Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Centro de Tecnologia
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
ANTENAS DE MICROFITA COM PATCH EM
ANEL E MÚLTIPLAS CAMADAS
DIELÉTRICAS ANISOTRÓPICAS UNIAXIAIS
Cristhianne de Fátima Linhares de Vasconcelos
Orientador: Prof. Dr. Sandro Gonçalves da Silva
Co-Orientadores: Profª. Drª. Maria Rosa Medeiros Lins de Albuquerque
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos necessários para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Elétrica.
ANTENAS DE MICROFITA COM PATCH EM
ANEL E MÚLTIPLAS CAMADAS
DIELÉTRICAS ANISOTRÓPICAS UNIAXIAIS
Cristhianne de Fátima Linhares de Vasconcelos
Orientador: Prof. Dr. Sandro Gonçalves da Silva
Co-Orientadores: Profª. Drª. Maria Rosa Medeiros Lins de Albuquerque
Agradecimentos
A Deus, por mais esta vitória.
Aos meus pais, Oriel Alves de Vasconcelos e Maria de Fátima Linhares de
Vasconcelos, pelo amor e incentivo.
Ao meu esposo, Sérgio Augusto, pelo carinho e confiança e às minhas filhas,
Marília Vitória e Milenna Vitória, pela paciência.
Aos meus sogros, Valfredo e Lucy, pelo apoio e compreensão.
Aos orientadores, Sandro Gonçalves da Silva e Maria Rosa Medeiros Lins de
Albuquerque, pela dedicação, carinho e amizade demonstrados no decorrer deste trabalho,
sempre me apoiando e incentivando.
Aos professores José de Ribamar Silva Oliveira, Adaildo Gomes D´Assunção e
Ronaldo de Andrade Martins pelas sugestões e colaborações.
Aos demais mestres, colegas e funcionários da UFRN e do CEFET-PB.
A CAPES, pelo suporte financeiro.
A todos que, de uma forma ou de outra, contribuíram para a realização deste
trabalho.
Resumo
Este trabalho apresenta uma análise de antenas de microfita com patch em anel sobre substratos dielétricos anisotrópicos uniaxiais e com sobrecamada.
A análise utiliza o formalismo de onda completa através da aplicação do método dos potenciais vetoriais de Hertz, no domínio da transformada de Hankel. A definição dos potenciais vetoriais de Hertz e a imposição das condições de contorno adequadas à estrutura permitem determinar as funções diádicas de Green, relacionando as componentes da densidade de corrente no patch com as componentes tangenciais do campo elétrico. O Método de Galerkin é então usado para obter a equação matricial, cuja solução não trivial fornece a freqüência de ressonância da antena.
A partir da modelagem, é possível obter resultados para a freqüência de ressonância em função de vários parâmetros da antena de microfita com patch em anel, para diferentes configurações, além do fator de qualidade e da largura de banda. São consideradas estruturas de antenas de microfita com patch em anel sobre uma camada dielétrica, antenas com duas camadas dielétricas anisotrópicas e antenas de microfita com patch em anel sobre substratos suspensos. Resultados numéricos para a freqüência de ressonância dessas estruturas impressas sobre substratos dielétricos isotrópicos são também apresentados e comparados com resultados de outros autores, mostrando uma boa concordância.
Abstract
This work presents an analysis of the annular ring microstrip antennas printed on uniaxial anisotropic substrates and with superstrate.
The analysis uses the full-wave formulation by means of the Hertz vector potentials method, in the Hankel transform domain. The definition of the Hertz vector potentials and the application of the appropriate boundary conditions to the structure allow determining the dyadic Green functions, relating the current densities in the conducting patch to the transforms of the tangential electric field components. Galerkin’s method is then used to obtain the matrix equation whose nontrivial solution gives the complex resonant frequency of the antenna.
Sumário
Capítulo 1
Introdução
1Capítulo 2
Antenas de microfita com
patch
em anel
2.1 Introdução2.2 Antenas de microfita com patch em anel
4
4
8
Capítulo 3
Modelamento da antena de microfita com
patch
em anel com múltiplas camadas dielétricas
anisotrópicas uniaxiais
12
3.1 Representação dos campos através do método dos potenciais vetoriais de Hertz
12
3.2 Aplicação do método dos potenciais vetoriais de Hertz no domínio da transformada de Hankel
20
3.3 Modelamento da antena de microfita com patch em anel com duas camadas dielétricas anisotrópicas uniaxiais
23
3.4 Modelamento da antena de microfita com patch em anel sobre substratos dielétricos anisotrópicos uniaxiais e com sobrecamada
29
3.5 Aplicação do método de Galerkin 36
Capítulo 4
Resultados Numéricos
394.1 Introdução 39
4.2 Antenas de microfita em anel sobre substratos isotrópicos
40
4.3 Antenas de microfita com patch em anel sobre substratos dielétricos isotrópicos suspensos
49
4.4 Antenas de microfita com patch em anel sobre substratos dielétricos anisotrópicos
53
4.5 Antenas de microfita com patch em anel sobre substratos dielétricos anisotrópicos suspensos
58
Capítulo 5
Conclusões
60Lista de Símbolos e Abreviaturas
φ Ângulo de azimute
θ Ângulo de elevação
φ
Ε Componente de campo elétrico na direçãoφ
ρ
Ε Componente de campo elétrico na direção ρ
z
Ε Componente de campo elétrico na direção z
φ
Η Componente de campo magnético na direçãoφ
ρ
Η Componente de campo magnético na direção ρ
z
Η Componente de campo magnético na direção z
φ φ
ε Componente do tensor permissividade relativa na direção φ
ρ ρ
ε Componente do tensor permissividade relativa na direção ρ
z z
ε Componente do tensor permissividade relativa na direção z
−
Ι Componente anti-horária da densidade de corrente superficial
−
Ε Componente negativa do campo elétrico
−
Η Componente negativa do campo magnético
+
Ι Componente horária da densidade de corrente superficial
+
Ε Componente positiva do campo elétrico
+
Η Componente positiva do campo magnético
γh Constante de propagação na direção z para o modo TE
γe Constante de propagação na direção z para o modo TM
γ0 Constante de propagação no espaço livre
γ1 Constante de propagação no meio 1
γ2 Constante de propagação no meio 2
γ3 Constante de propagação no meio 3
γ4 Constante de propagação no meio 4
D Intensidade de fluxo elétrico
B Densidade de fluxo magnético
∂ Derivada parcial
d Espessura do substrato dielétrico
d1 Espessura do substrato dielétrico na região 1
d2 Espessura do substrato dielétrico na região 2
d3 Espessura do substrato dielétrico na região 3
d4 Espessura do substrato dielétrico na região 4
ω Freqüência angular
Fr Freqüência de ressonância
Jn Função de Bessel de primeiro tipo e ordem n e
φ Função escalar qualquer
Α Função vetorial qualquer
j Imaginário igual a −1
[ ]
Z~ Matriz impedânciakj Número de onda na região j
k0 Número de onda no espaço livre
π Número pi
∇ Operador nabla
Fimag Parte imaginária da freqüência de ressonância
Freal Parte real da freqüência de ressonância
µ0 Permeabilidade magnética no vácuo
ε0 Permissividade elétrica no vácuo
εr Permissividade elétrica relativa e
π Potencial vetorial elétrico de Hertz
h
π Potencial vetorial magnético de Hertz
r2 Raio externo do anel
r1 Raio interno do anel
Knm Raiz da derivada da função de Bessel de ordem n, sendo m o número
da raiz
z
n /
nρ Razão de anisotropia
ε Tensor permissividade elétrica
22 21 12
11 Z
~ , Z~ , Z ~ , Z
~ Transformada de Fourier das componentes da função diádica de Green
Ω~ Transformada de Hankel da função Ω c Velocidade da luz no espaço livre
E Vetor intensidade de campo elétrico H Vetor intensidade de campo magnético aφ Vetor unitário na direção φ
ρ
a Vetor unitário na direção ρ
z
Lista de Figuras
Capítulo 2
2.1 Antena de microfita do tipo patch retangular. 4
2.2 Formas geométricas para o patch. 5
2.3 Antena de microfita convencional com patch retangular, alimentada por cabo coaxial.
5
2.4 Antena de microfita com patch em anel. 8
2.5 Seção transversal de antenas de microfita com patch em anel.(a)Estrutura
com substrato dielétrico isotrópico suspenso.
(b)Estrutura com substrato dielétrico isotrópico e com sobrecamada.
9
2.6 Diferença entre os caminhos percorridos pelas correntes nos patches (a) em anel e (b) circular, para o modo TM11.
10
2.7 Distribuição das correntes magnéticas equivalentes para (a) o modo TM11 e
para (b) o modo TM12 da antena de microfita com patch em anel.
11
Capítulo 3
3.1 Sistema de coordenadas cilíndricas adotado na modelagem da antena de microfita com patch em anel.
13
3.2 Seção transversal de uma antena de microfita com patch em anel com duas camadas dielétricas anisotrópicas uniaxiais.
23
3.3 Seção transversal de uma antena de microfita com patch em anel com multicamadas dielétricas anisotrópicas uniaxiais.
29
Capítulo 4
4.1 Seção transversal de uma antena de microfita com patch em anel sobre substrato isotrópico.
40
4.2 Freqüência de ressonância em função da permissividade elétrica relativa do substrato dielétrico.
42
4.3 Freqüência de ressonância em função do raio interno do anel. 43 4.4 Freqüência de ressonância em função do raio interno do anel. 44 4.5 Freqüência de ressonância em função do tamanho do patch em anel 45 4.6 Freqüência de ressonância em função do tamanho do patch. 46 4.7 Freqüência de ressonância em função da altura do substrato. 47 4.8 Freqüência de ressonância em função da altura do substrato. 48 4.9 Freqüência de ressonância em função da altura da camada de ar. 49 4.10 Largura de banda em função da altura da camada de ar. 50 4.11 Fator de qualidade em função da altura da camada de ar. 51 4.12 Freqüência de ressonância em função da altura da camada de ar. 52 4.13 Seção transversal de uma antena de microfita com patch em anel sobre
duas camadas dielétricas anisotrópicas.
53
4.14 Freqüência de ressonância em função da razão de anisotropia para três
diferentes valores de ερρ.
54
4.15 Freqüência de ressonância em função da razão de anisotropia. 55 4.16 Freqüência de ressonância em função da razão de anisotropia da camada 3. 56 4.17 Freqüência de ressonância em função da altura da camada 3. 57
Lista de Tabelas
Capítulo 4
4.1 Comparação de resultados para a freqüência de ressonância. 40
4.2 Estudo de convergência. 41
C
APÍTULO
1
Introdução
Atualmente, as comunicaçõessem fiocompreendem um vasto leque de tecnologias.
Com o rápido desenvolvimento das tecnologias 3G e 4G (sistemas de comunicação sem fio
de terceira e quarta gerações), buscou-se soluções técnicas que atendessem os requisitos de
novos e melhores serviços. Paralelamente, surgiu um crescente mercado para equipamentos
que potencializem a qualidade e a capacidade dos serviços necessários para sustentar tal
demanda. Nesse contexto, as antenas planares representam um papel fundamental, dada a
sua aplicabilidade e versatilidade, fortalecendo assim essa área de pesquisa, pois até a
segunda geração (2G), a atenção estava principalmente voltada ao desenvolvimento de
protocolos e técnicas de modulação mais eficientes [1].
A escolha de antenas planares, em relação a outros tipos de antenas, decorre, em
grande parte, da demanda do mercado pelo desenvolvimento de antenas com pequenas
dimensões, baixo peso, facilidade de montagem, adequação aerodinâmica aos veículos e
baixo custo. Essas características físicas e econômicas tornam as antenas de microfita
atrativas para aplicações em sistemas de comunicações móveis e comunicações por satélite
[2]-[7].
Por outro lado, quando comparadas às demais antenas de fio, as antenas de microfita
apresentam limitações tais como largura de banda estreita, baixa potência e excitação de
ondas de superfície. Várias configurações têm sido propostas visando a redução dessas
características indesejáveis do dispositivo. Dentre elas, destacam-se as antenas impressas
sobre múltiplas camadas dielétricas com propriedades iso/anisotrópicas e contendo patches
metálicos com geometria retangular, circular, triangular ou anelar [8]-[13].
modeladas antenas de microfita sobre múltiplas camadas anisotrópicas dielétricas e com
sobrecamada.
Apesar da complexidade matemática, a análise é baseada no uso de substratos
anisotrópicos, tendo em vista que os materiais usados na fabricação de antenas impressas,
normalmente apresentam anisotropia dielétrica, como anisotropia uniaxial. Além disso, a
utilização de substratos anisotrópicos impõe mais flexiblidade aos projetos e permite o
desenvolvimento de modelos mais precisos para altas freqüências.
A utilização de um procedimento de onda completa, através do método dos
potenciais vetoriais de Hertz, no domínio da transformada de Hankel, associado ao método
dos momentos, permite determinar a freqüência de ressonância [9], [13]-[15].
São apresentados resultados da freqüência de ressonância para várias configurações
de antenas com patches em anel. A validação do modelo é verificada através de comparações com resultados numéricos e experimentais, publicados na literatura, para
antenas de microfita sobre substratos isotrópicos.
O Capitulo 2 apresenta a antena de microfita com patch em anel, situando-a na evolução das pesquisas, enfatizando os materiais usados em sua construção e os métodos de
análise.
No Capitulo 3, é efetuado o modelamento da antena de microfita com patch em anel, através do método dos potenciais vetoriais de Hertz, no domínio da transformada de
Hankel. Uma descrição sucinta da técnica numérica de Galerkin é apresentada. São
modeladas antenas de microfita com duas camadas dielétricas anisotrópicas e antenas de
microfita com múltiplas camadas dielétricas anisotrópicas, incluindo uma sobrecamada.
No Capitulo 4, a teoria desenvolvida é usada na determinação da freqüência de
ressonância, fator de qualidade e largura de banda. Curvas são apresentadas em função de
parâmetros estruturais, da permissividade elétrica do substrato e da razão de anisotropia dos
materiais. São consideradas antenas de microfita em anel sobre substratos contendo uma
camada dielétrica ou duas camadas dielétricas, com características iso/anisotrópicos.
Antenas de microfita sobre substratos dielétricos suspensos são também analisadas. Os
resultados numéricos são discutidos e, em determinados casos, comparados com outros
publicados na literatura.
O Capitulo 5 apresenta as principais conclusões e sugestões para a continuidade do
C
APÍTULO
2
Antenastdeteicrsfitatcset
patch
teetanelt
2.1tIntrsduçãs
Otavançstdattecnslsgiatdetcircuitsstintegradsstdeteicrssndas,taliadstàtexigênciatdst
eercadstpelstdesenvslvieentstdetantenastplanares,tresultsutnstsurgieentstdastantenastdet
eicrsfitatdsttips tpatch, tparataplicaçõesteetaltastfreqüências,tcsetdieensõestreduzidastet
baixstcuststdetfabricaçãs.t
Deschaepst[16],tnsstEstadsstUnidss,tGuttsntetBaissinstt[17],tnatFrança,tfizeraetast
prieeirastpublicaçõestssbretatantenatdeteicrsfitatnatdécadatdet50.tNstentants,tsótnsstansst
70, t cse t s t trabalhs t de t Byrsn t [18], t fsrae t intensificadas t as t pesquisas t ssbre t as t antenast
planares.t
Atantenatdeteicrsfitatdsttipstpatchtcsnsistetbasicaeentetdetduastplacastcsndutsras,t
paralelas,tseparadastpsrtuetsubstratstdielétrics,tsendstueatdastplacaststeleeentstirradiantet
(patch)te,tatsutra,tstplanstdetterra.tEstatgeseetriatétesstradatnatFig.t2.1.
ttttttttttt
Fig.t2.1t–tAntenatdeteicrsfitatdsttipstpatchtretangular.
4
Patch
O t eleeents t irradiante t (patch), t ee t hipótese, t psde t assueir t qualquer t fsreat
geseétrica. t Csntuds, t para t a t sieplificaçãs t da t análise t e t previsãs t ds t deseepenhs,t
nsrealeente,tsãstutilizadastastfsreastgeseétricastcsnvencisnais,tcsestastretangularestet
astcirculares.t
Algueastdastfsreastgeseétricastquetstpatchtpsdetassueir,ttaistcsestatretangular,t
circular,telíptica,taneltcircular,ttriangulartetfractal,tsãstesstradastnatFig.t2.2tatseguir:t
Fig.t2.2t–tFsreastgeseétricastparatstpatch.
Os t eateriais t utilizadss t cses t substratss t ns t prsjets t de t antenas t planares t sãs, t eet
geral, t eateriais t dielétricss t isstrópicss, t dielétricss t anisstrópicss, t ferrieagnéticss, t entret
sutrsst[4],t[9],t[19]-[22].
A t alieentaçãs t ds tpatcht psde t scsrrer t de t várias t eaneiras, t destacands-se t at
alieentaçãs t psr t eeis t de t cabs t csaxial t (Fig. t 2.3), t linhas t de t eicrsfita, t linhas t de t fenda,t
acsplaeentstpsrtíristsutabertura,tdentretsutras.
Fig.t2.3t–tAntenatdeteicrsfitatcsnvencisnaltcsetpatchtretangular,talieentadatpsrt
Patch
Planstdetterra
Substratstdielétrics
As t antenas t de t eicrsfita t apresentae t particularidades t geseétricas t e t prspriedadest
elétricastquetpsdeetsertinterpretadastcsestvantagenstsutdesvantagens,tdependendstdast
aplicações t a t que t se t destinae. t Assie, t psde-se t destacar: t dieensões t e t pess t reduzidss,t
facilidadetetbaixstcuststdetfabricaçãs,tadequaçãstàtaersdinâeicatdsstdispssitivsstsndetsãst
esntadas,tfacilidadetdetintegraçãstcsetsutrsstcircuitss,tbaixateficiência,tpequenatlargurat
detbanda,texcitaçãstdetsndastdetsuperfícietetradiaçãsteetuetheeisférist[1]-[4].t
O t esdelaeents t da t antena t de t eicrsfita t está t relacisnads t às t características t dat
estrutura,ttaistcseststtipstdetsubstrats,tdieensõestetgeseetriatds tpatch.tAsttécnicastdet
análiset utilizadast paratantenast cse tpatcht eetaneltsãs tseeelhantestàquelasteepregadast
para t estruturas t cse tpatches retangulares t su t circulares. t Entretants, t a t cseplexidade t dst
esdelstetstteepstcseputacisnaltdispendidstsãstprspsrcisnaistàtprecisãstdesejada.
Diversssteétsdsstdetanálisetsãstrepsrtadsstnatliteraturatparatatcaracterizaçãstdast
antenas t de t eicrsfita, t destacands-se t ss t esdelss t aprsxieadss t e t ss t esdelss t de t sndat
csepleta.t
Os t esdelss t aprsxieadss t intrsduzee t algueas t sieplificações t ns t eecanises t det
radiaçãstdatantena.tFenôeensstcsestatprspagaçãstdetsndastdetsuperfícietetatdispersãst
nãstsãs,tgeraleente,tavaliadss.tDentretsstdiverssstesdelsstaprsxieadss,tdestacae-setst
esdelstdatlinhatdettranseissãstetstesdelstdatcavidadet[1]-[7],t[23].
Otesdelstdatlinhatdettranseissãstétuetdssteétsdssteaistsieples,teebsratprsduzat
resultadsstsatisfatóriss,tsendstadequadstparatanálisetdetantenastdeteicrsfitatcse tpatch
retangulartsutquadrads.tParatsutrastgeseetriastdstpatch, tsrna-setinviáveltatanálisetatravést
destetesdels.tNessatanálise,tsteleeentstradiantetpsdetsertesdeladstpsrtduastaberturast
paralelas,trepresentandstdipslssteagnéticss.
t Otesdelstdatcavidade,tatprincípis,tpsdetserteepregadstparatstestudstdetantenast
cse tpatchest detqualquertgeseetria.tEntretants,tstesdelaeentsteateeáticstpara tpatches
retangularestétbastantetsieplificadsteetrelaçãstàtanálisetdetpatchestcsetsutrsstfsreatss.t
O t esdels t da t cavidade t basicaeentet trata t a t antenat cses t uea t cavidade, t circundada t psrt
paredestelétricas,tnsttspstetnatbase,tetpsrtparedesteagnéticastnsstcsntsrnsstlaterais.tOst
caepsstnastantenastsãstcsnsideradsstcsestsstcaepsstdatcavidade,tsendstexpandidssteet
teresstdetesdsstresssnantestnatcavidade,tcadatuetcsetsuatfreqüênciatdetresssnância.t
Ostesdelsstaprsxieadsstsãstsatisfatsriaeentetprecissstatétdetereinadsstvalsrestdet
freqüência.t Àt eedidatquetat freqüênciat aueenta,t atprecisãst dessest esdelsst ét reduzida,t
tsrnands-setinaceitáveltparatatfaixatdetfreqüênciastcsrrespsndentetàstsndasteilieétricas.tAt
princípis,tasttécnicasteepíricastpsdeetsertutilizadastparatatsbtençãstdatssluçãstinicialtparat
uetprsbleeatdetprsjets,tfsrnecendstueatidéiatqualitativatdstcsepsrtaeentstdatantena.
Osteétsdsstdetsndatcsepletatpsssueetfsreulaçõesteateeáticastrigsrssas,tsutseja,t
nãstcsnsideraetsupssiçõesteepíricas.tEstestesdelss,teetgeral,texigeetueteaisrtesfsrçst
analíticstetcseputacisnal.tUeatdastfsreastdetaplicaçãstdsstesdelsstdetsndatcsepletatétat
análise t ns t dseínis t espectral. t Nesta t esdalidade, t ss t parâeetrss t da t antena t sãs t sbtidsst
resslvends t inicialeentet a t equaçãs t det snda t cse t as t csndições t de t csntsrns t aprspriadas.t
Dessa t fsrea, t sãs t sbtidas t as t csepsnentes t de t caeps t ee t funçãs t das t csepsnentes t dat
densidade t de t csrrente t ns tpatch. t A t ssluçãs t para t as t csepsnentes t descsnhecidas t dat
densidadetdetcsrrentetétentãstsbtidatutilizandststeétsdstdssteseentss,tchegands-setat
ueatequaçãsteatricialtcujatssluçãstnãsttrivialtétatfreqüênciatdetresssnânciatcseplexa.t
Estet trabalhs t utilizat s t eétsds t dsst pstenciaist vetsriais t det Hertz, t ns t dseínis t dat
2.2tAntenatdeteicrsfitatcset
patch
teetanelt
Eebsra t as t antenas t de t eicrsfita t cse tpatchest retangulares t e t circulares t sejae,t
prsvaveleente,tastestruturasteaistextensivaeentetestudadast[1],[12],tastantenastcsetpatch
ee t anel t taebée t têe t recebids t atençãs t csnsiderável, t psis t quands t sperae t ns t esdst
fundaeental t apresentae t dieensões t eensres t que t aquelas t cse tpatchest retangulares t et
circulares, t para t uea t dada t freqüência. t Essat característica t pereite t que t ss t eleeentss, t eet
prsjetsstdetarranjss,testejaeteaistcsepactadss,tfavsrecendstateiniaturizaçãstdatestruturat
[24].tAtFig.t2.4tesstratatgeseetriatdetueatantenatdeteicrsfitatcsetpatchteetanel.
Fig.t2.4t–tAntenatdeteicrsfitatcsetpatchteetanel.
Natsuatcsnfiguraçãsteaistsieples,tatantenatdeteicrsfitatcsetpatchteetaneltpsssuit
ueteleeentstradiadsr,tcsetraistinterns tr1t etraistexterns tr2,tssbretuetsubstratstdielétricst isstrópicstapsiadstssbretuetplanstdetterra.
A t estrutura t ee t anel t fsi t inicialeente t prspssta t psr t Bergean t e t Schulltz t [25], t eet
1955.tFsitusadatcsestuetresssadsrt[26],[27]tetcsestuetradiadsrteetaplicaçõesteédicast
[28].tEetdetereinadastaplicações,tpsdetsperarteetduastfreqüências,tsejatcsestuetúnicst
8 Substratstdielétrics
Planstdetterra
Patchteetanel
r
1radiadsr t [14] t su t ee t csnjunts t cse t sutrss t eleeentss t iepressss, t na t fsrea t de t anéist
csncêntricsst[29].tt
Astantenastdeteicrsfitateetaneltfsraetinicialeentetanalisadastatravéstdettécnicast
aprsxieadastbaseadastnstesdelstdatcavidade.tPssterisreente,tstesdelstfsitesdificads,tdet
esdstatcsnsiderartstefeitstdatdispersãstetdastperdast[30]-[35].tResultadssteaistrigsrsssstet
precisss t fsrae t sbtidss t adstands t ss t esdelss t de t snda t csepleta, t ns t dseínis t dat
transfsreadatdetHankel,tsndetatssluçãstnueéricatétiepleeentadatpsrteeistdataplicaçãst
dsteétsdstdetGalerkint[14],t[36]-[41].
Uetprscedieentstdetanálisetrigsrssstfsiteepregadstnstesdelaeentstdetantenastdet
eicrsfita t suspensas, t cse tpatcht ee t anel t e t substratss t dielétricss t isstrópicss t [14], t csest
ilustrads t na t Fig. t 2.5 t (a). t Estruturas t cse t duas t caeadas t dielétricas t isstrópicas t e t ueat
ssbrecaeadatfsraetesdeladastatravéstdetesdelsstaprsxieadsst[42],[43],tcsestesstratat
Fig.t2.5t(b).
Fig.t2.5t–tSeçãsttransversaltdetantenastdeteicrsfitatcsetpatchteetanel.
(a)tEstruturatcsetsubstratstdielétricstisstrópicstsuspenss.t(b)tEstruturatcsetsubstratst
dielétricstisstrópicstetcsetssbrecaeada. 1
2
3
d 2t d
3t z
εr,tµ 0 ε
0,tµ0
1
2
3
d 2t d
3t z
ε r2,tµ0 εr3,tµ0 r
1 r
2 r
Ueatdastprincipaistcaracterísticastasssciadastatestastestruturastétstfatstdetque,tparat
ueatdetereinadatfreqüência,tsttaeanhstds tpatcht eetaneltéteensrtquets tpatcht circular,t
quands t aebss t estãs t sperands t ns t esds t fundaeental t de t prspagaçãs t (TM11) t [37]. t Ot taeanhstreduzidstdstpatchteetaneltprspsrcisnatgrandetflexibilidadetnstespaçaeentstentret
eleeentss,tquandstestetétutilizadsteetarranjsstdetantenas.t
AtfreqüênciatdetresssnânciatdstesdstTM11tparatstresssadsrteetaneltéteaistbaixat que t a t de t ue t resssadsr t circular, t aebss t de t eeses t taeanhs. t Ists t se t deve t as t fats t dst
cseprieentstdetsndatλtnstpatchteetaneltserteaistlsngstdstquetstcseprieentstdetsndatdst
patchtcircular,tcsestrepresentadstnatFig.t2.6.
Fig.t2.6t–tDiferençatentretsstcaeinhsstpercsrridsstpelastcsrrentestnsstpatchest(a)teetanelt
et(b)tcircular,tparatstesdstTM11.
ParatstesdstdetprspagaçãstTM11,tstcaepstnastextreeidadestinternastetexternastdst aneltinterferetdestrutivaeente,tstquettsrnatestetesdstdetprspagaçãsteaistbaixstquandst
cseparadstcsetstesdsttransversalteagnéticstTM12,tcujastfsntestdetcsrrenteteagnéticast equivalentes t para t as t extreeidades t internas t e t externas t sãs t de t eesea t pslaridade, t csest
esstratatFig.t2.7.
10 MsdstTM11
≈tλ/2 =tλ/2t
Fig.t2.7t–tDistribuiçãstdastcsrrentesteagnéticastequivalentestparat(a)tstesdstTM11tetparat (b)tstesdstTM12tdatantenatdeteicrsfitatcsetpatchteetanel.
Quands t cseparads t a t ue tpatcht circular, t s tpatcht ee t anel t tee t eenss t energiat
areazenadatetassietuetfatsrtQteensr.tIststresultateetueateaisrtlarguratdetbandatparatat
antenatdeteicrsfitatcsetpatchteetanelt[13].
Características t cses, t psr t exeepls, t speraçãs t ee t duas t bandas t de t freqüênciast
fazendstusstdetueatestruturatdetanéistcsncêntricsst[28],tsutdetduastcaeadastdielétricast
isstrópicastcsetue tpatcht eetanelteetcadatcaeadatdielétricat[33],t[36],t[43]tressaltaetst
grandetpstencialtdestettipstdetantena.
Várissttrabalhsstfsraetpublicadsstssbretastcaracterísticastresssnantestdatantenatdet
eicrsfita t cse tpatcht ee t anel t ssbre t substratss t isstrópicss. t Entretants t ss t efeitss t dat
anisstrspiatuniaxialtnatfreqüênciatdetresssnânciatetnatlarguratdetbandatdessastestruturast
precisaetsertinvestigadss.
Estettrabalhstprspõetanalisartastcaracterísticastresssnantestdastantenastdeteicrsfitat
cse tpatcht eetaneltssbretsubstratsstanisstrópicsstuniaxiais,taplicandstatfsreulaçãstdsst
pstenciaistvetsriaistdetHertz,tnstdseínistdattransfsreadatdetHankel,teetcsebinaçãstcset
steétsdstdssteseentss.
Csrrentetelétrica
Csrrenteteagnéticatequivalente
(a)tMsdstTM11 (b)tMsdstTM12
Csrrentetelétrica
12
C
APÍTULO
3
Modelamento da antena de microfita com patch
em anel com múltiplas camadas dielétricas
anisotrópicas uniaxiais
3.1 Representação dos campos através do método dos potenciais
vetoriais de Hertz
A aplicação dos potenciais de Hertz inicia-se com o problema da obtenção dos
campos elétricos e magnéticos em uma região preenchida com um material anisotrópico
uniaxial.
Os substratos dielétricos isotrópicos apresentam permissividade elétrica como [44]:
ε = ε0εr (3.1)
onde ε0 é a permissividade elétrica no espaço livre e εr é a permissividade elétrica relativa
do material.
Nos materiais dielétricos anisotrópicos, o efeito de um campo elétrico aplicado
depende da direção do campo elétrico, ou dos eixos do material. As direções do eixo são
determinadas pelas propriedades cristalinas do material, sendo esta dependência descrita
pelo tensor permissividade elétrica relativa, que matematicamente é representado por [8]:
xx xy xz
0 yx yy yz
zx zy z z
ε ε ε
ε = ε ε ε ε
ε ε ε
t
Devido à forma geométrica da antena de microfita em anel, será adotado o sistema
de coordenadas cilíndricas ilustrado na Fig. 3.1, cujo raio interno está indicado por ,
enquanto o raio externo está representado por .
Fig. 3.1 – Sistema de coordenadas cilíndricas adotado na modelagem da antena de
microfita com patch em anel.
Os substratos dielétricos anisotrópicos, sem perdas, possuem os eixos ópticos
orientados ao longo dos eixos principais do sistema de coordenadas cilíndricas. A
permissividade elétrica é dada por [45]:
ε ε ε ε =
ε φφ
ρρ
zzi i i
0 i
0 0
0 0
0 0
τ
(3.3)
Quando ερρ, εφφ e εzz são diferentes entre si, é caracterizado o material anisotrópico biaxial. Quando duas dessas componentes são iguais, o material é denominado de
anisotrópico uniaxial. Neste caso, o eixo de simetria, ou eixo óptico, é o eixo para o qual o
elemento da matriz é diferente dos outros dois. Neste trabalho, o eixo óptico é considerado
na direção perpendicular ao plano de terra, ou seja, na direção z.
14
ε ε ε ε =
ε ρρ
ρρ
zzi i i
0 i
0 0
0 0
0 0
τ
(3.4)
onde εzzi é a componente da permissividade elétrica relativa na direção z e ερρi representa
a componente da permissividade elétrica relativa na direção ρ, que é igual à da direção φ
(ερρi= εφφi), na região dielétrica i.
As equações de Maxwell para uma região anisotrópica, sem fontes, linear, são
escritas como [44]:
H j
E 0
ρ ρ
ωµ − = ×
∇ (3.5)
E j Hϖ= ωτερ
×
∇ (3.6)
0
D=
⋅
∇ ρ (3.7)
0
B=
⋅
∇ ρ (3.8)
onde Eρ é o vetor intensidade de campo elétrico, Hρ é o vetor intensidade de campo
magnético, Dρé o vetor intensidade de fluxo elétrico, Bρ é o vetor densidade de fluxo
magnético, ω = 2πf é a freqüência angular, µ0 é a permeabilidade magnética do espaço livre
e εt representa a permissividade elétrica do substrato dielétrico anisotrópico, estando
implícita uma dependência temporal do tipo exp (jωt).
Os potenciais vetoriais de Hertz elétrico e magnético são definidos,
respectivamente, por [8]:
z i e
e a
ρ
ρ =π
π (3.9)
z i h
h a
ρ
ρ =π
π (3.10)
onde πei eπhi representam, respectivamente, os potenciais escalares de Hertz, elétrico e
magnético, definidos para cada região i, sendo az ρ
o vetor unitário na direção do eixo
Usando as equações de Maxwell, é possível empregar o princípio da superposição e
expressar o vetor intensidade de campo magnético em função de πρe. Admitindo que o
campo magnético na direção z é nulo, obtém-se o chamado modo de propagação magnético
transversal ou modo TM.
Considerando (3.3), a equação (3.6) pode ser escrita como:
Ε Ε Ε ε ε ε ωε = Η × ∇ φ ρ ρρ ρρ z zi z i i 0 0 0 0 0 0 0 j ρ (3.11)
podendo ainda ser expressa na forma:
) a E a E a E ( j
Hρ= ω ε0ε i ρ +ε0ε i ρ +ε0εzzi zρz
×
∇ ρρ ρ ρ ρρ φ φ (3.12)
ou Ε ε ε − ε + Ε ε ωε = Η × ∇ ρρ ρρ
ρρ z z
i i zi z i 0 a
j ρ ρ
ρ
. (3.13)
Os campos elétrico e magnético são definidos por:
e ei 0 0 2
Eρ=ω µ ε πρ +∇φ
(3.14)
ei 0 j
Hρ= ωε ∇×πρ
(3.15)
onde φeé uma função escalar.
Substituindo-se as equações (3.14) e (3.15) na equação (3.13), obtém-se:
. a z ) ( E j ) (
j e z
ei 0 0 2 i i zzi i 0 ei 0 ∂ φ ∂ + π ε µ ω ε ε − ε + ε ωε = π × ∇ × ∇ ωε ρρ ρρ ρρ ρ ρ ρ (3.16)
Desenvolvendo a equação (3.16), chega-se a:
. a z ) ( ]
[ e z
i zzi ei zzi 0 0 2 ei 2 i ei ρ ρ ρ ρ ∂ φ ∂ ε − ε + π ε ε µ ω + π ∇ = φ ε − π ⋅ ∇
16 Definindo φe como:
ei i e
1 ∇⋅π
ε = φ ρρ ρ (3.18) então, 2 ei 2 i e z 1 z ∂ ∂ = ∂ φ ∂ ρρ ρ (3.19) e ) ( 1 ei i
e ∇ ∇⋅π
ε = φ ∇ ρρ ρ (3.20)
Substituindo as equações (3.18), (3.19) e (3.20) em (3.17), chega-se à equação de
onda para o modo TM:
0 z ei i i zi z ei zi z 0 0 2 ei 2 = ∂ ∂ − + + ∇ ρρ ρρ ρ ρ ρ
.
(3.21)
Substituindo (3.20) em (3.14), tem-se:
). ( 1 E ei i ei 0 0
2 ∇ ∇⋅π
ε + π ε µ ω = ρρ ρ ρ ρ (3.22)
Analogamente, para o modo elétrico transversal, ou modo TE, o vetor campo
elétrico é definido em função do potencial πρhcom campo elétrico na direção z igual a zero.
A partir da equação:
hi 0 j
Eρ=− ωµ ∇×πρ (3.23)
e substituindo (3.23) em (3.5), chega-se a:
hi 2 hi) (
Hρ=∇ ∇⋅πρ −∇ πρ (3.24)
h hi i 0 0 2
Hρ=ω µ ε ερρπρ +∇φ (3.25)
sendo φh uma função escalar dada por:
ei h =∇⋅π
φ ρ . (3.26)
A equação de onda para o modo TE, por sua vez, é dada por:
0 hi i 0 0 2 hi
2 + =
∇ ρρ
ρ ρ
. (3.27)
Para o modo TM, empregando o sistema de coordenadas cilíndricas (ρ, φ, z),
mostrado na Figura 3.2, os campos elétrico e magnético são expandidos a partir das
equações (3.15) e (3.22). Logo,
) a z a z 1 a z ( 1 z 2 ei 2 ei 2 ei 2 i ei 0 0
2 ρ ρ ρ ρ
ρ ∂ π ∂ + ∂ φ ∂ π ∂ ρ + ∂ ρ ∂ π ∂ ε + π ε µ ω =
Ε ρ φ
ρρ (3.28) ) a r a 1 (
j ei ei
0 ρ ∂ φ
π ∂ − φ ∂ π ∂ ρ ωε =
Ηρ ρ ρ . (3.29)
A partir desta transformação, as expressões das componentes de campo elétrico e
magnético para o modo TM são:
z
1 ei
2
i ∂ρ∂
π ∂ ε = Ε ρρ
ρ ; (3.30)
z
1 ei
2
i ρ∂φ∂
π ∂ ε = Ε ρρ
φ ; (3.31)
ei 0 0 2 2 ei 2 i z z
1 +ω µ ε π
∂ π ∂ ε = Ε ρρ
; (3.32)
φ ∂ π ∂ ρ ωε = Ηρ ei 0 1
18 ρ ∂ π ∂ ωε − =
Ηφ j 0 ei ; (3.34)
0 z =
Η . (3.35)
Analogamente, para o modo TE, os campos elétrico e magnético são expandidos a
partir das equações (3.23) e (3.24). Logo,
) a a
1 (
j hi hi
0 ρ φ
ρ ∂ π ∂ − φ ∂ π ∂ ρ ωµ − =
Ερ ρ ρ ; (3.36)
] a z a 1 a ) ( 1 [ ) a z a z 1 a z
( 2 z
hi 2 2 hi 2 2 2 ei 2 ei z 2 hi 2 hi 2 hi
2 ρ ρ ρ ρ ρ ρ
ρ ∂ π ∂ + φ ∂ π ∂ ρ + ρ ρ ∂ π ∂ + ρ ∂ π ∂ ρ − ∂ π ∂ + ∂ φ ∂ π ∂ ρ + ∂ ρ ∂ π ∂ =
Η ρ φ ρ φ
.
(3.37)
A partir desta transformação, as expressões das componentes de campo elétrico e
magnético para o modo TE são:
φ ∂ π ∂ ρ ωµ − =
Ερ 0 hi
1
j ; (3.38)
ρ ∂ π ∂ ωµ =
Εφ j 0 hi ; (3.39)
0 z =
Ε ; (3.40)
z H hi 2 ∂ ρ ∂ π ∂ =
ρ ; (3.41)
z 1 hi 2 ∂ φ ∂ π ∂ ρ =
Ηφ ; (3.42)
φ ∂ π ∂ ρ + ρ ∂ π ∂ ρ ρ ∂ ∂ ρ − = Η 2 hi 2 hi z 1 1 . (3.43)
Para cada região i, a solução completa dos campos é uma superposição dos modos
TE e TM. Assim, as expressões para as componentes do campo elétrico e campo magnético
z 1 1
j ei
2 i hi 0 i ∂ ρ ∂ π ∂ ε + φ ∂ π ∂ ρ ωµ − = Ε ρρ
ρ ; (3.44)
z 1
j ei
2
i i h 0
i ρ∂φ∂
π ∂ ε + ρ ∂ π ∂ ωµ = Ε ρρ
φ ; (3.45)
i e 0 0 2 2 i e 2 i i z z
1 +ω µ ε π
∂ π ∂ ε = Ε ρρ
; (3.46)
z 1
j hi
2 i e 0 i ∂ ρ ∂ π ∂ + φ ∂ π ∂ ρ ωε =
Ηρ ; (3.47)
z 1
j hi
2 ei 0 i ∂ φ ∂ π ∂ ρ + ρ ∂ π ∂ ωε − =
Ηφ ; (3.48)
φ ∂ π ∂ ρ + ρ ∂ π ∂ ρ ρ ∂ ∂ ρ − =
Η 2hi
20
3.2 Aplicação do método dos potenciais vetoriais de Hertz no
domínio da transformada de Hankel
Devido ao fato da estrutura possuir simetria cilíndrica, os potenciais πe e πh podem
ser representados em termos de funções cilíndricas [14], como segue:
; d ) ( J ) z , ( ~ e ) z , , ( 0 n e jn e
∫
∞φ π α αρ α α
= φ ρ π (3.50) . d ) ( J ) z , ( ~ e ) z , , ( 0 n h jn h
∫
∞φ π α αρ α α
= φ ρ
π . (3.51)
onde Jn(αρ)é a função de Bessel de primeiro tipo e ordem n, e π α%e( , z) é a transformada
de Hankel de πe [46].
As equações de onda dos modos TE e TM são dadas a seguir. Para cada região i,
tem-se que:
0 k2 hi
hi hi
2π + π =
∇ ; (3.52)
e
0 z
k 2ei
2 i i zi z ei 2 ei ei 2 = ∂ ∂ − + + ∇ ρρ ρρ . (3.53) onde
khi =ω µ0ε0ερρi ; (3.54)
e
zzi 0 0 ei
k =ω µ ε ε . (3.55)
Substituindo o potencial πρe em termos de funções cilíndricas na equação (3.53) e
desenvolvendo a equação, chega-se a:
0 k ] z 1 ) ( 1 [ ei 2 2 ei i zzi 2 ei 2 2
ei + π =
∂ π ∂ ε ε + φ ∂ π ∂ ρ + ρ ∂ π ∂ ρ ρ ∂ ∂ ρ ρρ
Resolvendo a equação (3.53), substituindo-se a equação (3.50) e considerando que
,
s=αρ tem-se que:
0 d ) s ( J ~ k ) s ( J z ~ ) s ( J ~ n s ) s ( J s ) s ( J ~ 0 n ei 2 n i zzi 2 ei n ei 2 2 n 2 n 2 2
ei α=
α π + α ε ε ∂ π ∂ + α π ρ − ∂ ∂ + ∂ ∂ αρ ρ α π
∫
∞ ρρ. (3.57)
As funções de Bessel de primeiro tipo Jn(s) são definidas como as soluções da
equação diferencial de Bessel, que pode ser escrita como [47]:
2
2 n n 2 2
n 2
J (s) J (s)
s s (s n ) J (s) 0
s s
∂ + ∂ + − =
∂ ∂ . (3.58)
Logo, a equação de onda para ~πe, no domínio da transformada de Hankel, é:
0 z ei 2 ei 2 2 = π γ − ∂ ∂ ρ (3.59) onde ) k ( 2 ei 2 zzi i 2
ei α −
ε ε =
γ ρρ
. (3.60)
Analogamente, substituindo-se (3.51) em (3.52) e realizando o mesmo
procedimento utilizado para o potencial ~πe, obtém-se a equação de onda para ~πh, no
domínio da transformada de Hankel.
0 z hi 2 hi 2 2 = π γ − ∂ ∂ ρ
. (3.61)
com
2 hi 2 2
hi =α −k
γ . (3.62)
Substituindo (3.50) e (3.51) nas equações das componentes tangenciais (3.44),
(3.45), (3.47) e (3.48), visando a obtenção dessas no domínio espectral, surgem duas
funções de Bessel de ordens diferentes. Isto se deve ao fato da derivada da função de Bessel
22 n
n 1 n 1
J (s) 1
(J (s) J (s))
s 2 − +
∂ = −
∂ ; (3.63)
) s ( J ) s ( J s n 2 ) s (
Jn±1 = n − n±1 . (3.64)
Para facilitar a análise é desejável tratar fatores contendo funções de Bessel de
mesma ordem. Para isto, a obtenção de Eρ e Eφ é realizada substituindo-se (3.50) e (3.51) nas componentes dadas em (3.44) e (3.45) fazendo uso das formulas de recorrência (3.63) e
(3.64), obtendo-se respectivamente:
α α − ∂ π ∂ ε + π ωµ α =
Ε
∫
∞ − +ρρ φ
ρ (J (s) J (s)) d
2 1 z ~ 1 ) s ( J ~ s n e
0 n 1 n 1
e n h 0 2 jn ; (3.65) e α α ∂ π ∂ ε + − π ωµ α =
Ε
∫
∞ρρ +
− φ
φ J (s) d
z ~ s jn )) s ( J ) s ( J ( 2 1 ~ j e 0 n e 1 n 1 n h 0 2 jn . (3.66)
A componente de campo elétrico, definida como sendo Ε± =Ερ±jΕφ, é por:
α α ∂ π ∂ ε π ωµ α = Ε ± ∞ ρρ φ
±
∫
J (s) dz ~ 1 ~
e 0 n1
e h
0
jn µ
. (3.67)
Aplicando o mesmo procedimento, a partir de (3.50) e (3.51), as componentes
transversais do campo magnético são dadas por:
α α π ωε − − ∂ π ∂ α =
∫
∞ − + φρ ~ J (s) d
s n )) s ( J ) s ( J ( 2 1 z ~ e H
0 e n
0 1 n 1 n h 2 jn ; (3.68) α α − π ωε − ∂ π ∂ α =
∫
∞ − + φφ (J (s) J (s)) d
2 1 ~ j ) s ( J z ~ s jn e H
0 n 0 e n 1 n 1
h 2
jn
. (3.69)
Logo, o campo magnético, definido como sendo H± =Hρ±jHφ, é expresso por:
α α ∂ π ∂ ± π ωε − α = Η ± ∞ φ
±
∫
J (s) dz ~ ~
e n 1
3.3 Modelamento da antena de microfita com patch em anel com
duas camadas dielétricas anisotrópicas uniaxiais
A escolha do material a ser utilizado como substrato dielétrico no projeto de antenas
de microfita é muito importante. A sua seleção depende de fatores como custo, perdas,
estabilidade térmica e constante dielétrica [1]-[2].
A Fig. 3.2 ilustra a estrutura considerada nesta análise, que consiste de três camadas
dielétricas. O patch condutor, em anel de raio interno r1 e raio externo r2, está impresso
sobre um substrato, constituído de duas camadas dielétricas anisotrópicas uniaxiais
(camadas 2 e 3), com alturas d2 e d3, respectivamente, suportado por um plano de terra. O
meio 1 é o ar. Na análise da estrutura, considera-se despreziveis do patch metálico, as
perdas condutoras e dielétricos.
Fig. 3.2 – Seção transversal de uma antena de microfita com patch em anel com duas camadas dielétricas anisotrópicas uniaxiais.
Alguns materiais dielétricos exibem propriedades anisotrópicas devido à sua
natureza cristalina ou como resultado de seu processo de fabricação. Os substratos
isotrópicos também podem apresentar características anisotrópicas quando operam em altas
freqüências. Os efeitos decorrentes da anisotropia uniaxial e a viabilidade de substratos
como a safira, nitreto de boro e o epsilam-10 no projeto dos componentes de circuitos
integrados de microondas e antenas de microfita têm sido investigados [8]-[9], [11]-[12].
As pesquisas indicam que o comportamento operacional de estruturas projetadas para altas
d2 2
z
y 3
d3
1
d23
r1 r2
0 2,µ
ε τ
0 3,µ
ε τ
0 0,µ
ε
24 freqüências se distancia do esperado, quando a anisotropia dos substratos é ignorada.
Devido a este fato, é necessário o cuidadoso estudo do substrato dielétrico utilizado no
projeto dos componentes de microondas, para que se possa beneficiar de suas vantagens e
evitar a degradação no desempenho dos componentes.
A permissividade elétrica do substrato em cada região i (i = 2, 3) é dada por:
ε ε ε ε = ε ρρ ρρ zzi i i 0 i 0 0 0 0 0 0 τ , (3.71)
onde ερρi é a componente da permissividade relativa na direção ρ, na região dielétrica i (i = 2, 3), que é igual a da direção φ e εzzi é a componente da permissividade relativa na direção
z. Considera-se que o eixo óptico é orientado na direção perpendicular ao plano de terra,
isto é, na direção z. A constante ε0 é a permissividade elétrica do espaço livre. A
permeabilidade magnética µ0 é igual a do espaço livre.
Na análise da estrutura, define-se inicialmente os potenciais de Hertz para cada
região i (i = 2, 3), orientados na direção do eixo óptico como:
z i e
e a
ρ
ρ =π
π (3.72) z i h h a ρ
ρ =π
π (3.73)
As expressões para as componentes do campo elétrico e do campo magnético são
dadas em (3.44) a (3.49) definidas para cada região i.
z 1 1
j ei
2 i hi 0 i ∂ ρ ∂ π ∂ ε + φ ∂ π ∂ ρ ωµ − = Ε ρρ
ρ ; (3.74)
z 1
j ei
2 i i h 0 i ∂ φ ∂ ρ π ∂ ε + ρ ∂ π ∂ ωµ = Ε ρρ
φ ; (3.75)
i e 0 0 2 2 i e 2 i i z z
1 +ω µ ε π
∂ π ∂ ε = Ε ρρ
; (3.76)
z 1
j hi
2 i e 0
i ∂ρ∂
π ∂ + φ ∂ π ∂ ρ ωε =
z 1
j hi
2
ei 0
i ∂φ∂
π ∂ ρ + ρ ∂ π ∂ ωε − =
Ηφ ; (3.78)
φ ∂ π ∂ ρ + ρ ∂ π ∂ ρ ρ ∂ ∂ ρ − =
Η 2hi
2 hi i z 1 1 . (3.79)
As equações de onda são dadas em (3.21) e (3.27). Dessa forma, para cada região i
(i = 2, 3), tem-se:
0 z ei i i zi z ei zi z 0 0 2 ei 2 = ∂ ∂ − + + ∇ ρρ ρρ ρ ρ ρ
,
(3.80)
0 hi i 0 0 2 hi
2 + =
∇ ρρ
ρ ρ
. (3.81)
As soluções das equações de onda são dadas no domínio da transformada de Hankel
como: 0 z ei 2 ei 2 2 = π γ − ∂ ∂ ρ (3.82) onde ) k ( 2 ei 2 zzi i 2
ei α −
ε ε =
γ ρρ
. (3.83)
Analogamente, substituindo-se (3.51) em (3.52) e realizando o mesmo
procedimento utilizado para o potencial ~πe, obtém-se a equação de onda para ~πh, no
domínio da transformada de Hankel.
0 z hi 2 hi 2 2 = π γ − ∂ ∂ ρ
. (3.84)
com
2 hi 2 2
hi =α −k
γ . (3.85)
26 As soluções para as equações (3.82) e (3.84), nas regiões dielétricas definidas por i
(i = 2, 3), da Fig. 3.2, são dadas por:
) z cosh( A ) z ( senh A ~ i h ' i i h i
hi = γ + γ
π ; (3.86)
) z cosh( B ) z ( senh B ~ i e ' i i e i
ei = γ + γ
π ; (3.87)
e, na região dielétrica i = 1 (ar), são:
( 23)
0 z d
1 1
h e
~ = Α −γ −
π ; (3.88)
( 23)
0 z d
1 1
e e
~ =Β −γ −
π . (3.89)
onde d23 =d2+d3.
As componentes de campo são definidas como sendo:
φ ρ ± =Ε ± Ε
Ε j ; (3.90)
φ ρ ± =H ±jH
H . (3.91)
Resultando nas expressões:
α α ∂ π ∂ ε π ωµ α = Ε ± ∞ ρρ φ
±
∫
J (s) dz ~ 1 ~
e 0 n 1
e h 0 jn µ . (3.92) α α ∂ π ∂ ± π ωε − α = Η ± ∞ φ
±
∫
J (s) dz ~ ~
e 0 n 1
h e 0 jn
. (3.93)
A determinação das constantes i i
' i
i, Α ,Β , Β'
Α é feita através da aplicação das
condições de contorno. Para a estrutura considerada (Fig. 3.2), as condições de contorno
são as seguintes:
0 1 =
Ε± em z = 0; (3.90)
2
1 ±
± =Ε
Ε em z = d1 (3.91)
2
1 ±
± =Η
3
2 ±
± =Ε
Ε em z = d12 (3.93)
± ±
± −Η = Ι
Η 3 2 µj em z = d12 (3.94)
Aplicando as condições de contorno, as constantes Αi, Α'i,Βi, Β'i são obtidas em
cada região i ( i = 1,2,3 ) segundo as seguintes expressões:
6 8 1 P 2 P ) ~ ~ ( j α Ι + Ι − =
Α − +
(3.95)
0 '1=
Α (3.96) 6 5 2 P 2 P ) ~ ~ ( j α Ι + Ι − =
Α − +
(3.97) 6 2 P 2 ) ~ ~ ( j ' α Ι + Ι − =
Α − +
(3.98) 6 7 3 P 2 P ) ~ ~ ( j α Ι + Ι − =
Α − +
(3.99) 2 0 4 1 P 2 P ) ~ ~ ( j αωε Ι − Ι =
Β − +
(3.100)
0 '1=
Β (3.101) 2 0 1 2 P 2 P ) ~ ~ ( j αωε Ι − Ι =
Β − +
(3.102) 0 1 2 2 P ) ~ ~ ( j ' αωε Ι − Ι =
Β − +
(3.103) 0 1 2 2 P ) ~ ~ ( j ' αωε Ι − Ι =
Β − +
(3.104) 2 0 2 r r 0 3 2 e 3 P 2 P ) ~ ~ ( j γ ε αωε γ Ι − Ι − =
Β − +
(3.105)
onde (3.106)
28 ) d cosh( P ) d senh( P 1
P e2 12
0 2 r r 2 e 1 12 2 e 0 2 r r 2 e 1
2 γ
γ ε γ + + γ γ ε γ + = (3.108) ) d cosh( ) d senh( P
P3 = 1 γe2 12 + γe2 12 (3.109)
) d senh( ) d senh( ) d cosh( P P 1 1 e 1 2 e 1 2 e 1 4 γ γ + γ = (3.110) ) d cosh( ) d coth( ) d senh( ) d senh( ) d coth( ) d cosh( P 1 2 h 2 h 1 1 h 1 2 h 1 h 1 2 h 2 h 1 1 h 1 2 h 1 h 5 γ γ − γ γ γ γ γ + γ γ γ = (3.111)
(
P)
senh( d )(
P)
cosh( d )P6 = γ0 5+γh2 γh2 12 + γ0+ 5γh2 γh2 12 (3.112)
) d cosh( ) d senh( P
P7 = 5 γh2 12 + γh2 12 (3.113)
) d senh( ) d cosh( ) d senh( P P 1 1 h 1 2 h 1 2 h 5 8 γ γ + γ = (3.114)
sendo ~I+ e ~I− as componentes horária e anti-horária, respectivamente, da corrente de
superfície no anel. Isto conduz a equações lineares para as constantes Αi,Α'i,Βi,Β'i, de
tal forma que é possível expressar as transformadas de Hankel dos campos elétricos em
função das correntes, como sendo:
= − + − + I ~I ~ Z ~ Z ~ Z ~ Z~ E~ E~ 22 21 12 11 ; (3.115)
onde 11 12 21
~ , ~ ,
~ Ζ Ζ
Ζ e 22
~
Ζ são as transformadas das componentes da função diádica de Green
da estrutura considerada.
Os elementos da matriz impedância
[ ]
Ζ~ são dadas por: ε ωε γ − ωµ = Ζ = Ζ 2 2 r r 0 3 2 e 6 7 0 22 11 P P P P j 2 1 ~ ~ (3.116) ε ωε γ + ωµ = Ζ = Ζ 2 2 r r 0 3 2 e 6 7 0 21 12 P P P P j 2 1 ~ ~
3.4 Modelamento da antena de microfita com patch em anel sobre
substratos dielétricos anisotrópicos uniaxiais e com sobrecamada
Devido às suas características especiais, a antena de microfita com patch em anel
tem encontrado uma gama de aplicações, desde a área médica até os sistemas de
comunicações móveis. Em algumas aplicações, recomenda-se que o elemento radiador
esteja protegido contra as intempéries climáticas (calor, chuva, neve) e danos físicos. Esta
proteção pode ser feita através da inclusão de uma sobrecamada dielétrica (superstrate).
Quando a antena de microfita é revestida por uma camada protetora (superstrate), a
freqüência de ressonância é alterada, podendo causar a degradação do sistema. Devido à
largura de banda ser estreita, é importante determinar o efeito da sobrecamada dielétrica
sobre a freqüência de ressonância, para que se façam os ajustes necessários no projeto,
garantindo assim o bom desempenho da antena [41]-[43].
A Fig. 3.3 ilustra a estrutura considerada nesta análise, que consiste de quatro
camadas dielétricas. O patch condutor, em anel de raio interno r1 e raio externo r2, está
impresso sobre um substrato, constituído de duas camadas dielétricas anisotrópicas
uniaxiais (camadas 3 e 4), com alturas d3 e d4, respectivamente, suportado por um plano de
terra. A antena apresenta uma sobrecamada dielétrica anisotrópica uniaxial (camada 2),
com altura igual a d2 . O meio 1 é o ar.
Fig. 3.3 – Seção transversal de uma antena de microfita com patch em anel com
multicamadas dielétricas anisotrópicas uniaxiais.
d3 3
z
y 4
d4
d2 2
1
d34
d24 r1
r2
0 2,µ
ετ
0 3,µ
ετ
0 4,µ
ετ
0 0,µ
30 A permissividade elétrica do substrato em cada região i (i = 2, 3, 4) é dada por:
ε ε ε ε = ε ρρ ρρ zzi i i 0 i 0 0 0 0 0 0 τ , (3.118)
onde ερρi é a componente da permissividade relativa na direção ρ, na região dielétrica i (i = 2, 3), que é igual a da direção φ e εzzi é a componente da permissividade relativa na direção
z. Considera-se que o eixo óptico é orientado na direção perpendicular ao plano de terra,
isto é, na direção z. A constante ε0 é a permissividade elétrica do espaço livre. A
permeabilidade magnética µ0 é igual a do espaço livre.
Na análise da estrutura, definem-se inicialmente os potenciais de Hertz para cada
região i (i = 2, 3, 4), orientados na direção do eixo óptico como:
z i e
e a
ρ
ρ =π
π (3.119) z i h h a ρ
ρ =π
π (3.120)
As expressões para as componentes do campo elétrico e do campo magnético são
dadas em (3.121) a (3.126) definidas para cada região i.
z 1 1
j ei
2 i hi 0 i ∂ ρ ∂ π ∂ ε + φ ∂ π ∂ ρ ωµ − = Ε ρρ
ρ ; (3.121)
z 1
j ei
2 i i h 0 i ∂ φ ∂ ρ π ∂ ε + ρ ∂ π ∂ ωµ = Ε ρρ
φ ; (3.122)
i e 0 0 2 2 i e 2 i i z z
1 +ω µ ε π
∂ π ∂ ε = Ε ρρ
; (3.123)
z 1
j hi
2 i e 0 i ∂ ρ ∂ π ∂ + φ ∂ π ∂ ρ ωε =
Ηρ ; (3.124)
z 1
j hi
2
ei 0
i ∂φ∂
π ∂ ρ + ρ ∂ π ∂ ωε − =
Ηφ ; (3.125)
As equações de onda são dadas em (3.21) e (3.27). Dessa forma, para cada região i
(i = 2, 3, 4), tem-se:
0 z ei i i zi z ei zi z 0 0 2 ei 2 = ∂ ∂ − + + ∇ ρρ ρρ ρ ρ ρ
,
(3.127)
0 hi i 0 0 2 hi
2 + =
∇ ρρ
ρ ρ
. (3.128)
As soluções das equações de onda são dadas no domínio da transformada de Hankel
como: 0 z ei 2 ei 2 2 = π γ − ∂ ∂ ρ (3.129) onde ) k ( 2 ei 2 zzi i 2
ei α −
ε ε =
γ ρρ
. (3.130)
Analogamente, obtém-se a equação de onda para ~πh, no domínio da transformada
de Hankel: 0 z hi 2 hi 2 2 = π γ − ∂ ∂ ρ
. (3.131)
com
2 hi 2 2
hi =α −k
γ . (3.132)
As soluções para as equações (3.129) e (3.131), nas regiões dielétricas definidas
por i (i = 2, 3, 4), da Figura 3.2, são dadas por:
) z cosh( A ) z ( senh A ~ i h ' i i h i
hi = γ + γ
π ; (3.133)
) z cosh( B ) z ( senh B ~ i e ' i i e i
ei = γ + γ
π ; (3.134)
32
( 24)
0z d
1 1
h e
~ =Α −γ −
π ; (3.135)
( 24)
0 z d
1 1
e e
~ =Β −γ −
π . (3.136)
onde d24 =d2 +d3+d4.
As componentes de campo são definidas como sendo:
φ ρ ±=Ε ± Ε
Ε j ; (3.137)
φ ρ ± =H ±jH
H . (3.138)
Resultando nas expressões:
α α ∂ π ∂ ε π ωµ α = Ε ± ∞ ρρ φ
±
∫
J (s) dz ~ 1 ~
e 0 n 1
e h 0 jn µ . (3.139) α α ∂ π ∂ ± π ωε − α = Η ± ∞ φ
±
∫
J (s) dz ~ ~
e 0 n 1
h e 0 jn
. (3.140)
As constantes i i
' i
i,Α ,Β,Β'
Α são determinadas com a aplicação das condições de
contorno, descritas em (3.141) a (3.147), para a estrutura mostrada na Fig. 3.3:
0 4 =
Ε±
em z = 0; (3.141)
3
4 ±
± =Ε
Ε
em z = d4; (3.142)
3
4 ±
± =Η
Η
em z = d4; (3.143)
2
3 ±
± =Ε
Ε
em z = d34; (3.144)
± ±
± −Η = Ι
Η 2 3 µj
em z = d34; (3.145)
1
2 ±
± =Ε
Ε
em z = d24; (3.146)
1
2 ±
± =Η
Para cada região i (i = 1, 2, 3, 4), obtêm-se, após manipulações algébricas, as seguintes expressões: ) P P P ( 2 P ) ~ ~ ( j 10 9 5 7
1 α −
Ι + Ι − =
Α − +
; (3.148)
) P P P ( 2 P ) ~ ~ ( j B 12 11 6 0 8 1 − αωε Ι − Ι
= − + ; (3.149)
) P P P ( 2 P ) ~ ~ ( j 10 9 5 5
2 α −
Ι + Ι − =
Α − +
; (3.150)
) P P P ( 2 ) ~ ~ ( j ' 10 9 5 2 − α Ι + Ι =
Α − +
; (3.151)
) P P P ( 2 P ) ~ ~ ( j B 12 11 6 0 6
2 αωε −
Ι − Ι
= − +
; (3.152)
) P P P ( 2 ) ~ ~ ( j ' B 12 11 6 0 2 − αωε Ι − Ι −
= − + ; (3.153)
) P P P ( 2 P P ) ~ ~ ( j 10 9 5 1 14 3 − α Ι + Ι − =
Α − +
; (3.154) ) P P P ( 2 P ) ~ ~ ( j ' A 10 9 5 14
3 α −
Ι + Ι −
= − + ; (3.155)
) P P P ( P 2 P P ) ~ ~ ( j 12 11 6 4 3 e 2 r r 0 2 13 2 e 3 r r 3 − γ ε αωε γ ε Ι − Ι =
Β − +
; (3.156) ) P P P ( P 2 P ) ~ ~ ( j ' B 12 11 6 4 3 e 2 r r 0 13 2 e 3 r r 3 − γ ε αωε γ ε Ι − Ι = − + ; (3.157) ) P P P ( P 2 P P ) ~ ~ ( j 12 11 6 4 3 e 2 r r 0 15 13 2 e 3 r r 4 − γ ε αωε γ ε Ι − Ι =
Β − +
; (3.158)
0 '
B4= ; (3.159)
) P P P ( 2 P P ) ~ ~ ( j 10 9 5 16 14 4 − α Ι + Ι − =
Α − +
; (3.160)
0 '
34 onde ) d cosh( ) d ( gh cot ) d senh( ) d senh( ) d ( gh cot ) d cosh( P 4 3 h 3 h 4 4 h 4 3 h 4 h 4 3 h 3 h 4 4 h 4 3 h 4 h
1 γ γ γ −γ γ
γ γ + γ γ γ −
= ; (3.162)
) d senh( ) d tanh( ) d cosh( ) d cosh( ) d tanh( ) d senh( P 4 3 e 3 e 4 r r 4 4 e 4 3 e 4 e 3 r r 4 3 e 3 e 4 r r 4 4 e 4 3 e 4 e 3 r r 2 γ γ ε − γ γ γ ε γ γ ε + γ γ γ ε −
= ; (3.163)
) d cosh( ) d senh( P
P3 = 1 γe3 34 + γe3 34 ; (3.164)
) d cosh( ) d senh( P
P4 = 2 γe3 34 + γe3 34 ; (3.165)
) d cosh( ) d cosh( ) d cosh( ) d senh( P 24 2 h 0 24 2 h 2 h 24 2 h 0 24 2 h 2 h 5 γ γ + γ γ γ γ + γ γ
= ; (3.166)
) d senh( ) d cosh( ) d cosh( ) d senh( P 24 2 e 2 e 24 2 e 2 rr 24 2 e 2 e 24 2 e 2 rr
6 ε γ +γ γ
γ γ
+ γ
ε
= ; (3.167)
) d cosh( ) d senh( P
P7 = 5 γh2 24 − γh2 24 ; (3.168)
) d senh( ) d cosh( P
P8 =− 6 γe2 24 + γe2 24 ; (3.169)
) d senh( N ) d cosh(
P9 =γh2 γh2 34 − γh2 34 ; (3.170)
) d cosh( N ) d senh(
P10 =γh2 γh2 34 − γh2 34 ; (3.171)
) d senh( M ) d cosh(
P11 =− γe2 34 + γe2 34 ; (3.172)
) d cosh( M ) d senh(
P12 =− γe2 34 + γe2 34 ; (3.173)
) d cosh( ) d senh( P
P13 =− 6 γe2 34 + γe2 34 ; (3.174)
3 34 2 h 34 2 h 5 14 P ) d cosh( ) d senh( P
P = − γ + γ ; (3.175)
) d cosh( ) d senh( ) d cosh( P P 4 4 e 4 3 e 4 3 e 2 15 γ γ + γ
= ; (3.176)
) d senh( ) d cosh( ) d senh( P P 4 4 h 4 3 h 4 3 h 1 16 γ γ + γ
= . (3.177)
sendo )) d senh( ) d cosh( P ( P
M 2 e3 34 e3 34
4 3 e 2 rr 2 e 3
rr γ + γ
γ ε
γ ε
= ; (3.178)
3 34 3 h 3 h 34 3 h 3 h 1 P ) d senh( ) d cosh( P
Substituindo as constantes nas expressões dos campos elétricos E+ e E- da equação
(3.139), em z = d34, obtêm-se:
− +
+ = jα[ωµ G −γ G ]~I +jα[ωµ G +γ G ]~I
E 2 0 1 e2 2 0 1 e2 2 ; (3.180)
− +
− = α ωµ +γ + αωµ −γ I
~ ] G G [ j I ~ ] G G [ j
E 2 0 1 e2 2 0 1 e2 2 ; (3.181)
onde: ) P P P ( 2 ) d cosh( ) d senh( P G 10 9 5 34 2 h 34 2 h 5 1 − α γ + γ −
= ; (3.182)
) P P P ( 2 ) d cosh( ) d senh( P G 12 11 6 2 rr 0 34 2 e 34 2 e 6 2 − ε αωε γ + γ −
= ; (3.183)
sendo ~I+ e ~I− as componentes horaria e anti-horaria da densidade de corrente na superfície
no anel. Isto conduz a equações lineares para as constantes Αi,Α'i,Βi,Β'i, de tal forma
que é possível expressar as transformadas de Hankel dos campos elétricos em função das
correntes, como sendo:
= − + − + I ~I ~ Z ~ Z ~ Z ~ Z~ E~ E~ 22 21 12 11 ; (3.184)
onde Ζ~11,Ζ~12,~Ζ21e ~Ζ22são as transformadas das componentes da função diádica de Green
da estrutura considerada.
Os elementos da matriz impedância
[ ]
Ζ~ são dadas por:] G G [ j ~ ~ 2 2 e 1 0 22
11 =Ζ = αωµ −γ
Ζ ; (3.185)
] G G [ j ~ ~ 2 2 e 1 0 21
12 =Ζ = αωµ +γ
Ζ ; (3.186)
com G1 e G2 sendo dados, respectivamente, por (3.182) e (3.183).
Combinando-se a matriz
[ ]
Ζ~ , dada por (3.184), com o método de Galerkin, torna-sepossível determinar a freqüência de ressonância da antena, cujo procedimento será descrito