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Efeitos do óxido nitroso e do tipo de ventilação sobre a lactatatemia, glicemia e hemograma, em leitões anestesiados com propofol

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP

CÂMPUS DE JABOTICABAL

EFEITOS DO ÓXIDO NITROSO E DO TIPO DE VENTILAÇÃO

SOBRE A LACTATATEMIA, GLICEMIA E HEMOGRAMA, EM

LEITÕES ANESTESIADOS COM PROPOFOL

Helen Roberta Amaral da Silva

Médica Veterinária

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP

CÂMPUS DE JABOTICABAL

EFEITOS DO ÓXIDO NITROSO E DO TIPO DE VENTILAÇÃO

SOBRE A LACTATATEMIA, GLICEMIA E HEMOGRAMA, EM

LEITÕES ANESTESIADOS COM PROPOFOL

Helen Roberta Amaral da Silva

Orientador: Prof. Dr. Newton Nunes

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP, Câmpus Jaboticabal, para obtenção do título de Mestre em Cirurgia Veterinária.

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Silva, Helen Roberta Amaral da

S586e Efeitos do óxido nitroso e do tipo de ventilação sobre a lactatatemia, glicemia e hemograma, em leitões anestesiados com propofol / Helen Roberta Amaral da Silva. –– Jaboticabal, 2016

vi, 61 p. : il. ; 29 cm

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2016

Orientador: Newton Nunes

Banca examinadora: Roberto Thiesen, Vivian Fernanda Barbosa Bibliografia

1. Hematologia. 2. FiO2. 3. Anestesia. 4. Ventilação mecânica. 5.

Imunidade. 6. Suínos. I. Título. II. Jaboticabal - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.

CDU 619:616-089.5:636.4

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DADOS CURRICULARES DO AUTOR

Helen Roberta Amaral da Silva – Nasceu em 20 de Março de 1989, na

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EPÍGRAFE

“Sendo o fim doce, que importa que o começo amargo fosse?”

William Shakespeare

“Sim, coisas grandiosas fez o Senhor por mim, por isso estou alegre”.

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DEDICATÓRIA

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus. Porque sem Ele nada seria possível. Porque dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas. Pela oportunidade de chegar até aqui, pois, apesar de todas as lutas e lágrimas, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que esperam em Deus e, em tudo Deus tem um propósito. Toda honra e glória a Ele.

Ao meu orientador, Newton Nunes, que é mais que um orientador, é um pai! Obrigada pela oportunidade. Obrigada pelos puxões de orelha, pelos conselhos e conversas rodeadas de risadas! O senhor tem papel crucial na minha jornada profissional.

Aos meus eternos orientadores, Marlos Gonçalves Sousa e Roberta Carareto. Desde os inicio da minha jornada sempre acreditaram em mim e me incentivaram a seguir novos horizontes. Sem vocês eu não seria a profissional que sou hoje.

Ao professor Dr. Gener Tadeu Pereira do Departamento de Ciências Exatas da FCAV – UNESP – Câmpus Jaboticabal, pela ajuda na confecção da análise estatística deste trabalho.

A todos do Hospital Veterinário Governador Laudo Natel, em especial a toda equipe do Serviço de Anestesiologia, que contribuiu diretamente para a realização desse trabalho e foi apoio tão crucial na minha mudança a Jaboticabal, se tornando assim, uma família que me recebeu tão bem. Vocês são exemplos de pessoas e profissionais que eu tenho a seguir. À Paloma do Espírito Santo Silva, Cleber Kazuo Ido, Eliselle Gouveia de Faria Biteli, Ana Paula Gering, Mônica Horr, Rodrigo Lima Carneiro, Diego Iwao Yamada. Além de Eveline Azenha, Fabiana Del Lama Rocha, Giulia Simionato, Lilian Campos, Monica Midon, Paula Chiconi, Rozana Wendler da Rocha. Agradecimento especial ao querido Nathan da Rocha Neves Cruz, por seu papel fundamental na Patologia Clínica. Meu muito obrigado!

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fizeste por mim e a única coisa que pediste em troca foi a minha felicidade. Quantas vezes abriu mão de algum bem para seu proveito próprio para poder atender às minhas necessidades e caprichos. Saiba que, sem a senhora, não seria metade do que sou hoje. Ao meu pai, Roberto Carlos Mendes que apesar de não ser perfeito, é alguém em quem me espelho e busco agradar.Pelos conselhos, puxões de orelha que me guiaram por esse caminho. Se hoje estou aqui foi para mostrar-lhe que sou capaz e para encher-lhe de orgulho. Ao meu irmão, André Amaral pelo companheirismo e amizade. Foi por vocês, que cheguei até aqui e busco chegar muito além.

Agradeço a toda minha família que sempre acreditou em mim, em especial às minhas duas vovós, Maria do Carmo e Glória que do céu compartilham essa conquista comigo.

Em especial ao meu esposo, Max Miller, que abriu mão de sonhos para sonhar os meus, abriu mão de objetivos para alcançar os meus. Além de marido, você é namorado, amigo, cúmplice. Palavras não poderiam descrever a minha gratidão. Amo-te! Tudo vai valer a pena!

Obrigado às minhas amigas de residência, da primeira turma de residência da UFT, Daiane Frantz, Jaislane Braz e Raphaela Marques Canola. Vocês me acompanharam nos primeiros passos desse sonho e até hoje são ombro amigo. Principalmente à “Jais” que enfrentou comigo a mudança de Araguaína a

Jaboticabal e tem sido mais que irmã nessas terras longínquas.

Aos meus eternos pacientes. É por vocês que cheguei até aqui. Por vocês busco cada dia mais aprimorar meus conhecimentos para dar-lhes o meu melhor como Médica Veterinária.

Às agências de fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela bolsa de demanda social, e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), pelo financiamento do projeto.

Ao programa de Pós-graduação em Cirurgia Veterinária da FCAV/UNESP –

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SUMÁRIO

RESUMO ... iv

ABSTRACT ... v

LISTA DE ABREVIATURAS ... vi

1 INTRODUÇÃO ... 1

2 OBJETIVOS ... 2

2.1 Objetivo Geral ... 2

2.2 Objetivos Específicos ... 3

3 REVISÃO DE LITERATURA ... 3

3.1 Ventilação controlada à pressão (VCP) e pressão positiva ao final da expiração (PEEP). ... 3

3.2 Lactato ... 5

3.3 Glicemia ... 6

3.4 Óxido Nitroso ... 7

4 MATERIAL E MÉTODOS ... 10

4.1 Animais ... 10

4.2 Protocolo Experimental ... 11

4.3 Variáveis Hematológicas ... 13

4.4 Lactatemia ... 13

4.5 Glicemia ... 14

4.6 Método Estatístico ... 14

5 RESULTADOS ... 15

5.1 Hematócrito (Ht) ... 15

5.2 Hemácias (He) ... 17

5.3 Hemoglobina (Hb) ... 19

5.4 Plaquetas ... 21

5.5 Leucócitos Totais (Le) ... 23

5.6 Eosinófilos (EOS) ... 25

5.7 Neutrófilos Bastonetes (NB) ... 27

5.8 Neutrófilos Segmentados (NS) ... 29

(11)

5.10 Monócitos (Mon) ... 33

5.11 Glicemia ... 35

5.12 Lactato ... 37

6 DISCUSSÃO ... 39

7 CONCLUSÃO ... 48

(12)
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EFEITOS DO ÓXIDO NITROSO E DO TIPO DE VENTILAÇÃO SOBRE A LACTATATEMIA, GLICEMIA E HEMOGRAMA, EM LEITÕES ANESTESIADOS

COM PROPOFOL.

RESUMO – Avaliaram-se os efeitos de diferentes concentrações do óxido nitroso

(N2O) e oxigênio, sobre os índices de lactato sérico, glicemia e características do hemograma, em suínos anestesiados com propofol e mantidos em ventilação espontânea ou controlada a pressão associada ou não à PEEP. Para isso, 48 animais machos ou fêmeas, foram distribuídos aleatoriamente em seis grupos, denominados, GN10 (FiO2 a 90% e N2O a 10%), GA10 (FiO2 a 90% e ar comprimido a 10%), GN30 (FiO2 a 70% e N2O a 30%), GA30 (FiO2 a 70% e ar comprimido a 30%), GN50 (FiO2 a 50% e N2O a 50%) e GA50 (FiO2 a 50% e ar comprimido a 50%). Empregou-se, como medicação pré-anestésica azaperona (2 mg/kg por via intramuscular), indução anestésica com propofol (dose efeito) bem como manutenção anestésica (0,5 mg/kg/min). Após a intubação o traqueotubo foi acoplado ao aparelho de anestesia inalatória para fornecimento das misturas de gases preconizadas para cada grupo. Após 100 minutos da indução anestésica, foi administrado por via intravenosa rocurônio (0,6 mg/kg IV), seguido de infusão contínua (0,6 mg/kg/hora) e inciou-se a ventilação controlada a pressão (15 cmH2O). A primeira amostra sanguínea foi coletada 20 minutos decorridos da aplicação da azaperona e imediatamente antes da indução anestésica (M0). Após 40 minutos, nova amostra de sangue foi obtida (M1), seguida de mais três colheitas decorridos 100, 175 e 220 minutos da indução da anestesia, tempos estes que coincidiram com o início da ventilação mecânica (M2), início da PEEP (M3) e final do experimento (M4), respectivamente. Todas as amostras foram acondicionadas em microtubos contendo Fluoreto de Na ou EDTA. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) para avaliar e comparar os valores médios, utilizando o procedimento de Tukey, sendo considerado significativo valor de P<0,05. Os resultados revelaram diferenças estatísticas entre momentos e entre grupos nas variáveis hematológicas (Ht, He, Hb, plaquetas, Leucócitos Totais, EOS, NB, NS, Linf) glicemia e lactato.

Palavras chave:

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EFFECTS OF NITROUS OXIDE AND OF VENTILATION TYPES ON THE BLOOD LACTATE, GLYCEMIA AND HEMOGRAM IN PROPOFOL-ANESTHETIZED

PIGLETS

ABSTRACT - This study evaluated the effects of different concentrations of nitrous

oxide (N2O) and oxygen, on seric level of lactate, glycemia and hematological dynamic, in propofol-anesthetized pigs under spontaneous breathing or in pressure-controlled ventilation with or without PEEP. For this, forty eight animals, males or females, were randomly divided into six groups: GN10 (FiO2 = 90% and N2O = 10%), GA10 (FiO2 = 80% and air = 10%), GN30 (FiO2 = 70% and N2O = 30%), GA30 (FiO2 = 70% and air = 30%), GN50 (FiO2 = 50% and N2O = 50%), GA50 (FiO2 = 50% and air = 50%). Azaperone was administered (2.0 mg/kg IM) as premadication. The induction was performed with propofol at sufficient doses to endotracheal intubation and for the maintenance of anesthesia, the same anesthesic were used (0.5 mg/kg/min). After 100 minutes of the induction, were administered rocuronium (0.6 mg/kg IV) followed by continuous infusion (0.6 mg/kg/h) and started mechanical ventilation (15 cmH2O). Were coleted blood samples in the first moment (M0), twenty minutes after azaperone administration. After forty minutes new blood sample were obtained (M1), followed by three more harvest past 100, 175 and 220 minutes after anesthesia induction (M2, M3 and M4 respectively). The samples were condition in microtubes with sodium fluoride or EDTA. Repeated measures analyses of variance was the statistical method used to evaluate pair wise comparisons of

mean were mode, using Tukey’s procedure. A P value <0,05 was considered

significant. Among the main changes were between groups and moments in HT, RBC, HGB, platelets, WBC, EOS, NS, Lymph, glucose blood and lactate.

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LISTA DE ABREVIATURAS

ATP Adenosina trifosfato

CAM Concentração alveolar mínima CEUA Comitê de ética no uso de animais CO2 Dióxido de carbono

CRF Capacidade residual funcional DC Débito cardíaco

EDTA – Ácido etilenodiamino tetra-acético Eos Eosinófilos

FC Frequência cardíaca

FiO2 Fração inspirada de oxigênio Hb Hemoglobina

He Hemácias Ht Hematócrito Le Leucócitos Linf Linfócitos

MPA Medicação pré-anestésica Mon Monócitos

NB Neutrófilos bastonetes NMDA N-metil D-aspartato NS Neutrófilos segmentados N2O Óxido nitroso

PEEP Pressão positiva ao final da expiração pH Potencial hidrogeniônico

ΔPP Variação de pressão de pulso

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1 INTRODUÇÃO

O papel do anestesista veterinário não se dá apenas entre as quatro paredes do centro cirúrgico, uma vez que, ao sair dali, o paciente deve seguir sua vida normalmente e com higidez. Assim sendo, é grande a responsabilidade deste profissional na hora de escolher o melhor protocolo anestésico para seu paciente. Nessa visão, seria correto, ao escolher a técnica anestésica, este profissional não se preocupar com consequências posteriores ao procedimento anestésico? Seria ético, não pensar nas consequências desta escolha?

Sabendo-se que a anestesia acarreta algum grau de alteração na contagem de células sanguíneas, podendo levar a alterações posteriores na homeostase, questiona-se por que os parâmetros hematológicos são muitas vezes ignorados no período pós-anestésico? Por que as consequências nos parâmetros imunológicos não são, muitas vezes, levadas em consideração nos períodos trans e pós-anestésicos assim como o são no pré-anestésico? Até que ponto o quadro hematológico sofreria alterações significativas até o alcance da homeostase?

Ainda nesse sentido, sabe-se que o lactato é um marcador precoce que avalia a perfusão tecidual e que, atualmente, vem sendo amplamente utilizado no intensivismo. Então, pergunta-se o porquê de o lactato não receber o mesmo destaque na Anestesiologia Veterinária. Por que alguns profissionais não o dosam em sua rotina? Essa dificuldade em usá-lo seria por falta de acesso ou ausência de conhecimento relativo à sua interpretação? Daí a importância de mais estudos que demonstrem sua importância e praticidade e que quebrem alguns paradigmas.

É importante relatar ainda a importância da glicemia no procedimento anestésico, pois suas variações plasmaticas podem interferir na qualidade deste procedimento, devido ao seu papel no metabolismo celular, principalmente cerebral.

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disponíveis, a fim de aparar arestas e solidificar o embasamento da anestesiologia moderna.

Neste contexto, a utilização de óxido nitroso (N2O), em associação com o propofol, anestésico injetável de amplo uso atualmente, intriga quanto ao possível benefício advindo da analgesia e hipnose obtidas, respectivamente, nesta associação. Neste sentido, seria o bônus da analgesia do N2O superior ao ônus do conhecido risco de hipoxemia causado por este fármaco? Qual seria a fração inspirada de oxigênio (FiO2) adequada nesta associação para minimizar ou eliminar este risco?

A fim de tentar responder estes questionamentos e extinguir conclusões precipitadas, propõe-se ainda a utilização de ventilação mecânica sem e com pressão positiva ao final da expiração (PEEP – do inglês Positive Expiratory Ending Pressure), devido à possível atelectasia ocasionada pela dinâmica do N20 e O2 nos alvéolos e à possível interferência da capacidade respiratória do suíno sob anestesia geral, fator de não menor relevância, uma vez que esta espécie animal vem sendo usada, crescentemente, como modelo experimental.

Assim sendo, neste ensaio, procurou-se avaliar um protocolo anestésico pouco usual na espécie suína, bem como determinar eventuais benefícios e segurança desta associação no que concernem as características do hemograma, lactato sérico e possíveis alterações da taxa glicêmica.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

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2.2 Objetivos Específicos

 Avaliar os efeitos de diferentes concentrações de oxigênio, associado ou não ao óxido nitroso sobre características do hemograma, em suínos, nas condições experimentais propostas.

 Aferir os possíveis efeitos tanto das ventilações, como da PEEP, bem como das associações de gases fornecidos, sobre a oxigenação tecidual por meio da análise da lactatemia.

 Verificar as possíveis variações na glicemia advindas tanto do protocolo anestésico estabelecido, como do tipo de ventilação determinado.

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Ventilação controlada à pressão (VCP) e pressão positiva ao final da

expiração (PEEP).

Várias são as situações clínicas, cirúrgicas e anestésicas em que se faz necessária a administração de oxigênio (O2), objetivando evitar os efeitos deletérios da hipóxia tecidual (TREACHER; LEACH, 1998). A ventilação mecânica tem por objetivo promover assistência ventilatória e oxigenação adequada ao paciente, sendo válido ressaltar que não se trata de um método curativo, mas sim, de suporte respiratório sendo atualmente, utilizada não somente nos centros de terapia intensiva, mas também nos grandes hospitais veterinários e nos postos veterinários de atendimento de urgência (EMMERICH; MAIA, 1992; SLUTSKY, 1993). As intercorrências que podem ocorrer devido ao seu uso são atribuídas às alterações da mecânica pulmonar como, diminuição do débito cardíaco, alcalose ou acidose respiratória e barotrauma (DELAFORCCADE; ROZANSKI, 2006).

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Ademais, o coração, os grandes vasos e o leito vascular pulmonar são diretamente afetados pelas mudanças da pressão intratorácica durante a ventilação mecânica. Como o suporte respiratório mecânico tem por objetivo aumentar o transporte de oxigênio, a diminuição associada do débito cardíaco (DC) pode invalidar esse propósito. Portanto, ao se instituir o suporte respiratório deve-se estar ciente desses possíveis efeitos sobre a função cardiovascular (PEREL; PIZOV, 1994).

Na VCP, o valor da pressão é prefixado e quando este é alcançado nas vias aéreas dá-se o final da fase inspiratória, independentemente do tempo inspiratório gasto e do volume fornecido (MACINTYRE; GROOPER; WESTFALL, 1994; POMPÍLIO; CARVALHO, 2000; CASTELLANA et al. 2003).

Em relação a outras modalidades ventilatórias, podemos citar como vantagens da VCP: o controle da pressão máxima sobre as vias aéreas, o que simula a pressão de plateau e reduz a incidência de barotraumas, uma distribuição

mais homogênea do volume corrente (Vt) (AMATO et al. 1998), maior estabilidade hemodinâmica e maior conforto proporcionado ao paciente, pois reduz o esforço inspiratório (CASTELLANA et al. 2003). Em pacientes que se encontram em situação grave de hipoxemia, a VCP tem sido a que apresenta maiores vantagens (WINGFIELD, 1998), devido à melhor oxigenação e rápida recuperação das propriedades respiratórias quando comparada com a ventilação controlada a volume (VCV) (RAPPAPORT et al. 1994). No entanto, Pinheiro et al. (2002) não encontrou em estudo, de forma definitiva as vantagens da VCP sobre a VCV em animais com lesão pulmonar induzida.

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Por outro lado, quando se usa a ventilação controlada com PEEP, a pressão intrapleural aumentará, fazendo diminuir o gradiente de pressão vascular torácico, o influxo venoso, o volume sistólico dos ventrículos direito e esquerdo e consequentemente, diminuirá também, o débito cardíaco (SMITH, 1994).

Alguns autores recomendam a PEEP de aproximadamente 5 cmH2O, (KUDNIG et al. 2006) no entanto, também alertam para a possibilidade de efeitos hemodinâmicos adversos (FERREIRA et al. 1998) como a diminuição do débito

cardíaco com aumento da variação de pressão de pulso (ΔPP). É importante se atentar que, se a ΔPP for alta (>13%) antes da instituição da PEEP, é provável que

os efeitos deletérios hemodinâmicos sejam mais proeminentes após a instalação desse recurso ventilatório (CÔRREA, 2008).

3.2 Lactato

A hiperlactatemia é definida como uma elevada concentração de lactato no sangue (DIAS, 2010) levando à acidose lática, que ocorre em casos de má oxigenação tecidual (SUISTOMAA et al. 2000).

A aferição da lactatemia, apesar de não ser um marcador específico, pode revelar possíveis lesões teciduais e inflamatórias (MEYER; COLES; RICH, 1995). Esse marcador é considerado um indicador de metabolismo anaeróbico, sendo tido como o melhor elemento laboratorial para o diagnóstico do choque, com valor prognóstico na evolução do paciente (BELETTINI et al. 2008). Vários estudos têm sido desenvolvidos, em várias espécies, demonstrando sua aplicabilidade na avaliação da gravidade das enfermidades, prognóstico e resposta à terapêutica instituída (PANG; BOYSEN, 2007; DIAS, 2010). Por exemplo, Gregores (2011) ao instituir lesão pulmonar por meio de lavagem com solução salina e por ventilação lesiva com alta pressão de platô e baixa PEEP em suínos e, após manobras de recrutamento alveolar, não observou diferenças no lactato sérico em nenhum dos grupos.

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proteica e o edema intersticial difuso. Essas alterações possibilitam o desenvolvimento de hipoperfusão tecidual periférica, predispondo à formação de lactato (ESTEBAN et al. 2000; IMAI et al. 2003).

3.3 Glicemia

O nível da glicose plasmática é o resultado do equilíbrio entre as taxas de entrada e de remoção de glicose na circulação. A glicose é obtida através de absorção intestinal e da glicogenólise e gliconeogênese hepática e é utilizada em diversos tecidos do organismo (KANEKO, 2008). Animais hipoglicêmicos apresentam sonolência e podem progredir até coma. Entretanto, em animais anestesiados, esses sinais não são perceptíveis, sendo necessária a detecção através da determinação da concentração sanguínea (PASCOE, 2012).

Existem duas formas de aferição da glicose sanguínea, a laboratorial e a portátil. Na rotina clínica, os aparelhos portáteis e de fácil manipulação e transporte são de grande importância, já os sistemas laboratoriais são mais precisos, sendo adotados como métodos de referência (BLUWOL et al. 2007; LUPPI et al. 2007; EIZERIK, 2012). Santos et al. (2008) notaram que, em cães, a mensuração da glicemia com glicosímetro portátil é um método confiável. Da mesma maneira, Aleixo et al. (2010) perceberam diferença mínima entre os dois métodos utilizados para a espécie. Kumar, Leong e Kumar (2004) constataram que em humanos existe pouca diferença entre os resultados obtidos no glicosímetro com relação ao método laboratorial. E ainda, Buzzi, Helayel e Moron (2013) concluíram que não houve diferença significativa entre as mensurações laboratorial e com o glicosímetro portátil em suínos.

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que o jejum em diferentes horas de duração não causa alterações nos valores de glicemia em suínos.

Sabe-se que alguns anestésicos podem alterar os índices glicêmicos. Os agentes inalatórios, por exemplo, têm demonstrado causar hiperglicemia ao contrário do que ocorre com a aplicação do propofol e altas doses de opióides (HORBER et al. 1988; HORBER et al. 1990). Foi observado por Desborough e colaboradores (1993) que anestésicos voláteis, tais como halotano, enflurano e isofluorano, in vitro, inibem a resposta da glicose a insulina, de maneira reversível e

dose dependente, causando uma hiperglicemia temporária. Souza et al. (2007) constataram que, em cães anestesiados com propofol e mantidos com desfluorano, associado a buprenorfina ou butorfanol, não houve diferença nos níveis sanguíneos de glicose entres os grupos. Porém, é importante salientar que nesse trabalho, observaram que ao se administrar o desfluorano, houve um aumento considerável nas médias glicêmicas, mantendo-se durante todo o período experimental. Segundo Pacentine, Muzi e Ebert (1995) isso se dá pelos efeitos simpatomiméticos do desfluorano, elevando o nível de catecolaminas e consequentemente a indução de enzimas que aumentam a glicogenólise e gliconeogênese. Flôres et al. (2009) verificaram que em suínos anestesiados com azaperone, associado com dexmedetomidina ou xilazina não houve diferença significativa entre os grupos ao avaliar os índices glicêmicos, corroborando Tavares (2006).

3.4 Óxido Nitroso

O gás anestésico óxido nitroso (N2O) é um composto inorgânico, inodoro, de estrutura simples e linear que, em temperatura e pressão ambiente, se apresenta na fase gasosa. Seu mecanismo de ação ainda não é bem conhecido, mas acredita-se que envolve vários tipos de receptores entre eles os

dopaminérgicos, α-2 adrenérgicos, benzodiazepínicos e N-metil D-aspartato (NMDA) (DUARTE; DURVAL NETO; MENDES, 2012).

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JAKOBSSON; HEIDVALL; DAVIDSON,1999;). Apesar dessa ação analgésica, não possui propriedades hipnóticas, não induzindo assim, planos anestésicos profundos. Sua potência pode promover uma analgesia correspondente entre 10 a 15 mg de morfina, porém sem o risco de depressão respiratória (STENQVIST; HUSUM; DALE, 2001).

Adicionalmente, este anestésico apresenta características desejáveis, tais como: baixa solubilidade sanguínea, depressão limitada dos sistemas cardiovascular e respiratório, assim como toxicidade baixa (STEFFEY; MAMA, 2012).

É interessante ressaltar que o N2O, mesmo com tais características benéficas mencionadas anteriormente, causa depressão dose-dependente da contratilidade diafragmática, devido a mudanças na distribuição e regulação do impulso nervoso nos músculos respiratórios (WARNER et al. 1998), devendo-se evitar seu uso em pacientes com doenças respiratórias ou neurológicas preexistentes (FAUROUX et al. 2002). Tem ainda efeito depressor dose-dependente sobre o miocárdio, que pode ser compensado pela ativação simpática (HOHNER; REIZ, 1994), contribuindo com aumento de arritmias cardíacas (STEFFEY; MAMA, 2012). Complementarmente, deprime a sensibilidade dos barorreceptores e, portanto, a frequência cardíaca (FC) sofre pouca alteração quando ocorre hipo ou hipertensão (FANTONI;CORTOPASSI; BERNARDI, 2011).

Ainda sobre este gás anestésico, é rapidamente absorvido no alvéolo pulmonar e à medida que sua concentração aumenta, ocorre mudança na proporção e na pressão parcial dos diversos constituintes do ar, entre eles o oxigênio, então para se evitar hipoxemia, deve-se usar no máximo 75% de N2O no ar inspirado (NISHIMORI, 2005). Quando o N2O é eliminado de forma rápida pode causar redução da concentração alveolar do O2 causando hipóxia (OLIVA, 2009), com risco de lesões cerebrais irreversíveis. Assim, deve-se interromper a administração do N2O dez minutos antes do término da anestesia, fornecendo a ventilação ao paciente com O2 a 100% (FANTONI; CORTOPASSI; BERNARDI, 2011).

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Weimann (2003), por sua vez, afirmou que a exposição prolongada a altas concentrações de óxido nitroso, em humanos, pode causar depressão de medula óssea megaloblástica e sintomas neurológicos. Porém, exposições a doses mais elevadas por menos de 6 horas, como em anestesias clínicas, são consideradas inofensivas. Anemias megaloblásticas são consideradas condições crônicas e de aparecimento insidioso, porém esse estado pode surgir após apenas poucos dias em casos de deficiência de vitamina B12 aguda. Uma causa bem comum é a ação do óxido nitroso nos tecidos destruindo a metilcobalamina e levando a um rápido desenvolvimento de hematopoeses megaloblástica (BARBOSA et al. 2000).

Ainda segundo Barbosa et al. (2000), a medula pode sofrer alterações megaloblásticas em poucas horas, no entanto, estas manifestam-se em média 2 a 14 dias após a exposição e cerca de 1 a 3 semanas no sangue periférico. A diminuição do número de leucócitos e plaquetas é muitas vezes rápida e constatada antes da redução da hemoglobina. Estas alterações são reversíveis e podem surgir em indivíduos com níveis de vitamina B12 normais sendo, no entanto, mais graves e demoradas em caso de défice prévio. Por isso, é indicado evitar exposição ao N2O em pacientes com deficiência prévia de vitamina B12.

Türkan et al. (1996) investigaram a ação do propofol sobre a agregação plaquetária e os resultados mostraram que ele não afeta a agregação plaquetária nas concentrações empregadas. Já Kozek-Langenecker (2002) afirmou que o propofol pode causar disfunções plaquetárias, inibindo a mobilização de cálcio após uso em humanos. Já o óxido nitroso faz com que ocorra uma supressão moderada da mobilização de cálcio, levando à discreta disfunção plaquetária (Kozek-Langenecker, 2002). Nygård et al. (1994) acharam em seu estudo, que o N2O foi capaz de aumentar a agregação plaquetária. Porém, ao adicionar um anestésico halogenado, observaram que ocorreu a inversão da hiperagregação relativa induzida por N2O.

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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Animais

Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA), da FCAV/UNESP- Câmpus Jaboticabal, SP, Protocolo nº 1981/16.

Foram utilizados 48 suínos, machos ou fêmeas, da raça Large White, em fase de creche, com cerca de sete semanas de idade e peso entre 18 e 20 kg, considerados hígidos após a realização de exames clínicos, dentre os quais radiografias torácicas, a fim de confirmar a isenção de patologias pulmonares, comuns em suínos jovens. Os animais foram fornecidos por granja especializada na criação de suínos e mantidos em baias comunitárias no Setor de Clínica de Suínos do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) – Universidade Estadual Paulista (UNESP) Jaboticabal, sendo fornecida ração comercial para espécie e água “ad libitum”.

Após seleção aleatória, os suínos foram distribuídos em seis grupos de oito indivíduos, sendo quatro machos e quatro fêmeas, denominados: GA10 (FiO2 a 90% e ar comprimido a 10%), GN10 (FiO2 a 90% e óxido nitroso a 10%), GA30 (FiO2 a 70% e ar comprimido a 30%), GN30 (FiO2 a 70% e óxido nitroso a 30%), GA50 (FiO2 a 50% e ar comprimido a 50%), GN50 (FiO2 a 50% e óxido nitroso a 50%), os quais se diferenciaram entre si pela fração inspirada de oxigênio, concentração de óxido nitroso ou ar comprimido fornecidos. A distribuição dos grupos está apresentada no Quadro 1.

Quadro 1. Distribuição dos grupos experimentais, de acordo com a FiO2 e N2O (%)

ou ar comprimido (%) na mistura de gases. GRUPOS

FiO2 N2O Ar comprimido Porcentagem de N2O ou Ar

comprimido

90% GN10 GA10 10%

70% GN30 GA30 30%

(26)

4.2 Protocolo Experimental

Previamente ao procedimento, os animais foram submetidos a jejum alimentar de doze horas (THURMON; SMITH, 2012) e hídrico de duas horas. Em seguida, cada unidade experimental recebeu azaperona1, na dose de 2 mg/kg, pela via intramuscular como medicação pré-anestésica. Decorridos 20 minutos e estabelecida a tranquilização, realizou-se a tricotomia e antissepsia das faces externas do pavilhão auricular direito e esquerdo, seguido de cateterização2 das veias auriculares para possibilitar a administração dos fármacos e a coleta da amostra sanguínea no momento inicial (M0).

Imediatamente após, a indução anestésica foi realizada com propofol3, pela via intravenosa, na dose necessária para a perda do reflexo laringotraqueal e, ato contínuo, procedeu-se a intubação orotraqueal com tubo de Magill, o qual foi acoplado ao aparelho de anestesia inalatória dotado de circuito anestésico com reinalação total de gases4 equipado com ventilador volumétrico/pressométrico5, instalado em linha com o filtro valvular, para o fornecimento das misturas gasosas nas concentrações preconizadas para cada grupo (Quadro 1). A leitura da concentração de O2 e N2O foi obtida em monitor multiparamétrico6 cujo sensor do analisador de gases foi adaptado à extremidade proximal do tubo orotraqueal. Logo após a indução, os animais foram posicionados em decúbito lateral direito sobre colchão térmico7 ativo e iniciou-se a infusão contínua de propofol na taxa de 0,5 mg/kg/min, por meio de bomba de infusão8.

No membro pélvico esquerdo, sobre a veia safena esquerda foram realizadas tricotomia e antissepsia. Em seguida, introduziu-se por via transcutânea cateter, com intuito de obter amostra de sangue venoso para hemograma, lactatemia e glicemia. Decorridos 40 minutos da indução anestésica, nova amostra de sangue

1 Destress® - Azaperona, DESVET Produtos Veterinários, São Paulo, SP, Brasil.

2 Cateter BD Angiocath® 22 G Becton, Dickinson Indústria Cirúrgica Ltda, Juiz de Fora, MG, Brasil. 3 Propovan® Propofol Cristália, Itapira, SP, Brasil.

4 Aparelho de Anestesia SAT 500 - K. Takaoka Ind. e Com. Ltda., São Bernardo do Campo, SP, Brasil. Processo FAPESP 2013/25655-0

5 Aparelho de Anestesia SAT 500 - K. Takaoka Ind. e Com. Ltda., São Bernardo do Campo, SP, Brasil. Processo FAPESP 2013/25655-0

6 Dixtal - DX-2020D-C. Dixtal Biomédica Ind. Com. Ltda., Manaus, AM, Brasil. Processo FAPESP 2013/25655-0 7 Gaymar mod. T-Pump. Processo FAPESP 2000/01084-3

(27)

foi obtida (M1). Aguardando-se mais 60 minutos, totalizando 100 minutos de anestesia sob ventilação espontânea foi colhida nova amostra de sangue (M2).

Ato contínuo, foi administrado por via intravenosa, rocurônio na dose de 0,6 mg/kg seguido de infusão contínua do miorrelaxante na dose de 0,6 mg/kg/h, administrado por meio de bomba de infusão. Em seguida iniciou-se a ventilação controlada ciclada à pressão sustentada de 15 cmH2O, ajustando-se a frequência respiratória de modo a manter a capnometria, a qual foi aferida em analisador de gases cujo sensor foi posicionado entre o tubo orotraqueal e as traqueias do aparelho de anestesia,entre 35 e 45 mmHg.

Decorridos 75 minutos do início da ventilação mecânica foi colhida outra amostra de sangue (M3) e instituiu-se a PEEP a 5 cmH2O por 45 minutos, quando a amostra final foi coletada (M4) e cessados os fornecimentos do miorrelaxante e anestésico. A Figura 1 ilustra parte da metodologia, para melhor elucidar os momentos próprios às colheitas das variáveis de interesse.

Após o término dos procedimentos, os animais foram doados para serem utilizados na Disciplina de Clínica de Suínos do Departamento de Clínica e Cirurgia da FCAV/Unesp.

MPA Indução

20 min 40 min 60 min 75 min 45 min

M0 M1 M2 M3 M4

Início VCP Início PEEP Fim*

* Momento de finalização do fornecimento do anestésico e miorrelaxante. Ventilação espontânea

(28)

4.3 Variáveis Hematológicas

Foram coletadas amostras de sangue (1mL cada) da veia safena lateral esquerda dos animais. Estas foram acondicionadas em microtubos9 contendo EDTA e submetidas imediatamente a avaliações pelo laboratório de Patologia Clínica Veterinária do Hospital Veterinário Governador Laudo Natel, onde foram obtidos os valores de:

1) Eritrograma: Variáveis avaliadas foram hemácias, hemoglobina, hematócrito, com o emprego de contador automático de células sanguíneas10.

2) Leucograma: A contagem de leucócitos totais foi realizada com o uso do contador automático já descrito e a contagem diferencial foi feita por meio de esfregaços sanguíneos corados com corante Rosenfeld modificado. Foram avaliados neutrófilos totais, divididos em neutrófilos segmentados (NS), neutrófilos bastonetes (NB), além de eosinófilos (Eos), linfócitos (Linf) e monócitos (Mon).

3) Plaquetograma: Foi realizada a contagem sanguínea de plaquetas circulantes com o uso do dispositivo já descrito.

4.4 Lactatemia

Nos tempos já descritos, foram coletadas amostras de sangue total (1mL) acondicionadas em microtubos contendo anticoagulante inibidor da glicólise (fluoreto)11. Para essa mensuração foi empregado teste pela metodologia enzimática de Tainder com o uso de espectrofotômetro semiautomático12.

9

Eppendorf®, Eppendorf do Brasil Ltda, São Paulo, SP, Brasil. 10

Abcvet da Counter – Horiba, Hontpellier, 2006

11 Glistab Test LabTest, Lagoa Santa, MG, 2006.

12

(29)

4.5 Glicemia

Nos tempos já descritos, foram coletadas amostras de sangue total as quais foram depositadas, imediatamente, em quantidade suficiente, sobre a área apropriada da tira para teste do aparelho monitor de glicemia13, aguardando-se o tempo de 30 segundos para medição.

4.6 Método Estatístico

Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística pelo programa de computador SAS 9.3 (2010) usando os procedimentos de análises PROC MIXED e GLM.

O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com arranjo de parcelas subdivididas, sendo as parcelas compostas por um fatorial duplo, composto pelos seguintes fatores: Tipo de gás associado ao oxigênio (Óxido Nitroso ou Ar Comprimido) e concentração do gás (10%, 30% e 50%). Já as subparcelas foram medidas repetidas no tempo, correspondentes a leituras realizadas em diferentes tempos (M0, M1, M2, M3 e M4).

O método estatístico utilizado para avaliar e comparar os valores médios foi o procedimento de Tukey, sendo considerado significativo valor de P<0,05.

13

(30)

5 RESULTADOS

5.1 Hematócrito (Ht)

Observou-se diferença significativa nos valores de Ht ao longo do tempo. No GA10 o M0 apresentou média maior que o M1 e M3. No GN10 o M0 mostrou valor médio maior que o M2, M3 e M4. No GA30 houve diferença entre o M0 comparado ao M1 e M4. No GA50 houve diferença entre o momento M0, com relação aos demais momentos. No GN50 o M2 diferiu do M4.

(31)

Tabela 1. Médias e desvios padrão (x s) de Hematócrito, em %, em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea e controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio (FiO2)– Jaboticabal, SP – 2016

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 32,27±4,52Aa 26,98±4,56Ab 28,23±5,17Aab 27,01±2,89Ab 28,20±7,18ab

GN10 35,34±2,3a 31,60±2,6ab 27,8±3,9Ab 27,9±2,7Ab 30±1,6b

0,7 GA30 35,49±3,73a 29,85±4,26bc 36,10±5,88Bab 34,48±7,46Ba 27,20±10,89Ac

GN30 33,06±2,58A 29,9±2,31 30,92±2,04A 28,68±1,84AC 29,96±3,67

0,5 GA50 39,1±4,9Ba 30±1,9 31,1±6,2A 32,6±2,7BC 31,9±2,5

GN50 36,8±4 33,8±4,8B 37,4±14,8Ba 33,4±2,9B 32,6±3,1Bb

Médias nas colunas seguidas por letras maiúsculas distintas diferem entre si (p<0,05). Médias nas linhas seguidas por letras minúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 2. Variação das médias de Hematócrito (%), ao longo do tempo em suínos

(32)

5.2 Hemácias (He)

Para a variável He, não houve diferença significativa entre os grupos.

(33)

Tabela 2. Médias e desvios padrão (x s) de Hemácias (x106/mL), em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea e controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 5,96±0,85a 5,04±0,81b 5,34±1,08ab 5,09±0,54b 5,33±1,34ab

GN10 6,35±0,40a 5,65±0,60ab 5,08±0,73b 5,09±0,59b 5,44±0,42b

0,7 GA30 6,19±0,71a 5,23±0,59b 5,47±1,17a 6,15±1,15a 4,91±0,50b

GN30 5,97±0,54 5,46±0,49 5,61±0,56 5,27±0,48 5,52±0,60

0,5 GA50 6,36±0,38a 5,29±0,51b 5,48±0,96b 5,70±0,34ab 5,5±0,61b

GN50 6,27±0,59 6,04±0,78 6,49±2,51 5,93±0,35 5,84±0,85

Não há diferença entre os grupos.

Médias nas linhas seguidas por letras minúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 3. Variação das médias de Hemácias (x106/mL), ao longo do tempo, em

(34)

5.3 Hemoglobina (Hb)

Houve diferenças ao longo do tempo, para os valores de Hb. Ao se observar o GA10, perceberam-se médias maiores em M0 que diferiram de M3. Já no GN10, M0 verificou-se média maior que M2 e M3, diferindo estatisticamente destes. O GA30 apresentou médias maiores para M0, M2 e M3 que diferiram de M1 e M4. O GN30 mostrou média maior em M0, apresentando diferença estatística de M3. Analisando o GA50 foi possível notar diferença entre M0 e M1. E o GN50 não teve diferença estatística entre os momentos.

(35)

Tabela 3. Médias e desvios padrão (x s) de Hemoglobina (g/dL), em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 9,79±1,32a 8,38±1,27Aa 8,83±1,56ACab 8,63±0,63Ab 8,70±2,04Aab

GN10 10,89±0,93a 9,71±0,99Bab 8,78±1,28Ab 8,74±0,84Ab 9,25±0,76ACab

0,7 GA30 10,97±1,45a 9,36±1,29b 11,36±2,03Ba 10,75±1,95BCa 8,81±1,02ABb

GN30 10,69±0,78a 9,74±0,63Bab 10,01±0,86ACab 9,38±0,64ADb 9,78±1,05ACab

0,5 GA50 10,80±0,65a 9,33±0,75b 9,89±1,63ACab 10,09±0,71BDab 9,96±1,69BCab

GN50 10,57±0,93 10,14±1,26B 9,95±1,18AC 9,79±0,69ADC 10,06±1,12BC

Médias nas colunas seguidas por letras maiúsculas distintas diferentes diferem entre si (p<0,05). Médias nas linhas seguidas por letras minúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 4. Variação das médias de Hemoglobina (g/dL), ao longo do tempo, em

(36)

5.4 Plaquetas

No que se refere às plaquetas, houve diferença estatística no GA10 onde M3 possuiu média maior que M4. O GN10 apresentou médias maiores em M0 que diferiu de M3 e M4.

(37)

Tabela 4. Médias e desvios padrão (x s) de contagem global de plaquetas (x103/µL), em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em

ventilação espontânea controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP –

2016.

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 575,87,25±198A 588,88±155,68A 582,46±161,6 673,88±119,29Aa 554,95±107,9Ab

GN10 509,49±142,72a 473,24±97,77 429,50±171,7 406,75±149,9BCb 397,28±183,1BCb

0,7 GA30 446,32±121,94 393,83±111,1B 410,13±130,8 419,38±133,5BC 342,17±203BC

GN30 558,50±78,19A 508,25±64,71 495,88±161 534,88±84,32AB 507,38±72,55AC

0,5 GA50 444,88±131,95 439,25±83,85B 429,13±99 422,88±84,67BC 385,50±125,2BC

GN50 372,46±146,27B 382,75±126,07B 375,14±57,59 370,00±134,74C 313,38±151,7B

Médias nas colunas seguidas por letras maiúsculas distintas diferem entre si (p<0,05). Médias nas linhas seguidas por letras minúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 5. Variação das médias de contagem global de plaquetas (x103/ µL), ao longo

do tempo, em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea e controlada a pressão com ou sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP –

2016. 0 100 200 300 400 500 600 700

M0 M1 M2 M3 M4

(38)

5.5 Leucócitos Totais (Le)

Analisando o GA10 foi possível identificar diferença entre M3 e M4 em relação à M1. Ao analisar o GA30 notou-se diferença estatística entre M1 quando comparado aos momentos M0, M2, M3. Percebeu-se, ainda diferença entre M2 e M3 em relação a M4. No GN30 a média de M1 foi menor que M2, M3 e M4, diferindo estatisticamente destes.

(39)

Tabela 5. Médias e desvios padrão (x s) de Leucócitos Totais (x103/µL), em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 15,06±4,88ab 13,26±6,53b 15,36±9,38ab 19,25±12,48ACac 20,53±13,37Aac

GN10 14,91±4,48 15,46±8,38 15,55±6,35 17,56±9,87 18,37±10,59AB

0,7 GA30 17,58±3,64ac 10,53±7,05b 21,51±12,77Aa 19,83±14,78ACa 13,88±9,44ABbc

GN30 15,81±2,91 13,29±4,31a 19,71±3,47ACb 20,60±3,88Cb 19,80±3,40Ab

0,5 GA50 12,50±3,39 10,27±4,90 12,73±8,11CB 13,10±6,66AB 12,47±5,27B

GN50 12,74±3,59 9,99±2,60 10,71±2,51B 11,99±4,79B 11,54±5,31B

Médias nas colunas seguidas por letras maiúsculas distintas diferem entre si (p<0,05). Médias nas linhas seguidas por letras minúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 6. Variação das médias de Leucócitos Totais (x103/µL), ao longo do tempo,

em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea e controlada a pressão com ou sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP 2016.

0 5 10 15 20 25

M0 M1 M2 M3 M4

(40)

5.6 Eosinófilos (EOS)

O GA50 apresentou média maior nos momentos M3 e M4, porém com significância estatística somente quando foi comparado ao M0. O GN50 mostrou média maior em M0, porém com significância em M1 e M4. E o M4 apresentou diferença estatística dos demais momentos.

(41)

Tabela 6. Médias e desvios padrão (x s) de Eosinófilos (x103/µL), em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 1,26±2,36A 2,25±2,12 3,34±2,57AC 3,13±2,42AC 2,63±1,94

GN10 1,55±1,81A 0,89±1,33 2,38±2,07AB 2,50±2ABC 2,06±1,83

0,7 GA30 0,54±1,51A 0,39±0,82A 0,26±0,76B 0,88±0,99B 0,83±2,04

GN30 1,63±1,60A 0,75±1,16A 1,88±1,96AB 2±1,41AB 1,75±2,43

0,5 GA50 3,88±3,44Ba 2±2ab 2,13±1,64ABab 1,13±1,64ABb 1,13±2,10b

GN50 5,24±3,04Ba 3±2Bb 4,83±3,67Cab 4,50±3,66Cab 1±1,31c

Médias nas colunas seguidas por letras maiúsculas distintas diferem entre si (p<0,05). Médias nas linhas seguidas por letras minúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 7. Variação das médias de Eosinófilos (x103/µL), ao longo do tempo, em

suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea e controlada a pressão com ou sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

0 1 2 3 4 5 6

M0 M1 M2 M3 M4

(42)

5.7 Neutrófilos Bastonetes (NB)

Não houve diferença estatística entre os momentos.

(43)

Tabela 7. Médias e desvios padrão (x s) de Neutrófilos Bastonetes (x103/µL), em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 0,14±0,38 0,38±0,74 0,25±0,49 0±0 0,15±0,41

GN10 0,88±0,95A 0,90±1,03A 0,38±1,06 0,38±0,85A 0,41±1,13

0,7 GA30 0,26±0,49 0,32±0,82 0,57±0,98 0,13±0,35 0,10±0,41

GN30 0±0B 0±0B 0,13±0,35 0±0 0±0

0,5 GA50 0,25±0,71 0,25±0,46 0,38±0,13 0±0 0,63±0,92

GN50 0±0B 0,13±0,88B 0±0 0±0 0,25±3,50

Médias nas colunas seguidas por letras maiúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 8. Variação das médias de Neutrófilos Bastonetes (x103/µL), ao longo do

tempo, em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea e controlada a pressão com ou sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP 2016.

0 0,5 1 1,5

M0 M1 M2 M3 M4

x10

3/µ

L

MOMENTOS

Neutrófilos Bastonetes

GA10

GN10

GA30

GN30

GA50

(44)

5.8 Neutrófilos Segmentados (NS)

No GA10 foi possível perceber diferenças entre M3, que possui média maior que o M2. No GN10 o momento M0 obteve valor médio maior que o M4. No grupo GA50 percebeu-se média estatisticamente maior em M1 quando foi comparado ao M4. No GN50 observou-se diferença estatística entre M4 e M0. E ainda diferença de M1 em comparação ao M2 e M4.

(45)

Tabela 8. Médias e desvios padrão (x s) de Neutrófilos Segmentados (x103/µL), em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 67,43±15,01Aab 61,75±14,89Aab 60,42±12,59Ab 70,75±15,70a 67,84±18,52ab

GN10 80,65±9,73Ba 79,47±11,76Bab 71,75±15,61ab 75,63±15,65ab 69,98±5,76b

0,7 GA30 75,02±7,17 65,84±9,76A 69,14±5,53 73,75±6,14 68,25±12,14

GN30 73,88±14,12 72,50±9,47 71,50±6,82 67,75±7,19 68,50±6,97

0,5 GA50 70,75±18,42ab 72,6±12,57a 67,4±12,57ab 70,5±11,34ab 62,8±12,19Ab

GN50 68,83±14,48ab 65,12±14,17Aa 74,84±15,69Bbc 71,38±12,98abc 79,63±10,88Bc

Médias nas colunas seguidas por letras maiúsculas distintas diferem entre si (p<0,05). Médias nas linhas seguidas por letras minúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 9. Variação das médias de Neutrófilos Segmentados (x103/µL), ao longo do

tempo, em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea e controlada a pressão com ou sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP –

(46)

5.9 Linfócitos (Linf)

Referente aos linfócitos, no GN10 se observou diferença apenas entre M0 e o M4, onde este apresentou média maior que aquele. E no GN50, M1 mostrou média maior significativamente que M4.

(47)

Tabela 9. Médias e desvios padrão (x s) de Linfócitos (x103/µL), em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 28,64±15,55A 33,25±14,29A 33,72±15,17A 24,38±16,93 27,99±15,97

GN10 14,64±8,26Ba 16,49±13B 21,75±15,10 18,25±16,02 26,02±4,34b

0,7 GA30 22,23±6,51 32,03±7,50A 30,95±12,65 22,50±4,60 29,23±8,95A

GN30 22,50±15,21 22±11,07 25,75±8,26 27,38±6,55 28,13±8,87A

0,5 GA50 22,75±17,82 23,5±14,76 26,75±13,32 25,25±13,99 30,5±13,22A

GN50 20,25±16,41 26,38±15,54a 17,80±17,16B 21,63±10,50 15,25±10,81Bb

Médias nas colunas seguidas por letras maiúsculas distintas diferem entre si (p<0,05). Médias nas linhas seguidas por letras minúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 10. Variação das médias de Linfócitos (x103/µL), ao longo do tempo, em

suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea e controlada a pressão com ou sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP 2016.

0 5 10 15 20 25 30 35 40

M0 M1 M2 M3 M4

(48)

5.10 Monócitos (Mon)

Em relação aos monócitos, pode-se notar diferença estatística entre os momentos M1 e M2 no GN30. Observou-se diferença entre o momento M4, quando este foi comparado aos momentos M1 e M2 no GA50. E no GN50 houve diferença entre o M0 quando comparado ao M2 e M4.

(49)

Tabela 10. Médias e desvios padrão (x s) de Monócitos (x103/µL), em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 2,57±2,51A 1,75±1,28A 2,25±1,7 1,62±1,6 2±1,72

GN10 2,19±2,14A 1,83± 2,48A 2,37± 2,45 2,25± 2,76 1,54± 1,90A

0,7 GA30 1,87 ± 3A 1,68± 2,58A 2,32± 2,06 2,75± 2,12 1,24± 1,75A

GN30 1,87± 1,73A 3,5± 2,78ABa 0,75± 1,04b 2,87± 3,94 1,62± 2,26A

0,5 GA50 2,38± 2,20A 1,63± 1,85Aa 1,63± 1,77a 3,13± 2,8 4,63± 4,31Bb

GN50 5,62± 3,78Ba 4,75± 3,65Bab 2,44± 1,40b 3,88± 3,83ab 3,13± 3,09b Médias nas colunas seguidas por letras maiúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Médias nas linhas seguidas por letras minúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 11. Variação das médias de Monócitos (x103/µL), ao longo do tempo, em

suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea e controlada a pressão com ou sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

0 1 2 3 4 5 6

M0 M1 M2 M3 M4

(50)

5.11 Glicemia

Na variável glicose, verificou-se diferença estatística significativa no GA10 entre os momentos M0 e M4. O GN10 teve médias estatisticamente diferentes ao comparar os momentos M1 com o M0, M3 e M4. E ainda ao comparar o M2 com M4. No GA30, observou-se que M1 e M2 apresentaram médias maiores que M3 e M4. No grupo GN30 houve diferença ao comparar o momento M2 com o M0, M3 e M4, onde aquele obteve média maior que estes.

(51)

Tabela 11. Médias e desvios padrão (x s) de Glicemia (mg/dL), em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 82,38±43,58a 71,38±9,59A 76,25±17,52A 56,50±27,56 48,7±19,20b

GN10 85,4±15,30ac 129,0±87,80Bb 114,8±86,14BCbc 84,7±25,29ac 64,1±21,33a

0,7 GA30 90,31±12,13 108,46±35,39a 122,25±50,81Ba 75,88±22,02b 68,88±21,35b

GN30 89,24±19,01a 101,01±28,35 125,96±75,41Cb 92,50±30,06Aa 76,38±12,57a

0,5 GA50 68,25±7,52 77,62±23,71A 54,0±11,11A 48,25±20,25A 53,71±9,59

GN50 66,28±19,32 78,8±45,15A 62,78±24,86A 60,16±25,36 47,56±19,46 Médias nas colunas seguidas por letras maiúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Médias nas linhas seguidas por letras minúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 12. Variação das médias de Glicemia (mg/dL), ao longo do tempo, em suínos

(n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea e controlada a pressão com ou sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP 2016.

0 20 40 60 80 100 120 140

M0 M1 M2 M3 M4

(52)

5.12 Lactato

Para lactato as médias apresentaram diferença estatística no GA10 em M2, que apresentou média maior que M3. Analisando o GN10, foi possível observar diferença no momento M0, quando este foi comparado aos momentos M2 e M3. No grupo GA50, perceberam-se médias estatisticamente maiores em M3 em relação ao M2 e M4.

(53)

Tabela 12. Médias e desvios padrão (x s) de Lactato (mmol/L), em suínos (n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea controlada a pressão com e sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

Momentos

FiO2 Grupo M0 M1 M2 M3 M4

0,9 GA10 6,56±9,16A 8,05±5,81A 7,87±4,8Ab 5,08±1,54a 5,40±2,49

GN10 5,44±4,32a 4,91±3,06 3,65±3,34b 3,78±1,61Ab 5,78±4,34

0,7 GA30 3,55±1B 5,41±3 4,41±3,46 3,70±2,9A 4,81±2,51

GN30 3,90±2,39B 5,01±3,85 4,56±4,33 4,95±5,62 3,55±2,17

0,5 GA50 6,17±5,96 4,94±3,47 3,65±3,26a 6,23±1,73Bb 4,20±2,35a

GN50 3,69±2,07B 5,33±2,05 3,47±2,32 4,57±2,8 4,73±1,84

Médias nas colunas seguidas por letras maiúsculas distintas diferem entre si (p<0,05). Médias nas linhas seguidas por letras minúsculas distintas diferem entre si (p<0,05).

Figura 13. Variação das médias de Lactato (mmol/L), ao longo do tempo, em suínos

(n = 48) anestesiados com propofol, mantidos em ventilação espontânea e controlada a pressão com ou sem PEEP e submetidos a diferentes concentrações (10, 30 e 50%) de óxido nitroso (GN) ou ar comprimido (GA) associados ao oxigênio - Jaboticabal, SP – 2016.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

M0 M1 M2 M3 M4

(54)

6 DISCUSSÃO

Neste capítulo, procurou-se, de modo sucinto e objetivo, tecer comentários e explicar, quando possível, os resultados, com base na literatura disponível ou sugerir hipóteses a serem confirmadas em ocasião futura.

A espécie suína foi escolhida para este estudo uma vez que os dados obtidos podem fornecer conhecimentos complementares para os profissionais da área de Anestesiologia sendo possível expandi-los para outras espécies, inclusive a humana (SMITH e SWINDLE, 2006).

A azaperona, o fármaco utilizado para medicação pré-anestésica, é um sedativo comumente utilizado em suínos, sendo a dose utilizada dentro do valor recomendado, que varia de 1 a 8 mg/kg (HODGKINSON, 2007). Optou-se pela indução realizada com propofol, pela via intravenosa, por fornecer perda da consciência rápida, de 20 a 30 segundos, após a administração intravenosa, (DUKE, 1995) além do que, o propofol é um fármaco que tem se mostrado efetivo na manutenção anestésica e proporciona recuperação rápida e pouco efeito cumulativo. A dose utilizada foi de 13,18 ± 2,55 mg/kg para indução e 0,5 mg/kg/min para manutenção, que permitiu indução adequada, sem excitação e favoreceu a intubação orotraqueal dos animais. Essa dose foi relatada por Gianotti (2010), porém não condiz com Branson (2007) que mencionou doses de 6 a 8 mg/kg. Essa divergência provavelmente se deu devido as diferentes idades dos animais, onde Branson (2007) refere doses para animais adultos e, nesta pesquisa se utilizaram

animais em “fase de creche”.

Cabe ressaltar que a primeira colheita de amostra (M0) ocorreu após a medicação pré-anestésica e imediatamente antes da indução devido à dificuldade de contenção física do suíno por período prolongado sem nenhum tipo de tranquilização, o que poderia causar níveis altos de estresse, levando ao desconforto e alterando os dados desse experimento.

(55)

hematócrito e hemoglobina a partir de M1, chegando a se apresentarem abaixo dos valores de referência.

A diminuição da quantidade de eritrócitos para abaixo dos valores de referência é denominada anemia. O hematócrito ou o teor de hemoglobina no sangue ou a contagem total dos eritrócitos determina a massa eritrocitária. Para se caracterizar uma anemia bata que todos ou apenas um destes esteja reduzido. Sabe-se que a anemia pode ser causada por diminuição ou defeito da eritropoese ou ainda por perda eritrocitária, por meio de hemorragia ou destruição. Para o caso de perda ou destruição de hemácias, há um aumento de liberação de eritrócitos imaturos na circulação que, normalmente é constatada após dois a quatro dias da perda (TRALL, 2015). A eritropoese em mamíferos dura em torno de sete a oito dias para se completar, sendo que a meia vida das hemácias na circulação de suínos dura em torno de sessenta e cinco dias (DUNCAN; PRASSE, 1982). Por ser um

parâmetro estável, uma grande variação nos valores de eritrócitos, no curto espaço de tempo proposto neste estudo, só se daria por perda ou destruição devido a uma injúria grave. É importante relatar ainda que, em casos de hemorragia aguda, inicialmente, o hematócrito permanece normal, uma vez que há perda simultânea de hemácias e plasma, sendo notadas alterações apenas em algumas horas (TRALL, 2015). Porém, no estudo em tela, os animais eram hígidos e a causa da redução dos valores de série vermelha não se deu por esses motivos.

Outro fator que pode alterar os valores tanto de células vermelhas quanto brancas é a atividade muscular ou o estresse físico durante a colheita sanguínea (JAIN; 1986). Por exemplo, Batista et al. (2009) perceberam que a contenção física aumentou consideravelmente os valores do hematócrito, teor de hemoglobina, número de hemácias e de leucócitos, em catetos. Os animais do experimento, objeto desta discussão, eram jovens e tiveram pouco tempo para se adaptarem ao manejo humano, tendo um grau considerável de estresse durante a contenção física. Porém isso não pode ter alterado os valores de contagem de eritrócitos, pois estes se mostraram baixos a partir de M1.

(56)

uma justifica dos resultados desse estudo. Em felinos, é descrito que o propofol pode induzir lesões oxidativas nos eritrócitos, principalmente quando é administrado por dias consecutivos (SOUZA, 2002).

Porém esses relatos não corroboram Ansley et al. (1998), que comprovaram a ação antioxidante do propofol, ao anestesiar suínos com propofol nas doses de 72 mL/h e 216 mL/h e observaram que houve aumento da capacidade antioxidante dos eritrócitos devido ao fármaco, não ocorrendo reações de hemólise. O propofol tem uma estrutura fenólica que se assemelha aos tocoferóis e isso lhe permite modificar a estrutura das membranas celulares e assim estabilizá-las. Portanto, acredita-se que esse fármaco pode aumentar a resistência das membranas das hemácias em vista a um estresse mecânico e evitar a hemólise (SUZUKI et al. 1993). Tsuchiya et al. (2002) reportaram que o propofol ao interagir com o ácido ascórbico, em hemácias humanas in vitro, proporcionou resistência às membranas celulares e

assim, permitiu maior resistência a estresses físicos e hemodinâmico aos eritrócitos. Essa ação é mais evidente quando utilizado infusão contínua de propofol do que quando usado sevofluorano.

Outra justificativa para a redução eritrocitária neste estudo pode ser devido à esplenomegalia causada pelo propofol. O propofol leva a hipotensão e vasodilatação esplênica, havendo dessa forma, sequestro sanguíneo (HOKA et al. 1998). O mecanismo de esplenomegalia associada à administração de fármacos ainda não é conhecido, mas pode ser devido ao relaxamento da musculatura lisa do baço. Este relaxamento causaria alongamento do músculo liso e das fibras na cápsula esplênica e consequente ingurgitamento secundário com um maior número de células vermelhas sendo sequestradas para o interior do órgão. Com base nessa teoria, qualquer fármaco que causa relaxamento da musculatura lisa, como parte de tranquilização ou anestesia causaria congestão passiva (OPDYKE; WARD,1973;

O’BRIEN; WALLER; OSGOOD, 2004).

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