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Avaliação de competências profissionais de aprendizes com deficiência: um estudo de caso

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MARCO AURÉLI O ZANOTE

AVALI AÇÃO DE COMPETÊNCI AS PROFI SSI ONAI S DE APRENDI ZES COM DEFI CI ÊNCI A: UM ESTUDO DE CASO

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MARCO AURÉLI O ZANOTE

AVALI AÇÃO DE COMPETÊNCI AS PROFI SSI ONAI S DE APRENDI ZES COM DEFI CI ÊNCI A: UM ESTUDO DE CASO

Tese apresent ada par a Defesa no

Pr ogr am a de Pós- Gr aduação em Educação da Faculdade de Filosofia e

Ciências da Univer sidade Est adual

Paulist a, Cam pus de Mar ília, com o

exigência par cial par a obt enção do t ít ulo de Dout or em Educação ( Ár ea de Concent r ação: Ensino na Educação Br asileir a, Linha de Pesquisa: Educação Especial no Br asil) .

Or ient ador : Pr of. Dr . Eduar do José Manzini

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Ficha cat alogr áfica elabor ada pelo Ser viço Técnico de Bibliot eca e Docum ent ação – UNESP – Cam pus de Mar ília

Zanot e, Mar co Aur élio.

Z33a Avaliação de com pet ências profissionais de apr endizes com deficiência: um est udo de caso/ Mar co Aurélio Zanot e. Marília, 2011.

172 f.; 30 cm .

Tese ( dout orado – Educação) – Univer sidade Est adual Paulist a, Faculdade de Filosofia e Ciências, 2011

Bibliografia: f. 141- 153

Orient ador: Eduardo José Manzini

1. Deficient es – Orient ação profissional - Brasil.

2. Aj uda federal aos ser viços para deficient es. 3 Mercad o de t rabalho - Deficient es – I nclusão. 4 . Pr ogram as de aprendizagem . I . Aut or . I I . Tít ulo.

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MARCO AURÉLI O ZANOTE

AVALI AÇÃO DE COMPETÊNCI AS PROFI SSI ONAI S DE APRENDI ZES COM DEFI CI ÊNCI A: UM ESTUDO DE CASO

COMI SSÃO JULGADORA

TESE PARA OBTENÇÃO DO TÍ TULO DE DOUTOR

Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP

Ár ea de Conhecim ent o: Educação

__________________________________________________________ Pr esident e: Pr of. Dr . Eduar do José Manzini

__________________________________________________________ 2º Exam inador : Pr of.ª Dr .ª Eliza Dieko Oshir o Tanaka

__________________________________________________________ 3º Exam inador : Pr of. Dr . Miguel Cláudio Mor iel Chacon

__________________________________________________________ 4º Exam inador : Pr of.ª Dr .ª Mar ia de Lour des Mor ales Hor iguela

__________________________________________________________ 5º Exam inador : Pr of.ª Dr .ª Mar ia Cr ist ina Mar quezine

(5)

AGRADECI MENTOS

A Deus Pai, por m e sust ent ar em t odos esses anos de vida e, especialm ent e, dur ant e a cam inhada par a a const r ução dest a t ese.

A Jesus Cr ist o, pela Luz divina, da qual sem pr e m e beneficiei nos m om ent os de insegur ança.

À m inha quer ida esposa Adr iane, que, exer cendo a t r ipla j or nada de m ãe, esposa e am iga, sem pr e m e ouviu, m e aj udou e m e am ou, apesar das dificuldades da cam inhada.

A m eus filhos am ados, João Pedr o, Mat heus Henr ique e Mar ia Am élia, bênçãos de Deus, que m e ensinam a cada dia o sent ido da vida.

A m eus pais, Dur valino e Am élia ( in m em or ian) , por t erem sido inst r um ent os nas m ãos de Deus, par a que eu pudesse nascer .

À m inha sogr a Ter esinha, pelo apoio no cuidado e car inho dispensado aos m eus filhos dur ant e as longas hor as dedicadas ao dout or ado.

Ao m eu Or ient ador , Pr ofessor Eduar do José Manzini, pela or ient ação dur ant e t odo o t r abalho e pela com pr eensão nos m om ent os difíceis.

Aos Pr ofessor es Miguel Chacon e Eliza Tanaka, pelas pr eciosas sugest ões dur ant e o exam e de qualificação.

À Pr ofessor a Ana Luisa Rest ani, por acr edit ar no m eu t r abalho e pelo apoio dur ant e os anos de cur so no dout or ado.

À Lea Depr esbít er is, pela leit ur a cr ít ica de m eu t r abalho e pelas pr eciosas consider ações dur ant e o pr ocesso.

À Pr ofessor a Mar ia José Mat sushit a, pela cr it er iosa r evisão or t ogr áfica e pelo apoio de sem pr e.

Ao Mar inus Jan Van Der Molen, super int endent e da Espr o, pela acolhida e per m issão da r ealização da colet a de dados par a essa pesquisa.

(6)

ZANOTE, M. A. Avaliação de com pet ências pr ofissionais de apr endizes com deficiência: um est udo de caso. 2011. 180f. Tese ( Dout or ado em Educação) – Faculdade de Filosofia e Ciências – Univer sidade Est adual Paulist a, 2011.

RESUMO

Nest a t ese, apr esent a- se um panor am a da Educação Pr ofissional no Br asil, enfat izando- se o desenvolvim ent o de com pet ências pr ofissionais por m eio de pr ogr am as de apr endizagem de j ovens de 14 a 24 anos, sobr et udo os com deficiência, visando à sua inclusão no m er cado de t r abalho. O obj et ivo é avaliar o desenvolvim ent o das com pet ências pelos apr endizes com deficiência na per spect iva dos pr ópr ios apr endizes, de t ut or es e pr ofessor es em t rês m om ent os específicos. O m ét odo paut ou- se na abor dagem de est udo de caso, que cont ou com cinco apr endizes com deficiência, cinco docent es que m inist r am aulas na apr endizagem t eór ica e t r ês t ut or es que acom panham a apr endizagem pr át ica nas em pr esas cont r at ant es. A inst it uição pesquisada é a Associação de Ensino Social Pr ofissionalizant e ( Espr o) . Ela ofer ece pr ogr am as de aprendizagem em confor m idade ao dispost o na Lei federal nº 10.097/ 00 para a for m ação de apr endizes em t odo o País. Os inst r um ent os ut ilizados par a a colet a dos dados for am r elações de com pet ências const ant es das m at r izes par a avaliação, sendo 17 com pet ências par a a Capacit ação Básica e 32 par a o Pr ogr am a de Apr endizagem em Técnicas Básicas Adm inist r at ivas. Esses inst r um ent os possibilit ar am conhecer a opinião dos pr ofessor es, t ut or es e apr endizes sobr e o desenvolvim ent o das com pet ências t ant o nas at iv idades t eór icas, quant o nas pr át icas do pr ogr am a de apr endizagem . A colet a dos dados foi r ealizada em t r ês fases: Fase 1 no início do pr ogr am a; Fase 2 decor r idos cinco m eses; Fase 3 decor r idos oit o m eses. A análise dos dados possibilit ou a com par ação ent r e a opinião dos at or es e os r esult ados t r aduzidos em per cent uais. Esses r esult ados dem onst r am que, na Fase 1, confor m e os cr it ér ios est abelecidos, houve bom desenvolvim ent o de com pet ências. Já na Fase 3, 17 com pet ências aum ent ar am de escor e, 14 per m anecer am no m esm o escor e obt ido na Fase 2 e apenas um a dim inuiu de escor e. Concluiu- se que o pr ogr am a de apr endizagem cont r ibuiu par a o desenvolvim ent o de com pet ências de apr endizes com deficiência, o que pode significar a inclusão desses j ovens no m er cado de t r abalho.

(7)

ZANOTE, M. A. Assessm ent of pr ofessional sk ills of lear ner s w it h

disabilit ies: a case st udy . 2011. 180f. ( Doct or at e in Educat ion) - Facult y of Philosophy and Sciences – St at e Univer sit y Paulist a, 2011.

ABSTRACT

This t hesis pr esent s an over view of pr ofessional educat ion in Br azil, em phasizing t he developm ent of pr ofessional sk ills t hr ough appr ent iceship pr ogr am s for young people aged 14 t o 24 year s, especially t hose w it h disabilit ies, seeking it s inclusion in t he labor m ar ket . The obj ect ive is t o evaluat e com pet ence developm ent by lear ner s w it h disabilit ies fr om t he per spect ive of t heir ow n lear ner s, t ut or s and t eacher s at t hr ee specific t im es. The m et hod w as based on case st udy appr oach, w hich had five st udent s w it h disabilit ies, five facult y m em ber s w ho t each classes in lear ning t heor y and t hr ee t ut or s w ho accom pany t he lear ning pr act ice in cont r act ing com panies. The r esear ch inst it ut ion is t he Associat ion of Pr ofessional Social Teaching ( Rot ar y Club volunt eer s) . I t pr ovides lear ning pr ogr am s in accor dance w it h t he pr ovisions of Feder al Law No. 10.097/ 00 for t he t r aining of appr ent ices t hr oughout t he count r y The inst r um ent s used for dat a collect ion w er e relat ions of j ur isdict ions in t he m at r ices for evaluat ion, and 17 skills for t r aining Basic and 32 for t he Lear ning Pr ogr am m e in Basic Technical Adm inist r at ion. These inst r um ent s m ade it possible t o know t he opinions of t eacher s, t ut or s and lear ner s on developm ent of sk ills in bot h t heor et ical act iv it ies, t he pr act ice of t he lear ning pr ogr am . Dat a collect ion w as per for m ed in t hr ee phases: Phase 1 pr ogr am at t he beginning of Phase 2 aft er five m ont hs, Phase 3 aft er eight m ont hs. The dat a analysis allow s t he com par ison bet w een t he view s of st akeholder s and t he r esult s t r anslat ed int o per cent ages. These r esult s dem onst r at e t hat , in Phase 1, accor ding t o est ablished cr it er ia, t her e w as good developm ent of skills. Alr eady in Phase 3, 17 skills scor es incr eased, 14 r em ained t he sam e scor e obt ained in Phase 2 and only one dr opped scor e. I t w as concluded t hat t he lear ning pr ogr am cont r ibut ed t o t he developm ent of skills of lear ner s w it h disabilit ies, w hich m ay m ean t he inclusion of yout h in t he labor m ar ket .

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LI STA DE ABREVI ATURAS E SI GLAS

AACD – Associação de Assist ência à Cr iança Deficient e

CBT – Capacit ação Básica par a o Tr abalho

CEB – Câm ar a de Educação Básica

CEP – Com it ê de Ét ica e Pesquisa

CFE – Conselho Feder al de Educação

CI F – Classificação I nt er nacional de Funcionalidade, I ncapacidade e Saúde

CLT – Consolidação das Leis do Tr abalho

CMDCA – Conselho Municipal dos Dir eit os da Cr iança e do Adolescent e

CNE – Conselho Nacional de Educação

CNS – Conselho Nacional de Saúde

CRA – Cent r al de Relacionam ent o com o Apr endiz

Conade – Conselho Nacional das Pessoas com Deficiência

Cor de – Coor denador ia Nacional par a a I nt egr ação da Pessoa com

Deficiência

EaD – Educação a Dist ância

ECA – Est at ut o da Cr iança e do Adolescent e

Espr o – Associação de Ensino Social Pr ofissionalizant e

Faet ec – Fundação de Apoio à Escola Técnica no Est ado do Rio de Janeir o

FAT – Fundo de Am par o ao Tr abalhador

Febr aban – Feder ação Br asileir a de Bancos

FGTS – Fundo de Gar ant ia por Tem po de Ser viço

Fundeb – Fundo de Desenvolvim ent o da Educação Básica

Fundef – Fundo de Desenvolvim ent o do Ensino Fundam ent al

I BGE – I nst it ut o Br asileir o de Geogr afia e Est at íst ica

I nep – I nst it ut o Nacional de Ensino e Pesquisa

I NSS – I nst it ut o Nacional de Segur idade Social

I SO – I nt er nat ional Or ganizat ion for St andar dizat ion

LDB – Lei de Dir et r izes e Bases da Educação Nacional

MEC – Minist ér io da Educação

(9)

OEA – Or ganização dos Est ados Am er icanos

OI T – Or ganização I nt er nacional do Tr abalho

OMS – Or ganização Mundial de Saúde ONG – Or ganização não Gover nam ent al ONU – Or ganização das Nações Unidas PAM – Pr ogr am a de Ações Móveis

PCN – Par âm et r os Cur r icular es Nacionais PEA – População Econom icam ent e At iv a

Planfor – Plano Nacional de Qualificação do Tr abalhador PNAD – Pesquisa Nacional por Am ost r a de Dom icílios

PNPE – Pr ogr am a Nacional de Est ím ulo ao Pr im eir o Em pr ego PNQ – Plano Nacional de Qualificação

PSAI – Pr ogr am a SENAI de Ações I nclusivas RH – Recur sos Hum anos

Sar esp – Sist em a de Avaliação do Rendim ent o Escolar do Est ado de São Paulo

SEBRAE – Ser viço Br asileir o de Apoio ao Em pr eendedor e Pequeno Em pr esár io

SENAC – Ser viço Nacional de Apr endizagem Com er cial SENAI – Ser viço Nacional de Apr endizagem I ndust r ial SENAR – Ser viço Nacional de Apr endizagem Rur al

SENAT – Ser viço Nacional de Apr endizagem dos Tr anspor t es SESC – Ser viço Social do Com ér cio

SESCOOP – Ser viço Social do Cooper at ivism o SESI – Ser viço Social da I ndúst r ia

SRTE – Secr et ar ia das Relações do Tr abalho e Em pr ego Suepr o – Super int endência de Educação Pr ofissional

UNESCO – Unit ed Nat ions Educat ional Scient ific and Cult ur al Or ganizat ion UNESP – Univer sidade Est adual Paulist a

(10)

LI STA DE FI GURA

Figur a 1 – Com par at ivo do desenvolv im ent o de com pet ências

(11)

LI STA DE QUADROS

Quadr o 1 – Car act er ização dos apr endizes ... 84

Quadr o 2 – Com pet ências na Capacit ação Básica – Fase 1 ... 88

(12)

LI STA DE TABELAS

Tabela 1 – Car act er ização dos pr ofessores ... 86

Tabela 2 – Car act er ização dos t ut or es ... 86

Tabela 3 – Car act er ização das em pr esas ... 87

Tabela 4 – Desenvolvim ent o da com pet ência e conceit o ... 95

Tabela 5 – Com par at ivo das opiniões dos at or es – Fase 1 – Capacit ação Básica par a o Tr abalho ... 96

Tabela 6 – Com par at ivo ent r e as Fases 2 e 3 – Pr ogr am a de Apr endizagem em Técnicas Básicas Adm inist r at ivas ... 109

(13)

SUMÁRI O

I NTRODUÇÃO ... 14

1 – EDUCAÇÃO PROFI SSI ONAL NO BRASI L ... 22

2 – FORMAÇÃO PROFI SSI ONAL DA PESSOA COM DEFI CI ÊNCI A NO BRASI L ... 43

3 – COMPETÊNCI AS NA EDUCAÇÃO PROFI SSI ONAL E A FORMAÇÃO DE PESSOAS COM DEFI CI ÊNCI A ... 59

4 – PROGRAMAS DE APRENDI ZAGEM ... 70

5 – MÉTODO ... 83

6 – RESULTADOS E DI SCUSSÃO ... 96

CONSI DERAÇÕES FI NAI S ... 134

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS ... 141

APÊNDI CES... 154

(14)

I NTRODUÇÃO

À luz do pensam ent o da equidade de dir eit os hum anos, um a

cat egor ia vem sendo dest acada: a das pessoas com deficiência,

consider ando- se que elas t êm o dir eit o de ser em int egr adas à v ida

econôm ica, social e cult ur al, em igualdade de opor t unidades ( BRASI L,

2004b; 2005a; 2005b; 2005c; 2006a; 2006b; 2007a) .

Em países desenvolvidos, essa ideia t em sido concr et izada por m eio

de um a int er r elação ent r e polít icas e pr át icas educat ivas ( OI T, 2004) .

Nessa per spect iva, cabe dest acar o que diz Saviani ( 2008, p. 76) da

int r ínseca r elação ent r e educação e polít ica, ou sej a, o desenvolvim ent o

da pr át ica especificam ent e polít ica pode abr ir novas per spect ivas par a o

desenvolvim ent o da pr át ica educat iva e vice- ver sa.

No Br asil, algum as polít icas t êm sido cr iadas. Com o exem plo,

pode-se cit ar a pr ópr ia LDB nº 9.394/ 96, que, por m eio de det er m inação legal,

t r ouxe gr andes avanços par a a Educação Br asileir a, inclusive par a a

Educação Pr ofissional ( BRASI L, 1996) . Além disso, polít icas educacionais e

de inser ção no m er cado de t r abalho t êm sido fom ent adas em âm bit o

nacional, com o a cr iação do Fundo de Am par o ao Tr abalhador ( FAT) ,

Fundo de Desenvolvim ent o do Ensino Fundam ent al ( Fundef) , Fundo de

Manut enção e Desenvolvim ent o da Educação Básica e de Valor ização dos

Pr ofissionais da Educação ( Fundeb) , Plano Nacional de Qualificação do

t r abalhador ( Planfor ) , além de out r as polít icas nas esfer as est aduais e

m unicipais.

Dent r e as ações par a a concret ização dessas polít icas, dest aca- se a

dos pr ogr am as de apr endizagem , desenvolvidos a par t ir de det er m inação

legal ( BRASI L, 2000) , que obr iga as em pr esas, de qualquer nat ur eza, a

(15)

de funcionár ios na condição de apr endizes. Essa lei t r az im por t ant e

cont r ibuição, j á que os apr endizes podem t er idade ent r e 14 e 24 anos

incom plet os. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Em pr egos ( PME) do

I nst it ut o Br asileir o de Geogr afia e Est at íst ica ( I BGE) , em abr il de 2009, a

t axa de desem pr ego par a as pessoas com idade ent r e 16 e 24 anos er a de

21,1% ( BRASI L, 2009c) . Adem ais, par a pessoas com deficiência,

confor m e o Decret o 5.598/ 05, não há lim it e de idade ( BRASI L, 2005c) .

Os pr ogr am as de apr endizagem são ofer ecidos pelo Sist em a “ S”

-SESI , SESC, SENAI e SENAC, ou por Or ganizações não Gover nam ent ais

( ONGs) . Os apr endizes m at r iculados nesses pr ogr am as fr equent am as

at iv idades t eór icas nessas inst it uições e as pr át icas nas em pr esas

cont r at ant es, pelo per íodo de at é dois anos ( BRASI L, 2000) .

Confor m e dados do Minist ér io do Tr abalho e Em pr ego ( MTE) , em

set em br o de 2010, havia 205.239 apr endizes cont rat ados, o que

cor r espondia a 25% da m et a de 800.000 apr endizes cont r at ados at é o

final do ano de 2010. Essa m et a foi est abelecida pelo gover no feder al em

novem br o de 2008, dur ant e a I Confer ência Nacional da Apr endizagem

Pr ofissional, pr om ovida pelo MTE. Apesar de obser var - se um cr escim ent o

na cont r at ação nos últ im os anos, a m et a ainda est á longe de ser at ingida.

Ent r et ant o, isso poder á acont ecer , se t odas as em pr esas cum pr ir em a lei.

Par a incent ivar a cont r at ação, o gover no feder al e os est aduais t êm

pr om ovido diver sas ações, que podem ser ut ilizadas com o peças de

m ar ket ing social pelas em pr esas cont r at ant es. Exem plos delas são o lançam ent o dos Fór uns Est aduais e Nacionais da Apr endizagem

Pr ofissional, Por t ar ia MTE nº 983, de 26 de novem br o de 2008 ( BRASI L,

2008a) , e do “ Selo Par ceir os da Apr endizagem ” , Por t ar ia MTE nº 656, de

26 de m ar ço de 2010 ( BRASI L, 2010) . Esse incent ivo t em ainda o int uit o

de m ost r ar ao em pr esar iado que com pensa invest ir na for m ação do

(16)

com o desenvolv im ent o de com pet ências pr ofissionais desse j ovem , que,

com isso, poder á r et r ibuir em benefícios par a a em pr esa.

Além da cot a de apr endizes, as em pr esas com m ais de 100

colabor ador es t am bém est ão obr igadas, pelo ar t igo 93 da Lei feder al nº

8.213/ 91, a cont r at ar de 2% a 5% de pessoas com deficiência ( BRASI L,

1991) .

De m aneir a sem elhant e à dos apr endizes, essas cont r at ações ainda

est ão aquém do est abelecido na lei. Segundo dados da RAI S de 2009, do

t ot al de 41,2 m ilhões de vínculos de em pr egos for m ais, 288,6 m il er am

ocupados por pessoas com deficiência, o que equivale a 0,7% do t ot al de

vínculos em pr egat ícios. O r esult ado dem onst r a um a r edução em r elação a

2008 ( 323,2 m il vínculos) . Desse t ot al, 54,68% ou 157,8 m il vínculos são

pessoas com deficiência física; 22,74% ou 65,6 m il vínculos, audit iva;

4,99% ou 14,4 m il vínculos, visual; 4,55% ou 13,1 m il vínculos,

int elect ual; e 1,21% ou 3,5 m il vínculos, deficiências m últ iplas. Os

dem ais, 11,84% ou 34,2 m il v ínculos, for am declar ados na condição de

r eabilit ados ( BRASI L, 2009b) .

O baixo núm er o de cont r at ações pode est ar relacionado à falt a de

qualificação das pessoas com deficiência. Muit as vezes, por elas não

apr esent ar em qualificação adequada par a o t r abalho, acabam sendo

cont r at adas por for ça de lei e não par a dar sua cont r ibuição à em pr esa de

m aneir a efet iva. Confor m e Belt r ão ( 2009, p. 15) , “ a falt a de escolar idade

e qualificação pr ofissional das pessoas com deficiência é um dos pr incipais

ent r aves par a seu acesso ao m er cado de t r abalho” . Machado e Eik ( 2010)

t am bém consider am a falt a de qualificação pr ofissional com o fat or de

exclusão das pessoas com deficiência no m er cado de t r abalho.

Segundo dados do Censo Dem ogr áfico de 2000, realizado pelo I BGE,

(17)

r epr esent a 14,5% da população br asileir a. Em censos ant er ior es, esse

per cent ual não chegava a 2% , pois os cr it ér ios de colet a de dados não

levavam em cont a a Classificação I nt er nacional de Funcionalidade,

I ncapacidade e Saúde ( CI F) . Essa classificação consider a a deficiência a

par t ir de t r ês aspect os: im pedim ent o, lim it ações de at ividade e r est r ições

de par t icipação ( OMS, 2003) .

Dessa for m a, t odos os que apr esent am algum a deficiência física,

m ent al, ou dificuldade de enxer gar, ouvir ou locom over - se for am

consider ados pessoas com deficiência.

Ent ende- se que, na ver dade, o baixo índice de cont r at ações deve

ser analisado sob difer ent es per spect ivas. Confor m e Machado e Eik ( 2010

p. 5) , “ não é r ar o encont r ar m os pessoas excluídas do m er cado de t r abalho por vár ios m ot iv os: a falt a de r eabilit ação física e pr ofissional, escolar idade baixa, falt a de qualificação pr ofissional, inexist ência de m eios acessíveis às condições de ir e vir do PCD” . Por par t e das em pr esas, por exem plo, a alegação é de que se t or na difícil cum pr ir as exigências legais,

em vir t ude das falhas exist ent es na for m ação e qualificação pr ofissional

das pessoas com deficiência ( GI L, 2002; NERI , 2003; TANAKA e MANZI NI ,

2005) .

Par a Mat ur o ( 2009, p. 1) , “ as indúst r ias est ão disponibilizando

vagas, m as não encont r am pr ofissionais qualificados par a exer cer as

funções” . A par disso, Dias ( 2010, p. 1) m enciona que um dos m ot ivos

apont ados par a a não cont r at ação de pessoas com deficiência é a falt a de

capacit ação pr ofissional.

De acor do com confer ência pr ofer ida por João Bat ist a Ribas, dur ant e

o X Fór um Ser asa de Em pr egabilidade de Pessoas com Deficiência,

algum as em pr esas cont r at am pessoas com deficiência apenas par a

(18)

pouca or ient ação sobr e com o r ealizar a inser ção dessas pessoas em um a

dim ensão m ais educat iv a. Segundo Ribas ( 2011) , ainda são poucas as

em pr esas que per cebem a necessidade de se adequar , t ant o no que se

r efere à acessibilidade física, com o em r elação às at it udes dos

colabor ador es fr ent e à pessoa com deficiência.

A essas dificuldades agr ega- se a falt a de m aior es est udos e de

pesquisas sobr e com o pr om over a Educação Pr ofissional par a pessoas com

deficiência, t endo em vist a cada t ipo de deficiência. Um desses est udos

pode r efer ir - se às com pet ências pr ofissionais das pessoas com deficiência.

Nessa per spect iva, a abor dagem de com pet ências vem sendo t r abalhada

pelas inst it uições de Educação Pr ofissional.

O conceit o de com pet ências é polissêm ico, m as, par a fins dest e

t r abalho, elas est ão definidas a par t ir da concepção t r azida por Zar ifian

( 2001 p. 139) . Par a o aut or , a com pet ência é “ a t om ada de iniciat iva e o

assum ir de r esponsabilidade do indivíduo sobr e pr oblem as e event os que

ele enfr ent a em sit uações pr ofissionais” .

Vale r essalt ar que se pr ocur ou um a exper iência de Educação

Pr ofissional que, em consonância às Dir et r izes Cur r icular es Nacionais par a

a Educação Pr ofissional de Nível Técnico, r epr esent a um a concepção m ais

am pla do que capacit ação ou t r einam ent o par a um post o específico de

t r abalho ( BRASI L, 1999a) . I sso é corrobor ado por Dem o ( 1999, p. 38) ,

que m enciona que:

Educação profissional é aquela que:

• insist e para além de um a form ação est reit a de habilidades específicas;

• apresent a o t rabalho dent ro de um quadro de ident idade cult ural;

• insist e na ideia de aut oprom oção do t rabalhador;

(19)

O int er esse pelo est udo do t em a sur giu do t r abalho desenvolvido

pelo pesquisador , desde o ano de 2000, na im plant ação, coor denação e

avaliação de pr ogr am as de apr endizagem . E t am bém da necessidade de

pr opor cionar o desenvolvim ent o de com pet ências pr ofissionais por par t e

das pessoas com deficiência. Essa necessidade foi ver ificada a par t ir de

depoim ent os de em pr esár ios dur ant e r euniões coordenadas pelo

pesquisador no SENAC- SP e Fundação Br adesco. Com essa exper iência,

sur giu a hipót ese de que, por m eio dos pr ogr am as de apr endizagem , é

possível aos apr endizes com deficiência desenvolver com pet ências

pr ofissionais e, assim , ser inser idos no m er cado de t r abalho e nele

per m anecer em .

Dessa m aneir a, o pr oblem a cent r al dest a pesquisa é avaliar a

per cepção do desenvolvim ent o de com pet ências pr ofissionais dos

apr endizes com deficiência par t icipant es de um pr ogr am a de

apr endizagem .

A avaliação do desenvolvim ent o das com pet ências pr ofissionais é

im por t ant e, pois, par a o bom desem penho das funções no m er cado de

t r abalho, é necessár io que o pr ofissional consiga m obilizar os

conhecim ent os adquir idos par a r esolver sit uações que se apr esent am no

cot idiano da em pr esa ( CORDÃO, 2006) .

Par a t ant o, define- se com o obj et ivo avaliar o desenvolvim ent o das

com pet ências pelos apr endizes com deficiência na per spect iva dos

pr ópr ios apr endizes, t ut or es e pr ofessor es, em t r ês m om ent os específicos,

sobr e um a r elação de com pet ências const ant es das m at r izes par a

avaliação da Capacit ação Básica e do Pr ogr am a de Apr endizagem em

Técnicas Básicas Adm inist r at ivas da Espr o.

Os inst r um ent os de colet a ut ilizados for am list as de com pet ências, a

(20)

alunos, pr ofessor es e t ut or es da inst it uição focada dem onst r ar am sua

opinião sobr e o dom ínio ou não das com pet ências definidas nos cur r ículos

dos cur sos desenvolvidos pela I nst it uição.

Tr at ando- se de um est udo de caso, o núm er o de par t icipant es não

foi definido em t er m os est at ist icam ent e válidos de quant idade, m as com o

um a am ost r a r epr esent at iv a da I nst it uição por int er m édio de seus vár ios

at or es.

O foco do est udo de caso for am os apr endizes com deficiências

físicas, assim definidas pelo Decr et o feder al nº 5.296, de 2/ 12/ 04:

Deficiência Física: alt eração com plet a ou parcial de um ou m ais segm ent os do corpo hum ano, acar r et ando o com prom et im ent o da função física, apresent ando- se sob a for m a de par aplegia, parapar esia, m onoplegia, m onopar esia, t et raplegia, t et raparesia, t riplegia, t riparesia, hem iplegia, hem iparesia, ost om ia, am put ação ou ausência de m em bro, paralisia cerebral, nanism o, m em br os com deform idade congênit a ou adquirida, excet o as deform idades est ét icas e as que não produzam dificuldades para o desem penho de funções ( BRASI L, 20 04d, Art igo 5º ) .

A análise dos r esult ados foi concr et izada por m eio de est at íst icas

sim ples. E a int er pr et ação dos dados procur ou descr ever a qualidade neles

cont idos.

Est e t r abalho est á est r ut ur ado em seis capít ulos.

O capít ulo 1 – Educação Pr ofissional no Br asil – discut e a for m ação e

a Educação Pr ofissional, além de dados acer ca da legislação, r efor m a,

ofer t a e financiam ent o da Educação Pr ofissional.

O capít ulo 2 – For m ação pr ofissional da pessoa com deficiência no

Br asil – discut e o dir eit o à educação e ao t r abalho, a Lei de Cot as

( BRASI L, 1991) e iniciat ivas de Educação Pr ofissional par a pessoas com

(21)

O capít ulo 3 – Com pet ências na Educação Pr ofissional e a for m ação

de pessoas com deficiência – t r az algum as concepções de com pet ências e

discut e o desenvolvim ent o dessas com pet ências por pessoas com

deficiência.

O capít ulo 4 – Pr ogr am as de apr endizagem – t r at a dos pr ogr am as

de apr endizagem e da par t icipação neles das pessoas com deficiência.

Tam bém define os conceit os de apr endiz e apr endizagem pr ofissional e

apr esent a os pr ogram as de apr endizagem desenvolvidos pela inst it uição

pesquisada – a Espr o.

O capít ulo 5 – Mét odo – apr esent a a m et odologia da pesquisa.

O capít ulo 6 – Result ados e discussão – analisa os dados colet ados e

int er pr et a os r esult ados da pesquisa r ealizada.

Nas Consider ações Finais, buscou- se acenar com a possibilidade de

que pessoas com deficiências além das físicas possam ser incluídas no

m er cado de t r abalho por m eio de pr ogr am as de apr endizagem , inclusive

com r efer ência a sit uações j á encont r adas em inst it uições e em pr esas e

(22)

1 – EDUCAÇÃO PROFI SSI ONAL NO BRASI L

Dent r e as consider ações r elevant es par a a const r ução dest a

pesquisa, im por t a apr esent ar infor m ações sobr e a educação e a for m ação

pr ofissionais no Brasil. E o obj et ivo dessa apr esent ação é em basar a

discussão cent r al sobr e o desenvolvim ent o de com pet ências pr ofissionais

por par t e do apr endiz com deficiência.

Par a iniciar essa discussão sobr e educação e for m ação

pr ofissionais, ent ende- se necessár io abor dar esses dois conceit os.

Um a volt a no t em po possibilit ar ia const at ar que a ofer t a de

for m ação pr ofissional foi, inicialm ent e, dest inada aos pobr es, aos

deser dados da sor t e. Tant o que o pr im eir o est abelecim ent o de Educação

Pr ofissional no País foi o Sem inár io de Ór fãos na Bahia. No Br asil, a

Educação Pr ofissional t r azia clar am ent e a separ ação ent r e o t r abalho

m anual e o t r abalho int elect ual, ent r e os que execut avam e os que

pensavam ( CUNHA, 2000a) . Hoj e, o que se per cebe é que houve um a

evolução do conceit o e que a Educação Pr ofissional vem ocupando lugar

de dest aque. No País, esse dest aque pode ser obser vado por m eio da

legislação r eferent e à Educação Pr ofissional e de ações do Minist ér io da

Educação ( MEC) e Minist ér io do Tr abalho e Em pr ego ( MTE) , no que se

r efere às polít icas públicas de incent ivo a essa m odalidade de educação.

1.1 Educação Pr ofissional: legislação e concepções

A Lei de Dir et r izes e Bases da Educação ( LDB nº 9.394/ 96) , no

ar t igo 39, concebeu a Educação Pr ofissional com o “ int egr ada às difer ent es

(23)

de conduzir “ ao per m anent e desenvolvim ent o de apt idões par a a vida

pr odut iva” ( BRASI L, 1996) .

As Dir et r izes Cur r icular es Nacionais par a a Educação Pr ofissional de

Nível Técnico m encionam a m esm a ideia, ou sej a, que “ A educação

pr ofissional, int egr ada às difer ent es for m as de educação, ao t r abalho, à

ciência e à t ecnologia, obj et iva gar ant ir ao cidadão o dir eit o ao

per m anent e desenvolvim ent o de apt idões par a a vida pr odut iva e social.”

( BRASI L, 1999a, Ar t igo 1º ) .

Com o “ pr incípios nor t eador es da Educação Pr ofissional de Nível

Técnico” , as dir et r izes est abelecem :

I – independência e art iculação com o En sino Médio; I I – r espeit o aos valor es est ét icos, polít icos e ét icos;

I I I – desen volvim ent o de com pet ências para a laborabilidade; I V – flexibilidade, int erdisciplinaridade e cont ext ualização; V – ident idade dos perfis pr ofissionais de conclusão de curso; VI – at ualização perm an ent e dos cur sos e cu rrículos;

VI I – aut onom ia da escola em seu pr oj et o pedagógico.

( BRASI L, 1999a, Art igo 3º )

Assim , ent ende- se que a for m ação deve pr opor cionar o

desenvolvim ent o int egr al do ser hum ano e não levá- lo a encaixar - se em

m odelos pr é- concebidos, or ient ando- o apenas a apr ender a fazer . Deve

t am bém or ient á- lo a apr ender a conhecer . Par a Delor s:

(24)

A for m ação pr ofissional, quando bem est r ut ur ada, pr epar a e dá

subsídios par a o t r abalho que expr essa a capacidade hum ana de fazer

coisas e de fazer - se suj eit o, num pr ocesso de aut ovalor ização ( DEMO,

2006) .

Bat ist a diz que a:

[ ...] form ação t raz em si um a int encionalidade que opera t ant o nas dim ensões subj et ivas ( carát er, m ent alidade) com o nas dim ensões int ersubj et ivas, aí incluídos os desdobram ent os quant o ao t raj et o de con st it uição no m undo de t rabalho ( conhecim ent o pr ofissional) . Port ant o, não se t rat a de algo relat ivo a apenas um a et apa ou fase do desenv olvim ent o hum ano, m as sim com o algo que per corr e, at ravessa e const it ui a hist ória dos hom ens com o seres sociais, polít icos e cult urais ( 2001, p. 134) .

Em um olhar m ais am plo, a for m ação pr ofissional r efer e- se a t odo

o pr ocesso educat ivo que t or na possível ao indivíduo obt er difer ent es

saber es t écnicos, oper acionais ou t eór icos, que podem ser desenvolvidos

pela escola ou pela em pr esa e que buscar ão qualificar o t r abalhador par a

os post os de t r abalho ( CATTANI , 1997) .

No m odelo t aylor ist a- for dist a, a for m ação pr ofissional adequava a

m ão de obr a ao que er a preciso pr oduzir . Par a o m odelo t oyot ist a, a

qualificação do t r abalhador é r elacionada ao sist em a m ais com plexo das

em pr esas, no que se r efer e aos requisit os t écnicos e de relações

hum anas. Segundo Cat t ani ( 1997) , a for m ação pr ofissional assum e um

papel difer ent e no novo padr ão de pr odução, que alt er a a for m a de

int egr ar o t r abalhador ao pr ocesso produt ivo, consider ando, ent r e out r os

(25)

Kuenzer ( 1999) discut e que, a par t ir da r eest r ut ur ação nos

m odelos de pr odução, a for m ação dos t r abalhador es t am bém pr ecisa se

adequar . Na concepção da aut or a, o t r abalhador não é m ais apenas o

execut or das t ar efas, m as o r esponsável pelo pr odut o final. Esse

t r abalhador pr ecisar á ser capaz de dom inar as difer ent es font es de saber

par a r ealizar as dist int as t ar efas que lhe ser ão pr opost as e saber lidar com

as incer t ezas e flexibilidade das r elações de pr odução.

Ent ende- se, desse m odo, a necessidade de um a for m ação

pr ofissional que consider e o aspect o educat ivo e não som ent e a

t r ansfer ência de conhecim ent os t écnicos e oper acionais, que possibilit e ao

apr endiz a r eflexão cont ínua sobr e a sua pr ópr ia apr endizagem ,

r essalt ando a “ apr endizagem em est ilo polít ico e r econst r ut ivo” ( DEMO,

1999, p. 132) .

No decor r er da Hist ór ia, a Educação Pr ofissional nem sem pr e t eve

essa concepção. At é a década de 1980, ela ainda er a vist a com o

“ for m ação de m ão de obr a” , r epr oduzindo um dualism o pr esent e na

sociedade br asileir a ent r e as elit es e a m aior ia da população. Esse

dualism o é fr ut o de nossa her ança colonial e escr avist a, que influenciou ,

negat ivam ent e e de for m a pr econceit uosa, as r elações sociais ent r e as

cham adas “ elit es condut or as” e os oper ár ios, em especial aqueles que

execut am t r abalhos m anuais. Adem ais, essa influência negat iva t alvez se

deva ao fat o de “ os hist or iador es da educação br asileir a se pr eocupar em ,

pr incipalm ent e, com o ensino das elit es e do t r abalho int elect ual” ( CUNHA,

2000b, p. 89) .

Par a Manfr edi ( 2 002) , a const it uição da escola não est eve

vinculada à for m ação par a o t r abalho. I nst it ucionalm ent e, ela foi cr iada

par a pr epar ar gr upos selet os de pessoas par a o exer cício do com ando, do

(26)

Bar at o obser va, corr obor ando o expost o, que,

[ ...] segundo Arist ót eles, a produ ção dos filósofos de Milet o acont eceu graças ao t em po de lazer de que eles desfrut avam num a cidade cuj o com ér cio int ernacional liberava alguns de seus cidadãos para um pensar descom pr om et ido com as coisas do dia a dia. Essa associação ent re produção do conhecim ent o e ócio ( assim com o m uit as out ras observações de Arist ót eles) m ar cou profundam ent e a cult ura ocident al. Acost um am o- nos, assim , a v er o conhecim ent o com o t eoria desvinculada do fazer.

A t radição arist ot élica at ravessou séculos e criou um a front eira nít ida ent re t eoria e pr át ica. Por isso, em sit uações de educação sist em át ica, valoriza- se at é hoj e o saber nascido do ócio. É pr eciso considerar, por ém , que as at ividades hum anas, sobret udo aqu elas às quais dam os o nom e de t rabalho, com eçar am a se est rut urar m uit o ant es do surgim ent o do pensam ent o descom prom et ido dos filósofos de Milet o ( 2004, p. 31- 32) .

Essa desvinculação ent r e educação escolar e for m ação pr ofissional

par a o t r abalho per dur ou at é m eados do século passado, pois as

at iv idades econôm icas pr edom inant es na sociedade br asileir a não exigiam

educação básica r egular , m esm o par a a Educação Pr ofissional for m al. No

Br asil, a for m ação pr ofissional sem pr e foi r eser vada, desde as suas

or igens, às classes m enos favor ecidas, àqueles que necessit avam com eçar

cedo na for ça de t r abalho e que t inham pouco acesso à escolar ização

básica r egular .

Em 1910, Nilo Peçanha, ent ão Pr esident e da República, inst alou 19

escolas de apr endizes e ar t ífices em vár ias r egiões do País. Essas escolas,

volt adas m ais par a a ár ea indust r ial, de for m a sim ilar aos Liceus de Ar t es

e Ofícios, acabar am se t or nando o pr im eir o passo efet ivo par a a

im plant ação de um a Rede Feder al de Educação Pr ofissional Técnica e

(27)

Por ém ,

[ ...] Tais casas, ao cont rário dos Liceus de Art es e Ofícios, geralm ent e criados e m ant idos por sociedades part iculares com auxílio governam ent al, eram int egralm ent e m ant idas pelo Est ado: sua client ela era const it uída de órfãos e desvalidos, o que as fazia serem vist as m ais com o “ obras de caridade” do que com o “ obras de inst rução pública” . A inst rução propriam ent e profissional era m inist rada nos arsenais m ilit ares e/ ou nas oficinas part iculares ( CUNHA, 2000a, p. 113 ) .

At é o início da década de 1940, a for m ação pr ofissional,

pr at icam ent e, lim it ava- se ao t r einam ent o oper acional par a um a pr odução

em sér ie e padr onizada. Apenas um a m inor ia de t r abalhador es pr ecisava

desenvolver com pet ências pr ofissionais em níveis de m aior com plexidade.

Havia um a separ ação nít ida ent r e o que pr ecisava ser planej ado,

super visionado, cont r olado e a pur a execução de t ar efas pr eviam ent e

definidas. Dessa for m a, o conhecim ent o t écnico, quase sem pr e, cabia

apenas aos t r abalhador es de nível ger encial.

A falt a de escolar idade da m assa t r abalhador a não er a consider ada

gr ave par a o desenvolvim ent o econôm ico da Nação. A Const it uição

br asileir a, out or gada pelo r egim e dit at or ial do Est ado Nov o, lider ado por

Get úlio Var gas, em 1937, em seu ar t igo 129, pr evia a exist ência de

“ escolas vocacionais e pr é- vocacionais” , com o um “ dever do Est ado” par a

com as “ classes m enos favor ecidas” . E isso dever ia ser feit o com a

“ colabor ação das indúst r ias e dos sindicat os econôm icos” . As cham adas

“ classes pr odut or as” dever iam “ cr iar , na esfer a de sua especialidade,

escolas de apr endizes, dest inadas aos filhos de seus oper ár ios ou de seus

associados” ( BRASI L, 1937) . Foi a par t ir dessa det er m inação

const it ucional que for am cr iados o SENAI , em 1942, e o SENAC em 1946

(28)

No caso do SENAI , a em er gência er a a car ência pr ogr essiva de

oper ár ios especializados, causada pelo aum ent o da pr odução indust r ial e

pela r edução da im igr ação no per íodo da guer r a ( WEI NSTEI N, 2000) . Já o

SENAC foi cr iado quando o ent ão pr esident e Dut r a baix ou os Decr et

os-Leis nºs 8.621 e 8.622, em 10 de j aneir o de 1946, pelos quais aut or izava

a Confeder ação Nacional do Com ér cio a inst alar e adm inist r ar , em t odo o

País, as escolas de apr endizagem com er cial par a t r abalhador es m enores,

ent r e 14 e 18 anos ( MANFREDI , 2002, p. 185) .

Tam bém foi or ganizada a Rede Federal de Est abelecim ent os de

Ensino I ndust r ial, t endo com o base a ant iga r ede de escolas de apr endizes

e ar t ífices, r eest r ut ur ada par a que essas inst it uições funcionassem com o

escolas t écnicas feder ais. Com isso, consolidou- se a im plant ação da

Educação Pr ofissional no Br asil, em bor a ainda à m ar gem e t r at ada de

for m a pr econceit uosa, consider ada de segunda cat egor ia, pois a de

pr im eir a sem pr e pr ivilegiou a t eor ia desvinculada da pr át ica do saber fazer

( CORDÃO, 2006) .

A pr im eir a LDB, nº 4.024/ 61, conseguiu super ar esse dualism o e

equipar ar o Ensino Pr ofissional com o ensino acadêm ico do pont o de vist a

da equivalência e da cont inuidade de est udos ( BRASI L, 1961) . Desse

m odo, for m alm ent e, encer r ou- se a t r adicional dualidade ent r e um ensino

dest inado às “ elit es condut or as do País” e out r o par a os oper ár ios e os

“ desvalidos da sor t e” ( BRASI L, 1999a, p. 15- 16) . A legalidade, no

ent ant o, não acabou de vez com o est igm a que, dur ant e décadas,

acom panhou o Ensino Pr ofissional, pois se acredit a que t oda det er m inação

(29)

Ent r et ant o, a par t ir dessa pr im eir a LDB, t odos os r am os e

m odalidades de ensino do m esm o nível passar am a ser equivalent es, com

gar ant ia dos m esm os dir eit os em t er m os de cont inuidade de est udos nos

níveis super ior es. Essa LDB foi r efor m ada e, em 1968, passou por um a

adequação, confor m e Lei nº 5.540/ 68, que t r azia dir et r izes e bases par a a

r efor m a do ensino super ior . Em 1971, essa LDB sofr eu um a segunda

com plem ent ação com a Lei nº 5.692/ 71, que r efor m ava o ensino de 1º e

2º gr aus. Com a im plant ação dessa r efor m a de 1971, a Educação

Pr ofissional deixou de lim it ar - se às inst it uições especializadas, que

est avam est r ut ur adas par a essa ofer t a, passando a ficar t am bém sob a

r esponsabilidade dos sist em as est aduais de ensino secundár io, em bor a

eles não t ivessem est r ut ur a par a isso. Essas escolas est av am em pr ocesso

de det er ior ização, causada pela pr essão do cr escim ent o quant it at ivo do

Ensino Fundam ent al em aceler ado pr ocesso de univer salização e

dem ocr at ização.

Esse cont ext o não int er fer iu m uit o nas inst it uições do Sist em a “ S” ,

com o o SENAI , SENAC e out r as escolas t écnicas, públicas e pr ivadas,

dent r e as quais se dest acam as escolas t écnicas feder ais. Essas escolas

er am especializadas e acabar am se t or nando elit izadas, at endendo a

alunos que nem sem pr e buscavam o m er cado de t r abalho, m as sim a

educação super ior pública, que t am bém j á est ava elit izada.

Nos sist em as públicos de ensino secundár io, por ém , houve um a

int er fer ência bast ant e acent uada, pois esses sist em as não r eceber am o

apoio necessár io par a a ofer t a de um Ensino Pr ofissional que apr esent asse

qualidade com pat ív el com as exigências de desenvolv im ent o do País. Além

disso, ainda t iver am que r eduzir a car ga hor ár ia, ant es dest inada à

educação básica, par a dest iná- la a um a pr ofissionalização que não er a

efet iva. Por sua v ez, a for m ação básica t am bém não er a ofer t ada de

(30)

Nesse cont ext o, t or nou- se ur gent e m elhor ar as condições de ofer t a

do ensino pr ofissionalizant e e da educação básica. Com a LDB nº

9.394/ 96, a Educação Pr ofissional passou a t er um novo enfoque e a ser

int egrada às difer ent es for m as de educação, ao t rabalho, à ciência e à t ecnologia” ( art igo 39) , t endo por “ finalidade, o pleno desenvolvim ent o do educando, seu pr epar o para o ex er cício da cidadania e sua qualificação para o t rabalho ( art igo 2º ) ” ( BRASI L, 1996) .

A int egr ação da Educação Pr ofissional às difer ent es for m as de

educação e ao t r abalho or ient a par a o desenvolvim ent o pleno do aluno e

par a o prepar o não só par a o exer cício de um a at ividade pr ofissional, m as

t am bém par a o exer cício da cidadania. Esses aspect os r efor çam a

necessidade de que o Ensino Médio sir va de base par a a Educação

Pr ofissional, int egr ando os saber es e com plem ent ando a for m ação do

indivíduo.

1.2 A r efor m a da Educação Pr ofissional a par t ir da LDB nº 9.394/ 96

A r efor m a da Educação Pr ofissional est abelecida por essa LDB com

um novo enfoque, volt ado às exigências de um m undo do t r abalho em

const ant e m ut ação, fez a Câm ar a de Educação Básica do Conselho

Nacional de Educação definir com o par t e das Dir et r izes Cur r icular es

Nacionais par a a Educação Pr ofissional ( BRASI L, 1999a) um a sér ie de

pr ocedim ent os a ser em adot ados pelos sist em as de ensino e pelas escolas

na or ganização e no planej am ent o dos cur sos t écnicos de nível m édio.

Ent r e os pr ocedim ent os, dent r e out r os it ens, est ão os “ r efer enciais

cur r icular es por ár ea pr ofissional” ( BRASI L, 1999a, Ar t igo 7º §1º ) ; a

vinculação a qualificações ou habilit ações, dependendo das dem andas

(31)

elabor ação de planos de cur sos; o apr oveit am ent o de exper iências

adquir idas no m undo do t r abalho; a ident ificação dos per fis pr ofissionais

pr ópr ios par a cada cur so, obser vadas as dem andas ident ificadas; e a

cer t ificação ( BRASI L, 1999a) .

A definição dos cur sos oferecidos ficou por cont a da pr ópr ia escola,

obedecidas as Dir et r izes Cur r icular es Nacionais do Conselho Nacional de

Educação ( BRASI L,1999a) , as nor m as com plem ent ar es definidas pelos

r espect ivos sist em as de ensino e as exigências de cada inst it uição de

ensino em confor m idade com os pr oj et os pedagógicos.

De acor do com a LDB nº 9.394/ 96, a Educação Pr ofissional deve

ser “ desenvolvida em ar t iculação com o ensino r egular ” ( ar t igo 40) e é

dest inada a egr essos ou m at r iculados no Ensino Fundam ent al, Médio e

Super ior ( par ágr afo único do ar t igo 39) , com o obj et ivo de conduzir “ ao

per m anent e desenvolvim ent o de apt idões par a a vida pr odut iva” ( ar t igo

39) . Nesse sent ido, os conhecim ent os adquir idos em out r os cur sos de

“ educação pr ofissional, inclusive no t r abalho” ( ar t igo 4 1) , podem ser

apr oveit ados ( BRASI L, 1996, p. 16- 17) .

Os pr ogr am as de apr endizagem a que se r efer e a Lei nº

10.097/ 00, por alt er nar em t eor ia e pr át ica pr ofissional, podem t er as

com pet ências desenvolvidas, apr oveit adas par a est udos post er ior es de

for m ação t écnica de nível m édio, t ecnológico ou super ior .

Os conhecim ent os adquir idos no Ensino Médio são básicos par a

um a boa Educação Pr ofissional Técnica. Assim , caso haj a lacunas nessa

for m ação, elas dev em ser com plem ent adas, a fim de que a for m ação não

sej a com pr om et ida. No caso de o cur so t écnico ser oferecido

post er ior m ent e ao Ensino Médio, é im por t ant e que se t enha o m esm o

(32)

r eduzido ou subst it uído por cont eúdos da Educação Pr ofissional, ou sej a, o

cur so t écnico deve cont em plar t ant o um com o out r o, visando a gar ant ir

um a base sólida de com pet ências básicas e pr ofissionais ( CORDÃO, 2006) .

O Decr et o nº 5.154/ 04 define que, caso a inst it uição de ensino

adot e a for m a int egr ada, ser á pr eciso “ am pliar a car ga hor ár ia t ot al do

cur so, a fim de assegur ar , sim ult aneam ent e, o cum pr im ent o das

finalidades est abelecidas par a a form ação ger al e as condições de

pr epar ação par a o exer cício das pr ofissões t écnicas” ( BRASI L, 2004c, §

2º ) .

O Par ecer CNE/ CEB nº 16/ 1999b, que ser viu de base par a a

definição de Dir et r izes Cur r icular es Nacionais par a a Educação Técnica de

Nível Médio, pela Resolução CNE/ CEB nº 04/ 1999c, pr opõe par a a

Educação Pr ofissional Técnica de Nível Médio um a or ganização cur r icular

cent r ada no conceit o de com pet ência pr ofissional, com o a “ capacidade de

m obilizar , ar t icular e colocar em ação valor es, conhecim ent os e

habilidades necessár ios par a o desem penho das at ividades r equer idas pela

nat ur eza do t r abalho” ( BRASI L, 1999a, Ar t igo 6º ) .

Por t ant o, do t écnico de Ensino Médio ser ão exigidas escolar idade

básica sólida e de boa qualidade e um a Educação Pr ofissional polivalent e e

de m aior abr angência e am plit ude. O m er cado de t r abalho at ual r equer do

pr ofissional com pet ência par a a r esolução de pr oblem as que se

apr esent am no dia a dia e que são difer ent es a cada dia, dev ido à

r evolução t ecnológica e à r apidez com que as infor m ações são veiculadas

pelos m eios de com unicação.

A pr ofissionalização univer sal com pulsór ia her dada da Lei feder al

nº 5.692/ 71 e, post er ior m ent e, r egulam ent ada pelo Par ecer CFE nº

(33)

legislação, à m edida que não se pr eocupou em pr eser var um a car ga

hor ár ia adequada par a a educação ger al m inist r ada no ent ão ensino de 2º

gr au, facilit ou a pr olifer ação de classes ou cur sos profissionalizant es

desvinculados dos obj et ivos da educação básica, t ant o nas r edes públicas

de ensino quant o nas escolas pr ivadas.

Realizada em ger al no per íodo not ur no, essa pr ofissionalização

im pr ovisada e de m á qualidade confundiu- se com possibilidade de

m elhor ia dos níveis de em pr egabilidade da classe m enos favor ecida. Com

isso, a ofer t a de cur so único int egr ando a habilit ação pr ofissional e o 2º

gr au, com car ga hor ár ia r eduzida, passou a ser est im ulada com o r espost a

polít ica local às pr essões da população. Na falt a de financiam ent o par a o

Ensino Médio, os cur sos pr ofissionalizant es concent r ar am - se quase em

sua t ot alidade em cur sos de m enor cust o, sem levar em cont a a

necessidade social e de m er cado, bem com o as t r ansfor m ações

t ecnológicas.

Nesse pr ocesso, o ent ão ensino de 2º gr au per deu qualquer

ident idade que j á t iver a no passado, t ant o em r elação ao ensino

acadêm ico- pr opedêut ico quant o em r elação ao Ensino Pr ofissional. O

t em po dedicado à educação ger al foi r eduzido, e o ensino

pr ofissionalizant e, int r oduzido na m esm a car ga hor ár ia ant es dest inada às

disciplinas básicas ( CORDÃO, 2006) .

A LDB nº 9.394/ 96 t r at a a Educação Pr ofissional de um a for m a

m oder na e inovador a, gar ant indo dois dir eit os fundam ent ais do cidadão: o

da educação e o do t r abalho. Par a t ant o, apr esent a um novo par adigm a:

ela deve conduzir o cidadão “ ao per m anent e desenvolvim ent o de apt idões

par a a vida pr odut iva” ( ar t igo 39, p. 16) e ser desenvolvida de for m a

int im am ent e int egr ada às difer ent es for m as de educação, ao t r abalho, à

(34)

difer ent es est r at égias de educação cont inuada, em inst it uições

especializadas ou no am bient e de t r abalho ( BRASI L, 1996) .

Esse novo enfoque supõe a super ação t ot al do ent endim ent o

t r adicional de Educação Pr ofissional com o sim ples inst r um ent o de um a

polít ica de cunho assist encialist a, ou m esm o com o linear aj ust am ent o às

dem andas do m er cado de t r abalho. Ele a sit ua com o im por t ant e est r at égia

par a que os cidadãos, em núm er o cada vez m aior , t enham efet ivo acesso

às conquist as cient íficas e t ecnológicas da sociedade cont em por ânea

( CORDÃO, 2006) . Par a isso, im põe- se a super ação t am bém do ant igo

enfoque da for m ação pr ofissional cent r ada apenas na pr epar ação par a a

execução de det er m inado conj unt o de t ar efas, na m aior par t e das vezes,

de m aneir a r ot ineir a e bur ocr át ica.

A nova Educação Pr ofissional r equer , par a além do dom ínio

oper acional de det er m inado fazer , a com pr eensão global do pr ocesso

pr odut ivo, com a apr eensão do saber t ecnológico pr esent e na pr át ica

pr ofissional, e a valor ização da cult ur a do t r abalho pela m obilização dos

valor es necessár ios à t om ada de decisões. Nessa per spect iva, não bast a

m ais apr ender a fazer . É pr eciso saber que exist em out r as m aneir as par a

det er m inado fazer e saber por que escolher fazer dessa ou daquela

m aneir a. Em sum a, é pr eciso det er a int eligência do t r abalho, com a qual

a pessoa se habilit a a desem penhar com com pet ência suas funções e

at r ibuições ocupacionais, desenvolvendo, per m anent em ent e, suas

apt idões par a a vida pr odut iva ( CORDÃO, 2006) .

At ualm ent e, é essencial que a pessoa t enha condições de ut ilizar os

conhecim ent os, as habilidades e os valor es t r abalhados na escola e for a

dela, par a colocá- los em ação e obt er desem penho eficient e e eficaz em

sua vida pr ofissional ( REHEM, 2005) . Esse é o gr ande desafio da escola

(35)

fazer . É essencial que ele saiba por que est á fazendo de um j eit o e não de

out r o, que apr enda que exist em out r as m aneir as par a det er m inado fazer

e que t enha condições de, ao or ient ar a sua ação, o seu fazer pr ofissional,

ar t icular e m obilizar conhecim ent os, habilidades e valor es par a um

exer cício pr ofissional com pet ent e. Enfim , é pr eciso que ele det enha o

conhecim ent o t ecnológico e o saber pr esent e em sua pr át ica pr ofissional e

cult ive os valor es iner ent es à cult ur a do t r abalho.

O com pr om isso da escola deve ser com o per fil pr ofissional de

conclusão de seus alunos, a ser desenvolvido por m eio das at iv idades

cur r icular es int encionalm ent e planej adas por ela. As at ividades de ensino

devem ser avaliadas pelos r esult ados de apr endizagem . Par a isso, é

necessár io que a escola faça um plano de cur so que possibilit e m últ iplas

opções de ingr esso e conclusão dos est udos aos seus alunos, par a a

qualificação, a habilit ação e a especialização pr ofissionais, aum ent ando

opor t unidades que lhes pr opiciem condições de planej ar seu pr ópr io

it iner ár io de pr ofissionalização a par t ir dos it iner ár ios for m at ivos

ofer ecidos pelas unidades educacionais ( CORDÃO, 2006) .

O com pr om isso at ual da escola t écnica é com o desenvolvim ent o

da capacidade de apr endizagem e de com pet ências pr ofissionais par a a

labor abilidade. Sem dúvida, essa é um a das or ient ações cent r ais da at ual

LDB, que deslocou a ênfase das at iv idades de ensino par a os r esult ados

da apr endizagem , do dir eit o de ensinar par a o dir eit o de apr ender na

per spect iva da apr endizagem per m anent e confor m e a Resolução OI T nº

195/ 04.

Assim , só t em sent ido a exist ência de um a escola t écnica ou

sim ilar , se seus alunos desenvolver em com pet ências pr ofissionais de

(36)

da Câm ar a de Educação Básica do Con selho Nacional de Edu cação, ist o

é, a:

[ ...] capacidade de m obilizar, art icular e colocar em ação valor es, conhecim ent os e habilidades necessárias para o desem penho eficient e e eficaz de at ividades r equeridas pela nat ureza do t rabalho ( BRASI L, 1999c) .

1.3 I nst it uições de Educação Pr ofissional

Ent r e as inst it uições de Educação Pr ofissional exist ent es no Br asil,

as m ais conhecidas são as do Sist em a “ S” , com post o pelo Ser viço

Nacional de Apr endizagem I ndust r ial ( SENAI ) , Ser viço Nacional de

Apr endizagem Com er cial ( SENAC) , Ser viço Nacional de Apr endizagem

Rur al ( SENAR) , Ser viço Nacional de Apr endizagem do Tr anspor t e ( SENAT)

e Ser viço Br asileir o de Apoio às Pequenas e Médias Em pr esas ( SEBRAE) ,

com unidades em t odo o Br asil. Os t r ês últ im os não at uam na for m ação

pr ofissional t écnica, exceção feit a ao SEBRAE de Minas Ger ais, que

ofer ece, na cidade de Belo Hor izont e, o cur so t écnico de

em pr eendedor ism o.

Dest aca- se t am bém a Rede Feder al de Educação Pr ofissional e

Tecnológica, que com plet ou 100 anos de exist ência no ano de 2009, e

at ua em t odas as Unidades da Feder ação. Segundo dados do MEC

( 2010b) , at ualm ent e, est ão em funcionam ent o 75 novas escolas t écnicas

feder ais em t odo o País. Dent r e elas, 53 int egr am a pr im eir a fase do plano

de expansão da Educação Pr ofissional e Tecnológica, lançado em 2005

pelo ent ão Pr esident e da República, Luiz I nácio Lula da Silv a. As out r as 22

inst it uições de ensino fazem par t e da segunda fase do plano, apr esent ada

(37)

O cr escim ent o da Rede Feder al de Educação Pr ofissional, Cient ífica

e Tecnológica nos últ im os quat r o anos é o m aior da hist ór ia do País. As

140 escolas que exist iam at é 2002 foram const r uídas no per íodo de 93

anos, iniciado em 1909. O núm er o t ot al de novas escolas r epr esent a

cr escim ent o de 150% , e a pr evisão de m at r ículas que, em 2003, er a de

160 m il at ingiu 50 0 m il em 2010, segundo o secr et ár io de Educação

Pr ofissional e Tecnológica do Minist ér io da Educação, Eliezer Pacheco

( MEC, 2010b) .

Além dessas inst it uições, o País cont a com as Redes Est aduais de

Educação Pr ofissional Técnica e Tecnológica, a exem plo do Cent r o

Est adual de Educação Técnica e Tecnológica Paula Souza, no Est ado de

São Paulo, com 120 escolas t écnicas e 20 faculdades de t ecnologia ( SÃO

PAULO, 2010b) .

Nos dem ais Est ados, exist em ór gãos dedicados à Educação

Pr ofissional de Nív el Médio, com o é o caso da Super int endência da

Educação Pr ofissional ( Suepr o) , no Est ado do Rio Gr ande do Sul ( RI O

GRANDE DO SUL, 2010) , e da Fundação de Apoio à Escola Técnica no

Est ado do Rio de Janeir o ( Faet ec) ( RI O DE JANEI RO, 2010) .

Com plet ando o quadr o de inst it uições, há escolas t écnicas da r ede

par t icular de ensino, além de Or ganizações não Gover nam ent ais ( ONGs)

que cont r ibuem com a for m ação pr ofissional.

(38)

1.4 Alguns núm er os da Educação Pr ofissional no Br asil

A seguir , apr esent am - se dados do relat ór io disponibilizado pelo

I nep ( BRASI L, 2006c) , sobr e o ofer ecim ent o da Educação Pr ofissional no

Br asil, no per íodo de 2003 a 2005, e dados r eferent es ao Censo Escolar

2008 ( BRASI L, 2008) . Com essas inform ações, pr et ende- se dem onst r ar os

pr incipais aspect os das análises r ealizadas, t endo em vist a sua r elação

com o t em a da pesquisa.

Em 2003, havia 2.789 est abelecim ent os ofer ecendo Educação

Pr ofissional, com 5 89.383 m at r ículas. Em 2005, houve um salt o par a

3.294 est abelecim ent os, com 747.892 m at r ículas, ou sej a, um

cr escim ent o de apr oxim adam ent e 27% .

Do t ot al de m at r ículas, 427.433 ficar am a car go da r ede par t icular

de Ensino Pr ofissional, seguido pelas r edes est aduais com 206.317, rede

feder al com 89.114 e r edes m unicipais com 25.028.

As t r ês ár eas ocupacionais com m aior núm er o de m at r ículas for am

a da Saúde, com 235.605, seguida pela da I ndúst r ia, com 132.976, e da

Gest ão, com 110.849.

Nesse per íodo, os dados r evelar am equilíbr io ent r e a quant idade

de alunos do sexo m asculino e fem inino. No ano de 2003, pr edom inavam

os alunos do sexo m asculino ( em t or no de 2,0% a m ais) em r elação aos

alunos do sexo fem inino. Nos anos de 2004 e 2005, por ém , a quant idade

de m ulher es foi m aior do que a de hom ens, sendo 50,4% em 2004 e

(39)

Nesses t r ês anos, o quant it at ivo de m at r ículas por faix as et ár ias

indicadas foi m aior na de 15 a 19 anos isoladam ent e, apesar de a

par t icipação r elat iv a vir r egist r ando um a queda anual. Em 2003, exist iam

em t or no de 210 m il alunos nessa faixa et ár ia ( 36,0% em r elação ao

t ot al) ; em 2004, apr oxim adam ent e 236 m il ( 34,9% do t ot al) ; e, em 2005,

230 m il alunos ( 3 2,5% do t ot al) . No ent ant o, o núm er o de alunos

consider ados m ais velhos, os das faix as et ár ias a par t ir de 25 anos de

idade ( de 25 a 29 anos, de 30 a 39 anos e m ais de 39 anos) , vem

aum ent ando anualm ent e. Em 2003, r epr esent ava 31,8% do t ot al dos

alunos e, em 2005, 35,4% desse t ot al.

De um m odo ger al, os r esult ados apr esent ados cont r ibuem par a

dim ensionar a Educação Pr ofissional Técnica de Nível Médio no Br asil e

avaliar sua im por t ância na r eor ganização educacional pr opost a pela at ual

LDB, nº 9.394/ 96, com significat iva abr angência de cur sos e pr ogr am as

super ior es de t ecnologia.

As conclusões enfat izam , sobr et udo, as pr incipais t r ansfor m ações

no per fil dos alunos. Dent r e elas, o cr escim ent o do núm er o de alunos do

sexo fem inino, que ult r apassou, em 2004, o quant it at ivo de m at r ículas do

sexo m asculino, e o cr escim ent o de m at r ículas em faixas et ár ias acim a de

25 anos.

Confor m e os dados do Censo Escolar 2008, as m at r ículas na

Educação Pr ofissional t ot alizar am 795.464, ficando novam ent e a r ede

pr ivada com o m aior núm er o delas: 431.651, seguida pelas r edes

est aduais, com 257.543; feder al, com 77.079; e m unicipais, com 29.191.

De m odo ger al, a dist r ibuição da m at r ícula div ide- se ent r e a rede

(40)

Em 2008, de for m a concom it ant e e subsequent e ao Ensino Médio,

a ofer t a de Educação Pr ofissional cr esceu 15% em r elação a 2007,

significando a am pliação da m at r ícula em 101.849 vagas. É im por t ant e

salient ar que houve aum ent o de m at r ículas em 20 unidades da feder ação.

Em alguns casos, com par ando- se essa ofer t a com a de 2007, o

cr escim ent o ocor r ido r epr esent ou acr éscim os que vão de 40% a m ais de

100% , com o é o caso do Acr e.

1.5 O financiam ent o da Educação Pr ofissional e a ofer t a de vagas nessa

m odalidade de ensino

No que concer ne ao financiam ent o da Educação Pr ofissional no

Br asil, as Redes Públicas Feder ais e Est aduais de Educação Pr ofissional

são m ant idas com r ecur sos do Tesour o Nacional e, em especial, da

par cela de or çam ent o j á dest inada à educação, ou sej a, o m ínim o de 18%

par a a União e de 25% par a os Est ados, Dist r it o Feder al e m unicípios. As

inst it uições do cham ado Sist em a “ S” são financiadas com um a

cont r ibuição com pulsór ia dos em pr egador es, da or dem de 1% sobre a

folha de pagam ent o de seus funcionár ios.

O r ecent e acor do celebr ado ent r e o MEC e as inst it uições que

com põem o Sist em a “ S” — SESI , SESC, SENAI e SENAC — pr om oveu um a

r efor m a no r egim ent o dessas ent idades, com r esult ados na am pliação do

núm er o de vagas subsidiadas pela cont r ibuição com pulsór ia e gr at uit as

par a os alunos em cur sos de For m ação I nicial e Cont inuada, ofer ecidos a

alunos e a t r abalhador es de baixa r enda. A ofer t a desses cur sos dever á

aum ent ar de for m a pr ogr essiva at é 2014. No SENAI e no SENAC, a

gr at uidade alcançar á 66,6% em 2014; no SESI e no SESC, 33,3%

(41)

Segundo Cor dão ( 2006) exist em est udos em andam ent o v isando à

cr iação de um fundo específico par a a Educação Pr ofissional pública. O

fundo hoj e exist ent e é dest inado apenas aos pr ogr am as de qualificação e

r equalificação de t r abalhador es, no âm bit o da cham ada For m ação I nicial e

Cont inuada. Tr at a- se do Fundo de Am par o ao Tr abalhador ( FAT) ,

adm inist r ado pelo Minist ér io do Tr abalho.

Segundo dados do Minist ér io do Tr abalho e Em pr ego, o Plano

Nacional de Qualificação do Tr abalhador ( Planfor ) foi est r ut ur ado e

im plem ent ado a par t ir de 1995, const it uindo um m ecanism o das Polít icas

Públicas de Em pr ego, Tr abalho e Renda e t endo com o pr incipal font e de

financiam ent o o FAT ( BRASI L, 2003b) .

O Plano sur giu com o pr opósit o explícit o de pr opiciar um a ofer t a de

Educação Pr ofissional suficient e par a qualificar , a cada ano, pelo m enos,

20% da População Econom icam ent e At iva ( PEA) , algo em t or no de 15

m ilhões de pessoas com idade super ior a 16 anos.

Em 2002, os recur sos or çam ent ár ios par a a qualificação

pr ofissional decr escer am par a 302 m ilhões. E esse valor foi r eduzido ainda

m ais com o cont ingenciam ent o, chegando a apenas R$ 153 m ilhões

( r epr esent ando algo em t or no de 30% dos valor es do ano ant er ior ) . Par a

2003, o Or çam ent o da União, definido ainda no gover no ant er ior , dest inou

apenas R$ 186 m ilhões.

Ao final dos dois quadr iênios de vigência do Planfor ( 1995- 1998 e

1999- 2002) , após int enso desgast e inst it ucional, t or nou- se evident e a

necessidade de m udanças pr ofundas. Um conj unt o de denúncias,

veiculado am plam ent e pela m ídia, lev ou o Tr ibunal de Cont as da União

(42)

( SFC/ CGU) a pr opor em m ecanism os par a gar ant ir m aior cont r ole público e

oper acional ( BRASI L, 2003b) .

A par t ir da ver ificação de um a baixa qualidade dos cur sos em ger al

e de pouca efet ividade social das ações do Planfor , o desgast e aum ent ou,

levando o Minist ér io do Tr abalho e Em pr ego ( MTE) , j á sob o gover no do

ent ão Pr esident e Luis I nácio Lula da Silva em 2003, a inst it uir o Plano

Nacional de Qualificação ( PNQ) , ext inguindo o Planfor e r eor ient ando as

dir et r izes da Polít ica Pública de Qualificação.

O PNQ fundam ent a- se em seis dim ensões pr incipais: polít ica,

ét ica, conceit ual, inst it ucional, pedagógica e oper acional, que, em seu

conj unt o, dem ar cam um novo m om ent o da Polít ica Pública de Qualificação

no País. Ent r et ant o, com o a im plem ent ação do PNQ r equer ia m uit as e

gr andes m udanças, por quest ões de lim it ação or çam ent ár ia, m as,

sobr et udo, pela necessidade de dissem inar um a nova cult ur a, o ano de

2003 acabou sendo um per íodo de t r ansição e o Plano só foi

(43)

2 - FORMAÇÃO PROFI SSI ONAL DA PESSOA COM DEFI CI ÊNCI A NO BRASI L

A Educação Pr ofissional, concebida pela LDB nº 9.394/ 96, confor m e

se viu ant er ior m ent e, or ient a par a um ensino que cr ie opor t unidades de

acesso ao t r abalho a t odas as pessoas, incluindo aquelas com algum t ipo

de lim it ação causada por quaisquer deficiências congênit as ou adquir idas,

a fim de que exer çam suas at iv idades de m aneir a conscient e e aut ônom a

e decidam o m elhor cam inho par a sua vida.

Ant es de se iniciar a abor dagem sobr e a Educação Pr ofissional par a

as pessoas com deficiência no Br asil, j ulgou- se im por t ant e fazer um

est udo dos dir eit os à educação e t r abalho em basados em docum ent os

legais int er nacionais e nacionais, bem com o na lit er at ur a per t inent e.

2.1 Dir eit o à educação e ao t r abalho

A Fr ança do século XVI I I viveu sua Revolução, que, com os ideais de

liber dade, igualdade e fr at er nidade, t r ouxe a Declar ação dos Dir eit os do

Hom em , base par a a Declar ação Univer sal dos Dir eit os Hum anos,

apr ovada pela Or ganização das Nações Unidas em 1966.

Segundo a Declar ação, “ Todo hom em t em capacidade par a gozar os

dir eit os e as liber dades est abelecidas nest a declar ação sem dist inção de

qualquer espécie, sej a de r aça, cor , sexo, língua, opinião polít ica ou de

out r a nat ur eza [ ...] ( Ar t igo 2º , I ) ” .

A Declar ação dos Dir eit os das Pessoas com Deficiência, apr ovada

Imagem

Tabela elaborada pelo aut or
Tabela elaborada pelo aut or
Tabela 4 – Desenvolvim ent o da com pet ên cia e conceit o  Per cent agem  de desenv olvim ent o da com pet ên cia
Tabela 5 -   Com parat ivo das opiniões dos at or es –  Fase 1 –  Capacit ação Básica para o  Trabalho
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Referências

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