TH E CONTRI BUTION OF TH E BRAZI LIAN ASSOCIATION OF N U RSING I N
T H E FEDERAL STATE O F SANTA CATARI NA I N ITS
75TH
YEAR
CONTRI B U C I O N DE LAABE N/SC EN LOS
75
ANOS DE LA ABEn
Necy erezinha Coutinho Mendes'
RESUMO:
Trata
0presente trabalho da trajet6ria da ABEn-SC, desde sua cria:ao em 1 3 de mar:o de
1 962 ate a presente data . Faz referencia a precaria situa:ao da Enfermagem na decada de 60 e a
insuficiencia de profissionais existentes no Estado,
aepoca , razao principal da cria:ao da Se:ao
.
Comenta as atividades desenvolvidas, procurando decodificar a natureza e as atitudes assumidas
pela Associa:ao, diante dos impactos sociais, e a postura pol ftica junto aos 6rgaos publicos. Fala
sobre os meios utilizados para a divulga:ao da profissao e atualiza:ao profissiona l . Cita os eventos
que a Se:ao vem promovendo ou colaborando, os parceiros de quem tem recebido apoio e como
vem divulgando suas atividades.
PAlAVRAS-CHAVE:
hist6ria da Enfermagem , organiza:6es nao governamentais
,
ciencias sociais,
sociedades de E nfermagem
INTRODUCAo
No i n icio da decada de 60 a situ a;ao da E nfermagem em Sa nta Catarina era bastante
precari a . Segu ndo
Cardoso
( 1 994 ) , citada por
Borenstein
( 1 994 , p. 28) "A decada de 60 foi
mu ito d ifici l , havia ca rencia em todos os aspectos ,
0
pessoal era semi-analfa beto , contratado
sem concurso publico, por i nfluencia pol itica ; havia falta de materi a l , de u ma organ iza;ao nos
servi;os de saude existentes e principalmente, a falta de u ma vontade pol itica
. . .". 0
pessoal de
Enfermagem, empregado pelo Governo do Estado , incluindo
0
enfermeiro , recebia um salario
irris6rio.
H aviam projetos para novos hospita is e alguns ja estavam sendo constru idos . A Enfermagem
nos hospitais existentes estava sob a responsabilidade das Relig iosas , no entanto , poucos
desses hospitais tinham na chefia uma religiosa enfermeira .
No Departamento Autonomo de Saude Publica (DASP) atuavam enfermeiras d a Funda;ao.
Servi;o Especial de Saude Publica (SESP) e do Servi;o de Tubercu lose,
0
que Ihes garantia
a utonomia e poder de decisao.
Conscientes das d ificu ldades , as enfermeiras que atuava m no Estado entenderam que,
s6 uma atua;ao organizada j unto
a o s orgaos publicos poderia mod ificar a situa;ao do exercicio
da E nfermagem. Era ind ispensavel que se u nisse m . Alg u mas eram filiadas a ABEn-RS porem,
a d i sta ncia d ificu ltava a participa;ao. Pensara m , entao, em criar a A B E n-SC e para tal seria
necessario um m in imo de
1 0
profissionais associ ados. Atraves da consu lta ao Servi;o de
Estatistica do Estado de Santa Catarina
( Borenstein,
1 994 , p.
35)
constataram a existencia de
11 enfermeiras atuando no Estado: 07 Religiosas
-0 3
em F lorianopolis e 04 no I nterior, e 04
leigas
-02
em Florian6polis e
02
no I nterior.
Sob a lideran;a da I rma Cacilda Hammes, foram contactadas todas as onze profissionais
e elaborada u ma pro posta de regimento i nterne que foi encamin hada a ABEn.
1
Secretaia Geral da ABEn-S, gestao 199812001; Presidente nas gest6es 197011972 e 19761
1980. Professor Adjunto I, aposentada pela UFS.
M E N D ES , N . .
C.No dia 1 3 de margo d e 1 962, na Escola d e Auxiliares de E nfermagem Madre Benvenuta , ocorreu a reu niao das E nfermeiras do Estado ( 1 0) com a Presidente da ABEn ( N acional) Marina de Andrade Rezende, com a fi nalidade de fu ndagao d a ABEn Segao Sa nta Catari na (AB En-SC, 1 962). I n icial mente foi revisto
0
reg imento , pois a ABEn ao a prova-Io propos modificagoes que fora m aceitas pelo grupo. E m seg u i d a fo i constitu fda a 1 a Diretoria , por aclamagao , assim constitu fda : Presidente: I rma Cacilda Hammes (Ottilie H a m mes); Vice Presidente: Flerida Goudel d e Cardoso; 1 a Secreta ria : I rma M aria Rita Rigo (Alice Rigo); 2a Secretari a : I rma Ligoria Prim (Ed itte Pri m ) ; Tesoureira : I rma Rom a n a Longo (Carmela Longo ) ; Conselho Fisca l : Helena F. M a kros , H i ld a Ana Krisc h , I rm a M aria Jose Locks ( M a rtaLocks); Comissao d e Revista : I rma Helia H i nterkolz (Si lvia H i nterkolz); Comissao de Relagoes Publ icas: H i ld a Ana Krisch; e Comissao d e Legislagao: U rsu l a Engel .
A posse ocorreu no mesmo dia ( 1 3/3/62), no salao d e atos do Colegio Coragao de Jesus, em sessao solene presidida pela Presidente N acio n a l , (AB E n-SC , 1 962). Estiveram presentes , d entre outras a utoridades,
0
Med ico Fern a n d o Osva ldo d e O l iveira , Secreta rio de Saude d o Estado e0 Med ico Antonio M u n iz d e Aragao, Presidente d a Associagao M u nd i a l d o s Med icos ,
q u e saudou a Presidente d a ABEn. N essa sessao foi homenageada a E nfermeira Catarinense H i l d a Ana Krisch q u e , a partir d e 1 94 5 , como fu ncionaria d o M i n i sterio d a Saude, atuou em Sa nta Catari n a por u m perfodo de 1 0 anos, presta ndo releva ntes servigos e m campanhas d e vacin agao , treina mento d e praticas d e e nferm a g e m , org a n izagao d e servigos na capital e interior e opinando sobre a construgao e i n sta laga o d e hosp ita i s .H i lda A n a Krisch , enqua nto morou n o Rio d e J a n e iro , foi Pres ide nte d a A B E n N aciona l , d e 1 938 a 1 94 1 , tendo a t u a d o , pri ncipal mente, j u nto ao M i nisterio do Trabalho, n a d efesa dos interesses d a classe contra nomeagoes i n d evid a s , n a ela boragao d e a nte-projeto de reg u l a mentagao da profissao, solicitagao de a posentadoria aos 25 a nos de servigo para enfermeiros d e Saude Publica , contra concurso a berto pelo DAS P para carreira i n icial d e enfermeiro s e m exigencia de d i ploma
( CaValho,
1 976 , p . 47-48). F o i homenageada em m a i o de 1 963, por ocasiao do 300 a n iversario da ABEn-Nacio n a l . N a solenidade, organizad a pel a Segao Sa nta Catari n a , em Joinvilie, a E nfermeira F lerida Goudel de Cardoso, entregou-Ihe0
medalhao do 1 0 centen ario de F u ndagao d a Escola St. Tho mas, ressa ltando a i m portl ncia d o trabalho desenvolvido por ela.ATIVIDADES ASSUMIDAS E DESENVOLVIDAS PELAABEn-SC
A partir de sua criagao, a ABEn-SC passou a desenvolver atividades relativas
a
divulgagao da profissao, com palestras em escolas, e ntrevistas nas emissoras d e rad io, colocagao d e cartazes em vitri nes do comercio local e cli pes n o s cinemas a ntes d e i n iciarem o s fi lmes; bem como atividades socio-culturais, d i rigidas ao pessoal d e e nfermagem, com palestras e cu rsos( Borenstein,
1 994 , p. 36).A atuagao pol ftica , foi iniciada a ntes d a criagao oficial d a Segao, atraves das E nfermeiras I rma Caci lda - fu ncionaria do Estado e d e Ursu l a Engel - S E S P q u e , a convite do Secreta rio da Saude, integraram a comissao de implantayao do Hospital l nfantil Edith Gama Ramos. Opinaram em relagao a area ffsica gara nti ndo espagos especfficos para a E nfermagem, e m relagao ao pessoal a ser contratado, especi a l mente q u a nto a o n u mero d e e nfermeiros, e na compra d e m ateria is e eq u i pamentos .
A d efesa dos interesses dos profi ss i o n a i s , u m a das fi n a l id ades d e u m sind icato , fo i assumida de i med iato pela A B E n , principal mente, pel a necessidade d e tomar atitud es d i a nte dos i mpactos sociais, com provid e ncias rad ica i s . Ass i m , no d i a seg u i nte a s u a criagao ( 1 4/ 3/62), foi entregue, ao Secretario de Saude do Estado, docu mento reivindicando a reclassificagao do E nfermeiro. Com
0
parecer favoravel do Secretario ,0
processo tramito u , sendo aprovado e , o novo enquadramento como profissional de n fvel u niversitario, foi implantado a partir de fevereirod e
1 963 ( Borenstein,
1 994 , p . 35).Apesar d a melhoria nas condigoes d e tra balho para 0 E nfermeiro, no Estado, 0 n u mero desses profissionais contin uava m u ito aquem das necessidades. Seg u ndo
Enge/( 1 964 ,
p.36-4 1 ) ,
em fins de1 962
haviam26
enfermeiros em Santa Catarina , para uma populagao de2 . 1 46.900
habitantes, n u m a re lagao de1
profissional para cad a97.000
habitantes . Qu atro d esses profissionais estava m i nativos e a ma ioria - 1 8- era m religiosas; 1 7 atuava m em hospitais,3
em saude publ ica e2
na d i regao d e Escolas d e Auxiliares do Estado. Por m u itos a nos a ABEn-SC responde u pela representagao do conj u nto profissiona l . Mapeava os enfermeiros em n u mero, loca l de atuagao e atividades que d esenvolvi a m . Era 0 i n icio do processo d e fisca l izagao do exercicio, tarefa hoje do Conselho. Em1 964 ,
pressionou e conseg u i u exti nguir um curso d e parteiras, in iciado em 1 935, pelo n a o cu m pri mento da l e i , u ma vez q u e n a o haviam enfermeiros como professores e su pervisores . Este trabalho teve contin u idade com a atuagao da E nfermeira Flerida Goudel d e Cardoso, catari nense q u e d esde sua graduagao em1 946
passou a atuar no Estado, inicialmente no Departa mento Autonomo de Saude Publica ( DASP) e Legiao Brasileira de Assistencia ( L BA) e mais tarde como fu ncionaria do I nstituto de Aposentadoria e Previdencia dos Co merciarios ( IAPC ) . Foi vice-presidente na1 a
Diretori a , mas foi como Coordenadora da Comissao de Leg is lagao que ma nteve-se atenta , d e n u nciando e cobrando das institu igoes , contratagoes e g ratificagoes i n d evid as. Com a u n ificagao do I nstituto N acional de Previdencia Socia l , a partir d e 1 96 7 , atuou na fisca lizagao dos hospitais, visando cred encia mento; exigia docu mentos que comprovassem a formagao dos "Enfermeiros" que constavam da documentagao( Borenstein et al ,
1 999, p.3 2 ) .
AABEn-SC , a partir d e s u a cri agao desenvolveu atividades j u nto a o s 6rgaos publ icos , opinando em relagao a contratagao e d e missao do pessoa l de E nfermagem bem como na criagao d e q u adro d e pessoa l . Constitu i u ba nca e/ou coordenou concurso para selegao d e enfermeiros em hospitais e no DAS P. Promoveu cu rsos d e atual izagao e de treinamento para pessoa l d e E nfermagem e cursos d e pri meiros socorros a varios segmentos d a comu nidade. I nvestindo em Ed ucagao, provoca a implantagao do
1°
Curso de Graduagao em E nfermagem no Estado, na U n iversidade Federa l d e Santa Catarina - U FSC, tendo a Presidente, Eloita Pereira N eves , i ntegrado a comissao d e criagao e ass u mido a coordenagao do curso . A AB En-SC atuo u , tambem, na busca da qualidade, ta nto na formagao do corpo docente quanto em relagao aos campos para a pratica . A aula inaugura l , ocorrida em21
de margo d e1 969,
foi proferida pel a Presidente da AB E n N acion a l , Ama lia Correa d e Carva lho.E m 1 975, seg u i ndo orie ntagao d a N aciona l , a ABE n-SC criou a J u nta Especi a l , co m vistas a cri agao do Conselho Reg io n a l d e E nfermagem-SC (CORE n-SC ), constitu ida pelas enfermeiras I ngrid Elsen e Lucia Herta Rockenbach e pela Auxil iar de E nfermagem Maria Alba Mong u i l hot da Luz que foram e mpossad as pela suplente do Conselho Federa l d e E nfermagem (CO F E n ) Lyd ia I gnes Rossi ( B u b) , ta mbem catarinense. Os profissionais fora m i nscritos em tempo record e a seg u i r foi org a n izada e enviada ao M i n isterio do Trabalho, l ista tripl ice para ind icag80 da
1 a
Diretoria( Saupe, 1 98 7 ,
p . 3 3 ) . Por m u itos a nos houve parceria n a atuag80 ABE n-SC e COREn-SC , principalme nte , n a rea l izagao de eventos , troca de i nformagoes e ate d ivisao de espago fisico , poi s ate q u e a ABE n-SC adq u i risse sede pr6pri a , ocupou u m a das salas do COREn-SC .N a d ecada de 80 0 Movi mento Partici pagao i m prime reg istro na hist6ria d a ABEn-SC, democratiza ndo-a , torna ndo-a mais participante dos movi mentos sociais u n ificados.
A/buquerque (200 1 ),
investigou 0 Movimento Participagao (MP) em Santa Catarina, atraves de um trabalho metodol6gico de analise qualitativa e de pesquisa hist6rica , a partir de entrevistas com lidera ngas daquele Movi mento . Considerou este um movimento social da E nfermagem , pois seg u nd oScherer- Warren
( 1 984 , p . 9 ) , "a contra-opressao pode se expressar d e varias formas: lutas mais violentas o u menos violentas, reivi ndicagoes , pressoes , a pati a o u mesmo al ienag80. Temos , porta nto , formas ativas e formas pass ivas d e contra-o pressao . Contudo, aM E N DES, N .
.C.
busca da liberta;ao exige u m agir ativo. Quando os grupos se organizam na busca de l iberta;ao,
ou sej a , para su perar a l g u ma forma d e opressao e para atuar na prod u;ao de uma sociedade
modificada, podemos falar n a existencia de u m movimento social" (grifo da a utora ) .
o
objetivo deste Movimento, q u e n asce em Sa nta Catari n a , a partir da elei;ao d e
1 98 0 ,
com a chapa "Participa;ao", encabe;ada pelo enfermeiro Jorge Lorenzetti , tinha como objetivo
central, transformar a Enfermagem no plano nacional para que esta viesse a ter reconhecimento
social. Da mesma forma , a l uta por melhores condi;oes de trabalho estava , tambem , dentre os
principais pontos de atua;ao daquele movimento.
o
prop6sito do MP era q u e a E nfermagem Brasileira se apresentasse n a sociedade
atuando com competencia tecnica e poi ftica , em seu cam po especifico
.
Estes deveria m ter
d i reito
a
l iberdade e a autonomia profissional e recon hecida , tambem, pelos seus d i reitos q u e
s e colocam a servi;o e , em a l i a n;a com a popula;ao q u e necessita de seus servi;os .
De acordo com as categorias identificadas na pesquisa conduzida por
A/buquerque (200 1 ) ,
seg u ndo as lideran;as do M P catarinense,
0
prop6sito do movi mento era para q u e a ABEn se
transformasse e m : uma entidade democratica ; u ma entidade fortalecida i nstitucionalmente;
i nterlocutora d e toda a categoria de E nfermage m , enca m i n h ando-se para a constitu i;ao de
uma entidade u n itaria da E nfermagem que representasse a profissao em todas as reg ioes do
estado; uma entidade q u e tivesse visi b i l id ade social com ca rater classista , no sentido de
articula;ao pol itica com os demais trabalhadores, participando da luta de todos os trabalhadores,
estudantes e movimentos organizados; atuasse de forma independente e aut6noma, diante das
i ngerencias de patroes, governos , partidos pol iticos e dos i nteresses do capital industrial do
setor saude, agindo apenas no i nteresse de seus associados .
A a;ao do " Participa;ao" catarinense, ensejou u ma serie de embates com a Dire;ao
Nacional da A B E n , atraves da participa;ao em eventos, f6runs ou de i nstancias de decisao
daquela entidade e com publica;oes que visava m fortalecer 0
movimento na base social da
Enfermagem.
0
gru po de SC passou a ser a "vitrine" do Movimento em n ivel nacional, ja que a
experi menta;ao e apl ica;ao de i nstru mentais e/ou novas metodologias de a;ao , fez com q u e
esta Se;ao Estadual da ABEn fosse 0
laborat6rio do M P.
o
M P enraizou-se , nacional mente e , no ana de
1 984 ,
partici pou pela primeira vez de
uma elei;ao nacional, em q u e foi vencedor, entretanto, acabou por nao assumir, porq ue
4 2 %
do
tota l de votos fora m a n u lados. E m
1 98 6 ,
novamente,
0
"Participa;ao" d isputa as elei;oes
nacionais e vence com larga margem. Assume, entao , a Dire;ao N acional da AB En e que vem
sendo conduzida ate hoje, por profissionais que estavam engajados e/ou passara m a ter uma
proximidade com as ideias daquele grupo.
A AB E n/SC a presentou u ma serie d e propostas que sao hoje, realidade na estrutura
atual da entidade, d entre elas a cria;ao do CO NAB E n (Conselho Nacional da A B E n ) , onde
reu nem-se todos os presidentes das Se;oes Estaduais com a Dire;ao Nacional , criando assim,
u m espa;o de poder i ntermediario e que d e certa forma , democratizou mais as decisoes a n ivel
nacional . Tambem, foi proposta da A B E n , q u e os estuda ntes
S8vinculassem a ABEn sem
qualq u er restri;ao,
0
que acabou por mudar, inclusive
0
perfil dos Congressos Brasileiros , onde
a participa;ao d os a l unos, chega a 30% d o tota l dos i nscritos .
Porem, a participa;ao do Auxiliar
de E nfermagem como s6cio efetivo, objeto de pro posta de nossa ABEn/SC , somente foi
incorporada, com a muda n;a estatutaria de
2 0 0 0 .
Porem,
0
d estaque do trabalho do gru po do
M P catari nense, foi a defesa d e que a ABEn d everia se constitu i r num entidade u n itaria d a
E nfermagem Brasileira . E s s a pro posta ate hoje conti nua sendo exclu ida d o s processos d e
d iscussao de nossa entidade.
A fra nca participa;ao nos movi mentos sociais, a partir d e
1 98 0 ,
foi u ma marca desse
grupo pol itico e q u e , ate hoje, vem sendo mantido: a atua;ao j u nto a todas as l utas dos
trabalhadores brasileiros. A i mporta ncia da atua;ao d a ABEn/SC no movimento sindica l , foi
desde a representa;ao dos servidores publ icos q u e nao poderiam sind icalizar-se ate
0
ana de
1 988, b e m como na cria�ao d o s sindicatos q u e viera m a su prir essa d eficiencia.
A utiliza;ao d a estrateg ia d e consolidar nucleos d o i nterior, tem ao longo dos a nos forta lecido a org a n iza;ao da ABEn/SC . Atua l mente , a ABEn/SC , tem n ucleos nas cidades d e : Chapeco, Concord i a , I taj a i , Joinvilie, Lages, Tubarao .
A preocu pa�ao co m 0 d esenvolvimento tecnico-cientifico e cu ltura l do pessoal de Enfermagem sempre esteve presente. AABEn-SC vem promovendo atividades durante as Semana Brasileira de E nfermagem , desde sua instala;ao. Nos u ltimos a nos, coordena 0 trabalho, elabora e d ivulga u m a progra ma;ao i ntegra d a , da q u a l partici pam mu itas institu i;6es de saude da Gra n d e Floria nopolis (ca pital e cidades vizi nhas), gara ntindo a tematica proposta pela ABEn N acional. Tambem se faz representar nas atividades promovidas em outras cidades do Estado .
Rea l iza a Jornada Catari nense d e Enfermag e m , d e s d e 1 972, a n u a l mente, em rod fzio entre a capital e as demais cidades do Estado. Esta tem sido u ma oportu nidade d e encontro da E nfermagem Catari nense, d e discussao de assu ntos de interesse com u m e d e i ntegra;ao com os N ucleos e com as Escolas, que gera l mente sed i a m 0 eve nto . Vem promovendo ta m bem , desde 1 99 1 , 0 Foru m Catarinense d e Escolas d e E nfermagem.
A partir d e 1 979 i ntegrou-se a ABEn- RS e ABEn-PR para rea l iza;ao do Encontro de E nfermagem d a Reg iao S u l - E N F S U L . J a sed iou 0 3° deles em 1 98 3 , e m Florianopolis, 0 6° em 1 992 , em Florianopolis, e 0 9° em 1 997, em Tubarao, e vem partici pando dos demais, promovidos pelo RS e PR.
Sediou 3 Congressos N acionais e u m I nternaciona l : 29° C B E n , 1 977 em Bal neario Cambori u , 4 1 ° CBEn, 1 989 em Florianopolis e 0 5 1 ° CBEn/1 00 CPEn em 1 999 em Florianopolis2. Rea lizou em F lorianopolis, em 1 984 0 3° Semi nario de Pesq uisa em E nfermagem e e m 1 997, 0 2° Seminario N acional de Diretrizes para a Educa�ao em Enfermagem no Brasil - 2° S E NAD E N . Cola borou c o m a rea l iza�ao d o 1 ° Simposio Brasileiro d e Teorias em E nfermagem , pro movido pelo Curso de Mestrado em E nfermagem da U FSC, em Florianopolis, 1 985 e foi Co Promotora do 5° E ncontro Naciona l de E nfermeiros de Hospitais de E ns i n o , promovido pelo Departamento de E nfermagem e Hospita l U n iversitario d a U F S C , em Floria nopolis, e m 1 987.
A preocu pa;ao co m a d ivulga;ao d e seu trabalho vem sendo via b i l izad a , d esde 1 972, atraves d e i nformativos . Estes recebera m nome e forma d iferente d e acordo com as Diretorias e verbas d ispon iveis: 1 ° Jorn a l , Jorn a l Prontidao, Boletim I nformativo , Boleti m I nformativo da ABEn-SC , Jornal da E nfermagem Catari nense e atualmente I N FORMAB E n-SC.
E m sua trajetoria , ao longo dos 39 a nos d e existenci a , a ABEn-SC vem conta ndo com 0 a poio sign ificativ� d e mu itos parceiros. Destaca mos : Escola d e Auxi liares d e E nfermagem Madre Benvenuta , que cedeu espa�o fisico para instala�ao da sede, incl u indo 0 uso de mobiliario, e de pessoal , uma vez que a Associa;ao nao tinha patrimonio; a U niversidade Federal de Sa nta Catari n a , que atraves, principal mente, dos Departamentos de Enfermagem e de Saude Publica , da Coordenadoria de Pos-Gradua;ao em Enfermagem, da Coordenadoria de Eventos, do Hospital U niversitario e da Reitoria, possibilitou a estrutura;ao e vem garantindo a viabilidade do trabalho, atraves d a util iza;ao d a estrutura ffsica , d e materi al e eq u i pamentos , d o pessoal tecn ico a d m i n i strativ� e dos professores enfermei ros , atuando nas D i retoria s ou partici pando das atividades progra madas; 0 extinto I NAMPS e a Secretaria d e Saude d o Estado que cedera m materia l e l i berara m enfermeiros para participare m da Associa;ao, a l e m d e enca m i n har solicita;6es via biliza ndo propostas.
Ao longo d o tempo vem fi rma ndo-se como u m a entidade forte e combativa , com repercuss6es loca is e no cenario n acional . Vem ocu pando, com destaq u e , cargos na D iretoria d a ABEn-N aciona l : Hilda Ana Krich - Presidente no perfodo d e 1 938 a 1 94 1 , u n ica catarinense
360
2
CBEn - Congresso Braslleio de Enfermagem
CPEn - Congreso Panameicano de Enfermeia
M E N D ES , N .
T C .a ocupar este cargo; Jorge Lorenzetti - Coordenador d a Comissao Permanente de Legisla9ao
na gestao de 1 986 - 1 989. Recebeu 0 titu lo de Membro Honorario da ABEn pel a AN D em 1 1 /1 01
1 990; Jonas Salomao Spricigo - Vice-Presidente na gestao 1 989-1 992 e Membro do Conselho
F isca l , gestao 1 986- 1 989; Lucia Ca mpos Ribeiro Delia Vechia - Membro do Consel ho F isca l ,
gestao 1 995-1 998 e, 1 a Tesoureira n a gestao 1 998-200 1 ; Lygia Paim - Coordenadora da Comissao
Permanente de Publica90es e Divulga9ao, na gestao 1 976- 1 980; F lavia Regina Souza Ramos
Diretora Cientifico-Cultura l , na gestao 1 998-200 1 .
Conq uistou espa90 e conseg u i u fazer-se representar j u nto ao Conselho M u n icipal d e
S a u d e de F l orian6polis, sendo sua representante recentemente eleita para Vice-Presidencia
daquele 6rgao. Esta representa9ao vem acontecendo, tambem, em outros municipios do Estado
de Sa nta Catarin a . Ta mbem i ntegra 0 Conselho Consu ltivo do S E NAC , 6rgao criado em 200 1 .
A ABEn-SC E O ENSINO DA ENFERMAGEM
A trajet6ria d a forma9ao dos profissionais de E nfermagem em Santa Catarina teve i n icio
em 1 956 com as discussoes a respeito da cria9ao de escolas de Auxi liares de E nfermagem . A
Escola Madre Benvenuta foi implantada pela I rma Cacilda H a mmes, tendo i n iciado em mar90
de 1 959 em F lorian6polis. Em Blumena u , em agosto do mesmo ano, i n iciou 0 fu ncionamento
do Curso de Auxiliares de Enfermagem, vinculado a Fu nda9ao Hospitalar de Blumenau, d irigido
pela I rma Lig6ria Pri m .
Estas sementes , plantadas pelas primeiras enfermeiras q u e criaram e viveram a ABEn
SC, germinaram com atua90es diretas da Associa9ao, como as relacionadas com a cria9ao do
1 0 Curso d e G radua9ao em E nfermagem do Estado. Segundo Bub e Mendes ( 1 985), citadas
por
Borenstein ( 1 999, p . 37-4 1 ) , a ideia de cria;ao do Curso de Gradua;ao em Enfermagem na
U niversidade Federal de Santa Catarina - U FSC, foi ventilada na 1 7a reu niao da ABEn-SC
real izada e m mar;o de 1 965. Em setembro do mesmo a na voltou a d iscussao na 25a reu n iao e,
uma vez aprovada a ideia, uma comissao foi constitu ida e elaborou memorial descritivo expondo
a situa;ao e a necessidade de forma;ao d e enfermeiros , enca m i n hando a U FS C . E m 1 966
novo documento chega a universidade e como resposta 0 Reitor da U niversidade criou comissao,
para cria9ao do curso, i ntegrada pela Presidente d a A B E n-SC, Eloita Pereira N eves . Foi a
associa9ao q u e escreve., as pri ncipais escolas do pais, procurando atra ir enfermeiros para
corpo docente , e que ela borou u m documento contendo u m estudo d e viabilidade do curso , a
situa;ao dos campos para estagio e os padroes necessa rios .
o
professor Wi lson Kraemer de Paula ( 1 972 ) , do Curso de Gradua;ao em Enfermagem,
d a U niversidade Federal de Santa Catarina, elaborou u m plano de regionaliza;ao do ensino do
Auxiliar de Enfermagem . Este nao foi implementado, tendo em vista nao ter encontrado parceiros
q u e pudessem assu mir a responsa bilidade de execu;ao e fi nanciamento. Desta forma , fica
expl icita a i mportancia e 0 i nteresse q u e a ABEn-SC , tinha com rela9ao ao ensino de n ivel
med io, desde aquela epoca .
I mporta nte , tambem, destacar q u e a A B E n/SC , cola borou com a comissao de estudos
d o C o n s e l h o Esta d u a l d e Ed uca;a o ,
opinando em rela;ao a cria;ao e acompanhamento de
varios cursos de n ivel medio e de grad ua;ao de E nfermagem. Um grupo de enfermeiros d a
ABEn-SC elaborou 0 trabalho
" 0
papel da enfermeira nos Servi;os de Saude em Santa Catarina",
relatado no
XXI I IC B E n , 1 97 1 , por Eloita Pereira N eves . D isti nguido com a med a l h a Ed ith de
Magal haes Fraen kel , 0 trabalho a presentou u m d iag n6stico da rea lidade catarinense, propos
su bsidios a Secretaria da Saude para estrutura9ao dos servi;os de Enfermagem e apresentou
recomenda;oes a respeito da forma;ao profissional a n ivel Tecnico e de Auxiliar de Enfermagem.
Em 1 987, na 1 5a Jornada Catarinense de Enfermagem, foi apresentado 0 "Plano Estad ual
de Profissional iza;ao dos Atendentes d e Enfermagem" . Este plano, coordenado pela AB E n
SC, envolveu a U FSC e varias institu i;oes prestadoras d e assistenci a .
Atua l mente, atraves d a Diretoria d e Ed uca:ao, ma ntem-se atenta e propicia cond i:oes para a vincu la:ao a AB E n das Escolas/C ursos de n fvel medio e de g ra d ua:ao. Tem vincu lados sete Cursos de Gradu a:ao e sete de nfvel medio. Promove atividades como
0
Foru m de Escolas, onde sao tratadas q uestoes de interesse de ambos os n fveis. Alem d isso, mantem representantes (titular e suplente) j u nto ao Conselho Estadual de Educa:ao e i ntegra0
Colegiado do Curso de Gradua:ao em E nfermagem d a UFSC.CONCLusAo
Estes recortes historicos refletem a i ntrepidez e as a:oes conseq uentes d a ABEn-SC, desde a s u a cria:ao . Exibem
0
estilo d e trabalho q u e acom panha s u a trajetoria de l uta , de conq u i stas e d e q uerer mais, tendo como res posta0 agir dos profissionais que nela atu a m .
A s i nforma:oes util izadas para elabora r 0 trabalho fora m obtidas, p e l a consu lta aos l ivros d e atas da ABEn-SC e a bibl iografia , que cita parte d esta historia, e pela memoria d o s personagens que vivenciara m/vivenciam 0 d i a-a-d i a da Associa:ao.0 a poio d a Diretoria foi fu n d a menta l ,
particu larmente0
Ge lson L u iz d e Al buquerq u e , Presidente atu a l , a Lyg i a Pa i m , D iretora d o CEPEn-SC da atu a l gestao e da Anita Zago, Presidente n a Gestao 95/98, p e l o incentivo , leitura e sugestoes a respeito do material produzido, fornecimento de material bibliogratico e facilidades para com posi:ao, reprod u:ao e encaminha mento do materi a l .ABSTRACT:
T h e present work descri bes the trajectory o f t h e Brazilian Association of N u rsing (ABEn)
in Santa Catarina since its inception on 13 March 1 962, until the present days. It refers to the precarious
situation of n u rsing i n the 1 960's and the insuficiency of professionals i n that federal state, as the
main reasons for the creation of the branch in that state . The activities developed by ABEn-SC are
reported i n this study i n order to reveal the nature and political position of the association towards
social impacts and public departments. The study explains the means used to g ive publicity and to
u p-date the profession and the events that this association has carried out or cooperated with . It also
makes reference to the partners that have g iven support to the ABEn-SC and the way it has promoted
its activities.
KEWORDS:
h istory of n u rs i n g , non-governmental organizations, socia l sciences, associations ,
n u rs i n g
RESUM E N
EI presente trabajo trata de la trayectoria de la ABEn-SC, desde su creaci6n el 1 3/marzol
1 962 hasta hoy. Hace referencia a la precaria situaci6n de la enfermeria en la decada de 60 y a la
insuficiencia de los profesionales existentes en el estado, en la epoca , raz6n principal de la creaci6n
de la Secci 6 n . Comenta las actividades desarroliadas, buscando decod ificar la naturaleza
ylas
actitudes asumidas por la Asociaci6n a nte los i mpactos sociales y la postura pol itica ju nto a los
org a n i smos p u b l i cos. H a b l a sobre los medios uti l i zados para divulgar l a p rofesi6n y sobre la
actualizaci6n profesional . Cita los eventos que la Secci6n promociona 0 colabora ; aquellos de quienes
recibe a poyo y, por fin , como esta divulgando sus actividades.
PALABRAS C LAVE :