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Competitividade Brasil: uma análise face às nações BRICs

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(1)

COMPETITIVIDADE

BRASIL:

UMA

ANALISE

FACE

AS

NAÇÕES

BRICS

Dissertação

apresentada

à Escola

Brasileira

de

Administração

Pública

e de

Empresas

para

obtenção

do

grau

de

Mestre

ALEXANDRE

LACERDA

LANDIM

(2)

CENTRO

DE

FORMAÇÃO

ACADÊMICA

E PESQUISA

CURSO

DE

MESTRADO

EM

GESTÃO

EMPRESARIAL

TÍTULO

COMPETITIVIDADE

BRASIL:

UMA

ANÁLISE

FACE

ÀS

NAÇÕES

BRICS.

DISSERTAÇÃO

DE

MESTRADO

APRESENTADA

POR:

ALEXANDRE LACERDA LANDIM

APROVADO EM / /

PELA

COMISSÃO

EXAMINADORA

ISTVAI^

KAROLY

PhD em Business Administ

ENRIQUE

JERÔNIMO

SARA

VIA

Doutor em Direito

ROBERTO MORENO MOREIRA

(3)
(4)

AGRADECIMENTOS

Louvo a Deus por todas as pessoas maravilhosas que cruzaram, cruzam e irão cruzar a minha

caminhada de vida, e por todo amor dedicado à minha pessoa, o qual espero retribuir de igual

modo. Pessoas que sempre me amaram de forma incondicional e às quais tenho tanto a

agradecer:

Ao meu Pai - José Vanderlei Landim -, que, com seus ensinamentos, mostrou-me o

caminho da coragem e da força ao enfrentar desafios em busca da conquista de

meus sonhos: "Ad astra per áspera" ou "só se consegue alcançar os astros pela

aspereza

da

vida".

À minha

mãe

- Dulcilene

Lacerda

Landim

-, que

me

ensinou

a

amar

o próximo

de

forma

incondicional

e a ser

bom:

bom

ser

bom;

faz

bem

à

alma e ao coração". Ambos me ensinaram o caminho da felicidade através das

coisas simples da vida.

À Francinete,

a quem

sou

eternamente

grato,

uma

verdadeira

mãe,

que

com

seu

amor e cuidado, desde os primeiros momentos da minha vida, contribuiu para

formar-me o caráter de homem digno.

À minha

amada,

extraordinária,

indescritível

esposa Mariana,

que

ao

longo

dos

últimos quatorze anos (entre namoro e casamento) tem sido, verdadeiramente, a

minha metade. Companheira de todos os momentos, que por amor sempre deseja a

minha felicidade, mesmo que isso signifique para si fazer sacrifícios.

A toda a minha abençoada família: irmãos, sobrinhos (lindos e inteligentes), sogro e

minha querida sogra, cunhadas, cunhado, parentes de todos os graus e tantos e bons

amigos.

Agradeço ao orientador Professor Istvan Kasznar, que ao longo do mestrado tem sido minha

(5)

professores e amigos Eduardo Marques e Yann Duzert, sempre disponíveis para ouvir e

orientar, ao professor Delano Botelho, pelos orientações que se estenderam além da sala de

aula e por acreditar em mim ao possibilitar-me a monitoria de sua disciplina.

Às

minhas

amigas

da

FGV

Janete

de

Oliveira

Feitosa,

Lenise

Moraes

Ribeiro

de

Oliveira

Bonfim e Fabiana Gonçalves Mayrinck, sempre prontas a ajudar e a oferecer o carinho e a

atenção tão essenciais em nosso cotidiano. Aos meus amigos do apoio técnico da

EBAPE-FGV, Ronaldo Miguel Ferreira, Joaquim Coelho de Castro Filho, Marcillio do Couto Cardoso

Rodrigues e Diego Muller Vieira, com os quais compartilhei agradáveis conversas nas horas

vagas.

Sou grato a todos os colegas e amigos do MIM, pela socialização do conhecimento, de suma

importância para o meu aprimoramento pessoal e profissional, e ainda mais, agradeço-lhes

toda a amizade ao longo deste tempo de trabalho prazeroso, mesmo que por vezes árduo. Que

a distância não enfraqueça os laços de amizade vigorosos, que hoje nos unem.

Gostaria de ratificar a minha gratidão ao meu amigo, companheiro profissional e revisor

destes textos, Alexandre Jacó, no qual deposito grande confiança. Agradeço à Rosalina pela

disponibilidade em efetuar as correções lingüísticas.

Agradeço a Fundação Dom Cabral e ao Movimento Brasil Competitivo, ou professor Carlos

Arruda que disponibilizou o material, e gostaria fazer um agradecimento mais que especial a

Marina Araújo, que com muita gentileza e atenção, me enviou todo o material sobre

competitividade das nações (dados de vários anos do The Global Competitiveness Report e do

World Competitiveness Yearbook) que tornou possível a elaboração desta dissertação.

Agradeço ao professor Enrique Saravia, pela gentileza ao aceitar tomar parte da banca

(6)

"Ad astra per áspera"

Só se consegue alcançar os astros pela aspereza da vida.

(7)

RESUMO

Este estudo objetiva uma contextualização, no cenário global, do papel representado por

quatro

grandes

países

emergentes:

Brasil,

Rússia,

índia

e China.

Ainda

que

haja

muito

a se

discutir a respeito da ligação entre estas economias - o quanto guarda de parceria e o quanto

de concorrência - o fato é que, recentemente, elas passaram a ser tratadas como participantes

de um mesmo fenômeno; constituem o epicentro de uma mudança que poderá alterar o quadro

mundial de forças em um futuro não muito distante.

O conceito de "competitividade das nações" norteia o estudo. A análise do desempenho de

cada país tem por substrato a definição de prosperidade como integração multifatorial em

grande escala, envolvendo economia, política, sociedade, meio-ambiente, instituições

públicas, performance da classe empresária, capacidade de inovação dos meios científicos e

cultura.

O trabalho revelou, especificamente com relação à estrutura econômica brasileira, sérias

assimetrias que limitam as possibilidades de crescimento do país. Percebe-se que os

fundamentos sócio-econômicos e políticos apresentam lacunas importantes, que deixam

descoberto setores como a qualificação profissional, a gestão pública e a regulação das

atividades produtivas. Não obstante, foi possível ao Brasil alcançar altos níveis de

desenvolvimento em várias áreas, a partir da atuação de agentes privados que conseguem

fazer frente a um ambiente de negócios temerário.

Neste ponto formaliza-se uma dicotomia entre o papel tíbio ou ineficaz dos entes públicos,

que não conseguem qualificar a gestão institucional, e uma notável capacidade empresarial

para desenvolver processos sofisticados e inovadores e gerar resultados positivos. Faz-se

urgente o reparo desse desequilíbrio, com vistas à participação eqüitativa de todos os setores

da sociedade no desenvolvimento do potencial competitivo do país.

(8)

This study aims to contextualize the role played by the four most important under developed

countries in a global scenario: Brazil, Rússia, índia and China. Although the topic has been

discussed extensively on the possible linkages between these economies in matter of

partnership and/or concurrency, recently they have been treated as important participants in

the same phenomenon; the epicenter of a global scale market changing which might modify

the economic hierarchical scheme in a not too distant future.

The nation competitive concept guides the whole study. The analysis of each country

performance underlies on a prosperity definition as a multifactorial integration in large scale,

involving economy, politics, society, natural environment, public institutions, business

performance, culture and the scientific capacity of innovation.

The study has revealed specifically relating to the Brazilian economic structure, a serious

asymmetric relation which may restrict the country's growing possibilities. The social and

economic aspects present major gaps leaving important sectors without any attention as

professional qualification, public management and the regulation of productive activities. On

the other hand, due to the private commercial agents, Brazil has reached high leveis of

development in several fields, in a consistent effort of managing to make business in a

non-reliable environment.

At this point it can be noticed an undeniable dichotomy among the inefficient role played by

the public agents who are unable to qualify the institutional management and a distinguished

business ability to develop sophisticated processes to generate positive results. An urgent

repair is requested to bring some balance to this asymmetry, focusing an equitable

participation among ali sectors of society in the development of the country's competitive

potential.

(9)
(10)

RESUMO ix

ABSTRACT x

SUMÁRIO

1

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 4

LISTA DE TABELAS 5

LISTA

DE

GRÁFICOS

7

LISTA DE FIGURAS 11

1

INTRODUÇÃO

12

1.1 Objetivos 13

1.2 Questões a serem respondidas 13

1.3 Delimitação do estudo 13

1.4 Relevância do estudo 14

1.5 Metodologia 15

1.5.1 Tipo de pesquisa 15

1.5.2 Coleta de dados 15

1.5.3 Tratamento dos dados 16

1.5.4 Limitações do método 16

2

CAPÍTULO

02 - O BRIC

- BRASIL, RÚSSIA,

ÍNDIA

E CHINA

18

2.1 Origem da sigla BRIC 18

.1 Tamanho da Economia 19

.2 Crescimento Econômico 22

.3 Renda e Demografía 23

.4 Padrões da demanda mundial 24

.5 Movimentação do dinheiro 26

2.

2.

2.

2.

2.

2.2 BRIC 2003 - 2006 27

2.3 BRIC no Cenário Mundial Atual 32

2.4 BRIC e o mundo dos negócios 32

2.5 Críticas ao BRIC 36

2.6 Será o Brasil um membro do BRIC? 38

3

CAPÍTULO

03 - RELAÇÃO

COMERCIAL

BRASIL

X RIC

40

3.1 Do Comércio Exterior Brasileiro 40

(11)

3.2 Dos Investimentos Diretos 72

3.2.1 Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil 75

3.2.2 Investimentos do RIC no Brasil 76

3.2.3 Investimentos Estrangeiros Diretos do Brasil no RIC 77

4

CAPÍTULO

04

- COMPETITIVIDADE

DAS

NAÇÕES

BRIC

80

4.1 Conceitos de Competitividade das Nações 80

4.2 World Economic Fórum 84

4.2.1 The Global Competitiveness Report - GCR 85

4.2.2 Desempenho dos BRICs no The Global Competitiveness Report 2006-2007... 93

4.2.3 BRIC no The Global Competitiveness Report - GCR 2006 - 2007 99

4.2.4 BRIC: os fatores mais problemáticos ao se fazer negócios (GCR 2006 - 2007).

110

4.3 World Competitiveness Yearbook 2006 116

4.3.1 O que é o World Competitiveness Yearbook 116

4.3.2 Quem usa o World Competitiveness Yearbook 117

4.3.3 Como o WCY mede a competitividade 117

4.3.4 A Pesquisa de Opinião dos Executivos 120

4.3.5 Como os rankings são computados? 121

4.4 BRIC no World Competitiveness Yearbook 2006 122

4.4.1 Performance Competitiva Global dos BRICs no WCY 122

4.4.2 Performance por fator e subfatores dos BRICs 128

4.4.3 Principais desafios dos BRICs 148

5

CONSIDERAÇÕES

FINAIS

151

5.1 SOBRE O BRIC 151

5.2

SOBRE

A RELAÇÃO

COMERCIAL

DO

BRASIL

COM

OS

DEMAIS

PAÍSES

INTEGRANTES DO BRIC 154

5.3

SOBRE

AS

OPORTUNIDADES

QUE

SURGEM

DA

RELAÇÃO

BRASIL

X RIC

155

5.4

SOBRE

AS

AMEAÇAS

DA

RELAÇÃO

BRASIL

X RIC

156

5.5

NÍVEL

DE

COMPETITIVIDADE

DO

BRASIL

COM

RELAÇÃO

AS

NAÇÕES

BRICS 157

5.6 VANTAGENS COMPETITIVAS DO BRASIL 159

5.7 DESVANTAGENS COMPETITIVAS DO BRASIL 161

5.8

COMO

TORNAR

O BRASIL

UMA

NAÇÃO

MAIS

COMPETITIVA

164

5.9

SUGESTÕES

PARA

ESTUDOS

FUTUROS

169

(12)

ANEXO

B

-

LISTA

DOS

CRITÉRIOS

UTILIZADOS

PELO

INTERNATIONAL

INSTITUTE FOR MANAGEMENT DEVELOPMENT (IMD) NO WORLD

(13)

BACEN: Banco Central.

BCI: Business Competitiveness Index.

BID: Banco Interamericano de Desenvolvimento.

BIRD: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.

BRIC:

Brasil,

Rússia,

índia e

China.

CVRD: Companhia Vale do Rio Doce.

DIC: Divisão de Informação Comercial.

DPR: Departamento de Promoção Comercial.

FMI: Fundo Monetário Internacional.

G6: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália.

GCI: Global Competitiveness Index.

GCR: Global Competitiveness Report.

GS: Goldman Sachs.

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

IMF: Intemational Monetary Fund.

IMD: Intemational Institute for Management Development.

MDIC : Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

MRE : Ministério das Relações Exteriores.

PIB : Produto Interno Bruto.

PPC : Paridade do Poder de Compra.

RIC

: Rússia,

índia

e China.

SECEX : Secretaria de Comércio Exterior.

UNCTAD - United Nations Conference on Trade and Development.

WEF: World Economic Fórum.

WCY: World Competitiveness Yearbook.

(14)

Tabela 2 - Projeção do PIB Per Capita em US$ dos BRICs e G6 entre 2000 e 2050 24

Tabela 3 - Comparativo do crescimento do PIB publicado pelo Banco Mundial {World Bank)

com as projeções do Goldman Sachs 29

Tabela 4 - Evolução do comércio internacional 41

Tabela 5 - Evolução do intercâmbio comercial brasileiro entre 1997 - 2006 42

Tabela 6 - Comparação das importações totais dos RIC com o que foi importado do Brasil

2005 43

Tabela 7 - Principais Parceiros Comerciais brasileiros em 2004 46

Tabela 8 - Principais Parceiros Comerciais brasileiros em 2005 47

Tabela 9 - Principais Parceiros Comerciais brasileiros em 2006 47

Tabela 10- Saldo comercial brasileiro com relação aos RICs 49

Tabela 11 - Intercâmbio comercial Brasil x RIC 50

Tabela 12 - Exportações Brasileiras 1997 - 2006 52

Tabela 13 - Principais Países para os quais o Brasil Exportou em 2006 55

Tabela 14-Importaçõesbrasileiras entre 1997e 2006 61

Tabela 15 - Ranking dos principais países dos quais o Brasil importou em 2006 63

Tabela 16 - Principais produtos exportados pelo Brasil em 2006 64

Tabela 17 - Principais produtos exportados do Brasil para a China em 2006 66

Tabela 18-Principais produtos importados pelo Brasil da China em 2006 67

Tabela 19 - Principais produtos exportados do Brasil para a Rússia em 2006 68

Tabela 20 - Principais produtos importados pelo Brasil da Rússia em 2006 69

Tabela

21 - Principais

produtos

exportados

do

Brasil

para

a índia

em

2006

70

Tabela

22 - Principais

produtos

importados

pelo

Brasil

da índia

em

2006

72

Tabela 23 - Fluxo de investimentos estrangeiros diretos no BRIC 74

Tabela 24 - Participação do BRIC no fluxo de investimentos estrangeiros diretos no mundo74

Tabela 25 - Investimentos diretos dos BRICs no exterior 75

Tabela 26 - Investimentos diretos do Brasil no exterior 77

Tabela 27 - Investimentos Estrangeiros Diretos - Distribuição por país de origem dos

recursos 78

(15)

Tabela 32 - BRIC e os fatores mais problemáticos ao se fazer negócios no GCR 2006 - 2007

111

Tabela 33 - Progresso e declínio dos critérios relacionados ao BRICs entre 2006-2007 124

Tabela 34 - Performance Econômica dos BRICs no WCY 128

Tabela 35 - China: Forças e Fraquezas na Performance Econômica do WCY 2007 129

Tabela

36 - índia:

Forças

e Fraquezas

na Performance

Econômica

do

WCY

2007

130

Tabela 37 - Brasil: Forças e Fraquezas na Performance Econômica do WCY 2007 131

Tabela 38 Rússia: Forças e Fraquezas na Performance Econômica do WCY 2007 132

Tabela 39 - Performance da Eficiência Governamental dos BRICs no WCY 133

Tabela 40 - China: Forças e Fraquezas da Eficiência Governamental do WCY 2007 134

Tabela

41 - índia:

Forças

e Fraquezas

da Eficiência

Governamental

do

WCY

2007

135

Tabela 42 - Rússia: Forças e Fraquezas da Eficiência Governamental do WCY 2007 136

Tabela 43 - Brasil: Forças e Fraquezas da Eficiência Governamental do WCY 2007 137

Tabela

44 - índia:

Forças

e Fraquezas

da Eficiência

Empresarial

do

WCY

2007

138

Tabela 45 - China: Forças e Fraquezas da Eficiência Empresarial do WCY 2007 139

Tabela 46 - Brasil: Forças e Fraquezas da Eficiência Empresarial do WCY 2007 140

Tabela 47 - Rússia: Forças e Fraquezas da Eficiência Empresarial do WCY 2007 141

Tabela 48- Performance da Eficiência Empresarial dos BRICs no WCY 142

Tabela 49 - China: Forças e Fraquezas da Infra-estrutura do WCY 2007 144

Tabela 50 - Rússia: Forças e Fraquezas da Infra-estrutura do WCY 2007 144

Tabela 51 - Brasil: Forças e Fraquezas da Infra-estrutura do WCY 2007 145

Tabela 52

- índia:

Forças

e Fraquezas

da Infra-estrutura

do

WCY

2007

146

Tabela 53- Performance da Infra-estrutura dos BRICs no WCY 147

Tabela 54 Principais desafios da China apresentados pelo WCY 149

Tabela

55-Principais

desafios

da índia

apresentados

pelo

WCY

149

Tabela 56- Principais desafios da Rússia apresentados pelo WCY 150

Tabela 57 - Principais desafios do Brasil apresentados pelo WCY 150

(16)

Gráfico 1 - Comparação do crescimento do PIB do BRIC e G6 entre 2000 e 2050 20

Gráfico 2 - Participação do PIB do BRIC na combinação PIB BRIC e G6 20

Gráfico 3 - Alcançando os G6: Quando os BRICs irão ultrapassar os G6 21

Gráfico 4 - As maiores economias em 2050 22

Gráfico 5 -Potencial de Crescimento entre os BRICs 23

Gráfico 6 - Projeção da demanda BRIC x G6 25

Gráfico 7 - BRIC real flutuação da taxa de câmbio 27

Gráfico 8 - Comparativo de crescimento real (WB) x projeções Goldman Sachs 30

Gráfico 9 - Taxas de crescimento projetadas pelo Goldman Sachs e taxas reais (WB) 30

Gráfico 10 - Comparativo entre o crescimento real e projetado do BRIC entre 2003 e 2006 31

Gráfico 11 - Crescimento do PIB 2003 - 2006 BRIC X G6 31

Gráfico 12 - Comparativo da evolução do comercio mundial, brasileiro e das relações Brasil

-RIC 40

Gráfico 13 -Evolução da corrente de comércio do Brasil 1997 - 2006 41

Gráfico 14 - Evolução do comércio internacional brasileiro com relação ao RIC 1997 - 2006 .

42

Gráfico 15 - Evolução da participação da corrente de comércio no PIB brasileiro 43

Gráfico 16 - Comparação das importações totais do RIC com o que foi importado do Brasil

2005 44

Gráfico 17 - Posição (%) dos RIC na participação da corrente comercial brasileira 2004

-2006 45

Gráfico 18 - Posição dos RIC, em milhões de US$, na corrente comercial brasileira 2004

-2006 45

Gráfico 19 - Corrente de Comércio Brasil x RIC. Gráfico 20 - Corrente de Comércio Brasil

xRIC 46

Gráfico 21 - Evolução da balança comercial brasileira 1997 - 2006 48

Gráfico 22 - Comparação do saldo comercial brasileiro com o saldo comercial Brasil - RICs.

49

Gráfico 23 - Saldo comercial brasileiro x saldo comercial Brasil - RIC 1997- 2006 49

(17)

2006 51

Gráfico 27 - Evolução das exportações brasileiras com relação às exportações para os RICs

(1997-2006) 52

Gráfico 28 - Relação das taxas de crescimento das exportações brasileiras com relação às

exportações do Brasil para os RICs entre 1997-2006 53

Gráfico 29 - Exportações Brasil - RIC 2006. Gráfico 30 - Exportação brasileira para cada

RIC2006 53

Gráfico 31 - Participação do RIC nas Exportações Brasileiras em % de participação 1997

-2006 54

Gráfico 32 - Variação das taxas de crescimento das exportações brasileiras com relação aos

RICs 56

Gráfico 33 - Percentual das exportações brasileiras por fator agregado em 2006 56

Gráfico 34 - Exportação brasileira dos setores industriais por intensidade tecnológica 57

Gráfico 35 - Exportação brasileira por fator agregado em 2006 58

Gráfico 36 - Exportações brasileiras por fator agregado entre 1997 e 2006 58

Gráfico 37 - Evolução das exportações brasileiras para os RICs por fator agregado entre 1997

e2006 59

Gráfico 38 - Variação do crescimento das exportações e importações brasileiras entre 1997 e

2006 59

Gráfico 39 - Evolução das importações brasileiras 60

Gráfico 40 - Taxas de crescimento das importações brasileiras x importações do RIC 61

Gráfico 41 - Taxas de crescimento das importações brasileiras com relação a cada RIC 62

Gráfico 42 - Importação Brasil x RIC em 2006. Gráfico 43 - Percentual de importação de

cada RIC 62

Gráfico 44 - Percentual de participação dos RICs nas importações brasileiras 62

Gráfico 45 - Principais produtos exportados do Brasil em 2006 64

Gráfico 46 - Importações por categorias de uso do Brasil 65

Gráfico 47 - Oportunidades de exportação do Brasil para China 66

Gráfico 48 - Comparação das importações totais da Rússia x exportações do Brasil para

Rússia em 2005 (oportunidades) 68

(18)

Gráfico 52 - Participação do BRIC no fluxo de investimentos estrangeiros diretos no mundo

em 2005 73

Gráfico 53 - Participação do BRIC no fluxo de investimentos estrangeiros diretos no mundo

75

Gráfico 54 - Desempenho dos BRICs no The Global Competitiveness Report (2000 - 2006)

95

Gráfico 55 - Desempenho dos BRICs no Business Competitiveness Index - BCI

(20001-2006) 96

Gráfico 56 - Desempenho dos BRICs no índice de sofisticação das operações e estratégias

competitivas das empresas (2000 - 2006) 96

Gráfico 57 - Desempenho dos BRICs no índice de qualidade do ambiente microeconômico

-BCI (2000 - 2006) 97

Gráfico 58 - Comparativo entre as economias baseadas nos fatores básicos no GCR 2006

-2007 100

Gráfico 59 - Comparativo entre as economias propulsoras da eficiência no GCR 2006 - 2007

101

Gráfico 60 - BRICs e os pilares de competitividade no GCR 2006 - 2007 102

Gráfico 61 -BRICs e os principais fatores de competitividade no GCR 2006 - 2007 105

Gráfico 62 -BRICs: fatores básicos de competitividade no GCR 2006 - 2007 107

Gráfico 63 - BRICs: fatores propulsores da eficiência no GCR 2006 - 2007 108

Gráfico 64 - BRICs: fatores de inovação no GCR 2006 - 2007 109

Gráfico 65 - BRASIL e os fatores mais problemáticos ao se fazer negócios no GCR 2006

-2007 112

Gráfico 66 - Rússia e os fatores mais problemáticos ao se fazer negócios no GCR 2006

-2007 113

Gráfico

67 - índia

e os fatores

mais

problemáticos

ao

se fazer

negócios

no

GCR

2006

- 2007

114

Gráfico 68 - China e os fatores mais problemáticos ao se fazer negócios no GCR 2006 - 2007

115

Gráfico 69 - Performance Competitiva Global das Economias BRICs 123

(19)

Gráfico 71 - Performance da Eficiência Governamental dos BRICs no WCY 132

Gráfico 72 - Performance da Eficiência Empresarial dos BRICs no WCY 137

(20)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - "Diamante de Porter"- Comportamento do ambiente microeconômico de negócios

82

Figura 2- Determinantes de competitividade 90

Figura 3 -Estágios de desenvolvimento competitivo 91

Figura 4 - Estrutura competitiva do Brasil no Global Competitiveness Report - WEF

(21)

1

INTRODUÇÃO

Segundo pesquisa do banco Goldman Sachs, o Brasil é um dos países cotados para estar, em

breve, entre as maiores potências econômicas do planeta. O trabalho, publicado em outubro

de 2003 no artigo Global Economics Paper n° 99 sob o título Dreaming Withn BRICs: The

Path to 2050, revela um cenário promissor para quatro países emergentes - Brasil, Rússia,

índia

e China

-, os

quais

deverão

formar,

junto

aos

Estados

Unidos

e ao

Japão,

o grupo

das

seis grandes economias, uma vez confirmadas as estimativas de produção, mercado e

demografia mundiais utilizadas como base para o estudo.

Tratados

por

BRIC

(iniciais

de

Brasil,

Rússia,

índia

e China),

os

países

em

ascensão

são

avaliados por suas potencialidades específicas assim como por seu peso enquanto entidade de

escala global, a qual, até 2010, deverá concentrar 40% da população mundial, com uma

demanda de consumo maior que a do atual G6 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino

Unido, França e Itália) e um PIB somado na casa dos 14.950 trilhões de dólares.

Infelizmente, nos últimos três anos, apenas um país do BRIC tem apresentado taxas de

crescimento abaixo (e não acima, como os demais) dos valores projetados: o Brasil. Diante da

aparente ineficiência de nosso país, faz-se inevitável levantar questões, tais como: Qual é, de

fato, o estágio de desenvolvimento da economia brasileira? Qual será o papel do país no

panorama mundial em um futuro próximo? Quais são as ações que o governo e a classe

empresarial deverão promover para elevá-lo à condição de potência econômica?

Em busca de respostas, este estudo analisa a competitividade das principais nações

emergentes, e das relações comerciais destas com o Brasil, identificando falhas estruturais de

nossa economia que possam impedir o desenvolvimento sustentável de curto, médio e longo

prazo. Para atingir seu objetivo, faz uso, como referencial teórico, do conceito de

competitividade das nações, segundo o qual a prosperidade deriva da integração de fatores

diversos, tais como, a economia, a política, a sociedade, o meio-ambiente, as instituições

públicas, a performance da classe empresária, a capacidade de inovação dos meios científicos

(22)

1.1 Objetivos

Através do conceito de competitividade das nações, este estudo objetiva contextualizar, no

cenário

global,

o grupo

formado

pelos

quatro

maiores

países

emergente,

Brasil,

Rússia,

índia

e China, (os chamados BRICs), analisando a capacidade de competitividade que travam entre

si, com foco especial no desempenho brasileiro. Interessa revelar falhas e sugerir diretrizes

que possam elevar a capacidade de concorrência do país, com vistas ao seu desenvolvimento

sustentável.

1.2 Questões a serem respondidas

A fim de atingir os objetivos propostos, o estudo deverá responder às seguintes perguntas:

O que é o BRIC?

Qual é a atual relação comercial do Brasil com os demais integrantes do BRIC?

Quais as oportunidades do Brasil na relação comercial com os outros BRICs?

Quais as ameaças da relação comercial do Brasil com os demais integrantes do BRIC?

Qual o nível de competitividade do Brasil com relação às demais nações BRIC?

Quais são as vantagens competitivas do Brasil?

O que há de errado com a estrutura competitiva do Brasil?

Como tornar o Brasil uma nação mais competitiva?

1.3 Delimitação do estado

Devido à amplitude do tema, este estudo escolheu por foco as bases e as potencialidades de

crescimento econômico do Brasil, bem como as relações competitivas e/ou de parceria do país

com os demais BRICs, ainda que enquadrando minimamente suas análises no cenário global.

O trabalho não contemplou estudos mais específicos sobre as relações comerciais que as

demais nações BRICs estabelecem entre si - ou com outros países -, tampouco questões

(23)

1.4 Relevância do estudo

Ao observar os dados do artigo do Goldman Sachs, constata-se que o Brasil não vem

conseguindo alcançar os índices de crescimento econômico projetados pelo estudo, o que

sugere alguns questionamentos: O que está errado com a economia brasileira? Que ações

devem ser implementadas para colocar o país em um patamar de crescimento compatível com

seu potencial?

A revista Veja publicada em 14 de março de 2007 traz em suas páginas amarelas uma

entrevista com o criador do termo BRIC, o economista inglês JIM O'Neill. A matéria é

encabeçada pela interrogação: "O Brasil está no jogo?", referência ao pequeno crescimento da

economia brasileira frente ao desempenho recente das economias russa, indiana e chinesa. O

seguinte trecho da entrevista nos remete à relevância deste estudo:

Veja: "Mas, então, que vantagens o Brasil tem sobre os outros emergentes?"

Jimm O'Neill: "O Brasil é particularmente rico em produtos primários, as commodities, das quais

a China e a índia tanto precisam. Isso é uma grande vantagem, que o Brasil deveria explorar

continuamente. Confesso que não nos demos conta disso quando fizemos nossa análise dos

BRICs. É um ponto vital."

Passados quatro anos da publicação do artigo que deu origem à sigla BRIC e que despertou a

atenção mundial para o bloco de elite das nações emergentes, é chegada a hora de rever

conceitos, identificar papéis, elaborar um planejamento estratégico estruturado e focado no

crescimento econômico sustentável. Este estudo pretende contribuir, mesmo que de uma

forma embrionária, para a compreensão da situação atual de nossa economia, de nossas

vantagens e dos entraves ao potencial competitivo brasileiro, e para a elaboração de diretrizes

de crescimento baseadas no conceito de competitividade, com vistas ao desenvolvimento

(24)

1.5 Metodologia

1.5.1 Tipo de pesquisa

De acordo com Vergara (1990), os tipos de pesquisa são classificados quanto aos fins e

quanto aos meios. Utilizando esta classificação como referência, adotaram-se os seguintes

métodos de pesquisa:

a) Quanto aos fins - a pesquisa foi exploratória e descritiva. Exploratória porque sobre o

BRIC muito se escreve, se publica e se fala, mas sobre o real papel do Brasil entre os

BRICs, quais suas reais vantagens competitivas, como explorá-las e ampliá-las para

desenvolver economicamente a nação, sobre isso pouco se comenta e estuda. Descritiva,

porque visa descrever percepções sobre o lento crescimento econômico do Brasil frente

aos demais BRICs e sobre como reverter este quadro.

b) Quanto aos meios - a pesquisa foi documental e bibliográfica, com o uso de dados

secundários. Documental porque aborda relatórios, artigos, reportagens, estudos

publicados sobre o BRIC e as vantagens competitivas das nações, como o Global

Competitiveness Report e o World Competitiveness Yearbook, cujos conteúdos tratam

da competitividade das nações. A pesquisa foi bibliográfica porque utiliza como base o

material publicado em livros, revistas, jornais e na Internet para a fundamentação

teórico-metodológica, em especial no que tange ao tema da competitividade das nações.

1.5.2 Coleta de dados

Por se tratar de pesquisa documental e bibliográfica, a coleta de dados foi feita na literatura

sobre o tema em questão, isto é, livros, artigos, revistas, jornais, relatórios, anuários e Internet.

A coleta de dados teve como foco principal assuntos e dados relacionados ao BRIC, à

competitividade das nações, índices de desenvolvimento, formas de crescimento econômico,

relações comerciais do Brasil com os países que compõem o BRIC, crescimento e

(25)

1.5.3 Tratamento dos dados

O trabalho exigiu o tratamento de duas formas específicas de dados: uma mais

teórico-conceitual, baseada na literatura sobre competitividade das nações; e outra mais empírica,

baseada em dados já levantados, como no caso dos relatórios sobre competitividade das

nações {Global Competitiveness Report e World Competitiveness Yearbook), dos anuários do

comércio exterior brasileiro, e dos relatórios de investimentos estrangeiros no Brasil e das

empresas brasileiras no exterior.

Os dados teórico-conceituais são apresentados, analisados, questionados ou referendados ao

longo de cada capítulo, ou seja, como cada capítulo trata de um assunto específico, a revisão

bibliográfica está comentada junto ao assunto ao qual se refere.

Os dados quantitativo-secundários são tratados, apresentados, interpretados e analisados

através de gráficos e textos, e formarão, juntamente com os dados teórico-conceituais, a base

das conclusões e propostas resultantes do estudo.

1.5.4 Limitações do método

Não obstante a procura por um método de pesquisa que se adequasse à proposta do trabalho,

devem ser identificadas as seguintes limitações do modelo escolhido:

O método está limitado à base de dados secundários, sobre cuja metodologia de

elaboração e veracidade não se tem controle;

Não foi realizada coleta de dados primários, como entrevistas ou questionários à classe

empresarial ou aos gestores públicos brasileiros e às demais nações do BRIC;

O grupo formado pelo BRIC apresenta grandes diferenças culturais, econômicas,

políticas e sociais, as quais não serão abordadas;

A coleta e o tratamento dos dados têm um enfoque voltado para o aspecto econômico, o

que torna o trabalho omisso nas questões de desenvolvimento social e preservação

ambiental;

A

literatura

sobre

China,

índia e

Rússia

é limitada,

o que

dificulta

o acesso

a

(26)

Uma vez que o trabalho está restrito à análise da competitividade dos países que compõem o

BRIC e das relações que cada um de seus integrantes estabelece, individualmente, com o

Brasil, identificam-se cinco relevantes limitações ao não abordar:

As relações dos BRICs com as demais nações ou blocos econômicos;

A relação

individualizada

dos

demais

BRICs

entre

si,

como,

por

exemplo,

índia e

China, Rússia

e índia,

China

e Rússia;

As relações do Brasil com as outras nações ou blocos econômicos, além do BRIC;

O BRIC enquanto bloco econômico;

(27)

2

CAPÍTULO

02

- O BRIC

- BRASIL,

RÚSSIA,

ÍNDIA

E CHINA

2.1 Origem da sigla BRIC

A sigla

BRIC

significa

as iniciais

dos

países

Brasil,

Rússia,

índia

e China,

considerados

os

principais países emergentes capazes de transformar o cenário da economia mundial nas

próximas décadas. Esta sigla, comentada e estudada nos meios acadêmicos e profissionais

atualmente, teve sua origem no artigo publicado em outubro de 2003 pelo banco de

investimento norte-americano Goldman Sachs.

O artigo analisa as projeções de crescimento das economias dos BRICs, demonstrando as

possíveis alterações no cenário econômico mundial e o conseqüente impacto no mundo dos

negócios. Ressalta que, em 2050, estas economias estarão à frente da maioria dos atuais países

ricos. As quatro nações juntas concentrarão 40% da população mundial e um PIB somado de

14.951 trilhões de dólares. O BRIC será a maior entidade em escala global para quase todos

os indicadores.

Vale ressaltar que o artigo não trata o BRIC como uma aliança política ou bloco econômico,

nem mesmo evidencia a existência de nenhum processo de negociação mais abrangente,

apenas acordos bilaterais ou trilaterais específicos e uma coalizão de forças juntamente com

os demais países emergentes do G20 nos processos de negociação, especialmente no que toca

à Organização Mundial do Comércio (World Trade Organization - WTO). Embora a Rússia

não componha atualmente este organismo internacional, a aliança do BRIC deve representar

um novo equilíbrio de forças diante dos interesses predominantes dos EUA e da União

Européia.

Para os autores do artigo, a cooperação deve ser a palavra de ordem entre estas quatro nações

com potencial para formar um poderoso bloco econômico, em cuja matriz o Brasil e a Rússia

representariam

o fornecimento

de

commodities

para

a China

e a

índia.

O Brasil

- grande

produtor agrícola e fornecedor de minério - e a Rússia - grande detentora de reservas de óleo

(petróleo) e gás natural - deverão ser os maiores fornecedores globais de matéria prima. Por

(28)

barata, deverão tomar-se os maiores produtores globais, imbatíveis na produção de bens

manufaturados e serviços.

Jim CTNeill, diretor de pesquisas econômicas do Goldman Sachs e um dos autores do artigo,

considera que uma das coisas mais interessantes sobre o BRIC é o fato de que o Brasil e a

Rússia

podem

fornecer

os produtos

que

a índia e

a China

demandam,

o que

certamente

deve

contribuir para o crescimento integrado das quatro nações.

O estudo mapeou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a renda per capita e a

movimentação do dinheiro na economia dos BRICs e do G6 (Estados Unidos, Japão,

Alemanha, Reino Unido, França e Itália) até 2050, baseando-se em cinco aspectos: tamanho

da economia, crescimento econômico, renda per capita e demografia, padrões da demanda

mundial, e movimentação do dinheiro.

2.1.1 Tamanho da Economia

Os analistas alertam que, em menos de 40 anos, a economia dos BRICs somada será maior

que a economia do G6, em termos de dólar norte-americano. No ano da publicação do artigo,

em 2003, a soma das economias do BRIC chegava a 15% do valor da economia do G6;

projeta-se que esta relação será de 50% em 2025, chegando a mais de 100% em 2040 (ver

(29)

BRIC terá PIB maiot que G6 em menos de 40 anos

m BRICs *G6

100

prj

&

50

p

S

40

Ci 30

E

»

10

0

.000

,000

,000

,000

,000

,000

.000

,000

.000

,000

.000

2025: As

economias dos

BRICs serão

maiores

que a metade da

doG6

Por volte de

2040

BRICs

ultrapassarão

JJ

2000 2010 2020 2030 2040 2050

Gráfico 1 - Comparação do crescimento do PIB do BRIC e G6 entre 2000 e 2050.

Fonte: Goldman Sachs: Dreaming With BRICs: The Path to 2050. Global Economics Paper n°:99, 2003, p.4

Evolução do PIB combinado dos BRICs mais Go e a evolução da participação do

BRIC

'-»Participação dos BRICs Participação do G6

14-"

^ 120.000

l

3 100.000

80.000

d 60,000

S

20.000

0.000

2. mim 2010 2020 20Í0 2040 2050

Gráfico 2 - Participação do PIB do BRIC na combinação PIB BRIC e G6.

Fonte: Goldman Sachs: Dreaming With BRICs: The Path to 2050. Global Economics Paper n°:99, 2003, p.4

FUNDAÇÃO

GETÚLIO

VARGAS

(30)

Segundo o relatório do Goldman Sachs, o posicionamento do ranking das dez maiores

economias mundiais passará por constantes alterações nas próximas décadas. Observa-se no

gráfico 3, extraído do artigo:

Alcançando o G6: Quando o BRIC irá ultrapassar o G6

China

Índia

RU Alemanha Japão EUA

Itália França Alemanha Japão

Itália França Alemanha

Rússia

Itália França Alemanha

á

Brasil

BRIC

'carros indicam quando o BRIC irá ultrapassar o PIB do G6 em US dólares

I ! I I I I I I I I I I II I I I I I I I I I I I I I I I I I 1 I I I I I I I I I I I I I I 1 I I I I I

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050

Gráfico 3 - Alcançando os G6: Quando os BRICs irão ultrapassar os G6.

Fonte: Goldman Sachs: Dreaming With BRICs: The Path to 2050. Global Economics Paper n°:99, 2003, p.3

No ano de 2005 o PIB da China atingiu o valor de 2.228 bilhões de dólares enquanto o PIB do

Reino Unido mantinha-se na casa dos 2.192 bilhões de dólares, o que veio a confirmar a

primeira das projeções do estudo. Caso mantenham-se as demais estimativas, a China deverá

superar a economia alemã ainda em 2007, a japonesa por volta de 2015, e a economia dos

Estados Unidos por volta de 2039, tornando-se em 2050 a maior economia do planeta.

A índia,

atual

14a

colocada

no

ranking

das

economias

do

planeta

segundo

dados

de

2006 do

Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, deverá ultrapassar a Itália em

2018, a França em 2024, o Reino Unido em 2027, a Alemanha em 2028 e o Japão em 2032,

chegando em 2050 como a terceira maior economia mundial.

A Rússia, que hoje ocupa a 12a posição do ranking das economias de acordo com dados de

2006 do FMI e do Banco Mundial, deverá ultrapassar a Itália em 2016, a França em 2019, o

Reino Unido em 2022, a Alemanha em 2023 e o Japão em 2032, chegando em 2050 como a

sexta maior economia.

O Brasil, que apresenta desde o ano de 2000 as menores taxas anuais de crescimento entre os

(31)

e da Alemanha em 2036, alcançando 2050 como a quinta maior economia. Para tanto, deverá

manter a taxa média de crescimento entre 3% e 3,5%.

De acordo com as projeções do Goldman Sachs, do atual grupo das seis maiores economias

mundiais, apenas a dos Estados Unidos e a do Japão deverão permanecer inclusas em 2050,

ocupando respectivamente o 2o (segundo) e o 4o (quarto) lugar. Os demais integrantes do G6

seriam

os quatro

componentes

do

BRIC,

com

China

em

Io lugar,

índia

em

3o lugar,

Brasil

em

5o e Rússia em 6o (ver gráfico 4).

C

I

s.

«HlftM

CH USA IN JPN BR RSS UK ALE FR IT

Gráfico 4 - As maiores economias em 2050.

Fonte: Goldman Sachs: Dreaming With BRICs: The Path to 2050. Global Economics Paper n°:99, 2003, p.4

2.1.2 Crescimento Econômico

Segundo

o relatório

do

Goldman

Sachs,

a índia

possui

o maior

potencial

de

crescimento

nos

próximos 30 e 50 anos. O crescimento poderá ser maior que 5% a.a. nos próximos 30 anos e

próximo de 5% a.a. nos anos seguintes até 2050, caso o processo de desenvolvimento seja

bem sucedido. Com o passar do tempo, as taxas de crescimento deverão diminuir, sendo a

(32)

A Índia dnnonsti a o maior potnirial de craídnMtito niti* os BRICs

9.0°o

8.0%

1.0°o

0.0° o

200* 2010 2015 2020 202? 2030 2035 2040 2045 2050

China - índia A Rússia Brazil

Gráfico 5 - Potencial de Crescimento entre os BRICs.

Fonte: Goldman Sachs: Dreaming With BRICs: The Path to 2050. Global Economics Paper n°:99, 2003, p.5

Estima-se

uma

média

anual

de

crescimento

entre

2000

e 2050

de

5,75%

para

a índia,

4,9%

para a China, 3,7% para o Brasil e 3,46% para a Rússia.

Tabela 1 - BRICs Crescimento Real do PIB em média no período de 5 anos

% 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 BRASIL 2,7% 4,2% 4,1% 3,8% 3,7% 3,8% 3,9% 3,8% 3,6% 3,4% CHINA 8,0% 7,2% 5,9% 5,0% 4,6% 4,1% 3,9% 3,9% 3,5% 2,9% ÍNDIA 5,3% 6,1% 5,9% 5,7% 5,7% 5,9% 6,1% 6,0% 5,6% 5,2% RÚSSIA 5,9% 4,6% 3,8% 3,4% 3,4% 3,5% 3,1% 2,6% 2,2% 1,9%

Fonte: Goldman Sachs: Dreaming With BRICs: The Path to 2050. Global Economics Paper n°:99,2003, p.8

2.1.3 Renda e Demografia

O rápido crescimento econômico do BRIC até 2050 não refletirá diretamente na renda da

população. Esta permanecerá em média mais pobre que a população dos países mais ricos,

atuais componentes do G6. Em termos de renda per capita, apenas a Rússia conseguirá

(33)

2003 US$ 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050

Tabela 2 - Projeção do

Brasil 4,338 2,512 3,417 4,664 6,302 7,781 9,823 12,682 16,370 20,926 26,592 BRICs China 854 1,324 2,233 3,428 4,965 7,051 9,809 13,434 18,209 24,192 31,357 índia 468 559 804 1,149 1,622 2,331 3,473 5,327 8,124 12,046 17,366

PIB Per Capita em

Rússia 2,675 3,718 5,948 8,736 12,527 16,652 22,427 28,749 35,314 42,081 49,646 France 22,078 24,547 26,314 28,338 30,723 33,203 35,876 38,779 42,601 46,795 51,594

US$ dos BRICs e G6 entre 2000 e

Alemanha 22,814 24,402 26,877 29,111 31,000 32,299 33,898 37,087 40,966 44,940 48,952 G6 Itália 18,677 21,277 23,018 25,086 27,239 28,894 30,177 31,402 33,583 36,859 40,901 Japão 32,960 34,744 36,172 38,626 42,359 46,391 49,944 52,313 55,721 60,454 66,805 2050 UK 24,142 27,920 30,611 33,594 36,234 38,479 41,194 44,985 49,658 54,386 59,122 USA 34,797 39,552 42,926 45,835 48,849 52,450 57,263 63,017 69,431 76,228 83,710

Fonte: Goldman Sachs: Dreaming With BRICs: The Path to 2050. Global Economics Paper n°:99, 2003, p.9

O Goldman Sachs considera a demografia uma regra importante no jogo das mudanças

econômicas no mundo. Dentro do BRIC o impacto deste fator é enorme. O declínio da

população economicamente ativa será um problema generalizado, porém, mais representativo

para

a Rússia

e a China

do

que

para

a índia e

o Brasil.

Os

dois

maiores

gigantes

populacionais

estarão em lados opostos da problemática do envelhecimento e conseqüente redução da

população: enquanto a China envelhecerá e reduzirá os que estão em idade economicamente

ativa,

a índia

superará

a China

em

termos de

população

economicamente

ativa.

2.1.4 Padrões da demanda mundial

O gráfico 6 permite concluir que a demanda do BRIC será maior que a do G6 já em 2010,

mais que o dobro em 2030 e quatro vezes maior em 2050. Este crescimento vertiginoso de

consumidores deve ampliar o mercado consumidor global em 50% nos próximos dez anos.

Neste período, surgirão aproximadamente 800 milhões de novos consumidores com renda

anual média de 3.000 dólares - valor considerado a linha divisória para o patamar de consumo

de classe média - e 1,8 bilhões entre 2015 e 2025, dos quais 200 milhões com ganhos anuais

acima de 15.000 dólares. Jim CTNeill, em entrevista publicada na revista exame de 02 de

agosto de 2006, afirma: "Os rumos dos negócios cada vez mais dependerão do sucesso ou

(34)

Demanda BRIC* X I><in nnl.i <.«

=

X

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E

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4

3

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500

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$4 51"

| s?:i i47o

2010 2030 20*0

Gráfico 6 - Projeção da demanda BRIC x G6.

Fonte: Goldman Sachs: Dreaming With BRICs: The Path to 2050. Global Economics Paper n°:99, 2003, p.5

De acordo com a revista Exame (agosto 2006), o número de pessoas aptas a consumir na

China poderá ser multiplicado por 6 até 2015, subindo de 120 milhões para 700 milhões. Na

índia,

este

índice

deverá

passar

de 20

milhões

para cerca

de

120

milhões

de pessoas.

O Brasil

deve duplicar os atuais 60 milhões de pessoas com renda na faixa de 3.000 dólares anuais.

Enquanto na Rússia, que já possui cerca de 72 milhões de consumidores - cerca de metade de

sua população - com renda acima dos 3.000 dólares anuais, esta faixa deverá abranger todo o

contingente do país até 2015. Os BRICs contribuíram nos últimos cinco anos com mais da

metade do crescimento do produto global.

Haverá uma explosiva demanda, nunca vista antes na história, por bens e serviços em um

curto intervalo de tempo. De acordo com os números publicados, serão cerca de 1 bilhão de

novos consumidores. A revista Exame (agosto 2006) afirma que, já entre 2005 e 2010, deverá

haver um grande crescimento do consumo destas quatro nações:

O consumo de aço saltará de 143 milhões para cerca de 450 milhões de toneladas;

O consumo de petróleo deve crescer de 15 milhões para 20 milhões de barris

(35)

A telefonia móvel irá superar os 700 milhões de usuários para quase 2 bilhões de

usuários;

O consumo de cobre passará de 3,5 milhões de toneladas para 18 milhões de

toneladas;

O número de micro-computadores será elevado de 35 milhões de unidades para 70

milhões de unidades;

O faturamento com refrigerantes aumentará de 10 bilhões para 14 bilhões de

dólares.

A demanda por bens de consumo duráveis também deve surpreender, o que deixa a classe

empresarial eufórica. Os números são mesmo surpreendentes; de acordo com a Revista

Exame (agosto 2006), os BRICs, que possuem atualmente 11% da frota mundial de veículos,

apresentarão um crescimento acelerado deste setor, em especial a China, onde todas as grande

montadoras instalaram fábricas. A frota chinesa de automóveis, inferior a 20 milhões de

unidades, deve quadruplicar até 2015. No Brasil, o crescimento até 2015 será da ordem de

70%, o que corresponde a mais de 46 milhões de veículos em circulação.

2.1.5 Movimentação do dinheiro

O rápido crescimento econômico contribuiu para a elevação do PIB em dólar

norte-americano. Porém, este aumento corresponde a apenas 2/3 do crescimento do PIB; o outro 1/3

corresponde à elevação da taxa cambial. A real taxa de câmbio do BRIC poderá subir cerca de

300% nos próximos 50 anos (com uma média de 2,5% ao ano). Caso a China continue com as

taxas de crescimento atual, em dez anos sua moeda poderá dobrar de valor e a taxa de câmbio

(36)

Valorização das moedas do BRICs podem diezai a quase tini"..

BRASIL

RÚSSIA

IM)L\

china

0°o

1 128"

1 208°

o

1 2S1

%

1 2S9%

50° c 100°o l?0°o 200% 250°o

Yailação Cambial Real (%)

JOO°c

Gráfico 7 - BRIC real flutuação da taxa de câmbio.

Fonte: Goldman Sachs: Dreaming With BRICs: The Path to 2050. Global Economics Paper n°:99, 2003, p.6

2.2 BRIC 2003-2006

Ao analisar as taxas de crescimento entre o ano da publicação do estudo do Goldman Sachs

(2003) e o ano de 2006, observa-se que as projeções aproximam-se das taxas reais de

crescimento, com pequenas variações para o BRIC, o qual registrou crescimento maior que o

previsto, e para o G6, com um crescimento menor que o projetado, conforme pode-se

observar na tabela 3.

O BRIC apresentou uma taxa média de crescimento anual entre os anos de 2003 e 2006 de

6,8%, contra os 5,7% projetados pelo Goldman Sachs, índice 1,2% maior, com uma diferença

de crescimento positiva acumulada da ordem de 4,7% nos quatro anos. Já com o G6 ocorreu o

contrário: a projeção de crescimento de 2,1% pelo Goldman Sachs não se confirmou; o grupo

cresceu em média apenas 1,8% ao ano, uma média de 0,3% menor que o previsto, uma

(37)

O Brasil foi o único país do BRIC a não superar as taxas de crescimento projetadas pelo

Goldman Sachs, com uma taxa média de 2,5% ao ano contra os 3,2% projetados; a diferença

manteve-se negativamente em 0,7% ao ano, acumulando 2,8% em todo o período. Já a Rússia,

a índia e

a China

superaram

as expectativas.

A Rússia

obteve

um

crescimento

médio

de

6,7%

a.a. contra os 5,4% projetados, percentual médio 1,3% maior, acumulando a mais 5,1% em

todo o

período.

A

índia

obteve

o maior

diferencial

de

crescimento

em

relação

às

taxas

projetadas, crescendo em média 8,2% a.a. contra os 6% projetados; 2,3% a mais por ano, o

que significa uma taxa acumulada em 9%. A China obteve um crescimento médio ao longo

destes quatro anos de 9,8% contra os 8% projetados, apresentando crescimento anual 1,8%

maior que o previsto e uma taxa acumulada 7,3% maior.

Já entre o grupo do G6, apenas os Estados Unidos e o Japão obtiveram taxas médias de

crescimento um pouco maior que a projeção do Goldman Sachs, superando-a em 0,5% e

0,4%, respectivamente, o que significa um crescimento acumulado ao longo de quatro anos de

2,1% e 1,7%. Os demais membros do G6 obtiveram taxas de crescimento médio inferior às

projeções: a Alemanha cresceu 0,8% a menos que o previsto, acumulando um crescimento

3,2% menor ao longo dos quatro anos. Já o Reino Unido obteve taxa média de crescimento

0,2% abaixo das projeções, um acumulado 0,7% menor; a França cresceu em média 0,8% a

menos do apresentado pelo estudo, acumulando 3% abaixo do previsto no total do período; a

Itália foi o país com pior performance, com um crescimento médio 1,3% menor que o previsto

(38)

Tabela 3 - Comparativo do crescimento do PIB publicado pelo Banco Mundial (WorldBank) com as projeções do Goldman Sachs. DADOS GOLDMAN SACHS* WORLD BANK DIFERENÇA GOLDMAN SACHS* WORLD BANK DIFERENÇA GOLDMAN SACHS* WORLD BANK DIFERENÇA GOLDMAN SACHS* WORLD BANK DIFERENÇA

MEDIA GS 2003 2006

MEDIA WB 2003 2006

Diferença da Média de

Crescimento Projetada e

Crescimento Real entre 2003

2006

Diferença de Crescimento

Acumulado entre 2003 2006

ANO 2003 2003 2004 2004 2005 2005 2006 2006 G6 1.4% 1.3% -0.1% 2.6% 2.5% -1.0% 2.3% 1.7% -0.5% 2.2% 1.5% -0.7% 2.1% 1.8% -0.3% -2.3% BRICs 5.2% 6.5% 1.3% 5.6% 7.7% 2.1% 6.0% 6.8% 0.8% 5.8% 6.3% 0.5% 5.7% 6.8% 1.2% 4.7% BRIC BRASIL 1.1% 0.5% -0.6% 3.5% 4.9% 1.4% 4.2% 2.3% -1.9% 4.1% 2.4% -1.7% 3.2% 2.5% -0.7% -2.8% RÚSSIA 6.1% 7.3% 1.2% 4.4% 7.1% 2.7% 5.8% 6.4% 0.6% 5.3% 5.9% 0.6% 5.4% 6.7% 1.3% 5.1% ÍNDIA 5.6% 8.3% 2.7% 5.9% 8.5% 2.6% 6.2% 8.5% 2.3% 6.2% 7.6% 1.4% 6.0% 8.2% 2.3% 9.0% CHINA 8.1% 10.0% 1.9% 8.4% 10.1% 1.7% 7.9% 9.9% 2.0% 7.6% 9.3% 1.7% 8.0% 9.8% 1.8% 7.3% G6 USA 2.7% 3.1% 0.4% 3.5% 4.2% 0.7% 3.1% 3.5% 0.4% 2.9% 3.5% 0.6% 3.1% 3.6% 0.5% 2.1% JAPÃO 2.7% 1.3% -1.4% 1.7% 2.7% 1.0% 1.4% 2.7% 1.3% 1.6% 2.4% 0.8% 1.9% 2.3% 0.4% 1.7% ALEMANHA 0.0% 0.0% 0.0% 1.9% 1.6% -0.3% 2.3% 0.9% -1.4% 2.4% 0.9% -1.5% 1.7% 0.9% -0.8% -3.2% UK 1.8% 2.2% 0.4% 2.9% 3.1% 0.2% 2.4% 1.8% -0.6% 2.4% 1.7% -0.7% 2.4% 2.2% -0.2% -0.7% FRANÇA 0.5% 0.8% 0.3% 2.9% 2.3% -0.6% 2.3% 1.5% -0.8% 2.1% 0.2% -1.9% 2.0% 1.2% -0.8% -3.0% ITÁLIA 0.6% 0.3% -0.3% 2.4% 1.2% -1.2% 2.0% 0.0% -2.0% 1.7% 0.2% -1.5% 1.7% 0.4% -1.3% -5.0%

(39)

c

10.0° o

8.0°o

BRICsx «é: TAXAS DE CRESCIMENTO PROJETADAS (GS) x

TAXAS DE CRESCIMENTO REAL f\VB>

200Í 2004

06-OOIDMAN SACHS

BRICg-GOLDMAN SACHS

2006

«aG6-WORLDB.\MK

H BRICs-WORLD BANK

Gráfico 8 - Comparativo de crescimento real (WB) x projeções Goldman Sachs

Gráfico elaborado pelo autor:

Fonte de dados: Goldman Sachs: Global Economics Paper n°:99, 2003. Banco Mundial.

M

10,0»o

9.0°o

S.0»o

".0°o

6.0°o

5.0°o

4,0°o

3,0o o

2.0°o

1.0»o

BRICs x G«: TAXAS DE CRESCIMENTO PROJETADAS <GS» x

TAXAS DE CRESCIMENTO REAL (\YB>

2003 2004

h- G6-G<:)LD^L\N SACHS

BRICs-G(:)LD^L\N SACHS

2005 2006

BRICs-WORLD BANK

Gráfico 9 - Taxas de crescimento projetadas pelo Goldman Sachs e taxas reais (WB)

Gráfico elaborado pelo autor:

(40)

12.0%

10.0° o

2 S.0°o

m

m

-6.(1° o

4.0°o

2.0%

0,0° o

BRICs: Crescimento Real (AVB) x Pi ojeçôes (GS> 2003 2006

2005 20(XS

CHINA-GS

HINDL\-GS

-INDU-WB

RUSSL\-GS

JRUSSIA-WB

BR.\SIL-GS

u BR.\SIL-\\TB

Gráfico 10 - Comparativo entre o crescimento real e projetado do BRIC entre 2003 e 2006

Gráfico elaborado pelo autor:

Fonte de dados: Goldman Sachs: Global Economics Paper n°:99, 2003. Banco Mundial.

12.0°o

I0.0°o

0.0° o

CrescinwiUo do PIB dos BRICs e G6 entre 2<H).V2IMI6

2003 2004 2005 2006

Gráfico 11 - Crescimento do PIB 2003 - 2006 BRIC X G6

Gráfico elaborado pelo autor: Fonte de dados: Banco Mundial.

CHINA

-ÍNDIA

u RÚSSIA

BRASH.

USA

JAPÃO

uALEMANR\

UK

UFR.ANÇA

(41)

2.3 BRIC no Cenário Mundial Atual

Os números surpreendem no tocante à importância do BRIC na atualidade. O grupo concentra

2,75 bilhões de habitantes, cerca de 42% da população mundial, que é de aproximadamente

6,5 bilhões de habitantes. A soma do PIB das quatro nações é de 4,2 trilhões de dólares, ou

seja, quase 10% do PIB dos demais países somados, que é de 44 trilhões de dólares. A renda

per capita média é de 6.650 dólares, enquanto o índice mundial gira em torno de 6.885

dólares.

O crescimento

do

PIB

em

2005

foi

de 9,9%

na China,

8,3%

na índia,

6,4%

na Rússia

e 2,3% no Brasil, enquanto o PIB mundial cresceu 4,8%. A participação no comércio mundial

foi de 14%, no investimento direto de 15% e na participação das reservas financeiras de 33%.

Os BRICs consumiam em 2005, de acordo com os números publicados na revista Exame

(Agosto 2006), 57% do algodão mundial, 36% do trigo, 35% da carne bovina, 32% do aço,

21% das geladeiras produzidas no planeta, 20% dos celulares, 18% do petróleo, 18% dos

alimentos, 17% dos computadores, 14% do vestuário e 11% dos automóveis.

De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) a soma do PIB das nações

BRIC em 2006 foi de 4,985 trilhões de dólares, dos quais 2,512 trilhões de dólares da China,

944

bilhões

de

dólares

do

Brasil,

796

bilhões

de

dólares

da

índia

e 733

bilhões

de

dólares

da

Rússia; para 2007 previu-se que este valor atingirá os 5,906 trilhões de dólares, dos quais

2,819 trilhões de dólares da China, 1,115 trilhões de dólares do Brasil, 1,047 trilhões de

dólares

da Rússia

e 925

bilhões

de dólares

da índia.

2.4 BRIC e o mundo dos negócios.

Um dos mais influentes acadêmicos/consultores da atualidade, Coimbatore Krishnarao

Prahalad, mais conhecido como Prahalad, afirma em entrevista à revista Exame (Agosto

2006) que as grandes economias emergentes, isto é os BRICs, estão mudando o panorama dos

negócios mundiais e a forma de atuar das grandes corporações. Para ele existe um grande

mercado consumidor na base da pirâmide, mercado que será responsável por grandes

alterações no cenário mundial dos negócios e para o qual as multinacionais devem planejar

(42)

Para Prahalad (2006,p.35), os novos modelos de negócios que quiserem se beneficiar desta

transformação da economia global deverá combinar alta qualidade com preços baixos, pois os

dois principais agentes desta transformação são os consumidores, que pressionam as empresas

por inovação, qualidade e preços baixos, e os países emergentes, que possuem grande

quantidade de mão-de-obra barata e enorme mercado consumidor, além de desenvolverem

inovações tecnológicas e soluções de gestão empresarial. Prahalad (2006,p.35) afirma: "Essa

é a nova

fronteira

do

capitalismo.

Nações

como

Brasil,

índia

e China

vão

mudar

fundamentalmente a natureza das grandes corporações".

O BRIC não é apenas uma promessa de futuro no mundo dos negócios; muitos já estão se

beneficiando com este crescimento econômico, principalmente no que se refere ao impacto do

crescimento Chinês. Entre outros exemplos, podemos citar alguns apresentados na revista

Exame (Agosto 2006):

A Companhia Vale do Rio Doce - CVRD -, que lucrou 4,6 bilhões de dólares em

2005, beneficiada com a alta demanda por minério de ferro para a construção civil

na China;

A General Electric, que planejava triplicar a produção de locomotivas em sua

unidade de Contagem, em Minas Gerais, visando atender à crescente demanda por

transporte da CVRD;

As exportações do agro-negócio brasileiro para a China, lideradas por soja e carne

de porco, que cresceram 450% nos últimos cinco anos, alcançando o valor de 3

bilhões de dólares;

A Sadia, que anunciou em 2006 um investimento de 70 milhões de dólares em sua

primeira fábrica fora do Brasil, a ser instalada na Rússia, um dos maiores

compradores da empresa, e que se movimenta para aumentar a sua presença no

(43)

O grupo francês Accor, que anunciou ter reservado 2 bilhões de euros para

aquisição de empresas de serviços e para a construção de hotéis, a fim de reforçar

sua posição nos BRICs;

A Intel, maior fabricante mundial de microprocessadores, que lançou um programa

de inclusão digital de apoio à produção de PCs baratos e acesso à Internet sem fio, o

qual vai consumir 1 bilhão de dólares. O programa é chamado de "World Ahead" ,

ou "Mundo à Frente". Um dos principais objetivos da empresa é seguir a tendência

mundial e garantir sua posição nos mercados emergentes;

A Microsoft americana e a Philips holandesa, que, objetivando entender as

similaridades e as diferenças entre os mercados emergentes e os mercados

desenvolvidos, criaram forças-tarefa e passaram a intensificar o intercâmbio entre

suas filiais; com isso, possibilitaram a criação de novos modelos de negócios e

produtos inovadores, de modo a conquistar a massa de consumidores que aos

poucos adquire capacidade de consumir;

A Suíça Nestlé, que está testando no nordeste brasileiro um modelo regional de

produção e marketing, o qual se bem sucedido, pode vir a ser transplantado para a

China;

A estratégia bem sucedida da Philips do Brasil de criar uma marca específica para

atender ao público de menor renda será replicada nos demais BRICs;

A Nókia obteve um aumento nos seus lucros de 43% no segundo trimestre de 2006,

atribuído

à venda

de celulares

mais

baratos

na China

e índia;

A Colgate-Palmolive, a qual registra, desde o final da década passada, 45% das

vendas e aproximadamente metade do lucro operacional como provenientes de suas

(44)

As

gigantes:

Unilever,

Coca-Cola,

Nestlé

e

Gillette

obtêm

nos

mercados

emergentes um terço de suas receitas, com rentabilidade igual ou maior que os

mercados desenvolvidos;

A Procter & Gamble possui 10, entre os seus 16 maiores mercado, situados nos

países em desenvolvimento.

Atualmente, o capitalismo mundial passa por um período de transição, com atenções voltadas

para os mercados emergentes, responsáveis que serão, ao longo da próxima década, por 40%

da produção mundial; posicionar-se neste novo contexto torna-se questão de sobrevivência

para

as

corporações.

É certo

que

mercados

ricos

e maduros

não

serão

abandonados, porém,

estes apresentam inúmeras dificuldades: são caros e arriscados e exigem constante inovação

tecnológica, o que limita as possibilidades de lucro; por outro lado, os mercados onde os

consumidores não possuem nada ou muito pouco, estão abertos a produtos mais simples,

tornando a obtenção de lucro mais fácil e potencialmente maior.

Para garantir uma fatia neste mercado emergente, o qual deverá passar dos 21% atuais para

34% em 2010, no tocante ao faturamento das multinacionais, devem ser feitos pesquisas e

estudos específicos que abordem cada cultura individualmente. Vale ressaltar que os BRICs

são países de dimensões continentais e de grande diversidade cultural, o que exige estratégias

de ação diferenciadas dentro de um mesmo país. Mas, todo o esforço para atingir o público

alvo nos países emergentes se justifica pelo ganho em escala.

A idéia de produtos globais desenvolvidos para o consumo em qualquer cultura, com raras

exceções, não deve funcionar. Exemplos bem sucedidos foram apresentados na revista exame

(agosto 2006), entre eles se destacam:

Caso

Ford

na

índia,

que

lançou

dez

anos

um

modelo

de

carro

bem

sucedido

na

Europa, o Escort, vendendo apenas cerca de 6.000 unidades no país asiático. Após

esta experiência, a empresa resolveu projetar um modelo sob medida para atender

às necessidades, o gosto e a capacidade econômica dos indianos, lançando o Ikon,

modelo que, em dois anos, atingiu a marca de mais de 30.000 unidades

(45)

mercado consumidor antes da fabricação do produto final, também foi repetida com

sucesso no Brasil, como se constata no caso do lançamento do modelo EcoSport, o

mesmo tirou a Ford de anos de prejuízo nas operações brasileiras;

O Caso Philips do Brasil, que criou uma segunda marca, a Magnavox, para atender

à grande quantidade de consumidores da base da pirâmide que desejam consumir

produtos de qualidade, mas que apresentam capacidade financeira limitada. O

resultado é que a Magnavox respondeu por 8% do faturamento de 1,5 bilhões de

dólares da filial da Philips em 2005, sem perder as vendas da marca principal.

2.5 Críticas ao BRIC

A sigla BRIC e suas projeções baseadas no artigo do Goldman Sachs sofrem várias críticas

por colocar países tão diferentes no mesmo patamar e devido à metodologia utilizada para a

elaboração das projeções do estudo. Um dos pontos combatidos é o fato de se colocar o

Brasil, uma economia já estabelecida, rica, com um sistema financeiro desenvolvido e

integrado mundialmente, detentor de um potencial econômico diversificado, com abundância

de matéria bruta, com um processo de industrialização consolidado e em expansão,

significativos avanços tecnológicos, com infra-estrutura, que exporta desde matérias primas

como grãos e minérios a produtos que exigem alta tecnologia como aviões, em igualdade com

a China

e a índia,

países

de

industrialização

recente,

infra-estrutura

precária e

pobres

em

recursos naturais. Ou ainda, compará-lo à Rússia, nação que passa por um processo de

diminuição de sua população, situação política instável, degradação do meio ambiente,

precária infra-estrutura, um sistema jurídico corrompido, um país conhecido mundialmente

pelo poder e influência de sua máfia, hoje detentora de forte poder político e econômico,

ditadora das regras nacionais.

De fato, faz-se significativamente arriscado comparar países em patamares de

desenvolvimento tão diferentes, como o Brasil e a Rússia, ambos exportadores importantes de

recursos naturais, com renda per capita de 3.460 dólares e 4.460 dólares, respectivamente, e a

China

ou

a índia,

países

de

economia

baseada

na

manufatura,

grandes

importadores,

com

Imagem

Gráfico 2 - Participação do PIB do BRIC na combinação PIB BRIC e G6.
Gráfico 3 - Alcançando os G6: Quando os BRICs irão ultrapassar os G6.
Tabela 1 - BRICs Crescimento Real do PIB em média no período de 5 anos
Gráfico 12 - Comparativo da evolução do comercio mundial, brasileiro e das relações Brasil - RIC
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