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Variação espacial e temporal da irradiância solar e da razão entre vermelho e vermelho - extremo que chegam ao solo em diferentes microhabitats na região de Tucuruí - PA.

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Academic year: 2017

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(1)

VARIAÇÃO ESPACIAL Ε TEMPORAL DA IRRADIÃNCIA SOLAR Ε DA RAZÃO ENTRE VERMELHO Ε VERMELHO—

EXTREMO QUE CHEGAM AO SOLO EM DIFERENTES MICROHABITAT S NA REGIÃO DE TOCDRUl - PA.

Gustavo Henrique Goldman (*)

Artemio Plana Fattori (**)

Mauro Januário (*)

RESUMO

Et,te. trabalho v-Ua ph.dUjniviaJimQ.YvtQ. Qs^tudoA a ÁAAadÃÂncÁ.a total cntAt SOO

e

1100nm,

aòbim como a lazão vQAmctho-voAm&lko QxtAomo que. chagam ao ί,οΐο

dz um tttcho do.

il.on.QA-ta. pfvàfíÕMA.a o. do. uma ctaKoJjia. Aò a\o.a,h, AzZ&cíonadaò <iA£ã.o locaLízadaò numa h.tQ-iS.0 pn.o_

xÁma a cidade, dz TU.CUA.UZ, lotado do Pana, ZfWAii..

São escassas as informações existentes sobre a ecofisiologia da floresta tropical

úmida. Diversos autores têm chamado a atenção para o fato de que a formação de interva

los de luz (gaps) é importante na dinâmica desta floresta (Bazzaz, 1 9 8 ^; Whitmore, 1978;

Oldeman, 1 9 8 3 ) · Os intervalos de luz são formados principalmente por queda de árvores,

podendo também ocorrer por ação de terremotos, relâmpagos etc. A quantidade e a qual ida

de de 1uzque chegam ao sol o destes intervalos, assim como no solo da floresta primaria são

pouco conhecidos (Ghazdon & Fetcher, 1 9 8 ^ ) . Algumas espécies pioneiras tropicais, como

por exemplo as dos gêneros Cecropia e Piper, colon izadoras destes intervalos edeclare_l_

ras, necessitam de luz para a germinação de suas sementes (Vãzquez-Yanes, 1 9 8 2 . ) . 0 cor^

trole da germinação nas sementes destas espécies é regulado pelo fitocromo, um pigmento

fotoreversível que é ativado ou inibido na sua resposta fisiológica, respectivamente pe

los comprimentos de onda vermelho (660 nm) e vermelho-extremo (730 nm) (Kendrick, 1976).

A razão entre o vermelho e o vermelho-extremo é que determina respostas biológicas espe

cíficas em diferentes habitats (Smith, 1982). Segundo Robinson (1966), o modelo

teóri-co que descreve os fluxos de energia associados as diferentes faixas do espectro é o se

guinte: 1 = 1 exp (-a. h sec ζ ) , onde I, é a intensidade da radiação atenuada por

λ ολ λ λ

uma atmosfera homogênea de altura h; 1^. éa intensidade fora da atmosfera para um

deter-minado comprimento de onda (λ); a é o coeficiente de extinção para um deterdeter-minado

com-primento de onda (λ), e, ζ é a distância zenital do Sol.

(*) Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, Manaus - AM.

(**) Instituto Astronômico e Geofísico, Universidade de São Paulg, São Paulo, SP

(2)

Situando-se num contexto mais amplo de um projeto de verificação da quantidade e

qualidade de luz em diferentes habitats da floresta tropical úmida, este trabalho visa

preliminarmente estudar a irradiância total entre

300

-1lOOnm, assim como a razão verme»

lho-vermelho-extremo que chegam ao solo de um trecho de floresta primária e de uma

cla-reira cuja área é aproximadamente

2 2 0 0 m

2

.

As áreas escolhidas situam-se na região

pró-xima a cidade de Tucuruí (localizada no sul do estado do Pará apropró-ximadamente

3 ° 4 5 '

La-titude Sul e 49°40

1

Longitude Oeste). Para a coleta dos dados no trecho da floresta prj^

mária foram escolhidos 04 pontos amostrais uniformemente distribuídos numa linha com dj_

reção escolhida aleatoriamente e comprimento de

15

m. Já na clareira,

0 3

pontos

amos-trais foram colocados respectivamente no centro, na borda Leste e Oeste da mesma

(Figu-ra 1). Pa(Figu-ra a medição dos parâmetros desejados, foi uti1izado um ESPECTRORADIÕMETRO

LI-COR 1800

/22

série número PRS 119-8305. A época do ano em que as medidas foram feitas

foi um período de transição entre o inverno e o verão: na clareira no dia 30.

0 5 . 8 5

duraj^

te

0*4

horas e na floresta primária no dia 31

. 0 5 . 8 5

durante

03

horas.

Nas Figuras

2

e 3 são mostradas respectivamente as medidas de irradiância entre

300

-1100 nm na superfície do solo de uma floresta primária e de uma clareira. Na flores^

ta primária foi evidenciada uma variabi 1 idade temporal e espacial de grande magnitude na

irradiância que chega à superfície.

0

padrão de distribuição média tende a acompanhar a

radiação solar que chega na cobertura da vegetação. Os resultados demonstram que a quj|

r _ 2

se totalidade das situações instantâneas ocorrem em níveis de irradiância ate 15 Wm ;

ocasionais penetrações da luz solar (sunflecks) podem elevar tais níveis a 03 vezes (Fl

gura

4 )

. Já na clareira (Figura

3 )

> durante a parte da manha, verifica-se claramente a

diferença espacial na irradiância que chega I superfície.

0

centro da clareira e sua

borda oeste tendem a receber maior quantidade de luz neste período do dia devido ã posj_

ção do Sol. Bazzaz (1984) afirma que em florestas tropicais, geralmente a borda leste

de uma clareira recebe menor quantidade de luz no período da tarde em comparação com a

luz que chega na borda oeste no período da amanhã, por causa do desenvolvimento

convec-tivo de nuvens do tipo cumulus. As medições realizadas no período da tarde revelam que

os níveis de irradiância são razoavelmente homogêneos nos três pontos, excetuando-se ins

tantes em que o disco solar não se acha oculto por nuvens (11:55»

13

:15 e

1 3 : 2 0

hs).

As Figuras

5

e 6 mostram respectivamente o comportamento da razão

vermelho-verme-lho extremo que chega ao solo de uma floresta primária e de uma clareira. Sob a flores^

ta primária, os valores médios deste quociente são sistematicamente Inferiores aos da

clareira, sendo insuficientes para a estimulação do fitocromo (Vãzquez-Yanes,

1984;

Smith,

1 9 8 2 ) ;

no primeiro caso, a maior parte dos valores está entre

0 , 1

e

0

,5, enquanto que na

clareira, maior parte está entre

1,2

e

1

,4. Mesmo em condições de eventuais penetrações

de luz na floresta primária, p. ex. às

11

:45 hs (Figura 5 ) , tal quociente não supera

1 .

Essa penetração ocasional de luz não é suficiente para a estimulação do fitocromo em se_

mentes de espécies pioneiras presentes no solo da floresta pr imár ia (Vãzquez-Yanes & Smi th,

I 9 8 2 ) ,

em vista de sua ocorrência semi-instantânea.

(3)

foram observados diversos problemas de ordem metodológica. 0 curto período de obtenção

dos dados foi conseqüência direta da extensa nebulosidade e de ocasionais precipitações

pluviométrícas. Um outro problema refere-se ã não-simultaneidade ma medição dos parâme

tros nos diversos pontos amostrais, devido ao fato de que só havia ã disposição um

úni-co aparelho. Com a proximidade da estação seca, novos úni-conjuntos de medidas deverão ser

obtidos e adicionais subsídios serão fornecidos, ampliando assim nossas conclusões.

SUMMARY

Thz ρκζοznt

òtixdy

waò

undzjvtakzn cu> a pKztòninaAy invzòtigatÃ.on o^totatinAadcancz

between

300 and Τ100 nm, aò wztl aò o& thz h.zdl'^ΟΛ

. izd fiatío ofa tight izacking thz ioit

o{, a tnjxzt o{, pnJjmany ^ouzot and o& a oJLzaKing. The. AzZzctzd

ΟΛΖΟΑ

ακζ

located in tkz

fizgion nza/i tkz town oi TucufiuZ, Vahjx Statz, Btazit.

1 - cenfro do intervolo 2-bordo leste 3-bordo oeste

Fig. 1. Esquema de localização dos pontos amostrais na Clareira para coleta de dados de

irradiancia na superfície (modificado de Bazzaz, 1984).

10O0

(4)

1000-1 1 Borda leste

Centro

1 Borda oeste

io:3o ιο:β ο ιι:ο ο 11:20 11:40 12:00 12:20 12:40 0:00 a 20 13:40 14:00 14:20 14:40

TEMPO I hoias 4o dia I 

Tig. 3. Medida da irradiância na superfície da clareira entre 300-1100 nm.

X10 Wm 0,369

0,297

0,225

0,154

0,0.823

0,0.107

300 400 500

0 , 0 146.

Fig. 4. Efeito da panetração de luz solar (sunfleck) sobre a densidade espectral a

su-perfície da floresta.

A .

Comportamento Típico (Ponto A, às 11:40 hs). B. "Sun

(5)

1 Ponto A

ι Ponto 8

1 Ponto C ' Ponto D

09:00 O9 20  0 3 4 0 10.00 10:20 10.40 II00 

1100 IC40 12:00

TEMPO I ποιο ·  ί ο  0« I 

Fig.

5. Comportamento da razão vermelho/vermelho extremo que chega ã superfície do solo

em

4 pontos amostrais

de

floresta primária.

• eotfo teste 

1

 Centro  * Bordo oeste 

Fig.

6.

Comportamento da razão vermelho/vermelho extremo que chega ã superfície de uma

clareira.

Referências Bibliográficas

Bazzaz, F. A. - 1984. Dynamics of wet tropical forests and their species strategies.

In:

Medina, E; Mooney, H.A. &Vazquez^Yanes,C. eds.

Physiological Ecology of Plants

of the Wet Tropics.

Junk, W. Publishers.

Ghazdon, R. L. & Fetcher, N. - 1984. Light environments of tropical forests.

In:

Medi

na, Ε.; Mooney,

Η. Α. & Vazquez-Yanas, C. eds.

Physiological Ecology of Plants

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Junk, W. Publishers.

Kendrick, R. E. - 197b.

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63:347.

(6)

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Elsevier

Publishing Company.

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H. - 1982. Light quality, photoperception and plant strategy.

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33: 481-518.

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tropical rain forest 'trees

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and

Piper auritum

and its ecological

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NevPhytol.,

92:477-485.

Whitmore, T. C. - 1978. Gaps in the forest canopy.

In:

Tornlinson, P.

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& Zimmermann,

Μ. H. eds .

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Cambridge University Press.

Imagem

Fig. 2. Medida da irradiancia na superfície da floresta primária entre 300-1lOOnm em 4  pontos amostrais
Fig. 4. Efeito da panetração de luz solar (sunfleck) sobre a densidade espectral a su- su-perfície da floresta
Fig. 5. Comportamento da razão vermelho/vermelho extremo que chega ã superfície do solo  em 4 pontos amostrais de floresta primária

Referências

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