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Adolescência e uso de substâncias psicoativas: o impacto do nível socioeconômico.

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Academic year: 2017

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1 Dout oranda do Program a de Pós- graduação em Psicologia, e- m ail: em m ppsic@scl.t erra.com .br; 2 Psicólogo, Docent e do Depart am ent o de Psicologia e

Educação. Faculdade de Filosofia, Ciências e Let ras de Ribeirão Pret o, Universidade de São Paulo, Brasil, e- m ail: m asant os@ffclrp.usp.br

ADOLESCÊNCI A E USO DE SUBSTÂNCI AS PSI COATI VAS: O I MPACTO DO NÍ VEL

SOCI OECONÔMI CO

Elisângela Mar ia Machado Pr at t a1

Manoel Ant ônio dos Sant os2

Est u dos r ecen t es t êm en f at izado qu e é n ecessár io pr ecisar o im pact o de dim en sões específ icas do cont ex t o socioeconôm ico que pode funcionar com o fat or de r isco em r elação ao uso de dr ogas. Obj et iv ou- se, co m esse est u d o , v er i f i ca r p o ssív ei s r el a çõ es en t r e u so d e d r o g a s p si co a t i v a s n a a d o l escên ci a e n ív el socioeconôm ico. Par t icipar am 568 adolescent es que r esponder am quest ionár io anônim o de aut opr eenchim ent o. As an álises en v olv er am a d escr ição d a d ist r ib u ição d as v ar iáv eis n a am ost r a e an álises est at íst icas p ar a det er m inar as difer enças encont r adas. Cont r ar iando ex pect at iv as do senso com um , adolescent es das classes m édia/ m édia super ior apr esent ar am per cent ual significat iv am ent e m aior de uso, na v ida, de álcool, t abaco, m acon h a e solv en t es, q u an d o com p ar ad os com seu s p ar es d as classes b aix a/ b aix a in f er ior . Esses d ad os suger em a im por t ância de est udos que busquem clar ificar as possív eis influências do st at us socioeconôm ico sobr e o consum o de dr ogas ent r e adolescent es.

DESCRI TORES: adolescen t e; t r an st or n os r elacion ados ao u so de su bst ân cias; dr ogas ilícit as; saú de pú blica; pr om oção da saú de

ADOLESCENCE AND THE CONSUMPTI ON OF PSYCHOACTI VE SUBSTANCES: THE I MPACT

OF THE SOCI OECONOMI C STATUS

Recen t st u dies h av e poin t ed t h at it is n ecessar y t o defin e t h e im pact of specific dim en sion s of t h e social- econ om ic con t ex t t h at can w or k as r isk f act or s r egar din g dr u g addict ion . Th is st u dy aim ed t o v er if y pot ent ial r elat ionships bet w een t he dr ug addict ion dur ing adolescence and t he social- econom ic level. A t ot al of 5 6 8 adolescen t s par t icipat ed in t h is st u dy an sw er in g an an on y m ou s self - f illed qu est ion n air e. Th e an aly ses in v olv ed t h e descr ipt ion of t h e v ar iable dist r ibu t ion in t h e sam ple an d st at ist ical an aly zes t o det er m in e t h e dif f er en ces f ou n d. Con t r ar y t o t h e com m on sen se, adolescen t s f r om t h e h igh er social classes pr esen t ed a sig n if ican t h ig h er p er cep t u al of alcoh ol, t ob acco, w eed an d solv en t con su m p t ion w h en com p ar ed t o t h eir count er par t s fr om low er social classes. These dat a suggest t he im por t ance of st udies t hat seek t o clar ify t he possible influences of t he social- econom ic st at us on t he consum pt ion of dr ugs am ong adolescent s.

DESCRI PTORS: adolescent ; subst ance- r elat ed disor der s; st r eet dr ugs; public healt h; healt h pr om ot ion

ADOLESCENCI A Y EL USO DE SUBSTANCI AS PSI COACTI VAS: EL I MPACTO DEL NI VEL

SOCI OECONÓMI CO

Est udios r ecient es han acent uado que es necesar io pr ecisar el im pact o de dim ensiones específicas del con t ex t o socioecon óm ico q u e p u ed en f u n cion ar com o f act or es d e r iesg o en r elación al u so d e d r og as. El obj et ivo de est a invest igación fue ver ificar las posibles r elaciones ent r e el uso de dr ogas en la adolescencia y el niv el socioeconóm ico. Par t icipar on 5 6 8 adolescent es, que cont est ar on a un cuest ionar io anónim o de aut o r elleno. Cont r ar io las ex pect at iv as del senso com ún, los adolescent es de las clases m ás alt as pr esent ar on un porcent aj e percept iblem ent e m ayor de uso del alcohol, t abaco, m arij uana y solvent es en la vida en com paración con sus pares de las clases m ás baj as. Est os dat os sugieren la im port ancia de los est udios que buscan clarificar las influencias posibles del est ado socioeconóm ico en el consum o de dr ogas ent r e los adolescent es.

DESCRI PTORES: adolescent e; t r ast or nos r elacionados con sust ancias; dr ogas ilícit as; salud pública; pr om oción

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I NTRODUÇÃO

O

est udo sobre o desenvolvim ent o hum ano na atualidade apresenta diversas perspectivas teórico-m et odológicas, sendo que cada uteórico-m a delas pr ocur a e x p l i ca r, a p a r t i r d e e n f o q u e d i f e r e n ci a d o , a s d i m e n sõ e s q u e d e v e m se r p r i o r i za d a s p a r a o ent endim ent o dos processos adapt at ivos do indivíduo ao longo do seu ciclo evolut ivo. Ent ret ant o, observa-se a i n d a a n e ce ssi d a d e d e n o v o s e st u d o s q u e e n f a t i ze m o d e se n v o l v i m e n t o d e cr i a n ça s e adolescent es ex post os a sit uações adv er sas com o, p or ex em p lo, aq u eles q u e v iv em em sit u ação d e pobreza. É preciso com preender m elhor os aspect os psicossociais env olv idos nesse cont ex t o, bem com o as im plicações dessas experiências ao longo do ciclo vit al das crianças e adolescent es( 1).

A pobreza é fenôm eno onipresente no m undo capit alist a globalizado em que vivem os, alcançando nív eis alar m ant es em algum as r egiões do planet a. Muit as v ezes é car act er izada com o desdobr am ent o das relações históricas e estruturais de oposição entre os int eresses de classes, sendo, port ant o, result ado de fenôm eno econôm ico que se configura na questão social e política derivada do antagonism o das relações ent re capit al e t rabalho.

Todav ia, apesar da t endência de encarar a pobr eza em um nív el m acr ossist êm ico, r eduzindo- a à dim ensão m aterial da m iséria econôm ica, os efeitos g e r a d o s so b r e o co t i d i a n o d o s a g r u p a m e n t o s hum anos são im ensos. A condição de pobreza pode se const it uir em am eaça const ant e e r eal ao bem -est ar da cr ian ça e do adolescen t e, n a m edida em que lim ita as suas oportunidades de desenvolvim ento, conduzindo- os, em cert as circunst âncias, à sit uação de m iséria afetiva( 1). I sso porque a m iséria econôm ica

é pot encial ger ador de um a sér ie de cont ex t os de risco ao desenvolvim ent o psicossocial dos indivíduos que se encont ram em processo de am adurecim ent o cognit ivo e em ocional, const it uindo fat ores adversos r elacion ad os às v iv ên cias d e ex clu são social. As diversas situações de privação de condições m ateriais d e su b si st ê n ci a p o d e m d e se n ca d e a r r e st r i çõ e s severas no suprim ent o das necessidades básicas do i n d i v íd u o , i n cl u i n d o a q u e l a s d e o r d e m a f e t i v a , cognit iva e social.

No con t ex t o f am iliar, esses elem en t os d e r isco r eper cut em no v ínculo conj ugal, cont r ibuindo t am bém par a o aum ent o dos conflit os ent r e pais e f i l h o s, o q u e a f e t a d i r e t a m e n t e a d i n â m i ca d e

relacionam ento entre eles( 1). A falta de relacionam ento

f a m i l i a r d e q u a l i d a d e i n t e r f e r e n o p r o ce sso d e desenvolvim ent o saudável do indivíduo, podendo ser co n si d e r a d o f a t o r d e r i sco p a r a cr i a n ça s e adolescent es, no que diz respeit o, por exem plo, ao u so a b u si v o d e su b st â n ci a s p si co a t i v a s e à delinqüência( 2).

Crianças e adolescentes que crescem em um am biente que se constitui com o am eaça à sua saúde p sicológ ica p od em se t or n ar m ais v u ln er áv eis ao en f r en t a r em d et er m i n a d a s si t u a çõ es co t i d i a n a s, especialm ent e as ocor r ências adv er sas. Ent r et ant o, nem t odos os indivíduos que vivenciam sit uações de r i sco a p r e se n t a m p r o b l e m a s e m o ci o n a i s e / o u co m p o r t a m e n t a i s( 1 ), o q u e e v i d e n ci a a

m ult idim ensionalidade e plast icidade dos pr ocessos adapt at iv os.

Nesse sent ido, um fenôm eno que per m eia essas quest ões e que se t ornou preocupant e, t ant o para a com unidade cient ífica com o para a sociedade em geral, principalm ente a partir das últim as décadas d o sécu l o XX, é o co n su m o d e d r o g a s en t r e o s adolescentes, que tem apresentado altas prevalências e in ício cada v ez m ais pr ecoce( 3 - 6 ). Fr en t e a essa

r ealid ad e, o ab u so d e su b st ân cias p sicoat iv as n a adolescência t em se const it uído em grave problem a social e de saúde pública, tanto na realidade brasileira qu an t o em ou t r os países( 6 - 8 ), dissem in an do- se em

escala planet ár ia.

Além disso, o prim eiro cont at o com a droga ocorre, geralm ent e, na adolescência, et apa do ciclo e v o l u t i v o m a r ca d a p o r m ú l t i p l a s e p r o f u n d a s m udanças no plano físico e psíquico, que t ornam o a d o l e sce n t e m a i s v u l n e r á v e l d o p o n t o d e v i st a p si co l ó g i co e so ci al( 9 - 1 1 ). En t r et an t o , ap esar d o s

adolescent es serem encarados com o grupo de risco, no que diz respeito ao uso de substâncias psicoativas, os fat ores que podem levá- los a ut ilizar drogas são v ar iados. Os pr incipais deles est ão r elacionados às caract eríst icas individuais e sociais, incluindo, nessa últ im a cat egoria, a colet ividade, a fam ília e o grupo de pares( 9).

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uso de drogas na fam ília, ent re out ros)( 9).

Par t indo do r efer encial acim a apr esent ado, alguns est udos for am r ealizados buscando v er ificar as possíveis relações ent re classes sociais e uso de su b st â n ci a s p si co a t i v a s n a a d o l e scê n ci a( 9 , 1 2 ).

Ent ret ant o, os achados evidenciam que, no que diz respeito ao uso, na vida, de álcool e tabaco, não foram verificadas diferenças significat ivas ent re as classes sociais( 12), porém , no que concerne ao uso de out ras

subst âncias, consideradas ilícit as, algum as diferenças se fazem presentes( 8,13). Um estudo realizado verificou

que o uso na v ida dessas subst âncias foi super ior nas classes m ais favorecidas( 8). Em outra investigação

com 478 adolescentes do ensino fundam ental e m édio, con st at ou - se q u e o con su m o d e su b st ân cias n ão legalizadas foi m aior ent re adolescent es pert encent es à classe m édia do que aqueles da classe baixa( 13).

Fr en t e a esse q u ad r o, o p r esen t e est u d o buscou verificar as possíveis relações existentes entre uso de substâncias psicoativas na adolescência e nível socioecon ôm ico.

MATERI AL E MÉTODO

Tr a t a - se d e e st u d o e p i d e m i o l ó g i co , t r ansv er sal do t ipo lev ant am ent o por am ost r agem

(su r v ey) , ex plor at ór io e descr it iv o( 14). A população

alvo da invest igação foi const it uída por adolescent es com idades entre 14 e 20 anos, que estavam cursando o ensino m édio, t ant o em escolas públicas quant o em escolas da rede privada de ensino da cidade de Sã o Ca r l o s, m u n i cíp i o co m ce r ca d e 1 9 2 . 9 2 3 habit ant es do int er ior do Est ado de São Paulo. Em função do núm er o elev ado de adolescent es dent r o d o p e r f i l e st a b e l e ci d o , f o i se l e ci o n a d a a m o st r a r epr esent at iv a par a a r ealização do est udo. Par a a se l e çã o d a a m o st r a f o i a d o t a d o o m é t o d o d e am ost r agem pr obabilíst ica por con glom er ados ( as e sco l a s a se r e m se l e ci o n a d a s p o r so r t e i o ) e est r at i f i cad a ( co n si d er an d o - se co m o est r at o s as dif er en t es r egiões da cidade, def in idas por cer t as car act er íst icas socioecon ôm icas, den t r o das qu ais est avam localizadas as escolas)( 14).

Após apr ov ação do pr oj et o pelo Com it ê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto- USP ( Processo nº 010/ 2001 - 2 0 0 1 . 1 . 6 . 5 9 . 1 ) so l i ci t o u - se a a n u ê n ci a d a s in st it u ições d e en sin o. A p ar t ir d as list ag en s d e esco l a s, f o r n eci d a s p el a D i r et o r i a d e En si n o d o

m u n i cíp i o , a a m o st r a d e a d o l e sce n t e s q u e part icipariam do est udo foi obt ida em dois est ágios: no prim eiro estágio foram sorteadas as escolas e, no segu n do, for am lev an t adas as t u r m as das escolas previam ente sorteadas que participariam da pesquisa. Responder am ao inst r um ent o de colet a de dados 620 adolescent es, dent r e os quais 52 for am ex clu íd os d a am ost r a f in al p or ap r esen t ar em : a) preenchim ent o incom plet o ou não com preensão das pergunt as; b) idade superior ao lim it e et ário definido p ar a o est u d o ( 2 0 an os) . Assim , p ar t icip ar am d a pesquisa 568 adolescent es de am bos os sexos, com idades ent re 14 e 20 anos, de diferent es segm ent os sociais - av aliado segundo o nív el socioeconôm ico, que est avam cursando o ensino m édio nas escolas e t u r m a s p r e v i a m e n t e so r t e a d a s, o s q u a i s f o r a m devidam ent e aut orizados pelos pais ou responsáveis, que assinar am um t er m o de consent im ent o liv r e e esclar ecido. Além do t er m o assinado pelos pais, os e st u d a n t e s t a m b é m a ssi n a r a m u m t e r m o d e consentim ento livre e esclarecido específico, destinado a eles, para part iciparem da pesquisa. O est udo foi desenvolvido no período de abril a dezem bro de 2002. Foi u t ilizado, par a a colet a de dados, u m q u e st i o n á r i o a n ô n i m o e d e a u t o p r e e n ch i m e n t o , com posto por 62 questões fechadas, abordando dados g e r a i s r e f e r e n t e s a o p a r t i ci p a n t e ( d a d o s sociodem ogr áficos t ais com o sex o, idade, gr au de in st r u ção en t r e ou t r os) e à or g an ização f am iliar ( pr ofissão e nív el de escolar idade dos pais, r enda fam iliar entre outros) , além de questões que avaliavam o nível de conhecim ento sobre substâncias psicoativas e as opiniões dos adolescentes sobre o uso de drogas e o p ad r ão d e co n su m o p o r p ar t e d o s m esm o s. Dest aca- se que as quest ões form uladas sobre o uso de su bst ân cias t iv er am com o base o in st r u m en t o p r o p o st o p e l a Or g a n i za çã o Mu n d i a l d a Sa ú d e e adaptado para a realidade brasileira( 14) e as questões

referent es ao nível socioeconôm ico das fam ílias dos est udant es par t icipant es do est udo for am baseadas no quest ionário desenvolvido e validado em 1996( 15).

O instrum ento foi previam ente testado em um estudo p i l o t o co m a f i n a l i d a d e d e co r r i g i r p o ssív e i s inadequações e aj ust ar o procedim ent o de colet a de dados.

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à escola com a finalidade de aplicar os inst rum ent os a o s a l u n o s a u se n t e s n a p r i m e i r a a p l i ca çã o , dim inuindo, assim , o índice de per das por falt a às a u l a s. Fo r a m p o u co s o s ca so s d e p a i s q u e n ã o aut or izar am a par t icipação dos filhos adolescent es n o e st u d o , a ssi m co m o d e e st u d a n t e s q u e n ã o quiser am par t icipar da inv est igação. Consider ando-se q u e ca d a sa l a t i n h a e m m é d i a 3 5 a l u n o s, apr ox im adam ent e de um a dois alunos não for am autorizados pelos pais, o que equivale a 3 ou 6% do total de alunos de cada classe. Por outro lado, núm ero variando ent re dois e t rês alunos por sala opt ou por não participar do estudo ( aproxim adam ente 6 a 8,6% de cada classe) .

O t em po m édio de aplicação do inst rum ent o f o i d e 5 0 m i n u t o s, se n d o q u e , a o t é r m i n o d o p r e e n ch i m e n t o , o s a d o l e sce n t e s d e p o si t a v a m o questionário em um a urna lacrada. Esse procedim ento foi adot ado com a finalidade de r efor çar a quest ão d o si g i l o e d o a n o n i m a t o , a sse g u r a n d o m a i o r fidedignidade dos result ados.

A análise dos dados obtidos foi efetuada com o aux ílio do pr ogr am a est at íst ico SPSS (St at ist ical Pa ck a g e f o r t h e So ci a l Sci e n ce s) . Pr im eir am en t e f o r a m r e a l i za d a s a s a n á l i se s d e scr i t i v a s, q u e envolveram : a) descrição da distribuição das variáveis na am ostra estudada; b) teste do qui- quadrado, para avaliar as possíveis associações ent r e as difer ent es v ar iáv eis cat eg ór icas ab or d ad as n o q u est ion ár io. Post eriorm ent e, foram realizadas análises univariada e m ultivariada, sendo aplicado o m étodo da regressão logística m últipla, adotando- se o intervalo de confiança de 95% .

RESULTADOS

As su b st â n ci a s p si co a t i v a s a t u a m d i r et a m en t e n o si st em a n er v o so cen t r a l ( SNC) , p od en d o cau sar al t er ações com p or t am en t ai s, d e hum or, de cognição e de percepção, podendo ser de u so lícit o ou ilícit o. Seg u n d o seu m ecan ism o d e at u ação n o SNC, podem ser classif icadas em t r ês cat egorias: ( a) depressoras - provocam redução da at iv idade cer ebr al, lev ando ao r elax am ent o, com o, por exem plo, álcool e sedat ivos; ( b) est im ulant es -pr ov ocam au m en t o da at iv idade cer ebr al, fazen do co m q u e o e st a d o d e v i g íl i a se p r o l o n g u e , p o r exem plo, nicot ina, cocaína, anfet am inas ent re out ras e ( c) pert urbadoras - pert urbam a fisiologia do SNC,

podendo provocar dist orção na percepção das cores e f or m as, além de pr ov ocar em delír ios, ilu sões e alucinações, com o o caso da m aconha e do LSD( 16).

A Tabela 1 apr esent a a caract er ização dos adolescent es segundo o nív el socioeconôm ico. Dos 5 6 8 ad olescen t es p ar t icip an t es d o est u d o, f or am co n si d e r a d o s p a r a e ssa a n á l i se a q u e l e s q u e j á haviam feit o ou est avam fazendo uso de subst âncias psicoat iv as, ex cet o álcool e t abaco, sem pr escr ição m éd ica ( n = 1 3 4 ) e aq u eles q u e n u n ca u t ilizar am nenhum t ipo de subst ância psicoat iva ( n= 57) , com a finalidade de verificar diferenças significat ivas.

Tabela 1 - Caract er ização do nív el socioeconôm ico d o s a d o l e sce n t e s p a r t i ci p a n t e s d o e st u d o consider ando- se o uso e o não uso de subst âncias psicoat ivas. São Carlos, SP, 2003

a c i t s í r e t c a r a

C Nãousuário Usuário*

F f% F f%

l e v í N

o c i m ô n o c e o i c o s

) E S N (

A - - 1 0,7 B 7 1,6 13 9,7 C 56 12,9 25 18,7** D 171 39,4 41 30,6 E 184 42,4 49 36,6 F 9 2,1 5 3,7

R

N 7 1,6 -

-l a t o

T 434 100 134 100

* Foram inseridos nest a cat egoria os adolescent es que pont uaram t er utilizado (pelo m enos um a vez na vida) ou utilizar qualquer tipo de substância psicoat iva ( excet o álcool e t abaco) sem prescrição m édica.

* * Diferenças estatisticam ente significantes entre os grupos ( teste do qui-quadrado) , p< 0,05.

A v ar iáv el socioecon ôm ica f oi calcu lada a p a r t i r d a co m b i n a çã o d o s seg u i n t es i n d i ca d o r es socioeconôm icos: rendim ent os, núm ero de m em bros da fam ília, escolar idade, habit ação e ocupação dos m em bros da fam ília( 15). A classificação de classe social

possu i seis est r at os específicos, v ar ian do desde a cat egor ia A ( classe alt a) at é a cat egor ia F ( classe baixa infer ior ) .

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categoria social (18,7 e 12,6% , respectivamente). Nesse caso, a diferença verificada ent re os dois grupos de adolescentes foi estatisticam ente significante (p< 0,05), o que perm it e dizer que ent re os adolescent es dessa am ostra há porcentagem m aior de usuários na classe m édia do que de não usuários nessa m esm a classe.

A Tabela 2 cent ra- se na quest ão do uso, na vida, de subst âncias psicoat ivas pelos adolescent es, t om an do- se por base os div er sos est r at os sociais a t i n g i d o s p e l o e st u d o e o s d i f e r e n t e s t i p o s d e subst âncias focalizadas.

Verificando-se os dados, pode-se constatar que o uso, na vida, de álcool é elevado para todos os estratos sociais con sider ados n o est u do, sen do v er if icadas diferenças estatisticam ente significativas entre algum as cat egor ias. Nesse sent ido, os dados r ev elam que a p or cen t ag em d e u so, n a v id a, d e álcool f oi significant em ent e m aior ent r e os adolescent es que pertencem às classes média superior e média (90 e 80% , r espect iv am ent e) com par at iv am ent e ao per cent ual obtido pela classe baixa superior (65,2% ) (p< 0,05).

Essa m esm a t endência foi verificada para o uso, na v ida, do t abaco, cuj as por cent agens for am si g n i f i can t em en t e m ai o r es p ar a o s ad o l escen t es inseridos nas classes m édia superior e m édia, quando com p ar ad os com os ad olescen t es p er t en cen t es à classe baix a super ior ( p< 0, 05) . Por out r o lado, os adolescent es da classe baix a infer ior apr esent ar am percent ual de uso, na vida, de t abaco m aior quando com parados ao grupo de adolescentes que pertencem à classe m éd ia, sen d o as d if er en ças ob ser v ad as e st a t i st i ca m e n t e si g n i f i ca t i v a s ( 3 5 , 7 e 3 2 % , r espect iv am ent e) ( p< 0,05) .

No q u e d i z r esp ei t o ao u so, n a v i d a, d e m aconha, observou- se que os adolescent es da classe

m édia superior apresent aram percent ual de consum o dessa su bst ân cia sign if ican t em en t e m aior qu an do com p ar ad os aos ad olescen t es in ser id os n a classe b a i x a su p e r i o r. Po r o u t r o l a d o , f o r a m t a m b é m observadas diferenças est at ist icam ent e significat ivas ent r e out r os dois gr upos. Ver ificando- se os dados, const at a- se porcent agem m aior de uso, na vida, de m aconha para os adolescentes da classe baixa inferior com par at iv am ent e àqueles que per t encem à classe m édia ( p< 0,05) .

Além desses achados, é im port ant e dest acar ainda que o uso, na v ida, de solv ent es apr esent ou porcent agem m aior para os adolescent es das classes m édia superior e m édia (40 e 23,4% , respectivam ente) quando com par ados aos adolescent es inser idos nas classes baixa superior e baixa inferior ( 3,4 e 14,3% ) ( p < 0 , 0 5 ) . Par a as d em ais su b st ân cias n ão f or am ver ificadas difer enças significat ivas ent r e os gr upos considerados para essa análise.

DI SCUSSÃO

Observando- se a lit erat ura, os dados obt idos n o pr esen t e est u do dif er em em algu n s pon t os de out r os levant am ent os r ealizados, que enfocar am as d u a s v a r i á v e i s e m q u e st ã o , o u se j a , u so d e su b st â n ci a s p si co a t i v a s n a a d o l escên ci a e n ív el socioeconôm ico. Os result ados não são convergent es com os obt idos em um out ro est udo( 8), no qual não

foram verificadas diferenças significativas no consum o de subst âncias psicoat iv as de acor do com a classe social, no que diz respeito ao uso, na vida, de álcool e t abaco, enquant o que, no present e est udo, foram const at adas algum as diferenças significat ivas.

Tabela 2 - Uso, na vida, de subst âncias psicoat ivas pelos adolescent es em função do nível socioeconôm ico e das diferent es drogas abordadas no est udo. São Carlos, SP, 2003

* Diferenças est at ist icam ent e significant es ent re os grupos, considerando- se o t ipo de subst ância consum ida ( t est e do qui- quadrado) , p< 0,05.

s a g o r d e d s o p i T ) E S N ( o c i m ô n o c e o i c o S l e v í N a t l A ) 1 = n ( r o i r e p u s a i d é M ) 0 2 = n ( a i d é M ) 1 8 = n ( r o i r e f n i a i d é M ) 2 1 2 = n ( r o i r e p u s a x i a B ) 3 3 2 = n ( r o i r e f n i a x i a B ) 4 1 = n ( u e d n o p s e r o ã N ) 7 = n (

f % F % f % f % f % f % f %

* a h n o c a

M - - 6 30 11 13,5 16 7,5 21 9 4 28,6 - -s o n e g ó n i c u l

A - - - - 2 2,5 4 1,9 2 0,8 1 7,1 - -a n í a c o

C - - - 5 2,3 5 2,1 2 14,3 - -a n i m a t e f n

A - - - 6 2,8 4 1,7 - - - -s o c i g r é n il o c it n

A 1 100 - - - 1 0,4 - - - -* s e t n e v l o

S 1 100 8 40 19 23,4 13 6,1 8 3,4 2 14,3 - -s e t n a z il i ü q n a r

T - - - - 2 2,5 5 2,3 8 3,4 1 7,1 - -s o e c á i p

O - - 1 5 3 3,7 14 6,6 16 6,9 1 7,1 - -s o v it a d e

S - - - - 1 1,2 1 0,5 - - - -s e t n a z il o b a n

A - - - - 4 4,9 3 1,4 1 0,4 - - - -*l

o o c l

Á 1 100 18 90 65 80 162 76,4 152 65,2 9 64,3 5 71,4 * o c a b a

(6)

Nesse sen t id o, os d ad os ob t id os d if er em t am bém dos achados de out ros aut ores( 12) que, por

sua v ez, não ident ificar am difer enças significat iv as n o q u e d i z r esp ei t o a o u so d e á l co o l e t a b a co , con sid er an d o- se a d ist r ib u ição d o con su m o at u al dessas subst âncias pelas diversas cam adas sociais.

No q u e se r e f e r e a o u so , n a v i d a , d e su b st â n ci a s n ã o l eg a l i za d a s, p o r ém , u m est u d o verificou que esse índice foi superior nas classes m ais favorecidas( 8), dado consist ent e com os achados de

out ros invest igadores( 13). Segundo os aut ores desse

últ im o est udo, r ealizado com 4 7 8 adolescent es do e n si n o f u n d a m e n t a l e m é d i o , o co n su m o d e substâncias não legalizadas foi m aior na classe m édia do que na classe baixa. Esse fato pode ser j ustificado p e l o cu st o m a i s a l t o d e sse t i p o d e su b st â n ci a , com parat ivam ent e ao álcool e ao t abaco, o que faz com a m esm a sej a ut ilizada, com m aior freqüência, por adolescent es com poder aquisit ivo m aior. Out ros au t or es( 1 2 ), p or su a v ez, t am b ém n ot ar am q u e o

consum o de subst âncias não legalizadas é m aior na burguesia ( classe alt a e m édia superior) .

É i m p o r t a n t e d e st a ca r t a m b é m o u t r o s au t or es( 1 7 ) q u e t r ab alh ar am com essa q u est ão e

i d e n t i f i ca r a m , e m l i n h a s g e r a i s, a p a r t i r d o agr u pam en t o dos est u dan t es com m aior e m en or p od er aq u isit iv o, q u e o con su m o d e su b st ân cias psicoat ivas foi m aior para os prim eiros, dados que, d e ce r t o m o d o , co r r o b o r a m o s d e m a i s a ch a d o s verificados na lit erat ura.

CONCLUSÕES

Em r e l a çã o a o n ív e l so ci o e co n ô m i co , o present e est udo apont a m aior probabilidade de uso de subst âncias psicoat ivas ent re os adolescent es da classe m éd ia e alt a, p ar t icu lar m en t e n o q u e d iz r esp eit o ao u so d e álcool e t ab aco. Esses d ad os d i v e r g e m d e o u t r o s e st u d o s d a á r e a , q u e n ã o ident ificaram a influência do nível socioeconôm ico no que diz respeit o ao consum o de drogas.

Os dados obtidos em relação a essa variável, en t r et an t o, in d icam a n ecessid ad e d e q u e n ov os est udos abordem essa quest ão, com a finalidade de com pr eender de for m a m ais m inuciosa a influência específica da condição socioeconôm ica da fam ília sobre o com portam ento do adolescente. I sso porque, quando se t r abalha a quest ão do nív el socioeconôm ico em e st u d o s q u e t ê m co m o t e m á t i ca o co n su m o d e substâncias psicoativas na adolescência, os indicadores sociais qu e possibilit am a car act er ização do n ív el socioeconôm ico da fam ília são avaliados pelo próprio adolescente, o qual, m uitas vezes, não tem inform ação pr ecisa sobr e os m esm os ( por ex em plo, a v ar iáv el renda) , apresentando respostas que podem não estar ret rat ando fielm ent e a realidade, podendo influenciar diretam ente nos resultados obtidos sobre essa questão. Nessa dir eção, est u do r ealizado em n osso contexto evidenciou a dificuldade da operacionalização d as classes sociais p ar a ap licação em p esq u isas epidem iológicas, um a vez que a tem ática em questão aliada aos respondent es ( no caso os adolescent es) , i m p õ e m o u t r a s d i f i cu l d a d e s o r i u n d a s p e l a s n ecessidades de se u t ilizar u m qu est ion ár io au t o-aplicáv el e a falt a de infor m ação dos adolescent es sobre o t rabalho de seus pais( 12).

Além disso, é im portante destacar que alguns est udos associam o uso de dr ogas na adolescência com form a de lidar com situações adversas presentes n a r ealidade. Fr en t e à sociedade em pr ocesso de m udanças aceler adas, a desagr egação das fam ílias e u m m u n d o v iolen t o q u e t en d e a n eg ar v alor es m orais e até m esm o éticos, a toxicom ania surge para o adolescente com o estratégia de evasão da realidade e cam inho para o que pensam ser a felicidade( 18- 19).

En t r e t a n t o , o s d a d o s a p r esen t a d o s p o ssi b i l i t a m d e st a ca r q u e a v i v ê n ci a d e si t u a çõ e s a d v e r sa s relacionadas à pobreza não apresent a relação linear e dir et a com o u so de su bst ân cias psicoat iv as n a a d o l e scê n ci a , u m a v e z q u e e sse co n su m o , at ualm ent e, at inge t odas as classes sociais, sendo q u e alg u m as su b st ân cias ap r esen t am f r eq ü ên cia m aior para classes m ais abast adas.

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Referências

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