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Características estruturais da economia brasileira

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Academic year: 2017

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(1)

Características

 

estruturais

 

da

 

economia

 

brasileira

Samuel Pessoa Ibre‐FGV

(2)

Roteiro:

1. Crescimento

 

liderado

 

por

 

produtividade

2. Carência

 

de

 

poupança

3. Forma

 

saudável

 

de

 

financiamento

 

externo

4. Déficit

 

externo

 

sustentável

 

elevou

se

5. Inserção

 

externa

6. Conclusão

(3)

Crescimento

 

liderado

 

por

 

elevação

 

da

 

PTF

Produto PTF K L

0,056 0,007 0,023 0,026

12 41 47

0,031 0,009 0,008 0,014

30 26 44

0,037 0,024 0,004 0,009

64 12 24

0,053 0,028 0,009 0,016

53 17 30

0,050 0,029 0,011 0,010

57 23 19

0,045 0,019 0,011 0,015

43 25 33

2003-2004

Decomposição do Crescimento: Produtividade e Fatores

2007-2008

2003-2008 2004-2005 2005-2006

(4)

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 1 9 9 1   T1 1 9 9 1   T3 1 9 9 2   T1 1 9 9 2   T3 1 9 9 3   T1 1 9 9 3   T3 1 9 9 4   T1 1 9 9 4   T3 1 9 9 5   T1 1 9 9 5   T3 1 9 9 6   T1 1 9 9 6   T3 1 9 9 7   T1 1 9 9 7   T3 1 9 9 8   T1 1 9 9 8   T3 1 9 9 9   T1 1 9 9 9   T3 2 0 0 0   T1 2 0 0 0   T3 2 0 0 1   T1 2 0 0 1   T3 2 0 0 2   T1 2 0 0 2   T3 2 0 0 3   T1 2 0 0 3   T3 2 0 0 4   T1 2 0 0 4   T3 2 0 0 5   T1 2 0 0 5   T3 2 0 0 6   T1 2 0 0 6   T3 2 0 0 7   T1 2 0 0 7   T3 2 0 0 8   T1 2 0 0 8   T3 2 0 0 9   T1 Taxa de Investimento 

Elevação do gasto autônomo

2005 T1 14,7

(5)

‐5 0 5 10 15 20

Poupança externa (% PIB)

Poupança Pública

(6)

Por

 

que

 

a

 

poupança

 

é tão

 

baixa?

Há evidências

 

com

 

dados

 

de

 

cross

section

que

 

a

 

poupança

 

e

 

o

 

crescimento

 

correlacionam

se

 

positivamente

Explicações:

– Keynes: princípio da demanda efetiva

– Clássica: a elevação da renda eleva a poupança  dos trabalhadores ativos mas não eleva a 

(7)

Por

 

que

 

a

 

poupança

 

é tão

 

baixa?

• A valorização do câmbio no período sugere que a 

explicação keynesiana não se ajusta bem ao 

período

• Minha impressão:

– No Brasil uma série de políticas e regras 

previdenciárias – elevação do salário mínimo, 

aposentadoria integral dos funcionários públicos – fazem com que o crescimento eleve a renda 

permanente mais do que a corrente

(8)

Minha

 

interpretação

 

é que

 

teremos

 

que

 

contar

 

com

 

poupança

 

externa

• Qual é a capacidade do Brasil absorver poupança externa?

• Penso que quatro característica recentes elevaram em  muito esta capacidade

– Câmbio flutuante

– Dívida em moeda local

– Parte expressiva do passivo externo líquido em renda variável:  IED e portfólio

– Elevadas reservas governamentais

• Estrutura de financiamento externo próxima à da Austrália

• Não me parece impossível déficits persistentes de 4,5% do  PIB ao longo de uma década ou mais se...

(9)

‐300000 ‐200000 ‐100000 0 100000 200000 300000 400000 500000 600000 700000 1 2   2 0 0 1 0 6   2 0 0 2 1 2   2 0 0 2 0 6   2 0 0 3 1 2   2 0 0 3 0 6   2 0 0 4 1 2   2 0 0 4 0 6   2 0 0 5 1 2   2 0 0 5 0 6   2 0 0 6 1 2   2 0 0 6 0 6   2 0 0 7 1 2   2 0 0 7 0 6   2 0 0 8 1 2   2 0 0 8 0 6   2 0 0 9

Figura 14: Fontes de Financiamento e Passivo Externo Líquido

Investimento estrangeiro direto

Investimentos em carteira

Derivativos

Outros investimentos

Reservas

(10)
(11)

Inserção

 

externa

• No último ciclo de crescimento as exportações 

cresceram fortemente

• As exportações de bens manufaturados também 

cresceram muito

• No entanto o crescimento das exportações de 

manufaturados deveu‐se ao crescimento do 

mercado da América do Sul

• O forte crescimento das exportações para a 

China é praticamente de 100% de produtos 

primários

• O que ocorrerá quando a China competir com o 

(12)

Básicos Manufaturados Semi-manufaturados

2003 100 100 100

2004 113 126 107

2005 121 140 114

2006 129 143 118

2007 144 147 119

2008 144 140 118

2009 137 96 98

2003-2004 13 26 7

2004-2005 7 11 6

2005-2006 6 2 4

2006-2007 12 3 1

2007-2008 0 -5 -1

2008-2009 -5 -31 -17

Tabela 8: Índice de Quantum das Exportações por Grupos

(13)

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

América do Sul 35 36 33 26 29 33 35 36 38 39 Mercosul 22 22 17 9 13 15 17 17 19 22 Aladi (exceção Mercosul) 12 14 16 18 16 17 18 19 18 18

EUA 28 30 34 36 33 28 25 23 19 18

UE 20 18 16 17 17 19 17 17 19 19

Ásia 6 5 5 7 7 6 6 6 5 6

Oriente Médio 1 1 2 2 2 2 3 3 3 2

Africa 3 3 4 5 5 5 7 5 7 7

Outros 7 7 7 7 7 7 9 9 9 9

(14)

Ásia/Pacífico Argentina Chile China EUA Mercosul México UE

2002 34 -16 24 97 15 -15 31 24

2003 8 103 27 34 2 82 12 10

2004 0 21 12 -11 11 18 32 18

2005 20 16 17 61 -2 14 -7 -9

2006 -12 4 -16 -9 -6 7 -9 14

2007 4 18 1 6 -6 17 0 13

2008 28 -21 6 -21 -17 -18 -24 -16

2003-2008 52 179 48 45 -19 150 -5 29

2009 -6 -37 -41 51 -34 -35 -46 -20

(15)

O

 

que

 

ocorreu?

• O forte crescimento da China e de outros países 

asiáticos elevou os preços dos bens primários

• Consequentemente elevou‐se a renda da 

América do Sul

• A elevação da demanda da América do Sul por 

manufaturas sustentou o crescimento das 

exportações brasileiras de manufaturas

• Em algum momento adiante a China entrará no 

(16)

Uma

 

nota:

Por

 

enquanto

 

o

 

Brasil

 

não

 

tem

 

se

 

beneficiado

 

diretamente

 

do

 

crescimento

 

dos

 

preços

 

das

 

commodities

(17)

50 70 90 110 130 150 170 190 210 230 250 19 98 .0 1 19 98 .0 6 19 98 .1 1 19 99 .0 4 19 99 .0 9 20 00 .0 2 20 00 .0 7 20 00 .1 2 20 01 .0 5 20 01 .1 0 20 02 .0 3 20 02 .0 8 20 03 .0 1 20 03 .0 6 20 03 .1 1 20 04 .0 4 Figura 10: Índices de preços de Exportados, Importados, Termos

de Troca e CRB

(18)

Conclusão

As

 

características

 

estruturais

 

de

 

nossa

 

economia

– Carência de poupança

– Facilidade (possível) de financiamento externo

– Forte vantagem comparativa em produtos 

primários

...

 

apontam

 

que

 

haverá nos

 

próximos

 

anos

 

(19)

Conclusão

Seremos

 

uma

 

economia

 

com

 

forte

 

especialização

 

em

 

bens

 

tradables

primários

 

e

 

em

 

serviços

Problema:

 

sem

 

resolver

 

o

 

nó educacional

 

é

difícil

 

imaginarmos

 

uma

 

economia

 

moderna

 

com

 

esse

 

padrão

 

de

 

especialização

Serviços

 

modernos

 

são

 

intensivos

 

em

 

capital

 

(20)

Críticas

 

ao

 

PL

 

do

 

pré

sal

O

 

marco

 

regulatório

 

vigente

 

é muito

 

eficiente

O

 

argumento

 

de

 

que

 

a

 

redução

 

do

 

risco

 

exploratório

 

requer

 

alteração

 

do

 

marco

 

regulatório

 

não

 

procede

É necessário

 

mostrar

 

que

 

o

 

marco

 

regulatório

 

vigente

 

não

 

é apropriado

 

à nova

 

situação

Esta

 

demonstração

 

não

 

foi

 

oferecida

 

à

(21)

Críticas

 

ao

 

PL

 

do

 

pré

sal

• O marco regulatório vigente é muito flexível

• Com as três formas de renda governamental – bônus  de assinatura, royalty e participação especial – é

possível replicar qualquer contrato com alterações  mínimas na lei atual

– Eliminar a necessidade do pagamento do royalty

– Elevar a alíquota máxima da PE que hoje é de 40%

• A ANP dispõe de instrumentos para garantir que a 

lavra observará as melhores práticas da indústria, isto  é, que o ritmo de exploração objetivará a máxima 

(22)

Críticas

 

ao

 

PL

 

do

 

pré

sal

• O novo marco regulatório é confuso:

• Mistura três sistemas:

– Concessão

– Partilha

– Cessão de direitos

• A cessão de direitos para a Petrobrás de 5 bilhões  de barris de petróleo (1/3 das reservas atuas 

exclusive pré‐sal) representa elevadíssima 

transferência de recursos da União à empresa, 

(23)

Críticas

 

ao

 

PL

 

do

 

pré

sal

• Parece‐me que o objetivo de toda a mudança é fazer  política industrial para nacionalizar a indústria

• Não há argumentos microeconômicos que justifiquem  esse curso de ação

– O petróleo é uma indústria madura no Brasil

– Somos líderes em algumas áreas

• Do ponto de vista macro a elevação do requerimento  de nacionalização, associada à nossa carência de 

Imagem

Figura 14: Fontes de Financiamento e Passivo Externo Líquido
Tabela 8: Índice de Quantum das Exportações por Grupos
Tabela 9: Taxa Crescimento de Quantum Exportado por Blocos e Países
Figura 10: Índices de preços de Exportados, Importados, Termos  de Troca e CRB

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