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Anestesia peribulbar para enucleação em um felino: relato de caso

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Academic year: 2017

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ISSN Impresso 0102 -5716 ISSN Eletrônico 2178-3764 Vet e Zootec. 2012; 19(2 Supl 2) ________________________________________________________________________________________________ 22

III Simpósio de pós-graduação em ciência animal e da XI Semana de divulgação científica da Faculdade de Medicina Veterinária da UNESP de Araçatuba-SP

ANESTESIA PERIBULBAR PARA ENUCLEAÇÃO EM UM FELINO: RELATO DE CASO

PERIBULBAR ANESTHESIA FOR ENUCLEATION IN A CAT: A CASE REPORT

Thomas Alexander Trein1 Bárbara Giacomini Ferrari2 Breno Curty Barbosa2

Fernanda Paes2 Marcos Paulo Antunes de Lima3 Valéria Nobre Leal de Souza Oliva4

Paulo Sergio Patto dos Santos5

RESUMO

Foi atendido no Hospital Veterinário “Luiz Quintiliano de Oliveira”, o felino Nick, SRD, de quatro meses de idade, pesando 700 gramas, com histórico de trauma por arranhadura em bulbo ocular esquerdo. Ao exame físico específico, evidenciou-se úlcera profunda e prolapso de íris, sendo então indicada a enucleação. Ao exame físico geral, observou-se freqüência cardíaca (FC) de 160 batimentos.min-1, frequência respiratória (f) de 80 movimentos.min-1, tempo de preenchimento capilar menor do que dois segundos, temperatura retal (TR) de 39,2oC e mucosas normocoradas. Como medicação pré-anestésica, empregou-se acepromazina (0,04 mg.kg-1) e metadona (0,3 mg.kg-1), administradas pela via intramuscular. A veia femoral esquerda foi cateterizada com cateter 24G para administração de Ringer com Lactato de sódio (10 mL.kg-1.h

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). A indução foi realizada por máscara facial tendo-se como agente o isofluorano em fluxo diluente de 100 mL.kg-1.min-1 deoxigênio a 100%, seguida de intubação orotraqueal com sonda no 2,5 sem cuff. Seguiu-se a manutenção anestésica com a mesma mistura da indução, administrada por meio de circuito anestésico sem reinalação de gases, do tipo Baraka, mantendo-se o paciente sob ventilação assistida. Ato contínuo, realizou-mantendo-se a técnica anestésica peribulbar de punção única inferior, utilizando-se lidocaína 2% com vasoconstritor (3mg.kg-1) associada a bupivacaína 0,5% sem vasoconstritor (0,8mg.kg-1), perfazendo um volume total de 0,3ml.kg-1. Uma agulha 13x4,5 foi introduzida em todo o seu comprimento com o bisel voltado para a órbita, no terço lateral do fórnice conjuntival inferior da órbita esquerda, administrando-se a associação dos agentes anestésicos locais, seguida de compressão manual da área para facilitar a difusão dos mesmos. Durante o procedimento anestésico, realizou-se a monitoração da FC, f, pressão arterial sistólica (PAS), TR e saturação periférica da hemoglobina (SpO2). O tempo total

de anestesia e cirurgia foi de 30 e 20 minutos, respectivamente, e a SpO2, concentração de

isofluorano e TR mantiveram-se em 99±1%, 1,7±0,8% e 37,4±1,5oC, respectivamente. O plano anestésico manteve-se estável, sem a necessidade de resgate analgésico. Não houve a ocorrência de reflexo óculo-cardíaco (ROC) frente à manipulação do nervo óptico, o que pode ser atribuída provavelmente ao bloqueio peribulbar. A anestesia regional é frequentemente empregada para cirurgias oftálmicas em humanos, como a facoemulsificação, sendo que o manejo anestésico pode contribuir para o sucesso do procedimento. Pode-se concluir que, também na espécie felina, o bloqueio peribulbar pode ser uma boa alternativa para a realização de protocolos de anestesia balanceada para procedimentos oftálmicos.

Palavras-chave: bloqueio regional, lidocaína, bupivacaína, reflexo óculo-cardíaco, punção única

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ISSN Impresso 0102 -5716 ISSN Eletrônico 2178-3764 Vet e Zootec. 2012; 19(2 Supl 2) ________________________________________________________________________________________________ 23

III Simpósio de pós-graduação em ciência animal e da XI Semana de divulgação científica da Faculdade de Medicina Veterinária da UNESP de Araçatuba-SP

1

Médico Veterinário Residente do Hospital Veterinário “Luiz Quintiliano de Oliveira” da

Faculdade de Medicina Veterinária (FMVA), UNESP, Araçatuba, SP. e-mail:

thomas.trein@gmail.com

2

Médico Veterinário Residente do Hospital Veterinário “Luiz Quintiliano de Oliveira” da Faculdade de Medicina Veterinária (FMVA), UNESP, Araçatuba, SP.

3

Graduando do curso de Medicina Veterinária, UDESC, Lages, SC.

4

Professora Adjunta do Departamento de Clínica, Cirurgia e Reprodução Animal (DCCRA) da Faculdade de Medicina Veterinária (FMVA), UNESP, Araçatuba, SP.

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