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Níveis de lisina digestível da ração e temperatura ambiente para frangos de corte em crescimento

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JEFFERSON COSTA DE SIQUEIRA

NÍVEIS DE LISINA DIGESTÍVEL DA RAÇÃO E TEMPERATURA AMBIENTE PARA FRANGOS DE CORTE EM CRESCIMENTO

VIÇOSA

MINAS GERAIS – BRASIL 2006

Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, para obtenção do título de

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JEFFERSON COSTA DE SIQUEIRA

NÍVEIS DE LISINA DIGESTÍVEL DA RAÇÃO E TEMPERATURA AMBIENTE PARA FRANGOS DE CORTE EM CRESCIMENTO

Aprovada: 22 de fevereiro de 2006.

__________________________________ __________________________________ Prof. Juarez Lopes Donzele Prof. Luiz Fernando Teixeira Albino (Conselheiro) (Conselheiro)

__________________________________ __________________________________ Prof. Horacio Santiago Rostagno Prof. Paulo Roberto Cecon

___________________________________________ Profª. Rita Flávia Miranda de Oliveira

(Orientadora)

Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, para obtenção do título de

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PALCO DA VIDA

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo.

E você pode evitar que ela vá à falência.

Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.

Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos

sem desilusões.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas apreender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios,

incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós.

É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe".

É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você". É ter a capacidade de dizer "eu te amo".

É ter a humildade da receptividade.

Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz... E, quando você errar o caminho, recomece.

Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.

Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade.

Usar a dor para lapidar o prazer.

Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência. Jamais desista de si mesmo.

Jamais desista das pessoas que você ama.

Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

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Aos meus pais Wanildo Garcia de Siqueira e Wânia Mª Sales Costa de Siqueira; À minha avó Ary Garcia de Siqueira;

À minha tia Arise;

Aos meus irmãos Ewerson e Wanildo Júnior;

Ao meu afilhado João Pedro e às sobrinhas Maria Clara e Luíza Regina;

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AGRADECIMENTO

A Deus, por tudo;

À Universidade Federal de Viçosa, à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e ao Departamento de Zootecnia, pela oportunidade concedida;

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela concessão da bolsa de estudos;

À professora Rita Flávia Miranda de Oliveira, pela orientação, pelos ensinamentos e pela amizade e confiança;

Ao professor Juarez Lopes Donzele, pelos conselhos, pelas sugestões e pela amizade;

Ao professor Luiz Fernando Teixeira Albino, pela amizade, pelos conselhos, pelas sugestões e por viabilizar a execução deste trabalho;

Ao professor Horacio Santiago Rostagno, pelas valiosas sugestões e pelo exemplo de dedicação à ciência;

Ao professor Paulo Roberto Cecon, pelo auxílio nas análises estatísticas e pelas sugestões;

Aos amigos e companheiros de curso, Bruno Alexander N. Silva, Marcelle Araújo Santana, Silvano Bünzen, Lourdes Romão Apolônio, Mariana Cruz Rossoni e, em especial, à Roberta G. M. Vieira Vaz, pela agradável convivência, pela amizade e pela inestimável ajuda em todos os momentos;

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Will Pereira de Oliveira, pela amizade e pelo grande auxílio na condução do experimento e na coleta dos dados;

Aos funcionários e amigos do setor de avicultura da UFV, José Lino, Mauro Jarbas, Adriano e, especialmente, ao Elísio, pelo apoio e agradável convívio;

Ao José Antônio e à Graça, pela colaboração e agradável convivência; À secretária da Pós-Graduação, Celeste, pela paciência em nos atender, pela dedicação e competência;

Ao meu tio e “irmão” José Teixeira de Siqueira Filho, pelo incentivo, apoio e principalmente, pelo exemplo de vida;

Ao meu tio Eduardo, pelo grande apoio;

À minha tia Iracy Garcia, pelo incentivo e pelos exemplos de bondade, compreensão e paciência;

Aos amigos Renato de Almeida Sarmento, Marcelo Corrêa da Silva e, em especial, ao amigo Douglas dos Santos Pina, pela agradável convivência, pela sincera amizade e pelos valiosos conselhos e sugestões.

À Cida, por sua dedicação e paciência com os integrantes da república. A todos com quem convivi em Viçosa, especialmente aos amigos Alessandro Duarte de Castro e Wagner Azis G. Araújo;

A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a execução deste trabalho.

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vi BIOGRAFIA

Jefferson Costa de Siqueira, filho de Wanildo Garcia de Siqueira e Wânia Maria Sales Costa de Siqueira, nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 28 de novembro de 1977.

Em março de 1999, iniciou o curso de Zootecnia na Universidade Federal de Viçosa, graduando-se em janeiro de 2004.

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vii CONTEÚDO

Página

RESUMO ...viii

ABSTRACT ...x

1. INTRODUÇÃO ... 1

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 3

2.1.Ambiente, homeotermia e índice de temperatura de globo e umidade (ITGU)... 3

2.2. Temperatura ambiente e desempenho de frangos de corte... 5

2.3.Temperatura ambiente e parâmetros fisiológicos de frangos de corte .... 7

2.4. Exigências de lisina, desempenho e características de carcaça de frangos de corte... 9

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 17

NÍVEIS DE LISINA DIGESTÍVEL DA RAÇÃO E TEMPERATURA AMBIENTE PARA FRANGOS DE CORTE EM CRESCIMENTO ... 22

RESUMO ... 22

INTRODUÇÃO ... 23

MATERIAL E MÉTODOS... 25

RESULTADOS E DISCUSSÃO... 30

Desempenho... 30

Carcaça e cortes nobres ... 36

Parâmetros fisiológicos ... 47

CONCLUSÕES ... 50

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viii RESUMO

SIQUEIRA, Jefferson Costa, M.S., Universidade Federal de Viçosa, fevereiro de 2006. Níveis de lisina digestível da ração e temperatura ambiente para frangos de corte em crescimento. Orientadora: Rita Flávia Miranda de Oliveira. Conselheiros: Juarez Lopes Donzele e Luiz Fernando Teixeira Albino.

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x ABSTRACT

SIQUEIRA, Jefferson Costa, M.S., Universidade Federal de Viçosa, February of 2006. Digestible lysine levels in diet and environmental temperature for the growing broilers. Adviser: Rita Flávia Miranda de Oliveira. Committee Members: Juarez Lopes Donzele and Luiz Fernando Teixeira Albino.

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1. INTRODUÇÃO

A atividade avícola brasileira, notadamente a de corte, tem se caracterizado pelo desenvolvimento acelerado e pelo elevado índice de produtividade, conferindo ao Brasil, nos últimos anos, posição de destaque entre os principais países produtores e exportadores de carne de frango.

O desenvolvimento de linhagens com alto potencial genético, associado ao contínuo desenvolvimento tecnológico nas áreas de nutrição, ambiência, sanidade e manejo, tem possibilitado a produção de alta quantidade de carne por unidade de área, além de redução progressiva no tempo de alojamento das aves. Nesse contexto, para que a produção de carne de qualidade seja otimizada torna-se necessário, entre outros fatores, adequado e preciso suprimento de nutrientes, obtido por meio de rações balanceadas, formuladas de acordo com o potencial genético das aves e as condições ambientais da criação (Valerio et al., 2,003).

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ingestão de nutrientes é modificada, justificando, em parte, a redução do desempenho de aves mantidas sob condição de estresse ambiental.

Uma alternativa para minimizar o efeito da temperatura ambiente sobre o desempenho das aves pode ser o ajuste dos níveis nutricionais da ração conforme as alterações no consumo de ração (Colnago, 1996; Sakomura, 1998; Valerio et al., 2003; Nascimento, 2004). Contudo, para esse ajuste, torna-se necessário determinar a relação entre desempenho animal, temperatura ambiente e ingestão de nutrientes, com destaque para a energia e a proteína (aminoácidos).

A lisina é um aminoácido essencial cujo principal papel fisiológico consiste na síntese de tecido muscular, estando envolvida em menores proporções em outros processos metabólicos (Baker & Han, 1994; Costa et al., 2001; Amarante Jr. et al., 2005; Takeara et al., 2005; Lana et al., 2005). Além disso, nos estudos nutricionais utilizando rações à base de milho e farelo de soja, este aminoácido tem sido considerado o segundo limitante para o crescimento e o desenvolvimento de frangos de corte (Costa et al., 2001; Ishibashi & Yonemochi, 2002; Nascimento, 2004; Lana et al., 2005). Assim, alterações no consumo de lisina, induzidas por modificações nas condições ambientais, podem influenciar o desempenho das aves, modificando a eficiência de deposição de carne, assim como os rendimentos de carcaça e cortes nobres (peito, coxa e sobrecoxa).

Com base nessas informações, evidencia-se que os níveis de aminoácidos nas rações para frangos de corte devem ser determinados considerando-se as condições ambientais no interior das instalações, visando maximizar o desempenho das aves e, conseqüentemente, a rentabilidade da atividade.

Esse estudo foi proposto para avaliar os efeitos da temperatura ambiente e dos níveis de lisina digestível da ração sobre o desempenho, as características de carcaça e de cortes nobres e os parâmetros fisiológicos de frangos de corte machos em fase de crescimento (22 a 42 dias de idade).

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Ambiente, homeotermia e índice de temperatura de globo e umidade (ITGU)

O ambiente que envolve os animais compreende todos os elementos físicos, químicos, biológicos, sociais e climáticos que influenciam o desenvolvimento e o crescimento animal. Os elementos climáticos componentes do ambiente térmico do animal incluem temperatura, umidade relativa, movimento do ar e radiação (Baêta & Souza, 1997). Considerando a variação desses elementos, as condições determinantes do microambiente nem sempre são compatíveis com as necessidades fisiológicas das aves em um sistema de produção (Macari, 2001). Portanto, a ocorrência de valores extremos dos elementos climáticos pode ocasionar ajustes comportamentais e fisiológicos nos animais, como conseqüência da necessidade de manterem o equilíbrio homeotérmico, o que pode influenciar o desempenho.

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A zona de conforto térmico é definida como a faixa de temperatura ambiente efetiva na qual o animal não tem sensação de frio ou de calor e o equilíbrio homeotérmico é mantido com o mínimo de esforço metabólico, de modo que a fração de energia utilizada para termogênese é mínima e a destinada à produção, é máxima (Baêta & Souza, 1997; Macari, 2001).

Revisando os programas nutricionais para frangos de corte de acordo com o clima, Rostagno (1995) relatou que as recomendações nutricionais para aves em crescimento são feitas para uma faixa de temperatura ambiente de 20 a 22ºC, considerada ideal para aves nessa fase. Corroborando esse relato, Macari (2001) afirmou que a zona de conforto térmico para frangos de 35 a 42 dias de idade é de 21 a 23oC e varia de acordo com a idade e o peso dos animais.

Em experimentos nos quais avaliaram o efeito da temperatura ambiente sobre o ganho de peso e a conversão alimentar de frangos de corte, May & Lott (2001) verificaram que as temperaturas ambientais que proporcionaram melhor desempenho às aves aos 28, 35, 42 e 49 dias de idade foram 27, 24, 19 e 18ºC, respectivamente. Esses dados sugerem que a temperatura ambiente que resulta em ótimo desempenho de frangos de corte decresce com o aumento do peso das aves.

A zona de termoneutralidade é a faixa de temperatura ambiental efetiva, delimitada pelas temperaturas crítica inferior e crítica superior, fora da qual as aves têm seu potencial produtivo reduzido, como conseqüência do maior gasto energético, decorrente do acionamento de mecanismos termorregulatórios. Dados obtidos por Leeson & Summers (1997) sugerem que a zona de termoneutralidade para aves em postura é de 19 a 27ºC, pois acima ou abaixo dessas temperaturas as aves apresentaram maiores exigências energéticas e aumento na produção de calor corporal.

Segundo Sakomura (2005), à medida que a temperatura ambiente aumenta 1ºC, as exigências de energia metabolizável de mantença (EMm) aumentam em torno de 0,88 kcal/kg0,75/dia. Por outro lado, quando a temperatura ambiente reduz 1ºC abaixo da temperatura crítica inferior, ocorre aumento de 6,73 kcal/kg0,75/dia na EMm em poedeiras na fase de crescimento.

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al. (2002) concluíram que os melhores resultados para pesos absolutos de peito, coxa e carcaça são obtidos quando as aves são mantidas em temperaturas de 23,6 a 26,3ºC.

Embora os efeitos da temperatura ambiente sobre o desempenho de frangos de corte sejam bastante conhecidos, May & Lott (2001) ressaltaram que a maior parte dos dados experimentais refere-se a períodos de tempo específicos, possuindo, portanto, aplicabilidade restrita. Nesse sentido, muitas pesquisas têm sido direcionadas à determinação de temperaturas ótimas para produção de frangos de corte de diferentes linhagens genéticas em diferentes fases do crescimento.

A temperatura do ar, isoladamente, tem sido considerada insuficiente para caracterizar o ambiente no qual os animais se encontram, uma vez que ela pode modificar e ser modificada por diversos fatores climáticos. Dessa forma, caracterizar o ambiente em um único valor que represente o impacto total das variáveis que interferem no equilíbrio térmico do animal pode ser válido.

Com este propósito, foram criados os índices bioclimáticos, que, de acordo com Ferreira (1998), além de permitir avaliação mais precisa do ambiente térmico, possibilitam a comparação do desempenho dos animais criados em diferentes regiões. Entre os diversos índices citados por Campos (1986), o Índice de Temperatura de Globo e Umidade (ITGU), proposto por Buffington et al. (1981), é considerado o mais adequado e indicado para determinar o conforto térmico em regiões tropicais, uma vez que incorpora a umidade relativa, a velocidade do ar, a temperatura de bulbo seco e a radiação em um único valor, como definido pela seguinte equação:

ITGU = Tgn + 0,36 Tpo - 330,08 Em que;

Tgn = Temperatura de globo negro (K), Tpo = Temperatura do ponto de orvalho (K).

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2.2. Temperatura ambiente e desempenho de frangos de corte

A temperatura ambiente é considerada o fator físico de maior efeito no desempenho de frangos de corte, pois exerce grande influência no consumo de ração e, com isto, afeta diretamente o ganho de peso e a conversão alimentar destes animais (Rostagno, 1995; Lana et al., 2000). Pelo fato de ajustarem a ingestão de energia ao atendimento das exigências de mantença, ocorre um expressivo efeito da temperatura sobre o consumo alimentar das aves, visto que estas exigências são afetadas diretamente pela temperatura ambiente (Sakomura, 1998; Macari, 2001).

O consumo de alimentos pelos animais é modificado pela temperatura ambiente em que são mantidos, sendo estimulado em ambientes frios e diminuído em ambientes quentes, como forma de reduzir o calor gerado pelo metabolismo. Segundo Oliveira Neto (1999), a redução verificada no desempenho de animais mantidos em altas temperaturas está relacionada a alterações fisiológicas e hormonais, que modificam o metabolismo animal. Assim, a redução no consumo de alimento observada em aves submetidas a altas temperaturas pode ser considerada um mecanismo termorregulatório que resulta na diminuição da produção de calor metabólico. Como conseqüência, o estresse térmico exerce efeito negativo sobre o ganho de peso e a conversão alimentar dos animais, sendo o consumo de alimentos inversamente relacionado à temperatura ambiente (Suk & Washburn, 1995; Yunianto et al.,1997).

Avaliando o desempenho de frangos de corte mantidos em diferentes ambientes e submetidos a vários níveis de lisina, Mendes et al. (1997) verificaram que o consumo diário de alimento reduziu nas aves mantidas sob ciclo quente diurno (25,5 a 33,3ºC) e aumentou nas aves mantidas em ambiente frio (15,5ºC) no período de 3 a 6 semanas de idade. O ganho de peso das aves mantidas sob ciclo quente diurno reduziu significativamente quando comparado ao daquelas mantidas em ambiente termoneutro ou frio. A conversão alimentar piorou tanto no ambiente frio como no ciclo quente diurno, em comparação ao ambiente termoneutro.

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dias de idade, verificou que o consumo diário de ração e o ganho de peso das aves mantidas em ambiente quente (32ºC) reduziram, respectivamente, em 20,5 e 37,6% quando comparados aos das aves mantidas em ambiente termoneutro (23ºC). A conversão alimentar também foi influenciada pela temperatura ambiente, piorando em 9,9% nas aves mantidas em ambiente quente.

Em outro estudo, Oliveira Neto et al. (2000) avaliaram os efeitos da temperatura sobre o desempenho de frangos de corte dos 22 aos 42 dias de idade recebendo a mesma quantidade de ração e constataram piora de 19% na conversão alimentar das aves mantidas em ambiente quente (32ºC), apesar de o consumo de ração não ter variado. Os autores verificaram que o ganho de peso diário decresceu mais que o consumo de ração, justificando a piora na conversão alimentar. Os resultados dos diferentes estudos sugerem que outros fatores que não a redução do consumo de alimentos podem contribuir para a diminuição do desempenho de frangos de corte mantidos em ambientes quentes.

Por outro lado, Lana et al. (2000), avaliando os efeitos de diferentes ambientes e programas de restrição alimentar em frangos de corte no período de 1 a 42 dias, não encontraram diferença significativa na conversão alimentar das aves, embora o consumo de ração tenha reduzido 15% nas aves mantidas em ambiente quente.

A variação nas informações encontradas na literatura pode ser justificada por diversos fatores, entre eles a utilização de diferentes linhagens genéticas, a composição das dietas experimentais, o peso e o grau de empenamento das aves.

Ressalta-se que a temperatura ambiente exerce grande efeito sobre o

turnover de água das aves, podendo influenciar as variáveis de desempenho.

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2.3. Temperatura ambiente e parâmetros fisiológicos de frangos de corte

À medida que a temperatura corporal se eleva durante o estresse por calor, processos fisiológicos são ativados para a redução da produção de calor metabólico e o aumento da dissipação de calor para o ambiente, mecanismo inverso ao que ocorre durante o estresse por frio (Macari, 2001).

Aumentos progressivos na temperatura ambiente dificultam as perdas de calor sensível (condução, convecção e radiação), intensificando as perdas de calor latente (evaporação) pelo aumento da freqüência respiratória, uma vez que as aves não possuem glândulas sudoríparas (Curtis, 1983; Rutz, 1994).

A taxa respiratória das aves pode aumentar de 25 ciclos/minuto sob um ambiente termoneutro (± 22ºC) para 250 ciclos/minuto em um ambiente de estresse por calor agudo (Tardin, 1989). Em concordância, Macari (2001) relatou que o resfriamento evaporativo via trato respiratório constitui-se um dos mais importantes meios de perda de calor em aves mantidas em condições de alta temperatura, uma vez que esses animais têm a capacidade de aumentar em até 10 vezes a freqüência respiratória. No entanto, Fabricio (1994) ressaltou que a hiperventilação resultante do aumento da freqüência respiratória ocasiona a perda excessiva de CO2, estabelecendo-se a alcalose respiratória, que, dependendo da intensidade e duração do estresse, pode levar a ave à morte.

Dale & Fuller (1980) verificaram aumento na taxa respiratória de frangos de corte à medida que a temperatura ambiente foi elevada. Estudando o efeito da temperatura ambiente (24 e 37ºC) sobre as exigências de lisina digestível de frangos de corte de 8 a 22 dias de idade, Han & Baker (1993) observaram que, quando mantidos na temperatura de 37ºC, os frangos aumentaram a taxa respiratória e, após 14 dias sob essa temperatura, esses adaptaram-se ao ambiente estressante.

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Avaliando os efeitos de diferentes temperaturas ambientes (16, 19, 22, 25, 28, 31 e 34ºC) sobre a produção de calor e o turnover protéico muscular de

frangos de corte dos 15 aos 27 dias de idade, Yunianto et al. (1997) não encontraram diferenças significativas na temperatura retal das aves, que variou entre 41,06 e 41,70ºC nos diferentes ambientes. A ausência de diferenças na temperatura retal das aves mantidas nos diferentes ambientes comprovou a eficácia dos mecanismos de ajustes fisiológicos dos animais submetidos a situações adversas.

Oliveira Neto (1999), no entanto, em estudo com frangos de corte mantidos em diferentes temperaturas ambientais (23 e 32ºC), observou valores de temperatura retal superiores nas aves mantidas em temperatura elevada, sugerindo que os mecanismos termorregulatórios não foram suficientes para impedir a variação da temperatura retal das aves.

Altas temperaturas ambientes também provocam acentuadas modificações no tamanho dos órgãos internos das aves, sugerindo menor atividade metabólica e, conseqüentemente, menor produção de calor. Em estudo avaliando os efeitos da temperatura ambiente sobre o desempenho de frangos, Oliveira Neto (1999) verificou redução significativa nos pesos absolutos e relativos dos órgãos (coração, fígado, moela e intestino) das aves mantidas a 32ºC, em comparação àquelas mantidas a 23ºC dos 22 aos 42 dias de idade.

Semelhantemente, Lana et al. (2000) encontraram redução de 4,4% no peso do fígado de aves mantidas em ambiente quente em relação às aves mantidas em ambiente termoneutro. Oliveira et al. (2002), avaliando os efeitos da temperatura ambiente sobre o desempenho de frangos de corte, também verificaram redução no peso relativo de fígado e coração com a elevação da temperatura ambiente.

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reduzir o custo energético dos ajustes fisiológicos visando ao melhor desempenho produtivo das aves (Macari, 2001).

2.4. Exigências de lisina, desempenho e características de carcaça de frangos de corte

Vários autores (Baker & Han, 1994; Rostagno et al., 1999; Costa et al., 2001; Ishibashi & Yonemochi, 2002; Borges et al., 2002; Lemme, 2005; Enting et al., 2005) têm relatado que os níveis ótimos de aminoácidos na ração de frangos de corte podem variar em função de fatores como linhagem genética, idade, sexo, temperatura ambiente, níveis nutricionais, fontes de energia e proteína, desafios imunológicos, além de fatores de manejo.

O delineamento experimental e o modo de análise dos dados também podem influenciar a conclusão final dos estudos. Para ilustrar, quando ensaios de dose resposta são analisados pelo modelo “Linear Response Plateau”, as estimativas dos níveis ótimos de aminoácidos normalmente são inferiores às obtidas por meio de modelos não-lineares (Lemme, 2005).

Nos estudos nutricionais utilizando rações à base de milho e farelo de soja, a lisina tem sido considerada o segundo aminoácido limitante para o crescimento e desenvolvimento de frangos de corte (Kidd et al., 1997; Costa et al., 2001; Ishibashi & Yonemochi, 2002; Nascimento, 2004; Lana et al., 2005). Sabe-se também que a lisina é um aminoácido essencial cujo principal papel fisiológico consiste na síntese protéica (tecido muscular), estando envolvida em menores proporções em outros processos metabólicos (Baker & Han, 1994; Costa et al., 2001; Amarante Jr. et al., 2005; Takeara et al., 2005; Lana et al., 2005). Adicionalmente, Baker & Han (1994) relataram que as análises para determinação dos níveis de lisina nos alimentos são mais simples em comparação aos aminoácidos sulfurosos e ao triptofano. Com base nessas informações, a lisina tem sido considerada o aminoácido referência para a aplicação do conceito de proteína ideal.

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conceito na formulação de rações para aves se deve ao fato de que a relação entre a lisina e os outros aminoácidos essenciais permanece, em grande parte, inalterada, apesar de uma série de fatores dietéticos, ambientais e genéticos que podem afetar as exigências de aminoácidos (Baker & Han, 1994).

De acordo com Dionizio et al. (2005), o metabolismo do excesso de aminoácidos circulantes pode conduzir a maior gasto de energia para excretar estes aminoácidos, via ciclo do nitrogênio, além de promover um incremento calórico desnecessário (Conhalato, 1998). Assim, a adoção de modelos de proteína ideal na formulação de rações pode melhorar o perfil aminoacídico da dieta, maximizando o desempenho das aves e reduzindo a carga poluente dos dejetos, o que pode culminar em benefícios econômicos e ambientais.

Para que o adequado suprimento das necessidades aminoacídicas das aves seja alcançado, a variação na digestibilidade dos aminoácidos das diferentes matérias-primas utilizadas nas rações deve ser considerada. Para minimizar os efeitos dessa variação, o estabelecimento das exigências nutricionais com base em aminoácidos digestíveis torna-se prioritário (Conhalato et al., 1999; Barboza et al., 2000; Martinez et al., 2002). Além disso, Han & Baker (1994) sugeriram que as estimativas de aminoácidos digestíveis são críticas para a aplicação do conceito de proteína ideal na formulação de rações para frangos de corte.

Com base no conceito de proteína ideal, Rostagno et al. (2000) propuseram, para frangos de corte dos 22 aos 42 dias de idade, nas condições brasileiras, as seguintes relações de aminoácidos digestíveis: lisina, 100%; metionina + cistina, 71%; treonina, 57%; triptofano, 17%; valina, 80%; isoleucina, 67%; e arginina, 108%. Esses autores estimaram em 1,045% a exigência de lisina digestível, como porcentagem da ração, para frangos da mesma faixa de idade, considerando uma ração com 3.100 kcal de energia metabolizável.

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ideal de alguns aminoácidos, incluindo treonina (65%), arginina (105%), valina (77%) e metionina + cistina (72%).

Existe considerável número de publicações avaliando os efeitos da lisina sobre as variáveis de desempenho e de carcaça de frangos de corte. No entanto, as conclusões dos diferentes estudos muitas vezes têm sido conflitantes.

Em estudo para determinar as exigências de lisina digestível para frangos de corte de 3 a 6 semanas de idade, Han & Baker (1994) recomendaram 0,85 e 0,89% de lisina digestível para maior ganho de peso e melhor conversão alimentar, respectivamente. Esses autores observaram aumento linear no peso absoluto e no rendimento de peito das aves até o nível de lisina digestível estimado de 0,91%.

Por outro lado, Mendes et al. (1997), estudando o efeito dos níveis de lisina em frangos corte dos 21 aos 42 dias de idade mantidos em diferentes ambientes (15,5; 21,1ºC e ciclo quente diurno com variação entre 25,5 e 33,3ºC), não observaram diferenças significativas nas variáveis de desempenho em resposta ao aumento dos níveis de lisina na ração para os diferentes ambientes. Os rendimentos de carcaça e de peito não foram influenciados pelos tratamentos nos ambientes termoneutro e quente. Os autores observaram melhora no rendimento de peito em função dos níveis de lisina somente no ambiente frio.

Trabalhando com frangos da linhagem Hubbard dos 22 aos 42 dias de idade, Conhalato et al. (1999) testaram níveis de lisina digestível de 0,80 a 1,02% e verificaram que o ganho de peso aumentou linearmente no intervalo testado, enquanto a conversão alimentar reduziu até o nível de 0,94% de lisina digestível na ração. Os rendimentos de carcaça, peito, coxa e sobrecoxa não foram influenciados pelos níveis de lisina.

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lisina digestível para melhores resultados de ganho de peso e conversão alimentar na fase de 22 a 40 dias de idade.

Ao avaliarem os efeitos dos níveis de lisina sobre o desempenho de frangos de corte machos da linhagem Ross dos 22 aos 40 dias de idade, Costa et al. (2001) observaram que o ganho de peso aumentou e a conversão alimentar das aves reduziu até os níveis de 1,125 e 1,164%, respectivamente, de lisina total na ração. Considerando todos os parâmetros de desempenho, os autores estimaram as exigências de lisina total em 1,164%, correspondendo a 1,044% de lisina digestível na ração. Os rendimentos de carcaça, peito e filé de peito aumentaram de forma linear entre os níveis de 0,92 e 1,22% de lisina na ração.

Na formulação de rações para frangos de corte, os níveis nutricionais normalmente são expressos em porcentagem da dieta (Oviedo-Rondón & Waldroup, 2002; Valerio et al., 2003). Assim, as exigências nutricionais determinadas para condições termoneutras podem não representar as necessidades de animais mantidos em outras condições ambientais, pois, quando a temperatura ambiente altera o consumo de ração, a ingestão de nutrientes pode ser alterada, modificando o desempenho das aves.

Uma alternativa para minimizar o efeito da temperatura ambiente sobre o desempenho das aves pode ser o ajuste dos níveis nutricionais da dieta proporcionalmente às alterações do consumo de ração (Colnago, 1996; Sakomura, 1998; Valerio et al., 2003; Nascimento, 2004).

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Com base na relação de proteína ideal proposta por Parsons & Baker (1994), Valerio et al. (2001a) testaram diferentes níveis de lisina digestível utilizando frangos Avian Farms dos 22 aos 42 dias de idade, mantidos em ambiente frio (15,6ºC). Os autores observaram que o ganho de peso aumentou até o nível de lisina digestível estimado em 0,989%, não havendo efeito dos tratamentos sobre a conversão alimentar das aves. Quando não consideraram o conceito de proteína ideal, Valerio et al. (2001b) verificaram que o ganho de peso das aves aumentou em resposta aos níveis de lisina até 0,934% e que a conversão alimentar melhorou até o nível de 0,918% de lisina digestível na ração.

Segundo Lemme (2005), as respostas aos níveis de aminoácidos são dependentes do próximo aminoácido limitante, sendo que as linhagens modernas respondem a maiores níveis de aminoácidos quando o correto balanço aminoacídico é atingido. Esses relatos confirmam os estudos de Valerio et al. (2001a), que, ao considerarem o conceito de proteína ideal, obtiveram melhores resultados com nível de lisina digestível superior aos recomendados por Valerio et al. (2001b), que não consideraram o balanço aminoacídico nas formulações para frangos mantidos em condições de frio (15,6ºC).

Estudando as respostas de frangos de corte a níveis crescentes de lisina em ambiente quente (25,6ºC) sem considerar a relação de proteína ideal, Borges et al. (2002) observaram respostas quadráticas de ganho de peso e conversão alimentar até os níveis de 1,05 e 1,03% de lisina total, respectivamente. Do mesmo modo, os rendimentos de carcaça, peito com osso, sobrecoxa e pernas aumentaram até os níveis estimados em 0,96; 1,12; 1,02 e 1,06% de lisina total, respectivamente. Pela análise conjunta dos dados, os autores recomendaram 1,05% de lisina total na ração para melhor desempenho de frangos de corte dos 22 aos 42 dias mantidos em ambiente quente.

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1,022% de lisina digestível, respectivamente. Quando as relações aminoacídicas não foram consideradas, a conversão alimentar reduziu até o nível estimado de 0,92% de lisina digestível na ração. O peso relativo de peito aumentou até os níveis de 1,015 e 1,075% de lisina digestível, respectivamente, quando se manteve ou não a relação aminoacídica. Os autores recomendaram no mínimo 0,955% de lisina digestível em rações convencionais e 1,022% em rações nas quais as relações aminoacídicas foram mantidas, para obtenção de melhor desempenho de frangos de corte dos 22 aos 42 dias de idade.

Resultados semelhantes foram obtidos por Lana et al. (2005), em estudo semelhante, porém em temperatura próxima da faixa de conforto (23,8ºC). Para que o máximo desempenho das aves seja alcançado nessas condições, os autores recomendaram 1,015 e 1,075% de lisina digestível na ração, considerando ou não o conceito de proteína ideal, respectivamente. Quando a ração convencional foi utilizada, não houve efeito dos tratamentos sobre os rendimentos dos cortes nobres (coxa, sobrecoxa e peito). Entretanto, quando consideradas as relações aminoacídicas, o rendimento de cortes nobres aumentou de forma linear até 1,075% de lisina digestível na ração.

Em pesquisa recente, Amarante Jr. et al. (2005) estudaram os efeitos dos níveis de lisina digestível sobre o desempenho e as características de carcaça de frangos de corte no período de 22 a 42 dias, mantendo a relação metionina + cistina. A conversão alimentar das aves reduziu de forma quadrática até o nível estimado de 1,03% de lisina digestível. Os autores não observaram efeito dos níveis de lisina digestível sobre os rendimentos de carcaça, peito, coxa e sobrecoxa.

Mantendo as relações aminoacídicas preconizadas por Rostagno et al. (2000), Takeara et al. (2005) avaliaram o efeito de diferentes níveis de lisina digestível sobre o desempenho e as características de carcaça de frangos de corte dos 22 aos 36 dias de idade e recomendaram 1,12% de lisina digestível na ração para máximo desempenho das aves. Os pesos absolutos de carcaça, peito e coxa + sobrecoxa aumentaram de forma linear com os tratamentos até 1,15% de lisina digestível na ração.

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estimativas empíricas das exigências de aminoácidos em frangos de corte podem ser aplicadas somente em condições nas quais as exigências foram estabelecidas. Uma alternativa para contornar esse fato pode ser a construção de modelos que descrevam o comportamento das variáveis de desempenho em função dos acréscimos ou das reduções dos níveis de nutrientes da ração e das condições ambientais na criação (Oviedo-Rondón & Waldroup, 2002).

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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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NÍVEIS DE LISINA DIGESTÍVEL DA RAÇÃO E TEMPERATURA AMBIENTE PARA FRANGOS DE CORTE EM CRESCIMENTO

RESUMO – Para avaliar os efeitos dos níveis de lisina digestível da ração e da temperatura ambiente sobre o desempenho, as características de carcaça e os parâmetros fisiológicos de frangos de corte em crescimento (22 a 42 dias), utilizaram-se 672 frangos Ross, machos, com peso médio de 726 g, mantidos em diferentes temperaturas (18,5; 21,1; 24,5 e 27,0ºC) recebendo níveis crescentes de lisina digestível na ração (0,934; 1,009; 1,084 e 1,159%). Não houve efeito da interação temperatura ambiente x níveis de lisina da ração sobre as variáveis estudadas. O consumo de ração (CR) e o ganho de peso (GP) não variaram com os níveis de lisina. No entanto, o CR reduziu de forma linear com a temperatura ambiente e o GP aumentou até a temperatura estimada de 21,5ºC. O consumo de lisina digestível reduziu de forma linear com a temperatura ambiente, aumentando da mesma forma com os níveis de lisina da ração. A conversão alimentar (CA) reduziu até o nível estimado de 1,085% de lisina digestível, sendo o melhor resultado obtido com a temperatura estimada de 23,3ºC. Os pesos de carcaça (PC), peito com osso (PPO), coxa (PCX) e sobrecoxa (PSCX) aumentaram até as temperaturas estimadas de 21,9; 21,0; 22,7; 23,7 e 23,3ºC, respectivamente. Os rendimentos de carcaça (RC), coxa (RCX) e sobrecoxa (RSCX) aumentaram, enquanto o peso do peito sem osso (PPSO) e os rendimentos de peito com osso (RPO) e sem osso (RPSO) reduziram linearmente com a temperatura ambiente. O PCX e o RCX aumentaram, enquanto o RSCX reduziu de forma linear com os níveis de lisina da ração. Os pesos de carcaça, de peito com osso e de sobrecoxa e os rendimentos de carcaça, de peito com osso e de peito sem osso não variaram com os níveis de lisina. As temperaturas retal, de crista, de peito e de perna aumentaram de forma linear com a temperatura ambiente. As exigências de lisina de frangos de corte em crescimento não foram modificadas pela temperatura ambiente na faixa de 18,5 a 27,0ºC. A condição ótima para melhor conversão alimentar (1,64 g/g) de frangos de corte no período de 22 a 42 dias de idade foi obtida com o nível de 1,085% de lisina digestível na ração e com a temperatura estimada de 23,3ºC. O nível de lisina digestível de 1,085% proporcionou os melhores resultados de CA em todas as temperaturas avaliadas. A faixa de conforto térmico para frangos de corte no período de 22 a 42 dias de idade é de 21,0 a 23,7ºC.

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Introdução

Diversos autores (Baker & Han, 1994; Rostagno et al., 1999; Costa et al., 2001; Ishibashi & Yonemochi, 2002; Borges et al., 2002; Lemme, 2005; Enting et al., 2005) têm relatado que os níveis ótimos de aminoácidos na ração de frangos de corte podem variar em função de fatores como linhagem genética, idade, sexo, temperatura ambiente, níveis nutricionais, fontes de energia e proteína, desafios imunológicos e manejo.

A temperatura ambiente tem sido considerada de grande impacto sobre o desempenho de frangos de corte, pois exerce influência sobre o consumo de ração. Como os níveis nutricionais normalmente são expressos em porcentagem da ração (Oviedo-Rondón & Waldroup, 2002; Valerio et al., 2003), qualquer alteração no consumo de ração tem conseqüências sobre a ingestão dos nutrientes, podendo modificar o ganho de peso, a conversão alimentar das aves, além dos rendimentos de carcaça e cortes nobres.

Nos estudos nutricionais utilizando rações à base de milho e farelo de soja, a lisina tem sido considerada o segundo aminoácido limitante para o crescimento e desenvolvimento de frangos de corte (Kidd et al., 1997; Costa et al., 2001; Ishibashi & Yonemochi, 2002; Nascimento, 2004; Lana et al., 2005). Sabe-se também que a lisina é um aminoácido essencial cujo principal papel fisiológico é a síntese protéica (tecido muscular), estando envolvida em menores proporções em outros processos metabólicos (Baker & Han, 1994; Costa et al., 2001; Amarante Jr. et al., 2005; Takeara et al., 2005; Lana et al., 2005).

Considerando que as linhagens modernas de frangos de corte são caracterizadas pelo acelerado desenvolvimento corporal e pelo alto potencial para deposição de carne magra e que a deposição protéica tem alto custo energético, gerando, conseqüentemente, grande quantidade de calor metabólico, é necessário que as atualizações dos padrões nutricionais sejam realizadas considerando a temperatura ambiente em que as aves são mantidas, para determinação dos níveis nutricionais adequados para as condições ambientais específicas de cada criação.

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Material e Métodos

O experimento foi conduzido no Laboratório de Bioclimatologia Animal do Departamento de Zootecnia, do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG.

Foram utilizados 672 frangos de corte machos, da linhagem Ross, vacinados contra as doenças de Marek e Bouba aviária, mantidos em câmaras climáticas com temperatura do ar e umidade relativa controladas, durante o período de 22 a 42 dias de idade. As câmaras climáticas foram ajustadas para permanecer com temperaturas constantes de 18, 21, 24 e 27ºC e umidade relativa entre 65 e 75%, sendo utilizados 168 frangos em cada temperatura.

Durante a fase inicial (1 a 21 dias de idade), as aves foram criadas em galpão convencional recebendo ração com 3.000 kcal de EM/kg e 21,8% de PB, formulada para satisfazer suas exigências nutricionais, conforme preconizado por Rostagno et al. (2000), sendo manejadas conforme Gomes et al. (1996).

No 22º dia de idade os frangos, pesando em média 726 g foram transferidos para as câmaras climáticas, quando teve início o período experimental. As aves foram alojadas no interior das câmaras, em baterias com compartimentos (0,85 x 0,85 m) providos de comedouro e bebedouro tipo calha. O experimento foi montado segundo um arranjo fatorial 4 x 4 (quatro temperaturas e quatro níveis de lisina digestível), em delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições, para análise das características de desempenho, de modo que cada unidade experimental foi composta por sete aves. Para as características de carcaça, considerou-se como unidade experimental cada uma das aves abatidas (três), totalizando 18 repetições por tratamento. O número de repetições para os parâmetros fisiológicos foi obtido por meio de quatro medições realizadas ao longo do período experimental em três aves de cada uma das seis unidades experimentais, totalizando 72 repetições.

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Tabela 1 – Condições ambientais observadas nos interior das câmaras climáticas durante o período experimental

Câmara 1 Câmara 2 Câmara 3 Câmara 4

Temperatura ambiente (ºC) 18,5 ± 0,6 21,1 ± 0,6 24,5 ± 0,6 27,0 ± 0,5

Umidade relativa (%) 72,7 ± 3,9 68,3 ± 6,9 73,9 ± 4,9 64,2 ± 6,8

Temperatura de globo negro (ºC) 18,9 ± 0,8 22,7 ± 0,9 26,0 ± 0,7 27,6 ± 0,6

Índice de temperatura de globo e

umidade (ITGU) 64,8 ± 1,1 69,2 ± 1,3 74,1 ± 0,9 75,6 ± 1,0

em ITGU (Índice de Temperatura de Globo e Umidade), conforme proposto por Buffington et al. (1981). O programa de luz adotado durante o período experimental foi o contínuo (24 horas de luz artificial), obtido por meio de lâmpadas fluorescentes.

A ração basal, à base de milho e farelo de soja, foi formulada para atender às exigências nutricionais das aves, segundo recomendações de Rostagno et al. (2000), exceto em lisina. Essa ração foi suplementada com L-lisina HCl 78,5% (0,000; 0,096; 0,193 e 0,290%) em substituição ao amido de milho, resultando em rações experimentais isoprotéicas e isoenergéticas contendo 0,934; 1,009; 1,084 e 1,159% de lisina digestível (Tabela 2).

Com o propósito de assegurar que nenhum outro aminoácido se tornasse limitante nas rações experimentais, os demais aminoácidos (metionina + cistina, treonina, triptofano, valina, isoleucina e arginina) foram suplementados, conforme a necessidade, para evitar que suas relações com a lisina digestível ficassem abaixo daquelas preconizadas Rostagno et al. (2000), na proteína ideal. Os comedouros e bebedouros foram reabastecidos, duas vezes ao dia, possibilitando às aves livre acesso às rações experimentais e à água durante todo o período experimental.

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Tabela 2 – Composição percentual das rações experimentais

Ingrediente (%) Nível de lisina digestível (%) 0,934 1,009 1,084 1,159

Milho 58,789 58,789 58,789 58,789

Farelo de soja 33,640 33,640 33,640 33,640

Fosfato bicálcico 1,595 1,595 1,595 1,595

Calcário 0,919 0,919 0,919 0,919

Óleo vegetal 3,200 3,200 3,200 3,200

Amido 1,000 0,845 0,631 0,341

Sal comum 0,382 0,382 0,382 0,382

Mistura vitamínica¹ 0,100 0,100 0,100 0,100

Mistura mineral² 0,050 0,050 0,050 0,050

Anticoccidiano³ 0,050 0,050 0,050 0,050

BHT4 0,010 0,010 0,010 0,010

Cloreto de colina (60%) 0,125 0,125 0,125 0,125 Avilamicina (10%)5 0,007 0,007 0,007 0,007 DL-metionina (99%) 0,133 0,188 0,244 0,299 L-lisina HCL (78,5%) 0,000 0,096 0,192 0,288

L- valina (99%) 0,000 0,004 0,065 0,126

L- treonina (99%) 0,000 0,000 0,000 0,004

L- isoleucina (99%) 0,000 0,000 0,000 0,041

L- arginina (99%) 0,000 0,000 0,000 0,032

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

Composição calculada

Proteína bruta (%) 19,70 19,70 19,70 19,70 Energia metabolizável (kcal/kg) 3.100 3.100 3.100 3.100 Lisina digestível (%) 0,934 1,009 1,084 1,159 Met + cis digestível (%) 0,674 0,728 0,784 0,838 Treonina digestível (%) 0,645 0,645 0,645 0,660 Triptofano digestível (%) 0,202 0,202 0,202 0,202 Valina digestível (%) 0,808 0,811 0,872 0,932 Isoleucina digestível (%) 0,747 0,747 0,747 0,788 Arginina digestível (%) 1,237 1,237 1,237 1,268

Cálcio (%) 0,874 0,874 0,874 0,874

Sódio (%) 0,192 0,192 0,192 0,192

Fósforo disponível (%) 0,406 0,406 0,406 0,406 1 Conteúdo/kg: vit. A - 15.000.000 UI; vit. D3 - 1.500.000 UI; vit. E - 15.000 UI; vit. B1 - 2,0 g;

vit. B2 - 4,0 g; vit. B6 - 3,0 g; vit. B12 - 0,015 g; ácido nicotínico - 25 g; ácido pantotênico - 10 g; vit. K3 - 3,0 g; ácido fólico - 1,0 g; bacitracina de zinco - 10 g; selênio - 250 mg; antioxidante BHT - 10 g; e veículo q.s.p. – 1.000 g.

2 Conteúdo/kg: manganês, 80 g; ferro, 80 g; zinco, 50 g; cobre, 10 g; cobalto, 2 g; iodo, 1 g; e

veículo q.s.p. 1.000 g.

3 Salinomicina sódica – 60 ppm. 4 Hidroxi-butil-tolueno.

5 Surmax.

(40)

28

Tabela 3 – Composição em aminoácidos totais e digestíveis dos ingredientes das rações experimentais

Milho Farelo de soja

(%)

AAT1 AAD2 AAT1 AAD2

Lisina 0,215 0,174 2,770 2,473

Met + cis 0,330 0,289 1,274 1,108

Treonina 0,254 0,214 1,767 1,544

Isoleucina 0,219 0,200 2,082 1,872

Arginina 0,338 0,313 3,332 3,129

Valina 0,318 0,283 2,163 1,906

Triptofano 0,057 0,049 0,615 0,516

Leucina 0,795 0,760 3,467 3,106

Fenilalanina 0,326 0,304 2,325 2,108

Histidina 0,216 0,199 1,210 1,102

Proteína bruta 7,3 45,9

1 Aminoácidos totais, determinados pelo Laboratório da Degussa – Animal Nutrition Service –

São Paulo, SP.

2 Aminoácidos digestíveis, calculados com base nos coeficientes de digestibilidade descritos

nas Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos (2000).

Federal de Viçosa – UFV, de acordo com os métodos descritos por Silva (1990).

As aves foram pesadas no início e ao final do período experimental para determinação do ganho de peso (GP). O consumo de ração (CR) foi calculado pela diferença entre o total de ração fornecido e as sobras de ração dos comedouros e do piso dos compartimentos. Com base no CR e no GP, foi calculada a conversão alimentar (CA).

Durante o período experimental, no 27o, 32o, 37o e 42o dias de idade, três aves de cada unidade experimental foram recolhidas aleatoriamente, em horário padronizado (8 h), para verificação da temperatura retal (com o uso de teletermômetro YSI, modelo 4600) e das temperaturas superficiais de crista, de peito e de perna (com o uso de termômetro de infravermelho Raytec, modelo Minitemp MT4), que caracterizaram os parâmetros fisiológicos.

(41)

29

O rendimento de carcaça foi determinado com base no peso vivo após jejum alimentar, enquanto os rendimentos dos cortes nobres foram determinados com base no peso da carcaça eviscerada e depenada.

Além das características de desempenho (CR, GP e CA), foram avaliados os pesos absolutos e os rendimentos de carcaça e dos cortes nobres (peito com osso, peito sem osso, pernas, coxa e sobrecoxa) e os parâmetros fisiológicos das aves.

As análises estatísticas das carcaterísticas estudadas foram realizadas utilizando-se o pacote computacional SAEG 9.0 (Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas), desenvolvido na Universidade Federal de Viçosa – UFV.

(42)

30

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Desempenho

Não se observou efeito das interações (P>0,05) entre os níveis de lisina digestível da ração e a temperatura ambiente sobre nenhuma das variáveis de desempenho estudadas (Tabela 4). Da mesma forma, Mendes et al. (1997) e Martinez et al. (2002) não encontraram interações entre os níveis de lisina e a temperatura ambiente quando avaliaram os efeitos dos níveis de lisina da ração sobre o desempenho de frangos de corte mantidos em diferentes temperaturas. Com esses resultados, ficou evidenciado que o comportamento das respostas aos níveis de lisina da ração não é modificado pela temperatura ambiente em frangos de corte na fase de crescimento.

Os valores médios de desempenho e de consumo de lisina digestível em frangos de corte no período de 22 a 42 dias mantidos em diferentes temperaturas recebendo rações com diferentes níveis de lisina digestível, assim como as equações de regressão referentes a cada uma dessas variáveis, são apresentados na Tabela 5.

O consumo de ração (CR) não foi influenciado (P>0,05) pelos níveis de lisina digestível da ração, no entanto, observou-se redução linear (P<0,01) de 32,4 g no CR das aves para cada unidade de temperatura acrescida (Figura 1). Resultados semelhantes foram obtidos por Mendes et al. (1997) e Martinez et al. (2002), ao estudarem os efeitos dos níveis de lisina em frangos de corte mantidos em diferentes temperaturas. Esses autores não observaram variação no CR em resposta aos níveis de lisina da ração, mas verificaram redução com o aumento da temperatura ambiente.

(43)

31

Tabela 4 - Resumo da análise de variância e dos coeficientes de variação referentes ao consumo de ração (CR), ao ganho de peso (GP), ao consumo de lisina digestível (CL) e à conversão alimentar (CA) de frangos de corte no período de 22 a 42 dias de idade

Quadrados médios

FV GL CR GP CL CA

Temperatura 3 326569,8** 101545,3** 36,0400** 0,05682928** Nível de lisina 3 16250,5 4954,6 163,1363** 0,01831618** Temperatura x lisina 9 17835,1 1020,9 2,1058 0,00462646 Resíduo 70 12551,0 3557,9 1,3500 0,00417576

CV (%) 3,70 3,38 3,67 3,76

**Significativo a 1% de probabilidade.

Tabela 5 – Valores médios de desempenho e consumo de lisina digestível de frangos de corte no período de 22 a 42 dias de idade mantidos em diferentes temperaturas recebendo diferentes níveis de lisina digestível na ração

Temperatura ambiente (ºC) Lisina digestível

(%) 18,5 21,1 24,5 27,0 Média Consumo de ração1 (g)

0,934 3229 (5)# 3098 (5) 3039 (6) 2926 (5) 3073 1,009 3079 (6) 3175 (5) 2878 (6) 2913 (6) 3011 1,084 3149 (5) 3112 (5) 2940 (5) 2909 (5) 3028 1,159 3215 (5) 3032 (5) 2958 (6) 2874 (6) 3020

Média 3168 3104 2954 2906

Ganho de peso2 (g)

0,934 1772 (5) 1815 (5) 1737 (6) 1651 (5) 1744 1,009 1772 (6) 1866 (5) 1750 (6) 1699 (6) 1772 1,084 1777 (5) 1860 (5) 1789 (5) 1685 (5) 1778 1,159 1773 (5) 1865 (5) 1763 (6) 1689 (6) 1773

Média 1774 1852 1760 1681

Consumo de lisina digestível3 (g)

0,934 30,2 (5) 28,9 (5) 28,4 (6) 27,3 (5) 28,7 1,009 31,1 (6) 32,0 (5) 29,0 (6) 29,4 (6) 30,4 1,084 34,1 (5) 33,7 (5) 31,9 (5) 31,5 (5) 32,8 1,159 37,3 (5) 35,1 (5) 34,3 (6) 33,3 (6) 35,0

Média 33,1 32,5 30,9 30,5

Conversão alimentar4 (g/g)

0,934 1,82 (5) 1,71 (5) 1,75 (6) 1,77 (5) 1,76 1,009 1,74 (6) 1,70 (5) 1,65 (6) 1,72 (6) 1,70 1,084 1,77 (5) 1,67 (5) 1,64 (5) 1,73 (5) 1,70 1,159 1,81 (5) 1,63 (5) 1,68 (6) 1,70 (6) 1,71

Média 1,79 1,68 1,68 1,73

1 CR = 3768,96 - 32,4062** T (r2 = 0,97).

2 GP = - 496,503 + 216,443** T - 5,04053** T2 (R2 = 0,90). 3 CL = 9,70733 - 0,340076** T + 28,4201** L (R2 = 0,95).

4 CA = 7,88705 - 0,23821** T - 6,39921** L + 0,00510987** T2 + 2,94766** L2 (R2 = 0,78). # Número de repetições.

(44)

32

Figura 1 – Estimativa do consumo de ração (CR) de frangos de corte dos 22 aos 42 dias de idade em função da temperatura ambiente (T).

Com os resultados de CR obtidos neste estudo, evidenciou-se também que os frangos de corte não ajustaram seu consumo voluntário de alimento em função do nível de lisina da ração, o que está de acordo com os resultados obtidos por diversos autores (Costa et al., 2001; Borges et al., 2002; Valerio et al., 2003; Takeara et al., 2005; Amarante Jr. et al., 2005; Lana et al., 2005), que também não constataram variação no CR de frangos de corte em crescimento em função do nível de lisina da ração.

Em contrapartida, Conhalato et al. (1999) e Valerio et al. (2001a) verificaram variação no CR de frangos recebendo diferentes níveis de lisina na ração no período de 22 a 42 dias.

Não houve efeito (P>0,05) dos níveis de lisina digestível da ração sobre o ganho de peso (GP) das aves, que, no entanto, variou de forma quadrática (P<0,01) em função da temperatura ambiente, apresentando valor máximo de GP (1.827 g) na temperatura estimada de 21,5ºC (Figura 2). Esse resultado está coerente com os relatos de Rostagno (1995) e Macari (2001) de que a faixa de conforto térmico para frangos de corte em crescimento é de 21 a 23ºC.

CR = 3768,96 - 32,4062 T (r2 = 0,97)

Consumo de ração (g)

(45)

33

Figura 2 – Estimativa do ganho de peso (GP) de frangos de corte dos 22 aos 42 dias de idade em função da temperatura ambiente (T).

Contrariando os resultados deste estudo, diversos autores obtiveram melhora no GP de frangos de corte em fase de crescimento em resposta a níveis crescentes de lisina na ração (Baker & Han, 1994; Conhalato et al., 1999; Costa et al., 2001; Valerio et al., 2001a; Valerio et al., 2001b; Valerio et al., 2003; Borges et al., 2002; Takeara et al., 2005; Lana et al., 2005; Amarante Jr. et al., 2005). A diferença nos resultados pode ser atribuída a diversos fatores, entre eles, a utilização de diferentes ingredientes no preparo das rações experimentais, a variação do conteúdo de energia e aminoácidos, a utilização de diferentes linhagens de frangos de corte, além do delineamento experimental e dos métodos de análise dos dados utilizados.

O consumo de lisina das aves foi influenciado (P<0,01) de forma linear crescente pelos níveis de lisina digestível da ração e de forma linear decrescente pela temperatura ambiente (Figura 3). Esses resultados podem ser justificados pelo fato de o nível de lisina digestível da ração não ter influenciado o CR das aves, que, por sua vez, reduziu de forma linear à medida que a temperatura ambiente aumentou.

GP = - 496,503 + 216,443 T – 5,04053 T2 (R2 = 0,90)

Ganho de peso (g)

(46)

34

Figura 3 – Estimativa do consumo de lisina digestível (CL) de frangos de corte dos 22 aos 42 dias de idade em função do nível de lisina digestível da ração (L) e da temperatura ambiente (T).

Foram observados efeitos (P<0,01) dos níveis de lisina da ração e da temperatura ambiente sobre a conversão alimentar (CA) das aves (Figura 4), sendo o melhor resultado (1,64) obtido com o nível de lisina digestível estimado de 1,085% e com a temperatura estimada de 23,3ºC. Com base no modelo ajustado pela análise de regressão e nos cortes realizados no gráfico da Figura 4 para as diferentes temperaturas, pode-se afirmar que, embora o nível de 1,085% de lisina digestível tenha proporcionado os melhores resultados em todas as temperaturas avaliadas, os menores valores absolutos de CA foram obtidos na temperatura de 24,5ºC (Figura 5). Esses dados sugerem que a temperatura ambiente influenciou a eficiência com que as aves utilizaram a lisina para ganho de peso.

Ao analisar a relação entre o consumo de lisina digestível e o GP das aves nas diferentes temperaturas, verificou-se a demanda estimada de 18,66; 17,55; 17,56 e 18,14 g de lisina/kg de GP quando as aves foram mantidas a 18,5; 21,1; 24,5 e 27,0ºC, respectivamente. Esses valores evidenciaram que as

CL = 9,70733 – 0,340076 T + 28,4201 L

Temperatura ambiente (ºC)

Consumo de lisina digest

ível (g)

Nível de lisina digest

ível (%) (R2= 0,95)

CL = 9,70733 – 0,340076 T + 28,4201 L

Temperatura ambiente (ºC)

Consumo de lisina digest

ível (g)

Nível de lisina digest

ível (%) CL = 9,70733 – 0,340076 T + 28,4201 L

Temperatura ambiente (ºC)

Consumo de lisina digest

ível (g)

Nível de lisina digest

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35

Figura 4 – Estimativa da conversão alimentar (CA) em frangos de corte dos 22 aos 42 dias de idade em função do nível de lisina digestível da ração (L) e da temperatura ambiente (T).

Figura 5 – Efeito do nível de lisina digestível da ração sobre a conversão alimentar de frangos de corte mantidos em diferentes temperaturas dos 22 aos 42 dias de idade

Conversã

o alimentar (g/g)

Nível de lisina digestível (%)

CA = 7,88705 – 0,23821 T - 6,39921 L + 0,00510987 T2+ 2,94766 L2 (R2= 0,78)

Temperatura ambiente (

ºC)

Conversão alimentar (g/g)

Nível de lisina digestível (%)

CA = 7,88705 – 0,23821 T - 6,39921 L + 0,00510987 T2+ 2,94766 L2 (R2= 0,78)

CA = 7,88705 – 0,23821 T - 6,39921 L + 0,00510987 T2+ 2,94766 L2 (R2= 0,78)

Temperatura ambiente (

ºC)

Conversão alimentar (g/g)

(48)

36

aves mantidas em 21,1 e 24,5ºC utilizaram com maior eficiência a lisina da ração, quando comparadas àquelas mantidas em 18,5 e 27,0ºC.

A menor demanda de lisina por quilo de GP observada nas aves mantidas em temperaturas de 21,1 a 24,5ºC comprovam os relatos de Rostagno (1995) e Macari (2001) de que a faixa de conforto térmico de frangos de corte em crescimento é de 20 a 23ºC.

A condição ótima para melhor CA das aves foi obtida com o nível estimado de 1,085% de lisina digestível e com a temperatura ambiente estimada de 23,3ºC. Em frangos de corte mantidos em ambiente termoneutro (23,8ºC), Lana et al. (2005) obtiveram resultados similares e recomendaram 1,075% de lisina digestível na ração para melhor desempenho das aves no período de 22 a 42 dias de idade.

O valor estimado de 1,085% de lisina digestível na ração obtido nesse estudo foi superior ao recomendado por Rostagno et al. (2000), de 1,045% para frangos de 22 a 42 dias de idade, mas coerente com os obtidos por Rostagno et al. (2005), pois foi intermediário aos níveis de 1,099 e 1,048% de lisina digestível recomendados para frangos de corte nas fases de 22 a 33 e 34 a 42 dias de idade, respectivamente.

Quando trabalharam com frangos mantidos sob estresse por frio (15,6ºC) ou calor (29ºC), Valerio et al. (2001a) e Valerio et al. (2003) recomendaram, respectivamente 1,015 e 1,022% de lisina digestível na ração para frangos de corte na fase de 22 a 42 dias de idade. Esses resultados sugerem que as exigências de lisina digestível são modificadas quando os frangos são mantidos em temperatura ambiente fora da faixa de termoneutralidade (19 a 27ºC).

Carcaça e cortes nobres

Não houve efeito da interação (P>0,05) entre os níveis de lisina digestível da ração e a temperatura ambiente para nenhuma das características de carcaça e cortes nobres avaliados neste estudo (Tabela 6). De forma similar, Mendes et al. (1997) e Martinez et al. (2002) não observaram interação níveis de lisina x temperatura ambiente quando avaliaram os efeitos

Imagem

Tabela 1  – Condições ambientais observadas nos interior das câmaras  climáticas durante o período experimental
Tabela 2 – Composição percentual das rações experimentais
Tabela 3 – Composição em aminoácidos totais e digestíveis dos ingredientes  das rações experimentais
Tabela 5 – Valores médios de desempenho e consumo de lisina digestível de  frangos de corte no período de 22 a 42 dias de idade mantidos em  diferentes temperaturas recebendo diferentes níveis de lisina  digestível na ração  Temperatura ambiente (ºC) Lisin
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