Y_~COLA DE ADMINISTRAÇAO DE EMPR:f:S.A.S DE SAO P.A.ULO DA .
FUNDAÇAO GETÚLIO V.A.R GA..S
..••..~ B N I D.... 11 D B IxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBArrL H O. li ~ C. P. 111134. - PONE 288·0~
CEP 01313' SÃO P .••.ULO· sp· DB.&.:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
07871sElCMAI76LKJIHGFEDCBA 1197600815
1111111111111111111111111111111111111111
Declaramos, para os devidos fins e a pedido do interessado,
que o Sr. TAK~SHI H A:':;DA satisfez as exigências para obtenção
do Titulo de Mestre em Administraç;o, desta Escola,ou seja,
concluiu o Currlculo do Curso de Mestrado em Administração,
no 2Q semestre de 1974, obteve aprovaç;o no exame geral da
Ârea de Concentração "Administração Hercadológica"
rea1'iza-do em 20.10.1975, e teve também sua Dissertaç;o "Estudo so
bre a General Trading Japonesa" homologada pela Comissão de
P~s-Graduação em
15.01.1976.-são Paulo, 18 de março de 1976. /), e- ~" \. 1' •
. ' ,U~mV\ /
uvU
MID9RIKUHA \\
Secretaria Escolar
lk.
...:....
ESTUDO SOBRE A GENERAL TRADING
COMPANY JAPONESA
LKJIHGFEDCBAUMA ABORDAGEM TEÓRICA DE SUA ORGANIZAÇÃO E FUNÇÕES
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAPor
TAKESHI HAEDA
b'I'S~~jY"h'1iPWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
• • •
xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA•
•.
Apresentada a
I
--ESCOLA DE ADtlINISTRAÇÃO
DE EMPRESAS DE SÃO PAULO
DA
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
'..--.' _."'At,endendo parcialmente aos requisitos para o mestrado
Departamento de Administração Mercadológica
1975
TSRQPONMLKJIHGFEDCBAF u n d a ç ã o G e t u l i o V a r g a s E s c o l ad e A d m i n i s t r a ç ã od eE m p r e s a s d e 5 1 0 P a u l o
B i b l i o t e r . A
11\\1111111111111
v-Escola dexwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA,Ádministr'Ação de t?~mprésl1s df:j Sa" P8ulo
Gata , • hamuda
!().8
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA. ~ ~ ~ . s ( 5
l c )n
'~'ie..
N,odoVOIU",
AGRADECIMENTOS
Quero registrar aqui a minha apreciação e gratidão a alguns pro
fessores e colegas da Escola de Administração de Empresas de
são Paulo da FUndação Getúlio Vargas pela-assis.tência que me pro
porcionaram na conclusão desta tese. Fico particularmente gratozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
à
Professora POlia Lerner Hamburger que me proporcionou uma baseteórica para esta tese. Foi através do seu curso "Teoria Superior
de Marketing" e através de sua orientação que pude formular as
idéias básicas deste trabalho.
Os professores Fernando Motta e Paulo Goldschmidt me auxiliaram
com as suas críticas construtivas e valiosas sugestões. Devo
também agradecimentos ao professor Luiz Felipe Valle da Silva
que examinou e comentou o capítulo sobre as teorias das
organi-zações. Os professores Wolfgang Schoeps e Raimar Richers foram
os mais importantes entre aqueles que me sugeriram escrever algo
..sobre as· "trading companies" j-aponesas e sem as suas sugestões
provavelmente esta tese não teria vindoxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
à
luz.Fico grato
ã
Mitsui&
Co., Ltd., T9quio eã
Mitsui BrasileiraImportação e Exportação Ltda., são Paulo, pela colaboração e
as-sistência que me proporcionaram. Também devo expressar gratidão
aos meus pais, em Tóquio, que bondósamente atuaram como meus age~
tes para a compra dos livros e revistas no Japão que eu não podia
obter em são Paulo. As bibliotecárias da Biblioteca da EAESP/FGV.
prestaram-me muita colaboração e devo expressar a elas os meus
sinceros agradecimentos. A Srta.
f
tala Soares Pinheiro foi muitogentil em datilografar esta dissertação.
Este estudo não poderia ter sido realizado se não fosse a
assis-tência, colaboração e sugestões das pessoas e entidades .acima
- L -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
mencionadas.
Finalmente, devo acrescentar que as idéias e opiniões expressas
nesta tese são minhas, não representando as idéias e opiniões
1
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAN D I C E
RELAÇÃO
DE TABELAS
---i
RELAÇÃO DE GRÁFICOS
---
xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAiiiCAPíTULO
I.
INTRODUÇÃO
---
1
II.
VISTA
PANORÂHICA
DA "GENERAL
TRADING
COMPANY"
JAPONESA
---
12
III~
ORGANIZAÇÃO
DAS "TRADING
COMPAN.Y" ---
33IV.
FUNÇÕES
DA "TRADING
COMPANY"
---:---.:.---
66V.
RESUMO
E CONCLUSÃO
---~
90
EP1LOGO
---
96
RELAÇÃO DE TABELAS
Tabela Página
1.
Taxa de Crescimento Real do PNB dosPrinci-pais Países Industrializados ----~--- 6
2. PNB dos Principais Países Industrializados
em
1971 ---
63.
Necessidades de Matérias Primas do Japão e suaDependência em Relação às Importações --- 7
4. Balança de Pagamentos do Japão!'r---xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA9
5.
Crescimento das Importações Anuais dosPrincipais Países Industrializados --- 10
6. Crescimento das Exportações-Anuais dos
Principais Países Industrializados ---
11
7.
Valor do Faturamento das Dez Maiores "TradingCompanies" Japonesas --- 16zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
8. Comparação do Volume de Vendas das' "T'radi.ng
CÇ>mpanies" Japonesas com Grandes Empresas
Norte Americanas ---~---
17
9.
Percentagem do Volume de Vendas das DezMaiores "Trading Companies" Japonesas no.PNB
do Japão ---~---- 18
10. Participação das "General Trading ·Companies"
no Comércio de Importação-Exportação do
Japão ---~--- 20
11. Comércio "Off-shore" das ,Dez Maiores "Trading
Companies" e sua Participação no Volume de
Vendas --- 22
12. Distribuição do Comércio de Importação e
Expor-tação, Comércio Interno e Comércio "Off-shore"
das Dez Maiores "Trading Comp ani.es " --- 23
,13. Mercadorias ComercIalizadas pela Divisão
Têxtil de uma "General Trading Cómpany" em
14.
Distribuição
Percentual
das Mercadorias
Comercializadas
pelas
Cinco
Maiore?
"Trading
xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAC • li .
ompanles
---15.
Redes
de Escritórios
Ultramarinos
das
Dez
Maiores
"Trading
Companies".Japonesas,
em Março
de
1973 ---zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA27
28
16.
Número
de Companhias
de Empreendimento
Conjunto
("Joint
Venture")
das
Dez Maiores
"Trading
Companies"
---
48
17.
Companhias
de Empreendimento
Conjunto
("Joint
Venture")
Nacionais,
Classificadas
por
Indústrias,
Gráfico
1.
2.
3.
4.
RELAÇÃO DE GRÁFICOS
Vendas das "Trading Companies" e Alterações
em sua Participação no Mercado Atacadista
(As Dez Maiores Firmas)
---Participação das "Trading Companies" na
Im-portação de Produtos Primários
---Grupo de Empresas de uma "Trading Company"
--Organograma de uma "Trading Company
---Página
19
21
31
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA43
5. Representação Esquemática da Organização
da "Trading Company" Vista como um Sistema
CAPfTULO I
INTRODUÇÃO
A finalidade deste estudo é analisar as organizações empresariais
japonesas geralmente denominadas "trading companies". Nesta
dissertação será feita uma tentativa no sentido de estabelecer
algumas bases conceituais a fim de permitir compreender a
nature-za e características daszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA'tr-ad í.ng companies", dando especial
ên-fase
ã
sua organização e funções.Para as bases conceituais, o autor recorreu particularmente aos
recentes progressos das teorias das organizações e estudos de
"marketing". O trabalho consistirá de três partes principais:
em primeiro lugar será traçado um esboço das "trading companies"
japonesas; em segundo lugar, será feita uma tentativa a fim de
se estabelecer uma estrutura conceitual tendo em vista analisar
a sua organização bem comoCBAumR
t~ntativa
deaplf~~~~o
de talestrutura para o entendimento das características
organizacio-nais das "trading companies ";em terceiro lugar será discutida
ai sua função, em, parte tomando-se como base o que puder ser
revelado através de uma anáiise da organização e principalmente
apoiando-se na teorias dexwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA"rnar-ke tí.ng ".
Recentemente tem havido um número considerável de tentativas no
sentido de explicar o crescimento do comércio internacional do
Japão em função das "trading companies".
o
Frofessor Susumu Takamiya salientou:"As organizações que se dedicam diretamente ao comércio exterior
sao precisamente as "trading companies - Sogoshosha". Realmente
- 2 -xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
.-
.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAsentido da promoçao do comerC10, mas na realidade, o ponto
central está na conexao da produção com a demanda e na
ma-terialização do valor. As "trading companies" funcionavam
como agente de ligação entre a produção e a demanda em nível
mundial. Neste mister, o papel da "trading company", que
se-ria uma espécie de cunha nessa atividade econômica, é muito
importante"l)
Na maioria das vezes o interesse nao é apenas acadêmico,
constitu-indo uma forte inclinação para a análise das aplicaç6es práticas do
sistema de "trading companies" no desenvolvimento do comércio
in-ternacional de um país.
o
tipo de argumento mais rudimentar seriao de que o sistema de "trading companies" japonesas pode ser utili
zado como um 'instrumento de política no comércio internacional.2)
Um alto funcionário do governo norte-americano declarou o'seguinte:
"Pode-se destacar três importantes fatores que contribuiram p~
ra o desenvolvimento econômico japonês. são eles a estreita co,
laboração entre o governo e a iniciativa pr.ivada, a existência
de gigantescas "trading companies" ,e a mão-de-obra de alta
qualidade. ,;3) .
o
crescente interesse pelas "trading companies" no Brasil levou1) Instituto de Organização Racional do Trabalho, Simpósio Nacional
Sobre "Trading Companies", são Paulo, 1972, págs. 106/107.
2) Giulio Lattes é um destes proponentes. Vide suas declarações
no Simpósio Nacional Sobre "Trading Companies", IDORT, são Paulo,
19 72, pág. 75.
3) Peter G. Peterson, Secretário de Comércio dos Estados Unidos,
"A Foreign Economic Perspective", 1971 (reimpressão de uma
a revista Conjuntura Econômica a elaborar um artigo especial
so-bre as "tradingzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAcornpani.e s !". japonesas.
o
artigo salienta que a"trading company" é uma "nova forma de operaçao comercial".
"Para a promoção do comércio exterior nipônico, uma nova forma
de operar tem sido utilizada com muito sucesso: as companhias
de comércio ou, como são mundialmer.te conhecidas, as "Trading
4)
Companies " •o
jornalismo também encontrou um tópico na singularidade da"trad-ing company".
"As sociedades comerciais também contribuiram muito para
aumen-tar as exportações sete vezes acima dos níveis de 1950 e para
elevar o padrão de vida·japonês para um nível mais alto do que
em qualquer época anterior, tornando o país uma sólida âncora
econômica para o mundo livre na Ásia. Além disso, elas estão
dando um exemplo a outras nações para alcançarem as mesmas
meT.as".5)
Apareceu um artigo num importante jornal econômico dos Estados Uni
dos, dizendo entre outras coisas:
"As general trading companies japonesas não atuam apenas em
operações de compra e venda, estando também ativamente
empenha-das na administração de supermercados, shopping centers e empree~
dimentos habitacionais. Elas também estão desempenhando
lmpor-tante papel no desenvolvimento de recursos ultramarinos, tais
como: óleo cru, minério de ferro, minério de cobre, bauxita,
-. . . ,,6)
e outras materlas prlmas .
4) Conjuntura Econômica, volume 26, junho, 1972, pág. 80
5)
J.
D. Ratcliff, "Tudo é Lucro para·a Mitsui", Seleções doReader's Digest, junho 1969
- 4-.-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A despeito do crescente interesse pelas "trading companies", existe
pouca literatura, tanto de natureza acadêmica como prática,
con-cernente
à
análise teórica da natureza, funções e complexidadedas ''tradiingcompanies".
A maior parte da literatura que tem aparecido até agora, especial
mente aquela de caráter jornalístico, tende a dar uma ênfase
desnecessária ao imenso volume de transações '.e
à
ampla variedadede mercadorias transacionadas, pouca atenção tendo sido
dispen-sada
à
análise das características essenciais da organização efunçãe das "trading companies".
É
preciso inquirir por queas "trading companies" vieram a transacionar com uma tão grande
variedade de artigos ao invés de descrever e explicar a linha
diversificada de produtos.
o
grande vmlume de negócios e adiver-sidade das mercadorias certamente constituem um importante
aspecto dasWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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U \ " : " • . . • • . _ . . • . . . . . ;• • . • • ._..L.xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA~~\ 0 0 0• • • • • _
a diferença entre fenômeno e essência.
Este estudo tentará lançar alguma luz sobre as características
essenciais e a natureza da organização e função desta forma
sin-gular de-empreendimento econômico, com o auxílio das teorias
das organizações e do estudo de "marketing". O autor desta disser
tação teve oportunidade de trabalhar numa "trading company" japo
nesa em Tóquio durante ce~ca de cinco anos, e foi através de
um programa de treinamento em tal empresa que ele se matriculou
no curso de mestrado da EAESPda FGV. As suas experiências
pes-soais, embora insuficientes, certamente contribuiram para compor
esta dissertação.
japone-- 5 -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
sas, existe aparentemente o fenomenal desenvolvimento econômico
do Japão. Entre os vários fatores que se acreditam terem
con-tribuido para as realizações econômicas do Japão, um dos mais
importantes seria o desenvolvimento do comércio internacional
do país. A forte dependência do Japão quanto às importações
de matérias primas necessariamente levou a economia a atividades
diversificadas de comercio internacional. Pode-se salientar
com segurança que a economia não teria se desenvolvido sem este
concomitante crescimento do comércio internacional.
Consequen-temente, a fim de complementar este capítulo, nas páginas segui~
tes o autor apresentará os dados abaixo mencionados:
(1)
Taxa de crescimento real do PNB dos principais pal-~ses industrializados.
(2) PNB dos principais países industrializados.
(3) Consumo japones de matérias primas básicas e sua
dependência com respeito às importações.
(4) Balança de pagamentos do Japão.
(5) Taxa de crescimento anual das importações dos
.principais países industrializados.
(6) Taxa de crescimento anual das exportações dos princi
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6
-TABELA 1
TAXA DE CRESCIMENTO REAL DO PNB DOS PRINCIPAIS PAÍSES INDUSTRIALIZADOS
UNIDADE: %
E.U.A. CANADÁ ALEV~NHA OCIDENTAL FRANÇA ITÁLIA REINO UNIDO JAPÃC
1965 6,3 6~9 5,6 4~7 3~6 2,5 4~4
1966 6,5 7,0 2,4 5,6 5,9 1,9 10,0
1967 2,6 3,5~ 0,3 4,7 6,8 1,9 13,2
1968 4,7 4,9 7,2 4,8 6,4 3,2 i», O
1969 2,,6 5,1 8,1 7,9 5,0 2~0 11,9
1970 -0,6 3,3 4,9- 5,9 5,2 1,7 10,5
1971 2,7 5,5 2,8 5,3 1,3 1,5 6,1
Fonte: "Tsusho Hakusho", rublicação Oficial do Minist~rio de Comércio Interna,,:,::
cional e Indústria do Japão, Tóquio, 1972, pago 2-3
TABELA 2
PNB DOS PRINCIPAIS PAfsES INDUSTRIALIZADOS EM 1971
UNIDADE: US$'10 milhões
ESTADOS UNIDOS 10.504
JAPÃO 2.274
ALEMANHA OCIDENTAL 2.18l
FRANÇA 1~634
REINO UNIDO 1.371
ITALIA 1. 015
CANADÁ 922
AUSTRÁLIA 367
ESPANHA 363
Fonte : "Seka.iKeizai Hakusho", Estudo da Economia Hundia L, Agenci.a dê--p'íãl1p.jA.;n(-~n·!·oEco~iC!o do Ceve r-no do J'ap.3.o,
T6quio, 072, p~ . 202.TSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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-CAPfTULO 11
VISTA PANORÂMICA DA "GENERAL TRADING COMPANY" JAPONESA
A tarefa de definir a natureza e características das "general
trad-ing companies" japonesas sempre apresenta alguma dificuldàde termi
nológica. Seguindo a prática comum, o 2.utor adotará o termo "general"
(geral). como tradução para o termo japonês "sogo " A conotação
im-plícita em "general", entretanto, necessariamente não descreve as
atividades deste tipo particular de "trading company". Algumas tr~
duções que poderiam ser adotadas são "trading company" integrada,
"trading company" consolidada, "trading company" multidivisional, etc.
É
evidente que o termo "general" foi cunhado para contrastar com otermo "especializada", uma "general trading company" sendo distinta
de uma '!trading company" especializada. A distinção entre "trading
cpmpanies" gerais e especializadas é de certo modo equivalente
àque-la que existe entre o clínico geral e o especialista.xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
-Independentemente do adjetivo que seja acrescentado ao nome, nao res
ta dúvida de que as "general trading companies" japonesas são um
ti-po de '~trá.dingcompany" que pode ser encontrado em qualquer parte do
mundo. A "trading company" pode ser definida como um estabelecimen-.
to comercial que funciona como um intermediário entre aqueles que
querem vender e aqueles que quererm comprar mercadorias. Num sentidp
mais amplo, os atacadistas também poderíam ser incluídos na
defini-ção de "trading company". Num sentido mais estreito, a "trading
company" pode ser definida como aqueles intermediários cujas
ativi-dades se estendem além das fronteiras de uma nação. Neste sentido,
grande número de casas importadoras e exportadoras espalhadas por
todo o mundo também são "trading companies".
A origem da "trad"ing company" pode ser encontrada nos méritos da di
visão do trabalho. Da mesma forma que a especialização na
aquela normalmente obtida, um fabricante pode ver méritos em
en-tregar as suas atividades de venda a uma outra firma que se
es-pecialize na distribuição dos produtos. Este argumento tem as suas
bases na interpretação de que a função de dist·ribuição constitui um
campo independente, claramente distinto da produção. Se a procura
esperada e a oferta realizada fossem sempre iguais a "tradingxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
-company" nao encontraria um campo de atividades. Uma economia
per-feitamente planificada também negaria "raison d'être" a uma
"trad-ing company". Neste sentido, as "general trading companies"
japo-nesas são empresas tipicamente particulares que funcionam no senti
'do de fazer com que a procura esperada se aproxime da procura
rea-lizada, e vice-versa.
.•
Mencionamos que no sentido mais estrito, "trading company" e acha
mada casa importadora-exportadora. Neste contexto, vale a pena ob-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
sar-varv- que o comércio de importação e exportação requer
conheci-mentos e experiências altamente especializados.
o
comérciointer-~nacional sempre envolve o problema del~ngua.
.•
As diferentes
pra-ticas comerciais e regulamentações governamentais dos países estran
geiros tornam o comércio internacional mais difícil de ser levado a
cabo do que as atividades comerciais que se circunscrevem dentro
dos limites de uma naçao. Equipes bem treinadas em línguas
estran-geiras e perfeitamente informadas sobre as várias complexidades das
transações internacionais são, indubitavelmente, recursos raros, os
quais um fabricante não encontra facilmente. Além disto seria
anti-economico para cada fabricante prover o seu departamento de ~endas
com especialistas em assunts estrangeiros, sobretudo quando as
ven-das internacionais constituem apenas uma fração limitada das
ativi-dades de tal fabricante.
/
Ninguém n~garia.que o japonês é uma das linguas menos praticadas
ln-ternacionalmente. Também é um fato inegável que os japoneses
costu-mavam ser - em parte devido às características geográficas do lugar
-
..•
..•
.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAquentemente, nao e de surpreender que o comerClO internacional
ja-ponês tenha se constituído numa espéci~ de atividade econômica
muito mais especializada para eles do que, por exemplo, para os co
,
merciantes ingleses e holandeses. Há .muito tempo se estabeleceu a
noção entre os homens de negócios japoneses de que o comércio
in-ternacional deve estar nas mãos de especialistas treinados, da
mes-ma forma como as transações monetárias devem ficar nas maos dos ban
queiros. Só recentemente os fabricantes japoneses tiveram uma idéia
de organizar seus próprios departamentos de exportação providos de
tais especialistas. Deve-se dar ênfase a esta condição
sócio-eco-nômica que contribuiu para o desenvolvimento das "general trading
companies" japonesas. Se por um lado as "general tradingcompany"
japonesas têm sua origem na intermediação comercial entre procura e
oferta, elas têm suas raizes numa condição sócio-econômica do país
que levouzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ã
noção de que o comércio internacional é um servi"çoes-pecializado que só pode ser executado por pessoal treinado.
~Voltando-se agora para urna abordagem de busca factual, descreveremos
o esboço dasfigeneral trading' compan í.es " japonesas em termos de seu
volume de negócios, diversificação das mercadorias transacionadas,
extensiva rede internacional, escopo de atividades e seus grupos
empresariais.
t
amplamente aceito o fato de que as la firmas seguintes são"General Trading Companies"l).
1.
Mitsubishi Corporation (abreviação(abreviação
2.
Mitsui&
Co., Ltd.3. Marubeni Corporation (abreviação
4. C. Itoh
&
Co., Ltd. (abreviação(abreviação
(abreviação
5. Sumi tomo Shoji Kaisha Ltd.
6. Nissho-Iwai Ltd.
7. Toyo Menka Kaisha Ltd. (abreviação
(abreviação
8.- Kanematsu Gosho Ltd.
MSK)
MBK)
MARUBENI)
CI)
SUMISHO)
NISSHO-H1AI)
TOMEN)
9. Nichimen Company Ltd.
la. Ataka
&
Co., Ltd.(abreviação
(abreviação
NICHlMEN)
ATAM)
Um dos traços mais relevantes das "generaltrading companies"zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
é
oseu grande volume de transações comerciais. Abaixo está transcri
ta uma lista do faturamento anual das 10 maiores "trading companies"
.japonesas.
1) Estudo Econômico dq Japão, 1973/1974, Agência de Planejamento
TABELA 7
VALOR DO FATURAMENTO DAS DEZ MAIORES "TRADING COMPANIES" JAPONESAS
UNIDADE: US$l.OOO.OOO
ANO': 1972xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
L MSK 17.257
2. MBK 16.471
3. MARUBENI 10.295
4. CI 9.416
5. SUMISHO 0.050
6. NISSHO-IWAI 7.975
7. TOMEN 4.508
8. KG 3.976
9. NICHIMEN 3.582
10. ATAKA 3.474
Nota: As quantias em dólares americanos representam conversões de
yens japonêseszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
à
taxa de ~ 300=
US$ 1.00.Fonte: Relatório Anual de 1973 de cada uma das Companhias
Colocaremos as cifras acima numa perspectiva internacional,
comparan-do o valor do faturamento da MBK em 1972 com o valor das vendas de aI
TABELA
8
COMPARAÇÃO
DO VOLUME
DE VENDAS
DAS
"TRADING
COMPANIES"
JAPONESAS
COM GRANDES
EMPRESAS
NORTE
AMERICANAS
UNIDADE:
US$1.000.000
MSK
17.257
MBK
16.471
SEARS
ROEBUCK
10.006
GENERAL
MOTORS
28.264
STANDARD
OIL NEW JERSEY
18.701
FORD MOTORS
16.433
GENERAL
ELETRIC
9.425
INTERNATIONAL
BUSINESS
MACHINE
8.274
~ Fontes:
Relatório
Anual,
1973,
da MSK e MBK
xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA.•
Revista
"Fortune",
maio
de 1973,
pago
182
As
"general
trading
companies"
desempenham
um papel
considerável
na economia
japonêsa
e isto
se reflete
muito
bem
na percentagem
TABELA 9
PERCENTAGEM DO VOLUME DE VENDAS DAS DEZ MAIORES "TRADING COMPANIES"
JAPONESAS NO PNB DO JAPÃO
UNIDADE: 100.000.000-yens/ano
ANO PNB (A) VENDAS DAS DEZ MAIORES (B) B/A%
1960 162.070 39. 808 24',6
1961 198.528 50.089 25,2
1962 216.595 52.483 24,2
1963 255.759 67.344 26,3
1964 296.305 79.164 26,8
1965 326.504 86.543 26,5
1966 381.179 106.146 27,8
1967 447.668 117.213 26,2
1968 527.803 133.746 25,3
1969 625.500 167.062 26,7
1970 732.410 196.410 26,8
r
1971 808.790 214.990 26,6
1972 955.124 255.018 26.,7
Fontes: Relatório Anual de cada companhia e
Estudo Econ~mico do JaD~o, 1972/73, Ag~ncia de Planejamento
Econômico, Tóquio.
Em 1958 as dez maiores "trading companies" eramzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAr-espon save Ls por 17%
das vendas totais dos atacadistas do país, porém tal percentage~
GRÁFICO 1
VENDAS DAS TRADING COMPANIES E ALTERAÇÕES EM SUA
PARTICIPAÇÃO NO MERCADO ATACADISTA
(AS DEZ MAIORES FIRMAS)
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA[""xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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62
t64'66
'68 '7 O'73
Fontes: Estudo Econômico do Japão, 1973/74, Agência de Planejamento
,v
Pode-se citar algumas razões para a crescente importância das
"trad-ing companies" na economia. A mais importante é a rápida expansao
do comércio' exterior do país. A participação das dez maiores
"trad-ing companies" no comércio exterior do Japão é considerável,
confor-me mostra a tabela seguinte.
TABELA 10
PARTICIPAÇÃO DAS "GENERAL TRADING COMPANIES" NO COMERCIO DE
IMPORTAÇÃO-EXPORTAÇÃO DO JAPÃO
UNIDADE: 100.000.000 Yens
EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO
ANO JAPÃO (A) DEZ MAIORES CB) B/A% JAPÃO CC) DEZ MAIORES (D) D/C
1960 14.817 6.924 46,7 16.776 10.134 60,
1961 15.555 7.304 47,0 21.632 13.394 61,
19€2 18.032 8.861 49,1 20.239 12.724 62,
1963 20.289 10.370 51,1 26.089 16.439 63,
1964 25.873 13.480 52,1 28.515 18.094 62,
1965 31. 406 16.581 52,8 30.301 19.569 64,
1966 35.848 18.636 52,0 36.068 23.416 64,
1967 38.786 19.726 50,9 43.423 28.252 65,
1968 49.381 23.783 48,2 47.844 30.191 63,
1969 60.523 28.393 46,9 57.618 35.878 62,
Fontes: Relatório Anual de cada companhia e
Estudo Econômico do Japão 1969/70, Agência de Planejamento Econôrn
co, Tóquio, 1970.
A participação destas organizaçõeszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
é
particularmente grande no casodas importações de produtos primários, conforme descrito no gráfico
o
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I UJ 1-'-O UJ
(%)
-:-100
.' ! ··••..150
- 21
-GRAFICO 2
PARTICIPAÇÃO DAS "TRADING COMPANIES" NA IHPORTAÇÃO DE
PRODUTOS PRIMÁRIOS t:J M N ~ H O ~ M Cf)
Fontes: Estudo Economico do Japão,CBA1973/1974, pág. 115
Agência de Planejamento Econômico do Govêrno Japonês
Tóquio, 1974
As transações das "General Trading Companies" não se limitam ao
co-mércio de importação-exportação. As. transações internas ocupam
uma parcela considerável do volume total de negócios. Neste campo
as "General Trading Companies" atuam como atacadistas,
distribuido-res e também financiadores.
O chamado. comércio "off-shore", isto é, aquelas transações que
nao envolvem exportação do ou importação para o Japão, consitui um
outro importante campo'que as "General Trading Companies" procuram
desenvolver. A sua participação no volume do faturamento total
- LL -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
TABELA 11
COMÉRCIO "OFF-SHORE" DAS DEZ MAIORES "TRADING COMPANIES"
E SUA PARTICIPAÇÃO NO VOLUME DE VENDAS
De outubro de 1973 a março de 1974 (meio ano)
UNIDADE: US$ 1.000.000
QUANTIA PARTICIPAÇÃO
MBK 912,40 7,0%
MSK 830,01 6,0%
SUMISHO 776,34 10,7%
NICHIMEN 621,39 21,0%
NISSHO-IWAI 612,81 9,9%
MARUBENI 438,12 5,3%
CI 437,40 5,5%
ATAKA 363,99 11,9%
TOMEN 349,09 10,0%
KANEMATSU 332,91 9,6%
TOTAL 5.674,45 8,2%
Fonte: SOGOSHOSHA NENKAN, (Relatório Anual das "General Trading
Companies", 1974), pág. 52.
Obs.: As quantias em dólares norte-americanos representam
con-versões de yens japoneses à taxa de Y 300zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
=
US$ 1.00.Observamos que as transações das "General Trading Companies" se
classificam em comércio de importação, expo"rtação, venda
inter-nas por atacado e comércio "off-shore". A tabela seguinte
mos-tra a distribuição destas transações no que concerne às dez
- 23 -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
TABELA 12
DISTRIBUIÇÃO DO COMÉRCIO DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO, COMERCIO
IN-TERNO E COMÉRCIO "OFF-SHORE" DAS DEZ MAIORES TRADING COMPANIES
UNIDADE: %
PERfoDO: abril - setembro de 1971
IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO CONÉRCIO COMÉRCIO
INTERNO "OFF-SHORl
MSK 19,2 17,9 55,5 7,4
MBK 20,2 22,9,_ 53,4 3,5
MARUBENI 15,7 23,4 57,2 3,7
CI 19,9 17,3 55,3 7,5
SUMISHO 14,5 24,7 56,8 4,0
NISSHO-IWAI 24,0 18,0 50,0 8,0
TOMEN 14,5 16,8 60,1 8,6
..KG 20,8 18,3 52,4
8,5
ATAKA 17,5 15,3 60,9 6,3
NICHIMEN 22,8 22,3 46,5 8,4
Fonte: Relatório Financeiro de cada companhia, publicado em
novem-bro de 197h
Além do enorme volume de transações, uma outra importante
caracte-rística das "General Trading Companies" ézyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAa diversidp.de das
merca-dorias com as quais elas transacionam, Urna. descrição item por item
de tais mercadorias exigiria um volume de -pelo menos 50 páginas em
tipo pequenos. Seria interessante citar apenas uma parte das
TABELA
13
MERCADORIAS
COMERCIALIZADAS
PELA DIVISÃO
T~XTIL
DE UMA "GENERAL
TRADING
COMPANY"
EM
1973DEPARTAMENTOS
MERCADORIAS
COMERCIALIZADAS
LÃ
algodão
cru, resíduos
de algodão,
resíduos
de fios
de algodão.
fios
de algodão,
fio de raion,
fibras
e fios
sintéticos,
fios
mistos,
linha para
costura,
fazendas
tecidas
e de malha.
lã bruta,
lã.lavada
e carbonizada,
resíduos
de lã, pelo
de
animais.
ALGODÃO
CRU
FIOS DE ALGODÃO
E FIOS ARTIFICIAIS
FIO DE LÃ
fios para
tecelagem
e malharia,
fios para
t~ic3,
fios para
tape-tes e cortinas.
SEDA E RAION
seda
crua,
fios e tecidos
de seda,
fios
de celulose
de qualquer
tipo.
FIOS DE FILAMENTO ARTIFICIAIS
fios
sintéticos
de qualquer
espécie,
sobretudo
para
teares.
fibras
sintéticas
e fibras
cortadas
de raion.
FIBRAS ARTIFICIAIS
COMfRCIO
DE FIBRAS E FIOS ARTIFICIAIS
fios e fibras
cortadas
artificiais.
xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAA
COMÉRCIO
DE PRODUTOS TEXTEIS
todas
as fazendas
tecidas
e em malha,
feitas
de fios
artificiais,
excluindo-se
tecidosesUmpados,
todas
as espécies
de fazendas
para
roupas
tecidas
e em malha
de lã, lã misturada
com outras
fibras,,'
tecidos
de malha
de algodão
e fibra
sintética,
butina,
fazendas
nãe
tecidas.
COMfRCIO
DE TECIDOS ESTAMPADOS
COMÉRCIO
DE MANUFATURADOS
fazendas
estampadas,
tecidas
e em malha.
roupa
interna
de malha,
sueters,
meias,
camisas,
blusas"calças,
capas
de chuva,
outras
roupas,
toalhas,
colchas,
roupa
de mesa,
da
-.DEPARTAMENTOS
MERCADORIAS
COMERCIALIZADAS
ROUPAS PARA HOMENS
cordonéis
para
pneus
e materiais
para
correias
Cnailon,poliester,
P'\(A,
e aço),
redes
de pescar,
fios
de vela,
corda,
mangueiras
.de
todos
os tipos,
materiais
de embalagem,
tecidos
revestidos
e
la-minados,
tecidos
pesados
(por exemplo,
lona),
fazendas
não
teci-das,
linha para
costura,
fechos,
fazendas
não tecidas
para
entre
telas
e outros
produtos
t~xteis
industriais.
tecidos
de algodão,
seda e lã artificial
para
senhoras,
confecções
para
senhoras
e crianças,
camisas
de dormir,
roupas
de cama e te
cídos para
forros.
algodão,
tecidos
sintéticos,
lãs e suas
misturas
para
indumentá-rias
xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAme.scu
Lí.nas , roupas
para
trabalho,
uniformes
de escola,
ter-nos e camisas.
ROUPAS PARA SENHORAS
IMPORTA~ÕES T~XTEIS N9 1
tecidos
importados,
confecções,
artigos
de malha
e produtos
di~er
Isos,
sobretudo
da Europa.
IMPORTAÇÕES T~XTEIS N9 2
MATERIAL PARA TECIDOS DE MALHA
tecidos
importados,
confecções
e artigos
de malha.
fios
de malha
para
roupa
interna,
conjuntos,
roupa
de banho,
suete:
meias
curtas
e longas,
etc.
TECIDOS INDUSTRIAIS
tecidos
de tricô
para
lingerie,
cintas,
trajes
de passeio,
luvas,
tecidos
de jersei
para
vestidos,
saias,
pantalonas,
camisas
esport4
e indun~ntária
para
atletismo,
roupas
de baixo,
panos
para
corti-nas e
t.odasas espécies
de tecidos
e confecções
de malha.
fibras
para
redes
e cordas,
tecidos
de cordonéis
para
pneus,
panos
grossos
para
correias,
cordonéis,
mangueiras
de borracha,
fibras
cortadas
e fios para
carpetes,
lona para
tendas,
panos
para
filtro
materiais
para
calçados,
fazendas
não tecidas,
fibra
de vidro,
ar-tigos
para
o lar, juta,
abacar,
sisal.
DEPARTAMENTOS
MERCADORIAS
COMERCIALIZADAS
TECIDOS PARA INTERIORES
,tecidos
para
cortinas,
tecidos
para
mesa,
tecidos
para
móveis,
papel
de parede,
lençóis,
toalhas,
colchas,
enchimentos,
artigos
de linho.
.
FAZENDAS E ROUPAS
fazendas
para
homens,
senhoras,
crianças,
roupa
esporte,
camisas,
blusas,
saias,
"s2.acks", paletós,
sobretudos,
forros
para
cadei-ras,
tecidos
pàra
forros,
tecidos
para
entretela,
tecidos
para
gravataB,
tecidos
de seda,
fibras
sintéticas,
filamentos
sintéticos
ARTIGOS T~XTEIS
INDUSTRIAIS E PARA
INTERIORES
materiais
para
pesca,
cordonéis
para
pneus,
panos
para
correias,
materiais
de construção,
lonas,
materiais
para
embalagem,
materiais
para
calçados,
fibra
de vidro,
encerados,
tecidos
de forro
para
cou
ros artificiais
e sintéticos
emborrachados,
materiais
têxteis
para-uso médico,
sacos,
cortinas,
roupas
de cama,
toalhas,
roupas
de me
sa,
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBALeriçó.is ,
FORNECIMENTOS
PARA O GOV~RNO
uniformes,
roupas
de trabalho,
capas,
meias,
roupas
de baixo,
ma-teriais
de embalagem,
tendas ,casas pré-fabricadas,
camas
de
Todas estas mercadorias são numericamente 'codificadas, sendo
am-pIamente utilizados computadores a fim de manter atualizadas as
posições de compra, vendas e estoques. Acredita-se em geral quezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
.A
o numero de artigos comercializados pelas "trading companies"
a-tinge aproximadamente 10.000 a 15.000. A divisão e
classifica-ção dos departamentos de comercialização obedece mais ou menos
a classificação dos setores industriais. O método mais
comumen-te adotado é o de classificar os artigos nas 5 categorias princi
pais seguintes: metais, máquinas, produtos quími'cos, produtos
têxteis e alimentos. As suas percentagens no caso das cinco pri~
cipais firmas são descritas na tabela seguinte.
TABELA 14
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS MERCADORIAS COMERCIALIZADAS PELAS
CINCO MAIORES "TRADING COMPANIES"
UNIDADE.: -%
PERfoDO: outubro 73/março 74
COMPANHIA/PRODUTOS METAIS MAQUINARIA PRqDUTOS TÊXTEIS ALIMENTOS OUTRO
QUIMICOS
MSK 35,1 20,4 7,4 9,8 12,7 14,8
MBK 33,6 18,6 14,2 10,8 9,0 13,9
MARUBENI 26,4 21,5 7,4 21,3 12,9 10,6
CI 14,7 17,7 11,5 35,7· 12,6 7,8
SUMISHO 38,9 18,2 13,9 "7'9-xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
,
10,4 10,7Fonte: Sogoshosha Nenkan 1974
(Anuário de 1974 das "General Trading Companies")
Além do imenso volume de transações e da grande diversificação das
atividades de vendas, existe outro fator que caracteriza as
"trad-ing companies", ou seja, a grande extensão da rede de escritórios
internacionais. De Abidjan a~Aucklande de Port Moresby a Portland
a sua rede de escritórios ultramarinos .é extremamente ampla. As
suas equipes são treinadas nas línguas das localidades respectivas
e muitos dos empregados são recrutados no próprio país. Por trás
do motivo de cr.iação desta impressionante rede de escritórios
apa-rentemente existe a convicção das "trading companies" de que elas
precisam dispor de informações de priQeira mão sobre os mercados,
da forma mais rápida possível. Tais emppesas mantêm 60 a 100
es-pri~órios ultramarinos, operados pelo seu próprio pessoal. A
ta-bela seguinte indica o número de escritórios ultramarinos e respe~
tivos funcionários das 10 maiores "trading companies" japonesas.
TABELA 15
REDES DE ESCRITÓRIOS ULTRAMARINOS DAS DEZ MAIORES "TRADING
COMPANIES" JAPONESAS, EM MARÇO DE 1973
Número to- Número de Número de Fun- Número de
tal de Fun Escritó- cionários Japo
Funcioná-cionários rios Ultra neses Enviados rios
Lo-JaponesesxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAmar-Lnos - para o Exterior cazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAí,o
-MSK 9.501 118 824 2.620
MBK 10.326 170 1. 030 2.108
MARUBENI 7.703 111 648 2.095
CI 7.049 89 601 1. 535
SUMISHO 5.570 90 525 1.142
NISSHO-IWAI 6.916 90 556 1. 200
TOHEN 4.123 60 325 787
KG 3.695 69 329 918
.'
29
-NICHIMEN 3.842 69 319 623
TOTAL 61. 887 928 5.406 13.475
Fonte: SOGOSHOSHA NENKAN 1974
(Anuário de 1974 das If~nera1 Trading Companies")
T6quioxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAl 1974, págs. 565-596
"u
-As "general trading companies" ampliaram suas atividades para
além dos limites normais do comércio atacadista,
importação-exportação e comércio "off-:;,shore".A esfera de suas atividades
passou a abranger campos como consultoria administrativa,
fi-nanciamento, agenciamento de seguros, armazenagem, agenciamento
de embarque e transporte, construções e participação em
"joint-ventures" , no· país e no exterior. Com este escopo de atividades,
as "trading companies" ajudam os grupos empresariais e se
or-ganizarem. Um exemplo de tais grupos em que uma "trading company"
desempenha o papel de elemento integrador é apresentado na
{Suei toco Shoji Kaisha, Ltd •
{SU!:litomoCoal mningSumiiomo Hetal Mining Co., ·Ltd.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
cs.,
Ltd SuoitoQO Heial Industries, Ltd.Sual tono light 1·letallndustri es, Ltd.
/lippon Pipe l.Jfg.Co., Ltd. Nlppon Stainless Steel Co., Ltd. Nippon Beatty Scaffold Co., Ltd.
The Ilippon Aluminium Hfg. Co.,xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBALtd • . Osaka Titanium Co., Ltd.
Toyo Aluoinium K.K.
Sumikin Kozai Kogyo Co., Ltd.
, {sucitono Shipbuildi ng & liachinery
co.,
Sunitomo Precision Products Co., Ltd. Oaikin Kogyo Co., ltd.J
SUlili.tOIilOElec tr-íc lndus tr-les, Ltd. Sumi tODO Special Metals Co., ltd.
Nissin Eledric Co., Lid.
-Nippon Electric Co., Ltd.
l
Anritsu Electric Co., ltd.NiPpon Electric Industry Co~,Ltd. lleldensha Eledric Nfg. Co., ltd. Sumi tomo Chemical Co., Ltd._____________ ._ . ~ __....SUOitOIDO Bakelite Co., lid. .__ ,.~ _
Sumi tomo Naugatuck Company Ltd. Sumitomo 3M Limited
Sumi toDO Rubber Industries, ltd. Tokai Rubber Industries, ltd. Seitetsu KQÇaku Co., Ltd. . Shlrito Paint Co ,, Ltd.
{
NiPPon Sheet Glass Co., lido SuDitClilOCem~nt Co., ltd. 11arucil China Corporati on {Japan Exlan Company GRUPO SUMI TOf-IO
. Cor.lIfrcio
••
_______ Oesenvolvioento
GRÁFICO
3
GRUPO DE EMPRESAS DE UMA "TRADING COMPANY"
Hetais
Ltd. Haquinaria
n
ét~i ca e EletrônicaQu(mi ca
Cerâmica
Têxtil
{~umitoooSumito~o Ocean Develop~entPetroleum Developoent.Co.,
&
EngineeringLtd. Co., ltd.{
The Sumi tomo Bank, Ltd. .
The Suoitomo Trust
&
Banking Co., Ltd. Suei tomo Nutual Life Insurance Co., Ltd. The Suoitomo Harine&
Fire Insurance Co., Ltd.{Sumi tODO Real~y ~ OevelopoentThe Sumitooo Uarehouse Co., Ltd.Co., ltd.
Sunitomo Ato~ic Energy Industrics, Lid. SunitoDo Joint Electric Po~er Co., Ltd. Sunito~o Forestry Co., ltd.
Sunitomo Construction Co., Ltd.
Suei tODO Chcoical tn9incering Co., ltd. Oikken Sekkei ltd.
Finanças
&
SegurosArnazens Gerais e loobili~ria
--
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBANeste ponto e preciso mencionar que as "trading companies"
japo-nesas diferem em aspectos fundamentais dos chamados "conglomerates"
que se formaram nos .Estados Unidos. Uma definição do
"conglome-r-at e": estabelece que o mesmo e a posse
--
de. uma parcela dos recursos ou atividades de uma indústria dada por companhias que estãoxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
basaSlcamení te empen ha as emd ou rast· lnd--ustrlas.• 2) As f·lrmas lnter-.
relacionadas de um-gr-upo não são necessariamente usuárias e for
necedoras dos produtos e a relação que existe entre elas é
esta-belecida através de incorporação ou aquisição do controle.
Richard J. Barber define o "conglomerate" como uma modalidade mo
derna de fusão que une no mercado companhias não correlatas,
a-glutinando-as em grandes companhias "holding" e frequentemente
operando em escala internacional. 3) No caso das "trading companies",
entretanto, as companhias inter-relacionadas ou afiliadas de um
grupo se unem por razões ençlógenas e cada companhia apr-eserrt a uma
relação usuário-fornecedor. As "trading companies" criam novas
companhias e participam -nas ações de companhias existentes como
"spin-off" de suas próprias atividades comerciais. Na estrateglad •
comercial das "trading companies" japonesas, jamais foi dada
ên-fase àmcorporação ou à aquisição de outras companhias. Além
disso a Lei Anti-Trust Japonesa não permite.a existência de
com-panhia "holding". Outrossim, as companhias participantes do gru
po gozam de um considerável grau de liberdade de ação, podendo
traçar suas proprlas diretrizes.
--2) John M. Blair,"Economic Concentration", 1970, Nova Iorque, pago 41
3) Richard J. Barber, "The American Corporation", 1970, Nova Iorque,
..
CAPfTULO 111
ORGANIZAÇÃO DA TRADING COMPANY
As organizaç5es comerciais podem ser definidas como uma organiza-xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- d' . 1 1) .
çao o slstema SOCla. Os recentes progressos nas teorlas das
organizaç5es têm lançado cada vez mais luz sobre a natureza
essen-cial da organização, a ênfase se deslocando para os atributos de
comportamento, ao invés das propriedades mecânicas das
organiza
-çoes. O conceito da teoria do sistema aberto demonstra tal evolu-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- d f .,. 2)
çao e uma orma tlplca.
As dificuldades inerentes
à
descrição,análise e definição dosa-tributos das organizaç5es lembram de certo modo as dificuldades
enfrentadas na descrição dos fenômenos vitais. Embora a descrição
anatômica do corpo humano possa ser estabelecida em termos tangív~iE
a definição dos fenômenos vitais do homem e especialmente do seu
comportamento, apresenta dificuldades extremas.
A teoria clássica tem tendido a encarar as qrganizaç5es do ponto. de
vista teleológico, isto é, uma organização existe porque tem seus
próprios objetivos e finalidades.3)
Nesta abordagem, é dada ênfase
à
finalidade de uma organização eà
eficiência na consecução dos objetivos organizacionais. Um
objeti-vo bem definido e um sólido projeto dos mecanismos organizacionais
1) David Si1verman, "The Theory of Organizations", Londres,
19 7O, pág. 27 •
2) Ibid., pág. 60.
3) Max Weber, "The Theory of Social and Economic Organization"
-(Traduzido por.A. M. Henderson e Ta1cott Parsons), Nova
s~o considerados suficientes para uma organizaç~o saud~vel e com
capacidade de sobrevivência.
A abordagem tradicional da organização das ~mpresas costumava
atri-buir importância b~sica aos aspectos estruturais do seu sistema
in-terno. Em tal abordagem, a principal preocupaç~o era com a an~lise
e elaboraç~o dos papéis a serem desempenhados pelos elementos
cons-tituintes.4) Acredita-se que um papel definido amplia a objetivida
de de uma organização.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
o
aspecto da eficiência é discutida emter-mos de tal atribuição de papéis. A proficiência no cumprimento da
tarefa pode ser conseguida através do treinamento na especialização
o
desempenho do papel deve ser padronizado de maneira que tal papelpossa ser ensinado a um novo elemento, num período de tempo
relati-vamente curto, e sem grandes complicações. A tomada de decisões
deve ter lugar em toda organização"de cima para baixo, ao longo de
toda linha hier~rquica.xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
f
preC1SO que seja evitada qualquer formade duplicação de funções.
Entretanto, tem surgido uma dúvida crescente quanto a esta
aborda-gem cl~ssica devido ao fato de que, a despeito de elementos bem
treinados, eficientemente empenhados em suas tarefas
especializa-das, definidas de acordo com os objetivos organizacionais, uma
~r-ganização não funciona da forma esperada. Os crític~s da
aborda-gem cl~ssica, freqüentemente designada de teoria da m~quina,
advo-gam que a teoria negligencia o fato de que uma organização
s5
podefuncionar e sobreviver através de seu contato constante com o meio
ambi~nte.5)
4) Max Weber, "The Theory of Social and Economic Organization",
(Traduzido por A. M. Henderson e TaIcott Parsons), nova
Iorque, 1947, p~g. 109.
5)-Daniel Katz e Robert L. Kahn, "The Social Psychology of