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Efeito agudo do exercício aeróbio vigoroso sobre o controle inibitório em adolescentes.

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REVISTA

PAULISTA

DE

PEDIATRIA

www.rpped.com.br

ARTIGO

ORIGINAL

Efeito

agudo

do

exercício

aeróbio

vigoroso

sobre

o

controle

inibitório

em

adolescentes

Rodrigo

Alberto

Vieira

Browne

a,∗

,

Eduardo

Caldas

Costa

a

,

Marcelo

Magalhães

Sales

b

,

André

Igor

Fonteles

a

,

José

Fernando

Vila

Nova

de

Moraes

c

e

Jônatas

de

Franc

¸a

Barros

a

aUniversidadeFederaldoRioGrandedoNorte(UFRN),Natal,RN,Brasil bUniversidadeCatólicadeBrasília(UCB),Brasília,DF,Brasil

cUniversidadeFederaldoValedoSãoFrancisco(Univasf),Petrolina,PE,Brasil

Recebidoem4deabrilde2015;aceitoem9deagostode2015 DisponívelnaInternetem10denovembrode2015

PALAVRAS-CHAVE Esporte;

Educac¸ãofísica etreinamento; Cognic¸ão;

Func¸ãoexecutiva; Puberdade

Resumo

Objetivo: Verificaroefeitoagudodoexercícioaeróbiovigorososobreocontroleinibitórioem adolescentes.

Métodos: Estudocontroladoerandomizadocomdelineamentocruzado.Vintepúberesforam submetidosaduassessõesde30 minutos:1) sessãoexercícioaeróbiofeito entre65-75%da frequênciacardíacadereserva,comcincominutosparaaquecimento,20minutosna intensi-dadealvoecincominutosdevoltaàcalma;e2)sessãocontroleassistindoadesenhoanimado. Previamenteeapósassessões,otestedeStroopcomputadorizado(Testinpacs®)foiaplicado para avaliaro controleinibitório.Otempo dereac¸ão(ms) eos erroscometidos (n) foram registrados.

Resultados: Otempodereac¸ãodasessãocontrolenãoapresentoudiferenc¸asignificativa.Por outrolado, otempo de reac¸ão dasessão exercíciodiminuiu após aintervenc¸ão (p<0,001). Oserroscometidosnasessãoexercícioforammenoresdoquenasessãocontrole(p=0,011). Adicionalmente,houveassociac¸ãopositivadotempodereac¸ão()dasessãoexercíciocoma idade(r2=0,404;p=0,003).

Conclusões: Oexercícioaeróbiovigorosoparecepromovermelhoriaagudanocontroleinibitório emadolescentes.Oefeitodoexercíciosobreodesempenhodocontroleinibitóriofoiassociado àidadeedemonstrouserreduzidoemfaixasetáriasmaisaltas.

©2015SociedadedePediatriadeSãoPaulo.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Esteéumartigo OpenAccesssobalicençaCCBY(https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt).

DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.rppede.2016.01.005

Autorparacorrespondência.

E-mail:rodrigodenatal@gmail.com(R.A.V.Browne).

(2)

KEYWORDS Sports;

Physicaleducation andtraining; Cognition;

Executivefunction; Puberty

Acuteeffectofvigorousaerobicexerciseontheinhibitorycontrolinadolescents

Abstract

Objective: Toassesstheacuteeffectofvigorousaerobicexerciseontheinhibitorycontrolin adolescents.

Methods: Controlled, randomized study with crossover design. Twenty pubertal individuals underwent two30-minutesessions:1) aerobicexercisesessionperformedbetween 65%-75% ofheartratereserve,dividedinto5minutesofwarm-up,20minutesatthetargetintensityand 5minutesofcooldown;and2)controlsessionwatchingacartoon.Beforeandafterthe sessi-ons,thecomputerizedStrooptest---TestinpacsTMwasappliedtoevaluatetheinhibitorycontrol. Reactiontime(ms)anderrors(n)wererecorded.

Results: Thecontrolsessionreactiontimeshowednosignificantdifference.Ontheotherhand, thereactiontimeoftheexercisesessiondecreasedaftertheintervention(p<0.001).The num-beroferrorsmadeattheexercisesessionwerelowerthaninthecontrolsession(p=0.011). Additionally,therewasapositiveassociationbetweenreactiontime()oftheexercisesession andage(r2=0.404,p=0.003).

Conclusions: Vigorous aerobic exerciseseems topromote acuteimprovementinthe inhibi-torycontrolinadolescents.Theeffectofexerciseontheinhibitorycontrolperformancewas associatedwithage,showingthatitwasreducedatolderageranges.

©2015SociedadedePediatriadeSãoPaulo.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisanopen accessarticleundertheCCBYlicense(https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/).

Introduc

¸ão

Ocontroleexecutivo(oufunc¸õesexecutivas)sereferea pro-cessoscognitivosdeumaordemsuperiorque gerenciamo controledeoutrasfunc¸õescognitivasmaisbásicase orien-tamocomportamentoidealparaalcanc¸arcomportamentos dirigidosaobjetivos. Demodogeral, ocontroleexecutivo ésubdividoemcontroleinibitório(CI),memóriade traba-lhoeflexibilidadecognitiva.1OCIéconsideradoodomínio

principaldocontroleexecutivoeumfatordeterminantedo sucessoescolar,umavezquecontrolaaatenc¸ão,o compor-tamento, o pensamento e/ou emoc¸ão parasobrepor uma fortepredisposic¸ãointernaouatrac¸ãoexternaeadaptar-se asituac¸õesconflituosas.1

Atividadesescolaressãoummodelodesolicitac¸ão ambi-ental referente à autonomia e ao controle das func¸ões atencionais, de organizac¸ão e de planejamento, o que demandaumdesempenhoeficientedoCI.2Evidências

apon-tamqueodesenvolvimentodashabilidadesdoCIdurantea infânciapromoveumacrescentecapacidadeparaosucesso nodesenvolvimentodateoriadamente---facilitaareflexão eaaprendizagem---,3bemcomoummelhordesempenhoem

tarefasderaciocíniocontrafactual4eestratégico.5OCI

tam-bémtemsidofortementeassociadoaoníveldeinteligência6

edesempenhoescolar.7

Ambasasregiõesfrontais,corticaisesubcorticais, sub-servemo controleexecutivo.O córtexpré-frontal (CPF)é quedesempenhapapel-chave.8Aumentodaatividade

cere-bral doCPF foi observadodurante a feitura de tarefa do CI(testedeStroop).9O CPFcompreendeumquartoaum

terc¸odocórtexcerebralecontémricasconexões recípro-casconsigomesmo,comoutrasáreascorticaisecomregiões subcorticaiselímbicas.10Odesempenhodocontrole

execu-tivosedesenvolve desdeaprimeira infância,ao longoda adolescência,atéaidadeadulta,11concomitantementecom

asmudanc¸as neuroanatômicas,funcionais12 e deperfusão

sanguínea13docérebro,incluindoregiõesdoCPF.

Oexercício físicotem sidoconsiderado umimportante fator ambiental para o neurodesenvolvimento,14 para a

promoc¸ãodasaúdecognitivae cerebral,15 bemcomopara

ummelhor desempenho docontrole executivo e escolar.7

Apenasumaúnicasessãodeexercícioaeróbiotem demons-tradoaprimoraraeficiênciadoCIemcrianc¸as16 eadultos

jovens,17-19 ao contrário do que foiobservado em

adoles-centes logo após 20 minutos de exercício aeróbio feito no cicloergômetro a 60% da frequência cardíaca máxima (FCmáx).20 O desempenho cognitivo pós-exercício agudo

pareceserdependentedaintensidade.21 Nametanálisede

Changet al.,21 osestudos que usaram baixa intensidade,

<50% daFCmáx, apresentaram um efeito negativo sobre o

desempenho cognitivo. Por outro lado, em estudos com intensidades>64%daFCmáx,osefeitosforampositivos.

Uma possível hipótese fisiológica que pode explicar o efeito agudo da intensidade do exercício sobre o CI se deveao aumentodofluxosanguíneocerebral geradopelo esforc¸odoexercício,oquepodereverberarsobreo desem-penhocognitivopós-exercício.17-19NoestudodeYanagisawa

etal.,19houveumaumentodofluxosanguíneocerebral(

hemoglobina oxigenada) no CPF e melhoria do desempe-nhonotestedeStroopemadultosjovensapós10minutos de exercício aeróbio a 50% do consumo de oxigênio pico (VO2pico).Omesmoefeitofoiobservadoemexperimentos

semelhantesconduzidoscomadultosjovensapós20minutos deexercícioentre60-70%daFCmáx18 eapós15minutosde

exercícioa40%dacargamáxima,respectivamente,17eem

crianc¸asapós20minutosdeexercícioaeróbioentre65-75% daFCmáx.16

(3)

na medida em que têm o CPF em maturac¸ão. É um período de mudanc¸as estruturais, funcionais12 e de

per-fusão sanguínea.13 A hipótese do estudo é que a adoc¸ão

de uma prescric¸ão do exercício aeróbio com controle da intensidade, volume e outros fatores de confusão asso-ciados ao aprimoramento cognitivo pelo exercício agudo possafavorecerosmecanismosfisiológicos cerebrais indu-zidospeloexercícioereverberarsobreodesempenhodoCI pós-exercício,conformeevidenciadoemcrianc¸as16e

adul-tosjovens.17-19Portanto,oobjetivodopresenteestudofoi

investigaroefeitoagudodoexercícioaeróbiovigorososobre oCIemadolescentes.Aintensidadeeovolumedoexercício foram prescritos conforme as recomendac¸ões de exercí-ciosvigorososparaadolescentesdaOrganizac¸ãoMundialde Saúde22edeacordocomomelhorefeitoobtidopela

meta-nálisedeChangetal.21 Outrosfatoresdecontrole,comoo

horáriodoexercícioeointervalodotempoparaaaplicac¸ão dotestecognitivopós-exercício,foramigualmente ancora-dospelametanálisedeChangetal.21

Método

Estudo controlado e randomizado com delineamento cru-zado, conduzido em ambiente praiano do município de Icapuí(CE).O efeitoagudodoprotocolodeprescric¸ão do exercíciofoitestadoporduassessões,comintervalomínimo de48horas,a saber:(1)sessãodeexercícioaeróbio vigo-roso; e (2) sessão controle assistindo a desenho animado próprio para a idade. Metade dos participantes, aleato-riamente,recebeu primeiro o tratamento experimental e depois o de controle, enquanto a outra metade recebeu primeiro o controle e depois o experimental. Por fim, a avaliac¸ãododesempenhodoCIfoifeitapreviamenteeapós assessões.

Otamanhoamostralfoicalculadocomopoderestatístico (1-␤)apriori,comaanálisedevariânciaadotadano des-fechoprincipaldoestudo(SplitPlotAnova),comumeffect sizedef=0,333 (consideradomédio)e umalfade0,05.O poder estatístico conferido à presente amostra, indepen-dentementedosexo,foide80%(G*Power®,versão3.1.9.2; InstituteforExperimentalPsychologyinDusseldorf, Alema-nha).

Vinte adolescentes(tabela 1)deambos ossexos e fisi-camente ativos, entre 10 e 16 anos, foram recrutados aleatoriamentenas escolas públicas de ensino fundamen-taldomunicípiodeIcapuí.Cartazessobreapesquisaforam fixadosnos murais informativos das escolas para recrutar osvoluntárioseumapalestrafoifeitaem diaelocal pré--determinadoparaosinteressados.Oscritériosdeinclusão foram:i)disponibilidadedecompareceràavaliac¸ãoinicial eàs sessõescontrole e exercícionoperíodo matutino;ii) serfisicamenteativo,ouseja,estarmatriculadoeassíduo (≥1 anoe ≥2×/semana, respectivamente)em programas esportivosextracurricularesqueocorremnaspróprias esco-lasnocontraturno;iii)cumpriroscritériosdoquestionário deprontidãoparaaatividadefísica(PAR-Q);iv)classificado como‘‘púbere’’(estágiosde2a4docritériodeTanner);23

e v)não apresentar deficiência físicaou intelectual e/ou contraindicac¸õesclínicas,neuromotoras,psicológicase/ou cognitivas.

Tabela 1 Caracterizac¸ão da amostra de adolescentes (n=20).Dadosexpressosemmédiaedesviopadrãoparaas variáveisparamétricas,medianaeintervalodeconfianc¸ade 95%paranãoparamétricaseamplitudedevariac¸ão (mínimo--máximo)

Proporc¸ão, medidasde posic¸ãoe dispersão

Mínimo--Máximo

Sexo (mascu-lino/feminino)

11/9

Maturac¸ão (estágios: 2/3/4)

7/6/7

Idade(anos) 13,0±1,8 (10,0-16,0) Massacorporal

(kg)

51,4±9,3 (34,0-76,0)

Estatura(cm) 157,4±9,5 (146,0-180,0) IMC(kg·m−2) 20,6±2,3 (15,4-24,5) VO2máx

(mL/kg−1/min−1)a

48,4(47,4-51,8) (43,9-59,9)

Vmáx(km·h−1) 11,6±1,2 (9,5-14,0) FCmáx(bpm) 203,6±6,0

(192,0-213,0) FCrep(bpm) 65,0±7,3 (50,0-76,0) FCcontrole

(bpm)

80,8±7,9 (67,3-99,8)

FCexercício (bpm)

165,4±8,3 (149,8-176,8) FCR(%)a 73,5(70,0-73,3) (65,0-75,0)

FCcontrole,frequênciacardíacamédiadasessãocontrole; FCe-xercício,frequênciacardíacamédiadasessãoexercício;FCmáx, frequênciacardíacamáxima;FCR,percentualdafrequência car-díacadereservadasessãoexercício;FCrep,frequênciacardíaca de repouso; IMC, índice demassa corporal; Vmáx, velocidade máxima;VO2máx,consumomáximodeoxigênio.

a Variávelnãoparamétrica.

OprojetodepesquisafoiaprovadopeloComitêdeÉtica emPesquisadaUniversidadeFederaldoRioGrandedoNorte (protocolo n◦ 876.286/2014 CEP/UFRN), em consonância

comaDeclarac¸ãodeHelsinqueeaResoluc¸ãon◦ 466/2012

doConselhoNacionaldeSaúde.Todososadolescentes sele-cionados apresentaram o termo de consentimento livree esclarecido, termodeassentimento, PAR-Qequestionário histórico-médicopreenchidosedevidamenteassinados.

A massa corporal e a estatura foram mensuradas por uma balanc¸a mecânica (G-Tech®) e um estadiômetro fixo na parede (Sanny®), respectivamente. O índice de massa corporal (IMC) foi calculado pela fórmula: [IMC = massa corporal(kg)×estatura(m)−2].24

A maturac¸ão sexual foi avaliada pelas pranchas de Tanner23 para distinguir a pré-puberdade da puberdade

comocritériodeinclusãonoestudo.25 Aspranchas

(4)

dasimagens suacondic¸ão maisseassemelhava.O estágio puberalfoiclassificadoemumaescalaentre1e5,asaber: 1=pré-púbere;2-4=púbere;e5=pós-púbere.

O testedecorridaprogressivodeesforc¸o máximo26 foi

aplicadoparaobtenc¸ãodaFCmáx.Esse testefoiconduzido

em quadra poliesportivacoberta (entre 7-10h) e consiste decorridas emvaivémem umadistânciade20 metros.A velocidadefoicontroladapeloáudiodeummetrônomo.A velocidadeinicialfoide8,5km/h,seguidadeincrementos de 0,5 km/h a cada estágio de um minuto. A frequência cardíaca(FC)foi monitoradadurantetodo otesteporum cardiofrequencímetro(Beurer®,Alemanha).AFC

máxfoi

con-sideradacomoamaiorFCatingidaduranteoteste,válida apenas quandoobservados sinais deesforc¸o intenso.27 Os

participantes foram encorajados verbalmente a se man-ter pelomaior tempopossível. O testefoi mantido até a exaustãovoluntária.Avelocidademáxima(Vmáx)foiusada

paraestimaroconsumo máximodeoxigênio(VO2máx)pela

equac¸ãodeLégeretal.28

A FC de repouso (FCrep) foi verificadacom o avaliado naposic¸ão supinoem repousopor cincominutos.Foi con-siderada a menor FC obtida. A FC de reserva (FCR) foi a diferenc¸aentreaFCmáxeaFCrep(FCR=FCmáx-FCrep).Para

determinarasFCs-alvoparaaprescric¸ãodoexercício, usou--seopercentualdaFCR.OpercentualdaFCRfoisomadoà FCrepparadeterminaraFC-alvoemexercício:FC-alvo=(% intensidade(emdecimal)×FCR)+FCrep.24

Em dia distinto à sessão exercício, os avaliados foram familiarizadoscomaintensidadedoexercícioecomo per-manecer na FC-alvo. Na sessão exercício, foi feito um aquecimentodecincominutoscomcaminhada,seguidode 20 minutosdecorridaem intensidade vigorosa (65-75%da FCR)ecincominutosdevoltaàcalma,totalizando30 minu-tos. A FC foi controlada durante toda a sessão por um cardiofrequencímetro (Beurer®, Alemanha), a fim de que

oparticipantepermanecessenaFC-alvo.Alémdocontrole individual do próprio participante, conforme orientac¸ões duranteafamiliarizac¸ão,aFCfoimonitoradaeregistradaa cadatrêsminutos.Senecessário,orientac¸õesverbaiseram fornecidasparaajustedaintensidade.Oexercíciofoifeito naareiadapraia(areiaúmida,marébaixaeterrenoplano), comosavaliadosdescalc¸os.Assessõesforamfeitasentre 7-10hcomumatemperaturaeumidadedoarentre26◦-30C

e52%-74%,respectivamente.

Durante a sessão-controle,os avaliadospermaneceram sentadospor 30minutosnolaboratório deinformáticada escolaassistindo a desenhoanimadopróprio paraaidade (KungFuPanda).AFCfoimonitoradaeregistradaacadatrês minutosporumcardiofrequencímetro(Beurer®,Alemanha).

O desempenho doCI foiavaliado peloteste de Stroop computadorizado(Testinpacs®),comauxíliodeumdesktop

emonitorde14polegadas.29Rememoramentofoifeito

pre-viamenteacadasessão.O testefoi aplicadoanteseapós 10 minutos de cada sessão. O instrumento tem três eta-pas,asduasprimeirascongruenteseaúltimaincongruente. Osdedosindicadoremédiodamãodireitapermaneceram sobreasteclasdassetasdaesquerda(←)edadireita(→), respectivamente,queforamacionadasconformecada estí-mulo.Naetapa 1,retângulosnascoresverde,azul,preto e vermelhoforamapresentados,individualmente,no cen-trodomonitor.Noscantosinferioresdomonitor,respostas em correspondênciaounãocomacordoretânguloforam

exibidas até que o participante respondesse à tentativa pressionandoasteclas←ou→.Naetapa2,tantoos estí-mulosquanto asrespostas foramexibidos na condic¸ãode palavras,sempreemcorbranca.Computava-secomoacerto quandooestímuloearespostacoincidiam.Porúltimo,na etapa 3, a palavra de uma das quatro cores era exibida emcorincompatível.O avaliadofoiinstruídoa pressionar ateclacorrespondenteàcordapalavraeinibiraresposta paraaidentidadedapalavra.Emtodasasetapasos estímu-losforamapresentadosdeformaautomáticaealeatória,12 tentativasporetapa. Otempodereac¸ão(TR)em milisse-gundos(ms)eaquantidadedeerros(n)cometidosemcada etapaforamregistrados.

Osprocedimentos estatísticos foramfeitos comauxílio doSPSSforWin/v.19.0(StatisticalPackageforSocial Scien-ces,Chicago,IL,USA)eG*Powerversão3.1.9.2(Institutefor ExperimentalPsychology inDusseldorf, Alemanha).A nor-malidadeeahomogeneidadedasvariânciasdosdadosforam testadaspelostestesdeShapiro-WilkeLevene, respectiva-mente. As variáveis paramétricas foram apresentadas em média e desvio padrão ou erro padrão e as não paramé-tricasemmédia oumediana eseusrespectivos intervalos deconfianc¸ade95%.Oníveldesignificânciafoifixadoem

p<0,05.

AconfiabilidadedotestedeStroop (TR)entreos valo-res basais (pré×pré) foi verificada pelo coeficiente alfa de Cronbach (␣). O teste t para amostras independentes foiaplicadopara compararo TRbasal entreascondic¸ões (pré×pré).Split-PlotAnova,ajustadapelaidade cronoló-gica, foi aplicadana comparac¸ão intra e entre condic¸ões (2×2)doTR.Ahipótesedeesfericidadefoiverificadapelo testedeMauchlye,quandoviolada,osgrausdeliberdade foramcorrigidospelasestimativasdeGreenhouse-Geisser.O tamanhodoefeitodasvariânciasfoicalculadopeloeta qua-drado(␩2).Otestetpareadofoiaplicadoparacadagrupo

separadamente,afimdeselocalizaremasdiferenc¸as obser-vadasnaSplit-Plot.Otamanhodoefeitofoicalculadopela equac¸ão:

r=

t2

t2+gl

ANCOVAnãoparamétricadeQuadecomajustepelaidade cronológica foi aplicadapara comparar os deltas( =pré--pós)daquantidadedeerroscometidosentreascondic¸ões (controle×exercício).Apósanálisedanormalidadee homo-geneidade das variâncias dos resíduos, a regressão linear simples(r2) e o coeficiente de correlac¸ão de Pearson (r)

foramaplicadosparaassociarodeltadoTR(=pré-pós)da etapa3incongruentecomaidadecronológica.

Resultados

Entreosadolescentesselecionadosparaoestudo,foi veri-ficadoque65%eramrepetentesnafaseescolar.Natabela1

estãoapresentadasasvariáveisdecaracterizac¸ãoda amos-tra,maturac¸ãosexual,medidasantropométricas,variáveis estimadas e obtidas pelo teste de corrida progressivo de esforc¸omáximo (VO2máx,Vmáx e FCmáx)e média daFCdas

(5)

a médiado %FCR em que os adolescentes permaneceram duranteasessãoexercício.

O TR das etapas1, 2 e 3 doteste de Stroop entre os valores basais (pré×pré) apresentaram confiabilidade de ␣=0,502; ␣=0,493; ␣=0,752; respectivamente. Não houve diferenc¸aentreosvaloresbasaisdoTR(pré×pré)naetapa1 (t[38]=-0,567;p=0,574),naetapa2(t[38]=-0,740;p=0,464) enaetapa3(t[38]=-0,665;p=0,510).

Naetapa1 congruentedotestedeStroop,ainterac¸ão tempo×condic¸ões, ajustada pela idade, não diferiu esta-tisticamente,F(1,37)=1,98;p=0,168;␩2=0,051.Nãohouve diferenc¸a entre as condic¸ões, F(1, 37)=0,00; p=0,982; ␩2=0,000. Também não houve um efeito significativo no tempo,F(1,37)=2,79;p=0,103;␩2=0,070(fig.1A).

A segunda etapa congruente, etapa 2, não mostrou diferenc¸aestatísticanainterac¸ãotempo×condic¸ões, ajus-tada pela idade, F(1, 37)=2,28; p=0,139; ␩2=0,058. Não houvediferenc¸aentreascondic¸ões,F(1,37)=0,00;p=0,955;

–50

Controle

Exercício

A

B

–75

–100

–125

Dif. [pós - pré]

TR (ms)

Dif. [pós - pré]

TR (ms)

C

*

*

Dif. [pós - pré]

TR (ms)

–150

–175

–200

–75

–100

–100 –50 0 –125

–150

–150 –175

–200

–200

–250 –225

Figura 1 Efeito agudo do exercício aeróbio vigorososobre o tempo de reac¸ão (TR) nas etapas 1 (A), 2(B) e 3 (C) do testedeStroopcomputadorizado(Testinpacs®).SplitPlotAnova ajustadopelaidadecronológicaaplicadanacomparac¸ãointra eentrecondic¸ões (2×2).Osdadosdodelta (=pós-pré)são apresentadosemmédiaeerropadrão.*p<0,001;pré×pós.

␩2=0,000. Houve um efeito significante no tempo, F(1, 37)=4,66;p=0,037;␩2=0,112.Por meiodotestetpareado (pré×pós) verificou-se que a condic¸ão controle não dife-riu,t(19)=2,05;p=0,055;r=0,43;masacondic¸ãoexercício diferiu de modo significativo,t(19)=4,20; p<0,001; r=0,69 (fig.1B).

Jánafaseincongruente,etapa3,houveumainterac¸ão tempo×condic¸õesestatisticamentesignificativa,ajustada pelaidade, F(1,37)=12,49;p=0,001;␩2=0,252.Nãohouve diferenc¸a entre as condic¸ões, F(1, 37)=0,134; p=0,716; ␩2=0,004. Houve um efeito significativo no tempo, F(1, 37)=5,64;p=0,023;␩2=0,132.Por meiodotestetpareado

(pré×pós) verificou-se que a condic¸ão controle não dife-riu,t(19)=0,64;p=0,532;r=0,15;masacondic¸ãoexercício diferiu de modo significativo,t(19)=4,94; p<0,001; r=0,75 (fig.1C).Oserroscometidos,ajustadospelaidade,não dife-riramentreascondic¸õescontrole×exercícionaetapa1[F(1, 38)=0,105;p=0,748(fig.2A)]enaetapa2[F(1,38)=0,045;

p=0,834(fig.2B)],masnaetapa3houvediferenc¸a significa-tiva[F(1,38)=7,162;p=0,011(fig.2C)].

Comoanálisesecundária,foiverificadaassociac¸ão posi-tiva(p=0,003)doTRdaetapa3incongruentedacondic¸ão exercíciocomaidade cronológica(fig.3).Por outrolado, nãohouveassociac¸ãodoTRdaetapa 3dacondic¸ão con-trolecomaidadecronológica(r2=0,021;p=0,545).Ocálculo

amostralaposterioridaanálisedeassociac¸ãofoiconduzido com umalfa de 0,05, tamanhoamostral de 20 sujeitose umcoeficientedecorrelac¸ãode0,635.Opoderestatístico conferidonaanálisefoide88%.

Discussão

O presente estudo investigou o efeito agudodo exercício aeróbiovigorososobreoCIem adolescentes.Osprincipais achadossugeremqueoexercícioaeróbio vigoroso, aguda-mente,aprimoraodesempenhodoCI,vistoquehouveuma melhoriasobreainterferênciaStroop(inibic¸ãodaresposta) observada pela diminuic¸ão no TR da fase incongruente (fig.1C),comumefeitofocalconsideradogrande(r=0,75), acompanhadopormenoreserroscometidos(fig.2C).Esses resultadospodemserdegrandeimportânciaparaelucidar ainfluênciadoexercíciosobreaeficiênciadoCIe,por con-seguinte,contribuir parao processo deaprendizagem em ambienteescolar.2

Ainfluência queo exercício promoveunodesempenho doCIestádeacordocomasevidênciasdeestudos conduzi-doscomcrianc¸as16 eadultosjovenssaudáveis.17-19Comoa

intensidadedoexercícioéumfatorimportantepara poten-cializarodesempenhocognitivopós-exercício,21adotou-se,

nopresenteestudo,umprotocolodeexercícioem intensi-dadevigorosa,que,alémdeserindicadapelaOrganizac¸ão MundialdeSaúdeparaadolescentes,22seriaadequadapara

induzirosmecanismosfisiológicosresponsáveisafavorecero desempenhocognitivo.21Porexemplo,emumametanálise,

aintensidadedoexercícioteveumainfluênciasignificativa talqueoexercícioprescrito<50%daFCmáxresultouemum

efeito negativo significativo(d=−0,113)sobre o desempe-nhocognitivo,masquandoprescritoem 64-76%ou77-93% daFCmáx osresultados forampositivos, comumefeito de

(6)

Controle

Exercício 0,6

0,4

0,2

–0,2

–0,4

–0,6 0,0

Dif. [pós - pré] erro (n)

A

0,6

0,4

0,2

–0,2

–0,4

–0,6

1,2

0,8

0,4

–0,4

–0,8

–1,2 0,0 0,0

Dif. [pós - pré] erro (n)

Dif. [pós - pré] erro (n)

B

C

*

Figura2 Efeitoagudodoexercícioaeróbiovigorososobreos erros cometidos nasetapas 1(A), 2(B) e 3(C) do teste de Stroop computadorizado (Testinpacs®). ANCOVA não paramé-tricaajustadapelaidadecronológicaaplicadanacomparac¸ão entreascondic¸ões.Osdadosdodelta(=pós-pré)são apre-sentadosemmédiaeintervalodeconfianc¸ade95%.*p=0,011; controle×exercício.

Alémdaintensidadedoexercício,outrosfatores contro-lados podem ter sido igualmente importantes para que o exercíciopudessefavorecerosbenefícioscognitivos,entre eles o volume e o horário do exercício, assim como o intervalodetempoparaaaplicac¸ãodotestecognitivo pós--exercício.Nessesentido,ovolumedeexercíciotambémfoi ajustadoconformeasrecomendac¸õesdaOrganizac¸ão Mun-dialdeSaúde22sobreovolumedeexercíciosvigorosospara

adolescenteseconformeoutrosestudosqueevidenciaram

9 –800 –700 –600 –500 –400 –300 400

r=0,635, p=0,001

r2=0,404, p=0,003

300

–200 200

–100 100 0

10 11 12 13

Idade cronológica (anos)

Dif. [pós - pré]

TR (ms)

14 15 16 17

Figura3 Regressãolinear(r2)ecoeficientedecorrelac¸ãode

Pearson(r)entreodelta(=pós---pré)dotempodereac¸ão(TR) daetapa3incongruentedotestedeStroopdasessãoexercício comaidadecronológica.

benefícioscognitivosapós20minutosdeexercícioaeróbio emcrianc¸as16 eadultosjovens.18

Ointervalodetempoparaaplicac¸ãodotestecognitivofoi definidoentre10e20minpós-exercício,conformeomelhor tamanhodoefeitoobtidopelametanálisedeChangetal.,21

naqualessefatordecontrolefoiconsideradoum modera-dorprimáriodosbenefícioscognitivos.Porexemplo,Chang etal.21 categorizaram o tempopara aplicac¸ão dos testes

cognitivosem0-10min;11-20minou>20minapóso exer-cícioe obtiveram umtamanhodeefeitode -0,060,0,262 e0,171, respectivamente.Ou seja,o tempodeaplicac¸ão pós-exercícioinfluenciousignificativamentenotamanhodo efeito.Osefeitospositivosforamobservadossomentea par-tirde11minutospós-exercício.

OsachadosestatísticosdametanálisedeChangetal.21

sobre o intervalo de tempo para a aplicac¸ão de testes cognitivos pós-exercício tem coerência com o modelo da hipofrontalidade de ativac¸ão reticular proposto por Die-triche Audiffren,30 em que ésugerida umadiminuic¸ão da

ativac¸ão cerebral em regiões não associadasdiretamente com o exercício físico (i.e., CPF) para o suprimento de regiõesdiretamenteassociadas.Corroborandoesse entendi-mento,noestudodeWangetal.31foiobservadoumdeclínio

nodesempenhodoCIduranteoexercícioaeróbiovigoroso, oquepoderiareverberarnaeficiênciadoCIimediatamente apósoexercício.Assim,essesestudoseessemodeloteórico concordamcomanecessidadedeumlapsotemporalentre ofimdoexercíciofísicoeoiníciodeumatarefacognitiva paraque ocorraumahomeostasia emnívelcerebral, mais especificamentenoCPF.

Nossosdadosdemonstramqueoexercícioaeróbioparece tersidoumaferramentacapazdeinfluenciaragudamenteos mecanismosfisiológicosresponsáveisafavorecero desem-penhodoCI.Osmecanismosaindasãoumtantocontroversos epoucoexplorados,porém aprincipalhipótesefisiológica que podeexplicar esses efeitos se refere ao aumentodo fluxo sanguíneo cerebral, o que poderiareverberar sobre o desempenho cognitivo pós-exercício.17-19 Por exemplo,

Yanagisawaetal.,19 comousodaespectroscopiade

(7)

Defato, houve aumento do fluxo sanguíneo do CPF late-ral em ambos os hemisférios (↑ hemoglobina oxigenada) devidoà interferênciaStroop(incongruência). Em contra-partida,essaativac¸ãofoisignificativamenteaumentadano CPFdorsolateral esquerdoe coincidiu com a melhoria do desempenhonatarefacognitiva(↓TR).

Como análise secundária, evidenciou-se associac¸ão do TR da fase incongruente (etapa 3) da condic¸ão exercí-cio com a idade cronológica (r2=0,404) (fig. 3). Ou seja,

o aprimoramento do CI pós-exercício foi reduzido em maiores faixas etárias. A análise de regressão demons-traque40,4%davariabilidadeencontradanodesempenho do CI pós-exercício pode ser explicada pela idade cro-nológica. Nesse sentido, devido às evidências de que um dos mecanismos fisiológicos responsáveis pelo aprimora-mento do CI pós-exercício pode ser o aumento do fluxo sanguíneo cerebral,17-19 a variabilidade no pode estar

relacionadaàmaturac¸ão domecanismodeperfusão cere-bralduranteaadolescência.13Notadamente,Satterthwaite

etal.13observaramumgrandeimpactodapuberdadesobre

odesenvolvimentodaperfusãocerebral.Osautores avalia-ramofluxo sanguíneocerebral de922jovensentreoitoe 22anoseobservaramque,aolongodaadolescência,ofluxo cerebralemtodoocórtexdiminuiconsideravelmente, inclu-sivenoCPF.Ofluxocerebraldamassacinzentamédiasofreu umdeclínioacentuadonofimdainfânciae inícioda ado-lescênciaatécercados16-18anos,seguidoporumligeiro aumentoduranteoiníciodafaseadulta.

Apesar de original, o presente estudo apresenta limitac¸ões,umadelasnãoteravaliadoodesempenhodoCI combinadocomumatécnicadeneuroimagem,oque pode-riapromovermaiorsuportenaconfirmac¸ãodasevidências. Apesardisso,diversosestudosjáconfirmaramqueo exercí-cioaeróbio,deformaaguda,podeaprimoraroCIemnível macroneural,visto promover impactosignificativosobrea atividade cerebral doCPF durante a feitura de tarefa do CIapós10-20minutosdeexercícioaeróbioemcrianc¸as16e

adultosjovens.17,18

Ousodoprocedimentodeautoavaliac¸ãodamaturac¸ão sexualparadistinguirapré-puberdadedapuberdadecomo critériodeinclusão tambémé considerado umfator limi-tante.Aavaliac¸ãoporinspec¸ãovisualporavaliadortreinado éométodoindiretomaisconfiável.25Contudo,pode-se

jus-tificar que a amostra foi composta, em sua maioria, por adolescentesnafasedapuberdade.25Noestudode

Rasmus-sen etal.,25 conduzido com 898 crianc¸as e adolescentes,

aautoavaliac¸ão damaturac¸ão sexualdemonstrouser uma técnicasuficientementeprecisaparaumasimplesdistinc¸ão entrepré-puberdade e puberdade. Oestágio mamáriofoi avaliadocorretamentepor44,9%dasmoc¸as(␬=0,28;r=0,74;

p<0,001)eogenitalpor54,7%dosrapazes(␬=0,33;r=0,61;

p<0,001).Jáapilosidadepubianafoide66,8%pelasmoc¸as (␬=0,55; r=0,80; p<0,001) e 66,1% pelos rapazes (␬=0,46;

r=0,70;p<0,001).

Vale ressaltar que o presente estudo é pioneiro na investigac¸ãodos efeitos agudosdoexercícioaeróbio vigo-rososobreoCIemadolescentesecontribuiparaelucidaros efeitosdoexercícioaeróbioparaessapopulac¸ão,quetemo desempenhodocontroleexecutivo11efunc¸ões,estruturas12

eperfusãocerebral13 emmaturac¸ão.Além disso,oestudo

teveapremissadecontrolarasvariáveispossíveis,comoa quantidadehomogêneadeadolescentesdeambosossexos,

a obtenc¸ão da FCmáx por um testede corrida progressivo

deesforc¸omáximo,aintensidadeeovolumedoexercício dacondic¸ãoexperimental,ohoráriodosexercíciosfísicos,a adoc¸ãodeumtestecognitivocomputadorizado,queregistra odesempenhoemmilissegundos,eotempoparaaplicac¸ão dotestecognitivopós-exercício.Diantedisso,oestudopode fornecersubsídiosparaaaplicabilidadedesseprotocolode exercícioaeróbionocontextoescolar.32

Emconclusão,umasessãodeexercícioaeróbiovigoroso feitopor20minutosparecepromovermelhoriana capaci-dade doCI em adolescentes.Adicionalmente, oefeito do exercíciosobreo desempenho doCIfoiassociado à idade cronológica. Issoevidencia que os benefícios doexercício foram reduzidos em faixas etárias mais elevadas. Como implicac¸õespráticas, osachadosdesteestudo contribuem para justificara inclusão das aulas de educac¸ão físicano turno escolar,ouseja, entreasoutrasdisciplinas curricu-lares (i.e., português e matemática). Assim como para a inclusão de um recreio/intervalo fisicamente ativo, uma vez que 20 minutos de exercício aeróbio vigoroso podem favoreceraeficiênciadoCIe,porconseguinte,contribuir paraamelhoriadaaprendizagemlogoapós 10minutosde recuperac¸ãopós-exercício.

Financiamento

Bolsadeestudoemníveldemestradoacadêmicoconcedida peloProgramadeDemandaSocial(DS)daCoordenac¸ãode Aperfeic¸oamento dePessoal de Nível Superior (Capes) ao primeiroautor(R.A.V.Browne).

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

AoProf.◦AntônioJosédaCosta,queproporcionouanuência

e acolhimento para que a pesquisa fosse feitain locona instituic¸ão educacional que coordena, a Escolade Ensino Fundamental Prof.a Joana Marques Bezerra, do município deIcapuí(CE).

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