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Opções tecnológicas e desenvolvimento econômico

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(1)

1

i

l

(2)

CAIXA POSTAL 4081 - ZC • 015

RIO DE JANEIRO· BRASIL

Escola de P6s-Graduacão Em Economia

da

Fundação Getúlio VerBa!

fese de Mestrado, apresentada

à

"Escola de

Pós-G~

dU&ção em Economia (EPGE), do Instituto de Economia, da Fundação

GetÚlio Vargas pelo economista BRmberto Velloso, examinada pelos

professôres Hamilton Carvalho folosa, Augasto Jefferson de Olive!

ra Lemos e Werner Eaer, e aprovada com grau

7

(sete).

Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 1972.

~bb~

Carlos Geraldo

Laneoni

Subdiretor T'cnico!EPGE

A·4 Formato Internacional

(3)

,.

Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 1972

Ilmo. Sr.

Prof. MARIO HENRIQUE SIMONSEN

Diretor da Escola de Pós-Graduação

em Economia da

Fundação Getúlio Vargas

N e s t a

Examinei a tese do aluno Humberto Veloso,

intitula-da "Opções Tecnológicas e Desenvolvimento Econômico" a qual

atribuo o grau 7 (sete). O estudo poderia ser bastante

apro-fundado no CapItulo VI - "O Caso Brasileiro" e os demais

ca-pItulos teóricos simplesmente reproduzem a literatura existen

te sôbre o assunto. Acredito que a EPGE deveria fazer um

es-fôrço maior no sentido de conferir às teses um pouco mais de

originalidade, posterior publicação.

TOLOSA

(4)

CAIXA POSTAL 21 120 ZC· OIS

RIO DE JANEIRO· GUANABARA BRASIL

Ao

Sr. Diretor da

Escola de P6s-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas

N e s t a

Senhor Diretor

Recebi e examinei a Tese de Mestrado do economista Humberto Veloso, intitulada "Opções Tecno16gicas e

Desenyolvi-mento Econômico", entregue

à

EPGE em 30 de dezembro de 1969.

O trabalho apresentado caracterizou-se como tenta-tiva de estudo sôbre assunto que, infelizmente, não recebeu

me-lhor tratamento mediante boa consulta à bibliografia específica

existente que, inclusive, foi parcamente citada pelo autor.

Mesmo assim, pelo esfôrço empregado, atribuo-lhe o grau ou nota 7 (sete).

Rio de Janeiro (GB), 6 de dezembro de 1971;

A-4 Formato Internacional

(5)

ESCRITÓRIO NO BRASIL PRAIA DO FLAMENGO. 100

APT2S 1101 & 1201

RIO DE JANEIRO-BRASIL

THE FORO FOUNDATION

CAIXA POSTAL 49-ZC-00 RIO DE JANEIRO - BRASIL

TELEGRAMAS: FORDBRAZI L

245-8023

TELEFONES: 225-7391

245-8024

August 27, 1970

Professor Ney Cme de Oliveira Fundação Getulio Vargas, EPGE

Daar Professor Ney:

I have read the M.A. thesis af Humberto Ve1oso, entitled "Opções Tecnologicas e Desenvolvimento Econamico." I recommend

the grade af

1.

Sincerely yours,

Werner Baer

(6)

,

I

"

~

;

..

,

OPÇÕES T E C N O L

O

G I C A S

E

DESENVOLVIMENTO E C O N O M I C O

POR I

ltUfM.,./:e~ZQ

...

~,---:...'~_

E M I _

~_.~

..

E!!~.A~/~~~

~

~9b9

Rio,

HUMBERTO VELOSO

Dezembro de 1969

(7)

!

N D I C E

páginas

I INTRODUÇÃO •• , •••••••••••••••••••••••• 1

11

A TECNOLOGIA

E A

TEORIA

DO

DESENVOLVI-MENTO ••••• , •••••••••••••••••••••••••• 2 .

III O PROCESSO DE ASSIMILAÇÃO •••••••••••• 4

IV DISCUSSÃO DAS OPÇOES ••••••••••••••••• 5

V PONDERAÇÃO DE OUTR'OS F ATORES

.

.

.

.

.

.

.

.

.

7

VI '- O 'CASO BRASILEIRO ••••••••.••••••••••• 17

i) Esb5ç~ Hist6rico •••••••.••••••••• 17

ii) .Condições Atuais

...

19

iii) Perspectivas •••.•••••••••••••••••

35

(8)

===================

o

fenômeno do subdesenvolvimento - e tôdas as impli

cações históricas que sua análise conduz - não deve ser inte~

pretado como um estádio normal ou inevitável por que tenha pa~

sado ou deva passar uma regiao em seu processo de desenvolvi

mento econômico, ao elevar sua produtividade flsica média atr~

vás da aplicação de técnicas modernas adequadas ao melhor apr2 veitamento de sua capacidade produtiva.

~ A ,

A captaçao de tal fenomeno torna-se poss~vel na medi

da em que sejam razoàvelmente delimitados seus contornos den

tro de um contexto mais ou menos amplo da realidade social. A observação conduzirá, então a situações bem definidas pcrmi

tindo assentar o problema como uma distorção no processo de

des~nvolvimento que ganhou caracterização particular e irreve~ s!vel e, cuja teorização deve embasar-se em elementos prios.

,

pr2

A complexidade de elementos que o fenômeno abrange~

mita a idoneidade da análise econômica para tratá-lo como

ins-trumento único fazendo com que a construção de seu modêlo e~

plicativo deva ser feita com a parceria de outras ciências s2 ciais.

TodaVia a dimensão econômica é evidentemente a mais

relevante do fenômeno, o quo confere destacado papel

à

análise

econômica na elaboração da teoria do desonvolvimento, princ!

palmente no que se refere

à

sua problemática, apreciada comO

,

~

uma cont~nua reaplicaçao de excedentes no sistema produtiVO.

Sabemos, entretanto, que a absorção d0stes excede~

tes pelo sistema produtivo não se verifica em sucessão automá

tica, gerando dai estagnação e mesmo recesso na economia. Sua

efetivação fica na estreita dependência de que sejam abertas

novas frontes de investimentos para o que as inovações tecnoló

gicas são do fundamental importânCia - seja numa combinação

nova de fatôres, reduzindo custos e ampliando mercados, seja

...

..

numa combinaçao da novos fatores satisfazendo uma estrutura

de demanda diversificada.

No caso especIfico dos países chamados desenvolvi

dos, tais inovações tecnológicas foram so efetivando

à

medidB

(9)

2.

cos acompanharam as modificações nas ofertas relativas dos f!

"

-to~es de produçao, encontrando-so hoje incorporados aos seus

equipamentos de mane~ra a ajustar suas ~isponibilidades a~

ais, após sucessivas transformações.

Isto posto, na medida em quo 4aja um certo grau de

liberdade na adoção da tecnologia, os técnicos das áreas su~

desenvolvidas encontram-se diante de duas opções básicas: ado tar a tecnologia moderna engendrada nos países desenvolvidoscu,

então formular uma tecnologia adequada às suas condições o c~

ractorísticas, utilizando, inclusive, técnicas consideradas uI

trapassadas naqueles países. Não havendo possibilidade de e~

oolha entre os dois tipos de tecnologia, importa ainda conhe

cer as consequências especificas da adoção de cada uma •

..

Neste trabalho propomo-nos a alinhar os argumentos

correntes sôbre tão controvertida matéria na expectativa de

~rojetar alguma luz onde, apesar da pluralidade de contrové~

sias, nada pôde estabelecer-se como definitivo. Nesta intr2

dução mostramos as grandes linhas que servem ao tema eentral

desenvolvido. Completaremos com um onsaio sôbre o caso brasi

leiro, "leit motiv" do nosso estudo.

A TECNOLOGIA E

!

TEORIA ~ DESENVOLVn~NTO

Em virtude da extraordinária oomplexidade intrínseca do fenômeno do desenvolvimento econômico, dada pela interação

dialética de suas relações causais, fica alijada a possibilid~

de de se decidir por um fator determinante na sua composição.

Assim

ó

que não se pode atribuir valor absoluto ou prefore~

cial a êste ou aquôle elemento, sendo mais prudente observar a

natureza, a forma e o alcance de cada um c, posteriormente, ~

tribuir-se-lhe um pôso relativo. Mesmo porque, a preponderâ~

cia de determinado fator poderá ser descontínua ou mesmo vir

~

-tual, cedendo sua posiçao a outro, podendo voltar ou nao a ocu

pá-la nos períOdOS subsequontos. "Nenhum fato está isolado da

queles que o precederam ou o acompanham. Quando tratamos de

realidades técnicas ou econômicas, não devemos esquecer, pria

cipalmentc, seu caráter complexo e composto; elas sõmente a~

quirem sentido histórico e prátiCO graças a csta contextura e

às rolações quo possuem como conjunto" (+)

J.A. Schumpoter, em sua TEORIA DO DESENVOLVIMENTO

ECONOMICO, isola, anallticamcntc, o fator inovações tecnológi

(+) R. ARON. - Citado por R.Barra - In .Economia Pol!tloa

(10)

cas e atribui-lho primazia no processo de desonvolvimento con

-A "

siderando-o mesmo a sua essonc~a.

Esta posição traz consigo n mórito de aguçar o espi

rito crítico em tôrno do problema, gerando um nôvo caudal de

contribuições a partir do entrechoque das ações contrárias.

Assim

ê

quo, o papel relevante das inovações tecno16gicas no

processo de desenvolvimento, tornou-se ponto absoluta~nte p~,

'f"

Cl. J.co.

, ,

"

Estabelecida a importancia da inovação tccnol6gica

no processo do inoorporação de excedontes ao sistema ~odutivo

, \

convem observar, no entanto, quo, cspecJ.fi~amento, Nosses c~

sos, om momento algum poderá êste fenômeno cstar dissociado da acumulação capital. Entre ambos os fenômenos existe, antes, u

~ IN N l

ma estreita relaçao circular de causaçao. Senao vejamosf A

inovação

ó

sob êsse aspecto uma consequência do maior estoque

de capital que do seu lado, teria sido resultado de um aumento

da taxa de poupança proveniente de um aumento no nível de ren

da, Por sua vez, a elevação do nível de renda guarda relação

com as inovações através do acréscimo de produtividade por

elas gerado. Isto so dá naturalmente, quando a taxa de cresci

" ...,

menta da poupança Q superior a taxa de crescimento da mao do o

bra, resultando numa depreciação do valor do capital em rel~

ção ao trabalho, forçando, ou pelo menos, criando condição ao

"

emprego de tecnologia consoante a oferta relativa dos dois ia tôres.

Até agora consideramos o caso mais geral de inovação

tecno16gica, ou seja o tipo poupador de trabalho. Naturalmeg

te seria também inovação tecnológica qualquer aumento da prodg tividade de fatares isolados e tambóm o aumento simultâneo da produtividade de ambos.

As ilustraçõps dos possíveis tipos de inovação tecno

16gica

ó

vista no gráfico abaixo, onde as curvas pontilhadas

c

a' p i

t

a

1

GRAFICO I

INOVAÇOES

T~CNOLOGICAS

a) Poupadora de

mão-de-obra

\

b) Poupadora de

am-bos os fatôres

c) Poupadora

(11)

4.

representam um mesmo produto, num per!odo posterior às inova

-

--çoes.

No entretanto, ~ óbvio que o desenvolvimento econômi

co,é, em última instância, o aumento da produtividade média do trabalho no interior do sistema e isto só é poss!vel atravésda absorção de técnicas modernas com uso intensivo de capital sal

-vo quando houver possibilidade de se melhorar a organizaçao e

os métodos, mas esta possibilidade

é

bastante limitada.

Sob êste aspecto, podemos considerar como desenvolvi do o pais que usa o mais elevado grau de tecnologia aplicável

no ~omento, sem desemprêgo de fatôres, e estaremos reduzindo

por extensão de raciocínio, o problema do subdesenvolvimento a uma questão de maior ou menor assimilação de tecnologia.

Assim o objetivo que se propõe, quando da aplicação

de um plano de desenvolvimento, é o de empregar a população

da região-plano a níveis tecnológicos que permitam aumentar o prOduto do sistema como um todo.

PROCESSO DE ASSIMILAÇÃO

A passagem a estádios superiores de desenvolvimento,

considerando aqui sob o,aspecto da assimilação de técnica,

traz consigo o mais complexo problema relativamente às tran~

formaçõos que se vão operando no bojo do sistema, ao tempo da

aplicação das inovações. E a continuidade do processo de de

senvolvimento submete-se íntegralmente

à

natureza de tais tr~

formações porque poderão elas criar ou não condições para fu~

-ras inovaçoes.

Teoricamente, ~ste enfoque proporciona elementos p!

ra a formulação de duas opções básicas orientadas para prom~

ver o desenvolvimento de áreas atrasadas. Consiste, a primei

ra delas, no emprêgo imediato de teconologia moderna, formula

da em pa!ses desenvolvidos e cuja caracter!stica fundamental

-reflexo das condições de seus patses de origem -

é

a aplicação

intensiva de capital visando, sobretudo, maior aceleração no

,..

processo de desenvolvimento. A opçao remanescente considera

~

,

.

a adoça0 de tecnicas rudimentares, adrede formuladas ou mesmo

aproveitadas de centros adiantados, onde já estão obsolotas,

com a finalidade de maior aproveitamento do fator escasso.

-

~

Na composiçao deste tipo do tecnologia predomina o fator trab~

(12)

Considerando irrelovantes outros fatôres quo atuam

no

prooesso, ainda assim, ao perseguir-se um crit&rio de econ~

micidade, decidir por uma das alternativas,

é

tarefa bastante

delicada para a análise econômica no quo tango ao enfoque do

problema dentro de suas reais implicações.

...

A par desta dificuldado alinha uma outra nao menos

importante que

6

a deficiôncia ou inexistância de dados esta~s

t1cos, base das elaborações teóricas, nas árcas objeto da deci são abordada.

DISCUSsÃO ~ OPÇÕES

A teoria econômica já fornece instrumentos do análi

se bastante eficazes para o tratamento da questão dentro de um prisma cientifico. Nússo particular as curvas de igual produ

to para a combinação do dois fatôres são de fundamental impor .

-tância, desde que se poderá chegar ~ maximização do produto ~

través da melhor combinação de fatôres, igualando o rondimento

do fator escasso em todos os setores. Desta maneira não so o~

tará superdimensionando as entradas do fator abundante em d2

terminadas aplicações, restringindo-as em outras em que teria

maior rentabilidade.

Tomando dois fatôres. capital e trabalho, com o auxi

lio das curvas de igual produto pOdemos fazer a seguinte análi se.

No gráfico 2 representamos os isoprodutoa para a te~

nologia moderna e rudimentar rospectivamente por R e Q.

c

a

p i

t

a

1

GRAFICO 2 - CURVAS DE ISOPRODUTO PARA AS TECNOLOGIAS

ALTERNATIVAS .

T' 1

~

(13)

G.

Seja uma economia que possui estoque de capital • ele

Então para uma combinação C1Tl temos um produto Rl;

para

CLT'l

temos um produto Ql. Em ambas as combinações empr~

ga-so o mesmo volume de capital. No entanto, no primeiro e~

prega-se uma quantidade de trabalho igual a

TI,

já no segundo

emprega-se

T'l

maior quo

TI.

Simplesmente sôbre o aspecto de maximização do prod~

to se:

1) Rl maior que CU justifica-se o caso da tecnologia

dema

2) RI igual a Ql a escolha

ó

indiferente

3) Rl menor que Ql justifica-se a tecnologia redimentar.

Vimos que, dopendendo das condições da região-plano,

uma mesma quantidade de capital combinada com maiores quantid~

des do trabalho poderá resultar menor, maior ou igual prod~

,..

çao.

Podemos alinhar como fatôres de influôncias para os trôs casos os seguintes:

1) - Qualidade do total de mão-de-obra existente

2) - Rendimentos crescentes, constantes ou decrc9co~

te de escala.

A situação pode ser ilustrada por exemplos simples. Suponhamos que dada economia planeja fazer um investimento ••• 100.000 UM, e pode fazô-lo adotando a tócnica de capital inten sivo ou trabalho intensivo.

,..

Para a primeira opçao o investimento poderia ser fei to digamos, em duas unidades com um custo de 50.000 UM cada e

absorvondo cada unidade de 300 ~mês.

No 2Q caso o investimento seria feito em 10 unidades

de custo 10.000 UM cada e empregaria 80 ~môs por unidade.

...

CUSTO Ng

TOTAL EMPREGO NQ TOTAL

OPCAO UNI T1RIO UNIDADES P/UNID. UNIDADES

A 50.000 2 100.000 300 2 600

B 10.000 10 100.000 80 10 800

Desta maneira concretamente podemos ter que o prod~

(14)

1) Pa

>

Pb

2) Pa = Pb

3) Pa

<.

Pb

o

exemplo, levando-se em consideração sua forma

sim-plificada ~ão foge muito

à

realidade.

Para o primeiro caso poderia ser que somente tive~

sem sido aproveitados os operários qualificados c por isto com

um rendimonto individual muito mais elevado. Ademais ao s~,

~~

empregar as unidades com maiores dimensões tenha se benefici~ "',_,

do com rendimentos crescentes do escala.

Para o caso (3) teria acontecido o inverso. A inco~

poração de mais de 200 operários não foi produtiva e a produ

ção om~randes unidades seria anti-econômica devido ao rendi

mento em escala decresconte.

NO caso (2) seria aquôle em que as diminuições por

um lado seriam eompensadas pelo aumento em outro.

Não tratamos aqui do caso da fusão dos dois tipos da tecnologia, caso que seria perfeitamente viável inclusive com

a solução para a maximização do produto. No ontretanto. no

presente trabalho interessa-nos defrontar os casos extremos.

A análise estática da maximização do produto atravós

de uma ou outra tecnologia está longe, porém, de ser decisiva

na escolha definitiva. Naturalmente que um maior produto a~

,

,.,

,

sera um fator de escolha mas nao sera o fator decisivo, pois

de

o desenvolvimento econ~mico

G,

antes de tudo, um

longo prazo. Exige, assim, soluções quo lhe dôm e que favoreçam a sua intensificação.

fenômeno

continuidade

Portanto, às consideraçõos anteriores, baseadas em

distintas hipóteses, ajuntaremos outros argumentos que podem

influir na escolha adequada.

PONDERAÇÃO ~ OUTROS FAT~RES

A medida da rentabilidade total de um investimento,

dentro do sistema como um todo, torna-se difícil de ser

apura-da quando são considerados seus efeitos. ~ o caso de ter-se,

po exemplo, duas alternativas para a aplicação de certo

volu-me de capital e uma delas favorecer maior aproveitavolu-mento de

mão-de-obra, diminuindo os custos de instalação.

Considerar-se esta alternativa como mais rendável podo conduzir a um la

"'tt"" .•.

: ___ .

~-:.a ~".

(15)

8.

montável engano. pois, os efeitos indirotos poderiam suplantar

com grande vantagem os efeitos diretos gerados por uma G outra

alternativas.

A

ilustração típica

é

a dos investimentos de

baso que são normalmento capital-intensivos e criam economias

externas, facilitando, assim, a implantação de novos projetos

com menor L~tensidade de capital. Esta proposição reage mais

ràpidamcnte quando se aborda o investimento jÚblico; todavia,

,

.

o de alcance geral.

A tecnologia moderna pode, então ser a recomendada

em última análise e portar, ainda, o atenuante de prestar-se

à

imitação intensificando o processo de assimilação de tócnica

mais avançada pela periferia.

Isto só aconteco quando a disparidade entre os polos

não ~ acentuada; a dualidade tecnológica g~rada exercerá,

nos-se caso, um benéfico influxo.

Todavia, um caso oxtro~o do dualid~de tecnológica

tenderia a ampliar o afast~nento entre o setor adiant~do e o

setor atrasado, em detrimento da economia.

Os argumentos atá agora levantados em favor da

apli-çação intensiva de capital, já permitem assinalar, não a título

de informc..çfio, mas, de lembrnnça, que, se

ó

certo que ela não

utilize diretamente em sua comdosição grandes efetivos de

mão-de-obra propícia, entretanto tem condições ~ara o omprêgo de

crescentes contingentos de mão-do-obra especializada na

conser-vação e manutenção de equipamento, o que, a longo prazo,

inoxo-ràvelmentc, absorverá grande parte da população a níveis supe-riores de produtividade.

Vale dize~, o dosemprôgo inicial seria absorvido COill

vantagem pelo efeito dinâmico do invest~nonto primitivo.

tradução de ill0lhorias tecnol6gicas, seja de um ou de outro

po, traz sGmpre como resultado um a~~cnto na produtividade

ca. A apropriação dêsto awnento do produtivfdado pode ser

ta pelos quo participam diretamente da produção ou pelo

A

in-ti-·

físi

fei-rosto

da população, dep~ndendo do grau de concorrôncia que predomina

dentro do sistema.

Havendo, entretanto, acentuada concorrência do lado

da oferta, a consoquência natural do aumento do produtividado

será uma baixa nos preços e conscquente participação da

popula-ção nos benefícios do desenvolvllAento.

~ste benefício auf~rido pelas maiores cam~das da

po-pulação trará como consequência uma ampliação do mercado

(16)

9.

para satisfazê-la.

Quando a apropriação ~ feita pelos que participam

dire-tamente da produção como resultado de uma resistência à baixa

de preço pelo contr51e da oferta (preços inflexíveis para baixo) intrlnsecamente aos dois casos de tecnologia, a maneira de se fazer essa apropriação poderá ter diferenças de substancial im-portância s5bre o aspecto do desenvolvimento econômico.

O emprêgo de tecnologia com maior densi1ade de capital,

resulta na manutenção de uma elevada produtividade do tra~alho

e por consequente também uma elevada taxa de salário mas co~ Y2.

lume de emprêgo menor que no outro tipo de tecnologia.

Teremos assim s5bre o aspecto da repartição pessoal uma concentração na distribuição de renda, o que propicia uma ele-vada taxa de poupança dentro do sistema, a qual poderá se con-verter em investimento, se dispersar em consumo ostentatório ou mesmo em uma economia de preços estáveis se estagnar em entesou.

ramento. ~ob o aspecto do desenvolvimento, apenas a conversão

em investimento tem sentido positivo.

O entesouramento, provocando uma contração da renda,

a-trofia as oportunidades de investimento e o consumo

ostentató-rio que nem sempre ~ atendido pela indústria nacional podendo

vir a pressionar o balanço de pagamentos que certamente já esta

rá sobrecarregado pela importação de bens intermediários e/ou

por bens de capital.

Os acrésctmos de renda, no ent~nto, quando são reaplic~

dos no processo produtivo são de capital importância, pois dimi

nuem o consumo que em goraI é relativamente elevado nos países

de baixa ronda, reservando maior parta da renda ao crescimento da capacidade de produção do sistema.

Por outro lado, as técnicas com aplicaç3es intensivas ~

tJ'8balho primam-se por uma maior participação de assala:':"'ü\dos n)

total da renda com consequente distribuição de poder aquisitiv~.

entre maiores segmentos da população, ampliando o mercado. (+)

(+) Neste ponto, sob o aspecto da repartição funcion~l ó&

ren-da naren-da se pode afirmar com respeito à remuneraçeo rela:!;!

va de cada fator pois ~uando há o incremento de um fator

há também como consequencia um aumento na produtividade m~

ginal do outro e assim (supondo Concorrência Perfeita no

Mereado dos fat5res) pelo teorema de Euler, taremos:Y

=

f

(C, T).

Se supomos, como fizemos até aqui que o estoque de capital

(01) é dado e que num enoutro caso o produto é o mesmo para

a tecnologia moderna, a relação Cl á maior que na

tecnolo-. d' ta 01

!l

g1a ru 1men r!2 pois T2

>

TI; como ClfC

l + TlfTl

=

Y e

também ClfOI + T2fT2 =ytemos quo sendo T2

>

TI e f TI) fT 2 ,

não podemos afirmar se T1fT

1 ~ maior, m0nor ou igual a um.

(17)

10.

Aqui se corre o risco inverso do sacrifício das po~

~

panças pelo consumo, pois se a roduçao do consumo se verificar

de maneira excessiva, pode ocasionar tamanho esvaziamento da

procura efetiva, que, ao diminuir as oportunidades de invest!

mento, faz com que as poupanças não se dirijam ao investimento e recairemos nos casos anteriores.

Entretanto, as facilidades que tem o sistema para ia vestir mais do que poupa, facilidades estas abertas através do

sistema creditício, fazem com que as oportunidades de investi

mento s.ejam mais importantes que as poupanças para se inve~

tire (+)

Esta oportunidade, cuja validez restringe-se ao caso em quo o sistema esteja aquém do pleno emprêgo, é ainda, mais

um atrativo para o capital alienígena que encontrará níveis

elevados do rentabilidade e uma procura vigorosa.

Em resumo o que se constata

é

que a longo prazo, é

de suma importância a forma de apropriação do aumento de renda proveniente de uma aplicação de técnicas mais "avançadas.

O mercado interno, que sustenta o desenvolvimento ,

guarda estreita relação com esta forma dQ apropriação. E, a

sua expansão, que assegura a continuidade do desenvolvimento

-bem como sua estabilidade, só poderá ser efetuada dentro dete~

minadas condições, já descritas.

A solução do dilema chega ao seu clímax quando

atin-ge o prOblema do emprago.

Vimos na hipótese base do nosso trabalho que a cara~

terística principal de cada tecnologia estava na maior ou m~

nor entrada do fator trabalho na oomposição de coeficientes

~

de produçao.

Neste sentido o estudo da maximização do prQduto com

~, ,

.

manutençao de n1vel satisfatorio de emprego, pela complexidade

com que se reveste, exige instrumentos bem mais refinados de

análise, conforme veremos.

N A . Dada uma certa proporçao de fatores, o pleno emprego

numa economia de mercado fica na depend~ncia de dois fatôres:

(1)

Flexibilidade do coeficiente técnico de produção, isto

ó,

na substttuibilidade de um fator por outro e (2) estrutura do

(.) Sôbre êsto assunto ver, SCHEEIDER, ERICH Teoria Econômi

oa ~ Vol. 3 - cap. 3 - Ediçao Brasileira - Fundo de Cul~

(18)

mercado para os fatôres.

Havendo rigidez tecnológica a única maneira de serem

plenamente ocupados todos os fatôres

é

a de haver identidade

entre o coeficiente de produção e a proporção da oferta dos

fatôres.

Assim no gráfiCO 3 onde temos representadas as cUE

vas de igual produto para dois fatôres com coeficiente rígidO,

conforme está expresso pela forma retangular dos isoquantas,p~

ra que houvesse plena ocupação para ambos os fatôres deveria

haver for,osamente para um capital 01 uma quantidade de traba

lho Tl.

Caso para aquela quantidade de capital Cl uma quantidade do trabalho T2, então uma parte desta

obra: T2 - TI estaria desempregada e só poderia ser

houvesse

mão~

de-absorvida

por um aumento do estoque de capital

=

02 - Cl.

GRAFICO 3 FUNÇÃO DE PRODUÇÃO R!GIDA

c

a

p

i

t

a

O

2

/

Da mesma maneira a existência de uma quantidade de

capital

=

C2 que só obtivesse TI de trabalho teria forçosameg

te que funcionar com capacidade ociosa

=

C2 - Cl. Vale dizer

que no primoiro caso estaríamos na zona de excesso do fator c~

pital, ocorrendo o inverso no segundo caso.

Além de Cl qualquer Investimento que se fizesse

-

,

-vocaria tao somonte uma elevaçao no preço trabalho e teria percussão nula sôbre o produto real da economia.

A existôncia de excesso de trabalho, caso comum

países subdesenvolvidos, que ~e mantém oculta toma nome de

semprôgo estrutural, subemprôgo disfarçado ou desemprêgo keynesiano, no sentido de que não pode ser combatido com

nos

~

-nao

(19)

12.

política de refôrço na demanda: A sua solução fica na dependê~

cia de medidas estruturais e, portanto, de prazo mais dilatado.

Tomando a expressão "rigidez tecnológica" em sentido

literal devemos entender por ela a impossibilidade de fugir a

determinadas combinações de fatôres que não admitem variaçoes

nas proporções a serem usadas para uma corta produção, por ~

xemplo, o caso de uma máquina de escrever que só pode ser

uti-lizada por uma pessoa de cada vez, uma máquina qualquer que

exigisse para seu funcionamento uma quantidade fixa de operár! os, sem a qual não pudesse funcionar e além da qual sua

produ

-çao caisse a zero.

-

-Naturalmente que casos de rigidez tao acuntuados nao

são os casos mais comuns.

O

problema de rigidez tecnológica

é

mais uma questão de grau; os fatôres podem se substituir de~

tro de determinados limites. Assim, também a perfeita

substi-tuição

é

simplesmo~te uma conceituação toórica pois se dois

insumos são perfeitamente substituíveis na verdade são iguais.

No entanto, quando se fabrica determinado equipame~

to tem-se em vista a sua combinação com uma quantidade trab~

lho mais ou menos fixa.

~ sôbrc ôste aspecto que se costuma afirmar existir

forte rigidez tecnológica para os países atrasados pois êles

importam quase na totalidade os seus equipamentos industriais

sendo que êstes quando de sua fabricação obedecem a moldes pr~

determinados.

#OI

Seria justamente na decisao para fabricar que have

-,

ria uma maior flexibilidado quanto ao coeficiente; apos a

bricação as proporções estão

especificadas.

Out~o fator que contribui para que as economias atr~

sadas têm que se sujeitar a proporções pró-fixadas do fatôres

ó

a falta de pesquisas que limita o poder de escolha entro o~

" , . " . " "

tras opçoes provaveis e mesmo a aceitaçao deliberada por moti-vos que fogem ao crit6rio econômico.

N

Nuo havendo rigidez tecnológica e o mercado de fat.2.

ros funcionando em regime concorrencial os coeficientes

cos tendem a so ajustar

à

oferta relativa do fatôres

do mecanismo dos preços.

,

tecn!, através

(20)

representado no gráfico 4, em que representamos os isoquantos

""

,

da produçao pelos s~mbolos 91, 92, 93 ••••••• o os isodespesas

pelos símbolos Hl, H2, H3 ••••• nada justifica que determinada

firma opero dentro da combinação 02 TI que corrosponde a uma

despesa 112 se ela pode fazê-lo com a combinação 01 T2 com uma

despesaI{1(t{2 poupando capital em um montante

=

02 - 01 e usan

do mais trabalho em uma quantidade

=

T2 -

TI.

c r GRAFIOO 4 - EQUILtBRIO DA FIRMA

a

p i 02 t

a 1

I

I

____ L __ _

l

mão-de-obra

Em tôrmos analíticos esta ilustração corresponde

à

condição do equilíbrio no ponto em que a relação entre as pr~_

dutividades marginais e preços dos fatôres sejam proporcionais.

Suponhamos agora que haj~uma mudança nos preços

A "" ,

relativos dos fatores de produçao em favor dos salarios.

No gráfico

5

representamos como isodosposas as retas

FI, F2, F3 ••••• em condições normais o Hl, H2, H3 ••••• as is~

,

despesas apos as medidas que favorecem ao fator trabalho.

c

\ GRAFICO 5 - ~~~It2vB~ ~8yI~I~6~}& NOS PREÇOS

a

p i

t ....

a C2~~ ____ ---,~~---~

I ...

°ll-'...;.'_---t--~~

C

...

(21)

14.

Consideremos os isoprodutoB Q e Q' que diferem

quan-to ao grau de substituição dos fatôres. Q é portador de tecn~

logia em que os fatôres são bastantes substitu!vois e Q' é J

caso em que a tecnologia

ó

bem r!gida conforme se observará

pela forma das curvas.

~axas de emprôgo - Iniciaremos nosso estudo consid~

rando o caso normal, isto

G,

sem interferôncia nos preços rela

tivos dos 2 fatôros (curvas FI, F2, F3 ••••••• ). Para

simpli-cidade na explanação escolhemos um ponto que 2 isoquantas se

tocam tangencia1mente, isto

é,

as quantidades de fatôres neste

ponto são idônticas para os 2 tipos de função de produção.

Consideremos agora que tenha havido uma modificação

nos preços relativos dos 2 fatêres. As curvas de isodespesas

serão Hl, H2, H3 •••••

-

,

Assim para uma funçao mais flex1vel, que

representa-mos por Q a taxa do substituição de capital por trabalho se

faz em grande escala; O2 - O

é

a quantidade de capital que

substituirá T - T2 de trabalho.

Para a função Q' (r!gida) a substituição se faz

pequona escala. O acróscimo de capital será de 01 - O e a

minuição de trabalho empregado será de T - TI

~

em di

Vimos entao que no primeiro caso, o de tecnologia

flcx!vel uma modificação nos preços rólativos de ambos os fat2

res teria muita influôncia sôbre a taxa de empr~go = T - T2.

no segundo foi m!nima esta influência ou seja = T -

TI-Esta situação pode ser vista no gráfico conjugado

nº 6, derivado do antcrio~em que no caso A representamos as

curvas de oferta e procura do trabalho para quando os 2 fatô

ros são muito substituíveis. No caso B representamos a proc~

-ra o oferta do mesmo fator pa-ra menor g-rau de substituiçao.

A inclinação das curvas de procura nos 2 casos, evi-dencia a elasticidade-prçço do procura. No caso da tecnologia

ser r!gida a procura de trabalho será relativamente inelásti

oa com rolação ao preço. Observemos quo a manutenção em um

nível mais elúvado na taxa de salários (81

1

terá efeitos bem

maiores no caso A em que haverá um desempr2go igual a T - TI

(22)

S

s

a

1

á

r

i

o

A PROCURA DE TRAB=.;AI;.;;.;,H;.;:;O;... _____ _

c. .

S

..:..-

_

. ...

--T mão-de-obra

I

I

, I

T' T 1

D

a) Coeficiente flexível b) Coeficiente rígido

.

Esta não

é

senao uma visualização de que quanto m~

ior fôr a substituibilidade de um fator de produção dentro de uma função de produção, maior será também a elasticidade-preço

de sua demanda.

Os custos de produção - Sôbre o ponto de vi:.~t& d03~'~

tos de produção vimos que o navo isodospesa que toca a curva

Q' (gráfico 5) é bem superior ao que toca Q. Concluímos assim

que a modificação nos preços relativos tem no segundo caso se~

pre uma maior influôncia nos custos de produção conforme

se VG pela distância dos isodespesas H2 - El.

Quando no entretanto os coeficientes técnicos flexíveis, mas há uma imperfeição no mercado de fatôres a nomia poderá ser também levada a adotar técnicas fora de condições reais prejudicando o ajuste entre o emprêgo dos res com a sua disponibilidade.

...

sao eco-suas fatô

Podemos apontar como causas principais da ção no mercado dos fatôres:

(23)

1 - Sustentaç~o de preços artificiais;

2 - Viscosidade dos fatôres;

3

Falta do transparência no mercado.

16.

Analisando primeiro o fator capital podemos ver co

mo uma sustcntaç~o do seu preço a níveis inferiores ao que s~

ria observado no mercado, a manutenção de taxas de câmbio fi

I

-xas em per10do de inflaçao assim eomo tratamento prefe~

cial por setor mantendo, por exemplo, faoilidades de emprést:l

mo às emprôsas que o integram.

o

capital nem sempre pode ser transferido de um se ....

tor para outro; a terra não pode ser utilizada na indústria a~

sim oomo não se transformam máquinas om tratores.

,

_.

Os detentores de capital podem tambom nao ter

conhe-cimento de sua rentabilidade em outros setores bem como podem

previamente estar decididos por sua aplicação em determinadas

atividades e proporções.

Passando agora à análise do fator trabalho podemos ~

firmar que o principal motivo da sustentação de seu preço a ni

veis superiores ao que se estaboleceria em mercado

é

a políti

ea salarial defendida pelos sindicatos, funcionando como grupo

-

-de pressao junto aos governos bem como controlando a oferta do

N ,

mao-de-obra. Tambem deve ser considerado que o deslocamento

-de contigcntes -de trabalhadores nao 50 faz com facilidade e o

custo de locomoção pOde tornar nula as diferenças de salários

regionais. Por outro lado, por deficiôncias nos meios de comu

-

-nicaçao e transportes as solicitaçoes so tornam demoradas ou

(24)

o

CASO BRASILEIRO

-a) - Esbôço Histórico

, A eoonomia brasileira teve, desde seu a?areoimento ate

bem próximo de nossos dias, caraoterístioas de eoonomia de e~

portação, no sentido de que saU nível interno de renda dependeu

bàsicamente do sotor externo que atendia

à

demanda de bens pri

,

.

mar:LOs.

As várias correntes externas de comércio que se lhe fo

ram abertas tiveram apenas efeito passageiro c a

distribui

N N ...

9ao do renda interna nao possibilitava a formaçao de um morcado

interno que fomentasse uma indústria incipiente, enquánto os

elevados lucros do setor oxportador ou oram reinvestidos no

próprio negóoio ou se destinavam

à

importação de bens de oons~

mo.

Cessada a demanda externa, por motivos conjunturais

oxógenos, não tinha a eoonomia oondições para sustentar o cre~

cimento oaindo na depressão. são bem conhecidos os vários ci

olos porque ela passou, dando origem a diversos fooos de

desen-volvimento, impotentes, todavia, para lograr continuidade c ia

tegração entre si. O pau-brasil, o açúcar, o ouro, o algodão,

a borracha, tiveram sua época o nos legaram vários núcleos quo,

após o esplendor reduziram-se a simples economia de subsistêu

cia.

As fases de óxpansão não repercutiram nas ostruturas

, . . .

..

de modo a transforma-las e a absorçao da economia do subsiston

-cia por parte do setor externo revertia quando minguava a deman

da dirigida a êle. Assim enquanto um núcleo se encontrava em

pleno esplendor outro jazia estagnado e os laços que os prendi am oram os mais dóbois.

...

,

Estas altornaçoes causaram os graves desequil1brios r~

...

,

gionais. a falta de integraçao entre os nucleos que ora se nos

depara e em grande parte a inevitável elevação do nível geral

dos preços inerentes a uma concretização de desenvolvimento, de

-vida aos pontos de estrangulamento.

S~mente a economia cafeoira, pelas condições especiais

em que se desenvolveu, pode criar meios para que o sistema pa~

sasse a tor um crescimento auto-sustentado. Melhores salários

e a imigração de grandes oontingentes são tidos como fatôres

bi

(25)

18.

sileiro.

A formação de um mercado interno criaria condições p~

ra uma indústria rudimentar que aproveitaria os cbnhccimentost~

nicos dos novos habitantes e os lucros da atividade exportadora.

Estas pequenas indústrias vieram constituir o germe de uma ia

dustrialização que iria se intensificar com as crises internac!

..,

onais que dificultaram as importaçoos e aS$im criar uma reserva

de mercado a ser abastecida por aquelas dosprontenoiôsas indú~

triasj

As dificuldades de importaçãd com

um

elevado n!vel do

;.,.

renda interna que se mantinha PQlas Gxportaçoes maciças fio p~

r!odo da primeira grande guerra mundial vieram á dar infcio ao

...

-processo de substituiçao de importaçao que seria em parte prej~

dicado com o término do litígio quandO volta novamente a sofrer

....

a concorrência externa o mesmo o antagonismo da populaçao, pois coincidia êle com crescentes altas de custos devido aos sucess! vos pontos de estrangulamento que tinham quo romper dentro das

estruturas herdadas de sistemas totalmente voltados para o c~

terior sem a mínima ligação entre si.

Só com a crise internacional do craquo da bôlsa de N~

va York

é

quo o processo retoma sua antiga intensidade. As d!

ficuldados de importação reapareceram e o n!vel de renda quo

inevitàvelmonte eairia devido

à

queda das exportações foi manti

do atravós da pol!tic~ de retenç;o dos estoques de cafó com

financiamento externo.

..

' .

.

Outro acontecimento que funcionou como proteçao a ~nc~

piente indústria nacional foi a deflagração da segunda guerra;

as grandes acumulações do divisas possibilitaram as importações

maciças de bens de capital necessários

à

continuidade da substi

-tuição de importações de bens de consumo que se encontravam ia terrompidas.

Após o término d~ste segundo lit!gio

se tinha

toma-do conhecimento da necessidade de proteção

à

indústria nacional

o a maneira mais fácil de se fazê-lo foi encontrada na manipula .

-ção das taxas de câmbiO. Outra maneira quo se usou para prote

-ger a indústria foi a concessão de subsidios e facilidades de

cróditos internamente, dando prioridade a êste setor,

tornando-o mais atrativtornando-o c sem exigôncias quanttornando-o

à

eficiência de

(26)

b) Condições Atuais

Para uma melhor compreensão da problemática atual da

economia brasileira no q~ tange

à

continuidade de seu processo

do desenvolvimento é necessário fazer um ~etrospecto dos fatos

que so sucederam na evolução de sua fase industria~ e que co~

sistiu bàsicamente na substituição das importações. Estando~

ximo o término desta fase existe jó uma perspectiva histórica

para que possamos analisar-lhos as conscquências.

Neste trabalho procuraremos dar ênfase ao crescimento

industrial naquilo que êle representou para o desenvolvimento

do sistema como um todo, isto é, na sua contribuição para a pa~

sagem do setor atrasado da economia para o evolu!do, de produti vidadc mais elelvada.

A análiso dêste yeríodo deverá inicialmente por em r~

lêvo as macro-decisões (+ que foram nele tomadas objetivando

proteção ora,

à

indústria-infante, ora ao setor exportador ou

simplesmente a atender a pressões de grupos ou classes. Estas

decisões globais iriam naturalmente afetar as micro-decisões~

de que trariam radicais transformações nos preços relativos dos ~atôres de produção, os quais serviam de base a seus julgame~

tos. Portanto a an~liso das decisões das unidades Simples est~

,

ra em segundo plano.

Saliente-se que as macro-decisões tiveram como

finali-dade imediata modificar os dados conjunturais que, em última

instância, são os reflexos de dados mais profundos, as estrutu-rase

Partindo então das estruturas cujos afloramentos eram modificados pelas macro-decisões, estudaremos as micro-decisões

que foram em Última instnncia as que tiveram efeito direto na

forma como foi feito o desenvolvimento industrial brasileiro da parte do setor privado.

Paralelamente desenvolveremos a partiCipação estatal

na economia à medida em que foi sendo solicitada. Apenas que a

,

, . " , ' "

analise das decisoes do setor publico nao obedece aos mesmos

critérios que utilizamos na partiCipação do setor privado. Se,

por um lado no setor privadO, os sujeitos econômicos são os

responsáveis por unidades simples com a finalidade de maximizar

.

-

-seus lucros, jogando com os fatores de produçao de que dispoem, por outro no setor pÚblico o agente econômico são as autorida

(27)

20.

des que procuram alocar os fatôres da melhor maneira bem como

criar condições de funcionamento para o setor privado.

De início devemos salientar que a primeira fase da in-dustrialização brasileira foi inteiramente voltada para um

mer-cado interno que era uma projeção dos mercacos dos países dese~

volvidos. As classes de alta e média renda ligadas ao setor e~

terno diversificaram seu consumo sôbre forte efeito - demonstra-Qão.

Desta maneira quando da dificuldade de importação

dês-tes bens foi criada uma reserva de mercado a qual foi

inicial-mente satisfeita pelo aproveitamento intensivo da capacidade

instalada e depois com instalação de novas unidades produtoras.

Atendendo a uma procura de produtos industriais

seme-lhantes aos fabricados no exterior num país onde pràticamente

inexiste a pesquisa, a tecnologia a ser adotada teria 'também

que ser semelhante à dos países onde se fabricavam aqueles bens,

principalmente tendo-se em conta que os equipamentos também

e-ram importados.

Estas considerações nos levam a concluir que havia uma

, extrema rigidez tecnol6gica. Assim, somente na medida em que

o mercado justificasse as dimensões mínimas das instalações das unidades é que elas iam se fazendo.

Neste sentido medidas protecionistas foram sendo

toma-das prfncipalmente com manipulação de tarifas e concessões de

subsídios que ampliavam as reservas de mercado.

Porém as medidas de incentivo à indústria que mais

im-portam em nossa análise são a fixação de taxas cambiais para a importação de equipamentos e a larga concessão de crédito a

ta-xa de juros abaixo da real. Estas medidas juntamente com a

fi-xação de salários mínimos tiveram como consequência uma

modifi

-caça0 nos preços relativos dos dois fatôres capital e

tra-balho a favor dês te.

Remontemos aos anos imediatamente posteriores ao fim

da última grande 'guerra, que marcaram o início da fase moderna

da industrialização brasileira para acompanhar o seu desenvol

vimento. O início d6ste período {ano de 19~50, foi a

(28)

Viria a resultar no fáci+ escoamento de nossas divisas acumula-das no período de guerra.

A suspensão quase repentina da liberdade cambial em

meados de

1947,

quando foi estabelecido o contrôle qur:ntitativo

das importaçõ..:;s, não teve no entanto nenhum efeito pré.tico sô

bre os bens de capital, pois passaram as importações a serem feitas pelo critério de essencialidade, sendo portanto os equi-pamentos industriais os mais favorecidos.

Antes mesmo tiveram um duplo favorecimento pela'pr:ior;:h

dade na importação o na criação de mercado para os bens clnss~_­

ficados como essenciais, cuja importação vinha ie ser prejudi.cg, da.

~ interessante observar a distribuição percen~lal das

importações brasileiras no período coberto pelo 'rogime

inicial-mente de liberdade cambial e que se completou com n limitação

quantitativa e seletiva das importações, período ôste que vai

-do

1946

a

1952,

quando so inicia um nôvo período no contrôle do

comércio exterior do Brasil.

DISTRIBurclo PERCENTUAL DAS IMPORTAÇ~E3 BRASILEIRAS

SEGUNDO 03 TIPOS DE BENS

1945-52

1945 1946 1947

I - BENS DE CONSUMO

ll.a.2.

~ ~

a) Duráveis 4,4 9,0 11,7

b) Não dur'veiS 9,2 12,7 8,1

II - OOMBUSTíVEIS E LUBRIFICANTES 10,0 9,5 9,5

rn- MAT.PRIMAS E PROD3.INTERMEDI1RIOS 54,3 43,0 41,0

a) Para Indl1stria 53,3 42,2 40,0

a.l - Met'11oas 12,4 12,8 9,4

a.2 - Não metálioas 38,5 27,1 28,7

a.3 - Material de oonstrução 2,5 2,3 1,9

b) Para Agricultura 1,0 0,8 1,0

IV- BENS DE PRODUçlo ~ ~ ~

a) Para Indústria 9,4 8,8 9,5

b)

"

Agricultura 1,1 1,3 1,3

o) Material de Transporte 8,2 11,5 14,3

d) Material de oonstrução 0,5 0,9 0,8

e) Diversos 2,9 3,3 3,8

T O T A I 3 lloo.o 100,0 1<0,0

FONTE: "Estrutura do Com&rcio Exterior 1920/1964" -Instituto Brasileiro de Economia - CCN

1948 1949 1950

ll,..2. ll,.2 ll.J.

10,7 8,9 6,7

7,2 6,6 7,0

12,6 12,0 14,8 38,9 42,6 40,7 37,9 41,5 38,9 6,5 9,0 7,5 29,6 30,7 29,6 1,8 1,8 1,8 1,0 1,1 1,8

2Q.,,§. ~ l.Q.&

9,8 11,3 12,1 1,7 3,3 4,1

14,4 9,7 9,6

0,9

3,8 1,9 3,7 3,0 2,0

100.0 l!D,O 100,0

1951 1952

l2.J! lla.i

10,0

5,8 7,5 6,0

12,0 13,5 39,5 36,0 37,8 35,0 8,4 8,9 27,5 23,8

1,9 2,3

1,7 1,0

~ lL.Q.

11,4 14,0 3,2 2,9 13,9 15,0 1,3 1,7 2,9 3,4

(29)

22.

~stes dados mostram a crescente participação das

im-portações de bens de capital no total importado ao mesmo tempo

- ,

,

om que os bens de consumo nao durav9is, materias primas c bens intermediários sofrem um decréscimo.

o

nôvo sistema cambial brasileiro -- o das taxas

múl-tiplas - que se inicia em 1953, sucede ao transitório período

do sistema de mercado de livre câmbio, instalado em 1952; o

sistema, das taxas MÚltimplas, introduziu cinco categorias de

bens para efeito de leilões de cambiais de exportação, más, co~

forme veremos, não. fez grande modificação sob o aspocto~ que

estamos analisando.

A categoria das importações preferenciais incluía além

de outros artigos, como petróleo, trigo e papel de imprensa, um

de equipamentos considerados esswnciais sondo que os que est~

vam fora desta classificação vinham no tôpo da seleção de esse~

cialidade. As importações classificadas como preferenciais c~

..,

tavam isentas de leiloes e a maior oferta de divisas, para os

bens prioritários p01a essencialidade, sem.pre mantinha a taxa

cambial dê1es a níveis relativamente baixos.

Continuando nosso retrospecto, sob o aspecto do contrô

le das importações, em 1957 surgiriam modificações de caráter

específico, se bem que em geral a situação dos bens de capital

de um lado e as outras importações de outro, tenham permaneci,

do com o mesmo tratamento diferenciado. Trata-se da lei das

"Tarifas da Alfândega", que transforma o impôsto específico em "Ad Valorem" e ôivide as importações em duas categorias bnsicas:

,

,

a ger~l.e a espeoial, permanecendo a parte o tratamento as i~

portações preferenCiais, consideradas na c1assifiçação ante~

or, para as quais foi criado o "oâmbio de custo".

em 1959

6

que surgem os primeiros indícios de qu~

da dos subsídios

à

importação do equipamentos, rumo

à

unifioa

ção das taxas. Neste ano os fretes de importação passam para

o mercado livre.

Finalmente oom a instruçno 208 cai o "câmbiO de ousto",

quo

h~via sido reajustado do Cr$100 para Cr$200 pela inst~

ção 205, extinguindo tambóm o sistema de depósitos oompulsi

rios que fôra instituído anteriormente com a finalidade de cou ter o volume glObal do importações.

Marca esta época o fim do períOdO focalizado pelo nos

(30)

das importações, tiveram como objetivo dar continuidade ao p~

cesso industrial através do subsídio

à

importação do equipamea

tos em geral.

A concretização dêste objotivo pode sar vista pela ovo

lução da participaçno das importações de bons de capital na

pauta geral das importações no período

visto antes, quo vai

de 1946 a 1952 e no quadro abaixo, que compreende os anos qU(;

vão de 1953 a 1961.

DISTRIBUIC10 PERCENTUAt·DAS·DI~ORTACÓts BRASILÊIRAS

SEGUNDO OS TIPOS DE BENS

1953 1954 1955 1956

I - BENS DE OONSUMO 11,1 10,2 9,7 10,2

a) Duráveia 3,6 4,3 2,8 3,5

b) Não durl1vei8 7,5 5,9 6,9 6,7

11 - OOMBUSTíVEIS E ~OANTES 18,8 14,7 21,5 20,3

I I I - ~lRI:MAS E mcm;.lN'lERMmI!RIos 41,2 44,9 41,5 43,8

a) Para ![ndl1str1a 40,1 43,8 40,0 42,0

a.l - Metálioo! 8,4 13,6 11,1 12,5

a.2 - Não met{lioo8 28,6 29,1 28,1 29,0

a.3 - Mat.de oonstrução 3,1 1,1 0,8 0,5

b) Para Agrioultura 1,1 1,1 1,5 1,8

IV - BENS DE PRODUçl0 28,9 30,2 27,3 25,7

a) Para Indústria 13,2 10,4 11,2 9,4

b) II Agrioultura 1,6 3,9 2,3 2,0

o) Mat.de Transporte 10,0 11,8 9,8 10,4

d) Mat.de Construção 1,4 1,2 0,9 0,7

e) Diversos 2,7 2,9 3,1 3,2

T O T A I S 100,0 tLoo ,0 100,0 ;100,0

FONTE: IIEstrutura do Com~rcio Exterior 1920/1.964"

-Instituto Brasileiro de Eoonomia - CCN

1957 1958 1959

10,0 7,6 7,0 3,3 3,5 2,7 6,7 4,1 4,3 16,7 17,4 17,0 39,9 42,0 46,6 38,3 '0,1 45,2 11,4 8,9 12,6 26,5 30,6 :n,5 0,4 0,6 1,1

1~6 1,9 1,4

33,4

:n,o

29,4

10,2 11,0 13,9 2,6 2,6 1,5 15,1 14,7 9,5 1,9 1,2 1,1 .' :;,6 3,5 3,4

1100, O 100 ,O ~,o

1960 1961

7,7 6,6 2,9 2,3 4,8 4,3 14,6 11,7 46,7 50,6 44,7 48,9 12,5 10,4 31,7 37,4 0,5 1,1 2,0 1,7 31,0 31,1 8,8 14,2 3,3 1,9 13,8 8,7 1,9 1,4 3;2 4,8

pro,

O 100,0

.

-Conforme se ve cresco ainda mais a participaçao dos

bens de capital enquanto cai a partieipação dos be~s de consumo

incluindo agora também os duráveis. A pequena diferença que ~

xiste entre os dois periodos está apenas nas matérias primas e

bens intermediários, cuja participação cresco no segundo perí~

do já como consequôncia do intenso crescimento industrial do

(31)

24.

cem como resultado do acréscimo da produção interna.

Quanto à naturez~ substitutiva de importalPes, quo

ca-racterizou a fase moderna de industrialização brarileira, que lhe obrigou a absorver os m6todos de fabricação dos

exportado-res na produção interna, os indicadoexportado-res mais fortes :.que temCEI

sao a queda de participação dos~bens de consumo, matérias

pri-mas e bens intermeditf10s na pauta de importações,o forte cre~

cimento industr~al do período, e finalmente a queda do coefic!

ente geral de importações no fim do período.

A evolução da participação das importações dos vários

setores na paut~ geral pode ser vista nos quadros já mostrados.

Quanto ao crescimento industrial por ramos bem como as quedas

nos coeficientes

de

importação p9dem ser vistos nas tabelas que

se seguem.

COEFICIENTES DE IMPORTACl0 POR RAMOS DE > IBD~STRIA

.',

(A Preços de 1955)

,

.

, ,

~ 1953

~. Minerais não aetlbiOos- 0,21'

2. Metalúrgioa 0,247

3. Meoânioa •••

4. Material elétrico •••

5. Material de transporte •••

6. Madeira

...

7. MObiliário

.

-.

8. Papel e papelão 0,224

9. Borraoha 0,012

10. Couros e Peles 0,0'9

11. Químioa e farmaoêutioa 0,692

12. Têxtil 0,0'4

13. Vestuário e Calçados 0,002

14. Produtos alimentíoios 0,047

15. Bebidas

-

0,069

16. Fumo

.

.

.

17. Editorial e Gráfioa 0,050

FONTE: Estrutura do Com&roio Exterior 1920/1964" -Instituto Brasileiro de Economia - CCB

1955 1958

0,075 0,020

0,269 0,182

0.666 0,688

0,"4 0,157

0,588 0,483

•••

.

.

.

•••

. .

.

0,243 0,217

0,017 0,015

0,027 0,011

0,420 0,367

0,017 0,008

0,004 0,003

0,069 0,041

0,032 0,056

..

.

..

.

0,069 0,041

1051

0,033 0,216

· ..

0.154 0,252

·

..

· ..

I

G1166

I 0,012

(32)

_cp

])O PllOlmO DAL PO.

:a.OS

H

.SDIA

1949" 100

1953 1955 1958 1961

IBD~STRIA DE TRANSFORMAÇlo 137,1 166,5 216,5 300,2

1. Minerais não metálioos 150,7 194,2 217,5 272,7

2. Metalúrgioa 166,5 180,9 232,0 333,3

3. Meoânioa

-

*

100,0 119,2 213,3

4. Material Elétrioo e Comunioações

-

*

100,0 261,3 467.7

5. Material de Transporte

-

*

100,0 362,9 649,9

6. Madeira

...

* 100,0 121,3 161,8

7. pa.,el e Papelão 134,6 153,9 192,4 231,7

8. Borracha 151 ,2 176,0 197.1 303,4

9. Couros e 1'eles 109,9 108,7 137,4 129.1

10. Q.uímioa 164.4 430,1 684,9 1.031,9

11. Têxtil 114,0 141,1 146,5 181,9

12. Vestuário e Calçados

-

*

100,0 129,2

-13. Produtos Alimentício8 124,5 146,0 172,4 213,6

14. Bebidas 158,0 171,7 176,7 203,3

15. Fumo 154,4 194,3 181,9 222,6

FONTE: Instituto Brasileiro de Economia - CON-FGV

(*) Base 1955 e 100

Dentro da nossa linha de argumentação passamos agora

à

política de crédito adotada no período, no que ola represen

-tou para o barateamento no preço do capital para as emprôsas.

No caso brasileiro mesmo que os cróditos não fôssem~

cemidos a título de subsídios, tudo se yassava em realidade c~

mo se fôsse, pois é evidente que num regime inflacionário em

que não seja oficializada uma sôbre-taxa proporcional ao

aumen-to geral do nível de preços, incidindo sôbrc os reaumen-tornos, a co~

(33)

26.

Mesmo assim não é de se acreditar que a simples

con-cessão de alguns emprGstimos com taxas de juros reais baixas

pudesse afetar tôda a orientação tecnol6gica dos investimentos. Era preciso que o volume de empréstimos bem como a facilidade dos créditos passasse a formar entre os dados sôbre os quais o empresariado formulava suas decisões.

Neste sentido, os cálculos ~stram que o volume de e~

préstimos do govêrno à indústria no período entre 1953 e 1962

atingiu o mesmo montante da formação de capital fixo na

indús-tria em geral. (+)

Durante o período estima-se ainda que 20% dos lucros

das emprêsas do setor tenham sido subsídios obtidos através de

empréstimos, a taxas de juros inferiores à taxa de mercado,scn

do que em grande parte os recursos levantados pelo govêrno e-ram de origem inflacionária.

Assim a inflação opera~do como meio de transferência

de recursos de outros setores para o govêrno que por sua vez

emprestava 5stes recursos às emprêsas, estava aumentando em

grande escala â eficiôncia dos investimentos na indústria, di

namizando o processo industrial.

Para a nossa análise é interessante notar ainda que

mesmo quando o setor industrial perde o seu dinamismo, a

imo-bilização em bens de capital subsidiados, ainda que, como si~

pIes acréscimo de patrimônio, exercia um forte atrativo . para

as emprêsas, a, quais passam a superdimonsionar seus equipa

-mÍ;mtos.

Visto assim como o sistema creditício brasileiro ta~

bém favorecia a adoção de técnicas com intensidade de capital, complementando as medidas relacionadas com o setor extern01fal ta-nos agora analisar a política salarial do govêrno no mesmo período para concluirmos a argumentação de que a interferência

institucional no mercado dos fatôres de produção, capital e

trabalho, fez com que a relação entre os preços dos dois

fatô-res se mantivesse em nível inferior ao que seria determinado

pelo mercado como consequôncia da disponibilidade dos fatôres.

(+) Don L. Hudle - Reflexões sôbre a industrialização

brasi-leira: Fontes de Crescimento e da Mudança

Estrutural - 1947/1963, in RBE - junho de

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