Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 19(4): 219-225, Out-Dez, 1986.
O CONTROLE DA TRANSMISSÃO DA DOENÇA DE CHAGAS EM MAMBAÍ
-GOIÁS, BRASIL (1982-1984)*
M arco Túlio Gar cia-Zapat a1, Philip Davis M arsden1, Domingos das Virgens1, Roberto
Penna1 , Vânia Soares1, Iberaci Am ericano do Brasil2 , Cleudson Nery de Cast ro1 , Aluizio
Prata
1e Vanize M acêdo1.
A a p l i c a ç ã o d e i n s e t i c i d a s e m M a m b a í - G O , d e s d e 1 9 8 0 , e s t á d e t e r m i n a n d o u m a
d im i n u iç ã o p r o g r e s s iv a in ic i a l d e Triatoma infestans n o in tr a d o m ic il io , m a s n ã o a s u a e lim i
n a ç ã o . A i n f e s t a ç ã o t r i a t o m i n i c a f o i d e t e c t a d a a t r a v é s d e d i v e r s o s m é t o d o s d e v i g i l â n c i a
i m e d i a t a ( t r a n s v e r s a l ) e a lo n g o p r a z o ( l o n g i t u d i n a l ) , c o m a c o l a b o r a ç ã o d o s p r ó p r i o s
m o r a d o r e s . N o p r i m e i r o a n o d e c o n t r o l e f o i o b s e r v a d a u m a q u e d a s i g n i f l c a n t e d e 2 8 , 6 %
a 1 3 , 5 % , m a s d e v i d o a u m a f a l h a n o p r o g r a m a d e e x p u r g o s , e m 1 9 8 1 , e s t a c i f r a v o l to u a
e l e v a r - s e ( 2 3 , 2 % ) . A c o n t i n u i d a d e d e s s e s e x p u r g o s n o s a n o s s e g u i n t e s r e s u l to u e m u m d e c l í n i o g r a d u a l , a t i n g i n d o e m 1 9 8 4 o n í v e l d e 1 4 , 2 % . S i m u l t a n e a m e n t e a p e r c e n t a g e m
i n t r a d o m i c i l i a r d e T. sórdida te n d e u a a u m e n t a r , e m b o r a a i n f e c ç ã o t r i p a n o s s ô m i c a
te n h a s i d o s e m p r e m í n i m a . O c o n j u n t o d e s t e s a c h a d o s s u g e r e m q u e o c o n t r o l e d o
T. infestans c o m o u so e x c l u s i v o d e i n s e t i c i d a s ( B H C e D e l t a m e t r i n a ) é d i f í c i l e o n e r o s o . P r e c i s a n d o - s e , p o r t a n t o , o u s o d e m e d i d a s s u p l e t i v a s i n t e g r a d a s a o s s i s t e m a s d e
c o n t r o l e d e d o e n ç a d e C h a g a s , q u e e n c o r a j a m a p a r t i c i p a ç ã o a t i v a d a s c o m u n i d a d e s
a f l i g i d a s , e s t i m u l a d a s m e d i a n t e p r o g r a m a s e d u c a t i v o s .
Palavras chaves: T r y p a n o s o m a c r u z i. T r i a t o m a i n f e s ta n s . T r i a t o m a s ó r d i d a .
Inseticidas. C ontrole da doença de Chagas.
Foram publicados, anteriormente, diversos traba
lhos, que descrevem a situação ecológica do T r i a t o m a
in f e s ta n s no m unicípio de M am baí-G O , onde foi
observado um aum ento significante da infestação triatom ínica dom iciliar (1975-197 9 )9 11. A ssim sendo e por solicitação do projeto, em 1980, a S U C A M realizou o ataque m aciço com inseticidas, sendo que um a m etade dos domicílios recebeu a repetição de uma borrifação8. D e form a seguida, foram também , relatados os resultados obtidos nos dois prim eiros anos desta atividade12.
O propósito deste trabalho é dar conti nuidade ao estudo do program a de controle da trans missão da doença de C hagas, no município acim a referido, dando ênfase ao período de 1982-1984.
M A T E R IA L E M É T O D O S
A s fases preparatórias e de ataque, foram executadas segundo a regulam entação e norm as técni cas da S U C A M - Superintendência de C am panhas de Saúde Pública - D ivisão de D oença de C hagas, M inistério da Saúde do B rasil122021.
1. Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição, Universidade de Brasília.
2. Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SU CAM ), Ministério da Saúde.
* Trabalho financiado pelo Conselho Nacional de Desenvol vimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/PIDE); Ministério da Saúde (SUCAM) e UNDP/W orld Bank/WHO-TDR. Recebido para publicação em 9/5/1986.
N a fase inicial, a área foi m apeada determ i nando-se 58 localidades denom inadas “ fazendas” , que ficaram reduzidas a 56 desde 1982. P ara este estudo foi apenas considerado o acom panham ento evolutivo anual das 724 unidades domiciliares rurais pesquisadas em 198058 12. C ada um a dessas foi exam inada para determ inar a infestação triatom ínica, mediante um sistem a de vigilância im plantado em 1981, e realizado por duas equipes: SU C A M e UnB (Universidade de Brasília), am bas realizaram , em separado, um a captura m anual com insetífugos (mis tura 1: 8 de piretro e butóxido de piperonil). Além disso, a equipe da UnB, acom panhou todas as casas que na fase inicial apresentaram evidência de infestação triatom ínica, m ediante a utilização de “ unidades de vigilância” 10, associação de uma caixa de Góm ez- N unez, sacola de plástico e cartaz informativo. Cada uma destas unidades foi exam inada e trocada pelo menos um a vez por ano. A avaliação destas técnicas de vigilância será tratado em separado.
F oram consideradas infestadas, apenas aquelas unidades dom iciliares com captura efetiva de triato- míneos (seja pelo guarda da SU C A M e/ou UnB ou pelos m oradores) e/ou presença de vestígios (cascas, ovos ou fezes de triatom íneos) no interiordas caixas de G óm ez-N unez. E m cada um a destas unidades, com infestação residual, a S U C A M aplicou um expurgo seletivo, tanto no intra quanto no peri-domicílio (galinheiros).
G arcia-Zapata MT, Marsden PD, Virgens D, Penna R, Soares V, Brasil IA, Castro CN , Prata A, M acêdo V. O controle da transmissão da doença de Chagas em Mambaí-Goiás, Brasil (1982-1984). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
19: 219-225, Out-Dez, 1986.
30% de isóm ero gam ma, na dosagem de 0,5g/m 2. Posteriormente e até o m om ento se vem utilizando D eltam etrina (inseticida piretróide, O M S-1998) na dosagem de 0,05g/m 2. E ntretanto, no início de 1984, 22 casas foram borrifadas com M alathion (organo- fosforado, OMS-OOOl) na dosagem de 2,5 g/m 2, por falta de recursos, na época, para com pra de D eltam etrina.
P or outro lado, todos os triatom íneos captura dos através das técnicas acim a referidas, foram identificados e exam inados em laboratório, para determinar-se a taxa de infecção tripanossôm ica, por espécie e estágio.
Igualm ente, em 1984, foi im plantado um pro grama educativo e de participação com unitária em 12 localidades do município, objetivando outras publi cações6 7.
P ara fins avaliativos do program a de controle do município todo, em pregaram -se os dados obtidos anualm ente pelas equipes da UnB e SU C A M , em conjunto e isoladam ente, e calcularam -se alguns dos indicadores entomológicos sugeridos pela O rganiza ção M undial da S aúde22.
D a m esm a m aneira, acom panhou-se anualm en te 686 casas borrifadas, sendo que 465 receberam uma, e 221 duas borrifações respectivam ente, das 724 selecionadas inicialm ente para o estudo longitudinal. N estas, considerando que desde 1981, a norm a de borrifação era seletiva, analizaram -se vários critérios para o estudo do efeito da repetição de um a borrifação no início de um program a de controle da doença de
Chagas: % de infestação geral e específica para T.
in f e s ta n s , índice de borrifação geral e seletivo para T.
in f e s ta n s e índice de cobertura. A lém disso, avaliou-se
a freqüência de infestação intradom iciliar para T.
i n f e s ta n s em um grupo selecionado de 150 domicílios
que apresentaram infestação consecutivam ente nos dois anos que antecederam a fase de ataque m aciço. Avaliou-se retrospectivam ente 40 unidades dom icilia
res infestadas com T. i n f e s t a n s em 1984, que foram
devidamente acom panhadas através de todos os mé todos de vigilância, im plantados na área desde 19815 12.
N o estudo da dinâm ica de infestação anual dos domicílios utilizaram -se os dados obtidos pelas duas equipes em conjunto (U nB /S U C A M ), sendo pesqui sados no total 2142 intradom icílios no período 1980- 1984. O s critérios de invasão, reinfestação e persis tência aqui em pregados, correspondem aos referidos por Soler e cols19 e G arcia-Z ap ata5.
P ara a determ inação da eficiência do program a de vigilância, em pregaram -se diversos critérios: a) avaliação longitudinal do program a geral (U nB / SUC A M ); estudo de 271 intradom icílios desde a fase pré-borrifação até 1984 que foram acom panhados através de todos os métodos de vigilância; b) avaliação
da detecção de intradom icílios infestados por T.
i n f e s t a n s segundo equipe de trabalho no período 1981-
1984; c) avaliação da dinâm ica da população tria- tom ínica e a sua relação com a transm issão da doença de C hagas no decurso do program a de controle.
Finalm ente, determ inaram -se os custos gerados no programa de vigilância epidemiológica no período de 1980-1984, a partir de inform es proporcionados pela S U C A M e do banco de dados do Projeto M am baí da UnB.
A análise estatística dos dados foi realizada pelo C entro de Processam ento de D ados (C P D ) da U niversidade de Brasília. F oram calculados os se guintes testes não param étricos: teste do qui-quadrado ( X 2) para duas am ostras independentes e teste entre duas proporções. O nível de significância dos testes (a ), geralm ente, foi de 5% . N o entanto, em casos específicos e a critério dos autores, assinalou-se um nível diferente, com a finalidade de perm itir um a melhor identificação do fenômeno observado.
R E S U L T A D O S
D epois da fase de ataque m aciço em 1980, as unidades dom iciliares infestadas, em geral e localiza das na área rural, sofreram um a queda significante no
nível de infestação em 1981 ( P i > P 2 , a 0,05), no
entanto em 1982 esta cifra elevou-se a níveis muito
próxim os aos observados em 1980 (P i ^€*2, a 0,05).
N os últimos dois anos a percentagem da infestação diminuiu leve e gradativam ente, sendo que o nível de infestação de 1984, foi significativam ente m enor que o de 1980 ( P i > P 2 , a 0,05).
Q uando analisaram -se os intradom icílios infes
tados por T . i n f e s t a n s , observou-se tam bém um a si
tuação parecida com a descrita para a infestação em geral. N o relacionado com a infestação intradom iciliar por T . s ó r d i d a, esta perm aneceu oscilante em níveis
inferiores aos observados para T. i n f e s t a n s m as com
tendência a aum ento progressivo. N os peri-domicílios,
T. i n f e s t a n s sempre perm aneceu em níveis baixos e
não significantes, T . s ó r d i d a apresentou característi
cas sem elhantes a infestação geral (T abela 1). A o considerar-se a borrifação anual dos intra
dom icílios infestados com T . i n f e s t a n s , observou-se
um decréscim o significante na cobertura (53,2% ) para
o a n o d e 1981 ( P i > P2, a 0,05). N o período de 1982-
1984, a percentagem de intradom icílios borrifados sempre foi superior a 90% , no entanto nunca atingiu o nível de cobertura da fase de ataque m aciço em 1980 (98,6% ).
Garcia-Zapata MT, Marsden PD, Virgens D, Penna R, Soares V, Brasil IA, Castro CN, Prata A, Macêdo V. O controle da transmissão da doença de Chagas em Mambai-Goiás, Brasil (1982-1984). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
19: 219-225, Out-Dez, 1986.
Tabela 1 - P r e v a l ê n c i a d e in f e s t a ç ã o i n tr a e p e r i d o m i c i l i a r d e t e c t a d a p e l a s d u a s e q u i p e s U n B e S U C A M d e f o r m a c o n j u n t a n a á r e a r u r a l d e M a m b a í - G O ( 1 9 8 0 - 1 9 8 4 ) .
A n o d e U n i d a d e s D o m i c i l i a r e s I n t r a d o m i c í l i o s i n f e s t a d o s P e r i d o m i c í l i o s i n f e s t a d o s
E s tu d o
P e s q u i s a d a s ( % ) T. infestans (% ) T. sórdida (% ) T. infestans (% ) T. sórdida (% )
1980 7 2 4 (1 0 0 ,0 ) 207 (28,6)a 32 (4,4) 9 ( l,2 ) e 57 (7,9)i
1981 695 (100,0) 94 (13,5 )b 2 3 (3 ,3 ) 4 (0,6)f 47 (6,8)
1982 5 6 3 (1 0 0 ,0 ) 131 (23,2)c 31 (5,5) 3 (0,5)8 5 6 (9 ,9 )
1983 5 8 0 (1 0 0 ,0 ) 9 9 (1 7 ,1 ) 28 (4,8) 1 9 (3 ,3 ) 6 2 (1 0 ,7 )
1984 5 7 0 (1 0 0 ,0 ) 81 (14,2)d 3 2 (5 ,6 ) 8 ( l,4 )h 62(10,9))
Análise estatística das proporções: P l ¥ P
2
( a 0,05): a & b, P l = ?2 ( a 0,05): b & d,diminuir dos seguintes indicadores: % de infestação triatom ínica, índice de densidade triatom ínica intra- domiciliar, índice de aglom eração intradom iciliar e %
de infestação intradom iciliar de T. in fe sta n s', e b) a
tendência a aum entar dos seguintes indicadores: ín dice de dispersão de triatom íneos no geral, % de infes
tação intradom iciliar de T. s ó r d i d a e índice de dis
persão de T . s ó r d i d a .
N a avaliação dos diferentes índices de infes tação, borrifação e cobertura no decurso dos anos de 1980 a 1984, no grupo I, com só um a borrifação e no grupo II, com duas borrifações, observou-se os seguin tes resultados: a) a % de infestação dom iciliar em geral, na fase de borrifação seletiva foi sempre pre
dom inante no grupo I (P i > P2, a 0,05); b) nos outros
índices, que refletem o grau de infestação dom iciliàr por T . in f e s t a n s e as borrifações por ela geradas, sem
pre m ostraram um m aior predom ínio no grupo II (P l > P2, a 0,05), com a única exceção do índice de
a & d, i & j, a & c e & f , e & h , e & g
borrifação dom iciliar do ano de 1983; c) o índice de cobertura das borrifações anuais, foi bastante irregu lar, no entanto, com a exceção de 1981, sempre foi acim a de 70% . D a m esm a m aneira, na análise longi tudinal dos grupos selecionados de casas infestadas por T. in f e s ta n s , m ostraram paradoxalm ente maio
res benefícios no grupo I. Revelando, em síntese, a não superioridade do grupo II, de duas borrifações, em relação ao grupo I, de um a borrifação.
A constatação, de invasão anual dos intrado
micílios por T. i n f e s t a n s , teve um curso oscilante, que
em m édia foi de 10,6% . P or outro lado, a percentagem
dos intradom icílios que persistiu com T. in f e s t a n s teve
um a m édia anual de 5,7% . N u relacionado com T.
s ó r d i d a a m édia de invasão e persistência anual foram
de 3,4% e de 1,1% respectivam ente. A substituição de uma espécie por outra foi constantem ente baixa. M ais detalhes na T abela 2.
T a b e la 2- E s t u d o l o n g i t u d i n a l , a n u a l d o s i n t r a d o m i c í l i o s n a á r e a r u r a l d e M a m b a í - G O ( 1 9 8 0 - 1 9 8 4 )
U n B / S U C A M .
N úm ero de intradom icilios/percentagem relativo ao período
Período a n u a l N egatividade Infestações novas Intradom icílios Intradom icílios persistente infestados com T. infestans infestados com T. sórdida
M isce- Total làneas
T I T S (Outros Negat. 77 T S Outros Negat. T I T S Outros
1980 a 1981 N%p (47,3)219 (2,8)a13 (0,0)8 (0,0) (3 2 ,6 )a0 151 (8.0)a37 ( U ) a5 (0,2)1 (5,0)23 (0,4)2 (0,9)4 (0,0)0 (0,0)0 (100,0)463
1981 a 1982 N%p (57,1)338 ( 1 8 ,l) b107 (4 ,6 )b (0,8) ( ll ,6 ) b (4,2)b (0,2)b27 5 69 25 1 (0,2)1 13 (2,1)
2 (0,3)
2 1
(0 ,3 )b (0,2) 1 (0,2)
592 (100,0)
1982 a 1983 N%p (53,6)301 (9 ,4 )c53 (2 ,5 )c (1,4) (1 9,6)c (6,6)c14 8 110 37 ( l,2 ) c7 (0,4)2 (2,5)14 (0,4)2 ( l,8 ) c10 (0,4)2 (0,2)1 (100,0)561
1983 a 1984 N%p (61,6)324 (1 0 ,3 )d54 <4,4)d (2,2) (12,5)d (4.6)d (0,0)23 11 66 24 0 (0,2)1 (2,3)12 (0,4)2 (1,3)7 (0,0)0 (0,4)2 (100,0)526
Total Np 1182 227 72 24 396 123 13 5 62 8 23 3 4 2142
X % Infestação
anual % 55,2 10,6 3,4 1,1 18.5 5.7 0.6 0.2 2.9 0,4 1,1 0,1 0,2 100,0
TI = T. infestans TS = T. sórdida
G arcia-Zapata M T, M arsden PD, Virgens D, Penna R, Soares V, Brasil IA, Castro CN, Prata A, Macêdo V. O controle da transmissão da doença de Chagas em Mambaí-Goiás, Brasil (1982-1984). Revistada Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
19: 219-225, Out-Dez, 1986.
N a avaliação a longo prazo de 271 intradom i- cilios, constatou-se que: a) a carga de infestação tria-
tomínica dos intradom icílios infestados com T. i n f e s
t a n s diminuiu gradativam ente no decurso dos anos.
N o ano de 1980, foram detectados 25,6% (31/121) dos intradomicílios com m ais de dez triatom íneos, enquan to em 1984 foram apenas 5,0% (2/40); b) a maior percen tagem de infestação de intradom icílios em 1984, deri vou-se do grupo que na fase pré-ataque tinha mais de 25
triatom íneos por intradom icílio, 36,8% (7/19). N o entanto, no exam e acurado deste m esm o grupo, obser vou-se que nos 40 intradom icílios infestados com
T . i n f e s t a n s em 1984: 16 (40,0% ) corresponderam à
invasão, 1 3 (3 2 ,5 % )à re in festaçã o , 10 (25,0% ) à per sistência, e apenas um em que se teve dúvida porque
estando infestado com T. s ó r d i d a , alternou um perío
do negativo antes da infestação por T. i n f e s t a n s
(Fig. 1).
) A 1980 A A 22/22
1 ©
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O 1/0 A i / i
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l / l O l / l 0 1/1!©
0 % m . / . A o n ( J ) * m
Á i o / i o H 1" 2 © 1/0 Á w 1/1 © * Q * À i / i Á w M
1983 ( T ) 2/0 C P i/i À i / i ( T ) i / o A l / 2 0 % / A 2/3
01/0
01/0
0 %01/0
A o / l A l / l HA\iP
/ ° \ o / l / l \ l / l / l \ l/I / g \8/8 / A 1/2 / ° \ o / l /í \l / l / A 2 / 3/A
5/6/X 2/3 / l \ 1/ 1 / \ l / l / \ l / l / \ o / l / \ l / lA \
O
N p de casa s N ? de c asa s _ N p d e casa s i— j N ? de c a sa s _ c a sa s <-—i N p de casasN egativos ^ T. in fe sta n s T. só rd id a L J V estígios / 0 \ ^ lnf e s,a n s l £ j T. só rd id a & V
X /Y ra z à o c a sa s B o rrífad a s/ln festad a s
Fig. 1 - Diagrama do histórico retrospectivo de 40 casas infestadas com T. infestans em 1984. M a m b a í-G O (1980-1984).
N o período de 1981-1984, a equipe da UnB iso ladamente conseguiu detectar através dos seus m éto dos de vigilância (captura m anual, caixa G óm ez- N unez e notificações), o m aior núm ero de intrado-
micílios infestados por T. i n f e s t a n s com um a m édia
anual de 17,3% (3 4 2/1976) enquanto só 4,7% (1 0 4 / 2220) foram detectados pela equipe da S U C A M m e diante apenas uma captura m anual.
P or outro lado, na avaliação da dinâm ica da população triatom ínica e a sua relação com a trans missão da doença de Chagas, destacaram -se: a) dimi nuição do índice de captura m anual de triatom íneos vivos de 14,3 (1417/99) na fase pré-borrifação, para 1,6 (65/40) no ano de 1984; b) dim inuição do índice
de notificações de T. i n f e s t a n s de 1,35 (1 8 7 /1 3 9 ) no
ano de 1981, e 1,2 (41/34) no ano de 1984. No que diz respeito à infecção tripanossôm ica em triatomíneos, no grupo de estudo longitudinal (UnB-SU C A M ) foram apenas realizadas duas avalia
ções: 6,3% (1 1 /1 7 5 ) no ano de 1981 e 4 ,9 % ( ll /2 2 6 ) no ano de 1984, detectados unicam ente em espécim es de T. i n f e s t a n s . T am bém neste mesm o ano apenas um
exem plar de T. c o s t a l i m a i (m acho) capturado no
intradom icílio encontrou-se infectado com formas
semelhantes ao T r y p a n o s o m a c o n o r h in i . O s 69 exem
plares de T. s ó r d i d a exam inados em 1984 foram to
dos negativos. E ntretanto, a S U C A M no total do m u nicípio observou o seguinte: 4,3% (1 1 /2 5 6 ) no ano de
1981; 0,4% (1 /2 2 4 ) em 1982; 0 ,0% (0 /6 4 ) em 1983 e 0,9% (2 /218) em 1984. A qui os espécim es exam ina
dos e positivos foram oito T . s ó r d i d a e três T . in f e s
t a n s no ano de 1981, um a ninfa no ano de 1982 e um
exem plar de T. s ó r d i d a e de T. i n f e s t a n s no ano de
1984.
G arcia-Zapata MT, M arsden PD, Virgens D, Penna R, Soares V, Brasil IA, Castro CN, Prata A, Macêdo V. O controle da transmissão da doença de Chagas em Mambaí-Goiás, Brasil (1982-1984). Revistada Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 19: 219-225, Out-Dez, 1986.
entre 5,5 e 19,8; sendo que o m aior ônus percentual foi representado pelas diárias, 75,6% , para o ano de 198 2 e os inseticidas, 6 7 ,4 % e 53,5% , para os anos de 1983 e 1984, respectivam ente (Fig. 2); b) o custo médio da captura manual com insetífugos por unidade domiciliar foi ($U SA ): 9,4 (1982); 1,2 (1983) e 15,0 (1984); c) o custo da unidade de vigilância foi ($ U SA ): 1,0 (1984).
Fig. 2 - Custos do programa de controle da doença de
Chagas: Combate com inseticidas. Percentual da despesa anual. Mambai - G O - SUCAM (1982- 1984).
D IS C U S S Ã O
E m bora, tenham sido relatados, previam ente, os resultados obtidos no prim eiro ano de controle da doença de C hagas em M am bai - G O 8 12, considera-se im portante um acom panham ento m ais prolongado da evolução d a dinâm ica de um program a de vigilância epidem iológica, pois são inform ações m uito valiosas, no entanto escassas na literatura existente.
N a avaliação final desses resultados, deve-se considerar que os diferentes inseticidas utilizados nos expurgos, pela S U C A M (B H C , D eltam etrina e M ala- thion) durante o desenvolvim ento deste estudo, cons tituíram um a variável incontrolável. E sses fatos de vem refletir as dificuldades que enfrentariam progra m as sem elhantes a nível nacional diante da falta de recursos, de m aneira sem elhante, com o aconteceria
em outros países endêm icos, e, menos desenvolvi d o s13.
U m aspecto interessante a destacar neste tra balho, é que o Projeto M am baí representa, na atua lidade, um estudo contínuo e contíguo de cada uma das casas que foram avaliadas na fase inicial do estudo e que sâo acom panhadas ano a ano pela nossa equipe técnica. O regime aplicado na fase de ataque foi de apenas um expurgo m aciço na totalidade das localida des infestadas, seguido de borrifações adicionais sele tivos. D a m esm a m aneira, dispom os de registro anual e por domicílio, referente a quantidade de inseticida gasto na cam panha. T odos esses fatos o diferenciam de outros estudos desta natureza24 17.
D a m esm a forma, deve-se salientar, que o princípio básico deste estudo, foi de avaliar o com por
tam ento do T . i n f e s t a n s diante da aplicação de medi
das de controle, por tratar-se, este, de um adequado modelo de espécie triatom ínica, pela sua am pla dis tribuição na A m érica L atina, pela sua estrita domi- ciliaridade e pela grande susceptibilidade de infecção pelo r . c ru z /13. Podendo entretanto, tam bém ser aplicadas em áreas endêm icas com espécies triatomí- nicas de com portamento semelhante, como seria o caso de P . m e g i s t u s intradom iciliar no nordeste do Brasil.
O fato que depois da fase de ataque m aciço tenha ocorrido um a queda significativa na preva lência da infestação das unidades dom iciliares em
1981, seguido de uma recuperação notável da popu lação triatom ínica no ano de 1982, coincidente, com uma baixa na cobertura de borrifações no ano prévio, dem onstraram categoricam ente, que a quebra na con tinuidade de um program a de controle pode determ i nar a reinfestação de casas expurgadas. M ostrando a necessidade de se m anter a seqüência desses progra mas, de form a continua, para a obtenção do sucesso esperado. Reduzindo ao mínimo o nível de transm is são da doença de Chagas.
A prevalência atual de T. i n f e s t a n s nesta área
m ostrou que o uso exclusivo de inseticidas da m aneira
como é em pregado, não é suficiente. Pois não obstan
te, se consiga reduzir os índices de infestação triato mínica dom iciliar, com m uita dificuldade se consegue atingir o nível sugerido como ideal para interromper a trans m issão da doença de C hagas. Tam bém , aqui, deve-se considerar o fato de que essa prevalência seja resulta do do em prego de múltiplos m étodos de vigilância, al tam ente sensíveis, que revelaram inclusive baixos níveis de infestação, não detectados pelo método ro tineiro da captura manual, contrário ao referido por
Piesm an e Sherlock14 em área de P . m e g i s t u s . Con
tudo, os indicadores entomológicos, em nossa área de estudos, m ostraram uma tendência a dim inuição pro
gressiva do T. i n f e s t a n s , porém , o índice de dispersão
e a percentagem de infestação intradom iciliar de
G arcia-Zapata MT, M arsden PD, Virgens D, Penna R, Soares V, Brasil IA, Castro CN , Prata A, M acêdo V. O controle da transmissão da doença de Chagas em Mambaí-Goiás, Brasil (1982-1984). Revistada Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
19: 219-225, Out-Dez. 1986.
O aum ento de T. s ó r d i d a , em bora nâo alar
mante pela reduzida taxa de infestação tripanossôm i- ca, talvez, possa ser explicado pelo fato de que a di minuição da população predom inante e bem adaptada
(T . i n f e s t a n s ) deu oportunidade para que esta espé
cie, com petidora, com eçasse a se estabelecer. Este fato, já foi observado nas fases iniciais do estudo12. D a mesma m aneira, com o outros pesquisadores, relata ram semelhante ocorrência em áreas onde fora er
radicado o T. in fe s ta n s .
P or tudo o referido, m ediante a aplicação deste program a de vigilância, tem-se evidências claras de que o nível de transm issão vetorial da doença de Chagas em M am baí - G O está caindo, fato dem ons trado pela queda d a carga triatom ínica e de infecção
tripanossôm ica do T. i n f e s t a n s . N o entanto, para de
clarar que definitivam ente atingiu-se o nível ideal no controle deste vetor, se realizará, em breve, um inqué rito sorológico em todas as crianças nascidas depois da fase de ataque com inseticida.
P or outro lado, na avaliação do efeito da repeti ção de uma borrifação no início de um program a de controle da doença de Chagas na perm anência da infestação residual, pode-se inferir que o efeito das duas borrifações seja, apenas, válido para o período imediato à fase de ataque maciço. Porém , M arsden e cols12, no prim eiro ano deste estudo, tam bém não re lataram benefícios no em prego desta metodologia. Sugerindo, que é, ainda, discutível a validade das duas borrifações, no início do program a de controle, pro posto pioneiram ente por D ia s1. E ntretanto, tratando- se de um assunto de muita polêm ica, este procedi mento deve ser reavaliado, com o objetivo de deter minar sua evidência benéfica, caso contrário, deve ser evitado, pois os elevados custos destas cam panhas geralmente acarretam a descontinuidade e fracasso das mesmas.
N o estudo da dinâm ica da infestação anual dos domicílios, conseguiu-se concluir que, ao contrário do
primeiro ano de vigilância, a persistência de T. in fe s
t a n s intradomiciliar esteve mais ligada à invasão de
domicílios que à persistência de populações resi duais5 12. C oncordando com as afirm ações de Scho- field e M atthew s16, a respeito da possibilidade de invasão triatom ínica procedente de casas que esca param ao tratam ento com inseticidas localizadas dentro do perím etro dos 200 metros.
N a avaliação dos custos, sem elhante ao rela tado por outros autores18, observou-se que dois são os fatores que determ inam a elevação dos ônus nos pro gramas de controle nacionais: a) m anutenção das equi pes de trabalho na área de campo; b) tipo de insetici da empregado (D eltam etrina e M alathion, são mais caros que o BHC). E ntretanto, não se encontrou um a explicação clara para as variações anuais de custos, tendo em vista que não necessariam ente acom panha ram a evolução inflacionária governam ental.
D essa m aneira, com a finalidade de obter um a m etodologia adequada e eficaz no controle desta doença, acha-se necessário um enfoque am plo e inte grado das m edidas de controle. O uso de inseticidas deve ser racional, continuo, contíguo e apoiado por técnicas de vigilância preferencialm ente a longo prazo (longitudinais), com o as “ unidades de vigilância” 10, pela sua alta sensibilidade, que detectarão triato- míneos com m aior freqüência e a m ais baixo custo que a tradicional captura manual. D e form a concom itante devem ser im plem entadas m edidas supletivas que es timulem a participação ativa das próprias com uni
dades, mediante program as educativos sanitários6 1 .
S U M M A R Y
T h e s p r a y i n g w ith i n s e c t i c i d e s in M a m b a í
G O in 1 9 8 0 c a u s e d a P r o g r e s s i v e d e c r e a s e o f i n t r a d o
-m i c i l i a r y T infestans b u t n o t i t s e r a d i c a t i o n . W it h th e
c o l l a b o r a t i o n o f t h e l o c a l p o p u l a t i o n t r i a t o m i n e
in f e s t a t i o n w a s d e t e c t e d u s i n g s e v e r a l v i g i l a n c e m e
-th o d s. I n -th e f i r s t y e a r o f c o n t r o l -th e re w a s a s ig n if ic a n t
d e c r e a s e f r o m 2 8 . 6 % to 1 3 .5 % , b u t b e c a u s e o f f a i l u r e s in
th e s p r a y in g p r o g r a m d u r in g 1 9 8 1 , th is le v e i in c r e a s e d to
2 3 . 2 % . T h e c o n t i n u a t i o n o f s e l e c t i v e s p r a y i n g in s u b
-s e q u e n t y e a r -s r e -s u l t e d in a p r o g r e -s -s i v e f a l i , a n d in
1 9 8 4 1 4 . 2 % o f th e h o u s e s r e g i s t e r e d b u g s . S i m u l t a
-n e o u s l y t h e p e r c e -n t a g e o f i -n t r a d o m i c i l i a r y T . sórdida
t e n d e d t o in c r e a s e b u t T. cruzi in f e c t io n re
m a i n e d lo w . T h e s e f i n d i n g s s u g g e s t t h a t c o n t r o l o f
T . infestans u s i n g o n l y i n s e c t i c i d e s ( B H C a n d D e l
-t a m e -t h r i n ) is d i f f i c u l -t a n d e x p e n s iv e . C o m m u n i -t y
p a r t i c i p a t i o n is e s s e n t i a l in p r o g r a m m e s f o r th e
c o n t r o l o f C h a g a s ’ d i s e a s e . C o n s e q u e n t l y , th e u s e o f
i n t e g r a t e d m e a s u r e s is n e c e s s a r y in th e c o n t r o l o f
C h a g a s ’ d i s e a s e to e n c o u r a g e th e a c t i v e p a r t i c i p a t i o n
o f a f f l i c t e d c o m m u n i t i e s , s t i m u l a t e d th r o u g h e d u c a
-t i o n a l p r o g r a m s .
K ey words: T r y p a n o s o m a c r u z i . T r i a t o m a i n
f e s t a n s . T r i a t o m a s ó r d i d a . Insecticides. C hagas’ di
sease control.
A G R A D E C IM E N T O S
À SU C A M - D ivisào de D oença de Chagas, nas pessoas de: A ntônio C arlos da Silveira, T adayasu Sakam oto, Carlos A lberto Silveira M atos e, especial mente, aos abnegados guardas rurais, sem os quais não teria sido possível a execução deste trabalho.
À Sra. T ânia M ara A. Cam pos, pela ajuda ines timável e presteza na análise estatística.
R E F E R Ê N C IA S B IB L IO G R Á F IC A S
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