• Nenhum resultado encontrado

A Pastoral da Criança em Criciúma, Santa Catarina, Brasil: cobertura e características sócio-demográficas das famílias participantes.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "A Pastoral da Criança em Criciúma, Santa Catarina, Brasil: cobertura e características sócio-demográficas das famílias participantes."

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

A Past oral da Criança em Criciúma, Sant a

Cat arina, Brasil: cobert ura e caract eríst icas

sócio-demográficas das famílias part icipant es

The Child re n’s Pasto ral in Cric iúma, So uthe rn Brazil:

c o ve rag e and so c io -d e mo g rap hic c harac te ristic s

o f p artic ip ating familie s

1 Pastoral d a Crian ça. Orga n ism o d a Con ferên cia N a cion a l d os Bisp os d o Bra sil (CN BB). Ru a Pa st eu r 279, Cu rit ib a , PR 80250- 902, Bra sil. 2 Dep artam en to d e M ed icin a Socia l, Fa cu ld a d e d e M ed icin a , Un iv ersid a d e Fed era l d e Pelot a s. C. P. 464, Pelot a s, RS 96001- 970, Bra sil. 3 Secretaria Mu n icip al d e Sa ú d e, Prefeit u ra M u n icip a l d e Criciú m a . Ru a Dom ên io Sôn ego 542, Criciú m a , SC

88804- 050, Bra sil. 4 Dep artam en to M atern o In fa n t il, Fu n d a çã o Un iv ersid a d e d o Rio Gra n d e. Ru a M a jor Ca rlos Pin t o 551, Rio Gra n d e, RS

96211- 021, Bra sil.

N elson A. N eu m a n n 1 Césa r G. Vict ora 2 Rica rd o Ha lp ern 2 Pa u la R. V. Gu im a rã es 3 Ju ra ci A. Cesa r 4

Abst ract Th is st u d y d escrib es t h e m a in socia l, econ om ic, b iologica l, a n d d em ogra p h ic ch a ra c-t erisc-t ics of ch ild ren a n d fa m ilies w h o p a rc-t icip a c-t e or h a v e p a rc-t icip a c-t ed in c-t h e Ch ild ren’s Pa sc-t ora l as com p ared t o t h e overall u rban p op u lat ion of Criciú m a (Sou t h ern Braz il). A p op u lat ion -based cross- sect ion a l st u d y w it h a p rob a b ilist ic sa m p le of 2208 ch ild ren u n d er t h ree yea rs of a ge w a s co n d u ct ed ; 16.7% o f t h e m o t h ers co n f i rm ed h a v i n g p a rt i ci p a t ed i n t h e Pa st o ra l a t a n y gi v en t im e, of w h om 4.8% w ere cu rren t ly p a rt icip a t in g, w h ile t h e rest h a d d rop p ed ou t . Bla ck ch ild ren a n d t h ose ov er 12 m on t h s old or w it h t w o or m ore old er siblin gs p a rt icip a t ed m ore frequ en t ly in t h e Pa st ora l. Th e m a in fa m ily fa ct ors a ssocia t ed w it h p a rt icip a t ion w ere m ot h er’s a ge (ov er 25), m ot h er n ot w ork in g ou t sid e t h e h om e, low p er ca p it a in com e, low p a ren t a l sch oolin g, liv in g in t h e n eigh b orh ood for m ore t h a n 4 yea rs, a n d d ea t h of sib lin g b efore a ge fiv e. Rea son s m ost oft en gi v en b y m o t h ers f o r d ro p p i n g o u t w ere m i gra t i o n , la ck o f t i m e, a n d i n t erru p t i o n o f t h e Pa s-t ora l’s a cs-t iv is-t ies in s-t h e n eigh b orh ood . Th e con clu sion w a s s-t h a s-t s-t h e Pa ss-t ora l sh ou ld p rioris-t iz e s-t h e p oorest of t h e p oor an d ad op t m easu res t o red u ce d rop -ou t rat es.

Key words Ch ild ; Ch ild Ca re; Progra m Eva lu a t ion ; Eva lu a t ion ; Ep id em iology

Resumo Com o ob jet iv o d e d escrev er a s p rin cip a is ca ra ct eríst ica s sócio- econ ôm ica s, b iológica s e d em ográ fica s d a s cria n ça s e fa m ília s q u e p a rt icip a m ou p a rt icip a ra m d a Pa st ora l d a Cria n ça em rela çã o à p op u la çã o u rb a n a d o Mu n icíp io d e Criciú m a - SC , rea liz ou - se u m est u d o t ra n sver-sa l d e b a se p op u la ci on a l, com u m a a m ost ra p rob a b i lí st i ca d e 2.208 cri a n ça s m en ores d e t rês a n os. Verificou -se qu e 16,7% d a s m ã es est u d a d a s a firm a ra m t er p a rt icip a d o a lgu m a vez d a Pa st oral; d esst as, 4,8% ain d a o faz em , h aven d o as resst an st es aban d on ad o o acom p an h am en st o. Crian ças com m ais d e 12 m eses, n egras, com d ois ou m ais irm ãos m ais v elh os, t iveram m aior freqü ên cia d e p a rt icip a çã o. Os p rin cip a is fa t ores fa m ilia res a ssocia d os à p a rt icip a çã o fora m id a d e m a -t ern a a ci m a d o s 25 a n o s, o f a -t o d e a m ã e n ã o -t ra b a lh a r f o ra d e ca sa , ren d a p e r ca p it ab a i x a , m en or escolarid ad e d os p ais, tem p o d e m orad ia n o bairro su p erior a qu atro an os e m orte d e filh o m en or d e cin co a n os. A m igra çã o, a fa lt a d e t em p o e a in t erru p çã o d a s a t iv id a d es p ela Pa st ora l foram os p rin cip ais m ot iv os alegad os p ara o aban d on o. Con clu iu -se qu e a Past oral d ev eria p rio-riz ar os m ais p obres d os p obres e ad ot ar m ed id as p ara red u z ir a t ax a d e aban d on o.

(2)

Introdução

O En co n t ro Mu n d ia l d e Cú p u la p e la Cria n ça (ON U , 1990) re co n h e ce u co m o d e sa fio a se r su p era d o a situ a çã o d e cria n ça s exp o sta s, n o m u n d o in teiro, a p erigos q u e afetam seu cres-cim e n t o e d e se n vo lvim e n t o. Na p u b lica çã o d o UNICEF – Situ a çã o Mu n d ia l d a In fâ n cia – (UNICEF, 1994), estim a va -se q u e 190 m ilh õ es d e crian ças m en ores d e cin co an os seriam cro-n icam ecro-n te d escro-n u trid as, cocro-n d ecro-n ad as d esd e ce-d o a u m p ace-d rão ce-d e m orb ice-d ace-d e e ce-d e ce-d esen volvi-m en to p recário.

Esse en co n tro a p rovo u u m p la n o d e a çã o (ONU, 1990b ) q u e p revê red u ções d a m orta li-d ali-d e e li-d a li-d esn u trição grave e m oli-d erali-d a en tre os m en ores d e cin co an os; red u ção d a m ortali-d aortali-d e m atern a; acesso u n iversal à águ a p otável, ao san eam en to b ásico e à ed u cação b ásica; re-d u ção re-d o an alfab etism o en tre os are-d u ltos, com ên fa se n a s m u lh eres, e p ro teçã o à s cria n ça s q u e vivem em circu n stân cias p articu larm en te d ifíceis.

No Bra sil, segu n d o d a d o s d o cen so d em ográfico d e 1991 (UNICEF/ IBGE, 1995), as crian -ças d e até seis an os qu e viviam em favelas e as-sem elh ad os som avam 1.468.329, con stitu in d o u m gru p o p rioritário p ara tais ações.

Den tro d esse con texto, con form e Gwa tkin et a l. (1979) e McCo rm ick (1983), a s in ter ven -çõ es co m u n itá ria s em cu id a d o s p rim á rio s à saú d e e n u trição têm sid o d ifu n d id as p or tod o o m u n d o, ten d o-lh es sid o atrib u íd a a red u ção d a m orb i-m ortalid ad e d e crian ças m en ores d e seis an os. Nessa p rática, in sere-se a Pastoral d a Cria n ça (1998), o rga n ism o d e a çã o so cia l d a Co n ferên cia Na cio n a l d o s Bisp o s d o Bra sil – CNBB. Esta in stitu içã o, cria d a em 1983, tem co m o o b jetivo tra b a lh a r d ireta m en te co m a s fam ílias em n ível d om iciliar, d en tro d e valores cu ltu rais, com o a fratern id ad e, a co-resp on sa-b ilid a d e so cia l e o ecu m en ism o, p a ra q u e a s cria n ça s se d esen vo lva m in tegra lm en te, evi-tan d o a m orb i-m ortalid ad e in fan til.

Da d o s referen tes a o segu n d o trim estre d e 1998 situ a m a Pa stora l d a Cria n ça (1998b ) em 2.966 m u n icíp ios d e tod os os estad os b rasilei-ro s, a co m p a n h a n d o, e m m é d ia , a ca d a m ê s, 1.291.375 crian ças m en ores de seis an os, 64.102 gesta n tes, a tra vés d a a tu a çã o d e 103.409 líd e-res com u n itários. Esses líd ee-res são volu n tários qu e atu am ju n to a fam ílias em su a vizin h an ça, d en tro d e u m con texto com u n itário.

A Pa sto ra l d a Cria n ça co n sid era co m o crian ça acom p an h ad a aq u ela q u e, n o m ês, foi visita d a p ela líd er co m u n itá ria o u p a rticip o u d e a lgu m a a tivid a d e d a Pa stora l, ta l com o p e-sa gem , reu n iã o o u b rin q u ed o teca . Os líd eres

são cap acitad os in icialm en te em ações b ásicas d e saú d e, com o: acom p an h am en to d a gestan -te, estím u lo ao aleitam en to m atern o, vigilân cia n u tricio n a l e p ro m o çã o d o crescim en to, ed u -ca çã o essen cia l, in cen tivo à s im u n iza çõ es e con trole d as in fecções d iarréicas. Grad u alm en te, essa cap acitação vai se esten d en d o p ara ou -tros tem as, com o o con trole d as in fecções res-p ira tó ria s em n ível d o m icilia r e res-p reven çã o d e a cid en tes d o m éstico s. Po sterio rm en te, a çõ es co m p lem en ta res, co m o a ca p a cita çã o em te -m as ligad os à cid ad an ia, p rojetos d e au to-su s-ten tação através d a geração d e ren d a e alfab e-tiza çã o d e joven s e a d u lto s sã o o ferecid o s à s com u n id ad es acom p an h ad as.

As ações realizad as p ela Pastoral d a Crian -ça foram ob jeto d e estu d o realizad o p or Victo-ra et al. (1991a) n o MaVicto-ran h ão em 1991. Naq u e-la p e sq u isa , co m p a ra ra m -se co m u n id a d e s com a p resen ça d a Pastoral d a Crian ça h á m ais d e u m a n o e co m u n id a d e s-co n tro le, d e n íve l só cio -eco n ô m ico sim ila r. As m ã es e cria n ça s acom p an h ad as p ela Pastoral m ostraram -se n i-tid a m en te su p erio res a o gru p o -co n tro le em u m a série d e in d icad ores d e p rocesso e em algu n s in d icad ores d e im p acto. No en tan to, a in -terp retação d os resu ltad os d aqu ele estu d o fica p re ju d ica d a p e la fa lta d e co n h e cim e n to d e q u ais p arcelas d a p op u lação são atin gid as p e-la Pastoral d a Crian ça, u m a vez q u e fatores as-socia d os com a p a rticip a çã o p od em d istorcer os resu ltad os (Nu tb eam , 1998; MacKen b ach & Gu n n in g-Sch ep ers, 1997). Po r exem p lo, a s lí-d eres são in stru ílí-d as p ara recru tar p referen cial-m en te cria n ça s q u e se en co n tra cial-m ecial-m p io res co n d içõ es d e sa ú d e e n u triçã o. É n ecessá rio, p o rta n to, d isp o r-se d e estu d o s q u e d em o n strem q u a is a s p a rcela s d a p o p u la çã o m a is in -ten sam en te atin gid as p ela Pastoral.

(3)

M ateriais e métodos

O estu d o foi con d u zid o n a área u rb an a d o Mu -n icíp io d e Criciú m a, -n o su l d o Estad o d e Sa-n ta Ca ta rin a , e em seu ú n ico d istrito, Rio Ma in a , com u m a p op u lação total d e 159.101 h ab itan -tes (IBGE, 1996b ).

A área estu d ad a foi d ivid id a em 113 setores cen sitários u rb an os d efin id os p elo IBGE (Fu n -dação In stituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica ), ten d o a p roxim a d a m en te 317 d om icílios p articu lares ocu p ad os em cad a setor.

Por n ão ser a Pastoral d a Crian ça h om oge-n ea m eoge-n te d istrib u íd a oge-n o m u oge-n icíp io, a a m o s-tra gem fo i rea liza d a em d o is ess-tra to s: seto res com p resen ça d a Pastoral d a Crian ça e d em ais seto res. To d o s o s 37 seto res co m Pa sto ra l d a Crian ça foram in clu íd os, visitan d o-se 54% d os d o m icílio s. No s 76 seto res resta n tes, fo i rea li-za d a a m o stra gem p ro p o rcio n a l a o ta m a n h o, sen d o visitad os 155 d om icílios em cad a u m d os 15 selecio n a d o s p o r esse p ro cesso. Fo i co n si-d era si-d o co m o seto r co m p resen ça si-d a Pa sto ra l d a Crian ça aqu ele qu e fizesse p arte d e u m b air-ro o u co m u n id a d e ca d a stra d a n o Sistem a d e In form ações da m esm a. Os setores em que h ou -ve o cu p a çõ es recen tes fo ra m m a p ea d o s p re-viam en te e seu s d om icílios con tad os a fim d e a atu alizar os registros forn ecid os p elo IBGE.

Em cad a setor escolh id o, foi sortead a u m a q u ad ra p ara in iciar a coleta. Nessa q u ad ra, foi sortead a u m a esq u in a, sen d o visitad os con se-cu tivam en te todos os dom icílios n o sen tido h o-rá rio, a té co m p leta r o n ú m ero d e d o m icílio s in icialm en te p revistos p ara cad a setor.

Em b o ra em ca d a estra to o esq u em a d e am ostragem p erm itisse igu al ch an ce d e en tra-d a n o estu tra-d o p a ra to tra-d a s a s cria n ça s, h o u ve p ro p o sita l so b rea m o stra gem d o s seto res co m Pa sto ra l d a Cria n ça . Na a n á lise, essa so b rea -m ostragm foi co-m p en sad a através d e p on d e-ração p ara rep rod u zir a totalid ad e d a p op u la-ção m u n icip al: segu n d o o n ú m ero d e crian ças en con trad o n a am ostra d e cad a estrato, foi cal-cu la d a a p ro p o rçã o d e cria n ça s esp era d a n o m u n icíp io, p or estrato; esta p rop orção foi d ivi-d iivi-d a p ela p ro p o rçã o en co n tra ivi-d a n a a m o stra , resu lta d o n o fa to r d e p o n d era çã o. Fo ra m en -trevista d a s 428 cria n ça s q u e p a rticip a va m o u já h a via m p a rticip a d o d a Pa sto ra l, rep resen -tan d o, ap ós a p on d eração, 369 d elas.

A en trevista con sistia em u m q u estion á rio p ré-cod ificad o, ap licad o à m ãe ou p essoa res-p on sável res-p ela crian ça, cob rin d o características só cio -eco n ô m ica s e b io ló gica s. No co n texto d este a rtigo, os term os p a i ou m ã e referem -se aos p ais sociais qu e m oram com a crian ça, b io-lógicos ou n ão. As variáveis estu d ad as p ara

ca-d a cria n ça in clu íra m sexo, ica-d a ca-d e em ca-d ia s, o r-d em r-d e n ascim en to, cor r-d a p ele (ob servar-d a p e-lo en trevistad or). As variáveis fam iliares in clu í-ram a id ad e d a m ãe em an os com p letos, ren d a fam iliar total n o ú ltim o m ês, trab alh o m atern o n os ú ltim os 12 m eses (tra b a lh ou fora d e ca sa , em ca sa p a ra fo ra e n ã o tra b a lh o u ), ren d a p er ca p it a(ren d a fa m ilia r to ta l d ivid id a p elo n ú -m ero d e -m orad ores n o d o-m icílio), escolarid ad e ad o p a i e ad a m ã e (em a n o s ad e estu ad o co m -p letos com a-p rovação), religião, ti-p o d e u n ião m atrim on ial, tem p o d e m orad ia n o b airro (em an os com p letos) e h istória d e m orte d e crian ça m en o r d e cin co a n o s n a fa m ília (in clu in d o cria n ça s n a scid a s a n tes o u d ep o is d a cria n ça ín d ice). As categorias d e cad a variável u tilizad a n a a n á lise p o d em ser vista s n a s Ta b ela s 1 e 2, n a seção d e Resu ltad os.

Pergu n tou -se ain d a à m ãe se a m esm a p ar-ticip a, ou p arar-ticip ou n o p assad o, d a Pastoral d a Crian ça. Con sid erou -se com o p articip an te d a Pastoral a m ãe q u e resp on d eu afirm ativam en -te a esta q u estã o ; m ã es q u e rela ta ra m co m o p articip ação a freqü ên cia a u m a ú n ica reu n ião d a Pastoral d a Crian ça foram con sid erad as co-m o n ã o p a rticip a n tes. Ho u ve 68 co-m ã es q u e se classificaram com o n ão p articip an tes (n em n o p assad o, n em atu ais), em b ora tivessem sid o vi-sita d a s (55 cria n ça s) o u p esa d o seu s filh o s n a Pastoral d a Crian ça n os ú ltim os três m eses (14 crian ças in clu in d o u m a d as 55 acim a).

Fo ra m revisita d os cerca d e 10% d os d om i-cílio s, sen d o rep etid a s a lgu m a s d a s q u estõ es su p ra cita d a s p a ra ch eca gem d a q u a lid a d e d a en trevista realizad a an teriorm en te.

O estu d o foi realizad o n os m eses d e m arço a ju n h o d e 1996, d u ran te o ou ton o. As en trevis-ta s fo ra m co n d u zid a s p o r 14 en trevistrevis-ta d o res (com n o m ín im o dez an os de escolaridade), três su p ervisores de cam p o e u m su p ervisor de qu a-lid ad e. Realizou -se trein am en to teórico-p rático d e oiten ta h oras e estu d op iloto p reviam en -te ao estu d o. O q u estion ário era cod ificad o n o m esm o d ia p elo en trevistad or, sen d o revisad o p elo su p ervisor d e cam p o. Os qu estion ários fo-ram n ovam en te revisad os p ela equ ip e cen tral e d igitad os logo a segu ir. O p rogram a d e en trad a d e d ad os realizava au tom aticam en te a verifica-ção d a am p litu d e e con sistên cia d as variáveis. Os qu estion ários foram d igitad os u m a segu n d a vez, com com p aração sim u ltân ea com os dados da p rim eira digitação. Em caso de discordân cia, o d igitad or corrigia im ed iatam en te o erro.

(4)

-ça ou d e su a fam ília q u e estivesse p resen te em 12% a 86% d os d om icílios. No cálcu lo acim a, o erro alfa foi d e 5%.

As segu in tes d efin içõ es, b a sea d a s em Ha -b ich t et a l. (1984), fo ra m u tiliza d a s n o texto : cob ertu ra referese à p arcela d e tod as as crian -ças qu e foram ou são acom p an h ad as p ela Pas-to ra l d a Cria n ça ; fo co refere-se à p a rcela d a s crian ças acom p an h ad as p ela Pastoral qu e m ais n ecessitariam d e seu s cu id ad os, segu n d o o n í-vel sócio-econ ôm ico d a fam ília.

A an álise estatística in clu iu o teste d o Qu i-Qu ad rad o p ara as tab elas d e con tin gên cia. Nas ta b ela s 2x2, fo i u tiliza d a a co rreçã o d e co n ti-n u id ad e e, q u ati-n d o algu m a freq ü êti-n cia esp era-d a era in ferior a cin co, foi u tilizaera-d o o teste exa-to d e Fish er. Na an álise b ivariad a com variáveis o rd in a is o p va lo r refere-se à ten d ên cia lin ea r em p rop orções de Man tel-Haen szel (Kirkwood , 1988). Estes testes fo ra m rea liza d o s p elo p ro gram a SPSS (SPSS, 1994). Para o cálculo do tem -p o d e -p erm a n ên cia n a Pa sto ra l, u tilizo u -se o m étod o atu arial p ara con stru ção d e cu rvas d e sob revivên cia (Kirkwood , 1988).

Result ados

No t o t a l, fo ra m visit a d o s 9.152 d o m icílio s, se n d o e fe t iva m e n t e in clu íd a s 2.208 cr ia n ça s m e n o re s d e t rê s a n o s. Me sm o co m u m m ín im o d e q u a tro visita s eim d ia s e h o ra s d iferen tes, a au sên cia d o m orad or foi a p rin cip al cau -sa da n ão-localização da crian ça (37 das 63 p erd a s – 59%). Oito cria n ça s m u erd a ra m se ou p a -ra ou t-ra cid a d e (q u a tro) ou d e b a irro (q u a tro) a p ó s o co n ta to in icia l d o en trevista d o r co m a fa m ília . No s seto res co m Pa sto ra l d a Cria n ça , as p erd as e recu sas foram m en ores d o q u e n os d em ais (2,1% versu s5,7% – p <0,001). O ín d ice glob al d e p erd as foi d e 2,8%.

A am ostra teve u m a p eq u en a p red om in ân cia d e crian ças d o sexo m ascu lin o (51,0%), sen d o h om ogen eam en te d istrib u íd a qu an to à id a -d e. A m aior p arte -d as crian ças era p rim eiro ou segu n d o filh o. Hou ve p red om in ân cia d a cor d e p ele b ran ca (88,6%).

A idade m atern a m édia foi de 27,7 an os com -p letos, com desvio -p adrão (d.-p.) igual a 6,8 an os. A escolarid ad e m éd ia foi d e 6,7 an os d e estu d o (d .p. = 3,4 an os) p ara as m ães e 7,3 p ara os p ais (d .p. = 3,5 a n os). A m ed ia n a d a ren d a fa m ilia r m en sal total foi de qu atrocen tos e oiten ta reais. Cerca d e três q u artos d as fam ílias d eclara-ram -se católicas. En tre os p ais, 23% n ão são ca-sad os, e, em u m a fam ília a cad a d ez, a m u lh er n ã o tin h a co m p a n h eiro. Meta d e d a s fa m ília s m ora em Criciú m a h á p elo m en os 19 an os e n o

m esm o b airro h á seis an os ou m ais. Três em ca-d a cem m ães referiram p erca-d a ca-d e filh o m en or ca-d e cin co an os.

Da s m ã es en trevista d a s, 16,7% a firm a ra m ter p a rticip a d o a lgu m a vez d a Pa sto ra l d a Crian ça, e 4,8% ain d a o fazem (Figu ra 1). Den -tre as qu e d eixaram d e p articip ar, os p rin cip ais m otivos foram : m igração (23,6%), falta d e tem -p o (17,2%), in terru -p çã o d a s a tivid a d es -p ela Pastoral n o b airro (16,8%), falta d e in teresse ou com od ism o (11,8%) e trab alh o m atern o (6,5%).

En tre a s m ã es q u e n u n ca p a rticip a ra m , 58,2% n ã o sa b em o q u e a Pa sto ra l d a Cria n ça faz. Das qu e sab em , os p rin cip ais m otivos p ara n ã o p a rticip a r fo ra m : fa lta d e tem p o (35,5%), falta d e in teresse ou com od ism o (20,7%), falta d e con vite p a ra p a rticip a r (12,8%), d escon h e-cim en to d a p resen ça d a Pa sto ra l n o b a irro (8,7%), in terru p ção d o trab alh o d a Pastoral n o b airro (6,0%) e trab alh o m atern o (4,8%).

As Tab elas 1 e 2 m ostram as associações en -tre ca ra cte rística s d a cria n ça e d a fa m ília e a p articip ação n a Pastoral d a Crian ça. A terceira colu n a exib e o p ercen tu al d e tod as as crian ças d e Criciú m a q u e já p articip aram d a Pastoral; a qu arta, o p ercen tu al d as qu e ain d a p articip am . Na ú ltim a co lu n a , o b serva se a ta xa d e a b a n -d o n o, o u seja , o p ercen tu a l -d a s cria n ça s q u e d eixaram d e p articip ar d a Pastoral.

As taxas d e p articip ação foram su p eriores a 20% n as categorias d e crian ças com m ais d e 24 m eses, d e cor n egra e com três ou m ais irm ãos m ais velh os. A taxa d e ab an d on o au m en ta com a id ad e (p = 0,06). As taxas d e p ar ticip ação fo -ram sim ilares p ara m en in os e m en in as.

En tre os fatores fam iliares, a m aior id ad e d a m ãe, o fato d e n ão trab alh ar fora d e casa, a m e-n or ree-n d a p er cap ita, a m en or escolarid ad e d os p a is, o m a io r tem p o d e m o ra d ia n o b a irro e a p erd a d e filh o m en o r d e cin co a n o s d e id a d e estivera m fo rtem en te a sso cia d o s à p a rticip a -çã o n a Pa sto ra l. Cria n ça s d e fa m ília s o n d e já h avia ocorrid o u m a m orte d e crian ça ap resen taram u m a taxa d e p articip ação d u as vezes su p erio r à d a s d em a is fa m ília s. O tip o d e ca sa -m en to n ã o se -m o stro u a sso cia d o e a religiã o esteve n o lim iar d a sign ificân cia (p = 0,06), com p red om ín io p ara os católicos.

(5)

Utilizo u -se o m éto d o d e tá b u a d e so b revi-vên cia p ara in vestigar o tem p o d e p articip ação n a Pastoral. A d u ração m ed ian a foi d e 12,6 m e-ses, ten d o gran d e variação en tre os q u artis d e ren d a fam iliar total (Figu ra 2): 12,6 m eses p ara o p rim eiro q u a rtil; 24,4 p a ra o segu n d o ; 12,2 p a ra o terceiro e 12,1 p a ra o q u a rto q u a rtil, o q u e co n firm a o s resu lta d o s esta tistica m en te sign ifica tivo s (p = 0,003 p a ra ta xa d e a b a n d o -n o) m ostrad os -n a Tab ela 2.

Os m otivos p ara d eixar a Pastoral d a Crian ça ta m b ém va ria ra m sign ifica tiva m en te co n -form e a ren d a (Figu ra 3), h aven d o m aior con ti-n u id a d e d a s m ã es ti-n o orga ti-n ism o ti-n os d ois p rim eiros q u artis e rim aior freq ü ên cia d e ab an d o -n o p o r m u d a -n ça d e e-n d ereço -n o p rim eiro q u artil. Foi tam b ém m ais freq ü en te a Pastoral ter in terrom p id o su as ativid ad es n as com u n i-d ai-d es i-d e m en or ren i-d a.

Os in d ica d o res d e co b ertu ra e fo co fo ra m ca lcu la d o s p a ra verifica r se a Pa sto ra l esta ria efetiva m en te a tin gin d o o s m a is n ecessita d o s. Desen volveram -se, n este estu d o, critérios p ara iden tificar o su bgru p o p op u lacion al com m aior n ecessid ad e d e ser alcan çad o p ela Pastoral. Es-tu d a ra m -se a s p reva lên cia s d e d esn u triçã o (p eso/ id ad e in ferior a – 2 d .p. ab aixo d a m ed ia-n a d e referêia-n cia p rop osta p elo Natioia-n al Ceia-n ter fo r Hea lth Sta tistics – NCH S, 1977) co n fo r m e estratos d e ren d a fam iliar total. Desta an álise, fo ra m exclu íd a s cria n ça s q u e p a rticip a m o u p articip aram d a Pastoral, u m a vez q u e tal p ar-ticip ação p od eria d istorcer a associação en tre ren d a e d esn u triçã o. A a n á lise m o stro u q u e a ren d a a b a ixo d e d u zen to s rea is id en tifico u u m a su b p o p u la çã o co m 9,1% d e p reva lên cia d e d esn u trição, sen d o esta p revalên cia d e 2,3% p ara ren d as d e d u zen tos reais ou m ais (2,3% é exatam en te a p revalên cia esp erad a – con form e a d istrib u içã o n o rm a l – em u m a p o p u la çã o sau d ável). Utilizou -se, p ortan to, p ara o cálcu lo d e co b ertu ra e fo co d a Pa sto ra l d a Cria n ça , a p rem issa d e q u e to d a s a s fa m ília s co m ren d a in ferio r a d u zen to s rea is seria m a s q u e m a is n ecessitariam d o organ ism o. A cob ertu ra atu al d a Pastoral d a Crian ça n este gru p o foi d e 4,8%, e a cob ertu ra atu al ou p assad a, d e 19,5%. O foco (p ro p o rçã o d e to d a s a s cria n ça s a foco m p a n h ad as q u e se en con tram n este gru p o d e ren -da) foi de 13,7% p ara p articip ação atu al e 15,9% p ara p articip ação atu al ou p assad a.

Os in d ica d o res d e co b ertu ra e fo co fo ra m ta m b ém ca lcu la d o s u tiliza n d o co m o cr itério d e n ecessid a d e a h istó ria d e m o rte d e m en o r d e cin co an os n a fam ília. A cob ertu ra atu al d a Pastoral foi d e 12,8% e 34,3% p ara p articip ação atu al ou p assad a, sen d o o foco, resp ectivam en -te, 8,7% e 6,7%.

Discussão

As ações b ásicas d a Pastoral d a Crian ça têm co-m o p op u lação-alvo as faco-m ílias caren tes. O p re-sen te estu d o fo i rea liza d o em u m m u n icíp io com b aixo risco: segu n d o o ín d ice d e sob revi-vên cia d e crian ças elab orad o p elo IBGE e p elo UNICEF (UNICEF/ IBGE, 1994), Criciú m a está en tre o s trin ta m elh o res m u n icíp io s d e Sa n ta Catarin a e en tre os cin qü en ta m elh ores d o Bra-sil. No en ta n to, u m a p a rcela sign ifica tiva d e su a p o p u la çã o en co n tra -se em risco, ju stifi-can d o-se p rogram as qu e ven h am a lh e p rop or-cion ar m elh ores con d ições d e vid a.

Em razão da su a am ostragem p robabilística e d o b aixo p ercen tu al d e p erd as, o estu d o é re-p resen tativo d a re-p ore-p u lação u rb an a d e m en ores d e três an os d o m u n icíp io, p od en d o, p ortan to, d ar in d icações sob re o p erfil d as m ães e crian -ças q u e en tram n a Pastoral d a Crian ça. O p er-cen tu al d e p erd as n os setores sem Pastoral foi ligeiram en te su p erior (5,7% versu s2,1%), m as e ssa d ife re n ça n ã o a fe t a o s re su lt a d o s a p re -sen tad os.

A ên fa se d o a rtigo é id en tifica r gru p os p o -p u lacion ais qu e n ecessitam ser -p riorizad os -p e-la Pa stora l, n ã o h a ven d o, con seq ü en tem en te, n ecessid ad e d e an álise m u ltivariad a com con -trole d e fatores d e con fu são.

Ao se a n a lisa r sep a ra d a m en te a p a rticip a -çã o a tu a l e p a ssa d a , foi p ossível evid en cia r os fa to res a sso cia d o s co m a en tra d a e a p erm a -n ê-n cia -n a Pa sto ra l. Pa ra o to ta l d a a m o stra , a cob ertu ra atu al foi relativam en te b aixa (4,8%). Ch am a a aten ção, ain d a, a alta taxa d e ab an d o-n o, u m a vez q u e cerca d e 70% d as m ães q u e já p erten ceram à Pastoral a ab an d on aram .

Fig ura 1

Partic ip aç ão d as mãe s d e c rianç as me no re s d e trê s ano s na Pasto ral d a Crianç a. Cric iúma, 1996.

Nunca 83,3%

No passado 11,9% Atualme nte

(6)

Cria n ça s m a is velh a s a p resen ta m m a io res taxas d e p articip ação e ab an d on o, p elo p róp rio fato d e estarem m ais tem p o exp ostas à Pastoral d a Cria n ça . En tre a s q u e co n tin u a m , n ã o h á d istin ção d e id ad e.

Perceb e-se ta m b ém n ítid a p red om in â n cia d e cria n ça s co m três o u m a is irm ã o s m a is ve-lh os. Isto é p ositivo, p ois estas crian ças con sti-tu em -se em gru p o d e risco segu n d o a Socied a-de Civil Bem -Estar Fam iliar n o Brasil – BEMFAM (1996). No en ta n to, a s cria n ça s p rim o gên ita s ta m b ém d everia m ter m a io r a ten çã o, n ã o só p elo risco, m a s ta m b ém p o rq u e o s filh o s se -gu in tes d esta m ã e seria m b en eficia d o s p e lo s con h ecim en tos ad qu irid os.

As m in o ria s étn ica s ta m b ém co n stitu em gru p o d e risco, co m o a firm a m Newa ch eck et a l. (1996), e a m a io r p resen ça d a Pa sto ra l d a Crian ça, tan to atu al com o n o p assad o, en tre as crian ças n egras é fator p ositivo.

A m ais alta cob ertu ra atin gid a p elo organ is-m o (34,3%) foi en tre is-m ães qu e h aviais-m p erd id o u m filh o m en o r d e cin co a n o s d e id a d e, u m m a rca d o r d e a lto risco p a ra n ova s m o rtes in

-fan tis. Em bora a Pastoral da Crian ça ten h a u m a n ítid a p referên cia p elos p ais com m en or esco-larid ad e e ren d a, su a cob ertu ra é m aior n o se-gu n d o qu artil d e ren d a fam iliar total.

Pa ra evid en cia r o gru p o p o p u la cio n a l q u e m ais n ecessitaria d as ações d a Pastoral, id en -tifica ra m -se a s fa m ília s co m re n d a in fe r io r a d u ze n t o s re a is, cu ja s cr ia n ça s a p re se n t a m o m a io r r isco d e d e sn u t r içã o. Ao co n t r á r io d o q u e se r ia d e se já ve l, e st e gr u p o a p re se n t o u u m a co b e r t u ra igu a l à d a p o p u la çã o e m ge -ra l. O cá lcu lo d o fo co m o st ro u q u e se is e m ca d a se t e d a s cr ia n ça s a co m p a n h a d a s p e la Pastoral n ão p erten cem a este gru p o d e m aior risco. Algu m as líd eres d o organ ism o n os relat a ra m q u e, co m a s m ã e s e xrelat re m a m e n relat e p o -b re s, é n e ce ssá r io m a io r in sist ê n cia p a ra se co n se gu ir a su a a d e sã o e m a n t e r a s cr ia n ça s n o p ro gra m a .

Nesta p esq u isa , o b ser vo u -se q u e a ên fa se n o s m a is p o b res, q u e é u m d o s p rin cíp io s d a Pastoral d a Crian ça, ap licou -se às fam ílias qu e, em b ora p ob res, n ão são as m ais caren tes. Arti-go d e revisã o d e Za ku s & Lysa ck (1998) a

res-Tab e la 1

Taxas d e c o b e rtura d a Pasto ral d a Crianç a e taxas d e ab and o no c o nfo rme c arac te rístic as d a c rianç a. Cric iúma, 1996.

node crianças Cobert ura da part icipação Taxa de (n = 2.208) na Past oral da Criança abandono* *

Atual o u Atual* p assad a*

Sexo (p = 0,12) (p = 0,6) (p = 0,2)

masc ulino 1.125 (51,0% ) 17,9% 4,5% 74,8%

fe minino 1.083 (49,0% ) 15,4% 5,0% 67,4%

Idade (meses) (p < 0,001)*** (p = 0,5)*** (p = 0,06)***

0-11 722 (32,7% ) 12,0% 4,1% 65,5%

12-23 769 (34,9% ) 17,0% 5,2% 69,6%

24-35 716 (32,4% ) 21,2% 5,0% 76,6%

O rdem de nasciment o (p < 0,001)*** (p < 0,001)*** (p = 1,0)***

p rimo g ê nito 830 (37,8% ) 9,4% 2,7% 71,5%

se g und o filho 687 (31,4% ) 17,0% 4,3% 74,6%

te rc e iro filho 386 (17,6% ) 24,8% 8,3% 66,5%

q uarto filho 172 (7,9% ) 27,9% 8,5% 69,5%

q uinto ao 11ofilho 115 (5,3% ) 25,5% 5,4% 78,8%

Cor da criança (p = 0,007) (p = 0,3) (p = 1,0)

b ranc a 1.955 (88,6% ) 16,1% 4,6% 71,5%

p ard a 121 (5,5% ) 15,2% 4,7% 69,3%

ne g ra 130 (5,9% ) 26,7% 7,5% 71,9%

* p e rc e ntuais e m re laç ão a to d as as c rianç as (n = 2.208).

** p e rc e ntuais e m re laç ão às c rianç as q ue já p artic ip aram (n = 369). No ta: p valo r = Te ste d o Q ui-q uad rad o d e Pe arso n.

(7)

p eito da p articip ação com u n itária cita qu e gru -p os em d esvan tagem social ten d em a n ão ad e-rir ao p rocesso p articip atório.

Pa ra lela m en te, a m a io r p a rte d o s p ro gra m as d e saú d e tam b ém ten d em a atin gir m aio -res co b ertu ra s n o s gru p o s p o p u la cio n a is q u e m en o s n ecessita m d e su a in ter ven çã o, co m o con cord am Hart (1971); Barros (1995); Victora et al. (1991b ); BEMFAM (1996). Este fen ôm en o, p ra tica m en te u n iversa l, foi d escrito p or J. Tu -d or Hart (Hart, 1971) com o a “lei d a assistên cia in versa”: os q u e m ais n ecessitam d os serviços d e sa ú d e sã o o s q u e m en o s sã o a tin gid o s p o r estes. Em am p los estu d os realizad os p or Victo-ra et al. (VictoVicto-ra et al., 1989; VictoVicto-ra et al., 1991b ) n o Su l e n o No rd este d o Bra sil, fico u evid en te q u e a cob ertu ra d e ações b ásicas d e saú d e in -fa n til é sistem a tica m en te su p erio r n o s n íveis sócio-econ ôm icos m ais elevad os, q u an d o ju

s-tam en te as crian ças d e fam ílias p ob res seriam as q u e m ais n ecessitariam d e tais cu id ad os. O fato d e a Pastoral d a Crian ça n ão in correr n este erro é sem d ú vid a altam en te p ositivo.

Por ser u m p rogram a vin cu lad o à Igreja Ca-tólica , a n ã o d istin çã o d e a d esã o con form e a s d istin ta s religiõ es é o u tro fa to r p o sitivo, in d i-ca n d o q u e o ecu m en ism o está o co rren d o em n ível co m u n itá rio. É in teressa n te n o ta r q u e, em b ora as fam ílias sem religião ou ad ep tas d a Assem b léia d e Deu s ab an d on em m ais freqü en -tem en te a Pa sto ra l d a Cria n ça , o s a d ep to s d e o u tra s cren ça s têm m en o r ta xa d e a b a n d o n o qu e os p róp rios católicos.

A e n t ra d a n o p ro gra m a n ã o e st á vin cu la -d a a o tip o -d e ca sa m en to, m a s a p erm a n ên cia m aior en tre os casados ap en as n o Registro Civil (sem casam en to religioso) corrob ora o fato d e n ão h aver discrim in ação en tre católicos ou n ão.

Tab e la 2

Pe rc e ntuais d e c rianç as q ue já p artic ip aram e p artic ip am atualme nte d a Pasto ral d a Crianç a e taxas d e ab and o no c o nfo rme variáve is familiare s.

node crianças Cobert ura da part icipação Taxa de (n = 2.208) na Past oral da Criança abandono* * *

Atual o u Atual** p assad a*

Idade da mãe (anos) (p < 0,001)*** (p = 0,004)*** (p = 0,17)***

13-20 256 (11,6% ) 12,0% 3,1% 74,3%

20-24 545 (24,7% ) 13,5% 3,0% 78,0%

25-29 554 (25,1% ) 18,8% 5,5% 70,7%

30-34 506 (22,9% ) 16,9% 5,1% 69,6%

35-46 347 (15,7% ) 21,6% 7,1% 67,1%

Trabalho mat erno (p = 0,02) (p = 0,03) (p = 0,28)

nos últ imos 12 meses

fo ra d e c asa 898 (40,7% ) 14,1% 3,4% 76,0%

e m c asa p ara fo ra 89 (4,0% ) 19,7% 4,5% 77,0%

não trab alho u 1.219 (55,3% ) 18,4% 5,8% 68,5%

Renda familiar t ot al (p = 0,02) (p < 0,001) (p = 0,003)

(R$, em quart is) (p = 0,01)*** (p = 0,02)*** (p = 0,18)***

0-300 641 (29,3% ) 18,1% 4,9% 72,8%

301-408 468 (21,3% ) 20,3% 8,6% 57,7%

481-800 573 (26,1% ) 15,2% 2,9% 81,1%

801-10.000 512 (23,3% ) 13,7% 3,3% 75,7%

Escolaridade do pai (p < 0,001)*** (p = 0,003)*** (p = 0,3)***

se m e sc o larid ad e 32 (1,7% ) 18,6% 6,8% 63,6%

1-4 ano s 471 (24,3% ) 22,9% 6,7% 70,6%

5-8 ano s 836 (43,0% ) 15,7% 5,1% 67,8%

9-11 ano s 431 (22,2% ) 12,8% 4,2% 67,1%

12-20 ano s 171 (8,8% ) 12,9% 1,0% 92,5%

(8)

No en tan to, as m ães sem com p an h eiro, p or se co n stitu írem em gru p o d e m a io r risco, d eve-riam ser acom p an h ad as em m aior p rop orção.

Co n fo rm e o b ser va d o a n terio rm en te, h á m u itas m ães q u e d eixam d e p articip ar d a Pastoral d a Crian ça. Nos casos d os q u artis d e ren -d a in ferior, p reocu p a o fato -d e qu e o ab an -d on o seja freqü en tem en te cau sad o p ela in terru p ção das ações da Pastoral da Crian ça n o bairro, p ois são justam en te estes os casos m ais n ecessitados. Qu a n to à s fa m ília s q u e freq ü en tem en te m u -d am -d e en -d ereço, se, p or u m la-d o, -d ificu ltam a ação d a Pastoral, p or ou tro, con stitu em gru p o m a is vu ln erá vel e d evem ter a ten çã o esp ecia l n as com u n id ad es em qu e p assam a resid ir.

Os d ad os coletad os in d icam qu e a ad esão à Pa stora l n ã o é a lea tória e q u e fu tu ros estu d os d e a va lia çã o d a m esm a d evem co n sid era r n a su a an álise p ossíveis fatores d e con fu n d im en -to, p rin cip alm en te a ord em d e n ascim en to d a cria n ça , co r, id a d e d a m ã e, re n d a d a fa m ília , e sco la rid a d e d o s p a is e h istó ria p re gre ssa d e m ortalid ad e em crian ças. Na avaliação realizad a p or Victora et al. (1991a) n o Maran h ão, ob -servo u -se u m a d iferen ça sign ifica tiva em term os d e b aixo p eso ao n ascer en tre crian ças cu -jas gestações foram acom p an h ad as p ela Pasto-ra l n o Mu n icíp io d e Tim b iPasto-ra s (9,6% v ersu s 18,8%); n o ou tro m u n icíp io estu d ad o, São Lu ís, a d iferen ça n ã o fo i sign ifica tiva (8,6% v ersu s

Tab e la 2 (c o ntinuaç ão )

node crianças Cobert ura da part icipação Taxa de (n = 2.208) na Past oral da Criança abandono* * *

Atual o u Atual** p assad a*

Escolaridade da mãe (p = 0,007)*** (p < 0,001)*** (p = 0,007)***

se m e sc o larid ad e 39 (1,8% ) 21,0% 7,0% 66,7%

1-4 ano s 727 (33,0% ) 18,6% 7,3% 60,8%

5-8 ano s 873 (39,6% ) 17,2% 3,5% 79,5%

9-11 ano s 419 (19,0% ) 13,9% 3,9% 71,7%

12-17 ano s 146 (6,6% ) 11,5% 1,5% 87,0%

Religião (p = 0,06) (p = 0,006) (p = 0,01)

se m re lig ião 148 (6,7% ) 12,3% 0,4% 97,0%

c ató lic a 1.670 (75,7% ) 17,9% 5,4% 69,9%

Asse mb lé ia d e De us 182 (8,2% ) 12,2% 1,5% 87,6%

d e mais re lig iõ e s 208 (9,4% ) 14,3% 5,8% 59,2%

Tipo de união mat rimonial (p = 0,3) (p = 0,004) (p = 0,008)

so me nte c ivil 152 (6,9% ) 19,4% 9,5% 50,8%

so me nte re lig io so 109 (4,9% ) 21,3% 4,0% 81,2%

amb o s 1.218 (55,2% ) 17,1% 5,4% 68,2%

união c o nse nsual 510 (23,1% ) 14,0% 2,8% 79,8%

se m c o mp anhe iro 218 (9,9% ) 16,6% 2,6% 84,3%

Tempo de moradia no bairro (p = 0,002)*** (p < 0,001)*** (p = 0,005)***

0-1 ano 309 (14,0% ) 15,7% 2,4% 84,5%

1-2 ano s 321 (14,6% ) 11,7% 2,4% 79,6%

3-4 ano s 353 (16,0% ) 13,4% 3,5% 74,1%

5-10 ano s 537 (24,3% ) 18,0% 5,7% 68,6%

10-46 ano s 687 (31,1% ) 20,2% 6,9% 65,8%

M ort e de criança (p < 0,001) (p = 0,003) (p = 0,4)

< 5 anos na família (p = 0,006)****

não 2.119 (96,7% ) 16,4% 4,5% 72,1%

sim 72 (3,3% ) 34,3% 12,8% 62,7%

* p e rc e ntuais e m re laç ão a to d as as c rianç as (n = 2.208).

** p e rc e ntuais e m re laç ão às c rianç as q ue já p artic ip aram (n = 369). No ta: p valo r = Te ste d o Q ui-q uad rad o d e Pe arso n.

(9)

11,6%). Em am b os os m u n icíp ios, as p revalên -cia s d e d éficit d e p eso / id a d e fo ra m sim ila res n o gru p o d a Pastoral e n o gru p o-con trole. To-d avia, foi feita a ressalva To-d e qu e a in terp retação d o s d a d o s d everia ter em co n ta q u e o estu d o n ão foi exp erim en tal, u m a vez q u e as crian ças n ão foram aleatoriam en te d istrib u íd as p ara re-ceb er ou n ão o acom p an h am en to d a Pastoral. Notou -se ain d a q u e a au sên cia d e im p acto so-b re o estad o n u tricion al d everia ser in terp reta-d o com cau tela, p ois os líreta-d eres são in stru íreta-d os p ara recru tar p referen cialm en te crian ças qu e se en con tram em p iores con dições de saú de e n u -trição. No p resen te estu do, os dados sobre a co-b ertu ra d a Pastoral em faixa d e ren d a fam iliar com alta p revalên cia de desn utridos sugere que, p elo m en os em Criciú m a, n ão estaria h aven d o u m recru tam en to p referen cial d estas crian ças.

As reco m en d a çõ es d esta p esq u isa p a ra a Pa sto ra l d a Cria n ça sã o d e m a n ter o a co m p a -n h am e-n to -n os gru p os de risco: -n egros, cria-n ças com ord em d e n ascim en to igu al ou su p erior a três, p ais de m en or escolaridade e fam ílias com h istó ria d e m o rte em cria n ça . Além d isso, d e-vem ser p riorizadas as crian ças m en ores de u m an o, deven do o acom p an h am en to in iciar ain da d u ran te a gestação. É tam b ém n ecessário p rio-riza r o s p rim o gên ito s, a s m ã es joven s e sem com p an h eiro, os m igran tes, as crian ças d e b ai-xo p eso, e, p rin cip alm en te, os m ais p ob res d os p obres. Todas as fam ílias de ren da in ferior a du -zen tos reais devem ser ativam en te in cen tivadas a en trar n a Pastoral, p ois, p oten cialm en te, são

Fig ura 2

Curva d e so b re vivê nc ia p ara o te mp o d e p artic ip aç ão na Pasto ral d a Crianç a se g und o a re nd a familiar to tal. Cric iúma, 1996.

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0

0-300

301-480

481-800

801 o u mais

60 me se s 50

40 30

20 10

0

Re nda familar to tal (R$)

a s m a is b en eficia d a s p o r su a s a çõ es b á sica s. Den tre os qu e já p articip am , este m esm o gru p o d e ren d a d eve ter a ten çã o esp ecia l e p r io ritá -ria . A exem p lo d a p a rá b o la d a ovelh a p erd id a n o Evan gelh o d e São Lu cas (Lu cas, 1975), reco-m en d a-se d eixar as 99 ovelh as n o careco-m p o e ale-grar-se com o en con tro d a ovelh a d esgarrad a, qu e m ais n ecessita.

Fig ura 3

Partic ip aç ão d e mãe s na Pasto ral d a Crianç a e m Cric iúma d e ac o rd o c o m a re nd a familiar – 1996.

0 %

20 40 60 80 100

co ntinua na pasto ral

mudança mo tivo do ab ando no :

pasto ral ce sso u

o utro mo tivo

≥ 801 re nda familiar to tal (R$) 481-800

(10)

NCH S (Na tio n a l Ce n te r fo r He a lth Sta tistics), 1977. Grow th Cu rves for Ch ild ren , Birth -18 Years. DHEW Pu b lication Series 11. Marylan d : NCHS.

NEWACHECK, P. W.; HUGHES, D. C. & STODDARD, J. J., 1996. Ch ild ren’s access to p rim ary care: Differ-en ces by race, in com e, an d in su ran ce statu s. Pe-d iatrics,97:26-32.

NUTBEAM, D., 1998. Evalu atin g h ealth p rom otion – p rogress, p rob lem s an d solu tion s. Health Prom o-tion In tern ao-tion al, 13:27-44.

PASTORAL DA CRIANÇA, 1998a . Rev ist a An u a l. Cu -ritib a: Pastoral d a Crian ça.

PASTORAL DA CRIANÇA, 1998b. Relatório Trim estral d a s Ações Bá sica s d e Sa ú d e e Ed u ca çã o d a Pa s-toral d a Crian ça – 2oTrim estre d e 1998.Cu ritib a: Pastoral d a Crian ça.

SPSS (Statistical Package for the Social Scien ces), 1994. Release 6.1, Stan dard Version. Chicago: SPSS In c. UNICEF (Fu n d o d as Nações Un id as p ara a In fân cia),

1994. Sit u a çã o M u n d ia l d a In fâ n cia. Bra sília : UNICEF.

UNICEF/ IBGE (Fu n d o d as Nações Un id as p ara a In -fân cia/ Fun dação In stitu to Brasileiro d e Geografia e Estatística), 1994. Mu n icíp ios Brasileiros: Crian -ças e su as Con d ições d e Sobrev iv ên cia. Cen so De-m ográfico 1991.Brasília: UNICEF.

VICTORA, C. G.; BARROS, F. C. & VAUGH AN, J. P., 1989.Ep id em iologia d a Desigu ald ad e. 2aed ., São Pau lo: Ed itora Hu citec.

VICTORA, C. G.; BARROS, F. C.; CÉSAR, J.; HORTA, B. & LIMA, S. M., 1991a . A Pa st ora l d a Cria n ça e a Sa ú d e M a t ern o- In fa n t il em Dois M u n icíp ios d o M a ra n h ã o. Bra sília : Fu n d o d a s Na çõ es Un id a s p ara a In fân cia.

VICTORA, C. G.; BARROS, F. C.; TOMASI, E.; FERREIRA, E. S.; MaCAULIFFE, J.; SILVA, A. C.; ANDRADE, F. M.; WILHELM, L.; BARCA, V. & SANTANA, S., 1991b. Saú d e d as crian ças d os Estad os d o Ceará, Rio Gran d e d o Norte e Sergip e, Brasil: Descrição d e um a m etodologia p ara diagn ósticos com un itários. Revista de Saú de Pú blica, 25:218-225.

ZAKUS, J. D. L. & LYSACK, C. L., 1998. Revisitin g com -m u n ity p articip ation . Health Policy an d Plan n in g, 13:1-12.

Referências

BARROS, F. C.; SEMER, T. C.; TONIOLI, F. S.; TOMASI, E. & VICTORA, C. G., 1995. Th e im p a ct o f la cta-tion cen tres on b reastfeed in g p attern s, m orb id ity an d growth : A birth coh ort stu dy. Acta Pæ d iatrica, 84:1221-1226.

BEMFAM (So cied a d e Civil Bem -Esta r Fa m ilia r n o Brasil), 1996.Pesqu isa Nacion al sobre Dem ografia e Saú d e 1996. Relatório Prelim in ar. Rio de Jan eiro: BEMFAM.

GWATKIN, D. R.; WILCOX, J. R. & WRAY, J. D., 1979. Ca n Hea lt h a n d N u t rit ion In t erv en t ion s M a k e a Differen ce?Wa sh in gto n : Oversea s Develo p m en t Cou n cil Mon ograp h s.

HABICHT, J. P.; MASON, J. B. & TABATABAI, H., 1984. Ba sic con cep ts for th e d esign of eva lu a tion d u r-in g p rogram m e im p lem en tation . In :M eth od s for t h e Ev a lu a t ion of t h e Im p a ct of Food a n d N u t ri-tion Program m es(D. E. Sah n , R. Lockwood & N. S. Scrim sh aw, eds.), p p. 1-25, Tokyo: Th e Un ited Na-tion s Un iversity.

HART, J. T., 1971. Th e in verse care law. Lan cet, 1:405-412.

IBGE (Fu n dação In stitu to Brasileiro de Geografia e Es-tatística), 1996. Con tagem d a Pop u lação 1996. Rio de Jan eiro: IBGE.

IBGE/ UNICEF (Fun dação In stitu to Brasileiro d e Geo-grafia e Estatística/ Fu n do das Nações Un idas p ara a In fâ n cia ), 1995. PCa x is: Ba se d e Da d os – Cen so Dem ográfico 1991.Brasília: IBGE/ UNICEF. KIRKWOOD, B. R., 1988. Essen tials of M ed ical

Statis-tics. Lon d on : Blackwell Scien tific Pu b lication s. LUCAS, 1975. Evan gelh o d e São Lu cas. In : Novo

Testa-m en to(M. Hoep ers, trad .), cap ítu lo 15, versícu los 3-7, Petróp olis: Ed itora Vozes.

MacKENBACH, J. P. & GUNNING-SCHEPERS, J., 1997. How sh ou ld in terven tion s to red u ce in eq u alities in h ea lth b e eva lu a ted ? Jou rn a l of Ep id em iology an d Com m u n ity Health, 51:359-364.

McCORMICK, J., 1983. Eva lu a tin g p rim a r y ca re. In : Ev a lu a t ion of Hea lt h Ca re( W. W. Ho lla n d , e d .), p p. 83-92, Oxford : Oxford Un iversity Press. ONU (Orga n iza çã o d a s Na çõ e s Un id a s), 1990a .

Imagem

Fig ura 1
Fig ura 2

Referências

Documentos relacionados

Em seu terceito mandamento, Singer destaca: “respeite o desejo de uma pessoa de viver ou não” (1996, p. Lembramos que pessoa é aquele ser humano que interage socialmente,

entender como as empresas lidaram com a crise em tempos de situações extremas, olhando para as oportunidades relacionadas às necessidades de participação, contribuição

Cabe ao Judiciário estabelecer política pública de tratamento adequado dos problemas jurídicos e dos conflitos de interesses, que ocorrem em larga e crescente escala na sociedade,

Se na sequência das diligências realizadas não for possível o levantamento da suspensão, o GT/BPL iniciará o processo de saída mandatória da IE do PNC/BPL, o

Desta forma, a transcendência da formalidade parece ser uma das alternativas para a formação humana na sociedade contemporânea, ou, a reestruturação da ideia de formação

III – Declaração de inidoneidade para licitar e contratar com a Administração Pública, em caso de faltas graves apuradas por intermédio de processo administrativo. 17.2

(…) Como se havia de restaurar o Brasil, se os mantimentos se abarcavam com mão de el-rei e talvez os vendiam seus ministros, os minis- tros de seus ministros (que não há Adão que

Por último, a reconfiguração e a complexidade crescente do sistema internacional traduzem o evoluir de uma nova perceção espácio-temporal do lugar do Homem no mundo, onde se cruzam