MERCADO DA SOJA EM GRÃO, FARELO E ClEO:
UMA EVIDÊNCIA EMPÍRICA
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA Ã CONGREGAÇÃO DA
ESCOLA DE PÕS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA(EPGE)
DO INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA
PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE
MESTRE EM ECONOMIA '
POR /
BENTO ANDRÉ DE OLIVEIRA
RIO DE JANEIRO, RJ
é ter lama grande capacidade de
sonhar; a segunda i a perseve
rança - a fé no sonho".
É
i
 Aparecida, minha esposa, e [
aos meus pais, f
pelo carinho e pelo estimulo. |
I
Ao André, meu filho, ?
RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.250
fUNDAÇÂQ
GETOUO
VARGAS
TESE
DE
MESTRADO
APRESENTADA
À
EPGE
?rofí de Ollvdra
AM. EPGE/FGV
A-4 Formato Internacional
t < c '
/. ' '
1
\
DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
C_J_R
_C _UJ±J^
JL_J±9_^_
12
Assunto: Da f asa Pública de Dissertação
de Mestrado.
Comunicamos formaIrnente â Congregação da Escola que
;-!«tã
marcada
para
dia
2_6__de_
novembro
de
19
85
(3a.
fei
ra),
às
15
: 30h
,
no Auditório Eugênio Gudin (109 andar), a apresentação e defesa públi
ca da Dissertação de Mestrado, intitulada: "MERCADOS DA SOJA E.MGRÃO,
FARELO E ÕLEO: UMA EVIDÊNCIA EI-iPlRICA" do candidato ao titulo de
Mestre em Economia, Bento André de Oliveira.
Anexamos, a esta, uma cópia ca súmula dessa Disser
tação, para seu conhecimento.
A Banca-Exarninadora "ad hoc" designada pela Escola
será
composta
pelos
doutores:
Eduardo
Novo
Costa
Pereira,
José
Luiz Carvalho, Fernando de Holanda Barbosa e Antônio Salazar Pes
soa Brandão (Presidente).
Com esta convocação oficial da Congregação de Pro
fessores da Escola, estão ainda convidados a participarem desse
ato acadêmico todos os alunos da EPGE, interessados da FGV e de
outras instituições.
Rio de Janeiro, 11 de novembro de 19 85
RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.250
LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Tendo examinado o trabalho "MERCADOS DA SOJA EM GRÃO, FARELO E ÕLEO:
UMA EVIDÊNCIA EMPÍRICA", submetido ã Congregação da EPGE, pelo Sr. BENTO ANDRÉ
DE OLIVEIRA, como requisito para obtenção do grau de Mestre em Economia, apre
sento o seguinte parecer:
O trabalho na versão apresentada no meu entender, padeee das seguin
tes deficiências:
a - A representação grafica apresentada na página 52 não esta correta. Mais
importante que esta versão grafica I a própria representação analítica do
modelo, conforme apresentado a partir da página 67.
b - Sugiro fundamentalmente, duas modificações. Primeira: que as condições de
custo na indústria do esmagamento de soja sejam introduzidas nos lugares
da oferta interna de farelo de soja e õleo de soja, especificadas nas pági
nas 68 e 69; segunda: que as funções de intervenção do governo apresenta
das no modelo sejam modificadas para levar em conta a discrepância de pre
ços avaliada "socialmente", como dependente da política cambial e dos im
postos de exportação ou outras restrições aplicadas pelo governo as expor
tações dos produtos considerados.
2 - Uma vez satisfeitos estes reparos sugeridos acima, considero que
o trabalho do Sr. Oliveira pode ser aprovado como Dissertação de Mestrado.
Deste modo, recomendo a aprovação do presente trabalho sob as res
trições mencionadas.
A-4 Formato Internacional
210x297mm
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1985
ÍIVALHO
RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.25O
LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Tendo examinado o trabalho MERCADOS DA SOJA EM GRÃO,
FARELO E ÕLEO: UMA EVIDÊNCIA EMPÍRICA, elaborado pelo Sr. BENTO
ANDRÉ DE OLIVEIRA, em sua versão revista, apresento o seguinte
parecer:
As exigências por mim apresentadas no laudo original
de 26 de novembro de 19 85 foram, em parte, satisfeitas.
As exigências pendentes para serem satisfeitas en
volveriam informações aparentemente não disponíveis.
Deste modo, recomendo a aprovação deste trabalho, ou
torgando-se ao seu autor o título pretendido.
Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 1986
José
Profess
Carvalho
EPGE - FGV
A-4 Formato Internacional
RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.250
LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Como integrante da Banca Examinadora, designado pela
EPGE para julgar a Dissertação de Mestrado intitulada "MERCADOS
DA SOJA EM GRÃO, FARELO E ÕLEO: UMA EVIDÊNCIA EMPÍRICA" do can
didato ao título, Bento André de Oliveira, declaro que, face ã
cuidadosa abordagem teórica e empírica, que muito pode contri
buir para o melhor entendimento acerca do mercado dessa impor
tante "commodity", considero a referida dissertação aprovada e,
consequentemente, sou de parecer que seja outorgado o título de
Mestre em Economia, pretendido pelo autor deste trabalho.
Rio de Janeiro, 26 de novembro 1985
floro
US/A.
w
Eduardo Novo Costa Pereira
Professor Convidado da EPGE
A-4 Formato Internacional
RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.250
LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Como integrante da Banca Examinadora, designado pela
EPGE para julgar a dissertação de Mestrado, intitulada "OS
MERCADOS DE SOJA EM GRÃO, FARELO E ÓLEO: UMA EVIDÊNCIA EMPÍ
RICA", do candidato ao título, Sr. BENTO ANDRÉ DE OLIVEIRA,
apresento as seguintes ponderações que justificam meu parecer:
1J O autor desenvolve no seu estudo um modelo do complexo de
soja, fundamentado na teoria econômica, levando em conta as
interrelações entre os vários setores;
2) O autor demonstrou na estimação do seu modelo proficiência
no uso das técnicas econometricas.
Assim, e nessas condições, sou de parecer que a re
ferida Tese seja aprovada e outorgado o título pretendido pe
lo candidato e autor deste trabalho.
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1985
Fernando de Holanda Barbosa,
Subdiretor de Pesquisas/EPGE
A-4 Formato Internacional
RIO DE JANEIRO - BRASIL - CEP 22.250
LAUDO SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Como membro da Banca Examinadora, designada pela
EPGE para julgar a Dissertação de Mestrado intitulada, "MERCA
DO DE SOJA EM GRÃO, FARELO E ÕLEO: UMA EVIDÊNCIA EMPÍRICA" do
candidato ao titulo Bento André de Oliveira, apresento as se
guintes ponderações que justificam meu parecer e voto:
1) O trabalho demonstra que o autor conhece o fun
cionamento do mercado de soja no Brasil e utilizou este co
nhecimento na especificação de seu modelo econometrico;
2) 0 trabalho trata de um tema relevante para a for
mulação da política agrícola brasileira e o autor conseguiu
captar os aspectos mais importantes da questão. Além disto,
demonstrou conhecimento das técnicas de análise econômica e
economêtrica na condução da pesquisa.
Assim e nestas condições, sou de parecer que a re
ferida Dissertação seja aprovada e outorgado o titulo preten
dido pelo candidato e autor deste trabalho.
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1985
A-4 Formato Internacional
210x297mm
Antônio S§/Lazar P. Brandão
Ao
final
do
presente
trabalho,
apresento
sin
ceros
agradecimentos
as
seguintes
instituições,
gue
contri
buiram
para
a sua
realização:
Banco do Brasil S/A, pela oportunidade;
Escola
de
Põs-Graduação
em
Economia
(EPGE)/
Fundação
GetÚlio
Vargas
CFGV),
na
pessoa dos
professores,
pelos ensinamentos recebidos;
Programa Nacional de Pesquisa Econômica
CPNPE1/IPEA,
pelos
incentivos.
Estendo meus agradecimentos:
Ao professor orientador, Antônio Salazar Pes
soa
Brandão,
pelo
estimulo,
amizade
e convívio;
í
Aos professores da banca examinadora, Fernan
do
Holanda
Barbosa,
Eduardo
Novo
Costa
Pereira
e
José
Luís
de
Carvalho,
pelas
criticas
e sugestões;
nario
da
EPGE,
pela
amizade
e sua
valiosa
contribuição
nos
trabalhos de computação; i
Aos
colegas
Ricardo
Luís
Wyllie
de
Araújo
e
f
I
Ricardo
Souza
AdeniS/
pela
amizade,
crítica
e sugestões;
f
A
todos
os
demais
colegas
da
pós-graduação,
pela amizade e convívio;
A Maria
Aparecida
Pereira
da
Silva
Oliveira,
minha
esposa,
pelo
serviço
datilografico,
mas
principalmente
pelo
carinho
e estímulo,
sem
os
quais
não
seria
possível
o
desenvolvimento
deste
estudo;
*
f
Aos
meus
pais,
pela
vida
e pelo
que
hoje
sou,
1
|
à custa
de
seus
sacrifícios,
e aos
meus
irmãos
pelo
compa-
I
f
nheirismo
e carinho
que
me
dedicaram;
í
w
Aos meus sogros, pelo apoio e estímulo recebi. I
*
dos
ao
longo
desta
jornada;
?
I
A todos os demais que, direta ou indiretamen ^
te, contribuíram para a elaboração deste trabalho.
Ia, em plenitude, tudo aquilo que quero agradecer. Sejam,
pois,
estas
palavras
a expressão
de
minha
gratidão
por
tudo
|
aquilo que lhes devo.
responsabilidade.
III.
AGRADECIMENTOS r I
ÍNDICE DE TABELAS VIII
Índice das ilustrações xvin
I - Introdução 1
1 - Importância da Soja 1
2 - A Soja no Mundo 3
3 - A Soja no Brasil r 10
4 - Intervenções do Governo na Comercialização de
Produtos do Complexo de Soja 22
5 - Principais Fatores Responsáveis pelo Crescimen
to da Sojicultura . 32
6 - Resenha
Bibliográfica
40
jj
7 - Objetivos 48 s
8 - Dados 49 j
9 - Organização da Dissertação ; 50 g
II
-"Análise
dos
Mercados
do
Complexo
da
Soja"
51
?
1 -~Análise
Gráfica
51
|
i - Efeitos da Tributação das Exportações de |
2 - Modelo Econométrico Inicial 59
III - 0 Modelo Economitrico 75
1 - Hipóteses Implícitas no Modelo 77
2 - Equações dos Mercados da Soja em Grão 78
3 - Equações dos Mercados do Farelo de Soja 7 9
4 - Equações dos Mercados do óleo de Soja 80
5 - Definição das Variáveis 81
Externo
do
Complexo
de
Soja
84
i - Equação de, Oferta Interna de Grãos de |
Soja
85
|
ii - Equação de Demanda Interna de Grãos de gj
Soja
94
l
iii - Equação de Intervenção do Governo na |
Comercialização
da
Soja em
Grão
96
|
iv
- Equação
de
Equilíbrio
do Mercado
Interno-
98
|
v - Equação de Demanda Excedente de Grãos |
de
Soja
99
*
I
vi
- Equação
de
Equilíbrio
do
Mercado
Exter
I
no de Grãos de Soja
vii - Equação da Capacidade de Esmagamento
-vüi - Equação de Oferta Interna de Farelo de |
Soja 103 §
ix
- Equação
de
Demanda Interna
de
Farelo
|
de
Soja
103
1
x
- Equação
de
Intervenção
do
Governo
na
I
Comercialização
do
Farelo
de
Soja
1°5
g
xi - Equação de Equilíbrio do Mercado Inter |
no
de
Farelo
de
Soja
107
i
xii - Equação de Demanda Excedente de Farelo '%
de
Soja
'.
108
|
xiii - Equação de Equilíbrio do Mercada Exter §
no
de
Farelo
de
Soja
^°
§
xiv - Equação de Oferta Interna de õleo de I
Soja
110
!
xv - Equação de Demanda Interna de Õleo de f
Soja
xvi - Equação de Intervenção do Governo na
Comercialiazação do õleo de Soja
xvii - Equação de Equilíbrio do Mercado Inter
no
de
Õleo
de
Soja
114
xviü- Equação de Demanda Excedente de Õleo
de
Soja
115
xix - Equação de Equilíbrio do Mercado Exter
no de Õleo de Soja
1 - Metodologia 119
i - Identificação do Modelo 119
ii
- Mínimos
Quadrados
em
Dois
Estágios
123
|
2 - Apresentação e Discussão das Estimativas dos í
Parâmetros
das
Equações
do
Complexo
da
Soja
126
|
i
- Equação
de Oferta
de
Grãos
de
Soja
126,
I
a - Coeficientes
de
Elasticidade
133
jj
ii
- Equação
de
Demanda
Interna
de
Grãos
de
?
Soja
137
I
a - Coeficientes
de
Elasticidade
14i
J
iii
- Equação
de
Intervenção
do
Governo
na
|
Comercialização
da
Soja
em
Grão
^43
f
a - Coeficientes
de
Elasticidade
148
i
iv - Equação de Demanda Excedente de Grãos 3
de
Soja
i5°
|
v - Equação de Investimento das Indústrias
de Esmagamento de Oleaginosas
vi - Equação de Oferta Interna de Farelo de
Soja
«
157
vii - Equação de Demanda Interna de Farelo de
Soja 157
a - Coeficientes
de
Elasticidade
161
viii - Equação de Intervenção do Governo, na Co
mercialização
do
Farelo
de
Soja
163
a
- Coeficientes
de
Elasticidade
16
7
ix - Equação de Demanda Excedente de Farelo
de Soja 169
a - Coeficientes
de
Elasticidade
^73
l
x - Equação de Oferta Internade Õleo de Soja- 176 *
xi - Equação de Demanda Interna de õleo ;í
de Soja 177 |
a - Coeficientes de Elasticidade 179 q
xii - Equação de Intervenção do Governo na Co j
mercialização
do
õleo
de
Soja
181
\
xiii - Equação de Demanda Excedente de õleo ]
de Soja 184
a - Coeficientes de Elasticidade
APÊNDICE
A:
Dados
utilizados
na
Pesquisa
Empírica
204
APÊNDICE
B:
Matrizes
dos
Coeficientes
de
Correlação
~
223
APÊNDICE
C:
Estimativa
dos
Parâmetros
de
Algumas
Equa
ções
do
Complexo
de
Soja
(utilizando
pre
ços relativos) 227
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 229
1
4
TABELA 1: TABELA 2: TABELA 3: TABELA 4: TABELA 5: TABELA 6: TABELA 7: TABELA 8: TABELA 9: TABELA 10 TABELA 11: TABELA 12: 7 11 15
ÍNDICE DE TABELAS
Quantidade de proteína em algumas cul
turas (kg/ha) 2
Teor de Proteína de alguns alimentos (%) 2
Percentagem do Volume das Exportações
Mundiais de Soja em Grão, Farelo e
Óleo, pelos Maiores Produtores - 1960/
82 4
Produção Mundial de Soja e Principais
Produtores (1.000 t) - 1966/82
Produção Brasileira de Soja-1952/83
Produção Brasileira de Soja por Estado
(t) - 1960/83
Produtividade dos Estados Produtores
de Soja (kg/ha) - Safras 19 81/82 e
1982/83 16
Produtividade Média do Brasil e * EUA
(kg/ha) 16
Ãrea Colhida de Soja no Estado do RS
-(ha) 1979/83 19
Relação Soja/Milho no Estado do RS
-19 80/82 21
Capacidade de Esmagamento do Parque
Moageiro Brasileiro (1.00 t) - 1960/80 25
Crédito de Custeio concedido pelo Ban
co do Brasil ã Sojicultura-1966/83 38
TABELA 14;
TABELA 15:
tores no Brasil (Cr$/t)-1967/80 39
Estimativa dos Parâmetros da Equação
de Oferta de Grãos de Soja (curto pra
zo) - 1960/81 127
Estimativa dos Parâmetros da Equação
de Oferta de Grãos de Soja (longo pra
zo)
-
1960/81
132
TABELA 16;
TABELA 17;
Coeficientes de Elasticidade da Oferta
de Grãos de Soja, de Curto e Longo Pra
zo, segundo Observações de 1965, 19 70,
1975, 1980 e no Ponto Médio do Período
1960/81, a partir dos Parâmetros Esti
mados dessa Equação, apresentados nas
Tabela 14 e 15
Estimativa dos Parâmetros da Equação
de Demanda Interna de Grãos de Soja
1960/81
134
TABELA 18; Coeficientes de Elasticidade da *Deman
da Interna de Grãos de Soja, segundo
Observações de 1965, 1970, 1975,1980 e
no Ponto Médio do Período 1960/81, a
partir dos Parâmetros Estimados dessa
Equação,pelo Método de MQ-2, apresenta
dos na Tabela 17 142
TABELA 19: Estimativa dos Parâmetros da Equação
de Intervenção do Governo na Comerei^
lização da Soja em Grão - 1960/81 144
TABELA 21:
TABELA 22:
TABELA 23:
TABELA 24:
do Grão de Soja, segundo Observações
de 1965, 1970, 1975, 1980 e no Ponto
Médio do Período 1960/81, a partir dos
Parâmetros Estimados dessa Equação, pe
Io Método de MQ-2, apresentados na Ta
bela 19 149
Estimativa dos Parâmetros da Equação
de Demanda Excedente de Grãos de
Soja-1960/81 151
Estimativa dos Parâmetros da , Equação
de Investimento das Indústrias de Esma
gamento de Oleaginosas - 1960/81 154
Estimativa dos Parâmetros da Equação
de Demanda Interna de Farelo de Soja
-1960/81 158
Coeficientes de Elasticidade da Deman
da Interna de Farelo de Soja, segundo
Observações de 1965, 1970, 1975, 1980
e no Ponto Médio do Período 1960/81,
a partir dos Parâmetros Estimados des_
sa Equação, pelo Método de MQ-2, apre_
sentados na Tabela 23 162
-1 B
I
SrI
I
-ITABELA 25: Estimativa dos Parâmetros da Equação
de Intervenção do Governo na Comercia
lização do Farelo de Soja - 1960/81 164
TABELA 27:
TABELA 28:
do Farleo de Soja, segundo Observações
de 1965, 1970, 1975, 1980 e no Ponto
Médio do Período 196C/81, a partir dos
Parâmetros Estimados dessa Equação, pe_
Io Método de MQ-2, apresentados na Ta
bela 25
Estimativa dos Parâmetros da Equação
de Demanda Excedente de Farelo de
Soja-1960/81 170
Coeficiente de Correlação entre as V^
iáveis na Equação de Demanda Excedente
de Fare.1.© de Soja - 1960/81 172 s
TABELA 29: Coeficientes de Elasticidade da Demanda
Excedente de Farelo de Soja, segundo
Observações de 1965, 1970, 1975, 1980
e no Ponto Médio do Período 1960/81,
a partir dos Parâmetros Estimados des_
sa Equação, pelo Método de MQ-2, con
forme Tabela 27
li
I
174
TABELA 30: Estimativa dos Parâmetros da Equação
de Demanda de Õleo de Soja-1960/81 178
I
TABELA 31: Coeficientes de Elasticidade da Demanda
Interna de õleo de Soja, segundo Obser_
vações de 1965, 1970, 1975, 1980 e no
Ponto Médio do Período 1960/81, a par
tir dos Parâmetros Estimados dessa Equa
ção, pelo Método de MQ-2, conforme Ta
bela 30 180
lização do õleo de Soja - 1960/70,
1971/81 e 1960/81 182
TABELA 33! Estimativa dos Parâmetros da Equação
de Demanda Excedente de õleo de Soja
-1971/81 e 1960/81 135
TABELA 34: Coeficientes de Elasticidade da Deman
da Excedente de Õleo de Soja, segundo
Observações de 1971 a 1981 e no Ponto
Médio
do
Período
1971/81,
a partir
dos
Parâmetros
Estimados
dessa
Equação,con
forme Tabela 33 189
FIGURA 1:
FIGURA 2:
FIGURA 3:
FIGURA 4:
FIGURA 5:
FIGURA 6:
FIGURA 7:
ÍNDICE DAS ILUSTRAÇÕES
Principais produtores mundiais de Soja
1960/80
Distribuição da Produção de Soja no
Brasil
Produção Brasileira de Soja por Estado
Preços Internacionais do Grão, Farelo
e õleo de Soja
Gráfico
do
Modelo
Simplificado
do
Blo
co de Demanda no Modelo de Houck, Ryan
& Subtnik
Representação Gráfica dos Mercados do
Complexo de Soja
Efeitos da Tributação das Exportações
de Õleo de Soja na Hipótese da Exporta
ção
Brasileira
desse
Produto
afe
tar o seu próprio Preço no Mercado In
ternacional
13
14
33
41
52
58
"INTRODUÇÃO1'
" 1 ~ I^portância 'da Soja
A soja, apesar de sua recente introdução na
agricultura ocidental, como cultivo.na produção de grãos,
vem ocupando uma posição de destaque e extraordinária expan
são entre os produtos agrícolas que atualmente alimentam.o
mundo. ' '
Classificada botanicamente na família das le_
guminosas, a soja, atualmente, é considerada como a mais im
portante oleaginosa sob cultivo extensivo, produzindo mais
proteína, por hectare, que qualquer outra planta de lavoura
(tabela 1). 0 grão de seja, segundo a FAO, possui, em média,
38% de proteína, 18% de gorduras, 31,3% de hidratos de car
bono e as principais vitaminas e sais minerais necessários
ã atividade biológica. Devido a tais qualidades, essa legu
minosa tem sido apontada como o alimento básico na luta con
tra a fome. Conseqüentemente, o desenvolvimento de novas
TABELA 1 QUANTIDADE
CULTURAS
DE PROTEÍNA EM ALGUMAS CULTURAS
(kg/ha) QUANTIDADE ARROZ BATATA FEIJÃO MILHO SOJA TRIGO 175 114 198 140 385 130
Fonte: Rocha [.36]
TABELA 2 - TE*: )E PROTEÍNA DE ALGUNS ALIMENTOS
ALIMENTOS TEORES DE PROTEÍNA
FARINHA DE SOJA
GRÃO DE SOJA
QUEIJO.
CARNE BOVINA
CARNE DE GALINHA
FARINHA DE TRIGO
LEITE
FEIJÃO
MILHO .
45 a 50
37 a
'45-28 a 30
21 a 22
17 a 18
07 a 7,5
03 a 3,5
20 a 22
10 a 11
áreas
de
produção,
a melhoria
da
produtividade
e a
difusão
do consumo da soja podem ser fundamentais para o suprimento
alimentar diário da população, segundo Bonetti [1].
1.2 - A Soja no Mundo
A soja é uma planta originária do sudeste da
Ásia, datando de milênios o seu cultivo na China. No entan
to, somente no fim do século XV e começo do século XVI suas
sementes foram introduzidas no ocidente, crescendo em impor
tância
no
mundo
ocidental.no
inicio
do
presente
século.
A liderança do comércio mundial da soja foi
mantida pela China até o inicio da II Guerra Mundial. A par
tir do final daquele conflito e por mais vinte anos, os Ej3
tados Unidos da América (EUAl dominaram o comércio mundial
desse produto. No- final da década de 60 e nos anos subse
qüentes, Brasil e Argentina, respectivamente, tornaram-se
importantes exportadores, destruindo a posição quase monopo
lista
dos
EUA,
com
mais
de
90%
do
total
comercializado
a n:L
ANOS 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 197l' 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 .1979 1980 1981 1982. EUA 76.2 87.0 88.8 91.0 90.7 88.8 -89.0 88.0 91.5 90.8 93.8 93.8 86.8 84.7 80.8 75.8 77.8 81.1 86.3 82.2 82.0 83.4 88.3 SOJA BRASIL 0.2 1.7 2.0 0.6 1.2 1.1 1.6 1.7 0.8 1.8 2.3 1.7 7.5 11.4 15.8 20.2 18.5 13.0 2.7 2.5 5.9 2.1 1.7 EM GRÃO CHINA 21.2 8.0 6,9 6.4 7.0 8.3 7.3 6.9 . 6.5 5.2 3.3 3.7 2.7 2.0 2.0 2.0 0.9 0.6 0.4 1.2 1.1 -ARGENTINA OUTROS 0. 0. 0. 8. 11. 8. 6. 4. -3 5 4 -3 1 4 9 9 2.5 3.3 2.3 2.0 1.1 1.8 2..Í 4.4 1.2. 0.7 0.6 0.8 3.0 1.9 1.1 1.5 2.4 2.2 2.3 3.0 2.6 7.6* 5.1* EUA 47.2. 51.9 61.8 66.2 67.5 69.9 72.9 73.3 72.0 71.3 . 68.4 66.0 55.4 54.5 52.5 42.6 41.9 34.9 40.3 40.4 34.8 31.6 30.9 FARELO BRASIL -3.0 2.9 3.0 2.9 3.7 5.9 3.7 6.3 7.0 9,8 14.7 21.5 19.5 21.0 35.3 37.7 45.2 36.9 34.3 42.7 44.2 37.9 de Soja ARGENTINA -- -0.2 0.8 1.6 1.8 2.3 2.4 2.3 1.6 3.7 4.2 OUTROS 52.8 45.2 35.3 30.8 30.7 26.3' 21.2 23.0 21.8 21.7. 21.8 19.2 23.0 . 25.8 25.7 20.4 18.6 17.6 2Q.4 23.0 20.9 20.5 27.0 EUA 71.1 69.6 81.6 79.4 79.8 79.2 75.9 76.4 72.1 61.0 60.5 60.5 53.6 40.7 48.0 20.1 28.0 36.6 35;7 38.2 28.6 22.9 25.9 ÕLEO BRASIL -0.3 0.5 5.4 8.1 0.1 19.4 27.3 23.7 19.4 18.1 36.6 36.7 24.7 DE CHINA 3.6 0.3 0.4 0.4 0.4 0.8 0.8 0.6 0.5 0.5 0.2 0.2 0.4 0.2 0.4 0.4 SOJA ARGENTINA -2.0 2.4 1.5 3.5 3.1 2.5 2.5 2.2 4.1 5.2 OUTROS 25.3 30.1 18.2 20.2 19.8 . 20.5 23.3 25.0 27.4 . 18.6 19.1 38.8 41.0 48.8 49.5 59.0 41.2 36.2 42.2 41.1 36.6 36.3* 44.2*
(*) Inclui a China
A evolução das exportações mundiais de fare
Io e óleo, pelos maiores produtores, também encontra-se re
tratada na tabela 3. Em ambos os mercados, a liderança, a
tualmente, i disputada entre o Brasil e os EUA. Mas no iní.
cio dos anos 60, as participações das exportações estaduni/
denses de farelo- e õleo respondiam por 47,2% e 71,1%, res
pectivamente, do volume comercializado mundialmente, enquan.
to as do Brasil eram inexistentes. A exportação
brasileira-de farelo de- soja passou a ser significativa em 1961, repre
sentando cerca de 3% do total mundial, dez anos depois com
14% e, em 1980, liderou o comércio participando com 42,7%,,
enquanto os EUA com 34,8%. No comércio mundial de õleo de.
soja, o Brasil passou de importador líquido, até 1969, à ex
portador líquido nos anos subseqüentes e iniciou a década
de 80 com uma participação no comércio mundial superior ã
americana, 36,6% contra 28,6%.
O maior produtor mundial de soja são os Esta
dos Unidos, com uma participação de 65% do total produzido
crescimento extraordinário, passando de uma participação de
2,29% da produção total da safra 1965/66 para 15,48% da sa
fra 1981/82. A China, que até 1974 era o segundo produtor,
agora ocupa a terceira colocação, com uma participação de
9,16%. 0 restante da produção é dividida entre Canada, MéxjL
co, Argentina, URSS, entre outros. A tabela 4 relaciona a
produção
dos
principais
países
produtores
de
soja
no
perío
do 19 66/80.
Segundo Nogueira Júnior [ 1 ], as posições de
maior produtor e exportador de soja., ocupadas pelos Estados
Unidos, podem ser explicadas pelos seguintes fatores:
a), cultura Bastante tradicional, com consumo
interno elevado;
bí grande destaque como fonte de divisas;
cl solo fértil, bom clima e topografia ade
quada ã mecanização;
d) facilidades de transportes;
e) renda "per capita" elevada, estimulando u
ma demanda acentuada por produtos protéicos;
PAÍSES/ANOS ESTADOS UNIDOS CHINA BRASIL ARGENTINA OUTROS TOTAL 1966 25.270 10.970 595 " 18 2.207 39.060 1967 26. 11. 2 40 564 100 716 22 .239 .641 1968 30. 10. 2 43 023 670 654 22 .391 .760 1969 30. 10. 1. 2 45 654 920 057 32 .345 .008 1970 30. 11. 1. 2 46 839 430 059 27 791 .146 1971 30. 11. 2 2 47 675 741 077 59 .640 .192 1972 34. 11. 3. 2 52 582 240 671 78 .748 .319 1973 42.117 11.760 5.017 496 3.707 65.162 1974 33. 9. 7 6 57 102 600 876 485 .058 .121. 1975 42.113 9.750 9.893 695 3.664 66.115 1976 35. 9. 11 1 2 59 042 000 127 400 .719 .036 1977 47.947 7. 12. 2. 3 73 300 517 700 246 .710 1978 50.898 7.565 9.535 3.700 5.638 77.346 1979 61. 722 7.460 10. 3 10 93 208 650 .411 .451 1980 48. 7. 15 3 5 772 940 140 500 .707 81.059 1981 54. 9. 12. 4 5 86 435 330. 890 000 .671 .236 1982 61. 8. 14. 3 6 94 969 700 700 400 .174 .943
A natureza dos mercados mundiais dos deriva_
dos da soja são bastante distintos. No farelo, a demanda
mundial é normalmente efetuada por países que desenvolvem
modernos sistemas de criação, necessitando de rações de ele_
vado teor de proteína. Nesse mercado, o farelo de soja tem
uma participação bastante significativa. O farelo de peixe,
que o supera o de soja em conteúdo proteiço, e o seu maior
concorrente no mercado mundial.
Em relação aos mercados do grão e farelo,
observa-se maior instabilidade no de õleo, no que diz res_
peito ao comportamento da demanda. Segundo a CFP*, esta de
manda e geralmente realizada por países pobres, sem condi_
ções de produzir gordura internamente. Essa demanda varia
em função de uma eventual escassez interna e da disponibiLi
dade de divisas dos países consumidores. Quanto às compras
de grãos para esmagamento ou de farelo de soja, estas são
normalmente efetuadas por países que, por estarem desenvoJL
i
vendo modernos sistemas de criação, precisam de rações de
elevado teor de proteína. Este e o caso dos -importadores tra_
dicionais, como a Europa Ocidental e o Japão.
.1.3 - A Soja no Brasil
As primeiras sementes de soja foram introdu
zidas no Brasil, em 1908, por imigrantes japoneses. A par
tir da segunda metade da década passada, o cultivo dessa le_
guminosa cresceu em importância, alcançando aumentos signi^
ficativos na produção e na área plantada. Pelos dados da t^
bela 5, observa-se que de uma produção de 206 mil toneladas,
em 1960, e uma área plantada de .171 mil hectares, o Brasil '
inicia os anos 70 com uma produção recorde de 1.509 mil to
neladas e uma área plantada de 1.319 mil hectares. 0 extra
ordinário crescimento do cultivo da soja prosseguiu durante
a década passada e, no primeiro ano da atual década, a pro
dução atingia a 15 milhões de toneladas, com uma área plan
tada de 8,8 milhões de hectares. Esse extraordinário cresai
mento colocou o País como o segundo maior pr,odutor de soja
TABELA 5 - PRODUÇÃO BRASILEIRA DE SOJA - 1952/83 A.NOS ÃREA CULTIVADA (ha) INCREMENTO ANUAL QUANTIDADE (l.OOOt) INCREMENTO ANUAL (%) RENDIMENTO MÉDIO -(kg/ha) 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1 1 2 3 5 5 6 7 7 8 8 8 8 8 60.029 62.975 68.116 73.971 80.804 97.447 107.043 114.098 171.440 24a. 919 312.640 339.796 359.622 431.834 490.687 612.115 721.913' 906.073 .318.809 .716.420 .191.455 .615.058 ' .143.116 .823.735 .463.110 .069.880 .778.410 .256.100 .774.500 .693.000 .202.181 .136.491 4, 8, 8, 9, 20, 9, 6, 50, 40, 30, 8, 5, 20, 13, 24, 17, 25, 45, 30, 27, 65, 42, 13. 11 9 9 6 6 -o -3 -0 9 2 6 2 6 8 6 3 5 . ,2 ,3 .8 ,1 .6 ,7 r9 ,5 r5 ,1 ,7 ,0 ,3 ,2 ,0 ,4 ,1 ,1 ,3 ,9 ,5 ,1 1. 1. 2. 2, 5. 7, 9. 11 12 9 10 15 15 12 14 77, 88, 117, 106, 114, 121, 130, 151, 205, 271, 345, 322, 304, 523, 594, 715, 654, .056, .508, .077, .703, .011, .876, .893 .273 .513 .534 .208 .139 .485 .835 .582 88 23 32 88 94 50 89 57 74 ,49 . ,17 91 .90 ,18 ,99 ,61 -48 ,61 ,54 ,30 ,62 ,61 ,21 ,01 ,10 ,40 ,72 ,03 ,86 ,00 ,00 ,00 13, 33, -8, 7, 5, 7, 15, 35, 32, 27, -6, -5, 71, 13, 20, -8, 61, 42, 37, 30, 85, 57, 25 13 11 -23 -0 59 2 -16 14 3 0 9 5 7 7 8 7 0 1 ,4 6 ,6 ,7 ,3 ,5 ,4 ,8" ,7 ,1 ,4 ,2 ,6 ,9 ,0 ,8 ,5 ,7 ,3 ,8 ,0 1.297 1.401 1.722 1.445 1.422 1.247 1.223 1.328 1.200 1.227 1.101 950 848 1.212 1.213 1.169 907 1.166 1.144 1.210 1.234 1.386 1.531 1.699 1.744 1.770 1.226 1.236 1.725 1.781 1.565 1.792
Fontes: Conjuntura Econômica [14], Relatório anual da CFP
O incremento na produção de soja no Brasil
se deveu mais ao aumento na área plantada do que à produti
vidade. Como pode-se observar pelos dados da tabela 5, a
produção de soja cresceu 73,6 vezes no período de 1960 a
198Q. A ãrea plantada cresceu 51 vezes, enquanto a produti
vidade cresceu l-,4 vezes. .
A produção de soja no Brasil está concentra
da na região Centro-Sul, conforme figuras 2 e 3 e tabela 6.
Os estados produtores tradicionais localizam-se na região
Sul e respondem por, aproximadamente, 85% do total produzi^
do, sendo que, em 1980, o Rio Grande do Sul participou com
46% e o.Paraná com 40% da produção desses estados. No esta
do de Mato Grosso (incluído Mato Grosso do Sul), é onde se
observa o maior crescimento na produção, durante a década
passada, colocando-o na posição de terceiro maior produtor.
Na região do Cerrado, nos estados de Goiás e Minas Gerais,
novas áreas estão sendo incorporadas ao cultivo da soja.
A produtividade da soja varia de estado para
Região tradicional
Região de expansão
6.000 TT^
;;;;r';|LE)GEtCÃ:-f
5.50C
?50
5.00Ò
10a
64" 65i " 66" ~67 68 69 " 70 71 72 73 ^74 "75" 76 "77 "7J 79 80 81 32
Fig. 3: PRODUÇÃO BRASILEIRA DE SOJA POR ESTADO aros
TABELA 7 - PRODUTIVIDADE DOS ESTADOS PRODUTORES DE SOJA
-SAFRAS 1981/82 e 1982/83
ESTADO PR SP MT DF MS RS BRASIL Rendimento 1981/82 2.000 1.925 1.881 1.903 1.825 1.192 1.565 (kg/ha) 1982/83 2.134 .2.055 2.025 2.000 1.946 1.548 1.792
Fonte: Anuãrio Estatístico do Brasil [ 7 ]
TABELA 8 - PRODUTIVIDADE MÉDIA DO BRASIL E EUA
PAÍS 1980 1981
(kg/ha) 1982 BRASIL EUA 1,729 1,776 1,765 2,027 1,565 2,163
tado
de
maior
produtividade,
2,13
t/ha,
seguido
de
São
Pau
Io com 2,06 t/ha, de Mato Grosso com 2,02 t/ha, Distrito Fe
deral com 2,00 t/ha e Mato Grosso do Sul com 1,9 5 t/ha. 0
estado do Rio Grande do Sul, o maior produtor, colocou-se em
oitavo
lugar,
produzindo
1,55
t/ha,
estando
abaixo
da
média,
que é de 1,79 t/ha.
A expansão da área cultivada de soja no Bra
sil e resultado tanto da incorporação de novas áreas da re
gião Centro-Oeste, quanto pela substituição de outras cultu
ras, comparativamente menos rentáveis do ponto de vista do
agricultor da Região Sul. A lavoura da soja incorporou, gra
dativamente, áreas anteriorraente dedicadas à plantação de
algodão, milho, sorgo, feijão e café. Esse segundo processo
de absorção de novas terras, segundo a FGV*, deverá acabar
impondo um limite ã expansão horizontal da cultura na med^L
da em que esta expansão passe a significar a estagnação ou
redução da área de plantio de outras culturas, igualmente ne
cessãrias à economia nacional. Exemplifica apontando o caso
do Paraná, onde a expansão da cultura da soja se deu ini_
cialmente através da erradicação de cafezais, considerados
antieconômicos e que, atê 19 6 7, vinham expulsando não somen
te o milho, como também o feijão e o arroz. Finaliza o parji
grafo afirmando que o resultado negativo desse processo, le
vado âs ultimas conseqüências, seria a monocultura voltada
para o mercado externo, o que traduziria indesejável vulne_
rabilidade do Pais âs flutuações do comércio internacional,
bem como ameaçaria o abastecimento interno dos demais produ
tos agrícolas. No entanto, nesses 4 primeiros anos da dêca
da de 8Q, a ãrea colhida de soja no Rio Grande do Sul tem
diminuído sensivelmente, conforme tabela 9, As razões des_
sas reduções são apontadas pela revista Agropecuária Retroís
pectiva [5], bem como o desestímulo ã produção, em virtude
de VBCs e preços mínimos pouco compensadores e as baixas
cotações no mercado internacional, devido âs incertezas
quanto âs perspectivas da economia mundial e o persistente
fortalecimento do dólar, em face das-moedas dos principais
TABELA 9 - ÁREA COLHIDA DE SOJA NO ESTADO DO RS - 1979/83
ANOS ÁREA COLHIDA (ha)
1979 4.031.826
1980 3.975.502
1981 3.629.460
1982 3.539.580
1983 3.402.835
houve aumento na ãrea plantada e os fatores favoráveis fo
ram o baixo preço da terra e as facilidades de crédito.
A relação de preços soja/milho (tabela 10},
que influencia a opção dos agricultores por uma dessas Ia
vouras alternativas na safra seguinte/ mostrou-se favorável
ã soja nos três primeiros anos de 80. Mas, ao se comparar
essas duas culturas, deve-se observar que os custos de pro
dução são bastante diferentes; os da soja são bem mais ele
vados. Entretanto, os agricultores, sem muitos recursos imo
bilizados em maquinas, tem boa margem de manobra.
Comparando o volume de produção dos seis úl
timos anos com o realizado em 19 76 e 19 77, observa-se que o
crescimento não foi continuo: quebra de safra por fatores cli_
mãticos nos anos de 1978 e 1979? aumento da produção em 1980
e estabilização nos anos seguintes devido ao VBC's e preços
mínimos pouco compensadores, em adição com a queda nas cota
ções internacionais. No entanto, a rápida expansão da soj:L
cultura no Brasil, do final .dos anos 60 aos primeiros anos
TABELA 10 - RELAÇÃO SOJA/MILHO NO-ESTADO DO RS - 1980/82
ANOS/MESES 1980 1981 1982
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 1,33 1,47 1,49 1,51 1,55 1,43 1,40 1,78 1,37 1,29 1,19 1,21 1,04 1,09 1,22 1,37 1,54 1,52 1,57 1,65 1,63 1,64 1,64 1,47 1,47 1,56 1,48 1,57 1,69 1,77 1,80 1,78 1,78 1,64 1,50 1,49
posição brasileira no comércio mundial do complexo de soja,
conforme foi abordado anteriormente.
1.4- Intervenções do Governo na Comercialização de Produtos
do Complexo de Soja
A intervenção do governo na comercialização
da soja e de seus derivados tem, geralmente, por objetivo
estabelecer um certo grau de isolamento entre o mercado ex
terno e o mercado doméstico, a pretexto de defender o consu
midor nacional contra altas excessivas de preços, devendo
ocorrer apenas em ocasiões em que se registrasse alta signi_
ficativa dos preços no mercado internacional e/ou quebra da
safra nacional. Mas, a preocupação constante com o abasteci^
mento interno e o custo de vida transformaram a intervenção
governamental, praticamente, uma rotina.
Na pratica, o governo tem utilizado três in£
trumentos de política econômica com essa finalidade: as quo
tas de exportação, o imposto de exportação (ou confisco cam
As três medidas têm, em comum,- o fato de pe
nalizarem o produtor, ao provocarem a contenção dos preços
domésticos
dos
derivados
da
soja.
Isto
porque
a indústria
e
os intermediários procuram preservar sua margem, transferin
do para o produtor rural boa parcela do ônus decorrente da
intervenção governamental.
Antes dos anos 70*, o setor doméstico da so
ja
foi
pouco
alvo
das
políticas
do
governo.
Em
19 60
e
64,
o controle direto das exportações foi feito nas vendas para
o exterior
de
grão,
farelo
e óleo
de
soja.
Nos
últimos
anos
da década de 60, um arranjo de retenções foi imposto no se
tor da soja. Estes arranjos envolveram o estabeleciraento de
uma taxa entre as vendas externas e domésticas, que tinham
de ser observadas por todas as firmas interessadas naexpor
tação
de
grão
e farelo
de
soja.
A
taxa de
venda
do
grão
era
de três
por
um,
o que
significa
que
para cada
3
toneladas
de soja exportada uma teria de ser vendida domesticamente.
i
No
caso
das
exportações
de
farelo
de"
soja
a
taxa era
de
(*) A retrospectiva das intervenções do governo no setor soja, que se sie
de quatro por um.
Em
adição
a
este
arranjo
de
retenção,,
o go
verno estabeleceu um imposto nas vendas (ICM)/ nos preços
de exportação FOB das commodity menos os custos de transa
ções.
A
taxa
de
ICM
fixada
nas
exportações
de
grão
e
fare
Io de soja foi.de 12,5 e 5,0 por cento, respectivamente.
Em
1972
os-
preços
mundiais
da
soja
em
grão
e seus derivados aumentaram, substancialmente, acima dos
seus níveis- históricos. Em conseqüência, o governo estabe
leceu
um
sistema
de
retenção
das
quotas
nas
exportações
do
grão
e farelo
de
soja
no
início
de
197-3.
Esta
política
foi-seguida até 1974, quando ela foi substituída por licenças
de exportação.
Outras medidas políticas implementadas era
1974
incluem-a
redução
da
taxa
de
ICM
nas
exportações
de
soja
de
12,5%
para
9,5%,
uma
suspensão
temporária
das
ex
portações
de
grão
e farelo
de
soja
em
julho
e a introdução
de um novo sistema de exportação de soja, onde o volume de
ceder
a diferença
entre
a produção
total
e
a capacidade
de
esmagamento instalada.
Em 19 75 o governo, motivado pela vigorosa
expansão no volume de esraagamento doméstico, alterou, subs_
tancialmente, sua política direcionada para o setor da so
ja.
A notável
característica
da
nova
orientação
. política
foi
o tratamento
favorável
dado para
a exportação
dos
pro
dutos da soja, especialmente o óleo.
0 controle das exportações imposto nas ven
das ao exterior de farelo e óleo de soja foi removido na
quele mesmo ano. Em adição, um subsidio de 16%, foi aplica
do na exportação de óleo de soja, numa forma de taxa ' de
credito contra o valor federal devido ao imposto de produ
tos industriais (IPI) e o ICM devido pelas firmas exporta
doras.
Em contraste com essas políticas estimulado
ras, o
governo
aumentou
a
taxa de ICM na
exportação
de
so
ja, retornando aos níveis de 12,5%, e continuou a cobrar a
cobrado
nas
exportações
de
óleo
de
soja,
embora
uma
taxa
de
ICM
de
14%
fosse
cobrada
nas
vendas
domésticas.
Medidas políticas usadas em 197 5 para promo
ver
as
exportações
de
óleo
de
soja
foram
aplicadas
ate
1976.
As políticas no grão e farelo de soja adota
das
durante
1976
não
diferem,
significativamente,
daquelas
implementadas
no
ano
anterior.
A taxa de
ICM
foi
reduzida
de
12,5%
para
10%
durante
abril,
maio
e junho,
passando
pa
ra 13% em julho.
0 ano de 1977 foi um ano durante o qual o
mercado
mundial
pagou
preços
muito
atrativos
pela
soja
em
grão
e seus
derivados.
Em
conseqüência,
o Brasil
adotou
uma
serie
de
políticas,
as
quais, no
fim,
evitou
o
setor
de
obter
altas
taxas
de
ganhos
que,
de
momento,
o
benefi
ciaria.
No inicio de 197-8 a agricultura brasileira
experimentou
severa
queda,
o
que
afetou,
substancialmente,
cia,
a quantidade
total
de
todos
os
grãos
para
ser
exporta
da naquele ano, foi restrita para o máximo de 658 mil tone
ladas.
Além
disso,
importações
de soja em
grão,
através
do
regime "draw-badc", foram autorizadas devido ao crescimen
to
do
excesso
de
capacidade
de
esmagamento
das
indústrias
domésticas.
No segundo trimestre de 1978, apesar da es
cassez de grãos para esmagamento, o governo reduziu o con
trole sobre a exportação de óleo de soja, sabendo que, co
mo um resultado, teria que importar õleo de soja cru no
ano seguinte.
Nova queda na safra ocorreu no ano seguinte
(19791.
0 excesso
de
chuva
em
novembro
de
1978
e início
de
1979 reduziu severamente a produção de soja. 0 sistema de
quota
de
exportação,
adotado
durante
o período
1974/78,
para controlar as exportações de soja e seus subprodutos,
foi substituído por um novo sistema. Passou-se a estabele
cer cotas mensais para o mercado doméstico e retirou-se a
enquanto a demanda doméstica fosse atendida.
Em dezembro de 1979, a necessidade de melho
rar o balanço de pagamento fez o governo adotar uma desva
lorização
cambial
de
30%.
Ao
invés
de
trazer
benefícios
pa
ra
o setor
da
soja,
pelo
estímulo
ãs
exportações,
as
auto
ridades
federais
impuseram
um
imposto
"ad
valorem"
de
30%
nas exportações do complexo de soja, para conter o efeito
da desvalorização.
Em janeiro de 1980 a taxa "ad valorem" nas
exportações foi alterada para 12%, 8% e 10% do valor FOB
do
grão,
óleo
e
farelo,
respectivamente.
Ura
mês
depois
aque
Ias taxas foram alteradas para 13, 5 e 28 por cento, respeç
tivamente. Finalmente, em abril o governo eliminou comple
tamente
a taxa
aplicada
nas
exportações.
No inicio de 1980 o regime de cotas de ex
portações
foi
adotado.
As
exportações
de
grão,
farelo.
e
óleo de
soja
foram
limitadas
para
1 milhão,
1,5
milhão
e
150 mil toneladas, respectivamente. Em abril essas cotas
Num esforço para manter os níveis dos pre
ços domésticos dos derivados da soja constantes e com o ob
jetivo anti-inflacionãrio, o governo, em março, fixou prâ
ços máximos no varejo para aqueles produtos.
Em adição a todas essas medidas implementa
das em 1980, inclui-se o estabelecimento de uma taxa entre
as vendas domesticas e externas dos produtos de soja. A tci
xa fixada para o óleo de soja foi de 5 por 1 e para o fare
Io foi de 1 por 1. Isto ê, para cada tonelada de farelo de
soja vendido no mercado doméstico a firma pôde vender uma
tonelada ao exterior. Em outubro essas taxas foram altera
das para 4,5 x 1,0 e para 1,0 x 1,3, respectivamente.
Em 1981 o governo continuou seguindo algu
mas das medidas estabelecidas no período anterior. No en
tanto, o controle sobre os preços domésticos dos produtos
da soja foi eliminado no início daquele ano.
Em. 1982 o setor da soja enfrentou 2 proble_
mas básicos: uma substancial redução na produção domestica
em
grão
e seus
derivados.
As
causas
das
quedas
na produção
domestica de grãos de soja foram adversidades climáticas
registradas
na
região
sul
do
Pais
e a diminuição
na
área
plantada.
A
ultima
causa
foi,
em
parte,
pela
redução
" da
política
paternalista
de
crédito
do
governo.
O declínio
no
preço internacional, por outro lado, resultou da excelen
te safra de soja americana e da fraca demanda mundial de
grãos e derivados de soja. .
Em adições a essas condições desfavoráveis,
os preços pagos pelos agricultores domésticos pelos insu
mos,seguiram muito de perto a taxa de inflação domestica e
em alguns casos o incremento de preços foi mais rápido que
o nível
geral de
preços.
Diante
dessas
circunstâncias
o
Conselho Monetário Nacional CCMN), reconciliou o problema
da venda dos "mini" e pequenos agricultores de soja, e au
torizou
então
a reter
sob
depósito
20%
da
soja
com
emprês_
timos bancários,-uma necessidade para garantir sua subsis_
Com respeito as medidas estabelecidas em
198
2 para
farelo
e óleo
de
soja,
nota-se
que
o governo
não
interveio no preço doméstico desses produtos e que liberou
completamente
suas
exportações.
No
caso
especifico
do
óleo,
o governo não somente eliminou as restrições ãs exporta
ções mas também permitiu as livres importações dás firmas
domésticas.
Em termos de medidas políticas, pode ser ar
gumentado que o ano de 1983 assemelha-se, de certa maneira. .
com o período de novembro de 1979 e dezembro de 1980.- : Em
fevereiro, quando as exportações de grãos de soja foram in
crementadas, o governo federal desvalorizou o cruzeiro de
3 0% e,
simultaneamente,
estabeleceu
uma
taxa
de
exportação
explícita de valor igual em todos os produtos do complexo
de soja.
De acordo com o exposto, o governo interviu
bastante no mercado do complexo'de soja, notadamente na
década
passada.
Assim,
no
estudo
desse
mercado
ê
necessá
1.5- Principais Fatores Responsáveis pelo Crescimento da
Sojicultura
A literatura sobre a soja aponta os seguin
tes fatores como os mais importantes no crescimento da so
jicultura:
a) Cotação elevada no mercado internacional
- Foi a partir da segunda metade da década de 60, devido
aos elevados preços da soja em grão e seus derivados nos
mercados internacionais, conforme figura 4, que a sojicu!L
tura brasileira passou a ser desenvolvida, procurando abas
tecer o mercado externo. Essas cotações tornaram-se impor
tantes incentivos para os agricultores aumentarem a produ
ção de soja, via incremento na área plantada e na produti_
vidade.
b) Condições favoráveis no mercado externo
-Este elemento advém do fato de que a produção brasileira de
soja, ao ser colocada no mercado internacional, ocorre du
rante o período de entressafra americana. Sendo os Estados
Unidos o maior produtor e exportador de soja, os preços in
8001
_. PREÇO INTERMaONAL DO ÕI£O DE SOJA . j , .
i ! i ; ;
: I ; . i i
PREÇO INTEFNACIONMi DO GRÃO DE SOJA - ROTTEPDAM ...
"1
\ . ! ; I.
!
I
'
!
^ i : '
:
_i! PREÇO INTERNACIONAL DO FARELO DE SCXJA - ROTTERDAM
700
TV)
600
500
400.
300
67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
60" 61 62 63 64 65 66
mercializaçao
da
safra
americana
e mais
elevados
nos
perío
dos de entressafra brasileira.
fi oportuno ressaltar que esses dois fatores
de ordem externa foram preponderantes na decisão do produ
tor brasileiro em aumentar sua produção. Os fatores rela
cionados a seguir são de ordem interna e também tiveram
sua parcela de contribuição na expansão da soja.
cl Facilidade de cultivo em sucessão com o
trigo, propiciando ao agricultor duas safras por ano, com
o mesmo uso de capital fixo - Esse fato ocorreu nos .dois
maiores
estados
produtores:
Rio
Grande
do
Sul
e Paraná.
dl Cultivo de alto índice de tecnologia- e
mecanização fácil, utilizando a mesma maquinaria da lavoura
triticola - No inicio da década de 60, a tiriticultura bra
sileira entrou em decadência, levando a uma capacidade oc.L
osa
do
maquinãrio
empregado
nessa
cultura.
A
utilização
pa
V
ra a soja dessa maquinaria possibilitou um notável aprove^
e) Aproveitamento da estrutura cooperativis.
ta
desenvolvida
para
o
trigo,
com
participação
ativa
nos
.35.
TABELA 11 - CAPACIDADE DE ESMAGAMENTO DO PARQUE MOAGEIRO
BRASILEIRO - 1960/80
pando
posição
importante
na
composição
de
ração,
responden
do,
atualmente,
em
média
por
25%
do
total
das
rações
balan
ceadas produzidas no Brasil.
hí. Queda na produção de farelo de peixe no
mercado internacional, no início da década de 70 - 0 fare
Io de peixe, pelo seu conteúdo protêico ser superior ao de
soja, era o preferido.no mercado internacional. Com a es_
cassez desse produto no inicio dos anos 60, o farelo de so
ja surgiu como um substituto importante.
ií Política de incentivo ã agricultura via
crédito
rural
- que,
com
juros
baixos,"
no
caso
das
mãqui^
nas, ou abaixo da taxa de inflação,, no caso de insumos mo
dernos (adubos e fertilizantes!, permitiu às pequenas e
médias propriedades a adoção de modernas técnicas de produ
ção. Na tabela 12 pode-se observar o número crescente de
contratos e seus respectivos valores.
j) Programa de crédito da comercialização do
produto
- utilizado,
principalmente,
pela
política
de
ga
TABELA 12 - CRÉDITO DE CUSTEIO CONCEDIDO PELO BANCO DO BRASIL
à SOJICULTURA - 1966/83
ANO N9 DE CONTRATOS Cr$ 1.000 PARTICIPAÇÃONO CUSTEIO
TOTAL (%) 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 5.220 5.375 6.427 10.797 14.898 17.674 21.753 29.887 31.005 33.437 39.253 39.432 49.293 56.124 69.549 65.439 86.545 97.670 15.398 20.520 31.932 66.934 124.866 315.382 611.699 1.302.868 2.266.938 3.907.420 7.425.960 10.6-25.231 15.472.512 35.461.127 63.706.023 104.551,000 208.229.000 425.698.000 2,85 2,47 2,67 9,11 5,38 10,02 13,14 18,12 17,39 18,03 20,25 19,54 19,86 21,62 17,03 17,51 19,20 25,63
TABELA 13 - COMPARAÇÃO DO PREÇO MÍNIMO DADO PELO GOVERNO E
O PREÇO RECEBIDO PELOS PRODUTORES NO BRASIL
-1967/80
ANO PREÇO MÍNIMO
(Cr$/t) PREÇO RECEBIDO PELOS PRODUTO RES (Cr$/t) 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976
Í977
1978 1979 1980 1981 1982 145,00 191,30 170,50 213,67 285,33 413,33 500,00 600,00 1.000,00 1.250,00 1.600,00 1.870,00 2.500,00 7.340,00 11.000,00 22.030,00 173,90 230,90 282,20 327,60 447,30 519,10 1.083,80 1.172,20 1.275,50 1.703,20 2.579,00 3.300,00 5.690,00 9.500,00 16.330,00 29.600,00Fonte: Preços Recebidos pelos Agricultores [34] e
eitprêstimos do Governo Federal (EGFl . A tabela 13 compara o
preço mínimo dado pelo governo e o preço recebido pelos
produtores.
k) Apoio de pesquisa e da assistência tec
nica e extensão rural.
1) Mudança na política cambial em 1968.
Alguns desses fatores serão introduzidos no
modelo
econométrico,
a
ser
apresentado
no
capítulo
III,
ob
jetivando
evidenciar,
empiricamente,
suas
importâncias
e
participações em cada um dos mercados do complexo de soja.
1.6 - Resenha Bibliográfica
Um dos mais importantes estudos sobre o mer
cado da soja foi desenvolvido por Houck, Ryan & Subtnik [22],
em 1972, abordando o mercado americano. Primeiro, os auto
res desenvolveram quatro idéias fundamentais que os condu
ziram
a especificar
um
bloco
de
demanda
com
característi
cas distintas (figura 5). i
Na primeira idéia são discutidos os aspeç
EUA. de farelo
H. Oferta e
demanda total
de grãos
I
i
PS
PO
QO
E. Demanda de
óleo dos
EUA.
I. Demanda de
esmagamento
dos EUA
QS J. Demanda de'
exportação
de grãos
PO
. F. Demanda de
exportação
de óleo
PSi
K. Demandando
preço mínimo
de grãos
ta quantidade de grãos produz-se, conjuntamenter em propor
ções
fixas,
farelo
e óleo.
Desde
que
o esmagamento
anual
esteja
determinado,
então
as
quantidades
produzidas
de
Óleo
e farelo
são
conhecidas.
Assim,
as
ofertas
de
farelo
e óleo são muito interligadas e extremamente dependentes
da quantidade de soja esmagada.
Na segunda, ê feita uma abordagem sobre as
diferenças
dos
mercados de
grão,
farelo
e óleo
de
soja.
Os
grãos
de
soja
destinam-se
ao
esmagamento
interno,
ã
expor
tação ou são estocados. Considera desprezível uma pequena
quantidade
de
grãos
utilizada
como
sementes
ou
para
alimen
tar
animais.
0
farelo
e óleo
produzidos
são
consumidos
do
mesticamente, exportados ou estocados.
Na terceira idéia, os autores relacionam a
soja
e seus
derivados
com
outros
setores
da
economia.
Cada
um
desses
produtos
faz
parte
de
um
setor
econômico
comple
xo,
no
qual,a
competição
e a
substituição
entre
várias
mer
i
cadorias
são
importantes,
A soja
em
grão
i um
tipo
especl.
dial.
O
farelo
de
soja
ê um
produto
de
alto-valor
protêico
no
mercado
de
alimentos
para
animais.
0
óleo
de
soja
ê
um
óleos vegetais comestíveis mais importantes no complexo de
gorduras
e óleos,
além
de
ser
alimento
energético
passível
de ser utilizado pelos animais ou como base industrial.
Na quarta e ultima idéia, aborda a determi
nação simultânea de preços de produtos e de fluxos de mer
cado, dentro de cada ano.
A partir dessas idéias, os autores desenvo.1
veram uma concepção geométrica do bloco de demanda, repre_
sentada
na
figura
5.
A
demanda
total
de
farelo
de
soja
(Grã
fico Cl ê a soma horizontal das quantidades demandadas, pe
los mercados externo ('Gráfico A) e interno (Gráfico B) . De
maneira
análoga,
a demanda
total
de
óleo
de
soja
(GráficoD)
ê a soma horizontal das quantidades demandadas pelos consu
midores
interno
(.Gráfico
E)
e externo
(Gráfico
F),
.
Também
a demanda
total
de
grãos
(Gráfico
G),
em
interação
com
a
oferta, é a soma horizontal das quantidades demandadas pa
preço mínimo (Grafico J). Os autores colocam que, ao se es
magar certa quantidade de grãos produz-se conjuntamente, em
proporções
fixas,
óleo
e
farelo,
onde cada
ponto
do
eixo
QF, no Grafico C, está diretamente relacionado com um cor
respondente
ponto
do
eixo
QO
diretamente
abaixo,
no
Gráfica
D.
A
demanda
total
de
esmagamento
é derivada
da
demanda
to
tal
de
farelo
e óleo.-
A
soma
vertical
das
funções
de
deman
da
de
õleo
e farelo
resultam
na
função
da
receita
média
da
indústria
esmagadora.
Subtraindo-se
da função
de
receita
media o valor adicionado; pela .indústria,tem-se a quantida
de de soja demandada. 0 modelo usado rio estudo analisa
q-impacto de varias variáveis de política americana no merca
do da soja.
Tendo por base as quatro idéias e a concep_
ção
geométrica,
os
autores
desenvolveram
um
sistema
de
13
equações
para
o bloco
de
demanda.
Sete
são
equações
de
comportamento, onde os parâmetros estruturais foram estima