• Nenhum resultado encontrado

Salmonelose septicêmica prolongada em face às doutrinas de Kiel e de Montevidéu.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Salmonelose septicêmica prolongada em face às doutrinas de Kiel e de Montevidéu."

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

S A L M O N E L O S E S E P T I C Ê M I C A P R O L O N G A D A E M F A C E À S D O U T R I N A S D E K I E L E D E M O N T E V I D É U *

JA Y M E N E V E S **

Co m a f i n a l i d a d e d e c a r a c t e r i z a r e f e t i v a m e n t e a s e p t i c e m ia n a salm o n elp se p r o lo n g a d a , em 6 p a c ie n t e s , d o s q u a is 2 co m r e s i s t ê n c i a a n t i b i ó t i c a e q u im io t e r á-p i c a , á-p r o ce d eu - se a h e m o c u l t u r a s s e r ia d a s , c o n s e c u t i v a s o u n ã o , d u r a n t e u m p e r ío d o q u e o s c ilo u e n t r e 25 e 113 d i a s . Em c a d a p a c ie n t e , n u m a m é d ia d e 7 h e m o c u l t u r a s , f o r a m is o la d a s , r e s p e c t iv a m e n t e , as s e g u in t e s s a lm o n e l a s : S. t y p h i, S. p a r a t y p h i C, S. p an am á, S. ch o lerae- su is var - K u n z e n d o r f e S. p a r a t y p h i A . N o caso em q u e se is o lo u a S. p a r a t y p h i A , em u m a d as h e m o ­ c u l t u r a s iso lo u - se, t a m b é m , a S. m o n t evid eo .

A d u r a ç ã o m é d ia d a s e p t i c e m ia n o s 6 p a c ie n t e s f o i d e 73 d i a s . A se c o n s i­ d e r a r e m p r o c e d e n t e s o s in f o r m e s d o s p a c ie n t e s q u a n t o ao i n íc i o d a d o e n ç a , a s e p t i c e m ia , co m t ô d a a p r o b a b il id a d e , d e v e t e r t i d o a d u r a ç ã o m é d ia d e 4 m eses. Po r o u t r o la d o , t o m a n d o p o r b ase a i d e n t i d a d e d o q u a d r o c l ín i c o e a c o in c id ê n ­ c i a f is i o p a t o l ó g i c a d o s caso s e st u d ad o s, é p o s s ív e l a d m i t ir - s e a o c o r r ê n c ia d e s e p t i c e m ia s d e lo n g a d u r a ç ã o n o s d e m a is 31 caso s p e la s s e g u in t e s s a lm o n e l a s : S. n ew p o r t , S. d u b lin , S. ch o lerae- su is, S. t y p h im u r iu m , S. an at u m , S. d erb y, e Salm o n ellas sp (n ã o s o r o lò g ic a m e n t e i d e n t i f i c a d a s ).

C o m b ase n e s t e s a c h a d o s , o A . a c r e d i t a n ã o s e r p o s s ív e l a d m i t ir - s e , n a sal-m o n elo se esal-m est u d o , a d i f e r e n ç a f u n d a sal-m e n t a l e n t r e s a lsal-m o n e la s a d a p t a d a s ou n ã o à e sp é cie h u m a n a , c o n f o r m e p r e c e i t u a a D o u t r i n a â e K i é l ; c o n s id e r a , t a m ­ b ém , l i m i t a d a s a s r e s t r i ç õ e s p r e c o n iz a d a s p e l a D o u t r i n a d e M o n t e v id é u ao s c o n ­ c e it o s f is io p a t o g e n é t ic o s d a e s c o la a l e m ã . D e f a t o , s a lm o n e l a s d o g r u p o t if i-p a r a t i f i e o u t r a s c o n s id e r a d a s a d a i-p t a d a s ao s a n i m a i s t ê m i-p r o d u z id o , i n d i s t i n t a ­ m e n t e e m c r i a n ç a s e em a d u lt o s , q u ad r o s c l ín i c o s i n d i s t i n g u ív e i s , n o s q u ais t r a n s c e n d e a s e p t i c e m ia â e lo n g a d u r a ç ã o e t o r n a m - s e m a n i f e s t a s a d isp r o t ei-n e m ia m a r c a ei-n t e e a h i p e r p l a s i a d o S . R . E .

Fi n a l m e n t e , d iscu t e- se n o t r a b a l h o o p a p e l r e p r e s e n t a d o p o r u m a s é r ie d e f a t o r e s q u e p o d em a t u a r , a c a r r e t a n d o a l t e r a ç õ e s n o o r g a n is m o p a r a s i t a d o e c r i a n d o c o n d iç õ e s à m u l t i p l i c a ç ã o d as s a lm o n e l a s e à m a n u t e n ç ã o d a in f e c ç ã o . D e n t r e êles f o r a m r e s s a lt a d o s : a a s s o c ia ç ã o p a r a s i t á r i a , e s p e c ia lm e n t e a esq u is-t o sso m o se m a n s o n i ; a d e s n u is-t r i ç ã o c r ô n i c a ; a d is p r o is-t e in e m ia m a r c a n is-t e , s e j a d e ­ v i d a à d e f i c i ê n c i a d e p r ó t i d e s , s e j a em d e c o r r ê n c i a a o e s t ad o r e a c i o n a l d o S . R . E . , s e l e t i v a m e n t e a g r e d id o p e la s s a lm o n e l a s ; m o d i f i c a ç õ e s d o e s t a d o i m u n i t á r i o , q u er p o r i n i b i ç ã o d a a n t ic o r p o g ê n e s e e d a f a g o c it o s e , q u e r d e v id a à i n a d e q u a d a p r o ­ p r ie d a d e i m u n o ló g ic a d a s g lo b u l in a s , e x t r a o r d i n a r i a m e n t e a u m e n t a d a s n a d o e n ç a .

IN T RO D U Ç Ã O

Nossos t r a b a lh o s at é ag o r a p u b licad o s, a p ro p ó sit o d a salm o n elo se sep t icêm ia p r o ­ lo n g ad a (21, 2 2 ), n ão d eix am d e su scit ar d ú vid as q u an t o à d u r ação e f e t iv a d a sep ti- cem ia salm o n eló sica. D e f at o , at é q u an d o est ar íam o s au t o r iz ad o s a a d m it ir de lo n g a d u ração a sep t icem ia e, m ais ain d a, em r es­

p o n sab iliz ar a est a ou àq u ela esp écie de salm o n ela p elo q u ad r o in fect u o so , co n fo r ­ m e d escr it o p elo s p acien t es? Est ar íam o s, em d et r im en t o do cu id ad o do f at o , co n ­ f ian d o d em asiad am en t e n a ab st r ação ao est ab elecer m o s co n ceit o s e co n clu sõ es ap e­ n as est rib ad o s n o s r elat o s d os p acien t es? A t é em q u e p o n t o a f ac ilid ad e com que er am iso lad as as salm o n elas em hem

o-( * ) — ■ T r a b a l h o d a C l í n i c a d a s D o e n ç a s I n f e c t u o s a s e P a r a s i t á r i a s d a F a c u l d a d e d e M e d i c i n a d a U n i - v e r s i d a d e F e d e r a l d e M i n a s G e r a i s , B r a s i l ( S e r v i ç o d o P r o f . O s c a r V e r s i a n i C a l d e i r a ) .

(2)

T A B E L A I

Id e n t i f i c a ç ã o d o s p a c ie n t e s . D u r a ç ã o d a d o e n ç a e r e s u lt a d o s d a i d e n t i f i c a ç ã o b io q u ím ic a e s o r o ló g ic a d as s a lm o n e l a s is o la d a s em h e m o c u l t u r a

N» In iciais

1 D M

2 SGS

3 M M D

4 N SP

5 M LS

6 JM G

7 JRO

8 A BG

9 NOS

10 JR V

11 D JS

12 D VP

13 SH P

14 EIP

15 JSR

16 H A

17 ST

18 RC

19 DF

20 OFD

21 JJS

22 JG F

23 M A G

24 LA D

25 A A S

26 GOS

27 D M S

28 N M S

29 A V S

30 M JC

31 SCF

32 FJP

33 W FS

34 JP

35 CH S

36 A IS

37 GD P

Id ad e Sex o Cô r

i

j Pr o fi ssão Pr o ced ên cia D u r açãod a

D o en ça

H EM O C

Id en t i f i cação Bi o q u ím i ca

13 M Par d a T ar u m ir im 12 S. t yphi

16 M Pr et o Lavr ad o r T . Ot o n i 12 S. t yphi

13 F Pr e t o — Go v . Va la d ar es 3 Salmonella sp

17 M Br an co — Caet an o Fu rq u im 2 Salmonella sp

7 M Par d a — Sacr am en t o 2 Salmonella sp

22 M Br an ca A l f a i a t e C e l . Fab r ician o 18 S. t yphi

31 M Br an ca Co m er cian t e It am b acu r i 3 S. t yphi

10 M Br an ca Lavr ad o r It am b acu r i 24 S. t yphi

17 M Pr et o Lavr ad o r Go v. V alad ar es 4 Salmonella sp

17 M Br an ca Lavr ad o r M an t en a 5

5 Salmonella spS. t yphi

10 M Par d a — Belo Ho r iz o n t e 1

1 Salmonella spSalmonella sp

44 M Br an ca Lavr ad o r N an u q u e 4 Salmonella sp

28 M Br an ca Lavr ad o r Par ai so 5 Salmonella sp

24 M Pa r d a Lp vr ad o r T . Ot o n i 2 Salmonella sp

13 M Br an ca Lavr ad o r St a . M a r i a Su açu i 1 Salmonella sp

11 M Pr et o — Co n s. Pe n a 6 Salmonella sp

14 M Pr e t o Lavr ad o r Ri o A ci m a 3 Salmonella sp

12 M Br an ca Est u d an t e Bel o Ho r iz o n t e 6 Salmonella sp

17 M Br an ca Lavr cd o r T e ó f il o Ot o n i 2 Salmonella sp

M Pa r d a Est u d an t e M o n t es Clar o s 3 Salmonella sp

13 M Pa r d a — T eó f il o Ot o n i 12 Salmonella sp

13 M Pa r d a — M ed in a 10 Salmonella sp

10 F Pr e t a — Co n s. Pen a 24 Salmonella sp

10 M Br an ca — Go v . V alad ar es 4 Salmonella sp

40 M Br an ca Lavr ad o r It am b acu r i 5 Salmonella sp

10 M Par d a — Có r r eg o d o Ja c a r é - 4 Salmone lla sp

26 M Br an ca Lavr ad o r Lag o a San t a 4 Salmonella sp

2 M Br an ca — M a n t e n a 3 Salmonella $p

17 F Br an ca Lavr ad o r M o n t es Clar o s ? Salmonella sp

48 F Br an ca Do m ést ica Gu n h ães 12 Salmonella sp

41 M Br an ca Lavr ad o r M ed in a 9 Salmonella sp

35 M Po r d a Lavr ad o r Vi r g o lân d ia ? Salmonella sp

26 M Pa r d a Ped r eir o It am b acu r i 6 Salmonella sp

13 M Pa r d a

_

Belo Ho r iz o n t e ? Salmonella sp

18 M Pa r d a Lavr ad o r A im o r és 12 Salmonella sp

21 M Br an ca Lavr ad o r M a n t e n a 5 Salmonella sp

28 M Br an c a Lavr ad o r M o n t e Belo 4

6

Salmonella sp Salmonella sp

Id en t i f i cação So r o ló g ica

S. newport

S. panom á S. dublin

S. cholerae-suis S. t yphimurium S. t yphi

S. anat um S. t yphi S. panom á S. panom á S. cholerae-suis

v a r . Ku n z en d o r f

S. derby S. t yphi S. t yphimurium S. pan am á S. t yphi S. t yphi S. par at yphi A S. t yphimur ium

S. dublin

(3)

M a r ç o - A b r i l , 1 9 6 7 H e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . 6 1

c u lt u r a s p o d eria, p o r s i só, ser in t e r p r e t a ­ d a com o ex p ressão d a se p t ice m ia ? Em que p ese a im p o r t ân c ia dos d ad o s clín ico s e evo lu t ivo s co lig id o s n a c asu íst ica, o f at o d e u m p acien t e en co n t rar- se d o en t e d u r a n ­ t e u m d et er m in ad o n ú m er o d e m eses im ­ p lic a r ia , n ecessàr iam en t e, em ad m it ir m o s que os seu s sin t o m as sejam in t e ir a m e n t e p er t in en t es à d o en ça em q u est ão ?

Es t a s d ú vid as n o s o co r r er am e, p o ssivel­ m en t e, a q u an t o s an alisam c r it ic am e n t e nossos t r a b a lh o s. N ão f o i co m o u t r a f i n a ­ lid ad e, sen ão a d e p r o c u r a r u m a resp o st a ou resp o stas v á lid a s a est as in q u ir içõ es q ue realiz am o s a p r esen t e in v e st ig aç ã o . N ela est á e x p líc it a a p reo cu p ação f u n d am e n t a l de e v id en ciar o f en ô m en o sep t icêm ico , b em com o a d e s it u a r a salm o n elo se q u e est u ­ d am os n a p r o b le m át ica d o u t r in á r ia d as es­ co las d e K i e l e d e M o n t evid éu . Po r o u t r o lad o , t en d o em v is t a as b ases h ip o t é t icas em q ue a in d a se assen t a a f isio p at o g en ia d a sín d ro m e in f ect u o sa, são d iscu t id o s n o t r ab alh o o sen t id o e a im p o r t â n c ia do pa- rasit ism o esq u isto sso m ó t ico in t e r c o r r e n t e e a ag ressão d o S . R . E . , b em com o a r e le ­ v â n c ia dos f at o r es ep id em io ló g ico e eco­ ló g ico em jô g o .

M A T ER IA L E M ÉT O D O S

D en t r e 37 p acien t es d e salm o n elo se sep- t icêm ica p r o lo n g ad a, id e n t if ic ad o s at r av és de in q u ér it o c lín ic o (2 1 ), em 6 f o r am r e a ­ liz ad as v á r ia s h em o cu lt u r as n u m p erío d c d e 25 a 113 d ias ap ó s o in t e r n a m e n t o h o s­ p it a la r . A n t es d e in ic ia d a a t e r a p ê u t ic a es­ p ecíf ica, em to d o s os p acien t es p roced eu - se a u m a m éd ia d e 7 h em o cu lt u r as co n secu t i­ vas ou n ão . Em d o is p acien t es, h aven d o su rg id o r e sist ên cia a n t ib ió t ic a e q u im io te- r á p ic a, as h em o cu lt u r as f o r am r ep et id as p o r p erío d o m ais lo n g o d e t em p o .

N a t a b e la I en co n t ram - se ar r o lad o s os 37 p acien t es d e co n fo r m id ad e co m a id ad e, sex o, cô r, p r o f issão , d u r ação d a d o en ça e esp écie d e salm o n elas iso lad as. No s p a­ cien t es d e o b s. n s. 24, 28, 29, 34, 36 e 37 as h em o cu lt u r as e co p r o cu lt u r as f o r am r ealiz ad as em sér ie, an t es e d u r an t e a t e­ r a p ê u t ic a a n t ib ió t ic a e q u im io t er áp ica

(c lo r an f e n ic o l, t e t r a c ic lin a s , est rep t o m ici- n a, ácid o n a lid ix ic o e s u lf o n a m íd ic o s ).

O iso lam en t o d e salm o n elas n o la b o r a ­ t ó r io C e n t r a l d o H o sp it al d as C lín ic a s d a Fac u ld a d e de M e d ic in a d a U . F . M . G . ob e­ d eceu à seg u in t e r o t in a : a ) sem ead u ra em cald o - t r ip t icase- so ja, p a r a h em o cu lt u ra, d ist r ib u íd o s em b alõ es co m 100 m l de m eio. Fo r am sem ead o s 10 m l d e san g u e, m an ­ t id o s em est u f a a 3 7 ° C, seg u in d o in d ic a ­ ções d e B IE R (3 ); b ) o m eio f o i m an t id o em o b servação at é 7- 10 d ias; q u an d o h a v ia t u r v a ç ão e r a ef et u ad o o r ep iq u e p a r a ág ar- san g u e e T eag u e; ap ó s 24 h o ras, do p r im ei­ r o se f az iam esfreg aço s co rad o s p elo Gr am e, q u an d o êstes r e v e lar am b ast o n et es G r am n eg at ivo s, er am r em o vid as t r ês co lô n ias p ar a Su r r aco - V io let a ( S . V . ) ; c ) o b servan - do- se co m p o rt am en t o su sp eito de Salm o -n e l l a , faz iam - se as p r o vas b io q u ím icas u su ais; d ) os g erm es q u e ap resen t assem co m p o r t am en t o b io q u ím ico d e Sa l m o n e l l a er am su b m etid o s às p r o vas d e ag lu t in ação em lâ m in as co m sô ro p o liv a le n t e a n t i Sa l ­ m o n e ll a , so m át ico e f la g e la r . A t ip if ic aç ã o so r o ló g ica f o i ef et u ad a p elo D r . A . Tau - n ay , d o In s t it u t o A d o lf o Lu t z , d e São Pau lo .

R ESU L T A D O S

Os resu lt ad o s d as h em o cu lt u r as ser iad as d os 6 p acien t es en co n t ram - se resu m id o s n a t ab e la I I . No s 4 p r im eir o s, em q ue os ex a­ m es f o r am r ealiz ad o s en t r e 25 e 52 d ias an t es d e in ic ia d a a t e r a p ê u t ic a esp ecíf ica, iso laram - se, r esp ect ivam en t e, as seg u in t es salm o n elas: S. c h o le r a e - s u is v a r . Ku n z en - d o r f , S. p a n a m á , S. t y p h i e S. p a r a t y p h i C. No s caso s d e sep t ice m ia p ro d u z id a p elas S . c h o le r a e - s u is v a r . K u n z en d o r f e S. p a n a ­ m á , est as m esm as salm o n elas f o r am id en ­ t if ic a d a s u m a vez em c o p r o c u lt u r a. N o ca­ so em q ue o fen ô m en o sep t icêm ico d eco r r ia d a S . p a r a t y p h i C , d u as co p r o cu lt u r as r e ­ s u lt ar am p o sit iv as p ar a S . d e r b y .

(4)

6 2 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . V o l . I — N 9 2

D ISC U SSÃ O h u m o r ias, d everíam o s, p a r a t an t o , su b m e­ t e r os p acien t es a h em o cu lt u r as ser iad as Um g ran d e o b stácu lo se in t e r p u n h a à p o r u m d et er m in ad o p erío d o d e t em p o , an- n o ssa d et er m in ação d e d em o n st r ar o q u e a t es d e q u alq u er t r a t am e n t o an t ib ió t ic o , c lín ic a n o s f az ia p ressu p o r (21, 2 2 ), o u seja, T r at ava- se, em ú lt im a an álise, de u m a op- a r ealid ad e sep t icêm ica em n o ssos p acien - ção d if íc il, se sab íam o s em p u n h ar u m a te- tes. A d esp eito do lo n g o cu r so d e u m a r a p ê u t ic a a n t ib ió t ic a e f e t iv a e q u e h a v ia d o en ça in f ect u o sa ag u d a, em q ue er am co n seg u id o e x t in g u ir a in f e cç ã o e c u r a r to- m an if est ad as as alt er açõ es so m át icas e dos os p acien t es at é en t ão t r a t ad o s.

T A BEL A I I

Re s u lt a d o s d a t i p i f i c a ç ã o s o r o ló g ic a < las s a lm o n e l a s is o la d a s em h e m o c u l t u r a s e co p ro -c u l t u r a s s e r ia d a s d e 6 p a -c ie n t e s

D u r açao H em o cu lt u r a

N ? In iciais Id ad e Sex o d a Esp écie d e Salrno- Co p r o cu lt u r a Esp écie d e salm o n ela

d o en ça (d a t a ) n el a i so lad a (d a t e ) iso lad a

24 LA D 10 M 4 m eses 2 7 . 7 .6 5 S. cholerae-suis

v a r . Ku n z en d o r f 2 7 . 7 . 6 5 n eg .

2 . 8 .6 5 S. chot erae-suis

v a r . Ku n z en d o r f 2 . 8 .6 5 n eg .

9 . 1 0 . 6 5 S. cholerae-suis

v a r . Ku n z en d o r f 9 . 1 0 . 6 5 n eg .

1 0 .1 0 .6 5 S. chot erae-suis

v a r . Ku n z en d o r f 1 0 .1 0 .6 5 n eg .

1 1 .1 0 .6 5 S. cholerae-suis

v a r . Ku n z en d o r f 1 0 .1 0 .6 5 n eg .

1 2 .1 0 .6 5 S. cholerae-suis

v a r . Ku n z en d o r f 11 . 1 0 . 6 5 S. ct totaeat-suiüv a r . Ku n z en d o r f 1 3 .1 0 .6 5

21 . 1 0 .6 5

S. chot erae-suis

v a r . Ku n z en d o r f

S. chot erae-suis

v a r . Ku n z en d o r f

1 3 .1 0 .6 5 n eg .

n eg .

28 N M S 2 M 3 m eses 2 7 . 7 .6 5 S. panam á 2 7 . 7 . 6 5 n eg .

2 5 . 1 0 . 6 5 S. panam á 2 5 . 1 0 . 6 5 n eg .

2 6 . 1 0 . 6 5 S. panam á 2 6 . 1 0 . 6 5 S. panom á

2 7 . 1 0 . 6 5 S. panam á 2 7 . 1 0 . 6 5 n eg .

2 9 . 1 0 . 6 5 S. panam á 2 9 . 1 0 . 6 5 n eg .

3 0 .1 0 .6 5 S. panam á 3 0 . 1 0 . 6 5 n eg .

3 . 1 ) . 6 5 S. panam á 3 . 1 1 . 6 5 n eg .

29 A V S 17 M ? 21 . 1 0 . 6 5 S. t yphi 2 1 . 1 0 . 6 5 n eg .

2 5 . 1 0 . 6 5 S. t yphi 2 5 . 1 0 . 6 5 n eg .

2 6 .1 0 65 S. t yphi 2 6 . 1 0 . 6 5 n eg .

2 7 . 1 0 . 6 5 S. t yohi 2 7 . 1 0 . 6 5 n eg .

5 . 1 1 . 6 5 S. t yphi 5 . 1 1 . 6 5 n eg .

8 .1 1 65 S. t yphi 8 . 1 1 . 6 5 n eg .

1 2 .1 2 .6 5 S. t yphi 1 2 .1 2 .6 5 n eg .

34 JP 13 M ? 2 6 . 4 .6 6 S. parat yphi C 2 5 . 4 . 6 6 n eg .

2 7 . 4 .6 6 S. parat yphi C 2 6 . 4 . 6 6 n eg .

1 8 . 5 .6 6 S. parat yphi C 2 7 . 4 . 6 6 n eg .

2 0 . 5 .6 6 S. parat yphi C 2 0 . 5 .6 6 S. derby

2 1 . 5 .6 6 S. par at yphi C 2 8 . 5 .6 6 S. derby

36 A IS* 21 M 5 m eses 1 8 . 1 .6 6 S. t yphi 1 8 . 1 .6 6 n eg .

2 2 . 1 .6 6 S. t yphi 2 2 . 1 .6 6 n eg .

2 8 . 1 .6 6 S. t yphi 2 5 . 1 .6 6 n eg .

2 9 . 1 .6 6 S. t yphi 1 . 3 .6 6 n eg .

1 6 . 2 . 6 6 S. t yphi 1 3 . 5 .6 6 n eg .

2 8 . 2 .6 6 S. t yphi — —

2 . 3 .6 6 S. t yphi — —

4 . 3 .6 6 S. t yphi — —

10 . 5 .6 6 S. t yphi

37 GD P* 28 M 4 me^ es 4 . 3 .6 6 S. par at yphi A 9 . 3 . 6 6 n eg .

1 0 . 3 .6 6 S. par at yphi A 1 5 . 3 .6 6 Sa lmonella sp

1 4 . 3 .6 6 S. par at yphi A 1 8 . 3 . 6 6 n eg .

1 6 . 3 .6 6 S. par at yphi A 2 9 . 3 . 6 6 n eg .

17 . 3 .6 6 S. par at yphi A 3 1 . 3 .6 6 S. anat um

2 5 . 4 . 6 6 S. par at yphi A 4 . 4 . 6 6 n eg .

3 0 . 4 . 6 6 S. par at yphi A 2 5 . 4 . 6 6 n eg .

1. 5 .6 6 S. mont evideo 3 0 . 4 . 6 6 n eg .

(5)

M a r ç o - A b r i l , 1 9 6 7 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . 6 3

A o p ção p ela p esq u isa só se t o r n o u , en ­ t r et an t o , f a c t ív e l em f ace d a ex p er iên cia acu m u lad a n o t r a t am e n t o esp ecíf ico d e 30 p acien t es, a d esp eito do cu rso ar r a st ad o d a in f ecção q u e ex ib iam . T u d o n o s fêz c r e r que a in fecção , ap esar d e su a g r avid ad e, m a r ­ ch ava sem elh an t em en t e à f ase su b ag u d a d a leish m an io se v is c e r a l em q ue, n ão r a ­ ro, a t e r a p ê u t ic a esp e cíf ica p ro d u z r e su l­ tad os d r am át ico s em p acien t es co m 12 ou m ais m eses d e d o en ça (19, 2 0 ). Es ­ t a ser ia, at é cer t o p o n t o , m ais u m a d as c ar ac t e r íst ic a s cu r io sas d a s im ilit u d e c l ín i ­ ca en t r e a salm o n elo se e a p ro to z o o se (23, 3 6 ). Os q u at r o p r im eir o s caso s f o r am sele­ cio n ad o s d en t r e os q u e se ap r esen t avam com evo lu ção c lín ic a r e la t iv a m e n t e m ais f a v o r á v e l. Fo r a m êles o b servad o s d u r an t e 2 5 - 5 2 d ias, p erío d o em q ue realiz am o s h e­

m o cu lt u r as ser iad as. Os 2 ú lt im o s er am c a ­ sos q ue se ap r esen t avam co m in u s it a d a r e ­ sist ên cia a n t ib ió t ic a e q u im io t er áp ica.

Co n q u an t o os r esu lt ad o s d essa p esq u isa

su p o sto o u t r o s f at o s co lig id o s d a c lín ic a dos caso s, q u ais sejam a m a n if e s t a id e n t i­ d ad e d a f isio n o m ia c lín ic a d os casos e a co in cid ên cia dos asp ecto s fisio p at o g en ét i- cos.

Se co n f r o n t ar m o s a co n f ig u r ação c lín ic a clássica d as in fecçõ es p ro d u z id as p elas s al­ m o n elas do g ru p o t if i- p a r a t if i, esp ecial­ m en t e p e la S. t y p h i , co m a d a salm o n elo se em estu d o h avem o s d e c o n v ir q u ão d is t in ­ t as elas se af ig u r am (21, 22, 2 3 ). U m a vez en t en d id o n ão r ep r o d u z ir a salm o n elo se sep t icêm ica p r o lo n g ad a u m q u ad r o de sín- d ro m e t íf ic a d e evo lu ção p r o t r aíd a, cu m ­

p re- nos, t am b ém d e ix a r assen t ad o a su a f a l t a d e co n so n ân cia co m as in fecçõ es sal- m o n eló sicas d e t ip o en t ér ico ag u d o , a in d a h o je im p r o p r iam en t e co n h ecid as com o “ i n ­ t o x icaçõ es alim e n t ar e s ag u d as” .

T en d o em v is t a d if er en ças d e v ir u lê n c ia d as salm o n elas e s u a 'm a io r o u m en o r c a ­ p acid ad e de ad ap t ação p ar a a esp écie h u ­ m an a e p ar a o u t r as esp écies an im ais, tor-f alem p o r s i m esm o s, alg u m as co n sid era- nou- se u n iv er salm en t e co n h ecid a a D o u t r i-ções se n o s af ig u r am o p o r t u n as, t a l o in

terêsse q u e d esp er t a êste asp ect o p a r t i­ cu lar de sep t icem ias p o r salm o n elas

No q ue d iz r esp eit o à c ar act er iz ação e f e ­ t iv a d a sep t icem ia, n o ssos ach ad o s são i n ­ q u est io n áveis p ar a as seg u in t es salm o n e- las: S. t y p h i , S . p a r a t y p h i A , S . p a r a t y p h i C, S. p a n a m á e S . c h o le r a e - s u is v a r . Ku n - z en d o r f. Pe lo m en o s n est es caso s (t a b e la I I ) ser ia p e r m it id a a in f e r ê n c ia d e q ue a d u r ação m éd ia d a sep t icem ia n o s seis p a­ cien t es f o i d e 48,3 d ias. Co m t ô d a a p r o b a­ b ilid ad e, est as sep t icem ias p o ssu ir am u m a m ais lo n g a d u r ação e p o d em ser av a liad as a t r av é s os h ist ó r ico s d e cad a p a c ie n t e . N es­ t as c ir c u n s t ân c ia s, est ar íam o s au t o r iz ad o s a a d m it ir q u e a sep t icem ia n esses p ac ie n ­ tes t e n h a t id o , p o ssivelm en t e, a d u r ação m éd ia de 4 m eses, a d esp eito d e r eco n h e­ cerm o s q u ão co n t in g en t es são , às vêz es, os in f o r m es p o r êles f o r n ecid o s. Co m a n a t u ­ r a l r e ser v a a q u e est ão s u j e it as as co n clu ­ sões est r ib ad as em an alo g ia, t am b ém n o s p ar ece p er m it id o a c r e d it a r q u e t ô d as as o u t r as salm o n elas iso lad as em h em o cu lt u ­ r as d e n o sso s 37 p acien t es (S. n e w p o r t , S ■ ã u b l i n , S. c h o le r a e - s u is , S. t y p h i m u r i u m , S. S. a n a t u m , S . ã e r b y e S. m o n t e v id e o ) se­

j a m cap az es o u t en h am , d e f at o , p ro d u z id o sep t icem ias d e lo n g a d u r ação . Em ab o n o d est a co n vicção , n a d a com o ad u z ir ao

pres-\

l^ n a d e K i e l (6 ). Em su as lin h a s g erais, est a d o u t r in a est ab elece q u e as d if er en ças d e v i ­ r u lê n c ia o r ig in a r ia m , n o h o m em , in vasão g er al do o r g an ism o n o caso d e t r at ar - se de salm o n elas d e o r ig em h u m an a e lo caliz a­ ções p u r am en t e in t e s t in a is , n o caso de t r a ­ tar- se d e salm o n elas ad ap t ad as a o u t r as es­ p écies an im ais. Po r o u t r o lad o , a g ran d e m a io r ia d as salm o n elas co n h ecid as en co n ­ tra- se ad ap t ad a ã alg u m a o u v á r ia s esp é­ cies an im ais, n o s q u ais p ro d u z in fecçõ es g raves e co m g r an d e p o d er d e in vasão sep t i­ cêm ica e cap az es d e p r o d u z ir sín d ro m es en- t é r ic as ag u d as. A o in f e c t a r e m o h o m em , es­ t as salm o n elas p ro d u z em , v ia d e r eg r a, o q u ad r o d as ch am ad as “ in t o x icaçõ es a l i ­ m en t ar es ag u d as” , t r an scen d en d o , n o ca­ so, a ex cep cio n alid ad e d as sep t icem ias, a im p o r t ân c ia ep id em io ló g ica dos alim en t o s co n t am in ad o s e d a q u an t id ad e d e g erm es in g e r id o s .

fA A s p r im eir as r est r içõ es à D o u t r in a de í K i e l su r g ir am co m H o r m aech e e su a esco ­

(6)

6 4 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . V o l . I — N * 2

D o u t r in a d e K i e l n as cr ian ças, esp ecial­ m en t e n as d e m en o s d e 1 an o ; co n sig n a que se a r e sist ên cia d o ad u lt o às salm o n elas de o rig em a n im a l j u s t i f i c a a d if er e n ciação b a­ sead a n a p at o lo g ia e ep id em io lo g ia d as i n ­ fecçõ es d o h o m em p o r salm o n elas h u m an as o u an im ais, n a c r ia n ç a n ão o co rre o m es­ m o ; ac r e d it a q ue o co n t ág io in t er h u m an o d ir et o e q u e a in g est ão de p o u co s g erm es sejam su f icien t es p ar a in f e c t a r o lacten - t e ; d em o n st r a q ue n as c r ian ç a s a d o en ça é u m a v e r d ad e ir a in f e cção e q u e evo lu i p ar a co m p licaçõ es t a is com o o t it es, m en in - g ites, sep t icem ias, e t c .; assin ala q u e a i n ­ fecção , em seu in íc io , co n t r ast a- se co m o com êço d a in t o x icação a lim e n t a r n o a d u l­ to, b em com o em f ace d e seu cu rso m ais p ro lo n g ad o , arast an d o - se, às vêz es, d u r a n ­ te m eses co m p erío d o d e m elh o r as e r e ­ caíd as.

O co n f r o n t o q ue faz em o s en t r e est as d u as esco las d estin a- se, an t es d e t u d o , a r e v iv e r p ar a o le it o r o p o lim o r fism o c lín ic o c u r io ­ so co m q u e se ex t er io r iz a a p at o lo g ia d as

salm o n elas n o h o m em , u m dos fen ô m en o s m ais sin g u lar es n a h is t ó r ia d as d o en ças in f ect u o sas. Pro p õ e- se, t am b ém , a d e­ m o n st r ar n o vas f a c e t a s d a p at o lo g ia n ão p ressen t id as n o s co n ceit o s d o u t r in ár io s e q ue vêm su scit ar n ão ap en as u m a a t it u d e p o lêm ica, m as a n ecessid ad e d e se r e ve r alg u n s co n ceit o s f isio p at o g en ét ico s d as s a l­ m o n elas.

Se H o r m aech e e sü a esco la ad m it ir a m v á lid a a D o u t r in a de K i e l p a r a o ad u lt o e in a p lic á v e l às cr ian ças, n ossos ach ad o s vêm r e v e la r t am b ém alg u m as r est r içõ es à su a ap licab ilid ad e n o ad u lt o . A q u i, com b ase n estes m esm o s ach ad o s, n ão é m ais p o ssível ad m it ir- se a d if er e n ça f u n d am en ­ t a l en t r e salm o n elas h u m an as e an im a is p elo s f at o s que p o d em ser assim r esu m id o s:

a ) — A s salm o n elas d o g ru p o t if i- p a r a t if i t êm p ro d u z id o em nossos p acien t es in f e c ­ ções co m f isio n o m ia c lín ic a d is t in t a d a clàssicam en t e co n h ecid a, ressalt an d o - se o cu rso evo lu t ivo p r o t r aíd o e d if er e n ças f u n ­ d am en t ais d a f isio p at o g en ia (25, 26, 27, 38, 3 9 ). A sep t icem ia, de lo n g a d u r ação , em t u ­ do se d ist in g u e d as g raves e le t a is b em co - j m o d as b en ig n as e am b u lat ó r ias o b serva­ d as nos q u ad ro s d a f eb r e t if ó id e e p ar at i- fó id e clássicas;

b ) — Salm o n elas d is t in t as d as do g ru p o t if i- p a r a t if i, t a is co m o S. p a n a m á , S. c h o ­

le r ae - su is, S . ch o le r a e - s u is v a r . Ku n z en - d o r f , S. a n a t u m , S . n e w p o r t , S . t y p h im u -r i u m , S. d u b l i n; S. d e r b y e S. m o n t e v iã e o t êm o r ig in ad o q u ad r o s c lín ic o s in d is t in g u í­ v eis d os p ro d u z id o s p elas salm o n elas d o ' g ru p o t if i- p a r a t if i, ressalt an d o - se a in ex is­ t ê n c ia d a co n f ig u r ação c lín ic a d as c h am a­ d as “ in t o x icaçõ es alim e n t ar e s ag u d as” ou d as en t er it es o u g ast ro en t erit esr ag u d as. T am b ém aq u i a sep t icem ia, ao in v é s d e ex ­ cep cio n al, co n st it u i r e g r a e p o ssu i, d e f a ­ to , u m a lo n g a d u r a ç ã o . A o c o n t r á r io d o q ue se co n h ece d a f isio p at o g en ia d e alg u m as esp écies d e salm o n elas, esp ecialm en t e a S. c h o le r a e - s u is e S. t p p h im u r iu m (1 7 , 2 9 ) .n e­ n h u m a ev id ê n c ia c lín ic a t èm sid o co n st a­ t ad a p a r a o lad o de in fecçõ es m e t ast át icas o u p ro cesso s d e lo caliz ação (4 , 5, 17, 28, 29, 30, 31, 33, 4 0 ), t a is com o b r o n co p n eu m o n ia, o st eo m ielit e, o st eo ar t r it e, en d o car d it e, ab- cessos m u scu lar es, o t it e m éd ia, lep t o m en in - g it e p u r u le n t a , c is t it e , p ie lit e , e t c .;

c ) Co n st an d o n o ssa cas u ís t ic a d e c r i a n ­ ças e ad u lt o s (p acien t es en t r e 2 e 44 a n o s ), co n q u an t o p red o m in em os ú lt im o s, n ão o b ­ servam o s q u aisq u er d if e r e n ç as n o cu r so evo lu t ivo d a d o en ça q ue p u d essem ser r e ­ lacio n ad as às in vo cad as co r r elaçõ es en t r e f at o r es id ad e d os p acien t es e v ir u lê n c ia d as salm o n elas. Se a r e sist ên cia d o ad u lt o às salm o n elas de o r ig em a n im a l t em j u s ­ t if ic a d o a d if er e n ciação b asead a n a p at o lo ­ g ia e n a ep id em io lo g ia d as in f ecçõ es d o h o ­ m em p o r salm o n elas h u m an as o u an im ais, n o s caso s p o r n ó s est u d ad o s o m esm o n ão t em o co r r id o . In d ep en d en t em en t e d o g r u ­ p o e t á r io e d a esp écie d e salm o n ela iso lad a, a in f e cção tem - se r evest id o d as m esm as c a r a c t e r ís t ic a s : co n f ig u r ação d e u m a retí- cu lo - en d o t elio se co m sep t icem ia p r o lo n g a­

d a. /

(7)

M a r ç o - A b r i l , 1 9 6 7 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . 6 5

ças p ar a as salm o n elas an im a is. A ssim , p a ­ r a q u e p u d éssem o s co m p r een d er a f a l t a de r e sis t ê n c ia t a n t o d e ad u lt o s com o de c r ia n ­ ças p ar a as salm o n elas ad ap t ad as o u n ão à esp écie h u m an a, ser á im p r escin d ív el, a n o s­ so ver , q ue in vest ig u em o s as cir c u n s t ân c ia s lig ad as ao p r ó p r io o r g an ism o p ar asit ad o , ressalt an d o - se o seu h á b it o co n st it u cio n al, o p ad r ão a lim e n t a r , o est ad o im u n it á r io , a v ig ên cia d e co n cau sas m ó rb id as e su as r e ­ laçõ es co m o m eio am b ien t e.

Lã an álise p o r m en o r iz ad a d êstes d iverso s f at o r es p o ssu i im p licaçõ es ó b vias, m as d e su a in t e g r ação d ep en d er á a elu cid ação do m ecan ism o p at o g en ét ico d a sín d ro m e in - fect u o sa, b em com o m ais ex at a co m p r een ­ são d a f isio p at o g en ia d as salm o n elas. Im ­ p o r t a r ia so b rem od o, n est a l i n h a de id éias, an alisar , p o r ex em p lo , as in t e r r e laçõ e s d a m an if est a d isp r o t ein em ia d a d o en ça co m o p ar asit ism o e a h ip e r p las ia do S . R . E . Se ­ r i a p o ssível ad m it ir - se aq u i o co n ceit o de que, m u it o p r o vavelm en t e, o m ecan ism o d isp r o t ein êm ico en co n tre- se v in cu lad o à car ên cia n u t r ic io n a l c r ô n ica e ao est ad o r e acio n al d o S . R . E . , selet ivam en t e ag r ed i­ do p elas salm o n elas. D a d esn u t r ição e d a m á n u t r iç ã o cr ô n icas, b em com o do est í­ m u lo r e ac io n al do S . R . E . r e s u lt a r ia a in a ­ b ilid ad e d êste em p r o v er o o r g an ism o d a n ecessár ia r e sist ên cia à in f e cç ã o . Se j a at r avés a in ib ição d a an t ico rp o g ên ese e d a f ag o cit o se, seja em v ir t u d e d a in ad eq u ad a p ro p r ied ad e im u n o ló g ica d as g lo b u lin as — e x t r ao r d in ar iam e n t e au m en t ad as n a d o en ça — m u lt ip licam - se as salm o n elas e ex a­ cerb a- se a su a v ir u lê n c ia

A in d a q u e ad m issível a r e lação en t r e a d isp r o t ein em ia e o S . R . E . , restar- n o s- ia co g it ar sô b re o p r im u s m o ve n s d e su a ag ressão p o r salm o n elas ad ap t ad as ou n ão à esp écie h u m an a. Em n osso en t en d er , h á d if er e n ça f u n d am e n t a l en t r e e x p licar o aco m et im en t o d o S . R . E . e a sep t icem ia p o r salm o n elas do g ru p o t if i- p a r a t i f i e i n ­ t e r p r e t a r o m esm o m ecan ism o fisio p ato g e- n ét ico a p a r t i r de salm o n elas ad ap t ad as a o u t r as esp écies an im a is. A p r evalecer em , com o t êm p r evalecid o em nossos casos, a id en t id ad e d a f isio n o m ia c lín ic a e a co in ­ cid ên cia f isio p at o ló g ica d a sín d ro m e in fec- t u o sa, in d ep en d en t em en t e d a esp écie d as salm o n elas iso lad as, a q u estão d a a d ap t a­ b ilid ad e d as salm o n elas d eve g u ar d ar r e ­ lação m ais ín t im a co m p ecu liar id ad es do

o r g an ism o p ar asit ad o e n ão ex p ressar u m v ín c u lo ex clu sivo à v ir u lê n c ia , co n fo rm e p r eceit u a a D o u t r in a d e K i e l .

Co n q u an t o se co n h eçam alt er açõ es do cu rso evo lu t iv o d a f eb re t if ó id e em f ace de in t e r c o r r ê n c ia d e co n cau sas m ó rb id as (2 ) T E IX E IR A (34, 35, 36, 37) p r o cu r a ex p licar o m ecan ism o f isio p at o g en ét ico d a “ feb re t if ó id e p r o lo n g ad a” a t r av é s a m o d if icação p r é v ia d o S . R . E . p ela esq u itossom ose m an- so n i. Est r ib a- se, p a r a t an t o , n o f at o de to d o s o s seu s p acien t es h aver em ex ib id o a f o r m a h ep at o esp lên ica d a h elm in t íase. Es t a h ip ó tese, q u e im p lic a em m o d if icação do o r g an ism o p o r p ar asit ism o esquistossom ó- t ico p r évio , p od e ser co r r elacio n ad a com o b servaçõ es c lín ic a s in t er essan t es de asso­ ciação d e in fecçõ es t if i- p a r a t if ic a s em p a ­ cien t es in f e ct ad o s p elo S. h a e m a t ò b iu m (1, 7, 18) e p elo S. j a p o n i c u m (3 2 ). N a esquis- tossom ose vesical, os r eg ist r o s f ala m m ais d a in s ó lit a o co r r ên cia de in fecçõ es u r in á ­ r ia s e d e p o r t ad o r es crô n ico s d e salm o n elas n as u r in as, do q ue p r o p r iam en t e d a a lt e r a ­ ção do cu r so evo lu t ivo d a f eb r e t if ó id e. Fa t o cu rio so , en t r et an t o , é d escr it o p o r H A LA - W A N I & co ls. (7 ) ao co n clu ír em p ela im ­ p r a t ic a b ilid a d e d a est er iliz ação d as u r in as se o t r a t am e n t o an t ib ió t ic o n ão f o r p reced i­ do p ela t e r a p ê u t ic a esp e cíf ica d a esquistos- som ose. Já n a esq u isto sso m o se jap ô n ica, as in feçõ es p ro d u z id as p elas S. t y p h i , S. p a ­ r a t y p h i A , B e C em 62 p acien t es (3 2 ), ca­ ract er iz ar am - se p o r . cu r so evo lu t ivo an o r ­ m alm en t e p ro lo n g ad o e p elas seg u in tes p ar t ic u la r id a d e s : in íc io g er alm en t e b r u s­ co ; f eb r e d e t ip o s r em i t en t e, in t e r m it e n t e e ir r e g u la r e d e m ais lo n g a d u r ação do que n as f eb r es t if ó id es clássicas; ex p r essiva he- p at o esp len o m eg alia; co n tag em de leu có ci- t o s n o r m al ou leu co p en ia asso ciad a a an e­ m ia; h ip o alb u m in em ia; g ran d e p er cen t u al d e r e c id iv as e au t ên t ico s f r acasso s t er ap êu ­ t ico s n o s caso s em q ue er a acen t u ad a a he- p at o esp len o m eg alia co m ascit e e cu rso f e ­ b r il p ro lo n g ad o .

(8)

6 6 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . V o l . I — N ? 2

ten d o h avid o em n o ssa c asu íst ica n ít id a p r ed o m in ân cia d e in fecçõ es p r o d u z id as p o r salm o n elas d is t in t as do g ru p o t if i- p a r a t if i (13 casos de salm o n elas do g ru p o t if i- p a r a ­ t i f i p ar a 24 de caso s de Sa l m o n e l l a s p , d as q u ais 15 so ro lò g icam en t e t ip if ic a d a s (2 3 ), êstes r esu lt ad o s n ão só d if er em su b st an ­ cialm en t e d os d escr it o s p o r T E IX E IR A , co­ m o se d ist in g u em dos ap o n tad o s n as esquis- tossom ose v e s ic al e ja p ô n ic a . Es t a d iv e r s i­ f icação , a nosso en t en d er , n ão p od e ser i n . t er p r et ad a ex clu sivam en t e a t r av é s de u m a asso ciação p a r a s it á r ia , n a q u al a esq u istos- som ose m an so n i seja r esp o n sab iliz ad a co ­ m o o p r im u s m o ve n s p ela m o d if icação q ue a c a r r e t a n o S . R . E .

A p r evalecer n a salm o n elo se sep t icêm ica p ro lo n g ad a a h ip ó tese d a asso ciação p a r a s i­ t á r ia , alg u n s f at o s car ecem de m elh o r ex ­ p licação . Co n sid er an d o a u b iq ü id ad e d as salm o n elas, n a d a com o a r g ü ir q u e m ecan is­ m o selet ivo reg e a eclo são d a salm o n elo se sep t icêm ica p r o lo n g ad a n as z o n as en d êm i­ cas de esq u isto ssom o se m an so n i. Ba s t a r ia , p ar a ex em p lif icar m o s, s it u a r o p r o b lem a n a cid ad e de Be lo H o r iz o n t e. A C a p it a l d o Es ­ t ad o n ão só é n o t ò r iam en t e en d êm ica de esq u istossom ose m an so n i, com o p o ssu i u m dos m ais elevad o s ín d ices d e m o r t alid ad e

i n f a n t i l d evid o às d ia r r é ia s ag u d as. Em i n ­ vest ig açõ es f e it a s n est es caso s p o r P ER ES

(2 4 ), d en t r e as en t er o b act er iáceas p at o g ê­ n ic as clássicas, as salm o n elas S. a n a t u m , S. t y p h i m u r i u m , S. n e w p o r t , S. o r a n i e m b u r g e S . m o n t e v iã e o f o r am iso lad as em 1 9 ,2 % dos casos, en q u an t o as sh ig elas f o r am en ­ co n t r ad as em 7 ,6 % dos p acien t es. Em q ue p ese a p r e v a lê n c ia d as in f ecçõ es p o r s a l­ m o n elas e p o r S . m a n s o n i em Be lo H o r i­ z o n te, ao c o n t r ár io do q u e se p o d ia p r ever , ap en as t r ê s reg ist r o s p o ssu im o s d e salm o ­ n elo se sep t icêm ica p r o lo n g ad a. A o e x t r a - p o rm o s o p ro b lem a p a r a as z o n as r u r a is d o Est ad o , de on d e p ro ced e a q u ase t o t alid ad e d e nossos p acien t es, h avem o s d e c o n v ir q u ão d if er e n t e êle se a f ig u r a . A lém d e d i­ f er e n ças sen síveis do asp ect o ep id em io ló - g ico d as d u as in fecçõ es, são a l í b ast an t e d iver so s os f at o r es eco ló g ico s e b em d is t in ­ to s os p ad rõ es c u lt u r a is d a co m u n id ad e. É p er f eit am en t e ad m issível, p o r t an t o , q ue d a in t e ir a ç ã o dos f at o r e s p ar asit ism o esquis- to sso m ó tico e co m p lex o v iv e n c ia l d as p o p u ­ laçõ es r u r a is -Qf o n d e t r an scen d e a d esn u ­ t r iç ã o c r ô n ic a e o m u lt ip ar asit ism o P— r e ­ su lt em m o d ificaçõ es d o o r g an ism o q u e d e­ vem im p o r t a r n a f isio p at o g en ia d a salm o ­ n elo se sep t icêm ica p r o lo n g ad a.

S U M M A R Y

In o u r p revio u s p ap er o n p r o t r act ed co u rse Salm o n ello sis w e h ave t r ie d to d em o n st r at e t h a t Sa lm o n e lla o r g an ism s m ay b e ab le t o p ro d u ce a ret icu lo en - d o t h elial- lik e in f e c t io n w i t h sep t icem ia as o n e o f it s m o st s t r ik in g c h a r a c t e r is t ic s .

I t h as also b een st at ed t h a t t h is sep t icem ia p h ase r u n s a lo n g co u rse a n d t iif f e r s f r o m t h o se o b served d u r in g t y p h o id f e v e r . T h is h as b een a f f ir m e d

b ased o n t h e c lin ic a i m a n if e s t at io n s o f t h e d isease.

In t h e p r esen t p ap er i t w as t r ie d t o d em o n st r at e t h e d u r a t io n o f t h e salm o n ello t ic sep t icem ia. Se v e r a l b lo o d c u lt u r es f r o m f o u r p a t ie n t s w er e p er- f o rm ed o ver a p er io d o f t im e f r o m 25 t o 52 d ay s b ef o re a n t ib io t ic t h e r a p y w as s t ar t ed . Se r ia l b lo o d cu lt u r es w er e o b t ain ed o f t w o o t h e r cases i n w h ic h t h er e w as n o a n t ib io t ic a n d ch em o t h er ap eu t ic resp o n se o ver a lo n g er p er io d o f t im e (58 t o 113 d a y s ). T a b le I I sh o w s t h ese r e su lt s. S. t y p h i w as iso lat ed i n a l i t h e b lo o d cu lt u r es o f t w o p a t ie n t s o v er a p er io d f r o m 52 t o 113 d ays; S . p a r a t y p h i A w as iso lat ed in seven b lo o d sam p les an d S . m o n t e v iã e o in o n e sam p le f r o m t h e sam e p a t ie n t d u r in g 58 d ays o f o b ser vat io n . Po s it iv e b lo o d c u lt u r es f o r S. p a r a t h V p h i C, S. c h o l e r a e .s u i s v a r . K u n z e n d o r f an d S . p a n a m a w er e f o u n d in

t h r ee o t h er p at ie n t s b ef o r e c h lo r o m y ce t in w as s t a r t e d .

T h e f in d in g s o b t ain ed f r o m s e r ia l b lo o d cu lt u r es an d f r o m t h e c lin ic a i m a- r ú f est at io n s o f t h is in f e c t io n p r o vid e t h e f o llo w in g in f o r m at io n s o n t h e in vo lve- m en t o f t h e salm o n ellae i n t h e p r o t r act ed salm o n ello sis syn d r o m e:

a ) T h e aver ag e d u r a t io n o f salm o n ello t ic sep t icem ia i n t h e six st u d ied cases w as 73 d ays. I f w e co n sid er t h e b eg in n in g o f t h e d isease as r e la t e d b y t h e p at ien t s i t is t o b e su p p o sed t h a t t h is sep t icem ia r u n s a lo n g er p er io d o f t im e (ab o u t f o u r m o n t h s ).

(9)

M a r ç o . - A b r i l , 1 9 6 7 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . 6 7

c ) T h e c lin ic a i an d p h y sio p at h o lo g ical f eat u r es o f t h e ch r o n ic p r o t r act ed salm o n ello sis do n o t rep r o d u ce t h e classic p ict u r e o f e it h e r t yp h o id f e v e r o r o f t h e so called “ acu t e fo o d p o iso n in g ” t yp e.

d ) Based on t h e a v a ila b le d at a i t is n o t p o ssib le to su p p o r t in t h is Sa l ­ m o n ello sis t h e f u n d am e n t a l d if f e r e n t ia t io n o f salm o n ella o r g an ism s in accor- d an ce w it h i l s c a p a c it y o f ad ap t at io n t o m an an d to o t h e r k in d o f an im ais as t h e K i e l d o ct r in e p o s t u lat e s . T h e f a c t is t h a t o t h er salm o n ellae b esid es S . t y p h i an d S. 'p a r a t y p h i g ro u p h ave b een ab le to p ro d u ce in ad u lt s as w e ll as in c h ild r e n in d ist in g u ish ab le c lin ic a i p ict u r es in w h ic h p r o t r act ed sep t icem ia, h y p e r p la sy o f r e t icu lo e n d o t h eü al syst em an d severe d ysp r o t ein em ia ar e t h e p r o m in en t f e at u r e s .

e) A p a r t f r o m t h e v ir u le n ce o f salm o n ellae o t h e r f act o r s ar e n o t e- w o r t h y f o r t h e p h y sio p at h o g en et ic in t e r p r e t a t io n o f t h is co n d it f o n an d n eed t o be in ve st ig at ed . So m e c h a r a c t e r is t ic s w h ic h m ay m o d if y t h e b o d ily d ef en sive m ech a- n ism s, allo w co n d f t io n s f o r t h e m u lt ip lic a t io n o f salm o n ellae an d su st ain s t h e in f e ct io n , h a v e to b e em p h as’ zed, as asso ciat ed p a r a s it ic in f ect io n s, p a r t ic u la r ly t h e co n st an t S. m a n s o n i in t e r c u r r e n t in f e ct io n , ch r o n ic m a ln u t r it io n , severe d ysp r o t ein em ia e it h e r d u e t o p r o t e in d ep let f o n o r to a r e a c t ir n a r y s t a ie o f t h e r e t icu lo e n d o t h eü al syst em t r ig g er ed b y t h e selet ive salm o n ello t ic ag ressio n , ch an g e in t h e im m u n o lo g ical p ro cess d u e t o an i n lr b it io n o f an t ib o d y svn t h esis an d p h ag o cyt o sis o r t o an in s u f f ic ie n t im m u n o lo g ical p r o p er t y o f g lo b u lin s, d esp it e t h ese seru m p r o t ein s b ein g h ig h ly in cr eased in t h is d isease.

f ) A n u m b er o f r ep o r t s h ave b een p u b lish ed g ivin g t h e p r o p o r t io n o f d if f e r e n t c l 'n i c a l asp ect s o f t y p h o id f e v e r w i t h co - ex ist en ce o f S. h a e m a t o b iu m an d S. j a p o n i c u m in f e c t io n s . D esp it e t h e co n st an t f in d in g o f S. m a n s o n i in f e c t io n in o u r cases, t h e a v a ila b le d at a ar e n o t s u f f ic ie n t t o ev alu at e t h e ro le i t p lay s in t h e p at h o g en esis o f p r o t r act ed co u rse salm o n ello sis an d p a r t ic u la r ly to ex p lain t h e p o ssib le lin k s b et w een Sch ist o so m iasis an d t h e a lt e r a t io n o f h u m an s e n s it iv it y t o salm o n ellae ad ap t ed t o o t h e r an im ais.

Fi n a l l y w e w o u ld lik e t o em p h asiz e t h a t co n sid er ab le at t e n t io n m u st be d ir e c t t o w ar d s t h e p o ssib ilit y o f a r e lat io n sh ip b et w een salm o n ello t ic in f e ct io n an d n u t r it iv e st at es, sch ist o so m a in f e ct io n s an d t h e r esist en ce- su scep t ib ilit y r e a c t io n .

B IB L IO G R A F IA

1. A BD A LLA H , A . — Ba c t e r io lo g ic a l f lo ­ r a i n u r in a r y Sch ist o so m iasis. J. It o y Eg y p t . M ed . A sso c. 29: 33- 37 1946. 2. BEN ET , I . L . & H O O K , E. W . — In -

f ect io u s D iseases: som e asp ect s o f Sa l ­ m o n ello sis. A n n . Re v . M ed . 10: 1- 20, 1959.

3. B IE R , O . — Bac t e r io lo g ia e Im u n o lo g ia e su as ap licaçõ es à M e d ic in a e à H ig ie ­ n e . 10.a ed ição , p . 707. São Pau lo , M e ­ lh o r am en t o s, 1961.

4 . ED W A RD S, P . R . , BR U N ER , D . W . & M O RA N , A . B . — T h e g en u s Sa lm o n e l­ la : it s o ccu r en ce an d d ;s t r ib u it io n in t h e U . S . A . Bu l l e t i n 525. K e n t u c k y A g r ic u lt u r a l Ex p e r im e n t a l St a t io n Un i- v e r s it y o f K e n t u c k y , 1948.

5. ESC H W EIL ER , P . C . , W A H L IN , J. R . an d SN O W , A . — In f e c t io n s d u e to Sa l m o n e l l a c h o l e r a p .s u i s. A n n In t . M ed . 20: 275- 280, 1944.

6. F ISH ER , M U L L ER , B IT T E R (i n H o r ­ m aech e & c o ls ., 1936) .

7. H A L A W A N I A ., A BD A LLA , A . & BA - D RA N , A . — T h e r e la t io n b et w een sch ist o so m iasis an d t h e u r in a r y e n t e r ic c a r r ie r s t a t e . A m . J. T r o p . M ed . 9: 371- 373, 1960.

8. H O RM A EC H E, E. — Pa t o lo g ia y epe- d em io lo g ía de las salm o n elo sis in f a n t i-le s . A r c h . d e Pe d . d ei U r u g ... 10: 445- 462, 1939.

9 . H O RM A EC H E. E . & SA LSA M EN D I, R . C . — Pr im e r a s in vest ig acio n es so­ b re la in f e cció n de lo s an im ales p o r salm o n ellas en el U r u g u ay (n o t a p r é­ v ia ) . Co m u n icació n a la So cied ad e de Bio lo g ia d e M o n t evid éo (Sesió n d ei 3 de setem b re. 1936) .

10. H O RM A EC H E, E. & SA LSA M EN D I. R . C . — So b r e la p r esen cia d e salm o- n e lia s en lo s g ân g lio s m esen térico s de cerd o s n o r m ales. A r c h . U r u g . M ed .

C 5r u r g . Es p . 9: 665- 672, 1939.

11. H O RM A EC H E, E. & SU RRA C O , N . — In v est ig acio n es so b re la ex ist en cia de la d esin t er ia b a c ila r en n u est r o p ais. A r c h . U r u g . M ed . Esp . 6: 624- 646, .. 1935.

12. H O RM A EC H E, E . & SU RRA C O , N . — U n n u evo cap ít u lo de n u est r a p at o lo ­ g ia — L a d isen t er ia b a c ila r . A n . de la Fa c . d e M ed . M o n t evid eo 23: 171- 227, 1938.

13. H O RM A EC H E, E . , SU RRA C O , N . & A L EPPO , P . L . — L a d isen t er ia b a c ila r en r e lació n co n la s d iar r eas in f a n t ile s de v e r a n o . A r c h . de Pe d . d ei Ur u g u ay. 10: 573- 584, 1939.

(10)

6 8 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . V o l . I — N ? 2

las “ en t er o co lit is” d e la in f a n c ia . A r ch . Ur u g . M ed . Cir u g . Esp . 9: 113- 162, 1936. 15. H O RM A EC H E, E . , PEL U FFO , C .A . &

A L EPPO , P . L . — Z u r et io lo g ie d er So m m er d iar r h o e b ei K i n d e r m it beson- d er er Be r ü ck sich t ig n n g d er Sa lm o n e lla In f p k t o n en . Z. H yg 119: 453- 458, 1937. 16. H O RM A EC H E, E . , PEL U FFO , C .A . & A L EPPO , P . L . — La s salm o n ellas en p at o lo g ia in f a n t ile . A r ch . de Pe d . d ei U r u g u ay . 9: 8- 28, 1940.

17. JA G ER , B . V . & LA M B, M . E . — Spo- r a d ic in f e ct io n s cau sed b y Sa l m o n e l l a s u i v e s t i f e r an d Sa l m o n e l l a o r an lem -b u r g . N ew En g la n d J. M ed . 256: . . . 1128- 1153, 1957.

18. N EV A , F . — U r i n a r y e n t e r ic c a r r ie r s in Eg y p t . A m . J. T r o p . M ed . 29: 909- 919, 1949.

19. N EV ES, J. — C alaz ar em M in a s G e ­ r ais Su b síd io ao estu d o d a r eação de f ix ação do co m p lem en to (R . F .C . ), est u ­ do c lin ico la b o r a t o r ia l e t er ap êu t ico a p ro p ó sito de 14 caso s. Tese d e d o u t o ­ r am en t o , Fa c . M ed . U . F . M . G . , Be lo H o riz o n t e, 1958.

20. N EV ES, J. — T r at am e n t o d a Leish m a- n io se V is c e r a l A m er ican a p elo an t im o - n iat o de N - m et il g lu cam in a (su b síd io p ar a o co n ceit o de c u r a ). Tese de co n ­ cu rso , Fa c . M ed . U . F . M . G . , Be lo H o ­ riz o n t e, 1963.

21. N EV ES, J. & LO BO M A RT IN S, N . R . L . — “ Feb r e t if ó id e p r o lo n g ad a” , em M i­ n as G e r a is . O H o sp it a l (Rio d e Ja n e i ­

r o ) 67: 497- 506, 1956.

22. N EV ES, J. & LO BO M A RT IN S, N . R . L . — Salm o n elo se sep t icêm ica p ro lo n g a.- d a. Su b síd io s à su a p at o g en ia. Re v . In s t . M ed . t r o p . São Pa u lo 7 : 233- 240, 1965.

Z3 . N EV ES, J. & L O B O M A RT IN S, N . R . L . — Lo n g d u r at io n co u rse o f sep t icem ic

salm o n ello sis. St u d y o f 37 cases an d r ep o r t o f 12 d is t in c t sp ecies o f Salm o ­ n e lla o r g an 'sm s im p licat ed in it s pa- t h o g en y (em p u b lic a ç ã o ).

24. PER ES, J. N . — A sp ect o s b act er io ló g i­ cos d as d iar r é ias d a in f â n c ia em Belo H o r iz o n t e. A b s t r at c t s o f t h e p ap ers of t h e Se v e n t h In t e r n a t io n a l Co n g resses o n T r o p ic al M ed icin e an d M a la r ia , p . 530. Rio d e Ja n e ir o 1 a 11 setem b ro , 1963.

25. R EIL L Y , J. — Pat h o g en ie et t r ait e- m en t de l a f iè v r e t y p h o id e. A cq u isi- t io n s M éd . Re c ., p . 201, 1955.

26. R EIL L Y , J. , R IV A L IER , E . . CO M PA G- N O N , A ., L A PL A C E, R . & B U IT , H . — Su r l a p at h o g én ie d e l a d ysen t er ie L a f iè v r e t yp h o id e e x p ér im en t ale. Le rô le d u syst èm e n eu r o - veg et at if d an s la g énèse des lésio n s in t e s t in a le s . A n n . M éd . 37: 182- 241, 1935.

27. R EIL L Y , J. , R IV A L IER , E . , C O M PA G- N O N , A .. PH A M , H . C ., FRIED M A N N , E. & B U IT , H . — Les in f e ct io n s éber- t h ien n es lar v és (2 e m é m o ir e ). Le rô le

d e 1’in f la m m a t io n h yp ér er g iq u e e t l ’in - t e r v e n t io n d u syst èm e n eu r o - vég et at if d an s so n m écan ism e. A n n . M éd . . . . 39: 138- 164, 1936.

28. SA PH RA , I . & W A SSERM A N , M . — Sa l m o n e l l a c h o le r a e - s u i s ; c lin ic a i an d ep id em io lo g ical e v alu at io n o f 329 in ­ f ect io n s id e n t if ie d b et w een 1940 an d 1954 in N ew Y o r k Sa lm o n e lla ce n t e r . A m . J. M . Se ., 228: 525- 533, 1954. 29. SA PH RA , I . & W IN T ER , J. W . — C li­

n ic a i m an if est at io n s o f Salm o n ello sis in m an . A n e v alu at io n o f 7.779 h u m o n in f e c t io n s id e n t if ie d a t N ew Y o r k Sa l ­ m o n ella C en t er . N ew En g la n d J. M ed . 256: 1128- 1153, 1957.

30. SEL IG M A N , E . , SA PH RA , I . & W A S­ SERM A N , M . —■ Sa lm o n e lla in f e ct io n s in m an . A n an aly sis o f 1,000 cases b ac- t er io lo er ically id e n t if ie d b y t h e N ew Y o r k Sa lm o n e lla C en t er . A m . J. H y g . 38: 226- 243. 1943.

31. SEL IG M A N , S. , SA PH RA , I . & W A S­ SERM A N . M . — Sa lm o n e lla in f e ct io n s in t h e U . S . A . A seco n d series o f 2,000 h u m an in f e ct io n s reco rd ed b y t h e N ew Y o r k Sa lm o n e lla C en t er . J. Im m u n o l.

54: 69- 87, 1946.

32. T A I T Z E- Y IN G , H SU C H A O - YU EH , C H A N G H SIA O - C H IH & L IU Y U - K ’U N . — T y p h o id an d p ar at y p h o id fe- ver s o ccu r r in g in cases o f Sch isto so - m iasis. C h in . M ed . J. 76: 426- 435, 1958. 33. T A R D IEU , G. — Le t y p h u s. Ét u d e p h y-

sio p at h o lo g iq u e d e 1’a t t e in t d u d ien- cep h ale au co u rs de la f iè v r e t yp h o id e. Pr esse m éd . 7 : 75- 78, 1942.

34. T E IX E IR A , R . S . — Est u d o c lín ic o de caso s d e f eb re t if ó id e p ro lo n g ad a, Bo i. D ep t o . Saú d e Se c . Saú d e Pú b . e A ssist .

Soda} áo Estado da Bahia 2: 5-145, ..

1959.

35. T E IX E IR A , R . S . — T y p h o id f e v e r o f p r o t r act ed co u rse. Re v . In s t . M ed . t r o p . São Pa u lo . 2 : 65- 70, 1960. 36. T E IX E IR A , R . S . — A f eb r e t if ó id e de

cu rso p ro lo n g ad o e o calaz ar (est u d o c o m p a r a t iv o ). H o sp it a l (Rio d e Ja n e i ­ r o ) 63: 1105- 1124, 1963.

37. T E IX E IR A , R . S . — Feb r e t if ó id e p r o ­ lo n g ad a. Re v . M éd . Ba h ia , 18: 7- 10, 1962.

38. V IN C EN T , H . — L a f iè v r e t yp h o id e, m alad ie d ’in t o x ic a t io n ; ét u d es d es 2 to- x in es (n eu r o t o x in e et en t ér o t o x in e) se- cret ées p a r so n b ac ille p at h o g èn e. Bu l i A c a d . n a t . m éd ., 129: 145- 154, 1945. 3 9 . V IN C EN T , H . — Rem ar q u es à p ro p o s

d es r é act io n s p r o d u it es ch ez le ch ev al p a r les d eu s t o x in es d u b ac ille t yp h iq u e (n eu ro - t o x in e et e n t é r o t o x in e ). B u l i A cad . n a t . m éd . 132: 53- 55, 1948. 40. W A L L , N .M . & H O B B S. R . E . — A cu t e

Referências

Documentos relacionados

Durante a construção do Metro do Porto duas das estações foram materializadas à custa da escavação de poços elípticos de grande diâmetro, seguindo uma

Este dado diz respeito ao número total de contentores do sistema de resíduos urbanos indiferenciados, não sendo considerados os contentores de recolha

No âmbito do Programa do Medicamento Hospitalar do Ministério da Saúde, a Farmacotecnia está descrita como sendo o “sector dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares onde é

Concordando com as asserções da autora, entendemos que o aluno surdo, para compreender os mecanismos que envolvem os usos da língua portuguesa escrita como L2 e a construção

Para a análise do desempenho dos estilos de hedge funds em relação ao mercado acionário e de títulos públicos por meio da metodologia da Quase Dominância Estocástica,

O tema norteador do estudo é a constituição dos saberes e a formação da identidade pro- fissional do professor bacharel que atua na educação profissional, orientando-nos pelos

Para assegurar que a solução de cali‐ bração não alterou a condutibilidade devido a evaporação ou propagação, recomendamos vivamente que a conduti‐ bilidade da solução

Para finalizar, espera-se que os resultados da pesquisa deste grupo gerem impacto na comunidade científica, tanto na área aplicada quanto nas