• Nenhum resultado encontrado

Avaliação do efeito da esplenectomia e auto-implante esplênico sobre algumas funções de monócitos em crianças com esquistossomose mansônica.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Avaliação do efeito da esplenectomia e auto-implante esplênico sobre algumas funções de monócitos em crianças com esquistossomose mansônica."

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

Avaliação do efeito da esplenectomia e auto-implante esplênico

sobre algumas funções de monócitos em crianças com

esquistossomose mansônica

Evaluation of the effect of splenectomy with autologous spleen tissue implantation in

some monocyte functions in children with hepatosplenic

schistosomiasis mansoni

Carlos T. Brandt

1

, Carlos Roberto C. Leite

1

, Raul Manhaes-de-Castro

4

, Carlos Brandt Filho

3

,

Francisco M. Manhaes-de-Castro

3

e Celia Maria M. Barbosa-de-Castro

2

ABSTRACT

Adhe re n c e in de x, su pe ro xide a n d TNF-

α

pro du c tio n in m o n o c yte s, with o r witho u t tu ftsin tre a tm e n t, we re in ve stiga te d

in he pa to sple n ic sc histo so m ia sis m a n so n i b e a re rs with sple n e c to m y with o r witho u t a u to lo go u s im pla n ta tio n o f sple e n tissue . Thre e gro ups we re e va lua te d: He a lthy vo lunte e rs co ntro l gro up ( CG) ( n= 12) ; Sple ne cto m y with se ft a uto -tra nspla nt AG

( n = 18) a n d Sple n e c to m y witho u t a u to - tra n spla n t WAG ( n = 9) . Adhe re n c e in de x a n d TNF-

α

did n o t diffe r a m o n g the

gro u ps. Su pe ro xide pro du c tio n wa s sim ila r in CG a n d AG, in the 1st ho u r a fte r c e ll stim u la tio n . SP wa s la rge r in e a c h

ho u r tim e in CG a n d AG gro u ps a s c o m pa re d WAS gro u p. TT re c o ve re d n o rm a l pa tte rn o f SP in AG c o m pa ra b le with le ve ls

fo u n d in CG, with in c re a se fro m the 1st to 2nd ho u r. Ho we ve r, TT did n o t a lte r SP in WAG, whic h re m a in e d re du c e d in a ll

tim e po in ts. Au to lo go u s im pla n ta tio n o f sple e n tissu e se e m s to c o n trib u te fo r re c o ve ry a n d m a in te n a n c e o f the e va lu a te d im m u n o lo gic a l re a c tio n s, whic h m ight b e im po rta n t in re spo n se to in fe c tio n s.

Ke y-words: Au to lo go u s im pla n ta tio n . He pa to sple n ic sc histo so m ia sis. Adhe re n c e in de x. Su pe ro xide pro du c tio n . TNF-

α

.

RESUMO

Inve stiga m o s e m po rta do re s de e sq uisto sso m o se he pa to e splê nica a pó s e sple ne cto m ia co m o u se m a uto -im pla nte e splê nico :

ín dic e de a de rê n c ia , pro du ç ã o de su pe ró xido ( SP) e de TNF-

α

e m m o n ó c ito s, tra ta do s o u n ã o c o m tu ftsin a . Ava lia m o s

trê s gru po s: vo lu n tá ri o s sa di o s CG ( gru po c o n tro le ) ( n = 12) ; e sple n e c to m i za do s c o m a u to - i m pla n te AG ( n = 18) e

e sple n e c to m iza do s se m a u to - im pla n te WAG ( n = 9) . Ín dic e de a de rê n c ia e TNF-

α

n ã o dife rira m e n tre o s gru po s. SP fo i

se m e lha n te e m CG e AG n a 1ª ho ra a pó s e stim u la ç ã o c e lu la r. SP fo i m a io r e m to do s in te rva lo s de te m po n o s gru po s CG e AG, c o m pa ra do s a o WAG. O tra ta m e n to c o m tu ftsin a re c u pe ro u o pa drã o de n o rm a lida de de SP e m AG, c o m a u m e n to da 1ª pa ra a 2ª ho ra n o s n íve is do CG. O tra ta m e n to c o m tu ftsin a n ã o a lte ro u SP e m WAG, pe rm a n e c e n do re du zida e m to do s in te rva lo s. O a u to - im pla n te e splê n ic o pa re c e re c u pe ra r e m a n te r o s pa râ m e tro s im u n o ló gic o s a va lia do s, q u e tê m pa rtic ipa ç ã o im po rta n te n a re spo sta do ho spe de iro à s in fe c ç õ e s.

Pal avr as-chave s: Au to - im pla n te . Esq u isto sso m o se he pa to e splê n ic a . Ín dic e de a de rê n c ia . Su pe ró xido . Fa to r de n e c ro se

tu m o ra l-

α.

1 . Depar tamento de Cir ur gia da Univer sidade Feder alde Per namb uc o , Rec ife, PE. 2 . Depar tamento de Medic ina Tr o pic al e Lab o r ató r io de Imuno pato lo gia Keizo -Asami da Univer sidade Feder alde Per namb uc o , Rec ife, PE. 3 . Fac uldade de Medic ina da Univer sidade Feder alde Per namb uc o , Rec ife, PE. 4 . Depar tamento de Nutr iç ão da Univer sidade Feder alde Per namb uc o , Rec ife, PE.

Financ iamento : Co nselho Nac io nal de Pesquisa – CNPq

Ender eço par a co r r espo ndência: Dr a. Celia Mar ia Mac hado B ar b o sa de Castr o .Labo r ató r io de Imuno pato lo gia Keizo -Asami ( LIKA) /UFPE. Campus Univer sitár io , 5 0 6 7 0 -4 2 0 Rec ife, PE.

Tel.: 8 1 3 2 7 1 -8 4 8 6 , Fax: 8 1 3 2 7 1 -8 4 8 5 e-mail: c c astr o @ lika.ufpe.b r

(2)

O Schisto so m a m a nso ni infeta cerca de 2 0 0 milhões de pessoas no mundo, 1 2 0 milhões evoluem com sintomas e 2 0 milhões apresentam com dano hepatoesplênico1 3. No Nordeste do Brasil, a esquistossomose mansônica é hiperendêmica sendo a causa principal de hipertensão portal em crianças3. A maioria destas é tratada clinicamente, todavia, algumas requerem cirurgia, sendo a esplenectomia freqüente nesta região5. O baço é o maior órgão linfóide do organismo e principal local de resposta imune a antígenos presentes no sangue. A complicação mais temida é a sepse fulminante pós-esplenectomia, por bactérias encapsuladas, cuja mortalidade é de 5 0 a 7 5 %1 4. Isto tem sido atribuído à deficiência de fagócitos ( neutrófilos, monócitos e macrófagos) , responsáveis pela destruição das bactérias2 5. O auto-implante de tecido esplênico no grande omento é a forma mais aceitável de pr eser var a funç ão esplênic a1 1 1 7, r eduzindo a sepse pó s-esplenectomia 5

.

Os fa gó c ito s pr o duze m c ito c in a s pr ó - in fla m a tó r ia s , particularmente, o Fator de Necrose Tumoral-

α

( TNF-

α

) e ativa a resposta imune adaptativa6. A capacidade dos fagócitos em aderir in vitro a certos substratos é conhecida de longa data2 3. A adesão é a primeira etapa no processo fagocítico e é essencial para a resposta inflamatória8 2 5. Ademais, os fagócitos liberam derivados bactericidas do oxigênio, e o ânion superóxido ( O2 -)1 6. Indivíduos cujas células são incapazes de produzir O

2 - são altamente susc eptíveis às infec ç ões2

. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar estes aspectos funcionais dos monócitos em portadores de esquistossomose mansônic a hepatoesplênic a, submetidos à esplenectomia, ligadura da veia gástrica esquerda, com ou sem, auto-implante de tecido esplênico.

MATERIAL E MÉTODOS

Desenho do estudo e seleção do s pacientes. Foram inc luídos no estudo 3 9 indivíduos c om idade entre 1 5 e 3 1 anos, 1 9 do sexo masc ulino e 2 0 do feminino. Comparam-as, em ensaio c línic o aberto, algumas funç ões de fagóc itos em 3 gr u p o s . 1 . Gr u p o c o n tr o l e ( CG) - c o n s ti tu í d o p o r 1 2 voluntários sadios c om exame físic o normal. 2 . Grupo c om e sple ne c to m ia e auto - im plante ( AG) - c o nstituído po r 1 8 a d o l e s c e n te s c o m e s q u i s to s s o m o s e h e p a to e s p l ê n i c a , s ub m e tido s à e s ple n e c to m ia , liga dur a da ve ia gá s tr ic a e sque r da e auto -implante de te c ido e splê nic o no gr ande omento. O implante teve peso total de 1 0 0 g/baç o. Realizou-se c intigrafia c om enxofre c oloidal marc ado c om Tec néc io 9 9m, n o p ó s - o p e r a tó r i o p a r a c o n fi r m a ç ã o d e te c i d o implantado func ionante. 3 . Grupo c om esplenec tomia sem auto-implante ( WAG) -c onstituído por 9 adultos jovens c om esquistossomose hepatoesplênic a, submetidos à desc onexão ázigo-portal, no Serviç o de Cirurgia Abdominal do Hospital das Clínic as da UFPE. A infec ç ão pelo Sc histo so m a m a n so n i

fo i c o nfir m a da a pó s 3 e xa m e s pa r a sito ló gic o s de fe ze s ( té c n ic a de Ho fm a n n , Po n s e J a n e r ) c o lh ido s e m dia s alternados. Todos foram submetidos previamente à dose únic a de oxaminiquine ( 2 0 mg/Kg de peso, via o ra l) e de po is de 30 dia s a o tra ta m e n to c irú rgic o .

Obtenção de Monócitos do Sangue Periférico ( PBMC) .

Fo r am c o letado s 1 8 mL de sangue c o m EDTA de to do s o s indivíduos, o sangue foi diluído 1 :2 em meio de cultura RPMI 1 6 4 0 e separado por gradiente de densidade em Fic oll. Em seguida, as células foram ressuspendidas em 2 mL de RPMI 1 6 4 0 c o m so r o fe tal b o vino a 3 % , adic io nado de antib ió tic o s ( penicilina 1 0 0 U/mL e estreptomicina 1 0 0 mg/mL) . Após análise da viab ilidade das c é lulas c o m azul tr ipan e c o ntage m , f o r a m in c ub a da s e m pla c a s de 6 po ç o s tipo Fa lc o n ( Becton&Dickinson) , dispensando-se 2 mL da suspensão com 1 06 c élulas/ml por poç o. A plac a foi inc ubada por 1 h, em atmosfera úmida, 3 7 ºC, 5 % CO2 e em seguida, as células não aderentes foram contadas em um dos poços da placa.

Avaliação do índice de ader ência no s mo nó cito s.

Alíquo tas da suspensão de c élulas não ader entes, apó s a primeira hora de c ultura, foram adic ionadas ao azul tripan e c ontadas em hemoc itômetro. O IA foi c alc ulado através da fórmula8. IA = 1 0 0 - ( n.º de c élulas não aderidas/ml ¸ n.º inic ial de mac rófagos) x 1 0 0 .

Dosagem do TNF-

α

. Foi realizada pelo método ELISA c om o kit ( Quantikineâ M, R&D Systems) . Amo stras de 1 0 0 ml fo r am c o le tadas a par tir do so b r e nadante de c ultur a de monóc itos estimulados por 6 horas c om ac etato miristato de forbol ( PMA, Sigma) .

Análise da liber ação de super ó xido ( O2-) . O

2 - foi induzido pela adiç ão de PMA, em Hanks ( HBSS, Gibc o) , na c onc entraç ão de 2 ml/mL. Foram preparados 2 sistemas de análise descontínua com avaliação a cada 1 hora, por 2 horas. A especificidade do ensaio foi garantida pela adição de superóxido dismutase ( SOD) de eritróc itos bovinos ( SIGMA - c ontendo 3 0 0 0 u/mg de proteína em solução final de 3 mg/mL) . Para o preparo destes sistemas foram utilizados monócitos em cultura ( 2 x1 06 células por 2 mL) , tratados ou não com tuftsina, com ou sem a pr esenç a de SOD. Os sistemas fo r am mantido s em incubadora a 3 7oC, atmosfera úmida, 5 % de CO

2, por 1 0 minutos ( ativação da SOD) . O ferrocitocromo c tipo IV de mitocôndria de coração de cavalo, ( 3 0 mg/mL em HBSS, 2 .4 x 1 0-3 M, Sigma, USA) foi adicionado às células para quantificar a formação de O2- através da redução do ferricotocromo c. Amostras de 6 0 0 ml fo ram retiradas de c ada sistema, a 1 ª alíquo ta rec o lhida, correspondia ao tempo “zero” de cada sistema e as amostras subseqüentes foram coletadas em intervalos regulares de tempo.

Deter minação especfotométr ica. Ao final, as amostras foram c entrifugadas ( 2 5 0 0 0 Xg-rotor Ra-1 M Kubota) , 1 0 .0 0 0 rpm, 5 min. Medidas espectrofotométricas foram realizadas a 5 5 0 nm para determinar o grau de redução do ferrocitocromo c dos sobrenadantes. A curva de O2- foi obtida pela conversão dos valores de absorbância para nanomoles: [ O] = 4 7 ,7 x valor da absorbância x volume da amostra coletada1 2.

(3)

RESULTADOS

Índice de ader ência. O índic e de aderênc ia foi expresso em po r c entagem ( % ) . Os r esultado s do IA de mo nó c ito s foram: do CG = 6 7 ,3 ± 1 4 ,5 % , do AG = 6 9 ,2 ± 9 ,7 % e do WAG = 6 6 ,3 ± 1 3 ,4 % . Comparando-se as médias dos IA, não houve diferenç as entre os grupos ( ANOVA, F = 0 ,1 9 0 ; p = 0 ,8 2 7 ) , Tabela 1 .

Do sagem do TNF-

αα

αα

α

. Os resultados da dosagem do TNF-a forTNF-am:do CG = 1 3 5 ± 5 1 ,6 pg/mL, do AG = 9 7 ± 2 5 ,4 pg/ mL e do WAG = 1 0 7 ± . 5 2 ,1 pg/mL. Não houve diferenç a entre os grupos ( ANOVA, F = 0 ,2 1 0 ; p = 0 ,8 1 3 ) , Tabela 2 .

No presente estudo, o auto-implante esplênico foi realizado no grande epíploo. Este proc edimento reduz a sepse pós-esplenectomia em crianças5 1 7

. Contudo, a aderência e a produção de TNF-

α

nã o a lte r a r a m no s e s q uis to s s o m ó tic o s , pó s -esplenectomia, com ou sem auto-implante esplênico. Segundo Patel2 4, o grande epíploo é o local mais apropriado, em função da rica vascularização, permitindo o fluxo abundante de células inflamatórias, fatores de crescimento e citocinas. O baço contém grandes quantidades de linhagens mono-macrofágicas, envolvidas na endocitose e degradação de moléculas estranhas30

. Estas células partic ipam da resposta imune pela aderênc ia a substratos; quimiotaxia; ingestão de células e partículas inertes; fagocitose de bactérias; liberação de mediadores bioativos, de citocinas pró-inflamatórias e de radicais livres derivados do oxigênio8 29.

A aderênc ia é o passo inic ial no proc esso fagoc ític o2 6. Gar r aud et al1 0, usando mo delo exper imental de malár ia, concluíram que a esplenectomia, indicada na infecção malárica, não modifica a aderência monocítica. Aker et al1

concluíram não haver prejuízo da aderência celular em esplenec tomizados

Liber ação de O2- nos monócitos. No CG, houve aumento

na produção média de O2- em monócitos estimulados entre a 1 ª e a 2 ª h: com PMA ( 1 4 ,5 ± 4 ,5 vs 2 0 ,8 ± 6 ,2 ; p

0 ,0 0 1 teste t pareado) ; com PMA + tuftsina ( 1 3 ,5 ± 5 ,1 vs 2 3 ,2 ± 8 ,6 ; p = 0 ,0 0 3 , teste t pareado) . No WAG, houve diferença na produção média de O2- entre a 1 ª e a 2 ª h ( 4 ,2 ± 2 ,2 vs 7 ,1 ± 2 ,3 ; p = 0 ,0 0 9 , teste t pareado) ; porém, nos monócitos estimulados com PMA + tufts in a n ã o h o uve a um e n to e n tr e a 1 ª e a 2 ª h ( 3 , 7 ± 2 ,9 vs 6 ,7 ± 3 ,5 ; p = 0 ,0 5 2 , teste t pareado) . A produção média de O2- dos monócitos de AG, estimulados com PMA, não aumentou entre a 1 ª e 2 ª h ( 1 4 ,9 ± 7 ,3 vs 1 6 ,1 ± 5 ,6 , p = 0 ,5 9 5 ) Figura 1 . Contudo, houve aumento, entre a 1 ª e 2 ª h, quando estimulados com PMA + tuftsina ( 13,1 ± 5,6 vs 18,3 ± 8,5, p = 0,011, teste “t” pareado) ; Figura 2 .

DISCUSSÃO

O baço é ponto importante de encontro entre a informação antigênic a do sangue e o sistema imune, devido sua grande irrigação e posição central na corrente sangüínea28. Nas disfunções esplênic as, os mic róbios c irc ulam maior tempo no sangue, multiplicando-se em poucas horas9. No período precoce pós-esplenectomia, defeitos da função antimicrobiana de fagócitos contribuem para bacteremia e mortalidade subseqüentes2 0.

Tabela 1 - Comparação do índice de aderência ( IA) de monócitos nos grupos de in divídu os sadios ( CG) e pacien tes esplen ectom izados com au to-implan te esplên ico ( AG) e sem au to-to-implan te ( WAG) .

Grupos No Média ± DP

CG 12 69,2 ± 2,3%

AG 18 67,3 ± 4,2%

WAG 9 66,3 ± 4,4%

( p= 0,827) .

Tabela 2 - Comparação en tre as con cen trações de TNF-ααααα em sobren adan tes

de cu ltu ra de mon ócitos n os gru pos de in divídu os sadios ( CG) e pacien tes e sple n e ctom izados com au im plan te e splê n ico ( AG) e se m au to-im plan te ( WAG) .

Grupos No Média ± DP

CG 12 135 ± 51,6pg/mL

AG 18 97 ± 25,4pg/mL

WAG 9 107 ± 52,1pg/mL

( p= 0,813) .

Figu r a 2 - Dosage m de O2- e m sobr e n adan te s de cu ltu r a de m on ócitos

e sti m u l ados com PMA + tu f tsi n a às 0 , 1 e 2 h. Os r e su l tados são r e pr e se n tados e m m é di a ± DP.

Figu r a 1 - Dosage m de O2- e m sobr e n adan te s de cu ltu r a de m on ócitos

e sti m u l ados com PMA às 0 , 1 e 2 h. Os r e su l tados são r e pr e se n tados e m m é di a ± DP.

CG (•) , AG ( ) e WAG ( ) . a: diferenç a signific ativa entre WAG e CG ( p ≤ 0 .0 5 da 1 ªh par a a 2 ªh) ; b : difer enç a signific ativa entr e WAG e AG ( p ≤ 0 .0 5 na 1 ªh e 2 ªh) .

(4)

c om doenç a de Gauc her, na ausênc ia esplênic a pós-trauma1. Co n tu d o , e m p a c i e n te s c o m ta l a s s e m i a m a i o r, p ó s -esplenec tomia, há aumento da aderênc ia neutrofílic a após 2 0 dias, voltando ao normal 9 0 dias após1 6. Já a aderênc ia de m a c r ó fa go s m ur in o s , pó s - e s ple n e c to m ia r e duz e s e rec upera após o auto-implante4.

Os fagócitos geram reativos microbicidas como o O2-. A sua liberação depende da densidade e do tipo de células, do estímulo e de outras condições1 8

. Picos de O2

foram encontrados com 7 2 h e mensuráveis até 5 dias pós-estimulaç ão1 5. O pic o de produção de O2- por macrófagos estimulados com Enterococos faecalis, situa-se aos 6 0 min2 7

. Em nosso estudo, a geração de O2- pelos monócitos dos controles, foi crescente da 1 ª para a 2 ª hora, tanto nos monóc itos estimulados c om PMA c omo nos tratados com tuftsina. Este aumento confirma nossos resultados prévios sobre a curva de produção do O2- em ratos, estimulados com PMA, mostrando elevação crescente até as 6 h iniciais, com redução a 5 0 % do valor máximo após 2 4 h, em seguida valores quase imensuráveis7

. No presente estudo, observamos também que os esplenectomizados têm níveis bastante reduzidos de O2-, c o mpar ado s ao s c o ntr o le s o u auto -implantado s, e mb o r a apresentem o padrão de aumento na liberação da 1 ª para a 2 ª h. Os monócitos dos auto-implantados liberaram tanto O2- quanto os controles e ambos mais que os com esplenectomia total sem auto-implante. Nos esplenectomizados, a tuftsina não alterou a liberação de O2- em monócitos. A esplenectomia poderia reduzir a tuftsina; porém, sua concentração estava normal nos pacientes que desenvolveram esplenose após lesões traumáticas do baço3 1. Co n c o r da n do c o m o s n o s s o s da do s , e m o utr o e s tudo , esplenectomizados revelaram migração aleatória e aderência normal dos neutrófilos, porém produção de O2- e de peróxido de hidrogênio prejudicadas1 6

. A inoculação de polissacarídios da cápsula de pneumococos resulta em aumento na liberação de O2- pelas células de Kupffer e dano das células endoteliais nos sinusóides1 9

. Estas alterações são atenuadas pelo tratamento com SOD ou pela esplenectomia, assim, esta reduz a produção de O2-, uma proteç ão c ontra a injúria hepátic a2 1. A funç ão fagocítica de macrófagos diminui após esplenectomia parcial em ratos. Entretanto, o remanescente esplênico permanece com a capacidade de ser estimulado quando exposto a antígeno2 2

. No presente estudo, não se observou aumento da 1 ª para a 2 ª h da pr o duç ão de O2- no s m o nó c ito s do s pac ie nte s auto -implantados pós-estímulo com PMA. Todavia, o acréscimo de tuftsina sintética à cultura dos monócitos resultou em aumento da produção de O2

-. A tuftsina estimula a atividade de fagócitos-. Nos demonstramos que os níveis séricos de tuftsina de crianças com esplenose são semelhantes aos das saudáveis5

.

A esplenectomia parece remover uma fonte importante de macrófagos/monócitos do local de processamento de reações imunes. A produção reduzida de O2- em esplenectomizados pode se r um do s fato r e s implic ado s na r e spo sta de fic ie nte do ho spedeir o às infec ç õ es. O auto -implante esplênic o po de contribuir de forma sinérgica ou isolada para a manutenção da atividade microbicida normal dos monócitos, recuperando e mantendo as reações imunes nos fragmentos auto-implantados. Esta funç ão dos monóc itos representaria um marc ador do processo patológico durante a sepse pós-esplenectomia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 . Aker MZA, Abr ahamo v A, Ho r o witz MMY. Abno r mal neutr o phil c hemo taxis in Gauc her disease. B r itish Jo ur nal Haemato lo gy 8 3 :1 8 7 -1 9 1 , 1 9 9 3 .

2 . B ab io r, B M. Super o xide: a two -edged swo r d. B r azilian Jo ur nal o f Medic al and B io lo gic al Resear c h 3 0 : 1 4 1 -1 5 5 , 1 9 9 7 .

3 . B ar r e to VST, Do mingue s Alc e . Do e nç as he pátic as na e sq uisto sso mo se . In : Co elho J ( ed) Apar elho digestivo . Clínic a e Cir ur gia, Medsi. Rio de Janeir o , p.1 0 7 1 -1 0 8 4 , 1 9 9 6 .

4 . B o wen TJ, Oc hs HD, Altman LC, Pr ic e TH, Van Epps DE, B r autigan DI, Ro sin RE, Per kins WD, B ab io r B M, Kleb ano ff SJ, Wedgwo o d RJ. Sever e r e c ur r e nt b ac te r ial infe c tio ns asso c iate d with de fe c tive adhe r e nc e and c hemo taxis in two patients with neutr o phils defic ient in a c ell-asso c iated glyc o pr o tein. Jo ur nal o f Pediatr ic s 1 0 1 : 9 3 2 -9 4 0 ,1 9 8 2 .

5 . B randt CT, Mac iel DT, Canec a OAF, Castro CMMB , Araújo LB . Autotransplant o f spleen tissue in c hildr en with sc histo so miasis: evaluatio n o f splenic func tio n after spleno sis. Memó r ias do Instituto Oswaldo Cr uz 9 6 : 1 1 7 -2 2 , 2 0 0 1 .

6 . Cohn ZA. The ac tivation of mononuc lear phagoc ytes: fac t, fanc y, and future. Jo ur nal o f Immuno lo gy 1 2 1 : 8 1 3 -8 1 6 , 1 9 7 8 .

7 . De Castro CMMB , Manhães de Castro R, Medeiros A; Santos AQ, Silva WTFE, Lim a Filh o J L. Effe c t o f s tr e s s o n th e pr o duc tio n o f O2 in a lve o la r mac r o phages. Jo ur nal o f Neur o immuno lo gy 1 0 8 : 6 8 -7 2 , 2 0 0 0 .

8 . De La Fuente M, Del Rio M, Fer r andez MD, Her nanz A. Mo dulatio n o f phago c ytic func tio n in mur ine pe r ito ne al mac r o phage s b y b o mb e sin, gastr in-r eleasing peptide and neur o medin C Immuno lo gy 7 3 : 2 0 5 -2 1 1 , 1 9 9 1 .

9 . Diamo nd LK. Splenec to my in c hildho o d and the hazar d o f o ver whelming infec tio n. Pediatr ic s 4 3 : 8 8 6 -8 8 9 , 1 9 6 9 .

1 0 . Gar r aud O, Po ingt JP, Per r aut R, Gysin J. Per ipher al b lo o d mo no nuc lear c e ll in th e s q uir r e l m o n k e y Sa im ir i s c iur e us : c h a r a c te r iza tio n a n d func tio nal aspec ts o f T lympho c ytes. Resear c h in Immuno lo gy 1 4 0 : 8 5 7 -8 7 4 , 1 9 -8 9 .

1 1 . Har ding B , Kenny F, Given F, Mur phy B , Lavelle S. Auto tr ansplantatio n o f splenic tissue after splenec to my in r ats o ffer s par tial pr o tec tio n against intraveno us pneumo c o c al c hallenge. Euro pean Surgic al Researc h 1 9 :1 3 5 -1 3 9 , -1 9 8 7 .

1 2 . J o h n s to n J r R B . Me a s u r e m e n t o f O2- s e c r e te d b y m o n o c yte s a n d

mac r o phages. Metho ds in enzimo lo gy 1 0 5 :3 6 5 -3 6 9 , 1 9 8 4 .

1 3 . Katz N, Peixo to SV. Análise c r ític a da estimativa do númer o de po r tado r es de esquisto sso mo se manso ni no B r asil. Revista da So c iedade B r asileir a de Medic ina Tr o pic al 3 3 :3 0 3 -3 0 8 , 2 0 0 0 .

1 4 . Kays MA, Sto lar CJH. The sple e n and sple ne c to my: implic atio n fo r the pe dia tr ic po pula tio n . I n Fk a ls r ud EW, Kr um e l TM. I n fe c tio us a n d im m uno lo gic diso r de r s in pe diatr ic sur ge r y. W. B Saunde r s Co m pany, Philaldelphia, 9 1 -1 0 0 , 1 9 9 3 .

1 5 . Kelley JL, Ro zek MM, Suenr am CA, Sc hwar tz CJ. Ac tivatio n o f human b lo o d mo no c ytes b y adher enc e to tissue c ultur e plastic sur fac es. Exper imental and Mo lec ular Patho lo gy 4 6 : 2 6 6 -2 7 8 , 1 9 8 7 .

1 6 . Lianou PE, Bassaris HP, Skoutelis AT, Votta EG, Papavassilou JT, Phair JP. Transient improvement of poltmorphonuclear leukocyte function by splenectomy in beta-thalassemia. Medical microbiology Immunology 1 7 6 : 2 0 9 -2 1 5 ,1 9 8 7 .

1 7 . Lüdtk e FE, Mac k SC, Sc huff- We r ne r P, No th E. Sple nic func tio n afte r splenec to my fo r tr auma. Ro le o f auto tr ansplantatio n and spleno sis. Ac ta Chemic a Sc andinavic a 1 5 5 : 5 3 3 -5 3 9 , 1 9 8 9 .

1 8 . Mar ker t M, Andr ews PC, B ab io r B M. Measur ement o f O2- pr o duc tio n by

h um a n n e utr o ph ils . Th e pr e pa r a tio n a n d a s s a y o f NADPH o xida s e -c o ntaining parti-c les fro m human neutro phils. Metho ds in enzimo lo gy 1 0 5 : 3 5 8 -3 6 5 , 1 9 8 4 .

1 9 . Matsuo S, Nakagawar a A, Ikeda K, Mitsuyama M, No mo to K. Enhanc ed r elease o f r eac tive o xygen inter mediates b y immuno lo gic ally ativated r at kupffer c ells. Clinic al Exper imental Immuno lo gy 5 9 : 2 0 3 , 1 9 8 5 .

(5)

p e r i to n e a l m a c r o p h a ge fu n c ti o n i n th e e a r l y p o s ts p l e n e c to m y per io d.Jo ur nal o f Immuno lo gy1 5 5 :3 8 7 -9 6 , 1 9 9 5 .

2 1 . Mizukami T, Yo ko yama H, Okamur a Y, Ohgo H, Fukuda M, Kamegaya Y, Kato S, Ishi H. Splenec to my attenuates super o xide anio n r elease into the hepatic sinuso id after lipo po lysac c haride c hallenge. Jo urnal o f Hepato lo gy 3 1 : 2 3 5 -2 4 1 , 1 9 9 9 .

2 2 . Müftüo glu TMA, Kö ksal N, Özkutlu D. Evaluatio n o f phago c ytic func tio n o f mac rophages in rats after partial splenec tomy. Americ an College of Surgery 1 9 1 : 6 6 8 -6 7 1 , 2 0 0 0 .

2 3 . No ga SJ, No r manm SJ, Winer RS. Metho ds in lab o r ato r y investigatio n -iso latio n o f guinea pig mo no c yte and Kur lo ff c ells: c har ac ter izatio n o f monoc yte subsets by morphology, c ytoc hemistry and adherenc e. Laboratory Investigatio n 5 1 : 2 4 4 -2 5 2 , 1 9 8 4 .

2 4 . Patel JM, Williams JS, Shijel B, Hinshaw JR. Preservation of splenic func tion by autotransplantation of traumatized spleen in man. Surgery 9 0 : 6 8 3 -6 8 8 , 1 9 8 1 .

2 5 . Ro o s D, Winter b o ur n CC. Lethal Weapo ns. Sc ienc e 2 9 6 : 6 6 9 -6 7 1 , 2 0 0 2 .

2 6 . Segur a JJ, Jiménez-Rub io A. Effec t o f eugeno l o n mac r o phage adhesio n in vitr o to plastic sur fac es. Jo ur nal Endo do ntic 2 4 : 2 2 9 -2 3 1 , 1 9 9 8 .

2 7 . S ü b m u th S D , Mu s c o l l - S i l b e r h o r n A, Wi r th R , S u s a M, Ma r r e R , Ro zdzinsk i E. Aggr e gatio n sub stanc e pr o m o te s adhe r e nc e , phago c yto sis and intr ac e llular sur vival o n Ente r o c o c c us fae c alis within m ac r o phage s a nd s upr e s s r e s pir a to r y b ur s t. I nfe c tio n a nd I m m unity 6 8 : 4 9 0 0 - 4 9 0 6 , 2 0 0 0.

2 8 . Times W, Leemans R. Splenic auto tr ansplantatio n and the immune system. Annals o f Sur ger y 2 1 5 : 2 5 6 -2 6 0 , 1 9 9 1 .

2 9 . Zapolska-Donar D, Naruszewic z M, Zapolska-Donar A, Markiewski M, Millo B B . Ib upr o fen in hib its adhesiveness o f mo no c ytes to endo thelium and r educ es c ellular o xidative str ess in smo ker s and no -smo ker s. Eur o pean Jo ur nal o f Clinic al Investigatio n 3 0 : 1 0 0 2 -1 0 1 0 , 2 0 0 0 .

3 0 . Zar e ie M, Singh PK, Ir vine EJ , She r man PM, Mc k ay DM, Pe r due MH. Mo n o c yte /m a c r o ph a ge a c tiva tio n b y n o r m a l b a c te r ia a n d b a c te r ia l pr o duc ts. Implic atio ns fo r alter ed epithelial func tio n in Cr o hn’s disease. Amer ic an Jo ur nal o f Patho lo gy 1 5 8 : 1 1 0 1 -1 1 0 9 , 2 0 0 1 .

Referências

Documentos relacionados

Sabendo que a regularização fundiária é um processo que aborda os aspectos jurídicos, ambientais, urbanísticos e sociais (BRASIL, 2017a), o presente trabalho visa

Apesar de todas as considerações quanto a transmissão de hemoparasitos por vetores artrópodes, animais sem infestações também são acometidos pela infecção, o que

Tal realidade levou-nos a querer compreender, através de nossa pesquisa, a constituição da profissionalidade docente, pois entendemos que para ser professor não é necessário

Neste estudo, pretendeu-se testar o modelo mediacional para explicar as possíveis relações e influências entre as percepções de justiça organizacional, levando em

i) Sintetizar novos complexos de paládio(II) e platina(II) utilizando o ligante 1,4-Benzodioxano-6-amina (AL). ii) Caracterizar os novos complexos por meio de análise

Accumulated average values for the parameters final body weight (BW), feed intake (FI), weight gain (WG), and feed conversion (FC) for laying birds during the initial rearing

Média e n o trat. Essa superioridade, verificada para altura de plantas em idades iniciais, deverá ser comprovada nos próximos anos, assim como deverá ser importante a

Os testes de Dunnett, Tukey, Duncan, SNK, Bonferroni, Conagin e Scott-Knott nível de 1% de probabilidade apresentaram os melhores resultados em termos de similaridade de respostas