Rev. Inst. Med. top. São paulo
29(6) :337 -345, novàmbro-dezembro. lgg?
MANIFESTAçõES RESPIRATóRIAS NA MALARIA POR PLASMODIUM
FALCI,PARU.M E VIVAX (T)
C. BOIIEIJIO (2), ¡.. S. GUEDES BÁRBOSA (2), J. L. AQIIINO (3), M. D. SILVÁ, (4},
S. M, P. ,MEIRE,LES (5) E J. R. B. JÄRDIM (6)
RESTIMO
Foram seleciona'dos r10 pacientes que procuÌaram
a
sucAM/curABA, paradiagnóstico e tratanrento de malária, com queÍxa d.e febre e procedente de área
malarÍgena. Nestes pacientes forafiì realizados: gota espessa
la"a
a pesquisa dePlasmodiurn; aplicação de questionário padronizado paia detãøar sintomas res. piratórios presentes
no
momentoda
entrevista; gasometria arteriale
espiro. metria para avaliar a função pulmonar.Desta amostra, 62 pacientes foram positivos para maftíria sendo 41 p. vivax, 20 P. falciparum e 0r forma mista (grupo Malárico); 4g mostraram-se negativos à pesquisa de hematozoários através da gota espessa (grupo Não Malárico).
As manifestações respiratórias encontradas nesta população quando compa-radas os grupos Malárico e Não MalárÍco, foram respectìvamente:
1.")' Sintomáticos Respiratórios de 46,gVo para 22g%
(p
<
0,0S);2.")
Alterações Espirométricas de ïB,ZVo gmta 2O,S%(i <
0,OS);3.")
Alterações Gasométric,asde
62,gVo pnra 25,0Vo(p
<
0,05).com estes resurtados concluímos que há nÍtida assoõiação entre
a
Malá¡laproduzida pelo P. vivax sentadas, nesta população
e
p.
farciparume
as manifestações respiratórÞs aprê, de estudo.rINrrERMos: Malária pulmonar; MarárÍa
-
sintomas respiratórios.A
maláriaé
endêmica em todoo
Estado de Mato Gros'so e vem atingindo ta¡<aseleva-das nos últimos anos devido, principahnente,
a
manutenção de localidades comalto
gráu de transmissíbilidade, como às da microregião Norte-matogrossense, uma das três áreas maisimportante de malária hiperendêmica d.o
Bra-sil
2r.
Um intensoe
desorganizado fluxo mi. gratório de indivíduos das mais variadas pro.(l) Trabrilho parcialmente f.inanciado pêlo CNpq - processo n." 40.71?ô/BB.
(2) (3) Professor Assist€nte do Departamento de l\4edicina da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Сasil. P¡ofessor Titular do Departamento de Medicin¿ da universidade Federal de Mato Grossìo; Cuiab6, Bmstt. 14) Médico-bolsista do Projeto Polonoroeste,/Mf da Universidade Ilederal de Mato Grosso, Culabá, Brssil,
(5) (6) Professor Adjunto-Doutor do Depa,rtamento de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabfl, Brasll. Professor AdjuntcDoutor da Escota paultstB de Medicina, São paülo, Brasil,
hdereço p¿ra co¡¡esponrlêncl¿: Dr. clóvis Botelho, Av. Fernand,o corrêe, s/n'" rrFÀitT/ccBs-I/NDs. cE 2g100 o¡isb6. l,fato Grosso, Brâsil.
337
INTRODIIçÃO
cedências, dirigidas para os projetos de colo: nizações ou para os garimpos, faz com que a endemia transforme-se
em
granderisco
demorbi-mortalidade para esses migrantes,
qua-se sempre não imunes.
O
resultado distoé
uma vasta gama deor-BÛTEIJIO, C.; GUEDES BAR'BOSA, L. S.; AQUINO, J. L.; SILVA, M. D.; MEIRELLES, S. M. P. .& JARDIM, J. R. B. - Manifestações respiratórias na malária por Plamodftun falcipam e vivax. ' Rev. Inst. Med. trop. São Paulo, ?9:
ß7-345, 198',t.
ganismo, entre
os
quaiso
aparrelho respira. tório.O
envolvimento pulmonarna
malária jrié
descritona
literaturae
o
aspecto clínicovaria desde
g
asometimento do tratorespira-tório
superior atéo
edema pulmonar 9,ro¡rt,72,L3,t4,20,22.
As
lesões ultra-estruturaisque
ocomemnas membranas das hemácias parasitadas
cau-sam aglutinaçáo e aderência ao endotélio
vas-cular dos vasos profundos r?,24.
A
hiperplarsia dò sistema reticuloendotelial com
a,tivida-de
fagocitária aumentadana
malária 28;34le-varia a obstruçáo de pequenos vasos e
o
apaFrecimento de tromboses em vasculatura
pul-monar 18'30.
A
presençade
imunocomplexoscirculantes 1 e sua deposiçáo no epitélio
alveo-lar ¡¡ também sáo citadas como partÍcipes na
gênese das a,lterações respiratórias encontra-das nos indivíduos infectados. Alguns auto-res 3./6,8,1e relatam um aumento da
permeabili-dade capilar pulmonar causada por uma ina.
dequada compensação homeost¡í;tica
da
vasc¡-dilatação generalizada que ocorre durante a
fase aguda da
malária.
Outros mecanismos que levariam às desordens do aparelhore*pi-ratório
sáo: disfunção hipotalâmica secundá.ria
ao
metabolismo peftubado, causando eg pasmo venular pulmonare;
coagulaçáo intra-vascular disseminada r+e
hiper-hidrataçãoia-trogênica e.
De
todasas
explicações fisiopatológicas para as rnanifestações respilatóriasna
malá-ria o
denominador comum são as alterações na micro-circulaçáo pulmonar. Acredita-se que estes fatores podem estar se somando, ora preponderandoum, ora
outro,e
queas r+
percussões sobreo
indivíduo dependerão mui.to
do gráu da parasitemia, da sua imunidade, do tempo decorrido da infecçãoe
da efÌcrí.ciaterapêutica ernpregada+.
O
objetivo deste estudo éo
de d.escreveralterações respiratórias em pacientes malári-sos €m atendimento ambulatorial. Com isto
propõe-se dar uma contribuição para
o
escla-recimento das alterações respiratórias na ma. lária, lembrando que para
o
diagnósticopre-coce e uma terapêutica efetiva, devem ser co-nhecidas todas as forma^s de apresentação da
doença.
338
MATERIAI,
E
ITIÉTODOSUma populaçã.o de 110 pacientes
foi
sub. metidaao
estudo, sendo estes selecionadosdentre os pacientes que procuraram a SUCAM/ OUIAB,Á./IWI para diagnóstico e tratamento de
malária. Eles eram provenientes dos mais va. riados locais do Estado de Mato Grosso e de Rondônia
e
o
tempo de estudo compreendeu o período de outubro de 1984 a julho de 1985.Todos os pacientes selecionados preencheram as seguintes características: idade entre 12 e
60 anos; não
ter
usado medicaçáo préviaes-pecífica para malária até
L
(um) ano de arn-tecedência; não ser portador de moléstia cár-dio-pulmonar; disposição voluntária de parti-cipardo trabalho.
A
seqüência dos eventosfoi:
1.") Identificação; 2.") Aplisação doques-tionário padronizado para detectar sintomas
respiratórios; 3.") Punção da polpa digital
pa-ra
go'ta espessa; 4.u) Coleta de sangue arterial para gasometria 5.") Realizaçãode
teste de função pulmonar (espirometria).Foram
consideradoscomo
sintomáticosrespiratórios todos os indivÍduos que
apresen-taram no momento da entrevista pelo menos um dos sintomas inquiridos: tosse,
expectora-ção, chiado. e rouquidão. O sintoma dispnéia ("falta de ar") foi retirado por ser passível de
confqsão. Foram considerados não Sintom¡i. ticos todos os indivíduos que negaram a
pre-sença
de
sintomas respiratórios. F'oi consi. derado como tabagistao
indivlduo que tives-se feito uso do tabaco por período mínimo de 01 (um) ano, sob qualquer forma e como nãotabagista, aos que negarem uso do tabaco por um período mínimo de 01 (um) ano.
A punção da polpa digital para rcaliz,açâo
da gota espessa
foi
feita pela equipe técnica da SUCAM, que em seguida corava as lâminase
faziaa leitura.
O
resultado era fornecidoem terÍnos da presença ou não de hematozoá-rios
e
quando positivo determinava-seo
tipo de Plasmodium encontrado,por
técnicasemi-quantitativa, segundo
os
parâmetros da oMs.2ó.Com
o
resultado fornecidopela
equipe técnicada
SUGAM, formou-se2
grupos:BOÌIELHO, C.; GI'EDES BARBOSA, L. S.; AeIIINO, J. L.; SILVÂ, M. D.; MEIRELLES, S. M. p. & JARDIM.; J. R. B.
;r_ii:iïJiu"s
respiratórias ¡a malá¡ia por PlÀsmoar¡um falciparum e vivax. Rev. rnr, Med. rrop, são pauto, ?9:B)
GRI]PO NÃ,õ MAIIIRICO: TOdOS OSpacientes que foram negativos para Malária.
A
coletado
sangue arterialfoi
realizada pelo pesquisador clíniso em artéria rad.iales-querda, após teste de perfusão capilar, com seringa descartável de Ecc heparizada. Após
a
coletaa
amostrade
sanguearterial
eraguardada
srb
gelo, dentro de caixa de isopor,para posterior análise no aparelho ar¡alisador de gases
-
Corning-
Analyser Blood Gases-
165, que era calibrado no momento da rea"laaçáo
do
exame. O tempo d9 permanência das amostras no fecipiente com gelo não ex_ oedeu à 2 horas.Para a classificação da pressão parcial de
oxigênio no sangue arterial em valor normal,
ou
não, utilizou-se as equações de MELLEN. GAARDZI para os grupos etários de 15a
40 anos e de 4La
75 anos, sendoo
valor médio e. desvio padrão de cada grupo discriminadosabaixo:
15
-
40 anos: 96,?È
6,2 mmHg4l
-
75 anos: 891 -F 8,0 mmHgComo
limite inferÍor da
normalidade da PaO, utilizou-seo
valor médio do gruposub-traído
do
valordo
desvio padrão multiplica-dopor
1,64,o
que correspondea
96,5 mml{g parao
grupo mais joveme
T6,8 mm para omais
idoso.
Uma vez que Grriabá tem uma altitude aproximadade
180 metrosnão
seutilizou fator de correção para
a
pressão ba.tométrica local nas equagões citadas.
A
prova espirométricafoi
realizada noEspirógrafo Vitatrace 130 e seguiu-se as reco.
mendações da Arnerican Thoracic Society
pa-ra
as mensurações dos parâmetros espiromêtricosz.
Com os parâmetros estudados,capa-cidad.e
vital
forçada (CVF), volumeespirató-rio
forçadono
1.: segundo (VEF'), fluxoex-piratório
forçado 25-7ãVo(FnF
25-75%)e
arelação VEF''/C\IF classificou-se
os
pacientes em relaçãoà
sua função pulmonar, em nor-maisou
como tendo insuficiência pulmonarventilatória
do tipo
obstnrtivo, restritivo oumisto.
Para
a
análise estatfsticafoi
utilizada o teste do x2 nos casos em que se procurou ve.rificar a
possibilidade de associação entre osvariáveis sinto,mas respiratórios
e
espirome-tria
coma
infecçãomalárica.
Utilizou-se a participação de Cochran nas tabelas com mais deI
grau de liberdade. Foi aplicadoo
teste '3t'r de Student para verificara
d.iferença dos valores médios dapaOr. O
nlvel de sigrnifi-cânciafoi
estabelecido em íVo(a
-
0,0S).RESI]LTAIX)S
A população de estudo, no total de 110
pa-cientes teve uma média de idade d.e 81,1 É
11,0 anos sendo constituída por 101 individuos do sexo masculino
e g
do sexofeminino.
Adistribuição
dos
indivíduos pertencentes aoestudo
foi
feita
em2
grupos:A)
Malárico: 62 pacientes (41 P. vivax, 20p.
falcþarum eI
forma mista-
vivax e falci¡rarum,);B)
Náo Malárico: 48 pacientes.A
procedência dos pacientes obedeceu aosfluxos migratórios
já
existentes no Estado deMato Grosso, vindo das microregiöes: Norte Matogrossense,
50,9%i Baixada
Cuiaban"a,27,3Vo;
Alto
Paraguai, 3,6Voe
do
Estado de Rondônia, l8,2qo.A
relação entreo
grau da parasitemia nomomento da avaliação pulmonar
e
as altera. ções nela encontradas estão nas tabehsf
(p. vivax) eII
(P. falciparum). Como
aumentod.a parasitemia notamos maior prevalência de comprometimento pulmonàr nos indivÍduos in-feqtados pelo P. falci¡rarum,
o
que não ocor-reu com os infectados pelop.
vivax.A
prevalênciade
sintomáticOsrespirató-rios no grupo Malárico
foi
de 46,gEo, não exis. tindo diferença significativa entre as duases-@ies
parasitárias.A
estatística mostrou as.sociação
entre
sintomas respiratóriose
in-fecção causada pelo P. fa.lciparum (x2'cal
=6,61'*) e pelo P. vivax (x2 cal
-
4,41*). Apre-valência do grupo Não Malárico
foi
de 2\.g7o(tabela
III).
A
espirometria mostrou que alterações deventilagão pulmonar ocorreram com maior
fra
q{iênca
no
grupo Malárico (58,2Vù, não exis tindo diferença significativa entre as duas ee pécies parasitárias.A
análise do x2 mostrou associação entre alterações espirométricæ e infecção causada pelo P. falciparun (x2 cal =l4,96Vo;) e pelo P. vivax (x2 cal
=
E,45*). NoaofEEo, c.; GI,ÐES BAnBOSA, L. S.; AQInNO, J. L.; STLVA, M. D.; METAEjüES, S. M. p. ú¿ JAnDIM, J. R. B.
- Mînfreståções rgspirstór¡as nB lnalá,rl¿ por Pl4sEoflium falcl¡nrum o vivax. R€v. Insf, Med. úrop. São paulo, 29:
3:17-345, 198?.
TABELA I
D¡stribuição do grupo Malárico (P. vlvax) em relação aos dife¡entes nfveis de avaliaûão respir¿tória, segundo o grau de p¿rasitemia.
Pa¡asitêmta
(P. Yivax)
+ .ffi
SlntÐEas B€spiratóúos
Sim Não
Np 7o N." o/o &(47,1)
0(42,8)
4(410,0)
TABTIJA II
Ddstribuiçáo do grupo Malárlco (P. lalctparum) €m ¡elação ¿os diferentes nfveis de. avaliação respiratórÍa, segundo o grau de parasitemia.
Pa,rasit€'mia (P. f.¡tclpsn¡m) 9(52¡9) 8(57,2' 6(60,0) Espi¡ometria Alterad¿ N'o 7o
T
-+
#
23(56.1) Sintomas RespiratóriosSim Não
N.o Vo N." %
7(4t,2) 7(50,0) 4(40,0) 7r50,0) 2(50,0) 2(100 ) 18(43,9) Norm¿l
N.o o/o
Grupos
TABELA III
Distributçþo dos sintomáticos e não sintomáticos respiratórlos na população de estudo.
A. Ma,lárioo
a
P. yle¡x
11(55,0)
r0(58,8) 7(50,0) 6(60,0)
b
P. fnlctperum
F+v
'c B. Nã,o l\tfÈlárico
7(50,7) 2(50,0)
2Ð(56,1)
.qlt€rada
N.e o/o
EspiroEetrla
.ålterada Normal
N.o o/o Np qo
9(45,0)
PÐ.
r2(?0,6) 6(42,8) 8(80,0)
a,xbac x: cal = ?,?4. p ( 0,05 ?Al
(a-l-b)xc rz cal = ?,09r p < 0,05 a,ro rs c8l - 0,05 NS
grupo Não Malárico as alterações de ventila.
çáo pulmonar
foÍ de
20,BVo. A, obstrução ao flt¡xo aéreofoi
o
dfstrirbio ventilatório møisencontrado, 38!7%o no grupo Malárico
e
lg,7,To no gruIx) Não Maláricu (tabelaIV).
er¡anto ao fluxo espÌratório forçado 2û75Vo G:EF 25. 7Ð%o),no
grupo malfirico 6Z,gVo tinha,mvalo-rcs abaixo de SOVo do valor previsto, não exis. tindo difere'nça signîficativa entre as duas es"
pécies parasitf[riari.
ftiste
assocta{ão entre ln3¡10
9(81,3) 3(?5,0) 2(100 )
Slntomdticos R€sptrstórios
N.o
27(65,8)
No͡al NP qo
29 10
:
11 5(59,4) 8(57,2) 2(n,0, 5(35,?) 1(25,0) 74(s,2) (46,8) (4:t,9) auu,o, (n,s, .AIteradeN.o o/o
Não Si¡tomáticos
Resplratórios
Þo,
N.o
6(42$) 4t(lm )
2(100 )
:B % I l 37 No¡msl
NP qo
8(5?,2)
(53,2) (56,1) (45,0) (lCO )
(7?,1)
8(,40,0)
NP
TötåI
fecção causada pelo P. falclBamm (xz
cal
=10,81*) e peto P. vivax (x2 cal
=
8Bg*) com os va'lores abaixo de 8t7o do valor previsto para offiF
25-7ä7o (tabela V).A
comparação das médiasdos
valoresPaQ
rnostra que nos Índivlduoscom
faixaetária até 40 anos do gnrpo Malárico, é sigrd-ficativamente menor que a dos indivfduos do grupo Não
Malárico.
Na faixa asima de 4{}BSIEIJIO, C.; GITED¡]S B.aRBOSA, L. S.; AQII¡NO, J. L... SILVA, M. D.; I\,ElRr"r.r.lls, s. Mr
". * ,o*o*:;; ,rr-ffiTfftTu"s respiratórias na ñ"Iá¡ia por Ptamod¡û falciparum o viv¿x. Rev. fnst. Med. trop. são pauro, ?9:
Â. Malá¡ico a P. vlyax
b
P. lalctparuE
I'+v
c
B. Não Malórico
TABTLA TV
Dist¡Ìbuição Clos resultados ata espiroEetria DE população de estudo
No¡:lal Obstrutivos
N.o o/o N.o o/o
a,xbxc xz cal = l5,33r p < 0,05
29 (416,8)
æ (56,r)
6 (30,0)
38 (?9,2)
2sr
axb cal : 3,64 NS
(a+b)¡c x2 c¿l : U,69' p < 0,05
. TABELA V
DistribuiçÉo dos valores do fl¡xo ereiratório forçado 29 ¿ 75o/o na população de estud.o
I¡suficiência pulmonâr v€ntilatóri8
a
(38,7'14 (u,2,
9 (45,0)
r
( 100)9
(18,7)6? (60,9)
Restritivos Mistos
N.o o/o N.o o/o
a. Malá¡ico 25 (3?,1) 39 t62,9) 62 (100) E
P. vivax t? (41,5) Z* (58,S) 4t (r00) b
P. fslctpsrüm 6 (80,0) 14 (?0,O) 20 (tm)
F+V
c
B. Não Ì{alárico 95 (?2,9) t3 (27,t) 48 (r00) 33 (30,0)
E EF ZS - 75o/o
) &a/o ( 8ûozo Total
N.o o/o N." y'o N.o %
Total 58 (S2,2) 52 (47,9, 110 (r(Xl)
tEE'ã
- 750/o : Fluro Ðrpir8tório Eþr(Ætdto ZE-ISalo
axbxc a2 cal = 14,04. p < 0,05
? ( 6,3)
2gI
sxb x2 cal - 0,72 NS
- (a¡tb)xc x2 c¿l = 13,32. p < o,m5
anos não existe diferença signific?tiva entre as
médias dos valores
da
PaO, dos indivfduosMalárico e Não'Malárico. Não existe dife¡er¡
ça', significàtiva entre as espécies parasitáriar¡ (tabela VI).
Se agnr¡rarmos todos
os
Índivíduos com PaO, abaixo dos valores previstos paraa
idar de (acima e aþaixo do limite inferior danor-malidade) observa'mos que no grupo Malárico
há
39 (62,9Vo) a.o passo queno
gnrpo Não Malárico há somentelZ
e\%l
.
Se considera,rmos somente
os
valoresda
paoz abaixo do limite inferior da normalidade, qge seria¡nos pacientes com hipoxemia sem quáeuer drf.
vida, ainda aÉsinr
o
grupo lüalárico reglstraSub-total
N.o o/o
33 (53,2)
rg (4tll,9)
14 (70,0)
I (1 00)
10 (20,8)
3 ( 2,8)
TABELA VI
Distributção da média dos valores ala paq, na poputação
de estudo
Total II.o o/o
Faixa Etária
(anos)
62 (r00)
4r (100)
20 (r00)
I
(100)48 (l00) 43 (39,1)
15-40 n
Ma¡ária
r.vt"rrilildp¡rum
sub-Tor&t+40 x
d.p. It x d.p.
It 15 46
a
9r,$4 y¿,81 gz,n
10,59 7,28 9,56
10516
b
91,37 85,5 a7,77
14,81 7,46 9,?6
u0 (r00)
a r"*l : -2,49 o,oL < p < 0,02 (stgnificstivo)
b t*I: o,92 p > 0,005 (nÉo significativo)
nm número maior de paoientes 14 (22,6Vù do que
o
grupo Não Malárico 14 (B,B).O fato do indivÍduo fumar não alterou as sua.s chanoes
de
perüenoera
um
grupo ou outro,o
que seria esperado. Assim, d,os 60 fumantes, 39 estavam no gru1x) Malárico e 2gno
NãóMalárico. Ilos
S0 nã.o fu¡riantes, 28 er&m do grupo que te?e malárÍa e 2? náo ti. verammalária,
A
observaçãodo
gráfico 1mostra claramente que as alterações rta paO, foram basicamente decorrentes da malária e
qão do cigarro. Dos indivfduos não furnantes,
l9,2Vo deles não tivera¡rr malária mas
o
seuPaO, estava abaixo da média e/ou do lÍmite inferior previsto para a idade; em contraposi-çã,o dos não fumantes, no gnrpo lvlalâtlco,52Vo tinha a PaO, diminufda.
A
mesma proporçãoocorre no gnrþo de fumantes, isto é, dos que
841 NãoMálá¡ico
38
a
96,86 ?,þ3 10
b
9t,n
BOIFEIEO, C.; GITEDES BAIIBOSÁ, L. S.; AQUINO, J. L.; SEV.{, M. D.; MEIRELLES, S. M. P. & JARDIM' J. R. B.
- r¡rÀñifest¿ções respiratóriâs na tnalátia por Plasmodlûm ftlc¡Inm¡ e !iv¿x. Rev' Inst. Med. úlop. São Paulo, 291
3:17-3415, 1987.
não tinham malária 337o deles tinham a PaOz
diminuícla mas este
valor
subia pùra 85,7!ono
gÏupo Malárico.DISCUSSÃO
A
sede da Diretoria Regional da SUCANI de Mato Grossq em Cuiabá, recebe diariamente numerosos pacientes para diagnóstico e
tra-tamento da malária, sendo que
a
maioria dsles o tratamento é realizado a nível
ambùlato-rial.
Os sasos mais graves são encaminhados a rede hospitalar da cidade ficando, muitas ve-zes, sob o,rienta4ão do pessoal técnicodaque-le
órgão.Na
população de estudo houvepredomi-nância do sexo masculino (91,8%), qüe reprs' senta a força de trabalho das regiões de pro-cedência dos indivíduos, sendo que
a
maioriadeles vieram da micro-região Norte Matogros-sense, onde a não fixação do homem
à
terra, dificuldade de acesso aos serviços de saúde ea
estrutura sócÍo-econômica, contribui para, amanutenção da endemia e colabora com a
rein-trodução da malária em outros f,sfado5 21'32.
Notamos tamlÉm
um
grande número tle pacientes procedentesde
Rondônia (l8,,ZVol,tradtrzindo
o
fluxo migratório existente entre aquele estadoe
a
capital matogrossense lem-brando que com isto está formado o corredor p,ara a, introdução de casos em outrosesta-dos (casos importados), principalmente para
os da região Sul e Sudeste do País. Para se
tentar impedir que
tal
fato ocorra, que é um rtscojá
bastante conhecido, seria necessário maior integração de todos os órgãos envolvi-dos direta e indiretamente com aproblemáti-ca da malária no Brasil.
Ao ser
analisadoo
gráu de parasitemiano
comprometimento pulmonar notamos que somente para o P. falciparum houve um maior percentual de intliyÍduos com sintomas respi-ratórios, alterações espirométricase
gasomé-tricas quando aumentou
a
parasitemia. Tal fato nãofoi
observado nos indivÍduos infecta. dos pelo P. vivax, aqui as alteraçõesencontla-atas não guardam relação com
o
aumento daparasitemia.
A prevalêncla de sintomáticos respiratórios
toi
m¿ior no grupo Malárieo, não existindodi-u2
ferençe, sigrrificativa entre
a
ação do Plasmo" dium falciparuùou
vivax nas marrifestações dos sintomas analisados. Os sintomas mais encontrados foram: tosse, expectora.ção, chia'do
e
rouquidáo.
BUCI('et
alzno
Hospital San Lázaro, Manila, Philipinas, estudaram 1000casos
de
]ÙÍ.aláfia (56%P.
falciparum' 387oP.
vivax, 67o infecçãomista)
e
mostraramque
os
sintomas respiratórios apresentadospor
muitos pacientes são passíveis deconfu-sã,o, pois na admissão hospitalar desses casos estudados em Ll,lVo diagnosticou-se influenza
e
em I,37o, pneumonia. Não houve detalha. mento de qual espécie parasitáriafoi
maior a participação nas alterações respiratórias en-contradas e não se discutiu os mecanismosen-volvidos.
LAR.A,et
al 1ó estuda¡rdoum
grupo de 15 gestantes infectadas pelo P. falciparumobservaram que 93Vo do seus pacientes apre
sentaram tosse não produtiva, náo comentan-do a raz,áo do fenômeno. Por outro lado,
OLtr-VEIRA
ei
aI æ fazendo revisáo do quadro clí-nico em 163 pacientes portadores de maláriapor P. falciparum, mostraram que 7,97o destes apresentaram sintomas respiratórios, sendo
to-dos eles não portadores de moléstia pulmonar
prévia, e sugerindo que substâncias vasoativas são liberadas
na
malária provocando altera. ções na musculatura brônquica. Nãohá
r+
lato neste trabalho se os sintomas foralr¡in-quiridos sob
forma de
questionário dirigidopala
o
aparelho respiratório,o
que dificultaa
comparação com os nossos dados. .a prê,valência dos sintomas respiratórios
no
grupoNão Malárico (22,9Vo)
foi
semelhante ao en contrado por outlos autores s'rs"'zs, quando sãoestudados grupos populacionaiis usando o
mes-mo método (sintomas referidos).
.As alterações espirométricas encontradas
foram
mais prevalelrtesno
grupo Malárico$ïPVo) do que no grupo Não Malárico (20,8%)
e o
distúrbio ventilatório mais comumfoi
a obstruçáo ao fh¡xo aréreo, demonstrando com isso tra¡¡stornosna
mecânica brönquica,im-pedindo
a
livre
passagem dear
através dasvias
aéreas.
Quando a¡ralisamos somenteo
EW
25-75%, que é um bom Índice para estudoda. permeabilidade das pequenas vias aéreas zt,
notamos que houve diminuição do fluxo nos dois grupos estudados sendo esta diminuição,
gru-BOTELHO. C.; GITEDES BARBOSA, L. S.; AetnNO, J. L.; SILVA, M. D.; MEIRÐ,r.ES, S. M. p. ,& JARDIM, J. R,. B,
- Ivranifesta4ões respiratórias na mêlária por P¡asmoauuE falciparum e viv¡r, Bev. Inst. Med. trop. são paulo. z9r
337-345. 1987.
po Não Malárico (27,l%o dos pacientes).
tste
fato mostra a possibilidade d.as pequenas vias aéreas serem um local de acometimento pela
malária.
TONGet
al 3tjá
haviam mostradoque testes de função pulmonar podem estar anormais em pacientes com malária pelo p.
falciparum, mesmo
na
ausência de evidência clínicaou
radiológica de cornplicaçãopulmo-nar, podendo persistir esta alteração a.té o 9..
dia
da
terapêutica.No
presente estudo as duas espécies parasitárias causatam alteraçõesna
mecânica brônquica,em
graus variáveis,detectados pelos índices espirométricos estu-dados.
Para avaliarmos melhor os resultados
ob-tidos com a espirometria seria interessante se
conseguÍssemos repetir todo
o
protocolo ini-cial após cura clínica da infecção malárica. Acomparação pré e pós tratamento não nos foi possível realizar devido
às
dificuldades ine-rentes ao própriotipo
de pacientespor
nós estudados (atendimento ambulatorial,pacien-tes em trânsito etc.).
A
grande diferença no percentual de alte raeões da PaO, dos grupos Maláricose
NãcMalárico, mostra que deve ter ocorrido distrir-bios na estrutura pulmonar dos paeientes com
malária. O
fato do grupopor
nós estudado ser jovem afastaa
possibilidade dessas alte.raqões poderem ser devidas
à
bronquite crô-nica, enfisemaou
moléstiatumoral.
Mesmoinsistindo-se
na
chance de ocorrência dessas doenças deve.seter
em mente queo
grupo Não Malárico tinha, praticamente, a. mesma mrídia de idade (3Q6-r
10,6 anos) que o grupoMalárico (31,7
-¡
11,2 anos).A
análisedo
hábitode
fumar nos doisgrupos e as alterações da paO, deixa, também, evidente que
a
maláriaé
a
responsável por esta diminuição da oxigenação arterial(gáfi-co
1).
Um outro fator que pode ser respon-sável pelo decréScimo na saturaçãodo
oxigà nÍoé
o
quadrofebril
que os pacientes apresentavam no momento da avaliação gasométri-ca
e
a
sua presença, nos dois grupos êstuda. dos, evidencia ainda maisas
alterações daPaO, pela malária.
Como
já
dito
anteriormente paraa
espi-rometria,o
ideal serÍaa
repetição do estudo da gasometria aúertal após o período de ctrraGR,ÁEICO T
llrenlções DE poo¿ E TAEAotguo, ua
POPULACAO DO ESIADO
[-l Poo, NmrÁL
ffi Oo. <r ./il < Lt
<X : ABATXO æ VALoR tÉOtO pREvtSTO
< L¡, ABATXO 0O LtttTE ttFERtoR DE ilORfALtOADE
para que possa afirmar, categoricarnente, que essas alterações eram provenientes do
acome-timento pulmonar pela
malária.
Mas mesmo na impossibilidade de um novo exeme, asevi-dências são muito importantes no sentido que
tal
acometimento pulmonar esteja ocorrendo.A
ação do tabagismo no aparelho respira, tóriojá
encontra-se bem estabelecida porvá
rios autores s,æ e a, sua influência no
a¡lareci-mento das alteraçöes respiratórias encontra, das não pode deixar de ser considerada. O
hábito tabágico apateceu em 54,SVo dos indi-vÍduos estudados e a análise estatística empre-gada (x2) mostrou assoeia4ão entre ele
e
avariá,vel sintomáticos respiratórios
(p
a
0,01). Separando os grupos, Malárico e Não Malári-co, para efetuarmoso
controle da variável ta.bagismo
na
ptesençade
sintomas respirató.rios e usando o mesmo teste estatistico, nota, mos que esta associação pe.rsistiu
no
grupo343
NÃo MÀLlnrco r4lÁRtco NÃo taLdR¡co
BC,I[E,IIO, C.; GI'ÐES B.ARBOSA, L. S.; AQIIINO, J. L.; Sü.VA, M. D.; MEIRFrÍÍ.FS, S. M. P. & J.{RDIM, J. R. B.
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3:t7-345, 1987.
Não Malárico
(p
<
005).
tntretanto, no gru.po
Maláricotal
associação deixou de existir(p
>
0,05), mostrando com isso umaindepen-dência entre as variáveis tabagismo e sintomá. ticos respiratórios, parar o intervalo de confian-ça por nós delimitado (¿
- 5).
Acreditamosque houve somação dos efeitos
do
tabaco ea
infecção malárica sobreo
aparelho respira-tório, nesta população de estudo.As alterações respiratórias detectadas no presente estudo sugerem que
a
malária porP.
falciparume
P.
vivax, mesmo nos casos leves (tratamento ambulatorial), leva a umau-mento
da
permeaöilidade capilar produzindoedema
de
mucosa, liberaçãodq
substânciasvasoativas e transtornos à nível da membrana alveolo-capilar.
Salienta.se
a
necessidadede
seremesti-mulados estudos clÍnicos ou er<perimentais pa.
ra o
total
esclarecimento das manifestações respiratórias da malária.SI]MMARY
IEalaria respÍratory manifestations
þ
plàsmo-modium falciparum and P. vivaxA group of 110 patients (101 male, 9 female w,ith mean age
:t
SD: 31,1 -+- 11,0 years) withfever, coming
from
a¡r endemic malaria re.gion, was studied at SUCAM-CUIAB.6' for diag-nosis and treatment
of
possible protozoal in-festion.For this group
a
simpl¡fied questionnaire on respiratory srymptoms was arpplied and la,boratory tests consisting
of
peripheral blood film, arterial blool gas analysis and pulmonaryfirnction test rwere
done.
62 patients had apositive
test
of
malaria (41P.
vivax, 20 P. falciparu4I
F
+
V)
a¡rd 48 were negative,TI{E
FOLI,OWING R,ESULTS ll4ER,EOBSER,VEÐ:
lVe conclude
that
thereis
an association between malarial infection andthe
presenceof
respiratory problems.AGRIIDECIMENTOS
Ao pessoal técnico do Laboratório Central
da Diretoria Regional da SUCAM/MI.
Ao Prof. Antonio Rufino Neto e Prof. Od6.
cio
Sanchsz, da USP-
Ribeirão Preto, pelà orientação metodológica e estatística.A Prof.a Marta Duarte de Barros
(IIFîi[f)
pela revisão do manusorito,
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