t ermos simpl es, expressões f ixas e
semif ixas recorrent es em duas
obras de Darcy Ribeiro
Talit a Serpa
*Diva Cardoso de Camargo
†Abst r act : The main purpose of t his art icle is t o invest igat e t he most f requent simple
t erms as well as f ixed and semi-f ixed expressions in Social Ant hropology of Civilizat ion subarea in Port uguese and t heir corresponding t erms in English, f ound in t wo works writ t en by t he ant hropologist Darcy Ribeiro. The met hodology used is t hat of Corpus-Based Translat ion St udies (BAKER, 1995, 1996, 1997; CAMARGO, 2005, 2007), Corpus Linguist ics (BERBER SARDINHA, 2004) and Terminology (BARROS, 2004; KRIEGER
&FINATTO, 2004). Result s show t hat t here are similarit ies and dif f erences among t he use of t he t erms in t he main subcorpora composed of source and t arget t ext s and in t he comparable corpora in Port uguese and in English. This dat a indicat e t hat t erms and expressions are not univocal in t he ant hropological language due t o t he dif f erences in t he concept ualizat ion of t he same ref erent s by dif f erent specialist s in t he area.
Keywor ds: Corpus-Based Translat ion St udies; Corpus Linguist ic; Social Ant hropology
of Civilizat ion.
Resumo: Nest e est udo, f oram selecionados os t ermos simpl es e as expressões f ixas e
semif ixas mais f requent es da subárea de Ant ropologia da Civilização em port uguês e seus correspondent es em inglês, ext raídos de duas obras de aut oria do ant ropólogo Darcy Ribeiro e das respect ivas t raduções para o inglês. A met odologia ut ilizada
*
Mest randa pelo Programa de Pós-graduação em Est udos Linguíst icos da Universidade Est adual Paulist a – Câmpus de São José do Rio Pret o. Email : t alit asrp82@gmail . com.
†
est udo de t ext os, f ont e e met a e dos corpora comparáveis em port uguês e em inglês. Esses dados apont ariam que os t ermos e as expressões não apresent am univocidade dent ro dessa linguagem de especialidade, devido às dif erenças de conceit uação de um mesmo ref erent e pelos especialist as da área.
Pal avr as-chave: Est udos da t radução baseados em corpus; Linguíst ica de corpus;
1. Int rodução
O desenvolviment o da pesquisa ant ropológica no Brasil ganhou f orças a
part ir da criação do curso de Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo
(USP), na década de 1930. At é ent ão, a pesquisa realizada no país
f undament ava-se nas invest igações das Escolas Francesa e Inglesa e t inha por
principal mat erial os relat os hist óricos dos grupos colonizadores, recorrendo
ao eurocent rismo para proporcionar conheciment os capazes de domest icar
cult uras adversas. Na cont ramão das perspect ivas analít icas preconcebidas e
import adas, o ant ropólogo, sociólogo, educador e polít ico, Darcy Ribeiro,
propôs a elaboração de uma subárea que se concent rasse na const rução de
uma avaliação das condições de promoção do processo civilizat ório dest e país,
livre da ação t eórica precedent e, criando assim uma série de seis livros
int it ulada Ant ropologia da Civilização.
A esse respeit o, RIBEIRO (1995) enf at iza que:
(. . . ) nos f alt ava uma t eoria geral, cuj a luz nos t ornasse explicáveis em seus próprios t ermos, f undida em nossa experiência hist órica. As t eorizações oriundas de out ros cont ext os eram t odas elas eurocênt ricas demais e, por isso mesmo, impot ent es para nos f azer int eligíveis. Nosso passado, não t endo sido o al heio, nosso present e não era necessariament e o passado deles, nem nosso f ut uro um f ut uro comum (RIBEIRO 1995: 13).
Diant e de uma abordagem que valoriza a f ormação sociopolít ica cult ural
da maior nação lat ino-americana, a t radução, na direção port uguês inglês,
dessa nova t eorização f az-se necessária, com o obj et ivo de proporcionar a
divulgação dos t rabalhos de Ribeiro em nível int ernacional, elevando a
No ent ant o, invest igações sobre o uso de t ermos encont rados nas obras O
pr ocesso ci vi l i zat ór i o (1968) e O povo br asi l ei r o: f or mação e sent i do do Br asi l
(1995), assim como sobre o processo t radut ório que os envolve são
inexist ent es, evidenciando a necessidade de observar, a part ir desses t ext os
de especialidade, as opções adot adas para a t radução dos t ermos simples,
expressões f ixas e semif ixas.
Pesquisas volt adas para os Est udos da Tradução Baseados em Corpus
(BAKER 1993, 1995, 1996; CAMARGO 2005, 2007) e para a Linguíst ica de Corpus (BERBER SARDINHA 2000, 2004) salient am a import ância do est udo da linguagem por meio de exemplos de uso real da língua. BAKER (1996) t ambém apont a que a análise de corpus proporciona o reconheciment o de t raços considerados
como caract eríst icos e dist int ivos da linguagem da t radução.
Também f oram observadas as t endências linguíst icas apresent adas por
Bet t y J. Meggers e Gregory Rabassa nas respect ivas t raduções The
Ci vi l i zat i onal Pr ocess (1968) e The Br azi l i an Peopl e: f or mat i on and meani ng
of Br azi l (2000), a f im de verif icar as escolhas lexicais por eles adot adas e
invest igar a ocorrência ou não de padronizações t erminológicas nas subáreas
das Ciências Sociais, examinando as opções de t radução ut ilizadas para
t ermos recorrent es nos dois pares de obras.
2. Fundament ação t eórica
Est e t rabalho baseou-se no arcabouço t eórico-met odológico lançado por
BAKER (1993, 1995, 1996, 2000). Segundo essa pesquisadora:
nat ureza dessa dif erença precisa ser explorada e regist rada1 (BAKER
1993: 234).
Para desenvolver sua propost a, a t eórica f undament ou-se nos Est udos
Descrit ivos da Tradução, com base nos t rabalhos de EVEN-ZOHAR (1978) e, principalment e, nos de TOURY (1978). A aut ora t ambém se apoiou nas invest igações de SINCLAIR (1991), no t ocant e ao aport e t eórico da Linguíst ica de Corpus e ao uso de corpora elet rônicos e f errament as comput acionais para
a realização de pesquisas nos t ext os met a (TMs).
BAKER (1995) apresent a sua concepção de corpus na qual explicit a a pref erência pela análise por meio de comput ador:
[ . . . ] corpus é um conj unt o de t ext os nat urais (em oposição a exemplos/ sent enças), organizados em f ormat o elet rônico, passíveis de serem analisados, pref erencialment e, em f orma aut omát ica ou semi-aut omát ica (si c) (em vez de manualment e)2 (BAKER 1995: 226).
Em associação a essas t eorias, o present e t rabalho t ambém f ez uso de
pressupost os da Terminologia. O t radut or que se dedica a uma área de
especialidade inevit avelment e ut iliza em seu t rabalho t ermos específ icos e a
linguagem adequada ao campo escolhido. Adot a dicionários e glossários
especializados com o obj et ivo de produzir um t ext o na língua met a (LM)
adequado aos padrões e à t ipologia da área de especialidade. Dessa f orma, a
Tradução e a Terminologia se ent recruzam f avorecendo a prát ica t radut ória.
Sobre a colaboração ent re a t radução e os est udos t erminológicos, BARROS (2004) coment a que:
A cooperação ent re t radut ores e t erminólogos, ou mais part icularment e o t rabalho dos t radut ores como t erminólogos, pode
1Tr ansl at ed t ext s r ecor d genui ne communi cat i ve event s and as such ar e nei t her i nf er i or
nor super i or t oot her communi cat i ve event s i n any l anguage. They ar e however di f f er ent , and t he nat ur e of t hi s di f f er enceneeds t o be expl or ed and r ecor ded.
2
ser t est emunhado por inúmeras obras t erminográf icas bilíngues ou mult ilingues, elaboradas em épocas dif erent es, t ant o no Ocident e quant o no Orient e. At ualment e, a import ância da part icipação dos t radut ores na elaboração desse t ipo de obra é incont est ável. Com ef eit o, diversos bancos de dados especializados de alcance mundial t êm no t radut or um grande colaborador (BARROS 2004: 72).
A Terminologia f ornece, pois, o mat erial necessário à Tradução para o
acesso rápido aos t ermos apropriados da área. Em decorrência, houve um
aument o dos t rabalhos em Tradução e Terminologia que f ornecem t ermos
adequados para consult as das áreas de especialidade a serem t raduzidas.
Muit as vezes, o t radut or at ua como t erminólogo “ ao criar neologismos ou
mesmo paráf rases do t ermo para dar cont a das equivalências semânt icas”
(KRIEGER & FINATTO 2004: 72).
BARROS (2004) acrescent a que cada povo recort a a realidade obj et iva de maneira dist int a e que as f ormulações conceit uais das represent ações sociais
são designadas por unidades lexicais que, consideradas como signos de
domínios específ icos da at ividade da comunidade sociocult ural, podem ser
af irmadas como unidades t erminológicas. A t eórica debruça-se sobre a
quest ão ant ropológica da descrição do sist ema cult ural de um povo e af irma
haver a necessidade da const rução de um conj unt o t erminológico específ ico a
essa área. Verif ica-se, port ant o, que cada ant ropólogo, e ousaríamos af irmar
que cada cient ist a social, delimit a seu campo de est udo e procura conhecer as
nomeações dos seus obj et os de análise. Dessa f orma, pode-se dizer que nas
Ciências Sociais, além de uma t erminologia cient íf ica própria a const it uição
de conceit os acadêmicos, exist e t ambém a necessidade de se considerar a
nomenclat ura dos element os sociais invest igados. Tem-se, por conseguint e,
que as subáreas das Ciências Sociais apresent am um vocabulário especializado
com a criação de conceit os t eóricos que assumem caract eríst icas próprias
Nest e sent ido, PATHAK (1998) acrescent a que a f ormulação t erminológica no campo das Ciências Sociais possui det erminados aspect os condicionant es
que o dif erem das demais áreas de especialidade. Esse campo de invest igação
apresent a diversos t ermos que podem designar um mesmo conceit o, como,
por exemplo, o t ermo simples “ nacionalização” e a expressão “ área sob
domínio governament al” . Pode-se t ambém salient ar que um mesmo t ermo
pode designar dif erent es conceit os, no caso de “ socialização” que se aplica às
subáreas de Ant ropologia, Economia e Sociologia em dif erent es cont ext os.
Out ros f at ores observados são que os cient ist as sociais associam conceit os
dist int os a um único t ermo; os conceit os são geralment e expressos por
palavras de uso cot idiano; e em Ciências Sociais os t ermos não são f ormulados
em linguagem simbólica.
Cont udo, a maioria dos est udiosos dedica-se a f enômenos sociocult urais
específ icos e, com isso, os f at os e os element os da sociedade sob pesquisa
t ornam-se part e da Terminologia daquele aut or. No caso das pesquisas
realizadas no Brasil, pode-se considerar esses f at ores como br asi l ei r i smos, os
quais, de acordo com COELHO (2003), podem ser considerados como índices linguíst icos da ident idade do povo brasileiro.
Para FAULSTICH (2004), algumas dest as ent idades linguíst ico-cult urais assumem um quadro conceit ual que é mais de nat ureza t erminológica do que
de linguagem comum, compondo os chamados br asi l ei r i smos t er mi nol ógi cos.
Admit e-se, com isso, que est as unidades lexicais const it uem um carát er
f uncional em cont ext os cient íf icos específ icos. A t eórica def ine os
br asi l ei r i smos t er mi nol ógi cos como “ palavras, locuções e out ra est rut ura
sint agmát ica criada e f ormada no Brasil, que t enha signif icado aut ônomo e
est ej a encerrado num conceit o de especialidade, que possibilit e reconhecer a
área a que pert ence” (FAULSTICH 2004).
Segundo Michael Henry Heim& Andrzej W. Tymowski, pesquisadores do
t erminológico precisa seguir algumas diret rizes met odológicas, vist o que os
t ext os das áreas ant ropológica, sociológica et c. são dist int os dos demais
t ext os cient íf icos por não poderem ser generalizados e est arem submet idos a
cont ext os sociais, polít icos e cult urais dist int os, de acordo com o país e as
t radições e os cost umes que o const it uem.
Embora af irmem que essa submissão a f at ores sociais específ icos de
det erminadas cult uras gere inconsist ência t erminológica, HEIM& TYMOWSKI (2006) não deixam de observar que:
Um t ermo-chave que ocorre mais de uma vez pode ser t raduzido pela mesma palavra sempre, mas o t radut or precisa primeirament e det erminar se o signif icado é de f at o o mesmo. Se não f or, o t radut or pode escolher out ra palavra, mas a decisão deve ser conscient e. Para est abelecer consist ência à t radução, o edit or pode sugerir que os t radut ores elaborem um glossário de t ermos-chave quando t rabalham com um t ext o específ ico3 (HEIM &TYMOWSKI 2006: 10).
Os cient ist as sociais, ao int roduzirem novos conceit os, geralment e at uam
para que as palavras ou expressões empregadas sej am aceit as pela
comunidade cient íf ica e se universalizem dent ro desse público, passando a
const it uir t ermos. Bons exemplos disso são a ni nguendade e a t r ansf i gur ação
ét ni ca (1995) de DARCY RIBEIRO. Os conceit os que t ransmit em são, em geral,
cult uralment e det erminados, mas a opção por t ermos t écnicos é um aspect o
dessas ciências e, por isso, os t radut ores precisam est ar at ent os no moment o
de vert ê-los para as LMs.
Embora não sej a possível generalizar, os dois principais procediment os
ut ilizados pela maioria dos t radut ores, de acordo com Heim& Tymowski, são:
(1) emprést imo da língua original e (2) t radução lit eral para o t ermo. Ambos
causam um est ranhament o inicial no leit or alvo, pois ou est ão em língua
3
est rangeira ou f orçam o original da LM a uma f orma que não lhe é nat ural. No
ent ant o, f requent ement e, as línguas se adapt am e absorvem os
“ est rangeirismos” e as “ lit eralidades” .
É import ant e que o t radut or, que irá vert er um t ext o cient íf ico, est ej a
f amiliarizado com o t ipo de redação e, t ambém, com os t ermos mais
adequados a cada subárea das Ciências Sociais. Essa é uma das condições
apont adas pelos aut ores por f acilit ar que os t ext os sej am publicados de
acordo com padrões int ernacionais. Tant o os t radut ores e pesquisadores da
área quant o os est udant es de t radução seriam diret ament e benef iciados com
os result ados de t rabalhos volt ados para esses propósit os.
No âmbit o de obras de cunho cult ural, polít ico e social, Michaela Wolf ,
em seu art igo Tr ansl at i on as a Pr ocess of Power : aspect s of cul t ur al
ant hr opol ogy i n t r ansl at i on (1995), salient a que é nest es t ext os, assim como
em t ext os lit erários, que as assimet rias de t ransf erência cult ural t ornam-se
mais visíveis; isso porque a quest ão de poder ent re as sociedades dominant es
e dominadas est á nit idament e expressa nas escolhas linguíst icas de aut or e
t radut or.
Tendo por base t ais quest ões, apresent a-se uma invest igação sobre a
t radução de t ermos simples, expressões f ixas e semif ixas da subárea de
Ant ropologia da Civilização com vist as ao seu uso por t radut ores e
especialist as em Ciências Sociais.
De acordo com BARROS (2004), t ermos caract erizam-se por designarem conceit os específ icos de um domínio de especialidade. Por sua vez, BAKER (1992) salient a que as expressões f ixas t rat am-se de expressões consagradas,
ref erent es a det erminado t ipo de t ext o e que permit em pouca ou nenhuma
variação. No caso das expressões semif ixas, CAMARGO (2005) apont a que est as apresent am maior variação e carregam consigo t odo um cont ext o, podendo
Para o levant ament o f oram ut ilizadas as f errament as Wor dLi st , Keywor ds
Concor d do sof t war e Wor dSmi t h Tool s, as quais f acilit am a compilação dos
t ermos e de seus cont ext os.
3. Mat erial e Mét odo
Para est a invest igação, f oram compilados os seguint es corpora: 1) um
subcorpus principal paralelo de Ant ropologia da Civilização, const it uído pela
obra cient íf ica O pr ocesso ci vi l i zat ór i o (OPC), de aut oria de Darcy Ribeiro,
publicada originalment e em port uguês no ano de 1968 (t ot al de it ens:
63. 159), e a respect iva t radução para o inglês, realizada por Bet t y J. Meggers
sob o t ít ulo The Ci vi l i zat i onal Pr ocess, publicada em 1968 (t ot al de it ens:
53. 464); 2) um subcorpus principal paralelo const it uído pela obra O povo
br asi l ei r o: a f or mação e o sent i do do Br asi l (OPB), de aut oria de Darcy
Ribeiro, publicada originalment e em port uguês, no ano de 1995 (t ot al de
it ens: 115. 474), e a respect iva t radução para o inglês, realizada por Gregory
Rabassa, sob o t ít ulo The Br azi l i an Peopl e: f or mat i on and meani ng of Br azi l ,
publicada em 2000 (t ot al de it ens: 139. 858); 3) um corpus comparável de
cont role, compost o por 15 obras da mesma subárea escrit as originalment e em
port uguês; 4) um corpus comparável de cont role, compost o por 15 obras da
mesma subárea escrit as originalment e em inglês.
As obras que compõem o corpus comparável em port uguês represent am
publicações de pesquisas relacionadas à const it uição do povo brasileiro, de
aut oria dos nossos mais import ant es ant ropólogos, como por exemplo,
Gilbert o Freyre, Eduardo Viveiros de Cast ro, Marcio Goldman e Robert o
Para a f ormação do corpus comparável em inglês f oram ut ilizados t ext os
clássicos da Ant ropologia Brit ânica e Americana, desenvolvidos por aut ores
consagrados, como Bronislaw Malinowski, Radclif f e-Brown, Margaret Mead,
Franz-Boas e Mary Douglas, e publicados ent re os séculos XIX e XX. Cabe
salient ar que as obras dest es aut ores const am da bibliograf ia ut ilizada para a
composição das t eorias revolucionárias de Darcy Ribeiro.
Também f oram ut ilizados dois corpora de ref erência para a ext ração de
palavras-chave. Em port uguês, f oi ut ilizado o corpus Láci o-Ref 4, compost o de
t ext os em port uguês brasileiro, escrit os respeit ando a norma cult a. Para a
ext ração de palavras-chave em inglês, empregou-se como corpus de
ref erência o Br i t i sh Nat i onal Cor pus (BNC Sampl er )5, compost o por t ext os
originalment e escrit os em inglês.
4. Análise e discussão dos result ados
Para o levant ament o de t ermos simples, expressões f ixas e semif ixas de
Ant ropologia de Civilização f oram selecionados os vocábulos mais
represent at ivos de base subst ant ival e adj et ival do subcorpus de est udo.
A análise da obra OPC f oi realizada por meio das list as de f requência de
palavras ext raídas com o auxílio da f errament a Wor dLi st . Apresent am-se, a
seguir, as Tabelas 1 e 2 com as dez palavras mais f requent es nos t ext os f ont e
(TFs) e nos TMs.
1. Sociedades 2. Povos 3. Social
4. Revol ução 5. Processo
6. Desenvolviment o
7. Trabalho 8. Evol ução 9. Poder
10. Cult ural
4
O Láci o-Ref é um cor pus abert o e de r ef erência do port uguês cont emporâneo do
Proj et o Lácio-Web, compost o por t ext os em port uguês brasileiro. 5
Tabela 1: List a das dez palavras mais frequent es no subcorpus principal da obra OPC em port uguês
1. Soci al 2. Revol ut i on 3. Soci et i es
4. Pr ocess 5. Cul t ur al 6. Syst em
7. Ci vi l i zat i onal 8. Devel opment 9. Peopl es
10. Labor
Tabela 2: Lista das dez palavras mais frequent es no subcorpus principal da obra OPC em inglês
Das palavras present es na Tabela 1, f oram encont radas oit o equivalent es
na Tabela 2: “ sociedade/ s”
soci et y/ i es; “ povo/ s”
peopl e/ s; “ social/ is”
soci al / s; “ revolução/ ões”
r evol ut i on/ s; “ processo/ s”
pr ocess/ es;“ desenvolviment o”
devel opment / s; e “ t rabalho/ s”
l abor / s. As out rasduas palavras que não const aram ent re as dez primeiras (“ evolução/ ões”
evol ut i on/ s; “ poder/ es”
power / s) apareceram ent re as cem palavras maisf requent es na list a de palavras do subcorpus dos TMs. Também f oi possível
not ar que vocábulos de maior ocorrência, como por exemplo, “ sociedade/ s"
(204)6, “ povo/ s” (203) e “ social/ is” (182) f azem part e da linguagem geral das
Ciências Sociais. A observação da f requência de t ais it ens lexicais na primeira
obra da série Ant ropologia da Civilização permit e reconhecer quais os
principais assunt os abordados pelo aut or, que t rat a dos processos de
civilização dos países lat ino-americanos, considerando que a pesquisa f oi
desenvolvida com o obj et ivo de t raçar um panorama arqueológico geral da
f undação dos Est ados Neolat inos na América. Dessa f orma, uma vez present es
na list a de palavras mais f requent es e mais represent at ivas do subcorpus, os
t ermos f oram mant idos na análise da subárea ant ropológica.
Com o auxílio da f errament a Keywor ds f oram geradas as list as de
palavras-chave do subcorpus de TF, t omando para cont rast e o corpus de
ref erência Láci o-Ref . Após est e levant ament o f oram t ambém observadas as
palavras-chave a part ir do TM, t endo como corpus de ref erência o BNC
6
Sampl er . A seguir, apresent am-se as Tabelas 3 e 4 com as respect ivas dez
palavras-chave de maior índice:
1. Sociedades 2. Povos 3. Social
4. Revol ução 5. Processo 6. Sist ema
7. Desenvolviment o 8. Poder
9. Produção
10. Impérios
Tabela 3: List a das dez palavras-chave a part ir do subcorpus principal da obra OPC em port uguês
1. Soci al i sm 2. Soci al i st 3. Sect or s
4. Subsi st ence 5. Feudal i sm 6. Expor t
7. Indust r i al i zat i on 8. Tr i bal
9. Conquest
10. Col l ect i vi st
Tabela 4: List a das dez palavras-chave a part ir do subcorpus principal da obra OPC em inglês
Para dar suport e à seleção de t ais dados, realizou-se uma consult a a um
corpus de apoio f ormado por dicionários das subáreas das Ciências Sociais, a
saber: Ant ropologia, Ciência Polít ica, Economia e Sociologia, com o obj et ivo
de conf irmar sua inclusão ou exclusão nas análises.
Da mesma f orma, f oram realizadas invest igações semelhant es para o
subcorpus da obra OPB. A seguir, apresent am-se as Tabelas 5 a 8 com as dez
palavras mais f requent es e as dez palavras-chave dos TFs e dos TMs.
1. Índios 2. População 3. Trabalho
4. Social 5. Sociedade 6. Negros
7. Brasileiros 8. Mundo 9. Gent e
10. Nacional
Tabela 5: List a das dez palavras mais frequent es no subcorpus principal da obra OPB em port uguês
1. Indi ans 2. Peopl es 3. Br azi l i an
4. Land 5. Popul at i on 6. Soci al
7. Wor l d 8. Or der 9. Soci et y
10. Wor k
Tabela 6: List a das dez palavras mais frequent es no subcorpus principal da obra OPB em inglês
1. Índios 2. População 3. Terra
4. Sociedade 5. Negros 6. Brasileiros
7. Gent e 8. Povo 9. Economia
10. Escravos
Tabela 7: List a das dez palavras-chave a part ir do subcorpus principal da obra OPB em port uguês
1. Indi ans 2. Peopl e
4. Popul at i on 5. Land
7. Wor l d 8. Or der
3. Br azi l i an 6. Soci al 9. Soci et y
Tabela 8: List a das dez palavras-chave a part ir do subcorpus principal da obra OPB em inglês
Not ou-se que as list as de palavras-chave dest acaram a
represent at ividade do subcorpus, uma vez que apresent avam as palavras de maior chavicidade a part ir de um corpus de ref erência com mais de um milhão
de palavras, o que indica uso f requent e de palavras apont adas como f ort es
candidat as a t ermos na subárea de Ant ropologia da Civilização. Tal result ado
most ra a validade de um levant ament o de t ermos com a met odologia da
Linguíst ica de Corpus e da Terminologia, dado que auxiliou no ref inament o
das list as apresent adas nest e t rabalho, as quais poderão assessorar o t radut or
ao lidar com t ext os específ icos de Ciências Sociais. Os dados apont am uma
dif erença na t radução t erminológica na subárea em análise, most rando que os
t radut ores opt aram por algumas escolhas léxicas dist int as ao levarem a t eoria
de Darcy Ribeiro para o público alvo. No ent ant o, a maioria dos candidat os a
t ermos observados apresent ou t raduções semelhant es em ambas as obras em
língua inglesa, como, por exemplo, em: “ desenvolviment o” devel opment ;
“ povo/ s”
peopl e/ s; “ população/ ões”
popul at i on/ s; “ processo/ s”
pr ocess/ es; e “ sociedade/ s”
soci et y/ i es.Dessa maneira f oi possível reconhecer pelo menos quat ro possíveis
subdivisões para a composição t erminológica em Ant ropologia da Civilização:
(1) t ermos relacionados aos at ores de mudança social, como, por exemplo,
escravos e indígenas; (2) grupos ou padrões de colet ividade, no caso de
populações; (3) processos e at ividades sociais, como a abolição e o
f eudalismo; (4) locais de int eração sociocult ural e polít ica, como lat if úndios e
f azendas.
As palavras-chave selecionadas a part ir dos subcorpora principais dos TFs
f oram comparadas às palavras-chave ext raídas a part ir dos TMs. A
part e, as palavras-chave dos subcorpora principais em língua inglesa
coincidiam com as palavras-chave de língua port uguesa em ambas as
subáreas. Tal ocorrência f acilit ou a análise das possíveis t raduções para os
ref eridos t ermos.
Com base nesses dados, apresent am-se, a seguir, as Tabelas 9 e 10 com
os dez primeiros candidat os a t ermos simples mais f requent es nos TFs e as
respect ivas t raduções, ext raídos dos subcorpora paralelos:
TF TM
1. Sociedades 2. Povo 3. Social 4. Revol ução 5. Processo
6. Sist ema
7. Desenvolviment o 8. Poder
9. Produção 10. Impérios
1. Soci et i es 2. Peopl e 3. Soci al 4. Revol ut i on 5. Pr ocess
6. Syst em 7. Devel opment 8. Power 9. Pr oduct i on 10. Empi r es
Tabela 9: Dez candidat os a t ermos simples mais frequent es no TF da obra OPC e respect ivas t raduções no TM
TF TM
1. Índios 2. População 3. Ter ra 4. Sociedade 5. Negros
6. Brasileiros 7. Gent e 8. Povo 9. Economia 10. Escravos
1. Indi ans 2. Popul at i on 3. Land 4. Soci et y
5. Bl acks/ Negr oes
6. Br azi l i ans 7. Peopl e 8. Peopl e 9. Economy 10. Sl aves
Tabela 10: Dez candidat os a t ermos simples mais frequent es no TF da obra OPB e respectivas t raduções no TM
Foi possível not ar que o processo de análise dos t ermos mais f requent es
das obras revela algumas recorrências de t erminologia, o que demonst ra que o
aut or desenvolveu um est udo em que as t eorias f oram sendo aprimoradas e
reavaliadas a cada nova obra. Dessa f orma, ao concluir a análise em
Ant ropologia da Civilização com a publicação de O povo br asi l ei r o, Ribeiro
procurou sint et izar as descobert as acerca da const it uição da civilização
brasileira e demonst rar a evolução dos dados apresent ados na obra
precedent e O pr ocesso ci vi l i zat ór i o.
A part ir das palavras-chave levant adas f oi realizada a observação das
linhas de concordância, dos agrupament os lexicais (cl ust er s) e dos colocados
am-se, nas Tabelas 11 e 12, cinco dos candidat os a t ermos mais f requent es em
ambas as subáreas e as expressões por eles f ormadas (“ sociedade/ s” ,
“ economia/ s” , “ desenvolviment o/ s” , “ processo” e “ sist ema/ s” ):
SOCIEDADE/ S
Sociedades Humanas - Sociedades Subalt ernas - Sociedades Indust riais - Sociedades Capit alist as - Sociedades Subdesenvolvidas - Soci edades Indust rializadas - Sociedades Agrícolas - Sociedades Est rat if icadas - Sociedades Socialist as - Sociedades At rasadas Na Hist ória -Sociedades Nacionais - Sociedades Agrárias - Sociedades Hi dráulicas - Sociedade Perif érica - Soci edade Civil izadora
ECONOMIA/ S
Economias Perif éricas - Economia Aut ônoma - Economia Indust rial - Economias Camponesas - Economias Capit alist as - Economias Nacionais - Economias At rasadas - Economias Rurais/ Art esanais - Economia Livre-Empresarial - Economia Agrícola - Economia Agrária - Economia Monet ária - Economia Escravist a - Economia Mercant i l - Economia Past oril - Economia Mist a - Economia Urbana - Economia Rural - Economia Colonial - Economia Monet ária
DESENVOLVIMENTO
Desenvolviment o Econômico - Desenvolviment o Indust rial - Desenvolviment o Capit alist a- Desenvolviment o Tardio - Desenvolviment o Capit alist a Pl eno - Desenvolviment o Humano - Desenvolviment o Evolut ivo - Desenvolviment o Acumulat ivo - Desenvolviment o Econômico - Desenvolviment o Hist órico - Desenvolviment o Cult ural - Desenvolviment o Social - Desenvolviment o Sociocult ural
PROCESSO/ S
Processo Civilizat ório - Processo de Moder nização Ref lexa - Processo Produt ivo - Processo de Rest auração Imperial - Pr ocesso de At uali zação Hist órica - Processo Colonial - Processo Hist órico - Processo Evolut ivo - Processo de Acel eração Evolut iva - Processo de Sucessão Ecológica - Processo Produt ivo
SISTEMA/ S
Sist ema Capit alist a Indust rial - Sist ema Produt ivo - Sist ema Econômico - Sist ema Mercant i l - Sist ema Agrário - Sist ema Capit alist a - Sist ema Colonial - Sist emas Bilinear es De Parent esco - Sist emas Classif icat órios de Parent esco - Sist ema Social - Sist ema Ideológico - Sist ema Polít ico -Sist ema Agrícola
Tabela 11: Candidat os a t ermos simples e expressões fixas e semifixas ext raídos do subcorpus principal da obra OPC em língua port uguesa
SOCIEDADE/ S
Mult i ét nica - Sociedade Igualit ária - Sociedades Nacionais ECONOMIA/ S
Economia Past oril - Economia Mercant i l - Economia De Subsist ência - Economia Agrária - Economia Ext rat ivist a -Economia Comunit ária - Economia Agrícola - Economia Granj eira - Economi a Familiar - Economia Art esanal - Economia Caf eeira - Economia Açucareira - Economia Solidária - Economia Caipira - Economia Colonial - Economia Monocult ora
DESENVOLVIMENTO
Desenvolviment o Regional - Desenvolviment o Indust rial - Desenvolviment o Aut ônomo
PROCESSO/ S
Processo Civilizat ório - Pr ocesso Produt ivo - Processo De Gest ão Ét nica - Processos Polít icos - Pr ocesso de At ualização Hist órica - Processo Ext rat ivist a - Processo Decult urat ivo
SISTEMA/ S
Sist ema Past oril - Sist ema Senhorial - Sist ema Produt i vo - Sist ema Mer cant il -Sist ema Fundiário - Sist ema De Par ceria - Sist ema Lat if undiário Primit ivo - Sist ema Econômico - Sist ema de Coivara - Sist ema de Colonat o - Sist ema Agrário-Mercant i l - Sist ema Granj eiro - Sist ema Socioeconômico
Tabela 12: Candidat os a t ermos simples e expressões fixas e semifixas ext raídos do subcorpus principal da obra OPB em língua port uguesa
Verif icou-se que algumas expressões f ixas e semif ixas est ão present es
nos subcorpora de ambas as obras, revelando, novament e, o desenvolviment o
da t eoria propost a pelo aut or e a int er-relação ent re as hipót eses
apresent adas na primeira e na últ ima obra da subárea em est udo. A seguir,
apresent a-se a Tabela 13 com as expressões coocorrent es em ambas as obras
e as respect ivas t raduções:
Expressões fixas e semifixas
coocorrent es nas obras do corpus de est udo em língua port uguesa
Expressões fixas e semifixas em língua inglesa na t radução T he Civilizat ional Process
Expressões fixas e semifixas em língua inglesa na t radução T he Brazilian People
Sociedade Subalt erna Subor di nat e Soci et y Subor di nat e Soci et y Sociedade Agrária Agr i cul t ur al Soci et y Agr ar i an Soci et y Sociedade
Est rat if icada
Soci et y St r at i f i ed St r at i f i ed Soci et y
Desenvolviment o Indust rial
Indust r i al Devel opment Indust r i al Devel opment
Processo Civilizat ório Ci vi l i zat i onal Pr ocess Ci vi l i zi ng Pr ocess Processo Produt ivo Pr oduct i ve Pr ocess Pr oduct i ve Pr ocess Sist ema Capit alist a Capi t al i st Syst em Capi t al i st i c Syst em Sist ema Produt ivo Pr oduct i ve Syst em Pr oduct i ve Syst em Sist ema Mercant il Mer cant i l e Syst em Mer cant i l e Syst em Sist ema Econômico Economi c Syst em Economi c Syst em Sist ema Colonial Col oni al Syst em Col oni al Syst em
Tabela 13: Lista de expressões fixas e semifixas coocorrent es em OPC e OPB que apresent am variações na forma lexical dos adj et ivos no corpus dos TMs
Os dados demonst ram uma pequena variação no uso dos adj et ivos
agr i cul t ur al e agr ar i an; ci vi l i zat i onal e ci vi l i zi ng; e capi t al i st e capi t al i st i c.
Dessa f orma, com o obj et ivo de conf irmar o uso real de alguns deles, f oi
realizada uma busca a sit es da int ernet , procurando encont rar a ocorrência de
sua ut ilização, além dos limit es de nossos corpora. Observou-se que as
expressões que manif est aram alt erações em ambas as obras apresent am na
web as seguint es ocorrências: agr i cul t ur al soci et y (16. 600. 000), agr ar i an
soci et y (465. 000), ci vi l i zat i onal pr ocess (42. 900. 000), ci vi l i zi ng pr ocess
(153. 000), capi t al i st syst em (1. 560. 000) e capi t al i st i c syst em (189. 000).
Not ou-se que as t raduções de Bet t y J. Meggers apresent am maior ocorrência
em t ext os de língua inglesa na rede que as escolhas lexicais propost as por
Gregory Rabassa. Ent ret ant o, a maioria das expressões apresent ou
regularidade e padronização concernent es ao emprego nas Ciências Sociais e
nas suas subáreas.
Com base nesses result ados, f oi verif icado se as palavras-chave a part ir
dos corpora comparáveis de t ext os originalment e escrit os em port uguês (TOPs)
e de t ext os originalment e escrit os em inglês (TOIs) coincidiam com as
palavras-chave dos TFs e dos TMs e quais eram os t ermos e as expressões que
t ambém est avam present es nesses corpora.
Dessa maneira, not ou-se que a subárea não apresent ou no corpus
nos subcorpora de est udo em língua port uguesa. Além disso, f oi verif icado se
as escolhas lexicais da t radut ora Bet t y J. Meggers poderiam f ornecer
dif erent es opções de t radução na língua inglesa para os t ermos e as
expressões f ixas e semif ixas de Ant ropologia da Civilização em relação às
est rat égias ut ilizadas por Gregory Rabassa no processo t radut ório da mesma
subárea. Apresent a-se, a seguir, a Tabela 14 com os t ermos simples
coocorrent es de maior chavicidade em ambas as obras e suas respect ivas
t raduções por Meggers e Rabassa.
Termos simples coocorrent es no par de obras em língua port uguesa
Termos simples na t radução T he Civilizat ional Process
Termos SIMPLES na t radução T he Brazilian People
Adorno/ s Or nament / s Ador nment / s Agregado/ s Ret ai ner / s Hi r ed hands
Shar ecr opper s Wor ker s
Househol d ser vant s
Chef e Head Chi ef
Cidadania Ci t i zenshi p Ci t i zenr y Client elismo Pat r onage Syst em Br azen ser vi ce
Favor i t i sm Convívio Convi vi al i t y Gr oup Li vi ng
Compani onshi p Communal Li ve Li vi ng
Cult o Ri t e Cul t
Wor shi p Ri t ual
Divindade Dei t y Di vi ni t y
Escambo Tr adi ng Bar t er
Negros Ni ger s Bl acks
Tabela 14: Termos simples de maior chavicidade coocorrent es nas obras do corpus de TFs e variações nas t raduções no corpus de TMs
No âmbit o das expressões f ixas e semif ixas t ambém t em-se a
oport unidade de verif icar a variação lexical na t radução. Apresent a-se, a
Expressões fixas e semifixas coocorrent es no par de obras em língua port uguesa
Expressões fixas e semifixas na t radução T he Civilizat ional Process
Expressões fixas e semifixas na t radução T he Brazilian People
Aldeia Indígena Dif erenciada
Undi f f er ent i at ed Hor t i cul t ur al Vi l l age
Undi f f er ent i at ed Agr i cul t ur al Vi l l age
At ualização Hist órica Hi st or i cal Incor por at i on Hi st or i c Updat i ng Hi st or i cal Moder ni zat i on Cidades Urbanizadas Ci t i es Towns
Concessão de Ter ras Concessi on of Land Awar di ng of Land Gr ant s Condição Humana Condi t i on of Manki nd Human Condi t i on
Condição Social Soci al Condi t i on Soci al St at us Condição Tribal Tr i bal Condi t i on Tr i bal Af f i l i at i on Convívio Social Communi t y Spi r i t Soci al Compani onshi p Escravização do
Indígena
Ensl avement of t he Indi genous Popul at i on
Ensl avement of Nat i ves
Espoliação Colonial Col oni al Expl or at i on Col oni al Expl oi t at i on Tabela 15: Expressões fixas e semifixas de maior chavicidade coocorrent es nas obras do corpus de TFs e variações nas t raduções no corpus de TMs
Embora os TMs apresent em possíveis t raduções que f oram conf irmadas,
em sua maioria, no corpus comparável de língua inglesa, muit os t ermos e
expressões da subárea de Ant ropologia da Civilização ocorrent es no corpus de
est udo não f oram conf irmados no corpus de TOIs, devido ao seu limit e de
ext ensão. Dessa f orma, realizou-se uma busca a sit es da int ernet , procurando
most rar que os t ermos e as expressões em inglês que compõem as opções de
t radução de Meggers e Rabassa f azem part e do uso real dos f alant es,
at est ando o t rabalho desses prof issionais e apresent ando a ut ilização além das
f ront eiras do corpus comparável.
No caso dos t ermos simples, apresent a-se a Tabela 16 cont endo alguns
dos principais t ermos do corpus de est udo, que não ocorrem nos corpora
comparáveis, e suas respect ivas t raduções com o número de ocorrências de
uso na web.
Ant ropologia da Civilização nos TFs
Ant ropologia da Civilização nos TMs
dos t ermos simples em inglês, na web
Açucocracia Sugar Regi me 66. 000
Amansadores Tr ai ner s 32. 200. 000
Ant it ropicalismo Ant i -t r opi cal i sm 79
Arranchament o Shack Dwel l er s 11. 500
Balat eiro Bal at a-Gum Gat her er 1
Biscat eiro Odd-Job Wor ker Bi scui t Sel l er
91. 500 1. 490
Corvéia Unpai d Wor k 3. 100. 000
Feit or For eman
Over seer
17. 200. 000 13. 400. 000
Feudalização Feudal i zat i on 57. 000
Mul eiro Mul et t er 1. 560
Tabela 16: Termos simples ocorrent es nos TFs e respect ivas t raduções nos TMs com o número de frequência na web
Com relação às expressões f ixas e semif ixas, uma análise semelhant e f oi
realizada. A seguir, apresent a-se a Tabela 17 com exemplos de expressões
f ixas e semif ixas e o grau de f requência de ocorrência na int ernet .
Expressões fixas e semifixas de Ant ropologia da Civilização nos TFs
Expressões fixas e semifixas de Antropologia da Civilização nos TMs
Frequência de ocorrência das expressões fixas e semifixas em inglês, na web
Abrasileirament o Cult ural Cul t ur al Br azi l i ani zat i on 8. 140 Ação Acult urat iva Accul t ur at i veAct i on 1 Cerimonial Ant ropof ágico Ant hr opophagous Cer emony 4 Cooperação Int er-Comunal Li nesof Cooper at i on 44. 300 Hierar quia Guerr
eiro-Sacerdot al
War r i or -Pr i est l yHi er ar chy 1
Just içador Divino Seeker of Di vi ne Just i ce Não há ocorrências Lágrimas de Devoção Tear sof Devot i on 30. 700 Oligarquia Caf eei ra Cof f eeOl i gar chy 4. 430 População Desindianizada De-i ndi ani zedPopul at i on 3 Sociedade Fundada no
Parent esco
Soci et yBasedonKi nshi p 22. 700
Tabela 17: Expressões fixas e semifixas ocorrent es nos TFs e respect ivas t raduções nos TMs com o número de frequência na web
Ent re os exemplos, not ou-se que, em sua maioria, as t raduções
adequando-se ao uso pelos especialist as em Ant ropologia Social e Cult ural de
países de língua inglesa.
Também, f oi observado que, quant o às quest ões relacionadas às opções
de t radução adot adas por Meggers e Rabassa, é import ant e considerar, a
princípio, a f ormação sociocult ural envolvida no processo de const it uição dos
TMs em dif erent es períodos hist óricos e sob a inf luência de dif erent es
sociedades e cult uras.
Sabemos que Bet t y J. Meggers f oi uma renomada arqueóloga americana,
membro do Inst it ut o Smit hsonian e da Associação Ant ropológica. A escolha de
Ribeiro pela t radução de Meggers deveu-se ao dest aque de seus t rabalhos
enquant o pesquisadora acerca da adapt ação humana na f lorest a t ropical e da
expansão dos povos civilizados pelos t errit órios de mat a nat iva lat
ino-americanos.
Depois de 27 anos de pesquisa e mais quat ro livros produzidos na subárea
de Ant ropologia da Civilização, o ant ropólogo brasileiro apresent ou, no ano de
1995, suas considerações f inais acerca da const it uição da ident idade nacional
na obra O povo br asi l ei r o: a f or mação e o sent i do do Br asi l . Nest e caso, a
versão em língua inglesa f icou a cargo do renomado t radut or e pesquisador
Gregory Rabassa, especialist a em Est udos Cult urais. O t rabalho f oi concluído
no ano de 2000, sem t er sido revisado e coment ado por Darcy Ribeiro, que
f aleceu em f evereiro de 1997.
Ao cont rário de Meggers, o t radut or opt ou por mant er a est rut ura
linguíst ica do t ext o de Ribeiro, revelando a explicit ação dos element os
cult urais brasileiros por meio da escolha de t ermos dif erent es para expressar
um mesmo conceit o present e na sociedade nacional, por exemplo, a ideia de
“ agregado” que é t raduzida por hi r ed hands, shar ecr opper , wor ker s e
househol d ser vant s. Observou-se que Rabassa const rói, ao longo do TM, uma
a qual vai f ormulando-se de modo gradual no imaginário do público leit or de
língua inglesa.
O est udioso concluiu que a Sociologia e a Ant ropologia de Darcy Ribeiro
são import ant es para reconhecer o Brasil como um país aut ônomo em sua
produção cient íf ica no ramo das Ciências Sociais, auxiliando a mudar as
concepções preconceit uosas e dominadoras impost as pela visão eurocênt rica.
A t radução enquant o at o social e o TM como produt o das relações
humanas apresent am os element os linguíst icos como import ant es f at ores de
const rução do imaginário ideológico brasileiro para os leit ores de língua
inglesa. Ao se descrever as opções adot adas por Meggers e Rabassa para a
t radução de t ermos e expressões recorrent es nas obras que t raduziram,
considera-se muit o mais que a t erminologia ant ropológica; analisa-se valores
sociais envolvidos na produção t ext ual de Ribeiro e na int erpret ação dos
t radut ores que reescrevem as ideologias de acordo com seus comport ament os
comuns.
No que concerne ao uso de t ermos e expressões ref erent es ao cont ext o
geral da est rut ura e da f ormação das sociedades, os t radut ores compart ilham
de condut as semelhant es que conduzem ao comport ament o recorrent e da
t radução lit eral e das t ransposições, principalment e na descrição de
at ividades relacionadas a processos produt ivos, relações comerciais e t rocas
monet árias. Pode-se cit ar, nest e ínt erim, os seguint es exemplos: “ sist ema
econômico”
economi c syst em; “ sist ema colonial”
col oni al syst em;“ economia mercant il”
mer cant i l e economy; “ sociedade subordinada”
subor di nat e soci et y; “ sociedade nacional”
nat i onal soci et y.Quant o aos br asi l ei r i smos t er mi nol ógi cos, not a-se que Rabassa f az de
suas escolhas lexicais uma maneira de explicar, ao longo do processo
t radut ório, os element os brasileiros, alt ernando as possibilidades de
represent ação da LM e const ruindo passo a passo a compreensão do ideológico
sl ave gr oups; “ arraial” por set t l ement , camp, encampment , t own, haml et e
gat her i ng. Meggers, por sua vez, t ende a realizar omissões de t rechos do TF e
a ut ilizar um mesmo vocábulo como f orma de t radução para dif erent es
t ermos, por exemplo, peopl e como correspondent e para “ pessoas” , “ povo” ,
“ gent es” e “ gent io” .
As relações ent re os grupos sociais e as et nias t ambém const it uem
carát er relevant e nas obras de Ribeiro, considerando que o aut or elabora uma
t eoria de assimilação das dif erent es raças no Brasil como result ado para a
f ormação de um povo novo. Com isso, os TMs ref let em a post ura adot ada
pelos t radut ores ao conceit uarem a posição social dos indivíduos por meio das
escolhas lexicais que represent am os grupos raciais. Essa caract erização f ica
bast ant e evident e nas opções de Meggers e Rabassa para o t ermo “ negro” .
Na t radução de O pr ocesso ci vi l i zat ór i o, a arqueóloga ut iliza o vocábulo
inglês negr o nos cont ext os em que o aut or procura salient ar os element os
const it ut ivos da racialidade, revelando, com isso, uma ideologia ainda
relacionada ao conceit o de sub-raça de nariz achat ado, lábios grossos e
cabelos enrolados, ou sej a, as depreciações f ísicas e os preconceit os f icam
marcados na opção lexical da t radut ora. Cont udo, a t radução de O povo
br asi l ei r o expõe a visão de Rabassa como conhecedor do universo cult ural
brasileiro e desvenda uma post ura menos racist a para o t ermo “ negro” , o qual
passa a ser t raduzido por bl ack. O t radut or considera no pref ácio de sua obra
O negr o na f i cção br asi l ei r a: mei o sécul o de hi st ór i a l i t er ár i a (1965), que o
Brasil sit ua-se ent re as nações do mundo em que o modelo de relações raciais
est á livre de preconceit o. Considera que, embora o governo brasileiro t enha
demorado a colocar f im ao regime escravocrat a, a razão principal da ext ensão
do processo de escravidão deveu-se ao f at o de que em comparação com
out ros países, no Brasil, os negros eram t rat ados com cert a benevolência.
Ao empreender seu est udo sobre o Brasil, Rabassa observou o problema
def inição corrent e nos Est ados Unidos, que geralment e considera como negro
qualquer um que t enha uma proporção de sangue af ricano, é bem dif erent e
da adot ada no Brasil, onde se f az a dist inção ent re o negro e o mulat o.
Rabassa af irma que no Brasil o t ermo negro só se aplica a pessoas que são
aparent ement e de ascendência af ricana predominant e, enquant o que é
mulat a uma pessoa aproximadament e meio negra, meio branca. O aut or ainda
salient a que se um homem é de ascendência predominant ement e europeia,
um pouco de sangue negro não impede que sej a incluído ent re os brancos.
A part ir dos exemplos apresent ados, verif icou-se que o t rabalho dos
t radut ores revela um avanço na t endência de permit ir a int rodução de suas
ident idades ao cont ext o da produção dos TFs, considerando ainda as
dif erenças de sent ido implícit as na própria linguagem. Not ou-seque o processo
t radut ório most ra-se mais próximo das áreas de especialidade conhecidas pela
arqueóloga, havendo um apagament o de caract eríst icas cult urais e mesmo
t erminológicas no t ext o de Meggers, ao passo que Rabassa parece ref let ir
sobre as opções lexicais que se apresent am em língua inglesa, recorrendo a
t ext os de out ra nat ureza, como a produção lit erária nacional, para realizar
uma pesquisa de adequação cult ural.
5. Considerações f inais
Pôde-se verif icar que o sof t ware Wor dSmi t h Tool s, por meio de suas
f errament as, f acilit a consideravelment e a análise de grande quant idade de
dados, obt idos de maneira muit o mais rápida e exat a do que manualment e. A
consult a ao corpus de apoio é essencial para est udos dest a nat ureza. Alguns
t ermos e expressões levant ados nos corpora principais apresent am
exemplo, no caso do t ermo “ vilarej o” , que apresent ou t rês possibilidades de
correspondência: vi l l age (ut ilizada por Meggers e Rabassa), haml et e
set t l ement (ut ilizados apenas por Rabassa). As diversas opções dos t radut ores
apont am variações de uso nas escolhas lexicais, evidenciando, possivelment e,
t ent at ivas de apresent ar ao público alvo a versat ilidade da sociedade
brasileira e, assim, desenhar, de maneira mais ampla, o cont ext o em que eles
represent am as dif erent es f acet as da cult ura e da língua brasileiras.
Com relação a aproximações observadas ent re os corpora de est udo de
TFs e TMs, pôde-se not ar que a maioria dos t ermos e expressões cient íf icos
levant ados encont ra correspondência de uso em língua inglesa e t ambém est á
present e nos corpora comparáveis como, porexemplo, em “ alienação”
al i enat i on, “ comunidade”
comuni t ye “ violência”
vi ol ence. Por out rolado, há vários t ermos e expressões relacionados à cult ura brasileira que não
encont ram correspondência nos corpora comparáveis escrit os por aut ores de
língua port uguesa e de língua inglesa. Ocorre, com isso, um processo de
int ensa variação linguíst ica na escolha dos t radut ores, como, por
exemplo, em: “ seringueiro” t apper / r ubber wor ker ; “ sert anist a”
ser t ãoscout / man of ser t ão super i or / expedi t i onat y; “ sert ão”
ser t ão/ backl and;“ vagabundagem”
vagr ancy/ vagaboundage; “ vaquej ada”
r oundup/ cowmen.
Devido ao f at o de boa part e dos t ermos e das expressões analisadas não
const arem em dicionários especializados, a busca por correspondent es pode
t razer dif iculdades ao t radut or que procure encont rar expressões adequadas
para ret rat ar a sociedade brasileira, da melhor maneira possível, para o leit or
da língua e cult ura met a.
Não exist e uma def inição de sociedade que sej a única e aceit a de modo
geral, pois cada grupo humano organiza-se de maneiras dist int as e vê o mundo
sob dif erent es perspect ivas. De maneira geral, os est udiosos das Ciências
criat uras humanas, e a t erminologia concernent e ao panorama geral dos
conheciment os sociocult urais t orna-se, de cert a f orma, padrão. A alt ernância
na escolha de t ermos f ica mais evident e em element os que são marcados
socialment e por valores f olclóricos e represent ações de at os, at ores e lugares
cult uralment e apresent ados.
Dessa f orma, diant e dos result ados obt idos, espera-se que est e est udo
possa of erecer uma cont ribuição para os Est udos da Tradução Baseados em
Corpus e para a Linguíst ica de Corpus. Espera-se t ambém que os dados aqui
apresent ados possam f ornecer subsídios a prof essores, pesquisadores,
t radut ores, alunos de t radução, bem como prof issionais da área de Ciências
Sociais, no sent ido de promover a conscient ização acerca das dif erenças
sociocult urais cont idas no léxico de especialidade e, t ambém, de of erecer
mat erial de suport e para f ut uras t raduções e pesquisas na área ant ropológica
e social.
6. Ref erências bibliográf icas e Bibliograf ia
consult ada
Text os selecionados para a compilação dos corpora
Corpus principal (paralelo) de Ant ropologia da Civilização
RIBEIRO, D. O pr ocesso Ci vi l i zat ór i o. Rio de Janeiro: Edit ora Civilização Brasileira S. A. , 1968.
______.The Ci vi l i zat i onal Pr ocess. Translat ed by Bet t y M. Meggers. Washingt on: Smit hsonianInst it ut ion Press, 1968.
______. O povo br asi l ei r o: a f ormação e o sent ido do Brasil. São Paulo: Companhia das Let ras, 1995.
Ref erências bibliográf icas
BARROS, L. A. Cur so bási co de Ter mi nol ogi a. São Paulo: EDUSP, 2004.
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_____. Towards a Met hodology f or invest igat ion t he st yle of lit erary t ranslat ion. Tar get , Amst erdam, V. 12, n. 2. 2000, p. 241-266.
BERBER SARDINHA, T. Li ngüíst i ca de Cor pus. Barueri, SP: Manole, 2004.
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