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A luta pelo banimento do amianto nas Américas: uma questão de saúde pública.

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Academic year: 2017

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A luta pelo banimento do amianto nas Américas:

uma questão de saúde pública

The struggle to ban asbestos in the Am ericas:

an issue of public health

1 Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, Cesteh/Ensp/Fiocruz. Av. Leopoldo Bulhões 1.480, Manguinhos, 21041-410, Rio de Janeiro RJ. castro@ensp.fiocruz.br 2 Ministério do Trabalho. Hermano Castro 1 Fernanda Giannasi 2 Cyro Novello 1

Abstract This article has the aim of rescuing the fight for the banishm ent of asbestos in Am ericas. The authors em phasize the im por-tance of the asbestos as a problem of Public Health, due to its carcinogenic potential to hu-man health, passing through the constitution of nets of counterpower on behalf of the banish-m ent of the fiber, pointing out the ibanish-m portance of social participation in this fight. T he as-bestos public policy of health, work and envi-ronm ent is pointed out as a central problem . There are som e m isconceptions in the field of W orker´ s Health on facing the risks and dam -ages caused by asbestos/amiantos and it is very im portant not to restrict the surveillance only to workstation. T he discussion m ust be con-ducted taking in account Environm ental Health and Health Policies. The lack of public policy is viewed as responsible for turning in-visible the problem s related to asbestos in Brazil. Today, the victim s of the fiber are not recognized as such and their rights are denied in several instances of the public power. W e conclude that the fight of the society for the end of the use of this fiber and for the end of the countless diseases provoked by its use, it is con-figured in a political and social m ovem ent com m itted with the social transform ation in the search for a society fairer, equalitarian and healthy.

Key words Amianthus, Asbestos, Public Health and Counterpowers

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Introdução à problemática do amianto nas discussões das políticas públicas de saúde, trabalho e meio ambiente

O am ian to ou asbesto é u m a fibra de origem m in eral, derivada de rochas m etam órficas e-ru ptivas, qu e por processo n atu ral de recris-t alização recris-tran sform a-se em m arecris-terial fibroso. Com põe-se de silicatos hidratados de m agn é-sio, ferro, cálcio e sódio e se divide em dois gran-des grupos: serpen tin as (crisotila ou am ian to branco) e anfibólios (tremolita, actinolita, an-tofilita, amosita e crocidolita, etc.).

É conhecido desde a Antigüidade pelo ho-mem primitivo, que o misturava com barro pa-ra conferir propriedades de refpa-ratariedade aos uten sílios dom ésticos. Na atualidade, é ain da muito utilizado como matéria-prima na maio-ria das indústmaio-rias dos países de economia peri-férica, principalm ente, na produção de artefa-tos de cim en to-am ian to para a in dú stria da construção civil (telhas, caixas d’água, divisó-rias, painéis acústicos, forros e pisos, etc.) e em outros setores e produtos com o guarnições de freios (lonas e pastilhas), juntas, gaxetas, reves-tim en tos de discos de em breagem – n o setor automotivo, tecidos, vestimentas especiais, pi-sos, tintas, revestimentos e isolamentos térmi-cos e acústitérmi-cos, entre outros.

É considerado uma substância de compro-vado poten cial can cerígen o em quaisquer das suas formas ou em qualquer estágio de produ-ção, transformação e uso. De acordo com a Or-ganização Mundial de Saúde (OMS), a crisotila está relacion ada a diversas form as de doen ça pulm on ar (asbestose, cân cer pulm on ar e m e-sotelioma de pleura e peritônio), não havendo nenhum limite seguro de exposição para o ris-co carcinogêniris-co de aris-cordo ris-com o Critério 203, publicado pelo IPCS (International Program -m e on Che-m ical Safety)/WH O (Organ ização Mundial da Saúde) (WH O, 1998). A OMS re-com en da, re-com plem en tarm en te, que o uso do am ian to seja su bstitu ído, sem pre qu e possí-vel, da m esm a form a que a OIT (Organização In tern acion al do Trabalho) já o fizera em sua Convenção 162 de 1986.

No Brasil, o am ian to tem sido usado em larga escala há muitas décadas. Estima-se que a população brasileira direta e ocupacionalmen-te exposta seja de 500.000 pessoas, das qu ais cerca de 20.000 são trabalhadores da indústria de exploração e transformação – mineração, ci-m ento-aci-m ianto, ci-m ateriais de fricção e outros. Há, entretanto, cerca de outros 300.000

traba-lhadores en volvidos em m an u ten ção e repa-ros de sistem as de freio no país, segundo esti-m ativa do Sin dipeças (Sin dicato Nacion al da Indústria de Autopeças), e uma parcela desco-nhecida, de trabalhadores informais, principal-m ente, envolvidos na indústria da construção civil, em atividades com o instalação de cober-turas, caixas d’água, reformas, demolições, ins-talações hidráulicas, etc., que estão com pleta-mente à margem de qualquer proteção social e das in cipien tes políticas públicas de saúde do trabalhador. Segundo sindicatos dos trabalha-dores, num a estim ativa grosseira, estes traba-lhadores podem chegar a aproxim adam en te 500.000 em todo o país (Algranti, 2001).

Reveste-se, portan to, da m aior gravidade essa questão no cam po da Saúde do Trabalha-dor, no qual sequer se tem o m apa da popula-ção direta e ocupacionalmente exposta no país. Quan do partim os para um a an álise m ais am -pla, envolvendo outros atores sociais, como fa-m iliares, usuários e habitan tes do en torn o da m in eração e das usin as de ben eficiam en to, os in direta, paraocu pacion al e am bien talm en te expostos, o problem a pode ter um a dim ensão ainda mais grave.

Considerando-se a longa latência das doen-ças atribuídas ao amianto e a sua produção em larga escala no país, a partir da década de 1970, podemos considerar que o pico do adoecimen-to em nosso país se dará entre 2005-2015, co-mo vico-mos ocorrer na Europa e nos Estados Uni-dos a partir do final Uni-dos anos 60.

Amianto: uma questão de saúde pública

É indiscutível que o amianto é uma ameaça pa-ra toda a popu lação e qu e todo ser hu m an o tem direito a um am bien te saudável e sem m ian to. A associação en tre a exposição ao a-mianto e doenças, incluindo o câncer, está bem docum entada cientificam ente há algum as dé-cadas (Castro et al., 2001).

A u tilização do am ian to se proliferou n os últim os 100 anos, acom panhando a industria-lização e participan do do processo produtivo de 3 mil produtos em todo o mundo.

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indis-criminadamente. Diversos estudos mostraram que a fibra pode causar danos tanto aos fam i-liares dos trabalhadores, que traziam as fibras para a residência, quanto para a população ex-posta devido ao manuseio de materiais conten-do fibras de amianto.

A con fusão n o cam po da Saúde do Traba-lhador tem sido freqüen te n o en fren tam en to aos riscos e aos dan os causados pelo asbesto/ amianto. Ao restringir a apenas um único cam-po de atuação, reduz-se sobrem aneira a atua-ção das vigilâncias e o controle, como se o pro-blem a fosse apen as lim itado ao am bien te d e trabalho.

Um dos nossos objetivos é colocar elemen-tos para esclarecer a in ter-relação que existe entre Prom oção da Saúde e a Saúde do Traba-lhador no campo da Saúde Pública. O conceito da Prom oção de Saúde, definido no Relatório Lalonde, em 1974, no Canadá, estabelece qua-tro im portan tes pólos: a biologia hum an a, o sistema de organização dos serviços, o ambiente, que en volve o social e o estilo de vida, in -cluídos os riscos n o trabalho, e os padrões de consumo.

Em bora n ão seja n osso objetivo discorrer sobre o tema, outro ponto importante é o con-ceito de Saúde do Trabalhador, que contempla a dimensão social na medida em que incorpo-ra o tincorpo-rabalhador com o sujeito das ações, n os am bientes de trabalho, dando densidade a to-das as qu estões relacion ato-das à sociedade em geral. De acordo com Câmara e Galvão (1995), o crescim en to da área de Saúde do Trabalha-dor, durante a década de 1980, abriu cam inho para a incorporação da Saúde Ambiental, a partir da existência de questões do trabalho, am -biente e o sistema de saúde, entendido e acolhi-do no próprio Sistema Único de Saúde (SUS). O am bien te, in cluin do o trabalho, é visto globalmente pela sociedade. Além disso, a con-ferên cia Mun dial pelo Meio Am bien te – UN-CED/CNUMAD, realizada n o Rio de Jan eiro, em 1992, definiu que a Saúde Am biental seria u m a prioridade social para a Prom oção da Saúde dos povos.

A saúde deve ser abordada de form a holís-tica e in tegrada n as diversas form as do viver. Segundo Paim e Filho (1998), o fenômeno saú-de é con cebido com o expressão do “m odo saú-de vida” (estilo e condições de vida), articulando dim ensões relacionadas à reprodução biológi-ca, à reprodução das relações ecológicas, que envolve a relação dos grupos com o ambiente e o trabalho, à reprodução das form as de con

s-ciên cia e com portam en to e à reprodução das relações econômicas, onde se realizam a produ-ção, distribuição e o consumo. As relações econ ôm icas serão retom adas m ais à freecon te, coecon -textualizando-as dentro do am biente social.

Desta form a, passam os à com preen são do público, com a possibilidade de o risco atingir populações, causan do dan os à saúde das pes-soas, quase sem pre desin form adas quan to ao potencial desse risco. Mendes (2001) cham a a aten ção para a ubiqüidade da exposição rela-cionada ao amianto/asbesto, em que as pessoas são freqüen tem en te expostas sem o saber e com o adoecim ento ocorrendo tem pos após a liberação da fibra e em local distan te da fon te de liberação. Da m esm a form a, Freitas (2003) refere-se à ameaça e aos perigos ambientais pa-ra a Saúde Pública, tendo os riscos se multipli-cado e expandido no espaço e também no tem-po, atin gin do casas, cidades e efeitos futuros sobre a vida.

Neste ponto, Tarride (1998) assinala que a Saúde Pública assum e com o um a de suas fun-ções a de m odificar ou controlar as condifun-ções desfavoráveis do am biente que afetam a saúde do hom em . Aqui tam bém n ovam en te é trazi-da, por Tarride (1998), a dimensão social com um a abordagem totalizadora relacion ada à saúde, não apenas incorporando o social, m as tratando a saúde com o um a questão social. Configura-se, assim, o papel dos movimentos sociais, que, através de vários m odos, in -cluindo as ONGs e as redes – a serem discuti-das m ais detalhadam ente a seguir –, tendem a assum ir plenam ente o papel de defesa de um a sociedade saudável, integrando os conceitos de Justiça Am bien tal com o um direito hum an o fun dam en tal. Com o parte do elen co de ações que impeçam a construção social de grupos de exclu ídos ou discrim in ados am bien talm en te por práticas condenáveis como o racismo am -biental, que condena e segrega em todo mundo parcela im portan te da sociedade a viver em ambientes degradados e sujeita à transferência de produtos e tecnologias desacreditadas e pe-rigosas.

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doen ça. Tam bellin i e Câm ara (1998) ain da abordam a qu estão da saú de a partir do con -texto bio-sócio-san itário, n o qual as relações econ ôm icas, produtivas e sociais defin em os im pactos no am biente e na sociedade envolvi-da em todo o processo. Desse modo, o caminho completo inicia-se na extração da matéria-pri-m a (por exematéria-pri-m plo, a exploração do matéria-pri-m in eral amianto), no transporte, com os acidentes e ex-posições da população e trabalhadores, na sua incorporação ao processo produtivo (produção de caixas d’água e telhas de asbesto/am ianto), novam ente o transporte e finalm ente no con-sum o. No caso do am ian to, a exposição n o con su m o se dá en tre aqu eles qu e m an u seiam produtos fin ais das fábricas, com o por exem -plo os da con stru ção civil e os u su ários qu e convivem com produtos contendo amianto.

Outro bom exemplo, sempre citado, é o ca-so em blem ático da África do Sul, on de se de-monstra claramente a inter-relação entre o pro-cesso produtivo (m ineração de am ianto azul), o ambiente e a saúde da população, como des-crito por Wagner (1991). No caso do asbesto/ am ian to, os estudos sobre a exposição de tra-balhadores são extensos na literatura mundial; entretanto, os estudos sobre o impacto ambien-tal ain da são poucos, em bora se recon heça o seu potencial de biopersistência e a com plexi-dade de su a elim in ação ou disposição fin al, tendo em vista suas características de indestru-tibilidade pelos m eios tradicionais .

Estudos epidemiológicos, como o de Chang

et al. (1999), determinaram o aumento de cân-cer de pu lm ão em m oradores próxim os a di-ferentes indústrias que m anipulam o am ianto em Taiwan.

Outro trabalho realizado por Magn an i et al.(1995) dem on strou a ocorrên cia de m eso-telioma pleural em 128 indivíduos, não expos-tos ocupacion alm en te, residen tes próxim os a uma fábrica de fibrocimento, na região de Ca-sale Monferrato, na Itália. Em outro estudo, o mesmo grupo de investigadores realizou 48 ne-cropsias, na m esm a região, de pessoas que ha-viam residido próxim o à fábrica de cim en to-amianto, e encontraram um aumento de carga de amianto e a presença de corpos asbestóticos nesse grupo. Sete pessoas apresentaram asbestose, en tre elas um a professora que havia en -sin ado n a região por 12 an os (Magn an i et al., 1998).

A intervenção, tanto do Estado quanto dos movimentos sociais, está plenamente justifica-da, segundo Giannasi (1994), pois o am ianto é

um problema de Saúde Pública, já que pode cau-sar danos não som ente aos trabalhadores, com o também a seus familiares, vizinhos às instalações e populações não-ocupacionalm ente expostas e sequer monitoradas, e ao meio ambiente, na me-dida em que os resíduos com o am ianto não po-dem ser destruídos, já que um a de suas tão de-cantadas propriedades é o fato de ser incom bus-tível e incorrupbus-tível.

Portan to, o caso do am ian to se apresen ta claram ente com forte im pacto social, fugindo meramente do escopo ocupacional, pois atinge indiscriminadamente toda a sociedade, não po-den do prescin dir dos m ovim en tos sociais n a proteção coletiva da saúde.

Ausência de políticas públicas: a dimensão social e a invisibilidade dos problemas relacionados ao amianto no Brasil

O Brasil na contramão da História

Enquanto o am ianto já foi proibido em 36 países em todas as suas form as quím icas e es-truturais e teve sua utilização restrita em inú-meros outros, no Brasil a fibra tóxica continua sendo explorada e utilizada em grande escala.

A Com issão das Com u n idades Eu ropéias aprovou em 26/7/1999 a Diretiva 1999/77/CE, que decidiu pela proibição total do uso do a-m ian to/asbesto ea-m todos os países a-m ea-m bros da União Européia, que ainda não a tivessem a-dotado, a partir de janeiro de 2005. Argentina, Chile e El Salvador tom aram a dian teira da proibição do amianto na América Latina, deci-são que tam bém deverá ser acom pan hada em muito em breve pelo Equador e Peru.

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es-tando incluídos seus resíduos na classe dos pe-rigosos e proibidos de serem exportados.

O poderoso lobbydo amianto no Brasil

A produção do am ian to gan hou força sob o governo militar na década de 1970, especial-m en te n o setor de fibrociespecial-m en to (telhas e cai-xas d’água), quando já se iniciavam fortes pres-sões na Europa e Estados Unidos pelo seu ba-n im eba-n to. Eba-n qu aba-n to os p aíses d eseba-n volvid os se adiantavam para substituir o am ianto, aqui n ovas fábricas eram in staladas, n u m a clara tran sferên cia de tecn ologias e riscos para o Terceiro Mundo.

Com 200 mil toneladas ao ano, o Brasil es-tá entre os cinco maiores produtores do mun-do. Diferentem ente de seu parceiro com ercial pela m an u ten ção deste ren tável n egócio n a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Canadá, que exporta 98% do amianto produzi-do para os países em desenvolvimento, 70% produzi-do am ianto brasileiro é utilizado no m ercado na-cional. Destes 70% destinados ao m ercado in-terno, 90% vão para a indústria da construção. Mais da metade da produção do setor é contro-lado por duas em presas transnacionais, Saint-Gobain/Brasilit (francesa) e Eternit (ex-Suíça), que se jun taram n um a joint-venture, a Eter-bras, em cu jos países de origem o am ian to já está proibido há quase um a década. As referi-das empresas enfrentam processos vultosos em seus tribunais movidos pelas vítimas e seus fa-miliares desta matéria-prima, que já foi procla-m ada coprocla-m o o “procla-m in eral procla-m ágico ou seda artifi-cial” e que hoje é iden tificada com o “a poeira assassin a ou o m al in dustrial do século 20”.

Essas em presas m ultin acion ais, em n osso país, anunciaram em meados de 1999 que subs-tituiriam o am ian to de seu processo produti-vo, acompanhando a decisão européia e as exi-gên cias do m ercado global. A partir daí, vêm fazendo isso de maneira gradativa.

Já n o cam po do legislativo brasileiro, as ações são ain da tím idas por parte do poder pú blico e sem pre acom pan hadas de debates inócuos e dos anúncios de efeitos catastróficos para a economia nacional com objetivos mera-m ente protelatórios. Isso nos leva a temera-m er que o “mercado” decida pôr fim a esse flagelo e que mais uma vez as políticas de Saúde Pública e so-ciais se cu rvem dian te do determ in ism o eco-nômico, político e mercadológico.

No caso brasileiro, até o m om en to, tem os essa proibição aprovada e m antida em apenas

dois Estados, Rio de Jan eiro e Rio Gran de do Sul, já que as leis de São Paulo e Mato Grosso do Sul foram derrubadas por decisão do Supre-m o Tribunal Federal eSupre-m 8/5/2003. Apesar dis-so, de m an eira len ta e gradual, em m ais de 50 m u n icípios brasileiros, especialm en te os das regiões Su deste e Su l, tram itam ou já há leis aprovadas proibindo os usos do amianto. Sem dúvida, m esm o que m odesta, esta é um a vitó-ria irrefu tável atribu ída aos m ovim en tos so-ciais brasileiros, os quais irem os analisar m ais à frente. Esses grupos têm resistido bravamente aos ataques de lobistas pró-am ianto nacionais e internacionais e dos políticos, especialmente do Estado de Goiás, que querem manter a qual-quer custo a exploração do am ian to. O m ate-rial constitui-se em importante fonte de recei-ta para o Estado, sen do da ordem de 30% do total bruto de im postos arrecadados, que cor-respondeu a 60 milhões de Reais em 1999 (No

-tícias, Supremo Tribunal Federal de 24/5/ 2002– 17: 57).

A constituição das redes como parte da construção da visibilidade social

O termo rede vem do latim retis e significa en-trelaçam ento de fios que se realim entam . Ma-tem áticos, cien tistas sociais, estatísticos en tre outros, desde 1930, têm contribuído para o de-senvolvimento do conceito de rede social como forma natural de descrever a estrutura de rela-ções de uma população.

Barbosa et al. (2000) se referem ao conceito de rede social com o u m con ju n to de pessoas em um a população e suas conexões. A análise de redes sociais se baseia no pressuposto da im-portância das relações entre unidades que inte-ragem ; isto é, as relações definidas com o liga-ções en tre un idades con stituem com pon en te fundam ental das teorias de redes.

Dois exem plos clássicos de articulação so-lidária ou organização em rede (Collins,1998) são encontrados na Idade Média, quando uma estrutura feudal dividia a sociedade em três or-dens absolutam ente hierarquizadas, o povo se organizava em "laços de solidariedade horizon-tal". E ou tro é o da articu lação de ju deu s do m undo todo para salvar os com patriotas con -denados aos campos de concentração na Euro-pa, que sim plesm ente salvou m ilhares de pes-soas do holocausto.

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uni-dades au tôn om as in dividu ais, as associações en tre esses atribu tos ou a u tilidade de u m ou m ais desses atributos no sentido de predizer o nível do outro. Esta perspectiva visualiza as ca-racterísticas das unidades sociais com o carac-terísticas emergentes dos processos estruturais. Desta form a, as ligações relacionadas entre os atores en volvidos são prim árias, en quan to os atributos dos atores são secundários, e o con -ceito de redes sociais enfatiza, ainda, que cada indivíduo tem ligação com outro indivíduo.

Segun do Whitaker (1999), um a estrutura em rede – que é um a altern ativa às estruturas tradicionais piram idais de poder – correspon-de tam bém ao qu e seu próprio n om e in dica: seus integrantes se ligam horizontalmente a to-dos os demais, diretamente ou através to-dos que os cercam. O conjunto resultante é como uma m alha de m últiplos fios, que pode se espalhar indefinidam ente para todos os lados, sem que n en hu m dos seu s n ós possa ser con siderado principal ou central, nem representante dos de-mais. Não há um "chefe", o que há é uma von-tade coletiva de realizar determinado objetivo. Todo esse debate ainda é muito novo para a sociedade brasileira, m u ito m ais acostu m ada com os sistem as tradicion alm en te piram idais d e p o d er n a esfer a d a r ep r esen t ação p ú bli-ca, através dos partidos políticos, entidades de classe, associações de moradores de bairro, etc.

Outra questão que nos rem ete a um a aná-lise profunda é que a partir da constituição des-sas redes e, em uma perspectiva de plena fluên-cia sem “n ós” que im peçam o fluxo da in for-m ação e da coletivização das decisões, vafor-m os nos defrontar com outras redes que se entrela-çam , form an do u m a in tricada figu ra geom é-trica, não m ais plana e horizontal, com o defi-n ida por Whitaker (1999), com o por exem plo as “Redes de Redes”, que se constituem em um

-brellas (guarda-chuvas) e que se con trapõem , não m ais dentro de sua própria estrutura, co-m o o co-m odelo piraco-m idal de organ ização, co-m as na esfera pública de decisões, disputando com os poderes constituídos.

Alguns dos pressupostos que julgam os ba-se im prescin dível n a estru tu ração das redes como resposta e desafio às elites do poder glo-bal, reforçando o poder local são: a circulação de informação (base comum de funcionamen-to de funcionamen-todo e qualquer tipo de rede); form ação de seus membros (situando-os sobre os concei-tos, temas e informações envolvidas no proces-so); criação de vínculos de solidariedade entre os membros; realização de ações em conjunto;

participação livre e au tôn om a de seu s m em -bros. Como assinala Evers (1983), as redes de-vem servir, sobretudo, como ferramenta de lu-ta con tra a m argin alização e con tra a “n ecro-filia do capitalismo”.

A construção das redes sociais no Brasil: o caso específico do amianto

A n ossa an álise se con cen tra em torn o do a-m ian to e su as con seqü ên cias n a saú de e vida da popu lação exposta, direta e ocu pacion al-mente, e indireta, paraocupacional ou ambien-talmente.

A lacuna ou vácuo criado pela ausência de represen tação n a esfera pú blica fez com qu e gru pos de exclu ídos peloe parao trabalho e ou tros gru pos m in oritários e discrim in ados pela prática do racism o am bien tal – n o n osso caso as vítim as do am ian to – fossem se agru -pando em torno de uma causa que lhes era co-m uco-m , ou seja, a luta pela reparação dos dan os sofridos (in den ização) e pelo banim ento de qu alqu er form a de u tilização do am ian to n o Brasil e no m undo. E isso com um objetivo ú-nico, ou seja, evitar as mazelas provocadas por esse mineral, que destrói a saúde, e, conseqüen-temente, a vida daqueles que se expõem a ele.

O m ovim ento social respondeu com a for-m ação da Associação Brasileira dos Expostos ao Am ian to (Abrea), um a organ ização n ão-govern am en tal, sem fin s lucrativos, fun dada em 1995 em Osasco/São Paulo. A partir daí, outros trabalhadores do am ianto no Brasil to-m arato-m in iciat ivas em seu s Est ad os e fu n d a-r am filiais da Abrea no Rio de Janeiro e Bahia para lu tar coletivam en te por su a saú de e rei-vindicar seus direitos. A Abrea tem como obje-tivos: aglutinar trabalhadores e os expostos ao amianto em geral, cadastrar os expostos e víti-mas do amianto, encaminhar os expostos para exames médicos, conscientizar a população em geral, trabalhadores e opinião pública sobre os r iscos do am ian to, propor ações judiciais em favor de seus associados e das vítim as em ge-ral, integrar-se a outros m ovim entos sociais e ONG’s pró-banimento em nível nacional e in-tern acion al e lutar para o ban im en to do am i-anto mundialmente (Abrea, 2003).

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país a existência de, no mínimo, 2.500 vítimas, através dos processos de indenização judiciais e extraju diciais, som en te n as em presas m u l-tin acion ais de cim en to-am ian to e da m in era-ção. Infelizmente, esses dados, até o momento, não fazem parte da estatística oficial de doen-ças profissionais da Previdência Social, por fal-ta de conexão entre os diversos poderes cons-tituídos.

Redes do banimento do amianto e de suas vítimas: terceiro setor ou contrapoderes?

In icialm en te, cabe um a observação sobre os m ovim entos sociais, que, no entender dos au-tores, são organizados em torno de um a causa específica, constituídos criticam ente contra o sistema de dominação estabelecido e não estru-turados com o os sistem as clássicos de repre-sentação coletiva (com o partidos, sindicatos). Têm um m aior questionam ento da origem do problema, buscando atingir focal e globalmen-te os poderes constituídos.

Segundo Giannasi (2002), com a massifica-ção globalizan te do uso da In tern et, as ONGs (Organ izações Não-Govern am en tais), redes, ativistas e m ovim en tos sociais em geral ga-n haram u m aliado im portaga-n tíssim o coga-n tra a hegemonia da informação e com isto puderam prom over a disputa com os poderes, con sti-tuin do-se em verdadeiros con trapoderes ou “revolucionários nôm ades”, con form e defin i-do por Hardt e Negri (2001), subverteni-do po-tencialmente a nova ordem capitalista.

Utilizan do-se de videocon ferên cias, listas de discussões, hom e pagese de todas as facili-dades deste meio, principalmente a velocidade da dispersão da informação, estes “subversivos cibern áuticos” tran sform aram a In tern et em ferramenta de luta contra a marginalização em favor dos despossu ídos, bu scan do n ivelar as relações de poder entre o local e o global. “Sa-ben do portar, toda ferram en ta é um a arm a” (H ardt e Negri, 2001), com o diz a epígrafe de Ani DiFranco em “My IQ”.

Em torno da questão do am ianto no m un-do foi constituída um a rede com posta por ci-dadãos de todos os continentes que se dispõe a doar parte de seu tem po, volun tariam en te e sem rem un eração, em prol da defesa de um m undo sem am ianto (asbestos free world). Foi constituída durante o Seminário Internacional sobre o Am ian to: Uso Con trolado ou Ban

i-m ento?, ocorrido ei-m 28-30 de i-m arço de 1994 em São Paulo, prom ovido pela Fun dacen tro (Fun dação Jorge Duprat Figueiredo de Segu -ran ça e Medicin a do Trabalho) e as cen trais sindicais, CUT (Central Única dos Trabalhado-res) e Força Sin dical. Deste even to resultou a Declaração de São Paulo, documento-guia que norteia as ações da Rede em todo mundo, ação esta descen tralizada em coorden ações regio-nais, entre as quais a Rede Virtual-Cidadã pelo Banimento do Amianto na América Latina. Em 1998 foi constituído o International Ban Asbes-tos Secretariat (IBAS, 2003), que dá suporte a toda Rede e tem sede na Inglaterra.

Junto com a Abrea, a Rede Virtual-Cidadã pelo Ban im en to do Am ian to para a Am érica Latin a, articulada in tern acion alm en te com a Rede Ban Asbestos (n o in glês, Ban Asbestos Networ k) , con stitu ír am - se com o con tr ap o-sição aos grupos hegem ônicos ligados a insti-tuições govern am en tais, sin dicais e em presa-riais, que defendiam o uso seguro ou “contro-lado” do amianto.

Este tipo de ativism o, articulado in clusive em nível global, propõe-se a pensar localm en-te (definindo os problemas, necessidades e de-m andas) para atuar globalde-m ente e asside-m gerar as mudanças necessárias.

Esses “n ovos” m ovim en tos sociais su rgi-ram no Brasil em meados da década de 1990 de maneira espontânea, empírica, anárquica, para se con trapor às n ecessidades m om en tân eas e pontuais frente à globalização da economia e à tran sferên cia de riscos dos países in dustriali-zados para os em desenvolvim ento. Não se si-tuavam simplesmente como movimentos anti-globalização, m as com o um a globalização que vem de baixo (globalization com ing from be-low), isto é, vin da das bases do tecido social. Evidentemente, esta é uma forma de enfrentar os in teresses hegem ôn icos das corporações tran sn acion ais e dos Estados-Corporativos e por isto foram den om in ados de “fu n dam en -talistas antiam ianto” ou sim plesm ente rotula-dos de “fan áticos e extrem istas” (In stituto do Amianto, 1994).

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devastador para a h u m an idade e pratican do o racism o am biental, quando não dão a opor-tunidade de escolha ao trabalhador nos países de Terceiro Mun do, que têm de decidir pelo em prego ou a saúde, quando não dão ao con-sumidor o direito de plena informação e de es-colha (right-to-knowe right-to-act) e qu an do sofismam o papel social de seus produtos para a população carente, alegando que sem amian-to eles perecerão por falta de água potável e te-tos para cobrirem seus casebres.

Em contraposição a isto, as redes e ONG’s an tiam ian to n o Brasil (Rede Virtu al-Cidadã do Banimento do Amianto para a América La-tin a e a Abrea) e seus apoiadores buscam , so-bretudo, construir um espaço de cidadania ou uma “cidadania de protesto”,conform e deno-minado por Souza (1994).

A Rede de Informação para o Terceiro Setor (RITS) em Os Recursos da Solidariedade (RITS, 2003) define que O surgimento de um terceiro se-tor – não-governamental e não-lucrativo – rede-fine o Estado e o m ercado. Por outro lado, o ter-ceiro setor também se vê, ele próprio, confrontado ao desafio de qualificar e expandir suas ações de promoção de uma solidariedade eficiente.

Na sua an álise sobre as estruturas piram i-dais de poder, Whitaker (1999) menciona, co-m o u co-m a das prin cipais características desta form a de organ ização, a luta pelo poder e a com petição qu e se estabelece em seu in terior para se "subir" na pirâm ide, com todas as m a-n ipulações disso decorrea-n tes. Segua-n do ele,

quando os adversários ou inimigos de uma orga-nização sabem se utilizar dessas dinâm icas para dividi-las, as lutas internas podem fragilizá-las e m esm o paralisar sua ação(Whitaker, 1999).

Já n as redes, segun do Whitaker, a própria noção de gratuidade e desinteresse pessoal, essen-cial para o desenvolvim ento da solidariedade, ganha uma dimensão social mais realista: ela po-de ser entendida num a perspectiva po-de reciproci-dade aberta, na troca de inform ações – que são poder – feita através da rede. As redes se contra-põem portanto à cultura do "guardar para si" e do "levar vantagem", ao permitir que, pela colo-cação em com um do que cada um dispõe, todos ganhem(Whitaker, 1999).

Giannasi (2002) salienta que antes de mais n ada estes m ovim en tos altern ativos – os con-trapoderes ou a globalização contra-hegemônica ou que vem de baixo–, ou qualquer outra n o-m en clatu ra o-m ais apropriada qu e ven ha a ser adotada, tentam, antes de mais nada, rediscutir o significado do trabalho, da vida e do adoecer. E tam bém descon stru ir paradigm as com o a identificação do progresso com o crescim ento industrial ou o desenvolvimento das forças pro-du tivas e a con cepção de política com o algo que se faz através de e pelo Estado por meio de organizações hierárquicas verticalizadas (pira-m idais), que visa(pira-m acu(pira-m ular o poder e exer-cê-lo em nome da base, sem a participação des-ta. Os movimentos antiamianto no Brasil, bus-cam na horizontalidade, solidária e global, uma nova forma de fazer valer suas posições e de fa-zer política, con trapon do-se à ideologia do “uso controlado do amianto”.

A luta pelo fim da utilização do am ianto e das inúmeras doenças provocadas por ele con-figura-se um m ovim ento político com prom e-tido com a transform ação social na busca por um a sociedade m ais justa, igualitária e saudá-vel.

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Artigo apresentado em 8/9/2003 Aprovado em 10/10/2003

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