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Entre Zola e Eça: o Naturalismo brasileiro em seu apogeu (1888)

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Olho d´ água, São José do Rio Pret o, 4( 1) : 1- 163, 2012

EN TRE ZOLA E EÇA: O N ATU RALI SM O BRASI LEI RO EM

SEU APOGEU ( 1 8 8 8 )

Alvar o Sant os Sim ões Junior∗

Re su m o

O nat ur alism o br asileir o com eçou em 1881 com a publicação do r om ance O

m ulat o, de Aluísio Azev edo. Apesar da

gr ande dependência cult ur al do Br asil diant e da Fr ança, o gr ande m est r e eur opeu dos nat ur alist as br asileir os foi inicialm ent e o por t uguês Eça de Queir ós. Seu r om ance O prim o Basílio ( 1878) r epercut iu int ensam ent e no m eio int elect ual do Rio de Janeir o, onde encont r ou adm ir ador es ent usiast as e t am bém crít icos im piedosos com o Machado de Assis. Apenas por v olt a de 1888, quando o nat ur alism o fr ancês sofria sérias defecções, alguns r om ancist as br asileir os adot ar am as pr opost as est ét icas de Ém ile Zola dir et am ent e at r av és da leit ur a do ciclo dos Rougon-Macquart . Naquele ano, publicar am - se v ár ios r om ances: O m issionár io, de I nglês de Sousa, O cr om o, de Hor ácio de Car v alho, A car ne, de Júlio Ribeir o,

Hor t ência, de Mar ques de Car v alho, Um a fam ília baiana, de Xavier

Mar ques, e Lar , de Par dal Mallet . Tor na- se relev ant e consider ar quais car act er íst icas das obr as de Zola e Eça for am incor por adas aos r om ances publicados em 1888, ano que r epr esent a o ápice do nat ur alism o br asileir o.

Abst r a ct

Br azilian nat ur alism began in 1881 wit h t he publicat ion of O m ulat o by Aluísio Azev edo. I n spit e of t he consider able Br azilian cult ur al dependence on Fr ance, t he gr eat Eur opean m ast er of Br azilian nat ur alist s was init ially t he Por t uguese Eça de Queir ós. His nov el O prim o

Basílio r esounded int ensely in t he

int ellect ual envir onm ent of Rio de Janeir o, wher e it had found adm ir ers and fier ce cr it ics lik e Machado de Assis. Only ar ound 1888, when t he Fr ench nat ur alist m ov em ent suffer ed ser ious defect ions, Br azilian nov elist s adopt ed Ém ile Zola’s est het ical pr oposals dir ect ly t hr ough t he reading of t he Rougon- Macquart cy cle. I n t hat y ear , O m issionário by I nglês de Sousa, O cr om o by Hor ácio de Car v alho, A carne by Júlio Ribeir o, Hor t ência by Mar ques de Car v alho,

Um a fam ília baiana by Xav ier

Mar ques, and Lar by Par dal Mallet wer e published. Nev er t heless, it is r elev ant t o consider which feat ur es of Zola’s and Eça’s work s wer e incor por at ed in t hose wor k s which est ablished a flowering m om ent of Br azilian nat ur alism .

Pa la v r a s- ch a ve

Dependência Cult ur al; Eça de Queir ós; Ém ile Zola; Nat ur alism o br asileir o; Nat ur alism o eur opeu; Rom ance.

Ke y w or ds

Br azilian Nat ur alism ; Cult ur al Dependence; Eça de Queir ós; Ém ile Zola; Eur opean Nat ur alism ; Nov el.

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. . . em 18 81, sur g e O m ulat o, acolhid o com ent usiasm o. A v it ór ia con solida- se em 18 84, com a Casa de pen são, e em 18 88 o nat u r alism o at in gir ia o seu ap ogeu.

Lúcia Miguel Pereira - Hist ória da lit erat ura brasileira

O pr im eir o r om ance brasileir o clar am ent e nat ur alist a foi O m ulat o ( 1881) , de Alu ísio Azev edo, que apr endeu com Eça de Queir ós a cr iar t ipos e r epr esent ar usos e cost um es de sociedades pr ovincianas1. O escândalo pr ovocado em São Luís do Mar anhão por essa obra prat icam ent e obr igou seu aut or a t ent ar a sor t e no Rio de Janeir o, onde publicou, em 1 88 4, Casa de Pensão, que ainda seguia Eça de Queir ós no que r espeit a à car act erização de per sonagens, descr ição do espaço e disposição par a denunciar m azelas sociais. Em 1887, Aluísio Azevedo publicar ia O hom em , que ser ia dedicado ao est udo de um caso de hist er ia. I m pedida de casar - se por cálculos e pr econceit os de seu pai, Magdá, a pr ot agonist a, encontr ava nos sonhos e nos delír ios a sat isfação er ót ica que a r ealidade negava- lhe. A dívida com Zola er a evident e na adoção do m odelo de r om ance exper im ent al, na ênfase na fisiologia e na disposição polêm ica de abor dar com fr anqueza a sexualidade.

No ano de 1888, o nat uralism o brasileir o chegar ia ao ápice com a publicação de seis r om ances: Hor t ência, de Marques de Car valho; O m issionário, de I ng lês de Sousa; O cr om o, de Horácio de Car valho; A car ne, de Júlio Ribeir o; Lar, de Pardal Mallet ; e Um a fam ília baiana, de Xavier Mar ques. I m por ta consider ar que aspect os das dout r inas e das obr as de Zola for am dir et am ent e apropr iados pelos aut or es br asileir os nesse m om ent o que, do pont o de vist a hist ór ico, ser ia m arcant e pela abolição da escr avat ur a e pelo ocaso do I m pér io.

Lar, de Par dal Mallet , nar r a a form ação m oral de Sinhá, t íp ica m oça da classe m édia do Rio de Janeir o. Am am ent ada por am a- de- leit e, cr esceu ao lado da colaça Chiquinha. Da m adr inha, D. Perpét ua, ouvia hist ór ias bíblicas e cont os de fada; a m enina não fazia qualquer dist inção ent r e as duas m odalidades nar rat ivas. No colégio, que para ela er a m er o pr et ext o par a um passeio cot idiano, Sinhá convivia com as m eninas m aior es, que a int r oduzir am nos m ist ér ios do sexo. De volt a ao lar , pr ocurava inst r uir Chiquinha, o que o nar r ador r esum iu em t er m os r udes.

Quer ia bot ar p ar a for a esse fet o espúr io ap lacent ad o na m em br ana de sua s conv iv ên cias,  em pr enhad o do zoosper m a d os colég ios no út er o d as cozinhas; esse, nas r egiões d o lar , hom ólog o m or al das bar at as e das ar anha s que ger m inam n o m ist ér io das p or car ias ( MALLET, 1 88 8, p. 7 1) .

Not e- se, no fr agm ent o, a condenação das cozinhas, que, nas casas bur guesas, eram o espaço dos cr iados ou escr avos, onde a m or al bur guesa não er a obser vada e as m eninas entr avam em cont at o com valor es e pr át icas consider ados im orais.

Com o episódio fundam ent al do am adur ecim ent o fisiológico de Sinhá, o nar rador r elat a o apar ecim ent o de sua m enar ca.

. . . por um a noit e em que ela n ão dor m iu, a lei indefect ív el e fat al do pr og r edir or gân ico r asg ou- lh e lá bem no f undo das ent r an has a fer ida per iód ica d os

1 Segundo Lúcia Miguel Pereira, “ só quando o realism o se ex agerou no nat uralism o e ganhou aquela rigidez

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fecu ndalism os e ch uv iscou- lhe got as de sangue por sobr e o cálice r ubr o d e suas v ir g indades ( MALLET, 1 88 8, p. 10 3) .

A not ícia do event o na fam ília põe em discussão a educação da m oça. Por sugest ão da m adr inha, com pra- se- lhe um piano. Pouco depois, Sinhá deixa o colégio. Os dois fat os, apar ent em ent e dist int os, m as com icam ent e ent r elaçados, dão os cont or nos do papel social que se r eser vava às m oças.

Tam bém não pr ecisav a apr ender m ais nad a! Lia cor r en t em ent e, escr ev ia em belo cur siv o ar r ed ondad o de m ulher e j á sabia as qu at r o oper ações! Não t in h a de ser nen hu m a d out or a e o que sab ia chegav a par a q ue o h om em da v enda não a enganasse nas cont as d o fim d o m ês! ( MALLET, 1 8 88: 1 89) .

Consider ada, pela fam ília, pr onta par a casar , Sinhá passa a fr eqüent ar bailes e a fazer passeios em com panhia de seu pai. A despeit o de t odo esse em penho, Sinhá vai encont r ar o noivo ideal em Juca, vizinho e ant igo com panheir o de infância, que se for m ara em Far m ácia. Seu Sar dinha, pai de Sinhá, pr ovidencia o dinheir o para que o fut ur o genr o pudesse est abelecer - se e, assim , o casam ent o viabiliza- se segundo prát icas burguesas.

Lar vale por ser um a int er essant e crônica de cost um es car iocas. Nar ram - se, por exem plo, as fest as fam iliar es em que se ser via, por econom ia, vinho de cevada; o desper t ar da cidade com os bondes cheios de passageir os, vacas de leit e per am bulando pelas r uas, t r abalhadores r eunidos nos quiosques e escravos dom ést icos que saíam às com pras de m ant im ent os; a leit ur a dos j ornais, que despr ezava as not ícias sér ias par a concent r ar - se nos folhet ins; os nam or os r egidos pelas car t as e conselhos do Confident e dos nam or ados e inspir ados pelos r om ances- folhet ins; os bailes em clubes dançant es dir igidos pela burguesia.

O r om ance encer ra- se com o casam ent o de Sinhá, que, pouco ant es de fechar - se no quar t o com o noivo, r ecebe conselhos da m ãe e da m adr inha.

Que necessidade t inha daq ueles conselhos v agos e ind efinid os, f or m ulados a m edo com o quem lim p a com pé um pouco de por car ia e t em r eceio d e suj ar a s bot inas?! Sabia m ais d o q ue aqu ilo! E r ia- se ( MALLET, 1 8 88, p. 2 74) .

Pardal Mallet par ece em penhar- se em dem onst rar que a vida das cast as donzelas cont ém m uit o m ais cur iosidade e descober tas pr ecoces sobr e o sexo do que se poder ia suspeit ar. Lar ser ia, dest e m odo, um a denúncia da hipocr isia da m oral bur guesa. Seu nat ur alism o de m atr iz zolaniana r esidir ia no int er esse pelo desenvolvim ent o fisiológico de Sinhá e no m odo franco de t r at ar do sexo.

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Mar cado com efeit o o casam ent o, ent r a em cena o Juca, irm ão de Mafalda, que esbanj ava dinheir o com bebida e j ogo. Quando sabe das avent uras do filho, o cor onel fica alar m ado por duas r azões: um event ual escândalo poder ia com pr om et er o casam ent o pr oj et ado e sua pr ópr ia candidat ur a à dir et or ia do Banco Com er cial. Não obstant e, Juca passa a r elacionar- se com Lúcia, cost ur eir a e filha de Valent ina, que pedia esm olas pelas r uas de Salvador . A m oça engr avida, m as D. Ter esa, a m ãe de Juca e Mafalda, opõe- se a essa r epar ação porque a m oça, além de pobr e, er a par da. O cor onel r esolve o pr oblem a com a sua invent ividade, enviando aos j or nais m ofina em que se acusavam Valent ina e Lúcia de explor ar em a boa fé de m oços incaut os. O caso não m odifica o com por t am ent o de Juca, que, sem dinheir o, cont r ai em pr ést im os vult osos assim com o o est r óina Br ás Cubas, per sonagem de Machado de Assis. Esgot ados t odos os r ecur sos, Juca r ouba cadeia de ouro do hóspede, que descobr e o fur t o, m as, para poupar - se aborr ecim ent os, se cala, por desconfiar de em pr egada da casa.

D. Ter esa, t em endo a eclosão de um gr ande escândalo, ansiava pela r ealização do casam ent o de Mafalda e Pir es e pela ida dos noivos a São Paulo, o que suscit a com ent ár ios ir ônicos ao narr ador .

Já se v iu u m a sogr a d esej ar v iv er longe d o genr o, de boa v ont ade r enu nciar à t ut ela ileg al que t odas se ar r ogam e d ispensar a gost osa m issão d e r egu lador a da paz dom ést ica, dit ando às j ov ens esp osas qu and o dev em dest ilar os ciúm e s ou fazer ex p losão, f in gir o ar r u fo ou lançar os pr at os d a m esa abaix o, dor m ir v olt ad as p ar a a par ede ou deix ar os m ar idos ao r elent o ( MARQUES, 18 88, p. 16 2) .

Ant es do casam ent o da ir m ã, ainda houve tem po de Juca am eaçar suicidar -se, o que r evolucionou a casa e deixou Ant unes e D. Ter esa desesper ados. Ent r et ant o, Juca t r oca o m elodr am át ico suicídio, no qual nunca pensara ser iam ent e, por um a pr osaica bebedeir a. Com sua encenação, consegue, não obst ant e, obt er vár ias concessões dos pais à sua vida boêm ia.

Na cer im ônia de casam ent o de Mafalda e Luciano Pir es, há abundância de com ida, bebida e discur sos. Juca apr oveit a a ocasião par a tom ar liber dades com as am igas da ir m ã, o que suscit a ao narr ador explicações nat ur alist as.

Quem o gov er nav a não er a m ais o liv r in ho das Regr as d e bem v iv er , er a o seu sang ue, seu inst int o, sua anim alidade fogosa, pr uída incessant em ent e pelos desej os car nais ( MARQUES, 1 88 8, p. 1 95) .

Após o casam ent o, Mafalda e Luciano Pires deixam a Bahia, onde Juca cont inua sua exist ência dissolut a. Pouco depois, chega a Salvador epidem ia de cóler a. Juca e D. Ter esa apr esent am os sintom as da doença e m orr em . O cor onel deixa a sua casa, fler t a com um a das Cast r os, m ulher es de seu cír culo de am izades, m as decide afinal m udar - se para São Paulo a fim de fugir da epidem ia.

Nas páginas finais, há um a cena decalcada do r om ance O pr im o Basílio, de Eça de Queir ós, onde Julião, que est iver a ausent e de Lisboa, vai à casa de Jorge e encont r a- a fechada em decorr ência da m or t e de Luísa. Depois, Julião encont ra o am igo hospedado na casa de Sebast ião. Em Um a fam ília baiana, o pr ofessor Manoel dos Passos, que est iver a acam ado por vár ios dias, vai à casa do coronel Ant unes, m as não encont r a ninguém . Vem , depois, a descobr ir o am igo hospedado na casa das Castr os, onde se abr igara após as m or t es da esposa e do filho.

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exem plo do que ocor r e em O cr im e do padr e Am ar o e O pr im o Basílio. Além disso, o solene João Ber nardo é um a espécie de conselheir o Acácio baiano.

Assim com o em Lar, há no r om ance de Xavier Mar ques um a m anifest ação do narr ador cont ra a pr om íscua convivência ent r e as donzelas bur guesas e a cr iadagem .

Não há nada t ão com um em cer t os lar es onde se abr iga a nossa com balid a fidalg uia, com o se v er a g ent il pat r oazin ha, esquecida d as conv eniências a qu e

noblesse oblige, cav aq uear f am iliar issim am ent e com a cr iada m anzor r a e

faladeir a ( MARQUES, 1 88 8, p. 1 21) .

Com o conseqüência, a educação m or al das m oças ficava t acit am ent e a car go das cr iadas.

. . . é de t odo nat ur al que a noiv a inex per ient e fosse socor r er - se à ex per iência da am a, ped ind o à sabed or ia dessa ig nor ant e o que lhe f alt av a par a f icar int eir ad a d o pap el, at iv o e passiv o, que t em a desem penh ar um a senh or a casad a ( MARQUES, 1 88 8, p. 12 2) .

A t íp ica fam ília da elit e baiana descr it a por Xavier Marques est á cor r om pida por im oralidade, egoísm o e hipocr isia. A cidade de Salvador , por sua vez, lit er alm ent e não cheir a bem . Ao passar pela pr im eir a vez per t o da Miser icór dia, Luciano Pir es fica im pr essionado com o m au cheir o causado por fezes, lixo et c. A pr opósit o, o narr ador faz o seguint e com ent ár io: “ No ent ant o, digam o- lo por honr ar as nossas t radições de desasseio [ sic] , o paulist a não sabia da m issa a m et ade” ( MARQUES, 1888, p. 41) .

O r om ance Um a fam ília baiana cont ém um at aque fr ont al aos cr ít icos lit er ár ios, “ um a classe de escr upulosos cuj os nar izes est ão sem pr e a far ej ar , nos livr os m oder nos o far t um dos canos de esgot o” ( MARQUES, 1888, p. 123) , m as que sem pr e se m ost ram t oler ant es com as licenças da lit er at ur a ant iga. A ar gum ent ação de Xavier Marques cont r a esses cr ít icos é t ipicam ent e nat ur alist a: “ Quer em par a seu deleit e um a nat ur eza m ut ilada, convencional, onde só haj a per fum es, luz, saúde, beleza, bondade, vir t ude, gr andioso, pur o ( sic) ” ( MARQUES, 1888, p. 123) .

Ent r et ant o, a despeit o desses cr it ér ios est ét icos nat ur alist as e da dívida evident e com Eça de Queir ós, Um a fam ília baiana é um r om ance m ovim ent ado e r eplet o de sit uações côm icas e/ ou equívocas com o um vaudeville.

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da polícia, abandona o t rabalho par a viver às custas da ir m ã, ent r ega- se à bebida e, finalm ent e, esfaqueia a ir m ã porque est a não lhe der a dinheir o.

I gualm ent e am bient ado na r egião Nor t e do Brasil, o r om ance O m issionár io, de I nglês de Sousa, foi pr ovavelm ent e inspir ado em La faut e de l’abbé Mour et ( 1875) , de Zola. Recém - egr esso do sem inár io de Belém , onde se dest acar a pela viva int eligência, o padr e Ant ônio de Mor ais decide iniciar a sua car r eir a eclesiást ica em Silv es, pequena cidade que não dispunha nem m esm o de j or nal. I dealist a, o novo pár oco pr ocur a desem penhar com denodo t odas as suas funções sacer dot ais. Ent r et anto, suas iniciat ivas são r ecebidas com indifer ença ou at é m esm o com host ilidade pela m aior ia dos fiéis, que, não obst ant e, r econhecem as qualidades do r eligioso, ent r e as quais se dest acava a cast idade, j ust am ent e por ser delas a m ais inusit ada. Em desespero de causa, padr e Ant ônio pr ofer e violent o ser m ão contr a o despr ezo pela r eligião e cont ra as fest as e licenciosidades da t radicional colheit a das cast anhas, que est ava para iniciar - se. O ser m ão, em que se descr evem de m odo vivo os cast igos infer nais, im pr essiona os fiéis, m as não im pede que, logo depois, a cidade fique deser t a com a fuga de boa par t e da população para os cast anhais.

Depr im ido com o fr acasso de sua pr egação e espicaçado pelo escár nio de um livr e- pensador local, que dizia não exist ir em padr es br asileir os com cor agem e abnegação suficient es par a cat equizar os índios, o padr e concebe o pr oj et o de ir em m issão evangelizador a à aldeia dos m undur ucus, índios ant r opófagos. Em com panhia do sacr ist ão Macár io, que, cont r ar iado, alim ent ava esper anças de dissuadi- lo a t em po da m issão que lhe par ecia insensat a, o padr e enfr ent a inúm er os per igos e provações at é ser abandonado em plena flor est a am azônica por seu com panheir o quando am bos se vêem fr ent e a fr ent e com índ ios. Ao cont r ár io do que j ulgar a Macár io, não são canibais, m as pacíficos índios cat equizados, os que vão ao encont r o do padr e e, depois, levam - no para o seu sít io, onde o padr e r ecuper a as for ças depauperadas. Nesse am bient e bucólico, que lhe lem br ava a fazenda onde for a cr iado, o padr e Ant ônio conhece a m est iça Clar inha, filha nat ur al do padr e João da Mat a, que, quando vivo, cost um ava passar longos per íodos de descanso naquele r et ir o.

Longe da “ civilização” e t r at ado com desvelos car inhosos pela adolescent e Clar inha, o padr e quebr a seus vot os de cast idade na som bra convidat iva das ár vor es de cacau. Com o ocor r e com Ser ge Mour et no Paradou cr iado por Zola, a nat ur eza agr adável da pr opr iedade r ural cercada pela flor esta am azônica excit a a sensualidade do padr e, fazendo desper tar o seu “ t em peram ent o de cam pônio livr e e r obust o” ( SOUSA, 1987, p. 210) . No ent ant o, ao cont rár io de Mour et , o padr e Ant ônio não per dera a m em ór ia; ser vindo- se indifer ent em ent e or a do “ senso com um do cam pônio” ( SOUSA, 1 987, p. 185) , or a de um a “ filosofia egoíst ica e chicaneir a” ( SOUSA, 1987, p. 2007) , o padr e par aense convence- se de que a sit uação er a toler ável e r ever sível e, por isso, peca voluntária e conscient em ent e. Mour et , ao contr ár io, ao r ecuper ar a m em ór ia e t or nar - se conscient e de seu er r o, ar r epende- se, abandona Albine e, a despeit o de algum a hesit ação, r et om a suas funções sacer dotais. O padr e Ant ônio, ao cont rár io, t em e apenas que um event ual escândalo pr ej udique a sua car r eir a. Quando descobr e que os r elat os fantasiosos de Macár io cr iaram - lhe em Silves um a sant a r eput ação de m issionár io audaz, r esolve volt ar à sua paróquia acom panhado de Clar inha, a quem convenient em ent e inst alar ia em sít io afastado da cidade para poder desfr utá- la com discr ição. Nesse par t icular , o padr e Ant ônio lem br a os padr es cínicos de Eça de Queir ós.

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Mundur ucânia” , tor na- se um a espécie de Sancho Pança par aense. Sousa narr a sua hist ór ia com um tom ir ônico que não poupa nem m esm o o ant icler ical Chico Fidêncio, m edíocr e por tador das idéias m oder nas. Consegue r ealizar , enfim , um a r epr esent ação bem abrangent e de um a t ípica povoação am azonense com t oda a sua com plexidade polít ica e social. Ent r et ant o, assim com o Car valho, Sousa incide na visão negat iva do m est iço, vist o com o um a t ent ação e um a am eaça por sua sensualidade. Clar inha, que possuía um a “ linda boca ver m elha de lábios for t es e car nudos” ( SOUSA, 1987, p. 195 ) , por tava o “ cheir o afr odisíaco das m ulat as paraenses” ( SOUSA, 1987, p. 192) que pôs a per der um padr e idealist a.

Tam bém m est iço é o prot agonist a d’O cr om o, rom ance de Horácio de Car valho. Dr . Teixeir a, por ém , é um a espécie de her ói nat ur alist a, que se conser vou cast o at é os tr int a e t r ês anos par a poder dedicar- se int egr alm ent e à ciência. Médico do int er ior de São Paulo, passa a t rat ar Est er, filha de um r ico cafeicult or . A j ovem padece com delír ios, dor es de cabeça e hem or ragia. O m édico t r ata- a com hipnose, pois t em a convicção de est ar diant e de um caso de hist er ia. Com o êxit o do t r at am ent o, Dr. Teixeir a conquist a o r espeit o e a am izade de Est er , por quem se apaixona. A m oça, no ent ant o, m or r ia de am or es por est udant e de Dir eit o que vir a um a única vez em um cer t o baile; o r apaz era loir o, além de possuir olhos azuis e pele clar a. A pr et ext o de assegurar a saúde da filha, o m aj or Cor nélio m uda- se com t oda a fam ília par a a cidade de S. Paulo, onde depois Est er encont ra- se casualm ente com o est udant e, m as, ao conhecê-lo m elhor , decepciona- se com a sua vulgar idade. O cam inho fica, por t ant o, aber t o para as invest idas do m édico, que passa a cor r esponder - se com Est er. Ainda no int er ior , o Dr. Teixeir a r ende- se, no ent ant o, aos encant os de Tonica, um a m ulata de cor po escult ur al. Quando j á não se sent ia com for ças para livr ar -se da am ant e, o m édico tam bém par t e par a a capit al deixando a clínica aos cuidados de colega r ecém - for m ado. Em São Paulo, é m uit o bem r ecebido pela fam ília de Est er e t em ocasião de t r atar com êxit o de sua m ãe, D. Eufr ásia, que sofr ia com os m ales da m enopausa. Ant es de fazer um pedido de casam ent o em r egra, com bina com Est er um a ent r evist a no gabinet e da m oça par a quando o pai e o irm ão dela est ivessem ausent es. Chegado o dia do encont ro, o m édico m inist r a sonífer o à m ãe da m oça. Depois, à noit e, a sós com Est er, hipnot iza- a para cont er- lhe a cr escent e exalt ação e para poder apr eciar a nudez de seu cor po vir gem , que não obst ant e deixa int act o. Logo depois, o m édico faz o pedido e celebr a- se o casam ent o. Dr . Teixeir a e Est er t or nam - se um m odelo higienist a de felicidade conj ugal. Not e- se, ent r et ant o, que o m édico r espeit ou a vir gindade da r ica her deir a br anca, m as não hesit ou em r elacionar - se sexualm ent e com a m ulat a Tonica, com panheir a de um am igo seu. Ricar do, ir m ão de Est er , abusa, por sua vez, de cr iada da fam ília; est a m oça, que t am bém er a m est iça, engravida. Mais um a vez, r epr esent a- se o m est iço com o desencadeador e obj et o da lascívia do br anco.

O cr om o é um m au rom ance, m as é t am bém um belo catálogo de caract er íst icas do nat uralism o brasileir o. Am bos os pr ot agonist as são devot ados à ciência; m encionam - se na nar r at iva aut ores e obr as cient íficas. O livr o cont ém episódios er ót icos com o a exibição dos cor pos nus de Tonica gr ávida e de Est er hipnot izada. O nar rador não hesit a em m encionar saliva, sangue, pus e out ras secr eções e excr eções do cor po hum ano com o as descr it as em La t er r e, de Zola2, e disser t a sobr e quest ões cont em por âneas com o a cam panha abolicionist a, o separat ism o r epublicano paulist a, a expansão urbana de São Paulo e a vida social dos bar ões do café. Não há, ent ret ant o, qualquer int er - r elação m ais

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evident e ent r e os pr oblem as polít icos e sociais cont em por âneos abor dados e a vida das personagens. O cr om o é um r om ance t ípico do nat uralism o brasileir o at é m esm o pelo r om ant ism o r esidual que r eponta na car act er ização das per sonagens e nas descr ições de paisagens.

Am bient ado no int er ior paulist a com o O cr om o, o rom ance A car ne, de Júlio Ribeir o, t am bém apr esent a um par de pr ot agonist as apaixonados pela ciência. Ór fã de m ãe, Helena ( Lenit a) r ecebera um a educação m asculina por desej o do pai, que lhe assegur ou o est udo de vár ias ciências e línguas e fr anqueou- lhe a leit ur a de t odo e qualquer livr o. Barbosa, filho de um r ico fazendeir o, pudera m orar na Eur opa, onde est udara e conviver a com gr andes cient ist as.

Ao per der o pai, Lenit a fica m uit o abat ida e pr ocur a r ecuper ar a saúde na fazenda do cor onel Bar bosa, que for a t utor de seu pai. Na pr opr iedade r ur al, a doença agrava- se, m as é cur ada com apenas um a inj eção. O cor onel t inha um filho, j á m adur o, que se encont r ava nas longínquas m ar gens do r io Paranapanem a, onde for a caçar. Lenit a ouve falar desse hom em , que j á fora casado, e passa a idealizá- lo com o um r efinado cavalheir o. Quando Barbosa volt a e apr esent a- se diant e dela enlam eado, com a bar ba e o cabelo cr escidos e com o hálit o r ecendendo a cachaça, a m oça decepciona- se pr ofundam ent e e fica at é m esm o indignada porque ele, sem m uit a conver sa, logo se t r anca no quar t o alegando um a j á ant iga enxaqueca. No dia seguint e, Bar bosa pr ocur a- a no pom ar com r oupas lim pas e elegant es e tr at a- a com dist inção e delicadeza. O casal logo inicia um a longa e er udit a conver sa sobr e botânica. Nos dias seguint es, fazem com apar elhos adquir idos por Barbosa exper iências de física e quím ica e t r aduzem t r echos de aut or es lat inos.

Quando o r elacionam ent o cient ífico ent r e os dois ia de vent o em popa, Bar bosa vê- se obr igado a ir a Sant os r esolver pr oblem as financeir os do pai. Ent r ist ecida com a im inent e par t ida do am igo, Lenit a dispõe- se a arr um ar - lhe as m alas. Ao sent ir o cheir o de que o quar t o de Bar bosa est ava im pr egnado, Lenit a sofr e um at aque hist ér ico.

De São Paulo, Barbosa envia a Lenit a um a longa car ta r eplet a de er udição cient ífica em que disser t a sobr e a est r ada de fer r o Sant os- Jundiaí, São Paulo, a ser r a do Mar e o lit or al paulist a. Som ent e no final da m issiva, confessa t er pensado em Lenit a.

Quando Barbosa volt a, o casal abandona os livr os e os apar elhos cient íficos para dedicar - se às caçadas. Barbosa pr epar a par a Lenit a um a ceva no m eio da flor est a, onde a m oça abat e vár ios anim ais. Ent r et ant o, nesse m esm o lugar, Lenit a é picada por um a cascavel. Mesm o socor r ida por Barbosa, que suga o lugar at ingido par a r et ir ar par t e do veneno e t om a t odas as providências necessár ias, Lenit a t em e m or r er. Nessa hor a ext r em a, confessa seu am or por Bar bosa, que ent ão sim plesm ent e a beij a na t est a.

Sent indo- se de t odo r ecuperada da ação do veneno, Lenit a ent r a fur t ivam ent e no quar t o de Barbosa à noit e. I n icia- se, a par t ir de ent ão, um a longa sér ie de encontr os am or osos a pr incípio no quar to de Lenit a e, depois, em plena nat ur eza.

Um a nova viagem de Barbosa vem a int er rom per o idílio. Ent ediada, Lenit a vai ao quar t o do am ado e, ao m exer em suas gavet as, descobr e r elíquias de ant igas conquist as am or osas. Pr esa de ciúm es r et r ospect ivos e consider ando Bar bosa um “ dom - João de pacot ilha” , Lenit a sent e- se usada. Ao descobr ir logo depois que est ava grávida, Lenit a decide deixar a fazenda para casar - se segundo os pr econceit os da sociedade.

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Olho d´ água, São José do Rio Pret o, 4( 1) : 1- 163, 2012

Lenit a, em que a m oça t rat a longam ent e do pr ogr esso ur bano, social e econôm ico de São Paulo. Som ent e no fin al da car ta, r evela est ar gr ávida e à pr ocur a de um casam ent o de conveniência que pr opor cionasse um pai socialm ent e aceit ável ao seu filho.

Cur iosam ent e, esse r om ance nat ur alist a apr esent a um final m elodr am át ico. Bar bosa aplica- se veneno e sua m ãe, que havia anos não andava, deixa a cam a e ar rast a- se at é o quar t o do filho para presenciar a sua agonia. A car ne é um m au r om ance, pois suas per sonagens concebidas a priori est ão apenas esboçadas e são incoer ent es. Lenit a, por exem plo, que t ão avançada m ost rava-se e t ão indifer ent e par ecia diant e dos pr econceit os sociais, ent r egando- rava-se a um hom em separ ado, descobr e no final do r om ance que não é am or aquele “ que não t enda a sant ificar - se pela const it uição da fam ília, pelo casam ent o legal” ( RI BEI RO, 1991, p. 141) .

A despeit o disso, A car ne é, de t odos os rom ances aqui analisados, o que m ais dir et am ent e t r ata da quest ão ser vil. Os escr avos são, a pr incípio, alvo da piedade da Lenit a que possui sólida for m ação hum anista e, depois, vít im as do sadism o da Lenita que sofr e de hist er ia. Os escr avos são, t am bém , par t e da paisagem nat ural quando se am am sob as vist as excit adas de Lenit a e são par t e da r ealidade econôm ica quando m ovem o engenho ou int er r om pem seu funcionam ent o ao ser em apanhados nas engr enagens. O narr ador r evela os cast igos físicos a que se subm et iam os escr avos e a j ust iça sum ár ia que se m inist r ava com a com placência do fazendeir o, m as t r ai seu pr econceit o r acial ao at r ibuir aos escravos um a “ cat inga afr icana, indefinív el, que doía ao olfat o” ( RI BEI RO, 1991, p. 64) e um a linguagem que er a um a “ algar avia bárbar a, hor r ipilant e, im possível de r epr oduzir ” ( RI BEI RO, 1991, p. 97) . O nar r ador t am bém m enciona a “ m aledicência car act eríst ica da r aça negr a” ( RI BEI RO, 1991, p. 137) .

Dos r om ances de 1888, A car ne é o que prest a o m aior t r ibut o a Zola. Júlio Ribeir o dedica o seu livr o “ ao pr íncipe do n at ur alism o Em ílio ( sic) Zola” , a quem se dir ige em car t a t r anscr it a com ver so em pr est ado de Dant e: “ Tu duca, t u signor e, t u m aestr o” . Nesse par at ext o, Ribeir o ponder a que a dedicat ór ia ser ia pr ovavelm ent e agr adável ao gr ande escr it or : “ Por quoi pas? Les r ois, quoique gorgés de r ichesses, ne dédaignent pas t ouj our s les chéfit s cadeaux des pauvr es paysans” ( RI BEI RO, 1991, p. 07) . Essa hom enagem de um br asileir o, dat ada de 25 de j aneir o de 1888, t alvez fosse um desagravo ao grande escr it or fr ancês, que for a t ão asper am ent e cr it icado no ano ant er ior pela publicação do r om ance La t er r e. Em A car ne, assim com o no episódio m ais escandaloso de La t er r e, um t our o fecunda um a vaca. Lenit a, ao cont rár io de Fr ançoise, não int er vém , m as apenas cont em pla a cena à dist ância. Segundo o nar rador , Lenit a consider a o at o fisiológico “ gr andioso e nobr e em sua adorável sim plicidade” ( RI BEI RO, 1991, p. 61) . Em La t err e, Jean cont em pla a cena im passível por que, sim plesm ent e, “ c’ét ait la nat ur e” ( ZOLA, 1980, p. 37) .

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se r evela nas consider ações pr econceit uosas e est er eot ipadas dos narr ador es sobr e negr os e m ulat os, vist os com o um per igo e um a t ent ação para os brancos, com pr om et ia um a discussão m ais apr ofundada da quest ão ser vil.

Com o se not a clar am ent e em Um a fam ília baiana, os r om ances de 188 8 ainda t razem for t es m ar cas queir osianas em det er m inados episódios, na descr ição de espaços e na car act er ização e apr esent ação de per sonagens, m as j á são t r ibutár ios de Zola na im por t ância atr ibuída ao t em per am ent o e à fisiologia, na cor agem em abor dar t em as polêm icos com o o incest o, no cient ificism o e no t r at am ent o fr anco e ousado da sexualidade. No ent ant o, nesses r om ances j á se not a a const it uição de um a linhagem de per sonagens nacionais, r epr esent ada pelas hist ér icas Est er ( O cr om o) e Lenit a ( A car ne) , pr ováveis descendent es de Magdá, pr ot agonist a do rom ance O hom em , r elat ivo sucesso de público do ano de 1887.

SI MÕES Jr ., A. S. Bet w een Zola and Eça: Brazilian Nat ur alism at it s zen it h ( 1888) . Olho d’á gu a , São José do Rio Pret o, v. 4, n. 1, p. 11- 20, 2012. I SSN 2177- 3807

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Referências

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