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Qualidade de vida em mulheres com neoplasias de mama em quimioterapia.

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Qualidade de vida em mulheres com

neoplasias de mama em quimioterapia

Quality of life in women with breast cancer undergoing chemotherapy

Sâmya Aguiar Lôbo1

Ana Fátima Carvalho Fernandes1

Paulo César de Almeida2

Carolina Maria de Lima Carvalho3

Namie Okino Sawada4

Autor correspondente Ana Fátima Carvalho Fernandes Rua Alexandre Baraúna, 1115, Fortaleza, CE, Brasil. CEP: 60430-160 afcana@ufc.br

DOI

http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201400090

1Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. 2Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.

3Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Fortaleza, CE, Brasil. 4Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Conflitos de interesse: não há conflitos de interesse a declarar.

Resumo

Objetivo: Conhecer a qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico.

Métodos: Estudo transversal realizado em instituição especializada, não qual foram incluídas 145 mulheres. Foram utilizados dois questionários padronizados de qualidade relacionada à saúde, traduzidos e validados para a lingua portuguêsa. Utilizou-se o Manual dos Escores da EORTC para calcular os escores dos domínios dos questionários.

Resultados: Segundo o primeiro questionário, a função mais afetada foi a emocional. O tratamento provoca dificuldade financeira na maioria das pacientes (média = 41,83). Os sintomas com os maiores escores foram Insônia (37,93), Fadiga (36,01) e Perda de apetite (33,56). Segundo o instrumento Quality of Life Questionnaire - Breast Cancer 23, o escore Efeitos Colaterais teve média de 50,07, significando que muitas mulheres apresentam efeitos colaterais da quimioterapia e satisfação sexual prejudicada.

Conclusão: Mulheres com câncer de mama apresentaram alterações nos domínios emocional, financeiro, de satisfação sexual e nas perspectivas futuras. Os sintomas mais mencionados foram fadiga, insônia e perda de apetite.

Abstract

Objective: This study aimed to assess the health-related quality of life of women with breast cancer undergoing chemotherapy.

Methods: A cross-sectional study carried out in a specialized institution, comprising 145 women. Two standardized questionnaires for health-related quality translated and validated for the Portuguese language were used. The scores manual of the EORTC was used to calculate the domain scores of the questionnaires.

Results: According to the first questionnaire, the emotional function was the most affected. The treatment causes financial difficulties for most patients (mean = 41.83). The symptoms with the highest scores were Insomnia (37.93), Fatigue (36.01) and Loss of Appetite (33.56). According to the Quality of Life Questionnaire - Breast Cancer 23, the mean score for Side effects was 50.07, meaning that many women experience side effects of chemotherapy, and impaired sexual satisfaction.

Conclusion: Women with breast cancer showed changes in the following domains: financial, emotional, sexual satisfaction and future prospects. The most frequently mentioned symptoms were fatigue, insomnia and loss of appetite.

Descritores

Neoplasias da mama/quimioterapia; Qualidade de vida; Enfermagem oncológica; Saúde da mulher

Keywords

Breast neoplasms/drug therapy; Quality of life; Oncology nursing; Woman health

Submetido 15 de Maio de 2014 Aceito

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Introdução

O câncer de mama é um importante problema de saúde pública, em virtude de sua alta incidência e sua mortalidade. Essa neoplasia é, provavelmente, a mais temida pelas mulheres, sobretudo pelo estigma negativo que traz seu diagnóstico,(1) bem como por

seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal.

Essa enfermidade tem boas opções de trata-mento, as quais possibilitam às pacientes o prolon-gamento da vida. A escolha depende do estado da doença, do tipo do tumor e do estado geral de saúde da paciente. Dentre as modalidades, a quimiotera-pia é definida como o tratamento que utiliza medi-camentos chamados quimioterápicos para destruir as células que compõem o tumor. Tais medicamen-tos misturam-se com o sangue e são levados a to-das as partes do corpo, destruindo, assim, as células doentes, que formam o tumor, e impedindo que elas se espalhem pelo corpo.(2)

Houve uma melhora significativa da expectativa de vida da mulher com a referida enfermidade, devido à possibilidade de diagnósticos mais precoces e à evo-lução nos métodos de tratamento. Dessa forma, mais pesquisadores têm se preocupado em investigar as ne-cessidades das sobreviventes do câncer de mama, vi-sando a uma atenção mais global ao grupo feminino.(3)

Recentes modelos de definições e conceitos de Qualidade de Vida relacionados à saúde estão sendo aplicados a pacientes oncológicos. Instrumentos valida-dos são utilizavalida-dos para mensurar e explorar sintomas e efeitos da doença, além de avaliar a Qualidade de Vida após o tratamento. Atualmente, vários instrumentos específicos para mensurar as repercussões da doença na Qualidade de Vida são denominados “instrumentos de Qualidade de Vida relacionada à saúde”.(4,5)

O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico.

Métodos

Tratou-se um estudo de corte transversal realizado em instituições especializadas no tratamento de

di-versos tipos de neoplasias, no município de Fortale-za, estado do Ceará, região nordeste do Brasil.

O estudo incluiu uma amostra de conveniência constituída por 145 mulheres com câncer de mama, que estavam em tratamento de quimioterapia no período de abril a julho de 2012, tendo como cri-térios de inclusão: idade maior ou igual a 18 anos, diagnóstico de câncer de mama em qualquer estágio da doença, estar em tratamento quimioterápico, a partir do segundo ciclo, seguindo os referidos meses do ciclo, estando presentes todos os dias da semana. Foram utilizados os instrumentos: formulário sociodemográfico e clínico; questionário European Organization for Research and Treatment of Cancer 30-Item Quality of Life Questionnaire (EORTC QL-Q-C30), versão 3.0, em português; e questionário Quality of Life Questionnaire Breast Cancer − 23 (QL-Q-BR23). EORTC QLQ-C30 e o QLQ-BR23 são questionários de Qualidade de Vida relacionados à saúde, e traduzidos e validados na língua portuguesa; sua utilização é autorizada pela European Organiza-tion for Research and Treatment of Cancer (EORTC).(6)

Para analisar os dados, foi utilizado o programa Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 20.0. Utilizou-se o Manual dos Escores da EORTC para cal-cular os escores dos domínios dos questionários. Todas as médias dos escores foram transformadas linearmente em um escala de zero a cem pontos, conforme descrito no manual, em que zero representa o pior estado de saúde e cem, o melhor estado de saúde com exceção das escalas de sintomas, nas quais o maior escore repre-senta mais sintomas, e a pior, Qualidade de Vida. Desse modo, se o escore apresentado na escala funcional fosse alto, significava um nível funcional saudável, enquanto que um escore alto na escala de sintomas representava um nível alto de sintomatologia e efeitos colaterais.

Os dados sociodemográficos foram avaliados por análise descritiva das variáveis selecionadas para caracterização da amostra. Foi realizada análise esta-tística descritiva dos dados sociodemográficos, clí-nicos e terapêuticos, do EORTC QLQ-C30 e do QLQ-BR23, por meio do cálculo da média, desvio padrão e do coeficiente de correlação de Pearson.

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Resultados

A amostra foi constituída por 145 mulheres que se encontravam em tratamento quimioterápico neoad-juvante e adneoad-juvante para o câncer de mama.

A tabela 1 refere-se a características sociodemo-gráficas das mulheres estudadas.

Tabela 1. Dados sociodemográficos das pacientes

Variáveis n(%) Média±DP

Faixa etária, anos

Até 35 8(5,5) 52±11 36-45 37(25,5)

46-55 42(29,0) 56-65 46(31,7) 66-82 12(8,3) Situação conjugal

Sem companheiro 63(43,4) Com companheiro 82(56,6) Renda, salário mínimo*

Até 1 83(57,2) 2,14±3,63 1-2 25(17,2)

3-4 17(11,7) 5-40 20(13,8) Procedência

Capital 54(37,2) Interior 89(62,8) Anos de estudo

1-4 38(26,2) 2,23±0,98 5-8 50(34,5)

9 11 43(29,7) 12 mais 14(9,7)

Fonte: Dados Centro Regional de Quimioterapia e Santa Casa de Misericórdia, Fortaleza (CE), 2012. *O salário mínimo no momento da pesquisa era de R$ 622,00; DP - Desvio Padrão

A média de idade no grupo em estudo foi de 52±11 anos, com idade mínima de 29 e máxima de 82 anos. Em relação ao estado civil, 82 mulheres (56,6%) ti-nham companheiro, ou seja, eram casadas ou vivam em união estável. Com relação à renda mensal, 81 mulheres (55,9%) recebiam pelo menos um salário mínimo; 25 (17,2%) pacientes recebiam de um a dois salários mínimos e se tratavam pelo Sistema Único de Saúde; 20 (13,8%) pacientes tinham renda mensal aci-ma de cinco salários mínimos e realizam o tratamento conveniado a plano de saúde.

Quanto à procedência, 86 (59,3%) pacientes procediam do interior do Estado; 54 mulheres

Tabela 2. Características clínicas

Características clínicas n(%) Média ± DP

Tratamento associado (n=145)

Não 63(43,4)

Sim 82(56,6)

Esquemas de quimiterapia (n=145)

TAC (docetaxel + doxorrubicina + ciclofosfamida) 54(37,2) AC (adriblastina + ciclofosfamida) 18(12,4)

Outros 73(50,3)

Tempo de tratamento (n=142), meses

< 6 99(68,3) 5,61±6,97

> 6 46(31,7)

Fonte: Dados Centro Regional de Quimioterapia e Santa Casa de Misericórdia, Fortaleza (CE), 2012. DP - Desvio Padrão

eram da capital (37,2%) e três de Estados diferen-tes (3,5%).

Com relação aos anos de estudo, 38 mulheres (26,2%) apresentaram de 1 a 4 anos de estudo e 50 mulheres (34,5%) apresentaram de 5 a 8 anos de es-tudo o que equivale ao Ensino Fundamental incom-pleto ao comincom-pleto. Além disso, 43 (29,7%) mulheres pelo menos iniciaram o Ensino Médio e estudaram de 9 a 11 anos. Apenas 14 mulheres (9,7%) começa-ram ou concluícomeça-ram o Ensino Superior.

Na tabela 2 constam os dados clínicos, como tratamento associado, esquemas de quimioterapia e tempo de tratamento, seus valores absolutos, per-centagem, média e desvio padrão de cada variável.

Com relação aos dados clínicos, 63 pacientes (43,4%) não tinham realizado nenhum outro trata-mento, consistindo aquele evento em uma quimio-terapia neoadjuvante. Outras 82 (56,6%) mulheres haviam realizado tratamento anterior à quimiotera-pia (cirurgia ou radioteraquimiotera-pia).

Os esquemas mais utilizados foram TAC (do-cetaxel + doxorrubicina + ciclofosfamida), em 54 mulheres (37,2%), e AC (adriblastina + ciclofosfa-mida), em 18 mulheres (12,4%). O tempo de tra-tamento predominante da amostra estudada foi <6 meses em 99 das mulheres.

Na tabela 3, estão presentes os dados descritivos (média e desvio padrão) relativos aos resultados ob-tidos nas escalas EORTC QLQ-C30 e QLQ-BR23.

(4)

Tabela 3. Média e desvio padrão dos itens das funções e sintomas dos questionários European Organization for Research and Treatment of Cancer 30-Item Quality of Life Questionnaire

(EORTC QLQ-C30) e Quality of Life Questionnaire Breast Cancer

- 23 (QLQ-BR23)

Itens Média ± DP

Funções*

Física (n=145) 70,39±25,04 Desempenho de papel (n=145) 64,13±34,43 Cognitiva (n=145) 73,33±27,94 Emocional (n=145) 61,32±29,01 Social (n=145) 76,89±28,06 Imagem corporal (n=145) 73,79±31,91 Sexual (n=145) 72,41±34,54 Satisfação sexual (n=66) 50,50±34,21 Perspectivas futuras (n=145) 46,20±42,34 Sintomas**

Fadiga (n=145) 36,01±27,38 Dor (n=145) 28,39±32,87 Náuseas e Vômitos (n=145) 28,62±29,89 Dispneia (n=145) 10,34±23,41 Insônia (n=145) 37,93±43,32 Perda de apetite (n=145) 33,56±38,98 Constipação (n=145) 29,88±37,21 Diarreia (n=145) 20,68±32,41 Dificuldade financeira (n=145) 41,83±40,59 Efeitos colaterais (n=144) 50,07±21,22 Sintomas relacionados ao braço (n=145) 22,06±23,27 Sintomas relacionados à mama (n=145) 22,47±17,76 Distúrbio perda de cabelo (n=130) 37,43±44,12 Qualidade geral de saúde (n=145) 76,14±23,54

Fonte: Instituições Públicas Fortaleza (CE), Brasil, 2012.

*Quanto mais próximo de cem, melhor a Qualidade de Vida Global; **Quanto mais próximo de cem, pior Qualidade de Vida Global; DP - Desvio Padrão

No que se refere às funções segundo a escala

EORTC QLQ-C30, os escores estiveram elevados nos

itens: Função Física 70,39, Desempenho de Papel 64,13, Função Cognitiva 73,33 e Função Social 76,89, indicando nível regular a satisfatório. A maio-ria das pacientes não apresentou confinamento em cama, não necessitou de ajuda para tomar banho, vestir-se, comer, não estava impedida de realizar ati-vidades de lazer, não apresentou dificuldade em se concentrar e/ou recordar informações, e, ainda, a condição física e o tratamento não interferiram na

vida familiar e nas atividades sociais. O escore mais baixo foi o da Função Emocional (média de 61,32), que indica o sentimento pouco tenso, irritado, de-primido ou preocupado.

Nas escalas de sintomas, os maiores escores fo-ram em Insônia (37,93), Fadiga (36,01) e Perda de Apetite (33,56). Assim, uma parte das mulheres apresentava alguma (ainda que pouca) dificuldade para dormir, fadiga, perda apetite.

O resultado dessa pesquisa mostrou valor médio do escore baixo para sintomas de Dor (28,39), Náuseas e Vômitos (28,62), Dispneia (10,34), Diarreia (20,68) e Constipação (29,88). Isso pode significar que esses sintomas interferiram pouco nas atividades cotidianas.

A condição física e o tratamento provocaram al-guma dificuldade financeira (média de 41,83) nesta amostra.

Com relação às subescalas do instrumento

QLQ-BR23, o resultado mostra o escore 50,07

para Efeitos Colaterais, significando que muitas mulheres apresentam efeitos colaterais da qui-mioterapia. Os escores mais afetados foram: per-da de cabelo (37,43), sintomas de braço (22,06) e sintomas de mama (22,47). O escore elevado em Imagem Corporal (73,79) significa que houve boa aceitação dessa característica. Já o da Função Sexual (72,41) elevado revelou que permanece a prática de relação sexual em grande parte das pacientes, entretanto, a Satisfação Sexual (média de 50,50) foi pouco satisfatória ou prejudicada. Com relação à preocupação com o futuro, a mé-dia foi de 46,20.

Discussão

As limitações dos resultados deste estudo estão re-lacionadas ao desenho transversal que não permite estabelecer relações de causa e efeito.

(5)

Os escores do EORTC QLQ-C30 estavam ele-vados em Função Física (70,39), Dependência de Papéis (64,13), Função Cognitiva (73,33) e Fun-ção Social (76,89), indicando um nível regular a satisfatório dessas funções. Em contrapartida, a mulher que recebeu a quimioterapia apresentou significante diminuição da função física, social e cognitiva entre o início e o fim do tratamento (seis ciclos completos de quimioterapia). Os resultados podem oferecer subsídios para o planejamento da assistência de enfermagem a mulher em tratamento quimioterápico.(7-10)

O escore considerado mais baixo das funções da primeira escala foi o da Função Emocional (mé-dia de 61,32). Observou-se que a angústia psicoló-gica em pacientes com câncer de mama está rela-cionada à depressão, à ansiedade e à baixa função emocional e, ainda, à diminuição da Qualidade de Vida, especialmente na função emocional e na saú-de mental.(11)

Identificou-se que a magnitude da alteração na angústia psicológica proporciona um impacto sig-nificativo no estado físico e funcional, porém, não no estado social da Qualidade de Vida. A angústia está mais ligada a sintomas, fatores do tratamento ou perda de habilidades, do que a relacionamentos familiares ou sociais.(12-15)

Na escala de sintomas, os sintomas mais afeta-dos foram Insônia (37,93), Fadiga (36,01) e Perda de Apetite (33,56). É comum haver aumento da fadiga e perda de apetite em mulheres com câncer de mama nessa fase.(8) Com relação aos itens do

instrumento QLQ-BR23, o resultado mostrou

mé-dia de 50,07 para escore Efeito Colateral, ou seja, muitas mulheres apresentaram efeitos colaterais da quimioterapia.

Entre os efeitos físicos da quimioterapia, a Fadi-ga foi o sintoma reportado mais prevalente e fonte de elevado estresse para as pacientes. Esse sintoma esteve acompanhado por queixas de falta de energia, exaustão, perda de interesse por atividades anterior-mente prazerosas, fraqueza, dispneia, dor, alterações de paladar, prurido, lentidão, irritabilidade e perda de concentração.(16,17)

A condição física e o tratamento provocaram alguma dificuldade financeira (média de 41,83)

na maioria das pacientes.Durante o tratamento, a paciente vivencia perdas físicas e financeiras, e sintomas adversos, como depressão e diminuição da autoestima, sendo necessárias constantes adap-tações às mudanças físicas, sociológicas, sociais, familiares e emocionais ocorridas. Além disso, podem ocorrer limitações nas atividades da vida diária e mudanças biopsicossociais, que também podem interferir na Qualidade de Vida, como a perda do emprego.(18-20)

O escore Satisfação Sexual apresentou média de 50,50, o que quer dizer que houve relativamen-te insatisfação na qualidade da relação. A inrelativamen-ter- inter-rupção ou a insatisfação com a vida sexual esteve relacionada a uma Qualidade de Vida pobre em pacientes jovens, ao tratamento quimioterápico, a mastectomia total e a dificuldades com parceiro, no que diz respeito às relações sexuais. Pesquisas sugerem que problemas de funcionamento sexual são comuns em mulheres com câncer de mama em quimioterapia.(11,21,22)

As pesquisas que abordam a Qualidade de Vida relacionada à saúde englobam tanto a morbidade clínica causada diretamente pelo estado de doença, quanto às influências da doença e das terapêuticas sobre as atividades cotidianas e a satisfação com a vida. Por meio da avaliação dos aspectos de Quali-dade de Vida relacionada à saúde, podem-se formu-lar estratégias de intervenção, com o intuito de mi-nimizar os efeitos da doença de caráter progressivo, bem como incrementar os aspectos de Qualidade de Vida.(20)

Conclusão

Mulheres com câncer de mama apresentaram mu-danças nos domínios emocional, financeiro, de satisfação sexual e nas perspectivas futuras. Os sin-tomas mais mencionados foram fadiga, insônia e perda de apetite.

Agradecimentos

(6)

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Colaborações

Lôbo AS e Fernandes AFC contribuíram para a con-cepção do projeto, análise e interpretação dos dados, redação do artigo e aprovação final da versão a ser publicada. Brilhante AF contribuiu para a coleta de dados. Almeida PC colaborou com a análise e inter-pretação dos dados e aprovação final da versão a ser publicada. Carvalho CML e Sawada NO colaboraram com a redação do artigo e aprovação final da versão a ser publicada.

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Tabela 1.  Dados sociodemográficos das pacientes
Tabela 3.  Média e desvio padrão dos itens das funções e

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