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Estudo prospectivo de fatores prognósticos em lombalgia crônica tratados com fisioterapia: papel do medo-evitação e dor extraespinal.

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Academic year: 2017

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(1)

rev bras reumatol.2016;56(5):384–390

ww w . r e u m a t o l o g i a . c o m . b r

REVISTA

BRASILEIRA

DE

REUMATOLOGIA

Artigo

original

Estudo

prospectivo

de

fatores

prognósticos

em

lombalgia

crônica

tratados

com

fisioterapia:

papel

do

medo-evitac¸ão

e

dor

extraespinal

Aloma

S.A.

Feitosa,

Jaqueline

Barros

Lopes,

Eloisa

Bonfa

e

Ari

S.R.

Halpern

Servic¸odeReumatologia,HospitaldasClínicas,UniversidadedeSãoPaulo(USP),SãoPaulo,SP,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem15demaiode2015 Aceitoem11denovembrode2015 On-lineem17demarçode2016

Palavras-chave:

Crenc¸asdeevitac¸ãoemedo Dorextraespinal

Respostaterapêutica Lombalgiacrônica

r

e

s

u

m

o

Objetivo:Identificarosfatoresprognósticosparaafisioterapiaconvencionalempacientes comlombalgiamecânicacomumcrônica(LMC).

Métodos:Estudoprospectivoobservacional.

Participantes:Foram selecionados pelo Ambulatório de Doenc¸as da Coluna Vertebral 113pacientescomlombalgiamecânicacomumcrônica.

Medidasdedesfechoprincipais:AintensidadedadorfoipontuadacomaEscalaNuméricade Dor(END)eafunc¸ãofoimedidacomoQuestionárioRoland-MorrisdeIncapacidade(RMDQ). Resultados:Osresultados dasubescalatrabalhodoFear-AvoidanceBeliefsQuestionnaire (FABQ-trabalho; odds ratio [OR]=0,27, intervalo de confianc¸a de 95% [IC 95%] 0,13-0,56, p<0,001)eda dor extraespinal(OR=0,35,IC0,17-0,74, p=0,006)estiveram independen-temente associados a uma diminuic¸ão na respostaà fisioterapia convencional para a lombalgiacrônica.

Conclusão:ForamidentificadosescoreselevadosnaFABQ-trabalhoedorextraespinalcomo determinantes-chaveparaumapiorrespostaàfisioterapiaempacientescomLMC,oque apoiaanecessidadedeumprogramadereabilitac¸ãoespecialparaessesubgrupo.

©2016ElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCC BY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

A

prospective

study

predicting

the

outcome

of

chronic

low

back

pain

and

physical

therapy:

the

role

of

fear-avoidance

beliefs

and

extraspinal

pain

Keywords:

Fear-avoidancebeliefs Extraspinalpain Therapeuticresponse Chroniclowbackpain

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective:Toidentifytheprognosticfactorsforconventionalphysicaltherapyinpatients withchroniclowbackpain(CLBP).

Methods:Prospectiveobservationalstudy.

Autorparacorrespondência.

E-mail:ariradu@einstein.br(A.S.Halpern). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2015.11.001

(2)

Participants: One hundred thirteen patients with CLBP selected at the Spinal Disease OutpatientClinic.

Mainoutcomemeasures:PainintensitywasscoredusingtheNumericRatingScale(NRS),and functionwasmeasuredusingtheRoland-MorrisDisabilityQuestionnaire(RMDQ). Results: TheFear-AvoidanceBeliefsQuestionnaireworksubscaleresults(FABQ-work;odds ratio[OR]=0.27,95%confidenceinterval[CI]0.13to0.56,p<0.001)andextraspinalpain (OR=0.35,95%CI0.17to0.74,p=0.006)wereindependentlyassociatedwithadecreased responsetoconventionalphysicaltherapyforCLBP.

Conclusion: WeidentifiedhighFABQ-workandextraspinalpainscoresaskeydeterminants ofaworseresponsetophysicaltherapyamongCLBPpatients,supportingtheneedfora specialrehabilitationprogramforthissubgroup.

©2016ElsevierEditoraLtda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-ND license(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc¸ão

Alombalgiamecânicacomumcrônica(LMC)éumadas cau-sasmaiscomunsdeincapacidaderelacionadacomosistema musculoesqueléticoeestáassociadaaaltosníveisdeusode recursosdesaúde.1

Acredita-se que o impacto da lombalgia crônica no Brasilsejaparaleloàsituac¸ãoencontradanohemisférionorte, emboranãohaja dadosprecisos. Aquantidadede brasilei-rosincapacitados pelaLMC émuitoalta; estudos estimam queaproximadamente10milhõesde pessoasnoBrasilsão afetadaspelaLMC.2Acondic¸ãorepresentaaprincipalrazão parapedidosdeauxílioporinvalidezeéaterceiracausamais comumdeaposentadoriarelacionadacomaincapacidadeno Brasil.3

OtratamentoparaaLMCgeralmenteéconservador. Evi-dênciascientíficasconsistentesfavorecemousodeagentes farmacológicosereabilitac¸ãocomoasopc¸õesdetratamento primário;4,5 no entanto,arespostaàfisioterapiaébastante variáveleimprevisível.

Emboraestudostenhamreveladoaeficáciadareabilitac¸ão emcomparac¸ãoanenhumtratamento,poucosdemonstraram asuperioridade de algumprogramade reabilitac¸ão especí-ficopara aLMC.6–9 Além disso,as taxas derecaída após a melhoria inicial da reabilitac¸ão são elevadas,7 enquanto o custo-efetividadeemlongoprazodareabilitac¸ãofísicaeoseu realimpactosobrearecuperac¸ãoemtermosdepossibilitar queopacienteretorneàssuasatividadesnormais permane-cemdesconhecidos.8

Desde o relatório do Quebec Task Force em 1987, mui-tas diretrizes internacionais foram publicadas.10–14 Embora essasdiretrizestenhamsidoproduzidasemdiferentespaíses, amaiorpartedasquestõesrelacionadascomasintervenc¸ões terapêuticasfoisemelhante.13Oexercíciosupervisionadofoi, emgeral, recomendado,emboraa maior partedas diretri-zesnãotenhapropostoumconjuntoespecíficodeexercícios. Osfisioterapeutas usamumaamplagama de intervenc¸ões terapêuticasnãofarmacológicasconservadoras,algumasdas quais são consistente ou amplamente recomendadas por diversasdiretrizes.

Em 2006, foram publicadas diretrizes europeias para o manejo da lombalgia crônicanão específica. Oobjetivo do

grupo de trabalho COST B13 foi fornecer um conjunto de recomendac¸õesque pudessemapoiaras diretrizes existen-tes e futuras.14 Um dos principais pontos fortes dessas recomendac¸õeséseucaráter multinacionale multidiscipli-nar.Osautorespropõemquealombalgiacrônicanãodeve serconsideradaumaentidadeclínicaúnicaeenfatizarama necessidadede avaliarfatoresprognósticos antesdo trata-mento.

Em2007,oMultinationalMusculoskeletalInceptionCohort Study (MMICS) publicou uma lista de fatores que consi-derou necessário analisar em estudos futuros de índices prognósticosparaacronicidadeempacientescomlombalgia aguda.9 A necessidade de identificar esses fatores é com-preensível, porque, embora apenas 5% dos pacientes com lombalgiadesenvolvamincapacidade,75%detodasas des-pesas relacionadas com alombalgiasão decorrentes dessa populac¸ão.1 Consequentemente, amaiorpartedosestudos sobre a identificac¸ão de fatores prognósticos para a cro-nicidade e incapacidade se concentrou em pacientes com lombalgiaagudaemuitopoucosestudostêm-secentradonos fatoresprognósticosparaarespostaaotratamentoem paci-entescomLMCestabelecida.

A hipótese do estudo é que algumas características de basesãocapazesdeidentificarosubgrupodepacientescom LMC com taxas de resposta distintas ao tratamento. Por-tanto,avaliaram-seasrespostasclínicasdospacientescom LMC aumasériede sessõesde atividadefísica supervisio-nadaeváriosfatoresincluídosnasrecomendac¸õesdoMMICS para determinar asua capacidadede identificar osfatores prognósticosparaarespostaaotratamentocomfisioterapia convencional.

Material

e

métodos

Pacientes

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18 e 80 anos, dor entre a última costela ea prega glútea quepersiste pormaisde três meses,dorque eracontínua ouqueestava presentenamaiorpartedotempoequeera aprincipal queixadedordopaciente eofornecimentode umconsentimentoinformado.Oscritériosdeexclusãoforam diagnósticodedoenc¸ainflamatóriasistêmica,presenc¸adedor radicularcaracterística,dororiginadanasarticulac¸ões perifé-ricas,deformidadesosteoarticularesnosmembrosinferiores, insuficiência cardíaca descompensada, neoplasias nos últi-mos cinco anos, cirurgia préviada coluna lombar,doenc¸a sistêmicaquepudesseinterferirnainterpretac¸ãodos resul-tadosconformedeterminadopelomédico,incapacidadede compreenderosquestionários/explicac¸õesouaderirao tra-tamento,terrealizadofisioterapiaincluindoexercíciosfísicos nosúltimoscincoanos,transtornospsiquiátricoseapresenc¸a defibromialgiaoudornãolocalizadanacolunalombarcomo aprincipalqueixarelacionadacomador.

OAmbulatóriodeDoenc¸asdaColunaVertebralfazparteda DivisãodeReumatologiadohospitaluniversitário.Os pacien-tessãoencaminhadosporoutrosdepartamentosdohospital eporumarededeunidadesdecuidadosprimáriosou secun-dáriosligadosaohospital.

Todososparticipantesassinaramumtermode consenti-mentolivreeesclarecidoeoestudofoiaprovadopeloComitê deÉticaemPesquisa.

EsteestudorespeitouosprincípioséticosdaDeclarac¸ãode Helsinque(2008)easleiseregulamentoslocaisaplicáveis.Esta pesquisafoiaprovadapeloComitêdeÉticaePesquisalocal (ProtocolodePesquisa1110-1107).

Intervenc¸ãofisioterapêutica

Otratamentoconsistiude10sessõesindividuais:duassessões porsemanadurantecincosemanas.Cadasessãoincluiu exer-cíciosdefortalecimentodotronco(core)(ouseja,exercícios queenvolvemmúsculos abdominais,músculosdoassoalho pélvico,glúteos, diafragmae músculos da cintura pélvica), exercíciosdealongamentoeexercíciosdeorientac¸ão postu-ral.Todasasavaliac¸õesesessõesdefisioterapiaforamfeitas pelomesmofisioterapeuta.

Avaliac¸ões

Asrespostasdospacientesàfisioterapiaforamavaliadasem termos de mudanc¸as na intensidade da dor com a Escala Numérica de Dor (END), cuja pontuac¸ão vai de 0 a 10, e em termos de incapacidade relacionada com a LMC com oQuestionárioRoland-MorrisdeIncapacidade(RMDQ),cuja pontuac¸ão vai de 0a 24.Os participantes foram avaliados nainclusãodoestudo,imediatamenteapósas10sessõesde

Tabela1–Dadosdemográficos,antropométricos

eclínicos

Variáveis Todos(n=113)

Idade,anos 53,0(12,2)a

Feminino,n(%) 81(71,7)

IMC,kg/m2 27,9(5,1)a

Tabagismo,n(%) 16(14,2)

Dorabaixodojoelho,n(%) 73(64,6)

Atividadefísica,n(%) 90(79,6)

Irritabilidade,n(%) 13(11,5)

Depressão,n(%) 83(73,5)

Pensamentocatastrófico,n(%) 35(31,0)

FABQ-físico,n(%) 13(11,5)

FABQ-trabalho,n(%) 46(36,3)

Dorextraespinal,n(%) 35(31,0)

IMC,índicedemassacorporal;FABQ-físico,subscaladecrenc¸asde evitac¸ãoemedorelacionadascomaatividadefísica≥15; FABQ--trabalho,subscaladecrenc¸asdeevitac¸ãoemedorelacionadascom otrabalho≥34.

a Osdadossãoexpressoscomoamédia(desviopadrão).

fisioterapia(primeirareavaliac¸ão)etrêsmesesapósaprimeira avaliac¸ão(segundareavaliac¸ão).

Para a análise da resposta ao tratamento, os pacientes foramdivididosnosgruposresponsivoenãoresponsivo,de acordocomasalterac¸õesindividuaisnasmedidasde intensi-dadededoreincapacidade,emcadaavaliac¸ão.Umpaciente eraconsideradoresponsivosemostrasseumdecréscimode pelomenosdoispontosnapontuac¸ãodaEND15oupelomenos quatropontosnapontuac¸ãodoRMDQ.16Osresultados tam-bémforamexpressoscomoapercentagemdemudanc¸aem relac¸ãoaoescoreobtidonoiníciodoestudo.

Noiníciodoestudo,coletaram-sedados sociodemográfi-cos,fez-seumexamefísicocompletoeavaliou-seadurac¸ãoda dor.Alémdisso,todososparticipantesresponderama ques-tionáriospadronizadosparaavaliarosfatoresincluídosnas diretrizesMMICS(tabagismo,atividadefísica,fatores ocupaci-onais,depressãoepensamentoscatastróficos)epreencheram oFear-AvoidanceBeliefsQuestionnaire(FABQ-Brasil).OFABQ contémduassubescalas,queforamavaliadasseparadamente: crenc¸as de evitac¸ão e medo relacionadas com o trabalho (FABQ-trabalho) e com a atividade física (FABQ-física). As crenc¸as de evitac¸ão e medo relacionadas com a atividade físicaforamconsideradaspresentes(escore≥15)ouausentes (<15),enquantoascrenc¸asdeevitac¸ãoemedorelacionadas com o trabalho foram consideradas presentes com escore FABQ-trabalho ≥ 34. As versões brasileiras de todos esses questionáriosforampreviamentevalidadas.17–20

Tabela2–RespostaàfisioterapiaparaalombalgiacrônicamedidapelaEscalaNuméricadeDor(END)

epeloQuestionárioRoland-MorrisdeIncapacidade(RMDQ)emcadamomentodeavaliac¸ão

END RMDQ

Nãoresponsivo Responsivo p Nãoresponsivo Responsivo p

Primeira,n(%) 29(26) 84(74) 0,03 23(20) 90(80) 0,87

(4)

r

e

v

b

r

a

s

r

e

u

m

a

t

o

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.

2

0

1

6;

5

6(5)

:384–390

387

END RMDQ

Primeiro Segundo Primeiro Segundo

Nãoresponsivo Responsivo Nãoresponsivo Responsivo p Nãoresponsivo Responsivo Nãoresponsivo Responsivo p

n=29 n=84 n=44 n=69 n=23 n=90 n=24 n=89

Idade,anosa 53,9(13,9) 52,7(11,6) 53,3(12,3) 52,8(12,2) 0,71 53,5(11,6) 52,8(12,4) 54,1(10,0) 52,7(12,7) 0,65

Feminino 20(68,9) 61(72,6) 33(75) 48(69,5) 0,81 15(65,2) 66(66,7) 17(70,8) 64(71,9) 0,61

IMC,kg/m2a 27,0(5,0) 28,3(5,1) 28,0(5,5) 27,9(4,8) 0,62 26,9(5,3) 28,2(5,0) 28,1(5,9) 27,9(4,8) 0,60

Tabagismo 5(17,2) 11(13,1) 7(15,9) 9(13) 0,58 5(21,7) 11(12,2) 4(16,7) 12(13,5) 0,36

Dorabaixodojoelho 20(69,0) 53(63,1) 33(75,0) 40(58,0) 0,13 17(73,9) 56(62,2) 17(70,8) 56(62,9) 0,30

Atividadefísica 21(72,4) 69(82,1) 34(77,3) 56(81,2) 0,37 18(78,3) 72(80,0) 19(79,2) 71(79,8) 0,88

Irritabilidade 6(20,6) 7(8,3) 7(15,9) 6(8,7) 0,09 3(13,0) 10(11,1) 4(16,7) 9(10,1) 0,50

Depressão 22(75,9) 61(72,6) 34(77,3) 49(71,0) 0,51 19(82,6) 64(71,1) 19(79,2) 64(71,9) 0,29

Pensamentocatastrófico 10(34,5) 25(29,8) 17(38,6) 18(26,1) 0,25 11(47,8) 24(26,7) 9(37,5) 26(29,2) 0,12

FABQ-físico 3(10,3) 10(11,9) 7(15,9) 6(8,7) 0,52 3(13,0) 10(11,1) 4(16,7) 9(10,1) 0,47

FABQ-trabalho 16(55,2) 25(29,8) 26(59,1) 15(21,7) <0,001 10(43,5) 31(34,4) 13(54,2) 28(31,5) 0,09

Dorextraespinal 14(48,3) 21(25,0) 21(47,7) 14(20,3) 0,002 12(52,2) 23(25,6) 9(37,5) 26(29,2) 0,06

IMC,índicedemassacorporal;FABQ-físico,subscaladecrenc¸asdeevitac¸ãoemedorelacionadascomaatividadefísica≥15;FABQ-trabalho,subscaladecrenc¸asdeevitac¸ãoemedorelacionadas comotrabalho≥34.

p<0,05emnegrito.

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Ospacientesforamconsideradoscomotendodor extraes-pinalsetivessemqueixasdedorcrônicaalémdalombalgia, masnãopreenchessemoscritériosparafibromialgia.

Análiseestatística

Otamanhodaamostraseguiuoscritériosparaaanálisede regressãologísticamúltiplacom,pelomenos,cincoa12 paci-entesemcadaumadas12variáveisexplicativas.

Anormalidadedadistribuic¸ãodosdadosfoianalisadacom otestedeKolmogorov-Smirnoveforamaplicadostestes para-métricos. Os dados quantitativos foram expressos como a média(DP),enquantoosdadosqualitativosforamexpressos emnúmerosabsolutosefrequênciarelativa.

Ainfluênciacombinadadas variáveis edomomentode avaliac¸ãosobrearespostadopacientefoiavaliadacomum modelo ajustado queusou equac¸õesde estimac¸ão genera-lizadas(GEE)comumadistribuic¸ãomarginalnormaleuma func¸ãodeligac¸ãoidentidade,assumiram-secorrelac¸õescom modelodesimetriacompostaentreosmomentosnotempo.

Somenteasvariáveisestatisticamentesignificativasforam mantidasnosmodelosfinais.Oajustedecadamodelofoi ve-rificado com análises residuais que usaram a distânciade Cookouresíduosdedesvio.Oníveldesignificânciafoi esta-belecidoem5%.

Resultados

Apartirde217entrevistas,foramselecionadas130pessoas comlombalgiacrônica;17pacientessaíramdoestudoantesdo fimdasconsultasregulareseforamexcluídos;113concluíram oestudo.Aprincipalrazãodescritaparaasaídadoestudo incluiudificuldadesdelocomoc¸ãoatéocentrodereabilitac¸ão naquantidadedevezesnecessária.

Aamostrafoicompostapor81mulherese32homensentre 21e80anos.Acoorteconsistiude40%dedonasdecasae apo-sentados,16%defuncionáriosdalimpeza,10%deempregados deescritórioe31%deoutrasocupac¸ões.Apenas3%estavam desempregados.OvalormédiodoIMCfoide27,9kg/m2,variou de18a47.Adurac¸ãodaLMCvarioudetrêsmesesa40anos (±0,76anos).Característicasdemográficas,antropométricas eclínicas adicionais dessespacientes são apresentadas na tabela1.

ArespostaàfisioterapiaavaliadapelaEND diminuiuda primeiraparaasegundaavaliac¸ão(74%versus61%,p=0,03). QuandoavaliadacomoRMDQ,afrequênciaderespostafoi semelhanteemambasasavaliac¸ões(80%versus79%,p=0,87; tabela2).

Osparticipantes com umapontuac¸ão elevadano FABQ--trabalhotiveramumpiordesfechonasavaliac¸õesbaseadas nosresultadosdaEND(55%nãoresponsivoversus30% respon-sivoe59%nãoresponsivoversus22%responsivo,p<0,001).Os mesmosresultadosforamobservadosparaospacientescom dorextraespinal(48%versus25%e48%versus20%,p=0,002; tabela3).Aspontuac¸õesnoFABQ-trabalhomaiselevadasea maiorfrequênciadedorextraespinaldeacordocomoRMDQ nãoalcanc¸aramsignificânciaestatística(tabela3).

Na análise do modelo final, a presenc¸a de crenc¸as de evitac¸ão e medo relacionadas com o trabalho e dor

Tabela4–Modelofinaldosfatoresprognósticosparaa

respostaàfisioterapiaconvencionalavaliadapelaEscala

Análogo-Numérica(EAN)

Variável OR (IC95%) p

Momentodeavaliac¸ão

Primeiro 1,00

Segundo 0,49 (0,30-078) 0,003

FABQ-trabalho

Não 1,00

Sim 0,27 (0,13-0,56) <0,001

Dorextraespinal

Não 1,00

Sim 0,35 (0,17-0,74) 0,006

OR,oddsratio;IC,intervalodeconfianc¸a;FABQ-trabalho,subscala

decrenc¸asdeevitac¸ãoemedorelacionadascomotrabalho≥34.

extraespinal permaneceram como fatores independentes associadosànãoresponsividade(OR=0,27,IC95%=0,13-0,56; p<0,001 e OR=0,35,IC 95% 0,17-0,74;p=0,006, respectiva-mente;tabela4).

Alémdisso,foramanalisadososresultadoscomoa percen-tagemdemudanc¸anarespostaemrelac¸ãoàlinhadebase. AstaxasderespostanoRMDQeENDforamnegativamente influenciadas peladorextraespinalecrenc¸asde evitac¸ãoe medorelacionadascomotrabalho(tabela5).

Discussão

Estetrabalhoéumdospoucosestudosprospectivosque ava-liaramosfatoresprognósticosrelacionadoscomafisioterapia para pacientes com lombalgiacrônica. Observamosqueas crenc¸asdeevitac¸ãoemedorelacionadascomotrabalhoea dorextraespinalinfluenciamnegativamenteodesfecho.

Incapacidade funcional resultante de LMC tem aumen-tado,apesardenovasintervenc¸ões.Ascomparac¸õesentreos estudostêmsidodificultadaspelousodedefinic¸õese medi-das de desfechos discrepantes.21 Da mesma maneira, não existemregrasdeouroparapredizerrespostaaotratamento para a LMC.22 Neste estudo, os pacientes foram conside-rados responsivos semostrassem umadiminuic¸ão de pelo menosdoispontosnosescoresdaENDouquatropontosnos escoresdoRMDQ.Alternativamente,foiavaliadaaresposta comoaporcentagemdevariac¸ãoemrelac¸ãoàlinhadebase eencontraram-se resultadossemelhantes. Noentanto,não foramfeitasanálisesdesensibilidade.Estudosfuturosdevem abordaressaquestãoemmaisdetalhesparaapoiaras conclu-sõesdopresenteestudo.

As pontuac¸ões no FABQ-trabalho surgiram como uma variável importante, apesar da inclusão de uma grande proporc¸ãodedonasdecasanapopulac¸ãodeestudo.Os acha-dosdonossoestudoapoiamosresultadosdeoutraspesquisas, comasugestãodequedevamsertestadosprogramas indivi-dualizadosdefisioterapiaqueseconcentremnasdiferentes atividadesocupacionais.23,24

(6)

Tabela5–Análisebivariadaemultivariadadosfatoresqueinfluenciamarespostaàfisioterapia,avaliadapelaEscala

NuméricadeDor(END)epeloQuestionárioRoland-MorrisdeIncapacidade(RMDQ)emedidacomoaporcentagem

dealterac¸ãodalinhadebase

END RMDQ

Estimativabivariada Estimativamultivariada Estimativabivariada Estimativamultivariada

(EP) p (EP) p Estimativa(EP) p Estimativa(EP) p

Idade,anos 0,19(0,27) 0,499 0,2(0,22) 0,365

Feminino –7,9(7,35) 0,282 –1,95(5,94) 0,743

IMC,kg/m2 0,03(0,66) 0,964 0,21(0,53) 0,700

Tabagismo 3,15(9,53) 0,741 –2,63(7,68) 0,732

Dorabaixodojoelho –10,44(6,89) 0,130 –8,33(5,55) 0,133

Atividadefísica 4,15(8,25) 0,615 7,18(6,62) 0,278

Irritabilidade –11,54(10,37) 0,266 –12,68(8,31) 0,127

Depressão –8,48(7,49) 0,257 –13,56(5,93) 0,022

Pensamentocatastrófico –6,04(7,17) 0,400 –7,84(5,75) 0,173

FABQ-físico 0,56(10,43) 0,958 –2,97(8,39) 0,723

FABQ-trabalho –17,33(6,72) 0,010 –13,8(6,53) 0,035 –13,5(5,42) 0,013 –10,66(5,27) 0,043

Dorextraespinal –23,92(6,83) <0,001 –21,47(6,79) 0,002 –19,16(5,5) <0,001 –17,26(5,48) 0,002

IMC,índicedemassacorporal;FABQ-físico,subscaladecrenc¸asdeevitac¸ãoemedodaatividadefísica≥15;FABQ-trabalho,subscaladecrenc¸as

deevitac¸ãoemedodotrabalho≥34.

p<0,05emnegrito.

catastrófico e depressão) em pesquisas prospectivas da transic¸ãoda lombalgiaagudaparacrônica.9 Osfatoresque foramincorporados refletememgrandeparteaopiniãode especialistase,portanto,eram umtantosubjetivos,apesar derepresentarumconsenso.Oimpactodessescomponentes na estratégia de tratamento da lombalgia crônica (e não apenasnasfasesiniciais)nãoestátãobemestabelecido.No presenteestudo,aevitac¸ãoeomedo,masnãooutrosfatores psicológicos,influenciaramosdesfechos.

Adorextraespinal foioutroimportante fator aafetar a resposta ao tratamento. Os pacientes que tinham a lom-balgiacomoqueixaprincipalevoluirammelhorquandonão tinhamdoremoutroslocais.Jáfoisugeridoqueosindivíduos com dor crônica muitas vezes apresentam mais de uma condic¸ão dolorosa,26 mas a importância dessa observac¸ão paraotratamentoeoprognósticoaindanãoestáclara.

No presente estudo, a maior parte dos pacientes me-lhorou significativamente com a fisioterapia. O protocolo usadoconsistiudeumasériedeexercíciosquesão normal-menteaplicados eque têm um nívelbem estabelecidode eficácianaliteratura.27Valeressaltarqueataxaderesposta, medidapelaEND,diminuiuapóstrêsmesesdetratamento;no entanto,essefenômenonãofoiobservadocomoRMDQ,oque sugerequeafisioterapiateveefeitosmaisduradourossobrea func¸ãodoquesobreapercepc¸ãodador.Talvezosprogramas defisioterapiaafetemacapacidadedospacienteslidaremcom ador.Essaquestãodeveseravaliadaemestudosfuturos,com períodosdeseguimentomaislongos.

Infelizmente,aamostrausadanopresenteestudoincluiu uma grande proporc¸ão de donas de casa, o que impede a extrapolac¸ão desses resultados para outras populac¸ões. Emboratenhasidoavaliadaumagrandequantidadede paci-entes,aLMCéumacondic¸ãomuitocomum;assim,estudos ainda maiores em contextos ocupacionais e biopsicossoci-aisvariados devem serrealizados. Deve-se mencionarque oestudodurouapenastrêsmeses;consequentemente,não abordouanecessidadederetratamentonemadurac¸ão em

longoprazodarespostaaotratamento,nemfoiconcebidopara abordaraimportantequestãodacapacidadedospacientesde retornaraotrabalho.

Estudos epidemiológicos mostraram que o espectro de doenc¸asmusculoesqueléticasnospaísesemdesenvolvimento ésemelhanteaoobservadonospaísesindustrializados,mas opesodadoenc¸atendeasermaiorporcausadoatrasono diagnósticooudafaltadeacessoainstituic¸õesdesaúde ade-quadasparaumtratamentoeficaz.28NoBrasil,amaiorparte dospacientescomlombalgiacrônicarecebeumaprescric¸ãode sessõeslimitadasdefisioterapia,deumamaneiraquase uni-versal;noentanto,osresultadosdopresenteestudosugerem queafisioterapia,comooutrostratamentosparaalombalgia crônica,deveserindividualizadadeacordocomas caracterís-ticasespecíficasdopaciente.

A evitac¸ão e o medo podem ser uma barreira para a recuperac¸ão da lombalgia crônica, independentemente da modalidade de tratamento. Acredita-se que a evitac¸ãoe o medodevemserrotineiramentetestadosparaajudaros pro-fissionaisepesquisadoresadefinirasmelhoresestratégiasde tratamento.

Emconclusão,identificou-sequeascrenc¸asdeevitac¸ãoe medorelacionadascomotrabalhoeapresenc¸adedor extra-espinalsãoascaracterísticasdossubgruposdepacientesque podemexigirprotocolosdetratamentoindividualizadose pro-gramasdereabilitac¸ãoespeciaisparaaLMC.

Financiamento

Coordenac¸ãodeAperfeic¸oamentodePessoaldeNívelSuperior (Capes)(ASAF).

Conflitos

de

interesse

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390

rev bras reumatol.2 0 1 6;56(5):384–390

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Referências

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