Contribuição ao conhecimento do Triatoma maculata (Erichson, 1848) e do Triatoma pseudomaculata Correia e Espínola, 1964 (Hemiptera, Reduviidae).

C O N T R IB U I Ç Ã O A O C O N H E C IM E N T O D O

T R IA T O M A M A CU LA TA

(E R I C H S O N , 1 8 4 8 ) E D O

TR IA T O M A P S E U D O M A C U L A T A

C O R R E IA

E E S P ÍN O L A , 1 9 6 4

(H EM IPTER A , REDUVIIDAE) *

A r c h i b a ld o B e l lo G a l v ã o **

O recon h ecim en to das espécies T r i a t o m a m a c u l a t a (Erichson, 1848) e T r i a -t o m a p s e u d o m a c u l a -t a (Correia e Espínola, 1964), te m sido e con tin u a sendo o b jeto de m u ita con trovérsia . Essas espécies foram ta m b ém confundidas pelo au tor d u ra n te algu m te m p o .

P o ssivelm en te, a razão dessa confusão e stá n a precá ria descrição de certa s estru tu ra s dessas espécies, de m odo que n ão se pode te r c erteza de sua d is tr i­ buição no B rasil.

Um estu d o co m p a ra tivo cuidadoso en volven do am b as as espécies e stá aqui rela ta d o e con cluiu -se que é o T . p s e u d o m a c u l a t a e não o T . m a c u l a t a que está sen do en con tra do nos Estados do Piauí, Ceará, R io G ra n de do N orte, Paraíba,

Pernam buco, Alagoas, B ahia, M inas G erais, G oiás e D istrito F ederal — Brasília.

O a u t o r , l e v a n d o e m c o n s i d e r a ç ã o o í a t o d e t e r c o n f u n d i d o e s p é c i e s t ã o d i s t i n t a s , c o m o T ria tom a m a cu la ta E r ic h s o n , 1848 e o T ria tom a pseu d om acu la ta C o r r e ia e E s -p í n o l a , 1 9 6 4 e d e q u e a i n d a s e j a m a s m e s ­ m a s c o n f u n d i d a s p o r p e s q u i s a d o r e s d o N o r ­ d e s t e , a p r e s e n t a e s t e t r a b a l h o q u e c o n s t a d o s s e g u i n t e s t ó p i c o s r e f e r e n t e s a e s s a s e s ­ p é c ie s :

1) O n o m e “ m a c u l a t a ” n o s a u t o r e s ; 2 ) R e d e s c r i ç ã o d o T. m a cu la ta ( E r ic h ­

s o n , 1 8 4 8 );

3 ) S e u s c a r a c t e r e s s o m á t i c o s e c r o m á ­ t i c o s d i f e r e n c ia i s ;

4 ) E s t e r e o f o t o s t o t a i s d o m a c h o e d a f ê m e a ;

5 ) M i c r o f o t o g r a f i a s d o s r o s t r o s e e s t r u ­ t u r a s c o m p o n e n t e s d a s g e n i t á l i a s e x ­

t e r n a s d o m a c h o e d a f ê m e a ;

6 ) M a p a d e s u a d is t r ib u iç ã o r e g i o n a l e p o l í t i c a .

1) O N O M E “M A C U L A T A ” N O S A U T O R E S

A t é a d a t a e m q u e f o i p u b l i c a d o o t r a ­ b a l h o d e C o r r e ia e E s p L n o la ( 5 ) , d e s c r e ­ v e n d o o T ria tom a pseu dom acu lata, a p ó s e s t u d o s c o m p a r a t i v o s d e m o r f o l o g ia e x t e r ­ n a e d e c o m p a t i b i l id a d e r e p r o d u t iv a , e s t a e s p é c ie e r a c o n f u n d i d a c o m o T riatom a m a cu la ta ( E r ic h s o n , 1 8 4 8 ), t e n d o s i d o a d e s c r i ç ã o d e s t a ú l t i m a e s p é c i e b a s e a d a e m m a t e r i a l p r o c e d e n t e d o S u r i n a m e ( G u ia n a H o l a n d e s a ) , c o n f o r m e d e c l a r a S t o l l ( 1 4 ) , q u e a d e s c r e v e p e l a p r im e ir a v e z .

O s e s t u d o s d e C o r r e ia e E s p ín o la , s e ­ g u n d o e s t e s a u t o r e s , f o r a m r e a liz a d o s c o m e s p é c im e s p r o v e n i e n t e s d e S o b r a l (C e a r á )

* T r a b a lh o d o L a b o ra tó rio d e B io lo g ia e C o n tro le d e I n s e to s (d irig id o p e la Dr> A lin a P . S zu m lew lc z) d o N ú cleo C e n tr a l d e P e s q u is a s e m J a c a r e p a g u á , IN E R u , F IO C R U Z . F e ito c o m a a j u d a f in a n c e ir a d o C o n ­ s e lh o N a c io n a l d e P e s q u is a s .

3 6 8 R e v . S o e . B r a s . M e d . T r o p . V o l. V I I — N ? 6

e d e B o a V is ta e I r a n d u íq u e (T e r ritó rio d e R o r a i m a ) .

E m 1967, e n c o n tr a n d o B a r r e t to (4) a e s ­ p é c ie d e C o rre ia e E s p ín o la , e m G o iá s, o p i­ n o u so b re a m e s m a d a s e g u in te m a n e ir a : “N ã o q u e re m o s e n t r a r e m m a io re s d is ­ cu ssõ es so b re o

status

d o tr ia to m ín e o em te la , m a s , a ju lg a r p e lo s r e s u lta d o s do s c r u z a m e n to s o b tid o s p o r C o rre ia e E s p í­ n o la (12), é p o ssív el q u e o

pseudomaculata

s e ja u m a s u b e sp é c ie d o

T. maculata.

S e ja com o fo r, é e s ta a p r im e ir a vez q u e se e n ­ c o n tr a o tr ia to m ín e o e m b ió to p o s n a t u r a i s n o B r a s il. A co n tece, e n tã o , co m o

pseudo­

maculata

f a to s e m e lh a n te a o q u e fo i o b ­ s e rv a d o p o r T o r re a lb a e D iáz V ásq u ez n a V en e z u e la , co m o

maculata”.

E m 1969, A . B . G a lv ã o e A . L . M . C a r ­ v a lh o (7), n ã o te n d o v is to a in d a a f o rm a d o S u r in a m e q u e C o rre ia e E s p ín o la e s tu ­ d a r a m , f o ra m a in d a m a is ra d ic a is q u e B a r ­ r e tto , q u a n d o c o n s id e r a r a m e sp é c im e s d e

pseudomaculata

e n c o n tra d o s e m G o iás, c o ­ m o s in ô n im o do

maculata

d e E ric h s o n . V e­ r if ic a r a m , n e s t a o p o r tu n id a d e , q u e os d e ­ s e n h o s do s p a r â m e r o s e p ro c e sso m e d ia n o do p ig ó fo ro , d a d o s p o r C o rre ia e E s p ín o la p a r a o

pseudomaculata,

n ã o c o n c o rd a v a m in te ir a m e n te c o m e s s a s e s t r u t u r a s e n c o n - t r a d a s n o s e sp é c im e s d e G o iás, a s q u a is se a p r o x im a v a m m a is d o s d e s e n h o s d o s r e ­ fe rid o s a u to r e s d a d o s p a r a o

maculata

(E richS ori, 1848). P o r o u tr o la d o , c u m p re le m b r a r que, m u ito d ep o is d a d e s c riç ã o do

pseudomaculata,

B a r r e t to (3) n ã o t i n h a a in d a c o n h e c im e n to d o t r a b a l h o d e C o r­ r e ia e E s p ín o la , p o is n ã o c o n s ta d a b ib lio ­ g r a f ia do re fe r id o tr a b a l h o d e sse a u to r .

M as, se o re c o n h e c im e n to d o

pseudo­

maculata

co m o f o r m a in d e p e n d e n te do

ma­

culata

j á é a d m itid a n o í=ul d o p a ís , o m e sm o n ã o se v e rific a n o N o rd e ste , o n d e p e s q u isa d o re s co m o L u c e n a (9 ), S h e rlo c k e G u itto n (12), D o b b in e C ru z (6) e A le n ­ c a r (1), c o n tin u a m a d e n o m in a r a f o rm a a li o c o rre n te co m o

maculata

(E ric h s o n , 184,3).

R e c e n te m e n te , p o ré m , S h e rlo c k e S e r a ­ fim (13) j á se r e fe r e m a o

pseudomaculata,

o q u e fa z e m , e n t r e t a n to , n o s s e g u in te s t e r ­ m o s:

“N e ste E s ta d o te m o s e x e m p la re s d e r s a esp é c ie c c m a s p e c to s m o rfo ló g ic o s v a r iá ­ veis .

Os n o sso s e s tu d o s a in d a n ã o c o n c lu íra m t r a t a r - s e r e a lm e n te d e u m a ou d e m a is e s ­

p é c ie s ou d e q u a is e sp é c ie s e s s a s v a r ie d a ­ d e s s e r ia m .

N ã o m a is fo i p o ssív e l d e te r m in a r m o s q u a l o tip o d e

“maculata”

q u e o c o rria e m d e te r m in a d a lo c a lid a d e , po is, a n t e r i o r m e n ­ te , a s v a ria ç õ e s m o rfo !ó g ;c a s n ã o e r a m p o r n ó s le v a d a s e m c o n s id e ra ç ã o . P o r isso, e sses tip o s v a riá v e is d e h e m íp te r o s e rã o to d o s d e s ig n a d o s n e s te t r a b a l h o c o m o

Tria-toma maculata

(E ric h s o n , 1848)” .

E m b o r a f a z e n d o a lu s ã o a o

pseudoma­

culata

e à s v a r ie d a d e s o b s e rv a d a s , S h e r ­ lo c k e S e r a f im a in d a n ã o a d m ite m e s ta e s ­ p é c ie co m o c o m p o n e n te d a f a u n a t r i a t o - m ín ic a d o E s ta d o d a B a h ia , p o is c o n s id e ­ r a m o

maculata

(E ric h s o n , 1848) c o m o a e sp é c ie v ig e n te n a q u e la á r e a .

A lm e id a (2) e m t r a b a l h o s e m d a t a , m a s r e c e n te — c o m o se p o d e v e r if ic a r p e la s c i­ ta ç õ e s , r e f e r in d o - s e a o

maculata

( E r ic h ­ so n , 1848) d iz o s e g u in te : “As in c r i m i n a ­ çõ es a e s ta ú l tim a esp é c ie n o B ra s il, s ã o n a v e rd a d e , c o n c o r re n te s a

T. pseudoma­

culata

C o rre ia e E sp ín o la , 1964, b a r b e iro d o N o rd e s te , o u tr o r a id e n tific a d o c o p io

T.

maculata,

q u e e m n o sso p a is só fo i e n c o n ­ t r a d o n o T e r r itó r io d e R o r a im a (C o rre ia e E sp ín o la , 1964)” .

N a v e rd a d e , o

pseudomaculata

n ã õ o c o r­ r e s o m e n te n a R e g iã o N o rd e ste , c o m o diz A lm e id a , m a s é e n c o n tr a d o ta m b é m n a R e g iã o S u le s te (M in a s G e ra is ) e Ç e n tr o - -O e s te ( G o iá s ) . A d e m a is, c o n tin u a se n d o id e n t if i c a d o c o m o

T.

m a c u l a ta , c o n f o r m e d e m o n s tr a o q u e tr a n s c r e v e m o s a c im a , p a ­ re c e , e n t r e t a n to , q u e a m a is a m p la e d e n s a d is tr ib u iç ã o d o

pseudomaculata

se d á n a R e g iã o N o rd e s te .

A d e s c riç ã o dia a t u a l

maculáia

X E ric h - s c n , 1848) fo i f e ita p o r S to ll n o se u t r a b a ­ lh o b ilín g ü e j á c ita d o . Ao c o n tr á r i o d o e x ­ c e le n te d e s e n h o q u e a p r e s e n t a d e “L á p u - n a i i e m o u c h e b ig a r r é e ” , c o m o d e n o m in o u a f o rm a e m q u e s tã o , a d e s c riç ã o d o n a t u ­ r a l i s t a h o la n d ê s p a re c e , à p r im e ir a v is ta , b a s t a n te p r o b le m á tic a , d e vez q u e, e n t r e o u tr o s c a r a c te r e s , d á o s e g u in te : “L a tr o m p e e i t c o u rte , a r q u é e . . . ” O v o c á b u lo “ a r q u é e ” t a n t o p o d e ria s ig n if ic a r “ a r q u e a ­ d o ” co m o “ d o b r a d o ”, a c e p g õ e s c o m p le ta ­ m e n te d ife r e n te s , e m se t r a t a n d o d e u m p r o b le m a ta x in ô m iio d e n tr o d o o rd e m H e -

mipíera.

r

N o v .-D e z ., 1 9 7 3 R g v . S c c . B r a s . M e d . T r o p . 3 6 9

f e re n te s , o n d e e s s a e s t r u t u r a é n itid a m e n ­ te c u r v a ; m a s , n a d e s c riç ã o d e sse s e s p é c i­ m es, e m p r e g a S to ll o v o c á b u lo “re c o u r b é e ” , e q u e n ã o d e ix a d ú v id a q u a n to à s ig n if ic a ­ ç ã o d o v o c á b u lo “ a r q u é e ” co m q u e q u a li­ fic a o r o s tr o d o a t u a l

maculata

(E ric h s o n , 1848), a in d a q u e n ã o tiv e sse d a d o à “ f o rm a d o r o s tr o ” o v a lo r t a x in ô n r c o q u e só 45 a n o s m a is t a r d e lh e d a r ia L a p o rte (8 ).

Q u a n to à a u t o r ia d a e sp écie, d e v e u -a E ric h s o n n ã o ;:ó a o f a to d e t ê - l a d e n o m i­ n a d o s e g u n d o a s r e g r a s n o m e n c la tu r a is v i­ g e n te s , c o m o ta m b é m p o r h a v ê - la in c lu íd o n o g ê n e ro

Conorhinus

L a p o rte , p e lo q u a l L a p o rte s u b s titu iu s e u g ê n e ro

Triatoma

h o je p r e v a le c e n te , o q u a l fo i b a s e a d o e m o u tr o s c a r a c te r e s v á lid o s c o m o “ R o s tru m r e c tu m ” , m a s in v a lid a d o p e lo p r ó p rio a u ­ t o r p o r c o n te r , d e v id o a u m eq u ív o co de o b se rv a ç ã o , o c a r á t e r “ A n ta n n a e a r tic u lis 3” . .

É v e rd a d e , q u e, n o g ê n e ro

Conorhinus,

W a lk e r (17) co lo co u s u a esp é c ie

arenarius,

d e S a n t a r é m ( P a r á ) , q u e n o s p a r e c e u m p i r a tín e o — p o r ta n to , d e (r o s tr o c u rv o — e q u e W a lk e r d e s c re v e u a s s im : “P r o t h o r a x . . . fo re lo b a m u e h lo n g e r t h a n t h e h i n d lo - b e . . . fo re f e m u r in c r a s s a t e ” . N eiv a, e n ­ t r e t a n t o , n ã o a e n c o n tro u n o B r itis h M u -

s e u m ; c o n c o rd a n d o co m D is ta n t, a c h a q u e se d ev e c o n s id e r á - la in e x is te n te .

N ã o é d ifíc il c o n c lu ir a d iv e rs id a d e d e c r ité r io s que- im p e ra v a e n t r e os m a is a n ­ tig o s ta x in o m is ta s , c o n d iç ã o d e te r m in a d a p e la s d if e r e n te s d is p o n ib ilid a d e s e c a p a c i­ d a d e d e o b s e rv a ç ã o do m a te r ia l e n to m o ló - g ic o ;,-d ific u ld a d e o u a u s ê n c ia ' d e in te r c â m ­ b io e n t r e os p e s q u isa d o re s , e, c o m o d e c o r­ r ê n c i a d e sse s f a to r e s , p e la f a l t a d e u n a n i ­ m id a d e e n t r e os m e sm o s, n o a r r a n j o s is ­ te m á tic o d o s d iv e rso s g ru p o s com o , e m m e ­ n o r g r a u , a in d a o c o rre h o je .

C o m o q u e r q u e fosse, n o q u e ta n g a a o

T. maculata

(E ric h s o n , 1848), o “ n o m e ” c o ­ m o a “ f o r m a ” c r ia r a m ra íz e s , m o r m e n te a p ó s o t r a b a l h o d e C o rre ia e E sp ín o la , d e s ­ c re v e n d o o

pseudomaculata

e c o n s ta ta n d o a p r e s e n ç a d a esp é c ie d e E ric h s o n e m lim i­ t a d a á r e a d o B ra s il.

P a re c e t e r sid o N eiv a (10) o p r im e ir o a a d m i tir o

T. maculata

(E ric h s o n , 18Í8) e m n o sso p a ís .

V ale a p e n a tr a n s c r e v e r o q u e diz A r- t h u r N eiv a, p io n e iro n o s e s tu d o s h e m ip te - ro ló g ic o s n o B ra s il:

“P á t r i a : G u ia n a In g le s a , B ra s il, V e n e ­ z u e la .

E s tu d a m o s o tip o q u e se a c h a n o M u seu d e B e rlim , a in d a e m b o m e s ta d o d e c o n ­ s e rv a ç ã o . É u m a esp é c ie q u e a p r e s e n ta a l ­ g u m a s v a ria ç õ e s , n ã o só n o co lo rid o g e ra l, co m o ta m b é m n a s m a n c h a s do co n ex iv o , a s q u a is s ã o o r a d e la r g u r a u n if o r m e o ra a p r e s e n ta n d o a s m a n c h a s o c rá c e a s m a is la r g a s ; o u tro s e x e m p la re s a p r e s e n ta m as m a n c h a s n e g r a s e s tr e ita n d o - s e a o a tin g ir os b o rd o s d o co n e x iv o .

E n c o n tr a m o s e s ta esp é c ie n ã o r a r a m e n ­ te f r e q ü e n ta n d o a s h a b ita ç õ e s d e 3 E s ta d o s d o B r a s il C e n tr a l” .

C o m o se v ê, N eiv a, e s tu d a n d o n ã o só o “ ti p o ” c o m o “ o u tr o s e x e m p la re s ” , o b serv o u “ v a ria ç õ e s n ã o só n o c o lo rid o g e ra l, còm o ta m b é m n a s m a n c h a s d o co n ex iv o , a s q u a is s ã o “ d e la r g u r a u n i f o r m e . . . ” R e a lm e n te , o

maculata

é m a is c la ro , e n q u a n to o

pseu­

domaculata

é m a is e s c u ro e, n e s t a esp écie, a s m a n c h a s n e g r a s c o n e x iv a is s ã o d e l a r ­ g u r a u n if o r m e . P o r o u tr o la d o , “ a s m a n ­ c h a s o c r á c e a s m a is la r g a s ” e “ a s m a n c h a s n e g r a s e s tr e ita n d o - s e a o a ti n g ir os b o rd o s d o c o n e x iv o ” s ã o c a r a c te r e s q u e se e n q u a ­ d r a m n a d e f in iç ã o d o

maculata

d ç E r ic h ­ s o n .

Q u a n to à d is tr ib u iç ã o g e o g rá fic a , N eiv a in d ic a a G u ia n a In g le s a , o q u e se n ã o te m c o n firm a ç ã o , p a r e c e a t é m e s m o m a is p r o ­ v á v e l d o q u e o S u r in a m e , p o is q u e se á c h a m a is p r ó x im a d a á r e a e m q u e se te m co m f r e q ü ê n c ia e n c o n tr a d o e s tá e sp écie, is to é, V e n e z u e la , R o ra im a < B rasil) e C o lôm b ia1. E s ta ú ltim a in d ic a ç ã o fo i c o n f ir m a d a p o r in fo rm a ç ã o e p is to la r do D r. L a u ro T r a v a s ­ sos F ilh o , do I n s ti tu t o B u t á n t a n (16') .

A e sp e c ific a ç ã o “ 3 E s ta d o s do B ra s il C e n tr a l” e a m is tu r a d e c a r a c te r e s c r o m á ­ tic o s d a s e sp é c ie s e m c a u s a , re v e la m a o ri­ g e m d a in d e te r m in a ç ã o c u e se p ro lo n g o u , p o r t a n t o s a n o s, d e d u a s fo rm a s b e m d is ­ t i n t a s . I n d e te r m in a ç ã o q u e p e rd u ro u e a in d a p e r d u r a , n a s lis ta s d e d is trib u iç ã o g e o g rá fic a d e n ã o p o u co s p e s q u ^ a d o re s .

3 7 0

. t

R ^ v . S o c . B r a s . M e d . Trot>. V o l. V I I —

m

6

I n f e l i z m e n t e , n ã o n o s f o i p o s s ív e l c o n ­ s u l t a r o v o lu m e I I I d o t r a b a l h o d e S c h o m -b u r g h , d e o n d e C o r r e ia e E s p í n o l a t r a n s ­ c r e v e m o s d iz e r e s d e E r i c h s o n . T í n h a m o s c o n h e c i m e n t o d e “lu tu len tu s” a t r a v é s d o s t r a b a l h o s d e W a lk e r e d e N e i v a e L e n t ( 1 1 ) , c o m o s i.n õ n 'm o d o Pan strongylu s gen icula-tu s ( L a t r e ill e , 18 1 1 ) e n ã o d e m a cu la ta c o ­ m o c o n s i d e r a m o s a u t o r e s c i t a d o s .

Q u a n t o a n ó s , c o m p r e e n d e - s e q u e o e n ­ g a n o e m q u e in c o r r e m o s , c o n f u n d i n d o f o r ­ m a s t ã o d i s t i n t a s , e a a i n d a e x i s t e n t e a l i e ­ n a ç ã o d e t r a b a l h o t ã o i m p o r t a n t e , n ã o s ó s o b o p o n t o d e v i s t a t a x i n ô m i c o , c o m o c o n ­ s e q ü e n t e m e n t e e p id e m io ló g ic o , s ã o f a t o s q u e n o s l e v a m a a p r e s e n t a r e s t e t r a b a l h o . N ã o q u e r e m o s , p o r é m , e n c e r r a r a s c o n ­ s id e r a ç õ e s p r e l i m i n a r e s a c i m a , s e m t r a n s ­ c r e v e r o q u e d iz e m T o r r e a lb a e V á s q u e z

(1 5 ) a r e s p e i t o d a e s p é c ie e m c a u s a , n o t r a b a l h o c i t a d o p o r B a r r e t t o :

“ E n e s t a b r e v e p u b l ic a c i ó n , n o s v a m o s a r e f e r ir a l a l o c a l i z a c i ó n d e f o c o s e c r i a -d e r o s e x t r a - -d o m e s t i c o s -d e E u triato m a m a ­ cu la ta ( E r ic h s o n , 18 4 8 ) P i n t o , 1 9 3 1 . T r i a t o m i d e o q u e n o t i e n e e n V e n e z u e l a l a i m -p o r t a n c i a d e i R h odn iu s pro lix as ( S t a l , 1 8 5 9 ), p e r o q u e , a p e s a r d e e s t o , e s u n o d e l o s v e c t o r e s d e i m a l e n e l p a i s , p o r s u a b u n d a n c ia e n l a s v i v e n d a s r u r a le s d e m u -c h o s E s t a d o s , y p o r h a b e r s e e n -c o n t r a d o e n i n f e c c i ó n n a t u r a l p o r S. cru zi, y q u e e n a l -g u n a s r e -g i o n e s e s c o n s i d e r a d o c o m o e l p r in c ip a l v e c t o r , c o m o o c u r r e e n l a s c o s t a s d e i E s t a d o F a l c ó n .”

2 ) D E S C R IÇ Ã O D O “ M A C U L A T A ” (E R I C H S O N , 18 4 8 )

C o lo r id o g e r a l p a r d o e s c u r o , c o m á r e a s c l a r a s e x t e n s a s . C a b e ç a m a i s c l a r a n o d o r s o c o m 1 + 1 á r e a s c l a r a s f a l c i f o r m e s , d e s d e a s g u i a s a t é o s c ô m o r o s o c e l a r e s e 1 + 1 á r e a s c l a r a s p e q u e n a s , a r r e d o n d a ­ d a s , p r ó x i m a s a o s m e n c i o n a d o s c ô m o r o s e p a r a f o r a d a s b a s e s d a s á r e a s f a lc i f o r m e s ; g e n a s u l t r a p a s s a n d o o c lí p e o ; j u l g a s m a i s o u m e n o s d e s e n v o l v i d a s e r e c o b e r t a s , c o m o a p o r ç ã o c e n t r a l d a c a b e ç a e n t r e o s o lh o s , p o r u m a á r e a m a i s e s t r e i t a ; 1? s e g m e n t o a n t e n a l r e v e s t i d o d e p e l o s d o u r a d o s d i m i ­ n u t o s e n ã o a t i n g i n d o o á p i c e d a c a b e ç a ; 2 9 s e g m e n t o , r e v e s t id o d e p e lo s c la r o s p o u ­ c o m a i s n í t i d o s q u e o s d o 1?, c e r c a d e 6 v e z e s m a i o r q u e o 1? e a p r o x im a d a m e n t e d o m e s m o d i â m e t r o ; 3 ? e 49 s e g m e n t o s , f a l ­ t a n d o n o s e s p é c i m e s e s t u d a d o s . O lh o s

N o v .-D e z ., 1 9 7 3 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . 3 7 1

li d a d e m a i s c l a r a c o m d u a s g a r r a s n ã o a p e n d i c u la d a s ; p e r n a s a n t e r i o r e s , i m p l a n ­ t a d a s e m a c e t á b u l o s m a i s a p r o x im a d o s q u e n a s o u t r a s p e r n a s ; f ê m u r e s a n t e r io r e s e m é d i o s a p r e s e n t a n d o 1 + 1 e s p i n h o s n í t i d o s s u b - a p i c a i s n a f a c e in t e r n a ; f ê m u r e s p o s ­ t e r io r e s , c o m l i g e i r a e le v a ç ã o n a r e g i ã o d o s e s p i n h o s s u b - a p i c a i s , s e m a p r e s e n t á - l o s e n t r e t a n t o .

A b d o m e d o r s a l c o m o c o n e x i v o n o r m a l ­ m e n t e e x p a n d i d o . A á r e a e s c u r a i n t e r s e g m e n t a r m e n o r q u e a á r e a c l a r a e a f i l a n d o s e p a r a a m a r g e m e x t e r n a . A b d o m e v e n -t r a l q u a s e -t o -t a l m e n -t e e s c u r o , e x c e -t o a s á r e a s c l a r a s d o c o n e x i v o q u e s ã o s e m i c i r ­ c u l a r e s , c o m o a s d o r s a is .

M a t e r i a l e m q u e f o i b a s e a d a a r e d e s -c r iç ã o : 1 m a -c h o e 3 f ê m e a s .

P r o c e d ê n c ia d o m a t e r i a l e s t u d a d o : V . P e r e ir a , S u r u m u , M u n ic í p io d e B o a V i s t a , T e r r i t ó r io d e R o r a i m a , B r a s i l .

T o p ó t i p o : S u r i n a m e ( G u ia n a H o l a n ­ d e s a ) .

D i s t r i b u i ç ã o G e o g r á f ic a : S u r i n a m e , G u i a n a I n g l e s a ( ? ) , B r a s il, ( R o r a im a ) , V e ­ n e z u e la , C o lô m b i a .

TRIATOMA PSEUDOMACULATA C O R ­

R E I A E E S P Í N O L A , 1964 T o p ó t i p o — S o b r a l, C e a r á .

D i s t r i b u i ç ã o g e o g r á f i c a — R e g iã o N o r ­ d e s t e ( P i a u í , C e a r á , R i o G r a n d e d o N o r te , P a r a íb a , P e r n a m b u c o , A l a g o a s e B a h i a ) , R e g iã o S u l e s t e ( M in a s G e r a i s ) , R e g iã o C e n t r o - O e s t e ( G o iá s ) e D i s t r i t o F e d e r a l ) ( F i g . 7 ) .

O s e x e m p l a r e s d e s t a e s p é c ie q u e s e r v i­ r a m p a r a o e s t u d o c o m p a r a t i v o c o m o T .

m acu la ta ( E r ic h s o n , 1 8 4 8 ) f o r a m r e t ir a d o s d a c o l ô n i a d o L a b o r a t ó r io d e B i o l o g i a e C o n t r o le d e I n s e t o s , e m J a c a r e p a g u á , o n d e a e s p é c i e é m a n t i d a , h á c e r c a d e 3 a n o s , e c u j o e s t o q u e o r i g i n a l f o i c a p t u r a d o n o E s t a d o d e P e r n a m b u c o .

3 — C A R A C T E R E S S O M Á T IC O S E C R O M Á T I C O S D I F E R E N C I A I S

L o c a l i z a ç ã o T. m acu la ta T. pseu dom acu lata

C o lo r id o g e r a l ( F i g . 1)

p a r d o e s c u r o c o m á r e a s c l a r a s m a i s e x t e n s a s e e m m a i o r n ú m e r o

p a r d o e s c u r o c o m á r e a s c l a ­ r a s r e d u z id a s e e m m e n o r n ú m e r o

F a c e d o r s a l d a c a b e ç a

(Fig. 1)

c o m á r e a s c la r a s e x t e n s a s s e m á r e a s c la r a s

R o s t r o ( F ig . 2 ) m a i s c o m p r id o ; s e g m e n t o b a s a l e m é d io m a i o r e s ; o d i s t a i c o m p e l o s m a i s n u m e ­ r o s o s e m a i s l o n g o s

m e n o r , s e g m e n t o b a s a l e m é d io m e n o r e s ; o d i s t a i c o m p e lo s m a i s c u r t o s e e m m e ­ n o r n ú m e r o

 n g u l o s â n t e r o - e x t e r n o d o c o l a r i n h o ( F ig . 1)

d e s e n v o lv i d o s , c o m o d u a s g a r r a s p r e d o m i n a n t e m e n t e c l a r a s d e á p i c e a f i l a d o e a t i n g i n d o o l i m i t e p o s t e r io r d o s o c e lo s .

m e n o s d e s e n v o l v id o s , c i l í n ­ d r ic o s , m a i s e s c u r o s , o á p ic e r o m b o , e m â n g u l o a b a r to .

P r o n o t o ( F i g . 1) c o m 4 + 4 á r e a s c la r a s m a i s 3 + 3 á r e a s c la r a s m a i s e x e x t e n s a s ; 2 + 2 á r e a s c l a r a s t e n s a s ; 1 + 1 á r e a s c la r a s m e

3 7 2 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . V o l. V I I — N ? 6

E s c u te lo (F ig . 1) p ro c e sso m a is lo n g o q u e a b a s e ; a d e lg a ç a n d o -s e p a r a o á p ic e .

p ro c e s s o a p r o x im a d a m e n te d o m e s m o c o m p rim e n to d a b a s e , e s ta c o m 1 + 1 t u b é r ­ cu lo s n o s b o rd o s p ó s te r o - - la te r a is .

P le u ra s co m 2 á r e a s c la r a s ; u m a n a p r o p le u r a e o u tr a n a m e so - p le u r a .

c o m 1 ú n ic a á r e a c la r a n a p ro p le u ra .

H e m ié litro s (F ig . 1) p r e d o m in a n te m e n te c la ro s. p r e d o m in a n te m e n te e sc u ro s.

C o n ex iv o (F ig . 1) á r e a s c la r a s , r e la tiv a m e n te e x te n s a s ; á r e a s e s c u r a s e s ­ tr e it a n d o - s e p a r a o b o rd o e x te rn o .

á r e a s c la r a s , m e n o s e x te n ­ sa s, á r e a s e s c u ra s , d e la r g u r a u n if o r m e .

G e n itá lia e x te r n a (F ig . 3, 4, 5, 6)

M a c h o | — m a is v o lu m o sa ;

parâmeros,

d o b r a n d o - s e p a ­ r a o á p ic e , e s te c o m c a b e ç a d e se n v o lv id a , n ã o a p r e s e n ­ ta n d o e n t a lh e n o p e r f il;

processo mediano do

pigó-foro,

m a is c u rto , d e á p ic e ro m b o , a b a s e re d u z id a ;

“phallus”

— b e m m a io r, co m o p ro c e s s o d o e n d o s o m a m e - lâ n ic o , c o m p r e g a s la t e r a i s m a is o u m e n o s p a r a le la s e se m d e n te s .

F è m e a — 99 e l0<? te r g ito s p r e d o m in a n te m e n te : e s c u r o s ; 99 te r g i to co m 1 + 1 á r e a s c la r a s la te r a is , 109 te r g ito c o m á r e a c la r a li m i ta d a a o á p ic e ;

gonocoxitos

d o 99 s e g ­ m e n to d e á p ic e m a is la r g o co m p e lo s m a is c u r to s ;

go-napófises

d o 99 s e g m e n to m a is la r g a s e m to d o o c o m ­ p r im e n to , o e s p in h o a p ic a l m a is c u r to e d e á p ic e r o m ­ b o ;

gonapófises,

d o 89 se g ­ m e n to d e l a r g u r a u n if o r m e , e x c e to o á p ic e o n d e h á u m n ítid o p r o lo n g a m e n to i n t e r ­ n o ;

gonocoxitos

d o 89 s e g ­ m e n to , d e to n a lid a d e m a is c la r a , r e ta n g u la r e s , o eix o tr a n s v e r s o m a io r q u e o lo n ­ g itu d in a l.

M a c h o — b e m m a is r e d u z i­ d a ;

parâmeros,

n i tid a m e n te a r q u e a d o , a c a b e ç a p o u c o d i f e r e n c ia d a e c o m n ítid o e n t a lh e a n t e r i o r v is to d e p e r f il;

processo mediano do

pigó-foro

m a is c o m p rid o d e á p ic e m a is a fila d o , a b a s e m a is a l t a e m a is a m p la ;

“phallus

” — b e m m e n o r c o m o p ro c e s s o d e e n d o s o m a c la ­ ro , co m d e n te s n ítíd o s , a s p r e g a s ir r e g u la r m e n te d is ­ p o s ta s .

F ê m e a — 99 e 109 te r g ito s c o m á r e a s c la r a s c e n tr a is e x te n s a s ; 99 te r g i to co m á r e a c la r a , r e t a n g u l a r q u e se lig a à á r e a d o 109 te r g ito e e s te n d e n d o - s e à q u a s e t o ­ d o o s e g m e n to ;

gonocoxitos

d o 99 s e g m e n to m a is e s tr e i­ to s , a f ila n d o - s e p a r a o á p i­ ce, os p e lo s d o á p ic e m a is lo n g o s ;

gonapófises

d o 99 s e g m e n to a f ila n d o - s e p a r a o á p ic e , o e s p in h o a p ic a l m a is lo n g o e d e á p :c e m a is a g u d o ;

gonapófises

d o 89 s e g m e n to e s tr e ita n d o - s e p a r a o á p ic e q u e é ro m b o ;

gonocoxitos

d o 89 s e g m e n to , d e to n a lid a d e m a is e s c u ra , o eix o tr a n s v e r s o d e c o m p ri- m e n t o a p r o x im a d a m e n te

N o v .-D e z ., 1 9 7 3 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . 3 7 3

M E D ID A S

T. m a cu la ta T. pseu do­

m acu la ta

C om prim en to to ta l: ... 21,5 m m 20 m m

Cabeça: ... 4 m m 2,75 m m

la r g u r a m á x im a : ... 2 m m 1,75 m m (in c lu siv e os o lh o s)

l a r g u r a e n t r e os o lh o s: ... 1,5 m m 1 m m c o m p rim e n to d o r o s tr o : ... 4,25 m m 3,75 m m 19 s e g m e n to : ... 1 m m 0,75 m m 29 s e g m e n to : ... 2,25 m m 2 m m 39 s e g m e n to : ... 1 m m 1 m m re g iã o a n te o c u la r : ... 2 m m 1,75 m m r e g iã o p ó s -o c u la r: ... 0,5 m m 0,5 m m

Pescoço: ... 0,5 m m 0,5 m m

Tórax: ... 6,5 m m 5 m m

( c o la r in h o + p r o n o t o + e sc u te lo )

p ro n o to (m a io r l a r g u r a ) : ... 5,5 m m 4,5 m m e s c u te lo : ... 2,5 m m 2 m m p ro c e sso d o e s c u te lo : ... 1,5 m m 1 m m h e m i- é litr o : ... 13,5 m m 11 m m

A bdom e: ... 12 m m 10 m m

m a io r la r g u r a : ... 7 m m 6,25 m m

A G R A D E C IM E N T O S

À P e s q u is a d o ra e m Z oo lo g ia, N e id e G u it- to n , p e la a s s is tê n c ia té c n ic a ; a o P e s q u is a ­ d o r e m Z o o lo g ia, J o ã o B a r r e t o G u s m ã o ,

p e la c e ssã o d o s e sp é c im e s d e Triatom a m a ­ cu la ta (E ric h s o n , 1848), c a p tu r a d o s e m S u - r u m u , T e r r itó r io d e R o ra im a e a o T écn ico d e L a b o ra tó r io , H e rm e n e g ild o N. d a C ruz, p e la s e s te re o fo to s e m ic ro fo to g ra fia s .

SUM MARY

The recogn ition of th e species T r ia to m a m a c u l a ta (Erichson, 1848) an d T r ia ­ to m a p s e u d o m a c u la ta (Correia e Espínola, 1964) h as been an ã continues to be a su b je c t of m uch d isa g re e m e n t. These species w ere also confuseã for som e tim e b y th e author.

Possibly, th e reason fo r th is confusion lies in th e poor description of certain stru ctu res of th ese species, th a t one could n o t be certa in ab ou t th e ir distribution in B razil.

A carefu l co m p a ra tive s tu d y in volvin g b o th species is herein rep o rted and i t is concluded th a t i t is T . p s e u d o m a c u la ta an d n o t T . m a c u l a ta th a t is being fo u n d in th e S ta te s of Píaui, Ceará, R io G ra n de do N orte, Paraíba, Pernam buco, A lagoas, B ahia, M inas G erais, G oiás an d in th e F ederal D istric t — B rasília.

3 7 4 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . V o l. V I I — N ? 6

R E F E R Ê N C IA S B IB L IO G R Á F IC A S

1. ALEN CA R , J . E . — E s tu d o s so b re a e p id e m io lo g ia d a d o e n ç a d e C h a g a s n o C e a r á . R ev. B ra s il. M a la rio l. D . T ro p .,

17:

149-158, 1965.

2. A LM EID A , F . B . — T ria to m ín e o s d a A m a z ô n ia — E n c o n tr o d e tr ê s e s p é ­ cie s n a t u r a lm e n t e in fe c ta d o s p o r

Try-panosoma

s e m e lh a n te a o c ru z i, n o E s ta d o d o A m a z o n a s ( H e m ip te ra , R e - d u v i id a e ) . F a s e . V — P a to lo g ia T ro - pie.al| A c ta A m a z ô n ic a ,

1:

89-93, s / d a t a .

3. B A R R E T T O , M . P . — E s tu d o s so b re r e s e rv a tó r io s e v e to re s s ilv e s tre s do

Trypanosoma cruzi.

X V II. R ev. Soc. B ra s . M ed . T ro p .

1:

23-36, 1967.

4. B A R R E T T O , M . P . — E s tu d o s so b re r e s e rv a tó r io s e v e to re s s ilv e s tre s d o

Trypanosoma cruzi,

X I X . R ev . I n s t . M ed. T ro p . S ã o P a u lo ,

9:

313-320, 1967.

5 . C O R R E IA , R . R . & E S PÍN O L A , H . N . — D e sc riç ã o d e

Triatoma pseudoma­

culata,

n o v a e sp é c ie d e T ria to m ín e o d e S o b ra l, C e a r á . A rq . H ig . S a ú d e p u b l.,

29:

115-127, 1964.

6 . D O B B IN , J . E . J r . & C R U Z , A . E . — A lg u n s in fo rm e s so b re tr ia to m ín e o s d e P e r n a m b u c o . R ev . B ra s . M a la rio l. D . T ro p ,

18:

261-267, 1966.

7 . GALVAO, A . B . & CA RVALHO, A . L . M . —

Triatoma maculata

(E ric h s o n , 1848), u m a esp é c ie o c o rr e n te e m G o iá s ( T r ia to m in a e , R e d u v iid a e ) . R ev . B ra s . M a la rio l. D . T ro p .,

21,

1969.

8. L A P O R T E , L . F . D e — E s s a i d ’u n e c la s s ific a tio n s y s te m a tiq u e d e l ’o rd re d e s h e m ip te r e s . I n M a g a s in d e Z oo- lo gie p u b lié p a r F . E . G u e r in D e u x ié - m e a n n é e . 1833.

9 . LUC EN A, D . T . — E s tu d o s s o b re a d o e n ç a d e C h a g a s n o N o rd e s te do B r a s il. R e v . B r a s . M a la rio l. D . T ro p .

22:

3-173, 1970.

10. N E IV A , A . — “ R e v isã o d o g ê n e ro T r i a ­ to m a ” . 80 p p . 1914. R io d e J a n e ir o : R o d rig u e s e 'C o m p .

11. N EIV A , A . & L E N T , H . — N o ta s e c o ­ m e n tá r io s so b re tr ia to m íd e o s . L is ta d e e sp é c ie s e s u a d is tr ib u iç ã o g e o g rá ­ f ic a . R ev. E n t., vol. 6, fa se . 2, ju lh o , 1936.

12. S H E R L O C K , I . A . & G U IT T O N , N . — S o b re o

Triatoma Petrochii

P in to e B a r r e tto , 1925. R ev . B ra s . M a la rio l. D. T ro p .,

19:

625-630, 1967.

13. S H E R L O C K , I . A . & S E R A F IM , E . M . — F a u n a

Triatominae

d o E s ta d o d a B a h ia . I — As e sp é c ie s e D is trib u iç ã o G e o g r á fic a . R ev . Soc. B ra s . M ed . T ro p .,

6:

265-288, 1972.

14. ST O L L , G . — R e p r e s e n ta tio n e x a c te - m e n t co lo ré e d ’a p r è s n a t u r e d e c ig a le s e t d e s p u n a is e s q u e se tr o u v e n t d a n s le s q u a tr e s p a r t i s s d u m o n d e , l ’E u ro - p e , l ’A sie, l ’A friq u e e t 1’A m e riq u e — A m s te rd a m , J a n C h r i s t ia n S e p p ed., 124 + 172 p p . 29 + 141 F ig s., 1788.

15 . T O R R E A L B A , J . F . & VA SQU EZ , A. D . — U n a p e q u e n a c o n tr ib u c ió n a l E s tú ­ d io d e F o co s E x tra d o m e s tic o s d e T r i a - to m id e o s T ra m is s o re s d e la E n f e r m i- d a d d e C h a g a s e n V e n e z u e la . G c. M ed. J u lio - S e p b r e . 1953.

16. T R A V A SSO S F IL H O . L . P . — C a r ta d e S ã o P a u lo , 6 d e a b r il d e 1973.

3 7 6 R s v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . V o l. V I I — N 9 6

N o v .-D e z ., 1 9 7 3 R e v . S o e . B r a s . M e d . T r o p . 3 7 7

F ig . 4 — “p h a llu s ” : a ,

T. maculata;

b ,

T. pseudomaculata;

p ro c esso d o e n d o s o m a : c,

T.

3 7 8 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . V a i. V I I — N ? 6

N o v .-D e z ., 1 9 7 3 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . 3 7 9

3 8 0 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . V o l. V I I

D i st r i b u i ção Reg io n al e Po l ít i ca do Tr i o t o m o m o cu lo t o (Er i ch so n .I8 4 8 )e Tri ot om a pseudomoculot o Co r r eia e Sp i n o l a, 1 964

— D i v i s ã o Re g i o n a l .

— D i v i s ã o Po l í t i c a

T. m o c u l o t o

T. p s e u d o m o c u l o t o

NV 6