sela e pode refletir no dente suporte. Em estágios mais avançados, pode ocorrer inflamação do ligamento periodontal ou mesmo abcesso periodontal, além de perda dental (Costa et al., 2009).

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também o conhecimento dos aspectos biomecânicos, que comprometem diretamente o sucesso do tratamento dental com próteses parciais removíveis. A fotoelasticidade é uma técnica de avaliação que utiliza os conceitos da ótica para análise das tensões/deformações em modelos confeccionados em material fotoelástico sólido e transparente. Foi descoberta por Sir David Brewster em 1816, pioneiro na utilização da técnica. O modelo analisado sob tensão, quando aplicada luz monocromática, irá gerar desenhos e um sistema de franjas luminosas escuras ou coloridas que, conforme sua disposição, irão determinar as tensões e as deformações do material bem como o tamanho e a distribuição das mesmas em cada um dos pontos do modelo, possibilitando uma análise precisa.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Noções Básicas de Tensões e Fotoelasticidade

Lee (1950) descreveu algumas considerações a respeito da teoria da elasticidade. O autor acredita que várias teorias contribuíram para a compreensão da distribuição de tensões em estruturas e elas foram basicamente desenvolvidas na engenharia. A ela é dado o nome de resistência dos materiais. O objetivo da análise experimental das tensões é frequentemente destinado a determinar sua distribuição na estrutura em modelo experimental, a partir das medidas de deformações. Para o estudo, as deformações devem permitir a proporcionalidade entre tensão e deformação (Lei de Hook). O autor referiu-se a vários instrumentos e métodos para determinar as deformações dos modelos em estudo, entre eles a aplicação da fotoelasticidade. Durante pesquisas de propriedades óticas de certos materiais sólidos transparentes, pode-se observar que quando submetidos a esforços de deformação, esses tinham suas propriedades óticas alteradas. O sólido transparente, opticamente isotrópico, tornou-se anisotrópico quando submetido a deformações, demonstrando propriedades semelhantes às dos cristais. Pode-se verificar também que o grau de anisotropia era proporcional à magnitude da deformação do material. Essas descobertas não encontraram aplicabilidade. Isso só ocorreu na análise das tensões em engenharia, vários séculos depois, e foi chamada de fotoelasticidade. O objetivo principal do estudo do método da fotoelasticidade é medir a dupla refração induzida do material em estudo decorrente de sua deformação. A passagem de luz tem como conseqüência a formação de franjas, devido à extinção da intensidade luminosa em decorrência da deformação do sólido. A magnitude da deformação por sua vez é proporcional às tensões reinantes no sólido ensaiado.

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afirmaram que, em geral, os efeitos das forças aplicadas ao corpo são manifestadas no desenvolvimento das tensões, que são distribuídas de acordo com a direção da aplicação das forças, de como o corpo suporta a força e de acordo com a forma do corpo. Além disso, essa tensão é acompanhada pelas deformações internas ou forças com o corpo. Mas, se sua magnitude é suficientemente larga, o resultado pode ser de deformação permanente. Os dentes não fogem a essa regra. As estruturas dos dentes normais se opõem aos efeitos das forças mastigatórias. Porém, quando esses dentes são substituídos por restaurações dentais, a distribuição normal interna de tensão é modificada e a nova situação de tensão depende do desenho do preparo cavitário. Entretanto, desde que o desenho e o tamanho das restaurações dentais sejam extremamente limitados pelos aspectos biológicos das estruturas dos dentes, uma análise exata é a única solução para a determinação da ótima configuração estrutural. A fotoelasticidade é um método de avaliação experimental das tensões responsáveis por falhas de uma estrutura. O procedimento geral consiste em construir um modelo a partir da estrutura de material fotoelástico a ser analisada. A direção e a magnitude das forças aplicadas no modelo, a maneira como o modelo é suportado e a forma do modelo, devem ser similares às condições da estrutura atual. As tensões nos modelos devem ser similares as existentes na estrutura real (assumindo que o limite da elasticidade não tenha sido ultrapassado e que a estrutura original seja de material isotrópico homogênio). A dupla refração temporária sob tensão dos materiais isotrópicos e transparentes (materiais fotoelásticos) são empregadas para análise fotoelástica. Essa propriedade é tamanha que um raio incidente de luz seria resolvido em dois raios que passam ao longo do plano principal do material. Os dois raios passam com diferentes velocidades e um emerge posteriormente ao outro. A magnitude do atraso é diretamente proporcional às diferenças entre as tensões principais. O polariscópio fotoelástico é usado para medir o retardamento e também avaliar a variação das tensões.

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e transparente como o vidro é submetido à tensão normal P, ele se comporta como um cristal uniaxial, com a direção P correspondente ao eixo ótico do cristal; quando a luz passa através de uma placa desse sólido sob tensões, em direção perpendicular a de P, é polarizada em duas ondas, cujas vibrações são respectivamente paralela e perpendicular a de P; e por fim o retardamento produzido pela tensão em cada onda é proporcional à magnitude da tensão.

Dally e Riley (1965) abordaram a análise experimental das tensões. O fotoanalisador mais simples, consiste em uma fonte luminosa, um polarizador, suporte para intercalar a estrutura em ensaio no trajeto luminoso, analisador apresentando as franjas que posteriormente podem ser fotografadas para análise.

Hendry (1966) apresentou estudos sobre a análise da fotoelasticidade. Quando um feixe de luz passa por uma estrutura opticamente anisotrópica, surge a dupla refração no qual uma das ondas se movimenta com atraso. Quando esse atraso corresponde a exatamente meio comprimento de onda, há extinção de luz, formando as franjas. Tanto mais franjas se formam quanto maior a deformação da estrutura, que está relacionada às tensões existentes em sua estrutura.

Segundo os autores Campos Jr et al. (1986) a metodologia da fotoelasticidade é a construção de um modelo ou padrão bi ou tridimensional submetido a forças externas, atravessadas por um feixe de luz polarizada que apresenta faixas brilhantes sendo analisadas qualitativamente e quantitativamente, denominadas de franjas ou bandas. A vantagem do método é a visualização conjunta das tensões internas nos corpos que podem ser medidas e fotografadas, existe ainda a possibilidade de fazer análises de distribuição de forças em corpos de morfologia complexa. Para correta interpretação dos resultados, o modelo deve ser isento de tensões prévias às forças aplicadas ao procedimento.

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submetidas as forças. Por meio dessa aplicação é possível examinar a distribuição das deformações ou tensões em qualquer ponto de interesse do componente. O polariscópio é um aparelho que produz a luz polarizada. Quando aplicada essa luz nos modelos sob tensão, produzem padrões característicos de cores, conhecidos como “padrões de tensões” ou franjas

traduzidas como as informações necessárias para analisar a tensão no componente. Quando a fonte de luz para avaliação das franjas for branca, serão observadas franjas coloridas nos modelos. A análise da fotoelasticidade é realizada a partir da ordem das franjas, sendo diretamente proporcional à diferença entre as tensões principais. A autora concluiu que a fotoelasticidade apresenta vantagens no seu uso, possibilitando a determinação das tensões e deformações em vários tipos de materiais e em qualquer ponto de interesse, mesmo em modelos com configurações mais complexas.

Shimano (2006) esclarece que a luz polarizada por um modelo confeccionado com material fotoelástico e sob tensão irá gerar franjas luminosas escuras ou coloridas, formar desenhos que, uma vez analisados e medidos, irão determinar as deformações e as tensões do material com as quais apresenta relações matemáticas precisas. A fotoelasticidade permite analisar qualitativa e quantitativamente os modelos, nos quais problemas envolvendo geometrias planas e tridimensionais assim como estudos na superfície da estrutura, podem ser resolvidos usando métodos fotoelásticos.

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técnicas da fotoelasticidade. Esse equipamento deve ter fonte de luz, dois filtros polarizadores e sistema de fixação dos modelos.

2.2 Aplicação da Fotoelasticidade na Odontologia

Os autores Mahler e Peyton (1955) fizeram um experimento utilizando a fotoelasticidade para análise das tensões nas estruturas dentais, frente a diversos tipos de restaurações. Os autores apresentaram imagens fotoelásticas de dentes que foram submetidos a cargas axiais, aplicadas na face oclusal. Foram avaliados se os tipos de restaurações aumentavam significantemente a concentração das tensões, e se esses aumentos tinham relação com o preparo cavitário. Outra abordagem que apresentaram era relativa a um grampo de prótese parcial removível, em condições de carga mastigatória, força necessária para a remoção, em tipo afilado e de seções iguais. Os resultados frente aos dentes íntegros, restaurados com amálgama e bloco de ouro foram comparados. As conclusões preliminares apresentadas nesse trabalho foram que o método de análise é particularmente aplicável a situações dentais, devido às irregularidades das formas dessas estruturas.

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Grajower e Stern (1974) descreveram uma nova técnica para medir a deformação do material de moldagem por meio da fotoelasticidade. Este método permite a observação da deformação do material em várias localidades da moldagem. O trabalho pode determinar a qualidade do material de moldagem pela sua deformação durante a técnica de moldagem, bem como a estabilidade dimensional.

Thompson et al. (1977) compararam as forças exercidas nos dentes suporte por meio de sete modelos de desenhos de próteses parciais removíveis em um modelo de fotoelasticidade. Os desenhos apresentaram uma combinação de quatro retentores diretos e dois apoios oclusais com extensão bilateral distal ou Classe I de Kennedy nas próteses parciais removíveis, pois as mesmas são observadas com frequência na clínica odontológica. Os resultados mostraram uma melhor distribuição de forças verticais nos desenhos com retentores e apoio mesial em conjunto com o grampo em “I”; os desenhos dos retentores com apoio distal tendem a movimentar a coroa clínica distalmente e girar mesialmente a raiz, resultando em forças horizontais no osso; os apoios distais posicionados o mais anteriormente possível provocam um eixo de rotação impondo as forças para a direção mais vertical; o apoio distal em conjunto com o retentor circunferencial desenvolve grande força horizontal nas estruturas de suporte.

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Reitz et al. (1984) fizeram uma análise utilizando modelo fotoelástico para simular o arco da maxila, dentes suporte com seus ligamentos periodontais, rebordo alveolar e muco-periósteo do palato e do rebordo. Duas próteses parciais removíveis com estruturas de Ni-Cr foram confeccionadas em cima dos modelos de Classe II de Kennedy de fotoelasticidade. Uma delas tem um conector maior inteiro e a outra um conector maior dividido ao meio separando a base dos dentes de suporte, amortecendo as forças presentes. Os resultados mostraram que o conector maior dividido reduziu as tensões destinadas à porção distal dos dentes suporte quando a base estava sobre carga no modelo experimental. Uma quantidade significativa de tensão das cargas da armação foi removida dos dentes de suporte e transferida para as regiões da base.

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retentor bucal, e retentor circunferencial fundido com retentor bucal de sistema

“swing-lock”.

Myers et al. (1986) consideram que o desenho de uma prótese parcial com extensão distal é um desafio quando um dente sozinho precisa ser usado como apoio. Para esses autores, as forças mastigatórias que incidem sobre as estruturas de suporte devem ser minimizadas pelo correto planejamento das estruturas metálicas, seja em relação ao tipo de grampo usado, pela posição do apoio ou pelas técnicas de moldagens a se utilizar. Fizeram uma análise da transmissão de tensão nos dentes suportes que ocorreram onde o apoio estava alterado em conjunto com as modificações do plano guia, utilizando a fotoelasticidade bidimensional. Os autores concluíram que o apoio contínuo tem a melhor concentração de tensão; os outros desenhos de apoios demonstraram maior tensão lateral que o apoio contínuo; os planos guias aliviados demonstraram 58% menos tensão de corte na porção apical que os planos guias sem alívios.

Segundo os autores Campos Jr et al. (1986), na odontologia, o método da fotoelasticidade alcançou todas as áreas de pesquisa em que se requer conhecimento sobre a distribuição de forças. Os autores concluem que a fotoelasticidade é um método de análise das forças atuantes nas estruturas dentais, periodontais e de materiais restauradores por serem altamente complexas morfologicamente, dificultando a análise matemática pura, como o elemento finito. O método possibilita a visualização integral das forças possibilitando análise do conjunto de tensões, que nos outros métodos necessitam de gráficos para análise. São necessários padronização dos modelos e dos ensaios para obtenção de resultados confiáveis.

Os autores Seto e Caputo (1986) através da fotoelasticidade, estudaram as tensões em cíngulo de apoio protético de resina composta. Os mesmos verificaram que as tensões eram melhores distribuídas quando a superfície lingual do dente era provida de uma cavidade no cíngulo. Esse preparo era mais importante em dentes com orientação mais vertical ou lingual.

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de tensões em estruturas. A fotoelasticidade baseou-se na propriedade que alguns materiais transparentes têm de apresentar imagens coloridas, quando essas são vistas com luz polarizada. O padrão dessas imagens é resultado das tensões no material, fazendo com que duas ondas passem a transitar com velocidades diferentes. A imagem proporcionada é decorrente da distribuição das tensões e recebe o nome de efeito fotoelástico. As vantagens atribuídas ao método, para análise de tensões foi: 1) tensões podem ser determinadas em modelos de formas variadas, bem como as estruturas dentais são; 2) podem ser determinadas tensões resultantes das forças mastigatórias sobre as restaurações; 3) as tensões podem ser observadas em toda a estrutura do modelo, facilitando a localização e a magnitude da concentração das tensões. Por fim a interpretação da imagem de franjas torna-se objetiva. Portanto quanto maior o número de franjas ou raias, maior será a intensidade de tensões e quanto mais próximas uma franja das outras, maior é a concentração de tensões.

Myers e Mitchell (1989) empregaram a técnica da fotoelasticidade em palato e dentes remanescentes produzidas por meio de tensões de pacientes que sofreram ressecção maxilar. Nestes foram abordados 4 tipos de próteses removíveis. Em suas conclusões os autores observaram que todos os tipos de próteses transmitiam alguma tensão ao palato e o grampo circunferencial foi o que distribuiu mais uniformemente as tensões no palato remanescente.

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opõe ao defeito, especialmente quando envolve os dentes naturais. Além disso, também é importante considerar a localização e o tamanho do defeito; a importância do dente de suporte próximo ao defeito, que é crítico a retenção e suporte da prótese obturadora; a baixa utilidade da faixa cicatricial que flexiona para permitir a inserção da prótese mas tende a resistir ao deslocamento. As forças importantes a estrutura da prótese foram discutidas por Aramany e se destacam como: forças verticais inclinadas, por causa da gravidade; forças verticais dirigidas para cima; forças rotacionais; e forças ântero-posteriores por causa da prematuridade oclusal. O prognóstico dos obturadores depende de: o tamanho e a curvatura do arco (após a cirurgia); a qualidade do tecido que recobre o osso e as linhas do defeito; os dentes de suporte que estão curvados ao invés de estarem lineares; e a avaliação do dente no lado do defeito para retenção e suporte das estruturas. Muitos desenhos requerem recobrimento completo do palato remanescente para o máximo suporte. Em todos os casos as margens gengivais devem ser aliviadas, até para permitirem uma melhor higienização da região.

Yurdukoru e Uçtasli (1989) construíram em seu estudo próteses parciais removíveis e fixas, suportadas por dentes e tecidos em pacientes que apresentaram extensas perdas de tecido. Nestas próteses a localização precisa dos dentes suporte com grampos e as tensões conduzidas aos dentes de suporte quando mudou-se o número de dentes nas amarrias, bem como as inclinações dos grampos foram comparados com as análises fotoelásticas e os resultados foram avaliados. O material fotoelástico foi Araldite. Os modelos construídos com esse material foram examinados no polariscopio fotoelástico e as franjas que apareceram no momento da força foram analisadas e fotografadas.

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cíngulo positivo no incisivo central e canino, apoios oclusais entre primeiro e segundo pré-molares e entre o primeiro e segundo molares, retentores bucal e lingual e retentores retentivos no incisivo central. Os desenhos das próteses diferenciaram-se no tamanho e tipo de retentores. Os seguintes retentores foram testados: I, circunferencial, e swing-lock. Os autores concluíram que os grampos por ação de ponta em I e circunferenciais vestibulares induzem uma menor tensão aos tecidos de suporte do que os grampos retentores localizados na face palatina. Este mesmo desenho de armação usando retentor palatino causou a mais severa indução da tensão da gravidade. Os retentores

“swinglock” e os retentores de fio metálico leves foram intermediários na

produção de tensões na gravidade.

Berg e Caputo (1992a) usaram um modelo bilateral maxilar de extensão distal de prótese parcial removível para demonstrar e calcular as características da distribuição das cargas dos grampos I e Tach-EZ retenção através de êmbolo de encaixe de semiprecisão. Os resultados do trabalho mostraram que as tensões neste tipo de retenção através semiprecisão foi comparável ao grampo I da protese parcial removível, especialmente quando usados com contenção nos dentes suporte; as cargas mesialisadas e distalisadas na extensão da base produziram tensões de padrão desfavoráveis; a armação de semiprecisão é menos estável na retenção e mais exigente no ajuste de retenção que o grampo I de retenção do desenho da protese parcial removível; o pré-molar oferece cargas suscetíveis tanto na região bucal ou lingual da raiz bifurcada em comparação a parte centralizada.

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próteses de encaixe são mais favoráveis à distribuição das tensões frente às próteses parciais removíveis com grampos em forma de I maxilares.

Os autores Randow e Dérand (1993) estudaram a deformação medida na técnica de força em dois modelos, um com protese fixa e o outro com prótese parcial removível. As deformações através da aplicação de cargas foram mais intensas e mais complexas quando a prótese parcial removível foi excluída.

Em 1993, os autores Berg e Caputo usaram modelos fotoelásticos bilateral de maxila onde uma prótese parcial removível foi usada para verificar o efeito progressivo da perda em suporte periodontal dos dentes suportes. Três desenhos de próteses parciais, incluindo retenção por I-bar, um encaixe de semiprecisão e suportes extra coronários (ERA). Os desenhos dos encaixes foram avaliados com e sem os suportes. Os autores puderam observar que: o suporte periodontal tem perda de 35%, resultando em aumento da concentração da tensão, o desenho com suporte extra coronário (ERA) com suporte de repouso, os elementos de retenção leves e os apoios dos dentes suporte se compararam favoravelmente com os retentores I desenhados nos dentes suportes sem apoios.

Laganá e Zanetti (1995) em seu estudo pesquisaram utilizando da análise fotoelástica, os tipos de próteses fixa ou removível de extremidade livre, que transmitem maiores tensões aos dentes suporte; as diferenças de comportamento das estruturas de suporte foram registradas quando no elemento suporte era observada uma franja, o que correspondia a tensões iguais, em todos os ensaios. Os autores concluíram que: os dentes suporte da prótese parcial removível suportam uma carga quatro vezes maior que as próteses parciais fixas e concluíram também que as diferenças estatísticas não foram significantes entre a carga a ser aplicada no primeiro, segundo ou ambos os pônticos.

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Consideraram como vantagens do sistema swing-lock: maior estabilidade; melhor distribuição das forças sobre os dentes; utilização de dentes mal posicionados sem a necessidade da realização de desgastes acentuados; alternativa de tratamento economicamente viável. Apontaram como desvantagens a impossibilidade do uso em pacientes com problemas motores e maior número de consultas para manutenção da prótese.

Segundo os autores Roumanas et al. (1997) a reabilitação protética dos defeitos da maxila é efetivo, e a reconstrução cirúrgica geralmente não é indicada. O defeito favorável deve ser desenhado no momento da remoção do tumor, para permitir suporte adequado, retenção suficiente e estabilidade do obturador para a prótese funcionar adequadamente. Nos pacientes dentados, esses requerimentos são facilmente encontrados através dos dentes remanescentes, reentrância dos tecidos retentivos, e áreas de suporte sem o defeito.

Bezzon et al. (1997) enfatizaram em seu trabalho a importância dos planos guias e o padrão de inserção das próteses parciais removíveis para a estabilidade das mesmas. Os autores acreditam na importância da facilidade de colocação e remoção da prótese e ainda resistir a função mastigatória. Para um modelo ser diagnosticado corretamente, é necessário a determinação do padrão de inserção para obter eficiência e estética com grampos retentivos, planejar a inserção da prótese sem interferências recontornando os dentes suporte e a análise do contorno dos tecidos moles para prevenir lesões resultantes do uso da prótese. O uso de um delineador permite ao dentista planejar, estudar e desenhar a prótese parcial removível permitindo retenção adequada, suporte, estabilidade e aparência estética. O objetivo do trabalho foi determinar o padrão de inserção perpendicular ao plano oclusal (sem inclinação), o plano de inserção com inclinação zero deve coincidir com a prótese parcial removível, quando o padrão de inserção não coincide com o plano oclusal, então há necessidade de colocação de planos guias ( preparos paralelos ao plano de inserção realizados através de um delineador).

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reparadas total ou parcialmente pela prótese reparadora com attachments ou grampos de Roach, uma vez obtida a estabilidade tecidual, cicatrização da cavidade cirúrgica e condições favoráveis a moldagem da cavidade.

Os autores Ali et al. (2001) na introdução do seu trabalho afirmam que a retenção das armações das próteses parciais removíveis são obtidas através do uso de retentores extra-coronários. O paralelismo dos dentes que ficam próximos a armação (planos guias) contribuem substancialmente na retenção e estabilidade.

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remanescente bem como do defeito. Muitos autores discutiram os diferentes desenhos dos obturadores para as perdas de maxila, porém os princípios básicos dos desenhos das próteses parciais removíveis devem ser revisados quando vamos planejar um obturador. Os conectores maiores dever ser rígidos, as forças oclusais devem incidir diretamente no longo eixo dos dentes, os planos guias devem ser planejados para facilitar a estabilidade e forças de oposição, a retenção deve se manter nos limites fisiológicos do ligamento periodontal e o maior suporte deve ser obtido pelos tecidos moles remanescentes.

Frechette (2001) em seu estudo determinou alguns efeitos do desenho das próteses parciais na distribuição de forças nos dentes suporte. Os resultados indicaram que a resistência e o movimento dos dentes são influenciados por vários fatores como o número e localização dos retentores, contorno e rigidez dos conectores e extensão das bases da prótese. Alguns outros fatores como base funcional, aplicação de retentores diretos e indiretos, são igualmente importantes de serem considerados.

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os dentes de suporte o os dentes sem suporte (para os suporte dentais e suporte das coroas). O desenho das próteses parciais removíveis também influenciam na saúde do periodonto. O recobrimento da margem gengival tem um efeito significante na saúde gengival. Quando possível a prótese deve ser dento-suportada e localizada longe da margem gengival. O desenho correto e uma boa higiene oral pode diminuir a aparência da doença periodontal.

Fernandes et al. (2003a) conduziram em seu trabalho a demonstração da efetividade da fotoelasticidade na técnica in vivo para monitorar a distribuição da força/tensão nas próteses durante a função. Os autores concluíram que o método da fotoelasticidade é um técnica segura, exata e válida para ser usada em estudos in vivo nos comportamentos biomecânicos dos dispositivos protéticos.

Fernandes et al. (2003b) avaliaram através da análise fotoelástica a concentração de tensões ao redor das raízes dos dentes, bem como no rebordo alveolar, considerando diferentes sistemas de retenção para as

sobredentaduras através de modelos Cúpula, O’Ring, ERA e Magneto. O

estudo permitiu concluir que as menores tensões foram observadas no modelo de cúpula; já as maiores foram observadas nos modelos O’Ring e ERA; os

modelos O’Ring, ERA e magneto apresentaram tensões cervicais e por fim em

todas as situações, as tensões aumentaram quando as cargas foram inclinadas.

Rogers et al. (2003) avaliaram a qualidade de vida de pacientes com maxilectomia, aplicando um questionário a 18 pacientes reabilitados por meio de prótese obturadora e 10 pacientes que haviam sido submetidos a enxerto livre. Neste estudo não foi verificada uma diferença estatística significante entre a qualidade de vida proporcionada pela reabilitação por meio de prótese obturadora ou enxerto livre.

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sobre uma determinada estrutura, correlação do modelo fotoelástico e as consequências no dente e periodonto sob tensão, além da visualização conjunta das tensões internas dos corpos, podendo ser medidas e fotografadas, permitindo quantificar as tensões presentes. O trabalho permitiu concluir que em periodonto normal, a prótese parcial removível com apoio superficial apresentou uma distribuição das tensões equilibradas entre as estruturas de suporte.

Lyons et al. (2005) em seu trabalho compararam as forças exercidas sobre o osso suporte pelos dentes retentores em três diferentes tipos de ressecções maxilares utilizando desenhos de próteses parciais removíveis. Foi concluído que todos os modelos do estudo produziram movimentação para lingual dos dois dentes próximos da ressecção e uma tendência de movimentação mesial do segundo molar. Os efeitos de movimentação se tornam maiores quanto maior é a ressecção.

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Já os autores Meyer et al. (2006), em seu estudo avaliaram a utilização de barras bi-partidas nas próteses parciais removíveis na tentativa de diminuir as discrepâncias do efeito mastigatório em cima do ligamento periodontal e rebordo residual, frente às diferenças de compressibilidade dos tecidos. A análise foi realizada através de modelos fotoelásticos para prótese parcial removível a grampo e posteriormente avaliar as cargas inseridas no modelo.

Foi possível concluir que a estrutura metálica bi-partida avaliada produziu

tensões no rebordo residual e promoveram um alívio nos dentes pilares, sendo então indicada para os casos onde os dentes encontram-se com suporte periodontal reduzido e o rebordo apresente condições favoráveis.

Os autores Arigbede et al. (2006) neste trabalho abordaram a importância dos conectores maiores como componentes das prótese parciais removíveis, pois todas as outras partes são diretamente ou indiretamente adaptadas a ela, mostrando a aceitabilidade dos conectores maiores nas próteses parciais removíveis em maxila. Os objetivos do estudo foram de comparar as reações dos pacientes com três diferentes tipos de conectores maiores: barra metálica, placa metálica e conectores acrílicos; estabelecer quais os conectores maiores mais e menos aceitáveis; determinar o tipo de conector que mais interfere na fala e mastigação, bem como aquele que interfere menos. Os resultados deste estudo mostraram que a barra metálica foi a de melhor aceitação, enquanto que as placas de resina acrílica são mais aceitáveis que as placas de metal. Isto confirma que os desenhos dos conectores exercem influencia aceitável nos pacientes com próteses parciais removíveis.

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desgaste de superfícies retentivas indesejáveis. Já os preparos de nichos tornam-se fundamentais para a transmissão correta das forças mastigatórias aos dentes pilares através dos apoios oclusais, prevenindo a incidência de forças laterais nocivas ao periodonto. As vantagens deste método são a preservação do periodonto, e a melhora do suporte vertical, da retenção e estabilidade.

Matsuyama et al. (2006) verificaram a capacidade mastigatória de pacientes que utilizavam prótese obturadora maxilar, assim como a máxima força oclusal desenvolvida por estes pacientes. Observaram que a capacidade mastigatória, ou seja, a capacidade de trituração dos alimentos, não difere significantemente entre os pacientes normais e os maxilectomizados. Entretanto, a máxima força oclusal apresentou-se menor em mais da metade dos pacientes usuários de prótese obturadora maxilar.

Em 2007, Neves e Stegun estudaram a produção de próteses removíveis em São Paulo, pois as mesmas tem o objetivo principal de restabelecer a perda dos dentes em pacientes edentados parciais, podendo preservar os tecidos de suporte da cavidade oral, reabilitando mastigação, fonação, deglutição e estética. Os autores perceberam que os as reabilitações com próteses removíveis são realizadas com maior incidência no gênero feminino, não existe diferença da quantidade de restauração dos arcos superiores os inferiores; a os conectores mais indicados para os arcos superiores foram em ferradura ou U invertido (barra palatina acompanhando o arco dental, sem nenhuma barra posterior cruzando o palato) e por fim as próteses mais indicadas são as feitas com armação metálica de Co-Cr.

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protético é essencial para a retenção eficiente e estabilidade da mesma. A presença de dentes melhora a estabilidade da prótese, através de apoios nos dentes remanescentes através da confecção de nichos nas próteses parciais removíveis.

Os autores Oh e Roumanas (2008) em seu trabalho, afirmam que em pacientes dentados, a retenção, estabilidade e suporte da prótese obturadora dependem da quantidade e distribuição dos dentes remanescentes. Em pacientes desdentados, a borda cicatricial pode desenvolver papel significante para tal. Frequentemente as cirurgias de hemimaxila resultam em um número pequeno de dentes remanescentes, em função da margem de segurança necessária. Estes dentes remanescentes funcionam como apoios para a prótese obturadora e são constantemente submetidas as forças fora do longo eixo do dente. E com o passar do tempo, mesmo as bordas cicatriciais podem se tornar ineficazes em reter a prótese obturadora.

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concentração de forças no osso remanescente; considerando o tipo de carga, a melhor distribuição das tensões ocorreu quando as cargas foram distribuídas uniformemente, enquanto a carga localizada no ultimo dente artificial induzia a grande concentração de tensão no osso remanescente.

Os autores Dobranski et al. (2009) em seu estudo descrevem que, o principio da fotoelasticidade baseia-se no fato dos materiais claros se tornarem birrefringentes (onde há separação de luz em dois feixes de velocidade e índice de refração diferentes) em estresse mecânico. Esta birrefringência apresenta-se na forma de franjas coloridas em áreas de tensão induzida. Para a odontologia, o material reproduz a resiliência e resistência do periodonto de sustentação, através da avaliação de cores monocromáticas para a análise da quantidade de forças, ao mesmo tempo que fornecem informações em relação a direção e distribuição de tensões (compressão ou tração).

Goyatá et al. (2009) enfatizam que o sucesso ou fracasso de uma prótese parcial removível dependem do entendimento da biomecânica destas próteses. Os planos guias são duas ou mais superfícies verticalmente paralelas aos dentes pilares, orientando a inserção e remoção da prótese parcial removível. A confecção dos planos guias conferem um benefício maior na elaboração da prótese, como maior estabilidade, reciprocidade, maior contato entre as estruturas metálicas e os dentes suporte. Os mesmos são preparados nas faces proximais dos dentes adjacentes ao espaço protético, paralelos ao longo eixo dos dentes suporte. Quanto maior a distancia entre os dentes e maior for a quantidade de dentes presentes, maior será a estabilidade proporcionada pelos planos guias para a futura prótese. Os autores concluíram que há necessidade da confecção dos planos-guia com o intuito de estabelecer o paralelismo entre os dentes pilares da prótese parcial removível proporcionando um adequado eixo de inserção e remoção da prótese.

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dificuldades associadas a mastigação e deglutição. Os resultados sustentam que a boa função do obturador está associado com a qualidade de vida.

Turcio et al. (2009) em seu estudo apresentaram uma revisão da literatura sobre fotoelasticidade, uma ferramenta para análise de tensões em problemas bi ou tridimensionais, e utiliza luz monocromática e modelos plásticos para avaliar as tensões, além de consistir em um método laboratorial para avaliação das tensões em estruturas mecânicas complexas. O processo fotoelástico detecta a distribuição de tensões em toda a estrutura, possibilitando uma visão geral do comportamento das tensões, demonstrando quantidade, qualidade, e distribuição das forças em um objeto, mostrando

“franjas” imagens que aparecem como uma série consecutiva de faixas

coloridas (isocromáticas) em um modelo experimental. Os valores para tensão são representados por faixas coloridas chamadas ordem de franjas. Se não planejadas cuidadosamente, as próteses fixas ou removíveis funcionam como alavancas nos dentes suportes, permitindo forças que causam movimento dos dentes. Conseqüentemente, durante o planejamento, o profissional deve estar atento à prevenção dos movimentos aos dentes suporte, princípios biomecânicos, diminuindo as forças aplicadas na prótese. A fotoelasticidade tem sido usada para investigações em diferentes áreas da medicina e da odontologia. Na medicina avaliando a distribuição das tensões em articulações de joelhos, por exemplo, já a odontologia tem ganhado muito com a análise fotoelástica em relação ao desenvolvimento de materiais e estudo das propriedades biomecânicas dos aparelhos protéticos.

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Em 2010, os autores Amaral et al. avaliaram as condições periodontais dos dentes com próteses parciais removíveis, comparando os dentes suporte diretamente em contato com a prótese e os indiretamente em contato e os dentes sem envolvimento do desenho da prótese depois de 1 ano de uso da mesma. Os resultados mostraram que os dentes que não estão envolvidos no desenho da prótese são os menos afetados no estudo. O estudo constatou que os elementos retentores diretos e indiretos tendem a promover maiores danos periodontais, associados com o uso da prótese parcial removível, quando comparados com os elementos sem suporte. Os valores do índice de placa foram significantemente maiores após um ano de uso da prótese.

Os autores Maia et al. (2010) apresentou uma série de considerações a respeito do fenômeno fotoelástico, apresentado inicialmente em 1935 por um ortodontista com uma pesquisa em dentes esculpidos à base de resina fotoelástica, avaliando as áreas de pressão e tensão nas suas raízes quando forças eram aplicadas. A partir daí o estudo da fotoelasticidade tomou lugar permanente nas pesquisas de avaliação dos materiais, que sofrem algum tipo de força intra-bucal. Este método se baseia em um material transparente formando linhas isocromáticas e isoclínicas (linhas claras e escuras) opticamente ativo sob situações de carga, iluminados na luz monocromática. Esse é o efeito óptico chamado de franja fotoelástica, que traduz a tensão ou deformação sofrida pelo corpo, podendo ser mensurado tanto qualitativa quanto quantitativamente. Esse método avalia a situação inicial de tensão, registrado por um aparelho chamado de polariscópio, utilizando as propriedades da luz polarizada. As ondas são usadas para determinar o estado de tensão através do padrão de interferência luminosa formada por um sistema de iluminação, um par de polarizadores e uma estrutura para sustentar e estabilizar o modelo analisado. Posteriormente as tomadas fotográficas são obtidas e as imagens são impressas para a obtenção de resultados.

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conhecimento ainda maior, dificultando ainda mais a sua utilização. Os autores enfatizam que os procedimentos clínicos para a confecção de uma prótese parcial removível são de suma importância, porém os de caráter laboratorial, influenciam no sucesso ou não da prótese devido ao seu perfeito ajuste no paciente. Os planos guias podem ser confeccionados de diversas formas, que podem ser realizados com o auxílio de aparelhos paralelômetros de uso extra-oral ou intra-extra-oral. Estes aparelhos auxiliam de uma maneira precisa a preparação sobre os elementos dentais, apesar de apresentar um custo e serem aparelhos volumosos que demandam tempo e um certo grau de prática. Tirelli et al. (2010) em seu estudo de próteses obturadoras posteriores a ressecção afirmam que os procedimentos de remoção das neoplasias são alveolectomia, palatectomia que podem ser parciais ou totais. A reabilitação destes pacientes deve separar as cavidades nasal e oral, permitir que o paciente degluta, mantenha a mastigação satisfatória, suporte dos tecidos faciais, reestabelecimento de fala e restaurar o sorriso estético. A importância da prótese deve ser suporte, retenção e estabilidade. O obturador palatino restaura a mastigação, deglutição articulação e fala. Por fim a reabilitação com a prótese obturadora é funcional, segura, fácil de ser construída e é a menos invasiva.

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O estudo realizado por Loney (2011) avaliou que os planos guias são superfícies lisas preparadas nos dentes suporte. Sendo lisos, rígidos elementos das prótese removível, se adaptam a estas superfícies para assegurar que a prótese parcial se adapte ao longo de um trajeto de inserção. Os planos guias são usados para controlar e limitar as direções dos movimentos das próteses parciais removíveis assim que é inserida, removida ou enquanto estiverem em função. Para isso, os elementos de oposição devem, sempre que possível, ser a primeira parte da prótese parcial a encostar nos dentes suporte. Os planos guias são mais efetivos quando: são paralelos, incluem mais de uma superfície axial comum, são diretamente opostas por outro plano guia, são colocados em vários dentes, cobrem uma grande superfície de área. Os efeitos dos planos guias minimizam as necessidades de retenção e estabilizam os dentes suporte. O autor ainda considerou a função da cobertura palatina, que é particularmente indicada quando se deseja um suporte maior para os tecidos e principalmente quando os elementos retentores principais apresentam envolvimento periodontal. Esse tipo de conector também possibilita uma maior estabilidade e melhor distribuição das tensões. As grandes coberturas de superfície de mucosa aumentam o potencial para a retenção.

Mello (2011) teve como objetivo verificar as tensões desenvolvidas nas diferentes estruturas de suporte e protéticas de próteses parciais removíveis de extremidades livres, com três diferentes tipos de encaixes extracoronários, pelo método fotoelástico, antes e após a simulação de cinco anos de uso dos mesmos, em diferentes aplicações de cargas. A autora concluiu em seu estudo que os encaixes semi-rígidos geraram uma maior tensão nos pontos mais distais localizados no rebordo e a aplicação de carga pontual na distal do dente 46 foi a que gerou menor tensão nos dentes pilares.

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envolvendo a classificação da maxilactomia devido a presença de 14 diferentes sistemas de classificação, apresentados na literatura, bem como as deficiências que estes meios apresentavam. Levando em consideração a complexidade da anatomia da maxila e da variação das maxilectomias, este estudo resultou na descrição universal cirúrgica e protética das perdas da maxila.

De acordo com Kaiser (2012), a prótese parcial removível é uma estrutura de metal confeccionada para suportar os dentes artificiais, promovendo o restabelecimento da estética, fonética, mastigação, estabilidade para dentes enfraquecidos, prevenção da movimentação dos dentes remanescentes, como migração e extrusão, e ainda o equilíbrio muscular da face. Esta prótese possui grampos que devem ser retentivos ao ponto que a prótese não seja deslocada no momento da função; apoios com a função de que as cargas exercidas nos dentes artificiais, durante a mastigação, sejam transmitidas para os dentes suporte; selas que devem preencher o espaço protético, além de transmissão de carga mastigatória sobre a fibromucosa; conectores menores que vão unir os grampos, apoios na sela e nos conectores maiores, transmitem cargas oclusais para os dentes suporte pelos apoios; conectores maiores responsável pela prótese se tornar um corpo único, conectando os componentes entre si.

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tensões transmitidas aos dentes remanescentes no momento em que este obturador estiver na cavidade. Por fim os autores afirmam que para uma melhor estabilidade de uma prótese obturadora é necessário uma distribuição favorável das forças durante função e mastigação.

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3 PROPOSIÇÃO

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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Material

Manequim de endodontia sistema universal com 32 dentes íntegros da Dent Art® (São Paulo)

Silicone de duplicação Silibor® - borracha de silicone para moldes, fabricada por Artigos Odontológicos Clássico Ltda., São Paulo, SP, Brasil.

Resina fotoelástica- resina Rígida G III fabricada por Polipox® tecnologia em polímeros, São Paulo, SP, Brasil

Endurecedor- G III fabricado por Polipox® tecnologia em polímeros, São Paulo, SP, Brasil

Lixa d’água de granulação fina 150 e 280 (Norton T223)

Gesso do tipo Especial Durone IV Salmon - Dentsply®

Silicone de condensação – Material de moldagem odontológico Fluido Clonage, fabricado por DFL Indústria e Comércio S.A., São Paulo, SP, Brasil.

Silicone de condensação – Material de moldagem odontológico Catalisador Clonage, fabricado por DFL Indústria e Comércio S.A., São Paulo, Brasil.

Brocas diamantadas FG 1014, FG 4138 e FG 3168 fabricada por KG Sorensen®

Cêra no. 7 fabricado por Epoxiglass® Lâmparina a álcool

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Liga CoCr Degudent – Destsply® - Liga para prótese parciais removíveis possibilitando a confecção de grampos finos e resistentes. Composição química (% em massa): 63% de Cobalto, 28 % de Cromo, 5 % de Molibdênio e menores que 5% de outros.

Aparelho para Fotoelasticidade – Composto por um cubo de vidro de 20 cm de cada lado, uma base metálica para aplicação de carga, para ser deslocada dentro do cubo, com ponteira romba para dirigir a carga para o ponto desejado. Apresenta em sua base dois orifícios rosqueados para receber parafusos que podem alterar a inclinação das cargas, e em sua parte superior uma série de orifícios para possibilitar mudança de local de aplicação de carga.

Lâmpada Photoflood EBV no. 2, de 500 W – 115.120 V, Fabricada por GE Lighting General Electric Co. México.

Óleo mineral branco 70 (0490-0) – usado para minimizar a refração superficial, fabricado por Campestre Indústria e Comércio de Óleos Vegetais Ltda., São Bernardo do Campo, SP.

Pesos de 10 kg, 15 kg e 20 kg.

Máquina fotográfica digital Sony Cyber Shot DSC-H50 de 9.1 mega pixels, 15x optical zoom.

Filtro Polarizador CPL 49mm acoplado à máquina fotográfica.

Filtro Polarizador PL 82mm colocado na parede externa do cubo de vidro para ensaio fotoelástico.

4.2 MÉTODOS

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dentes representando coroas e raízes. Desse manequim foram eliminados os dentes 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28 e 18, transformando o modelo em um arco Classe I de Aramany, representando uma ressecção ao longo da linha média, simulando uma perda de hemimaxila, com os dentes mantidos de um lado do arco (Aramany, 2001).

Neste mesmo modelo foi adaptada uma base mais larga, contornando o modelo para proporcionar uma melhor estabilidade durante a realização dos testes de carga. O modelo foi reproduzido em negativo com borracha de silicone para duplicação Silibor® (Clássico Artigos Odontológicos Ltda., São Paulo/SP), na proporção de 1kg para 50 ml de catalisador, para obtenção de uma matriz. Aguardou-se a vulcanização final do material por 24 horas, seguindo as recomendações do fabricante. Foram posicionados os dentes preparados nesse molde em silicone e foi aplicada resina fotoelástica. Essa resina fotoelástica é a Resina fotoelástica - resina Rígida G III fabricada por Polipox tecnologia em polímeros, São Paulo, SP, Brasil. A mistura foi levada ao interior de uma bomba de vácuo para a eliminação de bolhas de ar incorporadas durante a manipulação, por aproximadamente 20 minutos. Esse procedimento foi repetido quatro vezes. O molde foi então preenchido com a mistura e aguardada a completa polimerização da resina por 72 horas, conforme recomendado pelo fabricante. Foi feita a separação do conjunto modelo/molde e dado acabamento cuidadoso no modelo com lixa d’água de

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Figura 4.1 – Duplicação do modelo fotoelástico: A – modelo de maxila; B – molde em Silibor® do modelo maxilar; C – modelo em material fotoelástico e sua base de apoio

Posteriormente foi confeccionada na região da perda a simulação de uma mucosa de recobrimento de 02 a 03 mm (Myers et al., 1986), com material de moldagem do tipo Silicone de Condensação Clonage fluído misturado adequadamente com o Clonage Catalisador, e aguardado até a completa presa do material seguindo as recomendações do fabricante.

O modelo foi levado à base do delineador para a determinação de um eixo de inserção e remoção da prótese parcial removível, bem como a linha equatorial dos dentes. A utilização deste aparelho orienta os preparos nos elementos dentais, de maneira mais precisa (Figura 4.2). Concordando com os autores Bezzon et al. (1997) que o uso de um delineador permite ao dentista planejar, estudar e desenhar a prótese parcial removível permitindo retenção adequada, suporte, estabilidade e aparência estética.

A B

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Figura 4.2 – Planejamento dos componentes protéticos da armação metálica da prótese parcial removível: A e B – delineamento do modelo fotoelástico

Nesse modelo foram realizados preparos de apoios e nichos, do tipo planos guia na mesial do dente 11 e na distal do dente 17 e apoios oclusais nos dentes 14, 15, 16, 17 com brocas diamantadas 1014 (KG), 4138 (KG) e 3168 (KG) bem como apoios de cíngulo nos dentes 11 e 13. Os preparos foram realizados na maioria dos dentes para possibilitar a adaptação de diferentes próteses parciais removíveis no mesmo modelo.

Com o modelo de trabalho pronto, constituído de um modelo simulando a perda de uma hemimaxila esquerda com dentes presentes no lado direito e preparados para receber próteses parciais removíveis e com simulação de mucosa de recobrimento, foram reproduzidos três novos modelos em gesso especial Durone IV Salmon, para receber o planejamento de três desenhos diferentes de próteses parciais removíveis. Dessa forma, os modelos voltaram ao delineador para a correta confirmação de cada desenho específico para a prótese parcial removível.

O primeiro modelo denominado modelo 01, utilizou planos guias, que são desgastes paralelos superficiais limitados ao esmalte do dente suporte, que irão contribuir na inserção e na remoção da prótese como proposto por Loney (2011). Esses desgastes foram realizados nos dentes incisivo central por mesial e no segundo molar por distal. Foi também colocado um retentor circunferencial simples em distal de canino, um retentor gêmeo localizado na distal entre primeiro pré-molar e mesial de segundo pré-molar e por fim um retentor gêmeo entre distal de primeiro molar e mesial de segundo molar.

O segundo modelo denominado modelo 02 utilizou também planos guia nos dentes incisivo central por mesial e segundo molar por distal, um retentor

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circunferencial isolado por distal de canino, mais um retentor gêmeo entre distal de primeiro pré-molar e mesial de segundo pré-molar, e um retentor gêmeo entre a distal de primeiro molar e a mesial de segundo molar, diferentemente do modelo anterior foi adicionado um recobrimento palatino na porção maxilar.

O ultimo modelo, ou seja, o modelo 03, utilizou novamente os planos guias no incisivo central por mesial e também no segundo molar por distal, e alterou a posição do retentor gêmeo colocando-o mais anteriormente entre a distal de canino e mesial de primeiro pré-molar e associando mais um retentor gêmeo entre distal de segundo pré-molar e mesial de primeiro molar e por fim um retentor circunferencial simples em mesial de segundo molar (Figura 4.3). Os modelos utilizados no nosso trabalho estão de acordo com os utilizados na literatura por Myers e Mitchell (1989), que sugerem o uso de grampos circunferenciais em pacientes com ressecção maxilar.

Figura 4.3 – Ceroplastia do planejamento protético dos modelos: A – modelo 01; B – Modelo 02; C – Modelo 03

Para as estruturas metálicas das próteses parciais removíveis foram respeitadas a técnica de execução, obtida convencionalmente, pela liga de CoCr, liga esta para próteses parciais removíveis, não existindo nenhuma alteração nos procedimentos. Embora o maior problema de confecção das

A B

Imagem

Figura 4.1  –  Duplicação do modelo fotoelástico: A  –  modelo de maxila; B  –  molde em Silibor®
Figura 4.2  –  Planejamento dos componentes protéticos da armação metálica da prótese parcial  removível: A e B  –  delineamento do modelo fotoelástico
Figura 4.3  –  Ceroplastia do planejamento protético dos modelos: A  –  modelo 01; B  –  Modelo  02; C  –  Modelo 03
Figura 4.4  –  Armação metálica fundida confeccionada para: A  –  modelo 01; B  –  modelo 02; C  – modelo 03
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