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Tecnologia e inclusão social: Cooperativa Catamare.

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Technologie et inclusion sociale: Catamare Cooperative

Tecnología e inclusión social: Catamare Cooperativa

Christian Luiz da Silva*

(christianlsilva76@gmail.com)

Camille Rossato Bolson*

(camille.bolson@gmail.com)

Cristina Maria Souto Ferrigoti**

(cmferigoti@uol.com.br)

Recebido em 07/02/2016; revisado e aprovado em 18/03/2016; aceito em 15/04/2016 DOI: http://dx.doi.org/10.20435/1984-042X-2016-v.17-n.3(13)

Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar as potencialidades e as limitações em tecnologia para inclusão social na cooperativa CATAMARE em Curitiba, Paraná, Brasil. Foi utilizado abordagem qualitativa, sustentada por questionários, entrevistas e observação participante. Como resultado, as evidências sugerem que a organização da cooperativa permitiu acesso a informações sobre legislação, mas observou-se ausência de tecnologia fragilizando a cooperativa em relação à articulação entre pares. Pode-se concluir que a inclusão social dos cooperados melhorou, porém há limites estruturais para o desenvolvimento de ações sustentáveis.

Palavras-chave: tecnologia; cooperativismo; inclusão social.

Abstract: The objective of this study was to evaluate the potential and limitations in technology for social inclusion in CATAMARE cooperative in Curitiba, Paraná, Brazil. It used a qualitative approach, supported by questionnaires, interviews and participant observation. As a result the evidence suggests that the organization of the cooperative allowed access to information on le-gislation, but there was no technology hindering cooperative in relation to the joint between the members. It can be concluded that social inclusion of cooperative members has improved, but there are structural limits to the development of sustainable actions.

Key words: technology; cooperativism; social inclusion.

Résumé: L’objectif de cette étude était d’évaluer le potentiel et les limites de la technologie pour l’inclusion sociale dans CATAMARE coopérative à Curitiba, Paraná, Brésil. Il a utilisé une appro-che qualitative, soutenue par des questionnaires, des entretiens et l’observation participante. En conséquence, la preuve suggère que l’organisation de la coopérative a permis l’accès à l’information sur la législation, mais il n’y avait pas de technologie entravant la coopération en ce qui concerne l’articulation entre les membres. On peut en conclure que l’inclusion sociale des membres de la co-opérative est améliorée, mais il y a des limites structurelles au développement des actions durables. Mots-clés: la technologie; coopératisme; l’inclusion sociale.

Resumen: El objetivo de este estudio fue evaluar el potencial y las limitaciones de la tecnología para la inclusión social en cooperación CATAMARE en Curitiba, Paraná, Brasil. Se utilizó un enfoque cualitativo, con el apoyo de cuestionarios, entrevistas y observación participante. Como resultado, la evidencia sugiere que la organización de la cooperativa permite el acceso a la in-formación sobre la legislación, pero no había ninguna tecnología, lo que difi culta la acción de la cooperativa en relación con la unión entre los miembros. Se puede concluir que la inclusión social de los miembros de la cooperativa ha mejorado, pero hay límites estructurales para el desarrollo de acciones sostenibles.

Palabras clave: tecnología; cooperativismo; inclusión social.

(2)

1 INTRODUÇÃO

Este artigo enfoca tecnologia social

e inclusão na Cooperativa de Catadores

de Materiais Recicláveis (CATAMARE)

localizada em Curitiba, PR, BR, a partir da

sanção da Política Nacional de Resíduos

Sólidos (PNRS), como um contributo ao

desenvolvimento local por meio de ações

sustentáveis.

O objetivo deste trabalho foi

anali-sar as potencialidades e as limitações da

cooperativa CATAMARE, em tecnologias

sociais após a sanção da PNRS, para o

desenvolvimento local por meio de ações

sustentáveis, notadamente a inclusão

so-cial de catadores de materiais recicláveis.

O modelo de gestão trazido pela PNRS,

para desenvolvimento local por meio de

ações sustentáveis, propõe a inclusão

social de catadores de material reciclável

no sistema de gerenciamento de resíduos.

A PNRS é um fator importante

para a inclusão social, a partir da

cria-ção de metas que objetivam contribuir

para a eliminação dos aterros sanitários

onde são depositados resíduos sólidos

gerados pela atividade humana

(resídu-os doméstic(resídu-os, comerciais, de serviç(resídu-os

de saúde e da indústria da construção).

Tanto a esfera pública quanto a privada

estão envolvidas, tendo sido constituído

o Comitê Interministerial para Inclusão

Social e Econômica dos Catadores de

Materiais Reutilizáveis e Recicláveis

(CIISC), coordenado pela Secretaria Geral

da Presidência da República; ao setor

privado cumpre a elaboração de Planos

de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Um dos maiores propósitos da PNRS

é a inclusão social e produtiva do catador

na cadeia de reciclagem por meio do

de-senvolvimento de tecnologias sociais. A

inclusão é em torno dos sujeitos

perten-centes a grupos minoritários em termos de

participação ativa nos processos sociais,

bem como no pleno gozo dos direitos de

cidadania (PINSK; ELUF, 2000). O

desen-volvimento local implica esforços

articu-lados de atores estatais e da sociedade,

dispostos a levar adiante projetos que

sur-jam de negociações de interesses, inclusive

divergentes e em con

ito (TENORIO et al.,

2013). Assim sendo, o desenvolvimento se

torna multidimensional conforme a

rma

Sachs (2004), na medida em que abrange

todo o espectro de necessidades materiais

e não-materiais do ser humano. O

concei-to de desenvolvimenconcei-to local tem como

característica fundamental a

transdisci-plinaridade, em que a sustentabilidade

econômica, a qualidade de vida, a inclusão

social, o empreendedorismo, o

empode-ramento, a cidadania, a cooperação e a

governança são partes integrantes deste

todo (KRONEMBERG, 2011).

Já tecnologia social representa

produtos, técnicas e/ou metodologias

reaplicáveis, desenvolvidas na interação

com a comunidade e que representam

efetivas soluções de transformação

so-cial (DAGNINO, 2011). Trata-se de uma

proposta participativa de construção do

conhecimento, de fazer ciência e

tecnolo-gia, para o desenvolvimento e realização

do ser humano e de seus interesses

cole-tivos e, por isso, é uma forma de reduzir

as desigualdades sociais e promover a

inclusão social como em Dagnino (2010a;

2010b) e Thomas (2009).

Para responder à questão geral desta

pesquisa sobre quais as limitações e

poten-cialidades da cooperativa CATAMARE

em tecnologias sociais para o

desenvolvi-mento local em ações sustentáveis, foi

de-senvolvido um estudo de caso qualitativo,

como tratado em Yin (2005), para quem o

estudo de caso re

ete uma pesquisa

em-pírica para investigar um fenômeno

con-temporâneo em sua conjuntura natural. A

relevância do estudo está vinculada a dois

campos: i) alternativas de produção

liga-das ao desenvolvimento metodológico da

tecnologia social e ii) manifestações

pro-dutivas que almejam o desenvolvimento

local por meio de ações sustentáveis.

(3)

Teórica, Seção 3 – Método e Design de

Pesquisa, Seção 4 – Análise e Resultados,

Seção 5–Limites e potencialidades da

Cooperativa CATAMARE e Seção 6 –

Conclusão.

2 BASE TEÓRICA

2.1 Tecnologia, inclusão e

desenvolvi-mento local

As tecnologias condicionam as

es-truturas de distribuição de renda e de

consumo, facilitam ou di

cultam o acesso

a bens, serviços e conhecimentos, ou seja,

geram condições para a inclusão ou

ex-clusão social (THOMAS, 2009). De modo

geral, sob a lógica do capital, o padrão

tecnológico dominante é denominado de

tecnologia convencional e pode ser de

-nida a partir de um conjunto de

caracte-rísticas relativas aos seus efeitos sobre o

trabalho e ao meio ambiente, à sua grande

escala e ritmo de produção, aos insumos

utilizados e ao tipo de controle exercido

sobre os trabalhadores (DAGNINO, 2004;

BRANDÃO, 2001).

A concepção de Tecnologia Social

(TS) apresenta um enfoque inclusivo e

abrangente (DAGNINO, 2004). A

tecno-logia social é uma proposta participativa

de construção do conhecimento, de fazer

ciência e tecnologia para o

desenvolvimen-to e realização do ser humano e de seus

in-teresses coletivos e, por isso, é uma forma

de reduzir as desigualdades sociais. Sob

esta perspectiva, é possível a

rmar que

esse tipo de tecnologia é expressa pela

in-tervenção social, que é inclusiva em todos

os seus momentos, desenvolvida e

difun-dida de acordo com as possibilidades e as

limitações de cada comunidade ou local.

Para Dagnino (2010b) a

compre-ensão de que o problema da exclusão

social e a tecnologia estão intimamente

relacionados e de que a segunda pode

desempenhar um papel importante na

redução das desigualdades sociais e numa

transformação do padrão tecnológico

do-minante está no cerne do conceito de TS.

Há uma série de evidências que permitem

perceber um esforço de sistematização

no sentido de estabelecer o que de fato é

essencial para o sucesso de experiências

de desenvolvimento de tecnologias sociais

capazes de promover a inclusão social. A

construção coletiva de novas soluções se

dá nos regimes sociotécnicos existentes

a saber: cultura dominante, estrutura e

práticas incorporadas em infraestruturas

físicas e imateriais (caminhos, rotinas,

relações de poder e regulações), como em

Loorbach (2007). Nesse caso, a inclusão é

em torno dos sujeitos pertencentes a

gru-pos minoritários em termos de

participa-ção ativa nos processos sociais, bem como

no pleno gozo dos direitos de cidadania

(PINSK; ELUF, 2000).

Orientadas pelos critérios de

inclu-são social, as tecnologias sociais permitem

a construção de sistemas socioeconômicos

mais justos em termos de distribuição de

renda e mais participativa em termos de

tomada de decisão coletiva (THOMAS,

2009). Por outro lado, a inclusão

pressu-põe sistemas diferenciados de arranjos

organizacionais para que haja a

oportu-nidade para os indivíduos. Havia desde

1970, um tipo especí

co de conhecimento

que tornou possível a reciclagem em

gran-de escala gran-de papel, papelão e gran-de resíduos

plásticos (FORLIN; FARIA, 2002). Mesmo

no caso do alumínio, alguns recursos

téc-nicos e tecnológicos para a transformação

desse tipo de resíduo em matéria-prima

já existiam. Assim, ao contrário do que se

pode cogitar, foi uma força de trabalho

numerosa de catadores que tornou tais

tecnologias economicamente viáveis para

serem empregadas no país, possibilitando

a expansão exponencial do negócio da

reciclagem no Brasil.

2.2 Cooperação, gestão social e

governança

(4)

uma alternativa para negócios. Os autores

transformaram os conceitos de

competi-ção em cooperacompeti-ção, destacando o conceito

de estratégias coletivas como “atividade

de formação conjunta de políticas e

im-plementação de ações pelos membros de

coletividade interorganizacionais”, o que

vem ao encontro da gestão social. Cabe

lembrar que a tomada de decisão sobre

estratégias é sempre coletiva, pode ser

denominada de heterárquica e baseada no

interesse comum, ou seja, o grupo busca

o que interessa ao coletivo (e assim se

chega ao interesse individual) por meio

do diálogo intersubjetivo (TENORIO et

al., 2013).Ainda de acordo com os

auto-res, outra característica da gestão social

é a transparência ou a coletivização das

informações obtidas no processo de

ges-tão. Trata-se de uma das condições do

processo, e sempre está presente a busca

pela intersubjetividade e dialogicidade.

Para os autores, sem essas condições, a

tomada de decisão coletiva não poderia

ser considerada como tal, e a ação

comu-nicativa não se faria presente neste tipo de

gestão. Dessa forma, a tomada de decisão

na gestão social traz uma perspectiva de

interdependência entre os atores no

sen-tido da discussão proposta por Cançado

(2011), ou seja, interdependência baseada

na solidariedade (responsabilidade

recí-proca entre atores), tendo como horizonte

a sustentabilidade, não apenas no sentido

ambiental, mas no sentido amplo do

ter-mo (TENÓRIO et al., 2013).

Complementar à cooperação e à

gestão social, outro importante enfoque

é a governança participativa. Em Gaudin

(2007), governança é fruto de um contrato

negociado entre partes e que

a priori

deve--se considerar como um processo limitado,

dadas as assimetrias dos atores envolvidos

e suas capacitações. Para Le Galés (2006, p.

25), “governança é um processo de

coor-denações de atores, de grupos sociais, de

instituições ou de redes empresariais para

alcançar objetivos discutidos e de

nidos

coletivamente” A instalação de uma

go-vernança deve ser oriunda de um amplo

processo de negociação e discussão a

m

de que desde então se institucionalize o

processo de negociação entre os

partici-pantes do grupo (TENÓRIO et al., 2013).

3 METODO E DESIGN DA PESQUISA

Esta seção apresenta a metodologia

e os procedimentos adotados para a

reali-zação desta pesquisa a

m de responder:

Quais as limitações e potencialidades da

cooperativa CATAMARE em tecnologias

sociais para o desenvolvimento local em

ações sustentáveis?

O procedimento técnico utilizado,

em um primeiro momento, foi a pesquisa

bibliográ

ca, que possibilitou a elaboração

do referencial teórico e abordou

principal-mente artigos e documentos o

ciais. Após

essa etapa foi realizado o estudo de caso

na cooperativa CATAMARE. De forma

sucinta, Yin (2005) de

ne o estudo de caso

como uma pesquisa empírica que busca

investigar um fenômeno contemporâneo

em sua conjuntura natural, “em situações

em que as fronteiras entre o contexto e o

fenômeno não são claramente evidentes”,

o que compele, para o presente trabalho, a

utilização de múltiplas fontes de evidência.

Foram realizadas visitas periódicas

à cooperativa para que se pudesse

reali-zar a observação participante. Essa ação

permitiu a veri

cação

in loco

do

modus

operandi

dos cooperados no que tange ao

funcionamento do processo de operação

da cooperativa e sua governança.

(5)

acredita que uma saída para os problemas

da cooperativa é diminuir a distância

entre o trabalho que realizam e onde são

feitas pesquisas e projetos que levam em

consideração as demandas da categoria.

Contudo os obstáculos que se colocam

no âmbito das atividades de pesquisa são

igualmente signi

cativos

4 ANÁLISE E RESULTADOS

A cooperativa CATAMARE conta

com 35 cooperados que estão organizados

por meio da estrutura hierárquica que

pode ser observada na Figura 1.

Figura 1 – Estrutura Hierárquica da

CATAMARE

Fonte: Autoria própria.

Embora a Figura 1 represente uma

estrutura hierárquica verticalizada,

de acordo com os cooperados o grupo

tem um maior poder de decisão que o

presidente e ocupa uma das funções

estratégicas do empreendimento. Os 26

cooperados responderam que todas as

decisões da cooperativa são tomadas por

votação em assembleia, após discussão

prévia. Nessas reuniões, inclusive, é que

se vota nos cooperados que se elegem

para ocupar as funções estratégicas da

organização. É vedada a participação de

qualquer pessoa que não seja cooperada

nas assembleias do empreendimento.

O presidente é quem responde

ju-ridicamente por todas as atividades da

cooperativa. É, em suma, quem representa

a cooperativa nos encontros, reuniões e

atividades o

ciais e que procura soluções

para as demandas dos cooperados fora

dos limites da organização.

(6)

Lixo que não é

Atravessadores

Rede Cataparaná Armazenamento

Prensagem e Enfardamento dos

Pesagem Aterro

Materiais Recicláveis

Rejeitos

Triagem dos Materiais Descarregamento

Carrinheiros Doações

Indústria

Figura 2 - Fluxograma do processo produtivo da cooperativa CATAMARE

Fonte: Autoria própria.

Como representado na Figura 2,

dia-riamente a cooperativa recebe material do

projeto “Lixo que não é Lixo”, da coleta

feita nas ruas pelos seis carrinheiros da

cooperativa e doações de empresas e

ór-gãos públicos. A CATAMARE possui um

caminhão de grande porte, um caminhão

pequeno (adquirido neste ano através de

um projeto da Funasa) e uma Kombi para

fazer a coleta das doações. Porém, devido

à deterioração da Kombi, o uso dos

cami-nhões foi intensi

cado, e a cooperativa

já não consegue mais recolher todos os

recicláveis nas organizações doadoras, e

estas, por sua vez, têm di

culdade (ou, na

voz dos catadores, di

cultam) para fazer

a entrega dos materiais nos barracões.

Quando questionados sobre o

comparti-lhamento de técnicas no barracão, 18

coo-perados responderam que compartilham

saberes com seus colegas. Os catadores

indicaram que a maioria das conversas é

sobre a qualidade e os tipos de materiais

que eles manejam. Outros cooperados

dis-seram que eles buscam falar sobre os

di-reitos do catador com os outros catadores.

Um cooperado a

rmou que divide com os

outros cooperados que ainda fazem

cata-ção na rua os saberes sobre os melhores

lugares para se conseguir material. Dois

catadores a

rmaram que gostam de

con-versar sobre novidades que eles ouvem de

cooperados de outros barracões ou sobre

as discussões do Fórum Lixo e Cidadania.

Quando perguntados se a cooperativa

busca formas para promover melhorias

dos artefatos utilizados no manejo dos

materiais, 23 catadores responderam que

a cooperativa procura aperfeiçoar os

ob-jetos e maquinarias necessárias para a

ati-vidade. Para 14 cooperados, isso acontece

principalmente através dos projetos que

a cooperativa desenvolve para conseguir

subsídios da Fundação Banco do Brasil,

da Funasa, do Cataforte e do Ecocidadão.

Outros catadores citaram as formações da

Cataparaná e os encontros no Fórum Lixo

e Cidadania.

Quando interrogados sobre a busca

de melhorias nas técnicas e conhecimentos

utilizados nos processos, nenhum dos

ca-tadores soube relatar exemplos concretos

de experiências anteriores.

[...] falta uma diretoria atuante para buscar outros conhecimen-tos e alternativas para a cooperati-va. O problema é que todo mundo está preocupado com a sua pró-pria mesa na CATAMARE. Não foi sempre assim, mas hoje em dia é cada um por si.

(7)

é um dos fatores mais preocupantes para

a sobrevivência da unidade produtiva.

De fato, através da observação, foi

possível constatar o esforço dos catadores

bem como as longas e exaustivas

jorna-das de trabalho que enfrentam. Ainda,

por meio das entrevistas realizadas foi

possível identi

car as principais

organi-zações com que a CATAMARE mantém

relações. Foram listadas pelos catadores

entrevistados, 43 organizações que, na

visão deles, condicionam a sobrevivência

da cooperativa. Há 27 órgãos públicos

fa-zendo parte da rede. Destes, 18 são órgãos

doadores. As outras nove organizações

desenvolveram projetos que bene

ciaram

a cooperativa ou são responsáveis pelas

políticas públicas que têm ligação direta

com a atividade da catação. Há apenas

quatro empresas privadas relevantes na

rede da cooperativa – essas

organiza-ções doam material para a CATAMARE.

Foram citadas somente três organizações

geridas por catadores – entre elas estão a

Cataparaná, o Movimento Nacional e uma

cooperativa. Outra organização sem

ns

lucrativos citada pela maioria dos

catado-res é o Instituto Lixo e Cidadania. Ao

ob-servar a classi

cação dos principais atores

percebe-se a importância das organizações

do terceiro setor, da rede autogerida pelos

catadores e das organizações públicas na

manutenção estrutural geral da rede da

CATAMARE. Entre estas organizações, a

que apresenta maior grau de centralidade

é a Cataparaná seguida pela Prefeitura.

Em terceiro lugar encontra-se o Instituto

Lixo e Cidadania. Foi possível perceber

que a maioria dos órgãos doadores

indi-vidualmente parece ter menos in

uência

para o conjunto do que as organizações

de apoio da cooperativa. Entre os órgãos

doadores mais vezes citados pelos

coope-rados, há somente a UTFPR e o TRT. Por

outro lado, as relações de troca e doação de

materiais surgem como um importante elo

relacional a ser estudado, representando o

uxo de trocas de materiais entre

organi-zações de catadores e a crescente prática

de doação e repasse de materiais

reciclá-veis de grandes organizações públicas e

privadas diretamente para organizações

de catadores (no caso das organizações

públicas, essa prática é compulsória por

meio do decreto n. 5940 de 2006).

5 OS LIMITES E AS

POTENCIALIDA-DES DA COOPERATIVA CATAMARE

5.1 Limites da cooperativa CATAMARE

A pesquisa identi

cou que eles

reali-zam seu trabalho em condição permanente

de coerção exercida por múltiplos sujeitos

sociais. Entre eles se destacam uma parcela

do poder público, as comunidades nas

quais os barracões estão localizados e dos

próprios empresários das empresas que

trabalham com reciclagem ou que

deve-riam doar o material para a cooperativa. A

utuação do preço do material é outro fator

que compromete não só a CATAMARE,

mas todas as cooperativas de catadores. De

acordo com os catadores, há um declínio

sazonal nos valores do reciclável e esta

queda tem relação com o mercado

interna-cional, com as crises econômicas e política

cambial, que afetam diretamente o preço

dos materiais. A qualidade oligopólica da

indústria da reciclagem, segundo os

cata-dores, também afeta os preços pagos pelos

materiais, fato que restringe quase que

inteiramente a margem de comercialização

do que produzem e, consequentemente, a

negociação do preço de seu trabalho.

(8)

visão bastante instrumentalizada e, muitas

vezes, sua concepção não permite o total

envolvimento da categoria na construção

dos projetos, o que di

culta a criação de

estratégias de solução de problemas a

médio e longo prazo. Como

consequên-cia, há a persistência em soluções que não

contemplam de fato a realidade desses

trabalhadores, e muitos temas socialmente

relevantes para eles não se convertem em

objetos de análise e escopo de trabalho.

A relação da cooperativa com o

po-der público é bastante contraditória: Se,

por um lado, existem projetos federais,

municipais e estaduais que permitem o

-nanciamento de equipamentos e artefatos

para melhorar a condição de trabalho dos

catadores, por outro lado, isso acontece

dentro de uma racionalidade totalmente

determinista: de acordo com os relatos dos

catadores há diversas restrições sobre os

tipos de materiais que podem ser obtidos

com o repasse da União. Ou seja, ao

mes-mo tempo em que existe uma

potencialida-de na relação da cooperativa com o popotencialida-der

público, essa mesma relação impõe

diver-sos limites para que se construa a inclusão

social dos catadores e o desenvolvimento

de tecnologias alternativas que

correspon-dam às demandas dos cooperados.

Ao mesmo tempo em que se criam

políticas públicas federais e estaduais

que consideram a inclusão social e se

desenvolvem projetos financiados por

instituições públicas bene

ciadoras das

cooperativas e associações dos

catado-res, os municípios e o governo estadual

não cumprem grande parte dessas leis:

não há, por exemplo, o investimento em

projetos voltados para o

desenvolvimen-to e reaplicação de processos, médesenvolvimen-todos e

artefatos que considerem as necessidades

da atividade da catação. Embora existam

encontros de formação sobre

autoges-tão –organizados pelo Instituto Lixo e

Cidadania, pela Cataparaná e pelo MNCR

–, sustentabilidade e administração do

barracão, que acontecem espaçadamente

nos encontros nacionais e regionais dos

catadores e nos encontros do Cataforte,

o único projeto relatado pelos

coopera-dos em que eles participaram de forma

precária no desenvolvimento foram os

carrinhos elétricos projetados pela Itaipu.

A falta de pesquisas e de projetos

que visem melhorar as condições de

trabalho prejudica que se realizem ações

qualificadas pelo montante baixo de

aportes

nanceiros capazes de viabilizar

economicamente o empreendimento

coo-perativo. Nesse sentido, um dos aspectos

mais preocupantes na unidade produtiva

diz respeito à união entre os catadores e a

organização dos barracões. A divisão dos

catadores nos barracões promoveu a

dife-rença da organização do trabalho: alguns

grupos de catadores separam igualmente

todos os recicláveis que chegam à

coope-rativa, outros grupos dividem o material

por órgão doador. Isso pode ser um

aspec-to limitante já que incentiva a competição

entre os trabalhadores e desestabiliza os

valores solidários necessários para o

cres-cimento do empreendimento.

Embora os cooperados se preocupem

em consolidar a autogestão no

empreen-dimento, foi possível perceber que ela não

acontece em prol do desenvolvimento da

cooperativa. A falta de tempo e a

neces-sidade que os catadores têm para atingir

uma renda digna através de longas

jorna-das de trabalho se apresentam como

entra-ves para a união dos catadores. Cada um

trabalha muito, porém, sem a organização

coletiva, política e econômica da

cooperati-va é muito difícil almejar ganhos, inclusive

nanceiros, para o catador. Foi possível

perceber também que há certos limites na

ação da cooperativa sobre outras esferas

da vida dos cooperados. Há pouca

articu-lação em rearticu-lação a outras demandas sociais

que foram relatadas pelos catadores.

5.2 Potencialidades da cooperativa

CATAMARE

(9)

seu meio de subsistência, possuem um

importante papel socioambiental já que

cooperam para minimizar os impactos

ambientais ao recolherem os recicláveis

da cidade e geram riqueza ao realizarem

a triagem e o bene

ciamento dos resíduos,

sendo possível assim destinar novamente

os materiais à indústria, e não aos aterros

sanitários.

Por outro lado, há um potencial

latente na CATAMARE: a maioria dos

cooperados entende a necessidade de

explorar outras ferramentas, artefatos e

métodos no processo produtivo da

orga-nização, embora o empreendimento não

participe e não desenvolva atualmente

nenhum projeto. Esse grupo de

catado-res vê, de forma positiva, as possíveis

parcerias que podem constituir com as

universidades da região e com o próprio

poder público. Nesse sentido, outro fator

importante diz respeito à consciência

po-lítica e social que os catadores têm, mas

que encontra limites na ação do poder

público e na percepção das instituições

de pesquisa.

Quando questionados sobre o

sig-ni

cado que atribuíam à inclusão social,

metade dos catadores apresentou uma

visão bastante abrangente do conceito.

Em consonância à de

nição apresentada

no desenvolvimento teórico do trabalho,

vários catadores falaram sobre a conquista

de direitos. Entre os mais citados estavam:

o direito à educação, à saúde, à moradia, ao

trabalho e ao espaço público. Muito

cata-dores falaram que questões raciais e

orien-tação sexual devem ser respeitadas para

que seja possível ser incluído socialmente.

Para os catadores que responderam à

ques-tão, uma sociedade sem preconceitos e

discriminações é uma sociedade que inclui.

Outros também imputaram ao signi

cado

do termo a participação nas decisões que

afetam suas vidas. Muitos catadores

fala-ram sobre reconhecimento, visibilidade e

valorização, e alguns ressaltaram a

neces-sidade de reconhecimento pela atividade

de trabalho que desempenham.

É possível a

rmar, nesse sentido,

uma clareza na postulação das

necessi-dades sociais que os catadores percebem.

No entanto há um ponto positivo, que diz

respeito à sensibilização da sociedade

so-bre a atividade da catação, é a consciência

que os catadores têm da importância de

divulgar o trabalho que realizam, bem

como o interesse que os cooperados têm

em trazer catadores autônomos e outras

pessoas que estão uma situação

vulnerá-vel para fazer parte do empreendimento.

A cooperativa abriga ex-dependentes

químicos e moradores de rua,

garantindo--lhes certa remuneração e um trabalho

digno. Todavia é possível atribuir a essa

dinâmica a alta rotatividade no

empreen-dimento: durante a realização da pesquisa

sete catadores se desligaram da

coopera-tiva, e outros 8 foram aceitos.

(10)

empresas privadas o devido pagamento

pelo trabalho realizado pelos catadores.

O MNCR foi fundamental para que

a inclusão social do catador fosse objeto

da Política Nacional de Resíduos Sólidos,

todavia a articulação do movimento em

suas bases orgânicas ainda é

embrioná-ria. Não há um trabalho consistente das

cooperativas que o integram. A partir

das entrevistas com os cooperados da

CATAMARE, não foi possível identi

car

uma articulação com as outras

cooperati-vas que são base orgânica do movimento

ou com o comitê regional. A Cataparaná

tem o objetivo de apoiar os grupos

organi-zados em rede para comercializar, bene

-ciar e estocar conjuntamente os materiais

dos empreendimentos solidários. Através

dessa estratégia que, de acordo com

cata-dores, foi possível de fato melhorar a

ren-da com a comercialização dos materiais.

A função da rede é de atender não só os

grupos que já estão mais fortalecidos,

como aqueles que estão desamparados

pelos poderes públicos municipais.

Em síntese, pode-se inferir que o

catador de materiais recicláveis é

incluí-do ao ter um trabalho, mas excluíincluí-do pelo

tipo de trabalho que realiza, pela classe

trabalhadora que representa a que se

soma a discriminação de gênero e raça já

que a maioria dos catadores são mulheres

negras e mães solteiras. Apesar de todos

os ganhos políticos para a categoria, as

cooperativas funcionam como uma

for-ma de trabalho terceirizado das grandes

empresas de reciclagem que exploram o

trabalho dos cooperados. Independente

da organização desse tipo de trabalho, a

taxa de lucro produzida deveria competir

com preços determinados, por exemplo,

pelo mercado mundial responsável pelos

derivados de petróleo, pela produção de

alumínio e de celulose, ou seja, o trabalho

do catador deve estar submetido às

variá-veis de produção e ao padrão tecnológico

imposto pela indústria de recicláveis.

É preciso levar em consideração,

mesmo que sinteticamente, a dinâmica

e as características da expansão do setor

de produção de reciclados no Brasil e sua

dependência de uma força de trabalho

com qualidades especí

cas para a coleta e

seleção dos materiais recicláveis. É preciso

compreender que, embora tenham existido

avanços – principalmente no que diz

res-peito as políticas públicas que reconhecem

a importância da atividade da catação –, a

indústria da reciclagem ainda depende do

trabalho mal pago de uma massa de

traba-lhadores com baixa escolaridade, sem

pers-pectivas e desunida, que se vê dependente

de instalações e tecnologias dispendiosas e

excludentes já que se encontra reprimida

pelos interesses do capital envolvido na

cadeia da compra, reciclagem e

comercia-lização de todo os resíduos coletados.

(11)

condiciona-das por processos sociotécnicos

comple-xos. Nesse sentido, para que a exclusão

social dos catadores não se dê via inclusão

parcial pelo trabalho, é preciso que o

po-der público e as instituições de apoio

con-siderem as especi

cidades das demandas

dos catadores, que invistam em pesquisa

e desenvolvimento para soluções

ade-quadas à rota tecnológica da reciclagem

popular e articulem diferentes políticas.

Para os cooperados é possível

cons-truir uma sociedade menos desigual se

houver incentivo para o desenvolvimento

de empreendimentos solidários. No limite

isso acontece por meio de práticas que

combatem a competição e o

individualis-mo, da autogestão do trabalho, e o apoio

mútuo entre os catadores e outros

traba-lhadores. Como classe trabalhadora, há a

intenção de que os catadores avancem no

controle da cadeia produtiva de

recicla-gem para garantir que o serviço realizado

sirva ao fortalecimento socioeconômico

da categoria como um todo.

6 CONCLUSÃO

As questões problematizadas na

pes-quisa indicaram que a organização do

tra-balho dos catadores se realiza a partir dos

interesses do capital envolvido na cadeia

de compra, reciclagem e comercialização.

As evidências sugerem que eles realizam

seu trabalho em condição permanente de

coerção exercida por múltiplos sujeitos

sociais, além da própria concorrência

ve-lada existente entre os próprios catadores.

Como resultado, as evidências

su-gerem que a organização da cooperativa

permitiu acesso a informações sobre

legislação da PNRS. Mas apontou para a

necessidade de fortalecimento de relações

com instituições de educação e do poder

público, para que a despeito da baixa

quali

cação dos cooperados, projetos e

co-nhecimento pudessem ser desenvolvidos

em prol de tecnologias sociais, visto que

se observou ausência de inovações

tecno-lógicas e produção de artefatos

alternati-vos a partir de materiais recicláveis. Isso

fragiliza a cooperativa para a articulação

entre pares, notadamente a integração na

rede de relacionamentos da Cataparaná,

que apoia a comercialização de material

produzido para a indústria.

Embora os catadores organizados

em cooperativas consigam conquistar

al-guns benefícios econômicos e sociais que

contribuem para a sua qualidade de vida,

na medida em que estes se envolvem nos

movimentos sociais que se preocupam

com a sua atividade, começam a perceber

o papel que desempenham na preservação

do meio ambiente e descobrem-se como

cidadãos por direito. A organização

polí-tica dos catadores e a consciência de classe

dos trabalhadores aliados às relações que

a cooperativa estabeleceu com o poder

público podem possibilitar o

desenvolvi-mento de tecnologias sociais, embora isso

ainda aconteça de forma incipiente. Além

disso, programas isolados não alteram

totalmente o quadro perverso de exclusão

social do catador via inclusão por meio de

um trabalho precarizado. Nesse sentido,

garantias da universalização e integração

de políticas públicas em todas as esferas

da administração pública – o que

come-ça a ser edi

cado por meio do Comitê

Interministerial para Inclusão Social e

Econômica dos Catadores de Materiais

Reutilizáveis e Recicláveis (CIISC).

Pode-se concluir que a adesão à

cooperativa melhorou a condição social,

econômica e política dos cooperados, mas

ainda há limites estruturais da cadeia

pro-dutiva da reciclagem que não são

contem-plados pela Política Nacional de Resíduos

Sólidos e que, de certa forma, fragilizam

o propósito de desenvolvimento de ações

sustentáveis.

(12)

REFERÊNCIAS

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Sobre os autores:

Christian Luiz da Silva: Pós-doutor em Administração pela USP, doutor em Engenharia

de Produção, economista, professor do PPGTE, do PGP e do Departamento de

Gestão e Economia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). E-mail:

christianlsilva76@gmail.com

Camille Rossato Bolson: Administradora e Mestre em Tecnologia pela Universidade

Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). E-mail: camille.bolson@gmail.com

Imagem

Figura 1  – Estrutura Hierárquica da   CATAMARE
Figura 2  - Fluxograma do processo produtivo da cooperativa CATAMARE Fonte: Autoria própria.

Referências

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