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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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2017/18

Manuel José Ferin Cunha de Magalhães de

Albuquerque 2012315

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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

]

Orientador:

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Índice

1. Introdução ... 1

2. Objectivos ... 1

3. Descrição das Actividades ... 1

3.1 Pediatria ... 1

3.2 Ginecologia e Obstetrícia ... 2

3.3 Saúde Mental ... 3

3.4 Medicina Geral e Familiar ... 3

3.5 Medicina Interna ... 4

3.6 Cirurgia Geral ... 5

3.7 Cuidados Intensivos Neonatais ... 5

4. Análise Crítica... 6

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1. Introdução

O estágio profissionalizante do 6º ano foi dividido em vários estágios parcelares que têm o intuito de aprofundar a vertente prática do ensino médico de modo preparar o aluno para a prática clínica que se avizinha. O presente relatório foi elaborado para apresentar as actividades desenvolvidas durante este ano.

Assim, este documento está dividido em cinco partes: primeiro, uma introdução, de seguida uma parte em que se descreve os objectivos gerais deste ano, uma terceira que aborda uma descrição das actividades desenvolvidas e, por fim, uma análise crítica deste ano profissionalizante. Numa quinta parte estarão alguns elementos valorativos.

2. Objectivos

Ao longo deste ano guiei-me por alguns objectivos, comuns aos vários estágios.

Identifiquei objectivos clínicos: adopção uma linguagem médica fluente; conhecimento das principais patologias das especialidades, ao nível das manifestações clínicas e fisiopatologia; realização dum exame objectivo orientado; sugestão os exames complementares de diagnóstico adequados; compreensão das principais opções terapêuticas orientadas pela evidência científica; identificação das situações de urgência e emergência; e ainda registo adequado duma consulta ou dum diário de internamento.

Propus-me também a realizar objectivos sociais: ser pró-activo e cada vez mais autónomo; comunicar adequadamente com os doentes e suas famílias; manter uma relação profissional com os médicos; respeitar a confidencialidade dos doentes.

3. Descrição das Actividades

3.1 Pediatria (11 de Setembro 2017 a 6 de Outubro 2017)

Este estágio foi realizado sob a regência do Prof. Doutor Luís Varandas, no serviço de Pediatria do Hospital CUF Descobertas e orientado pela Dr.ª Cláudia Cristóvão.

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Neste estágio, passei a maior parte do tempo no Atendimento Permanente (AP), muitas vezes por falta de doentes no internamento. Tive outras actividades como consultas externas, consultas de cirurgia pediátrica e sessões clínicas semanais. No último dia deste estágio, apresentei um trabalho sobre a drepanocitose e discuti uma história clínica de apendicite aguda.

A avaliação que faço é positiva. Fiquei muito satisfeito pelo tempo passado no AP pois acredito que potenciou a uma aprendizagem uma vez que contactei muito com as doenças mais frequentes da pediatria. Destaco a grande quantidade de casos de patologias virais que observei nomeadamente amigdalites, gastroenterites e laringites. Tive ainda a oportunidade de observar um caso muito peculiar de anemia falciforme com crise álgica grave. Uma vez que esteve vários dias no internamento foi possível realizar um acompanhamento importante para consolidar conhecimentos.

3.2 Ginecologia e Obstetrícia (9 de Outubro 2017 a 3 de Novembro 2017)

Este estágio foi realizado sob a regência da Prof.ª Doutora Teresa Mateus Ventura, no Hospital Cuf Descobertas. A minha orientadora foi a Dr.ª Susana Pinho.

Neste estágio realizei múltiplas actividades nomeadamente consultas de ginecologia e obstetrícia, de senologia e de patologia tromboembólica. Uma vez por semana, assisti a ecografias obstétricas programadas. Pude contactar com o serviço de urgências da Ginecologia e Obstetrícia uma vez por semana, 12 horas, onde pude observar muitas ecografias de urgência. Assisti pela primeira vez a várias técnicas da especialidade como a histeroscopia, a colposcopia ou a cirurgia a laser. Ainda neste estágio, participei em mais de 10 cesarianas.

Aquilo que retiro deste estágio para a minha formação está relacionado com o acompanhamento de patologias comuns em doentes obstétricas desde já pelo artigo que apresentei numa das sessões clínicas semanais do serviço sobre “Use of antibiotics during

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pregnancy and risk of spontaneous abortion”. Recordo, também, uma doente no segundo trimestre da gravidez com uma gastroenterite grave ou uma outra com Síndrome de Anticorpos Anti-Fosfolípidos a tentar engravidar.

3.3 Saúde Mental (6 de Novembro 2017 a 30 de Novembro 2017)

O presente estágio foi realizado no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, no Hospital de Dia, sob a regência do Prof. Doutor Miguel Talina, sob a orientação do Dr. Filipe Gonçalves.

O estágio iniciou-se com 2 dias de seminários teórico-práticos seguidos de dias passados, na sua maioria, no hospital de dia. Também assisti sessões de electroconvulsivoterapia, a consultas externas, consultas num centro comunitário e estive nas urgências do Hospital de S. José.

Ao avaliar estas semanas, considero que o estágio poderia ter sido mais proveitoso. No hospital de dia não tive muita oportunidade de acompanhar os doentes pois estavam frequentemente em actividades organizadas pelos animadores e a única altura onde me punha a par da sua evolução era nas reuniões semanais às quartas-feiras e sextas-feiras. Teria sido importante para minha formação acompanhar estes doentes presencialmente e de forma frequente. O ponto mais positivo deste estágio, no entanto, acabou por ser as consultas no centro comunitário onde percebi a importância desses centros de proximidade tanto para a relação médico-doente como para assegurar a assiduidade das consultas.

3.4 Medicina Geral e Familiar (4 de Dezembro 2017 a 12 de Janeiro 2018)

Este estágio foi realizado sob a regência da Prof.ª Doutora Maria Isabel Santos, na Unidade de Saúde Familiar do Dafundo tendo como orientadora a Dr.ª Ana Sofia Baptista.

Durante este tempo, assisti a consultas Programadas de Adultos, consultas de Saúde Materna, consultas de Cessação Tabágica, consultas de Saúde Infantil e Juvenil,

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consultas do Dia, consultas de Planeamento Familiar. Depois de assistir a algumas consultas, comecei a fazer o registo clínico enquanto a minha tutora conduzia a consulta.

Posteriormente, tive também a oportunidade de conduzir pessoalmente algumas consultas do Dia e consultas Programadas de Adultos. Por ter realizado consultas do Dia, nem sempre sabia bem o que esperar, por isso foi um grande desafio e fonte de novo e relevante conhecimento para chegar a um diagnóstico. Recordo que observei sozinho 2 casos de gripe e uma dermite seborreica. Consolidei neste estágio os meus conhecimentos sobre o acompanhamento infantil e juvenil uma vez que observei um elevado número de consultas nesse âmbito que contemplou jovens e crianças de quase todas as idades do programa de saúde infantil e juvenil.

3.5 Medicina Interna (22 de Janeiro 2018 a 16 de Março 2018)

O estágio de medicina interna durou 8 semanas sob a regência do Prof. Doutor Fernando Nolasco. Estive na Medicina 1.4 do Hospital S.José tutorado pelo Dr. António Godinho mas integrado na equipa da Dr.ª Fátima Lampreia.

Durante este estágio, passei a maior parte do tempo no internamento do serviço mas também estive algumas noites no serviço de urgências, para além das consultas externas que assistia semanalmente à sexta-feira. Assisti ainda a ecocardiografias e estive presente em múltiplas reuniões clínicas sem periodicidade marcada, numa das quais apresentei, juntamente com outro aluno, um trabalho sobre Hipertensão Pulmonar.

Não tenho dúvidas em afirmar que este foi o estágio em que mais aprendi, acima de tudo pela grande autonomia e confiança que me foi dada. Reforcei as minhas competências de exame objectivo para além de desenvolver e apurar o meu raciocínio clínico graças à discussão diária com a equipa. Os casos mais relevantes para a minha aprendizagem foram os que vi na urgência e os casos que envolviam mais investigação. Nestes últimos pude aplicar alguns dos conhecimentos estudados para a PNS, como

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aconteceu para um doente com suspeita de síndrome nefrótico e outro com uma hiponatrémia inexplicada tal como para as duas histórias clínicas que realizei sobre uma pneumonia da comunidade e uma ruptura de aneurisma cerebral.

3.6 Cirurgia Geral (19 de Março 2018 a 18 de Maio 2018)

O estágio teve uma duração de 8 semanas no Hospital da Luz de Lisboa sob a regência do Prof. Doutor Rui Maio, tutelado pelo Dr. José António Pereira.

Na primeira semana do estágio parcelar os alunos tiveram diversas aulas teóricas e teórico-práticas tendo inclusivamente realizado o TEAM (Anexo 1). Durante o resto do estágio, pude assistir a múltiplas cirurgias de diversas áreas da cirurgia geral, tendo participado em algumas. Também estive presente na consulta externa com o meu tutor 1 vez por semana e assisti a reuniões multidisciplinares. Fiz um estágio opcional na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital da Luz de Lisboa durante 2 semanas. No último dia de estágio tivemos um mini-congresso no Hospital Beatriz Ângelo onde apresentei, juntamente com outros 3 colegas, um trabalho sobre Colangiocarcinoma Intrahepático a partir dum caso clínico que acompanhámos no Hospital da Luz.

O que retiro de importante para a minha formação neste estágio relaciona-se com alguns casos clínicos específicos como uma fístula bilioentérica após íleus biliar. Realço o facto de ter visto mais de 10 cirurgias a hérnias de todas as localizações e todos os tipos.

A minha escolha para o estágio opcional de cirurgia geral recaiu sobre os cuidados intensivos pois é uma área que sempre me interessou devido aos casos extremos em que a conservação da função dos órgãos é a prioridade.

3.7 Cuidados Intensivos Neonatais (21 de Maio 2018 a 1 de Junho 2018)

Como Unidade Curricular Opcional escolhi um estágio na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) no Hospital D. Estefânia tutorado pela Dr.ª Maria João Lage.

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A escolha deste estágio deveu-se ao interesso que nutro pelos cuidados intensivos, mas também porque considero a Cirurgia Pediátrica como uma possibilidade para seguir, tendo em consideração que muitos dos casos da UCIN são casos cirúrgicos.

Nestas duas semanas participei nas actividades regulares da UCIN, nomeadamente, a passagem dos doentes de manhã e a observação diária. Espantou-me a diversidade de patologias que se encontra neste serviço. São doenças raras, com tratamentos pouco específicos que nem sempre têm terapêuticas suportadas por muita evidência pois não há casos suficientes para estudos; destaco neste âmbito as anomalias VACTERL. Vi ainda 3 enterocolites necrotizantes.

4. Análise Crítica

Considero que, globalmente, este ano foi o melhor para a minha formação médica generalista acima de tudo pela autonomia que me foi dada nalguns estágios. Acredito que a liberdade para fazer actividades de forma independente é a maneira mais eficaz de crescer, tanto a nível do conhecimento como a nível da maturidade no que toca a tomar decisões. Para isto, é certamente necessário a presença de um tutor disponível o que é facilitado pela relação médico aluno 1:1.

Um dos factores que impede os alunos do 6º ano de aproveitar ainda mais estes estágios é a necessidade de estudar para a Prova Nacional de Seriação (PNS). Constatando a competitividade crescente desta prova, é impensável não começar a estudar desde cedo. Isto acaba por retirar algum aproveitamento dos estágios pois algumas actividades teriam mais valor noutro horário ou investindo mais tempo. Por outro lado, confiro um elevado valor aos estágios por nos obrigarem a aplicar os conhecimentos adquiridos pelo estudo. A PNS acaba por ser uma espada de dois gumes.

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No que toca aos estágios, gostava de analisar sucintamente o que contribuíram para a minha formação e cumprimento dos meus objectivos.

Em relação ao estágio de Pediatria, penso que ganhei muito pelo tempo passado no serviço de urgências (SU). Estou convicto que é nos serviços de urgências que os alunos mais aprendem pois deparam-se com a patologia como é estudada nos livros. Outro aspecto positivo que retiro do meu estágio de pediatria é a relação com os familiares do doente que é fundamental. Senti que as pessoas confiavam mais em mim e eu tinha capacidade para explicar algumas situações. Neste estágio acabei por concretizar a maioria dos meus objectivos salientando uma pequena falha em relação ao exame objectivo já que poucas foram as oportunidades que me concederam para o realizar.

No estágio de Ginecologia e Obstetrícia deparei-me com algumas dificuldades semelhantes com a pediatria, nomeadamente a aprendizagem do exame objectivo, apesar de compreender as dificuldades que são particulares desta especialidade. Um ponto interessante deste estágio foi alguns dilemas éticos com os quais tive de me debater em relação à utilização de alguns métodos contraceptivos e que levaram a discussões científicas e pessoais de boa qualidade com os médicos do serviço. A nível de aprendizagem clínica generalista valorizo muito o contacto com outro tipo de patologias que não é muito comum como ocorreu na consulta de patologia tromboembólica.

O estágio de Saúde Mental foi interessante no sentido em que contactei com o hospital de dia, uma realidade da qual nunca me tinha aproximado e que me impressionou dado o seu funcionamento e resultados que obtém. Outro ponto positivo na minha avaliação foi a oportunidade de ter assistido à electroconvulsivoterapia e familiarizar-me mais com esta terapêutica, ainda alvo de muitos estigmas. Confesso, no entanto, que, a nível de

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conhecimentos adquiridos ou consolidados, fiquei aquém dos meus objectivos porque ao longo das 4 semanas, não pude observar muitos doentes.

O estágio de Medicina Geral e Familiar foi muito interessante na óptica de médico generalista e, para isso, muito contribui a oportunidade que me foi dada de fazer algumas consultas sozinho. Isso permitiu-me acima de tudo trabalhar as minhas competências sociais na relação médico-doente, mas também a minha capacidade de raciocínio enquanto conduzo uma entrevista clínica. Devido ao grande contacto desta especialidade com doenças crónicas considero, também, que consolidei alguns dos meus conhecimentos em relação às mais comuns, especialmente no que toca à gestão da polimedicação.

Considero o estágio de Medicina Interna foi o que permitiu a maior aprendizagem. Por um lado, por razões óbvias relacionadas com a diversidade de patologias, e, por outro, pela autonomia que me foi dada. Destaco que escrevi diários clínicos regularmente o que me obrigava a reflectir sobre o doente no seu todo. Para além disto, senti um grande apoio por parte dos médicos do serviço especialmente na discussão dos doentes.

O meu estágio de Cirurgia Geral permitiu-me contactar com uma área da medicina que aprecio bastante com patologias interessantes e diversificadas. Acabei por perceber que há muitas patologias cirúrgicas que não tinha visto frequentemente ao longo da minha formação, como é o caso dos colangiocarcinomas. Outro aspecto positivo deste estágio foi compreender as opções terapêuticas adequadas para cada doente. Para isso, muito contribuíram as reuniões multidisciplinares. Apesar disto, não considero que seja eficiente, para um aluno, assistir a cirurgias no bloco, a não ser que participe nelas.

Em suma, foi um ano fulcral na minha aprendizagem e gostava agradecer a todos os médicos e pessoas que me acompanharam ao longo deste e dos restantes 5 anos.

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5. Anexos

1. Certificado de participação no curso TEAM

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2. Certificado de participação no projecto Missão País

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3. Certificado de participação nos grupos de bioética do Núcleo de Estudantes Católicos

Referências

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