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Estrutura da comunidade de anfíbios da região de Bauru, SP

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Academic year: 2017

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP

Instituto de Biociências – Campus de Botucatu, SP

Estrutura da comunidade de anfíbios da região de Bauru, SP.

DANIEL CONTIERI ROLIM

Botucatu – SP

2013

(2)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP

Instituto de Biociências – Campus de Botucatu, SP

Estrutura da comunidade de anfíbios da região de Bauru, SP.

DANIEL CONTIERI ROLIM

Orientador: Prof. Dr. Reginaldo José Donatelli

Botucatu – SP

2013

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO DE AQUIS. E TRAT. DA INFORMAÇÃO DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP

BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE

Rolim, Daniel Contieri.

Estrutura da comunidade de anfíbios da região de Bauru, SP / Daniel Contieri Rolim. – Botucatu : [s.n.], 2013

Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista; Instituto de Biociências de Botucatu

Orientador: Reginaldo José Donatelli Capes: 20400004

1. Anuro. 2. Anfíbio - Distribuição geográfica. 3. Conservação biológica.

4. Ecologia.

Palavras-chave: Anuros; Biologia; Conservação; Distribuição geográfica; Ecologia; Plasticidade ambiental.

(4)

III

DEDICATÓRIA

À minha querida esposa, eterna companheira e amiga, que sempre me incentivou e ajudou no caminho que segui, me apoiou em todos os momentos, sendo paciente, compreensível, confiante e amorosa.

Ao eterno Mestre Jorge Jim (In memorian), exemplo de conduta profissional e ética, de respeito e dignidade a ser seguido. Um grande pensador, educador, orientador e

formador de pessoas. Um ícone para Herpetologia.

A minha avó, Maria de Lourdes Martins Contieri (In Memorian), exemplo de amor, compaixão e caridade. Que Deus a ilumine cada vez mais.

(5)

IV

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Reginaldo José Donatelli, pela orientação e confiança.

Ao Dr. Silvio César de Almeida, pela orientação e por ter sido a pessoa mais importante para minha formação acadêmica e profissional.

Ao Ms. Anderson da Silva Lucindo, pelo auxilio com as análises estatísticas e nas idas à campo.

Aos companheiros de campo, Bruno Tayar Marinho do Nascimento, Guilherme Fernandes Pereira, Fabio Maffei e meu querido irmão Murilo Contieri Rolim.

À todas as pessoas que disponibilizaram de suas propriedades para a realização do estudo.

Ao Instituto Lauro Souza Lima pela recepção e autorização para realizar o estudo na área.

Ao Luiz Carlos de Almeida Neto (Diretor) e aos funcionários do Jardim Botânico Municipal de Bauru, pela recepção e autorização para realizar o estudo na área.

Aos funcionários da Pós-Graduação e do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociência, UNESP, Campus de Botucatu, SP, pelo auxílio e presteza no atendimento.

À CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), pela bolsa concedida.

Ao ICMbio (Instituto Chico Mendes), pela licença concedida.

(6)

V

ÍNDICE

ÍNDICE DE TABELAS E FIGURAS... VI

RESUMO... 1

ABSTRACT... 2

1. INTRODUÇÃO... 3

2. MATERIAIS E MÉTODOS... 6

2.1 Área de estudo... 6

2.2 Caracterização das localidades e dos corpos d’água estudados... 12

2.3Métodos de amostragem da anurofauna... 16

2.4Dados abióticos... 17

2.5Análises estatísticas... 17

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 20

3.1Anfíbios da região de Bauru... 20

3.2 Comparações entre a região de Bauru e outras regiões do estado de São Paulo... 109

3.3 Influências dos grandes biomas na comunidade de anfíbios da região de Bauru... 112

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS... 119

5. LITERATURA CITADA... 120

(7)

VI

ÍNDICE DE FIGURAS E TABELAS

FIGURA 1: Mapa do Estado de São Paulo, adaptado de Siqueira & Durigan, (2007), mostrando a distribuição da vegetação e em detalhe a região de Bauru com as 9 localidades

amostradas... 7

FIGURA 2: Vista parcial do ambiente aquático A5 da localidade 1 (Tabela 1)... 8

FIGURA 3: Vista parcial do ambiente aquático A2 da localidade 2 (Tabela 1)... 8

FIGURA 4: Vista parcial do ambiente aquático A1 da localidade 3 (Tabela 1)... 9

FIGURA 5: Vista parcial do ambiente aquático A1 da localidade 4 (Tabela 1)... 9

FIGURA 6: Vista parcial do ambiente aquático A1 da localidade 5 (Tabela 1)... 10

FIGURA 7: Vista parcial do ambiente aquático A3 da localidade 6 (Tabela 1)... 10

FIGURA 8: Vista parcial do ambiente aquático A3 da localidade 7 (Tabela 1)... 11

FIGURA 9: Vista parcial do ambiente aquático A5 da localidade 8 (Tabela 1)... 11

FIGURA 10: Vista parcial do ambiente aquático A1 da localidade 9 (Tabela 1)... 12

FIGURA 11: Divisão das regiões do Estado de São Paulo, elaborada para análise similaridade... 19

FIGURA 12: Número de espécies registradas por família na região de Bauru... 20

FIGURA 13: Curva de rarefação representando a riqueza cumulativa de espécies de anfíbios e a riqueza observada para a amostragem dos anuros na região de Bauru... 23

FIGURA 14: Abundância relativa (%) de cada espécie registrada na região de Bauru... 24

FIGURA 15: Média da temperatura mínima e máxima (ºC) e pluviosidade (mm) mensal do município de Bauru entre os anos de 2009 e 2012... 26

FIGURA 16: Gráfico de Escalonamento Multidimensional (Multi-Dimensional Scaling MDS) para composição quantitativa entre as localidades amostradas na região de Bauru... 29

FIGURA 17: Distribuição geográfica de Rhinella ornata na América do Sul... 34

FIGURA 18: Distribuição da geográfica de Rhinella ornata no Estado de São Paulo... 35

FIGURA 19: Distribuição geográfica de Rhinella schneideri na América do Sul... 36

FIGURA 20: Distribuição da geográfica de Rhinella schneideri no Estado de São Paulo... 37

FIGURA 21: Distribuição geográfica de Odontophrynus americanus na América do Sul... 38

FIGURA 22: Distribuição da geográfica de Odontophrynus americanus no Estado de São Paulo... 39

FIGURA 23: Distribuição geográfica de Proceratophrys moratoi na América do Sul... 40

FIGURA 24: Distribuição da geográfica de Proceratophrys moratoi no Estado de São Paulo... 41

(8)

VII

FIGURA 26: Distribuição da geográfica de Dendropsophus elianeae no Estado de São

Paulo... 43

FIGURA 27: Distribuição geográfica de Dendropsophus minutus na América do Sul... 44

FIGURA 28: Distribuição da geográfica de Dendropsophus minutus no Estado de São Paulo... 45

FIGURA 29: Distribuição geográfica de Dendropsophus nanus na América do Sul... 46

FIGURA 30: Distribuição da geográfica de Dendropsophus nanus no Estado de São Paulo... 47

FIGURA 31: Distribuição geográfica de Hypsiboas albopuncatatus na América do Sul... 48

FIGURA 32: Distribuição da geográfica de Hypsiboas albopunctatus no Estado de São Paulo... 49

FIGURA 33: Distribuição geográfica de Hypsiboas caingua na América do Sul... 50

FIGURA 34: Distribuição da geográfica de Hypsiboas caingua no Estado de São Paulo... 51

FIGURA 35: Distribuição geográfica de Hypsiboas faber na América do Sul... 52

FIGURA 36: Distribuição da geográfica de Hypsiboas faber no Estado de São Paulo... 53

FIGURA 37: Distribuição geográfica de Hypsiboas lundii na América do Sul... 54

FIGURA 38: Distribuição da geográfica de Hypsiboas lundii no Estado de São Paulo... 55

FIGURA 39: Distribuição geográfica de Hypsiboas raniceps na América do Sul... 56

FIGURA 40: Distribuição da geográfica de Hypsiboas raniceps no Estado de São Paulo... 57

FIGURA 41: Distribuição geográfica de Phyllomedusa tetraploidea na América do Sul... 58

FIGURA 42: Distribuição da geográfica de Phyllomedusa tertraploidea no Estado de São Paulo... 59

FIGURA 43: Distribuição geográfica de Scinax berthae na América do Sul... 60

FIGURA 44: Distribuição da geográfica de Scinax berthae no Estado de São Paulo... 61

FIGURA 45: Distribuição geográfica de Scinax fuscomarginatus na América do Sul... 62

FIGURA 46: Distribuição da geográfica de Scinax fuscomarginatus no Estado de São Paulo 63 FIGURA 47: Distribuição geográfica de Scinax fuscovarius na América do Sul... 64

FIGURA 48: Distribuição da geográfica de Scinax fuscovarius no Estado de São Paulo... 65

FIGURA 49: Distribuição geográfica de Scinax hiemalis na América do Sul... 66

FIGURA 50: Distribuição da geográfica de Scinax hiemalis no Estado de São Paulo... 67

FIGURA 51: Distribuição geográfica de Scinax similis na América do Sul... 68

FIGURA 52: Distribuição da geográfica de Scinax similis no Estado de São Paulo... 69

FIGURA 53: Distribuição geográfica de Trachycephalus typhonius na América do Sul... 70

FIGURA 54: Distribuição da geográfica de Trachycephalus typhonius no Estado de São Paulo... 71

FIGURA 55: Distribuição geográfica de Pseudis platensis na América do Sul... 72

(9)

VIII

FIGURA 57: Distribuição geográfica de Crossodactylus caramaschii na América do Sul... 74

FIGURA 58: Distribuição da geográfica de Crossodactylus caramaschii no Estado de São Paulo... 75

FIGURA 59: Distribuição geográfica de Eupemphix nattereri na América do Sul... 76

FIGURA 60: Distribuição da geográfica de Eupemphix nattereri no Estado de São Paulo... 77

FIGURA 61: Distribuição geográfica de Physalaemus centralis na América do Sul... 78

FIGURA 62: Distribuição da geográfica de Physalaemus centralis no Estado de São Paulo.. 79

FIGURA 63: Distribuição geográfica de Physalaemus cuvieri na América do Sul... 80

FIGURA 64: Distribuição da geográfica de Physalaemus cuvieri no Estado de São Paulo... 81

FIGURA 65: Distribuição geográfica de Physalaemus marmoratus na América do Sul... 82

FIGURA 66: Distribuição da geográfica de Physalaemus marmoratus no Estado de São Paulo... 83

FIGURA 67: Distribuição geográfica de Pseudopaludicola mystacalis na América do Sul.... 84

FIGURA 68: Distribuição da geográfica de Pseudopaludicola mystacalis no Estado de São Paulo... 85

FIGURA 69: Distribuição geográfica de Leptodactylus chaquensis na América do Sul... 86

FIGURA 70: Distribuição da geográfica de Leptodactylus chaquensis no Estado de São Paulo... 87

FIGURA 71: Distribuição geográfica de Leptodactylus furnarius na América do Sul... 88

FIGURA 72: Distribuição da geográfica de Leptodactylus furnarius no Estado de São Paulo 89 FIGURA 73: Distribuição geográfica de Leptodactylus fuscus na América do Sul... 90

FIGURA 74: Distribuição da geográfica de Leptodactylus fuscus no Estado de São Paulo... 91

FIGURA 75: Distribuição geográfica de Leptodactylus labyrinthicus na América do Sul... 92

FIGURA 76: Distribuição da geográfica de Leptodactylus labyrinthicus no Estado de São Paulo... 93

FIGURA 77: Distribuição geográfica de Leptodactylus latrans na América do Sul... 94

FIGURA 78: Distribuição da geográfica de Leptodactylus latrans no Estado de São Paulo... 95

FIGURA 79: Distribuição geográfica de Leptodactylus mystaceus na América do Sul... 96

FIGURA 80: Distribuição da geográfica de Leptodactylus mystaceus no Estado de São Paulo... 97

FIGURA 81: Distribuição geográfica de Leptodactylus mystacinus na América do Sul... 98

FIGURA 82: Distribuição da geográfica de Leptodactylus mystacinus no Estado de São Paulo... 99

FIGURA 83: Distribuição geográfica de Leptodactylus podicipinus na América do Sul... 100

FIGURA 84: Distribuição da geográfica de Leptodactylus podicipinus no Estado de São Paulo... 101

FIGURA 85: Distribuição geográfica de Chiasmocleis albopunctata na América do Sul... 102

FIGURA 86: Distribuição da geográfica de Chiasmocleis albopunctata no Estado de São Paulo... 103

FIGURA 87: Distribuição geográfica de Elachistocleis cesarii na América do Sul... 104

FIGURA 88: Distribuição da geográfica de Elachistocleis cesarii no Estado de São Paulo.... 105

(10)

IX

FIGURA 90: Distribuição da geográfica de Siphonops paulensis no Estado de São Paulo... 107 FIGURA 91: Similaridade entre as regiões do Estado de São Paulo (Figura 11), com base na composição de espécies... 108 FIGURA 92: Similaridade entre a região de Bauru e outras nove localidades do Estado de São Paulo, com base na composição de espécies... 111 FIGURA 93: Mapa da cobertura vegetal primitiva do Estado de São Paulo durante o Quaternário Superior. Fonte: Troppmair (1969), in VIADANA & CAVALCANTI (2007).... 116 FIGURA 94: Mapa da cobertura vegetal primitiva do Estado de São Paulo durante o Quaternário, com as áreas de refúgio ecológico. Fonte: VIADANA & CAVALCANTI (2007)... 117

(11)

1 RESUMO

Estudos sobre a ecologia de comunidades e identificação de padrões de distribuição de anfíbios são de suma importância para conservação de espécies. Foi realizado o inventário da anurofauna da região de Bauru, caracterizando os padrões de distribuição geográfica em âmbito regional e estadual das espécies registradas, bem como foi analisado a ecologia e a plasticidade na ocupação do hábitat destas espécies. A hipótese deste trabalho é que a composição e a estrutura da comunidade de anfíbios da região apresentam características próprias, associadas às variáveis ambientais e aos aspectos físico-estruturais, diferindo de outras comunidades, inclusive de regiões próximas. O estudo foi desenvolvido entre 2009 e 2012. Foram registradas 37 espécies, as quais representam 15,61 % dos anfíbios do Estado de São Paulo. Dentre as espécies registradas, uma é endêmica do estado, Scinax hiemalis. As espécies com maior abundância no estudo foram Dendropsophus minutus, D. nanus, Hypsiboas albopunctatus, H. caingua, Scinax fuscomarginatus, S. fuscovarius, Physalaemus cuvieri e Leptodactylus podicipinus, que representam 72,2% do total de indivíduos registrados. O pico de atividade de vocalização dos anuros ficou concentrado durante a estação chuvosa. Entre os ambientes ocupados pelos anuros, durante o período reprodutivo, na região, apenas quatro espécies foram exclusivas de corpos d’água no interior de mata: H. lundii, S. hiemalis, C. caramaschii e L. mystaceus. As demais ficaram divididas entre aquelas que utilizaram exclusivamente, corpos d’água em área aberta (44,5%) e espécies que utilizaram corpos d’água tanto no interior de mata como em área aberta (44,5%). Houve um predomínio de espécies que apresentam distribuição na região centro-oeste do estado, com 16 espécies. Doze espécies possuem ocorrência em todo estado, oito apresentam ocorrência na região centro-leste e apenas P. moratoi

(12)

2 ABSTRACT

Studies about the ecology of communities and identification of amphibians distribution patterns are extremely important for species conservation. Was realized an anurofauna inventory in the region of Bauru, characterizing the geographic distribution patterns at the regional and state levels of the recorded species, as well as discussed the ecology and habitat occupation and plasticity on these species. The hypothesis is that the composition and amphibians community structure on that region has specific characteristics, associated with environmental variables and physical-structural aspects, differing from other communities, including nearby regions. The study was conducted between 2009 and 2012. Were recorded 37 species, which represent 15.61% of the amphibians at São Paulo state. Among the species reported, one is state endemic, Scinax hiemalis. The species with the highest abundance in the study were Dendropsophus minutus, D. nanus, Hypsiboas albopunctatus, H. caingua, Scinax fuscomarginatus, S. fuscovarius, and Leptodactylus podicipinus Physalaemus cuvieri, representing 72.2% of all individuals recorded. The peak in of anurans activity calling was concentrated during the rainy season. Between the occupied environments by anurans during the reproductive period in the region, only four species were exclusive of water bodies inside the forest: H. lundii, S. hiemalis, C. caramaschii and L. mystaceus. The others were divided into those who used exclusively water bodies in open area (44.5%) and species that used water bodies both forest and in open area (44.5%). There was a species predominance with distribution in the state center-west, with 16 species. Twelve species have occurred in every state, eight occurred in central-east and only P. moratoi

(13)

3 1. INTRODUÇÃO

Atualmente a classe Amphibia é composta por 7044 espécies, divididas em três grandes grupos: a ordem Caudata ou anfíbios que possuem cauda, conhecidos popularmente como salamandras, com 652 espécies, distribuídas principalmente no hemisfério norte; a ordem Gymnophiona ou anfíbios sem membros, conhecidos como cecílias, com 192 espécies, e a ordem Anura ou anfíbios sem cauda, conhecidos como sapos, rãs e pererecas, com 6200 espécies, sendo o grupo de anfíbios mais comumente encontrado no Brasil (FROST, 2013). O Brasil é o país com a maior diversidade de anfíbios, com um total de 946 espécies, sendo 913 espécies de Anura, uma Caudata e 32 Gymnophiona (SBH, 2012). Destas 237 possuem ocorrência no Estado de São Paulo (SILVA et al., 2010; ROSSA-FERES et al., 2011).

O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro em extensão, com mais de 2.000.000 km² (RATTER et al., 1997). Nos últimos 35 anos, mais da metade da área do cerrado foi transformada em pastagens e plantações (KLINK & MACHADO 2005), sendo que as unidades de conservação cobrem menos de 2% de sua área total (RATTER

et al., 1997). O Estado de São Paulo, que possuía originalmente cerca de 34.700 km² de Cerrado (14% de sua área total), encontra-se em situação mais grave, já que os remanescentes dessa vegetação cobrem cerca de 2.100 Km², correspondendo a 0,84 % da área total do estado e apenas metade do que restou encontra-se protegida na forma de unidades de conservação (BITENCOURT & MENDONÇA 2004). Recentemente foi publicada a lei n° 13550, de 2009, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Cerrado no Estado de São Paulo.

São conhecidas pelo menos 150 espécies de anfíbios no Cerrado, e aproximadamente 28% dessas espécies são endêmicas desse bioma (KLINK & MACHADO 2005). Poucos trabalhos tratam das taxocenoses de anuros do cerrado no estado de São Paulo, destacando-se aqueles desenvolvidos em Guararapes (BERNARDE & KOKUBUM 1999), Rio Claro (TOLEDO et al., 2003), Itirapina e Brotas (BRASILEIRO et al., 2005), Assis (BERTOLUCI et al., 2007; RIBEIRO-JÚNIOR & BERTOLUCI, 2009; ARAUJO & ALMEIDA-SANTOS, 2011), Luiz Antonio (PRADO et al., 2009), Pedregulho (ARAUJO et al., 2009) e Avaré (MAFFEI

(14)

4 A região de Bauru é ocupada por fragmentos de Cerrado, principalmente pela fisionomia de “cerradão”, e por alguns fragmentos de Mata Estacional Semidecidua. Alguns trabalhos com anfíbios foram desenvolvidos na região (BASTAZINI et al., 2002; BASTAZINI et al., 2003; SCARPELINI Jr. et al., 2004; ROLIM, 2009). No entanto são pontuais, necessitando ainda de maior esforço de coleta para se conhecer as espécies da região e também, como as mesmas compartilham os recursos do ambiente.

BURY & RAPHAEL (1983) comentam que o inventario e monitoramento de todos os componentes da fauna de uma região, incluindo anfíbios, são necessários para a implementação de ações mais sensatas e adequadas quando do manejo dos múltiplos recursos ambientais. Os anfíbios são presas e predadores importantes nas teias alimentares, merecendo consideração na avaliação do manejo de recursos bióticos do ambiente, por exemplo, as larvas de anfíbios, embora sejam pequenas individualmente, são abundantes, ocupando assim, em biomassa, um papel importante na teia alimentar de ecossistemas aquáticos.

Os anfíbios apresentam grande diversidade de modos reprodutivos, possuem a pele do corpo permeável e seu ciclo de vida é complexo, pois as larvas (girinos) têm habitat e hábitos alimentares diferentes dos adultos (DUELLMAN e TRUEB, 1986). Estes aspectos, como também fatores históricos (biogeografia) e contemporâneos (características ambientais) determinam a diversidade de espécies e a estrutura das comunidades de cada região.

A estrutura das comunidades de anfíbios difere tanto em relação ao número de espécies quanto à densidade populacional das mesmas (VASCONCELOS & ROSSA-FERES, 2005). JIM (1980) demonstra que há uma classificação na distribuição das espécies com relação à estrutura da cobertura vegetal (Mata, orla de mata e área aberta) e cita também que a ocupação dos habitats quanto à estrutura da formação vegetal, se dá diferencialmente, tanto no plano horizontal quanto no vertical, pelas espécies terrestres e arborícolas. Estes aspectos de distribuição foram verificados em estudos realizados em diferentes regiões (ROSSA-FERES & JIM, 2001; BERTOLUCI & RODRIGUES, 2002; SANTOS & ROSSA-FERES, 2007; VASCONCELOS et al., 2010).

(15)

5 aproveitamento das inúmeras oportunidades representadas pelos tipos de corpos d’água e cobertura vegetal existentes nos diversos ambientes (JIM, 1980; SILVA & ROSSA-FERES, 2007; ALMEIDA, 2010; VASCONCELOS et al., 2011a).

O estado de conservação de uma área também é determinante na distribuição das espécies de anfíbios. A capacidade de adaptação às feições ambientais decorrentes da ação antrópica está, de modo geral, diretamente relacionada com o grau de especialização. Contudo a abundância depende também da quantidade de áreas favoráveis na região. Podemos dizer que a chance de sobrevivência de uma espécie numa região é tanto maior quanto é menor o grau de especialização face às modificações ambientais por ação antrópica, independente da abundância (JIM, 1980). O desmatamento de áreas propicia a ocupação por espécies oportunistas, favorecendo as mesmas nestas situações (ZINA et al., 2007; SILVA et al., 2011).

A relação entre as espécies de uma comunidade é um fator relevante na estrutura das comunidades. A variação na sobreposição temporal e espacial é evidente entre as espécies de anfíbios (POMBAL Jr. 1997; TOLEDO et al., 2003; MELO et al., 2007; SANTOS & ROSSA-FERES, 2007), ocorrendo uma diferenciação sazonal e espacial entre as espécies, tanto na fase adulta (CARDOSO et al., 1989; ROSSA-FERES & JIM, 1994; ALMEIDA, 2010), quanto na fase larval (ROSSA-FERES & JIM, 1996a; ETEROVICK & BARATA, 2006). Espécies com graus de parentesco muito próximos apresentam mecanismos de isolamento de habitat, ou seja, demonstram seleção de habitat em diversos graus (JIM, 1980). Na maioria dos casos, há exclusão completa ou forte seleção diferencial de habitat. Quando há sobreposição parcial de hábitat, as espécies afins podem se distribuir em mosaico ou exercer pressão sobre a outra, deslocando-a de tal forma que esta sempre aparece em número inferior (JIM, 1980).

(16)

6 2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Área de estudo

O trabalho foi realizado na região de Bauru, situada no centro-oeste do Estado de São Paulo, onde foram estudados ambientes em área aberta e florestados, nos quais foram amostrados todos os tipos de corpos d’água presentes. A vegetação da região de Bauru é caracterizada por fragmentos de Savana Florestada (Cerradão) e Floresta Estacional Semidecidual (VELOSO, et al. 1991). A região situa-se em uma área de contato entre o Cerrado e a Floresta Estacional Semidecidual. O clima, conforme a classificação de Koeppen-Geiger, em PEEL et al. (2007) é temperado, com inverno seco e verão quente (Cwa). E conforme mapa de divisão climática do Estado de São Paulo de AB’SABER (1956), Bauru apresenta temperaturas médias maiores que 22 °C nos meses mais quentes e menores que 18 °C nos meses mais frios. O solo está classificado como Latossolo Vermelho-Escuro Fase Arenosa (COMISSÃO DE SOLO 1960). A área está situada no chamado Planalto Ocidental, com altitude média de 520 m (EITEN, 1970). Nos últimos dez anos apresentou pluviosidade média anual de 1.200 mm (IPMET-UNESP, 2013).

(17)

7 Figura 1. Mapa do Estado de São Paulo, adaptado de Siqueira & Durigan (2007), monstrando a distribuição da vegetação e em detalhe a região de Bauru com as 9 localidades amostradas.

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional Semidecidual; = Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado; = Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

(18)

8 Figura 2: Vista parcial do ambiente aquático A5 da localidade 1 (Tabela 1).

(19)

9 Figura 4: Vista parcial do ambiente aquático A1 da localidade 3 (Tabela 1).

(20)

10 Figura 6: Vista parcial do ambiente aquático A1 da localidade 5 (Tabela 1).

(21)

11 Figura 8: Vista parcial do ambiente aquático A3 da localidade 7 (Tabela 1).

(22)

12 Figura 10: Vista parcial do ambiente aquático A1 da localidade 9 (Tabela 1).

2.2 Caracterização das localidades e dos corpos d’água estudados

(23)

13

Tabela 1: Caracterização dos ambientes visitados durante o período de estudo, segundo sua localização, altitude, tipo de corpo d’água, fisionomia, característica de corpo d´água (duração, movimento, tamanho e solo) e tipo de vegetação que os compõem (herbácea, arbustiva, arbórea e/ou macrófita). DUR = Duração (Per= permanente, T= temporário); MOV= movimento (Ct= constante troca, P= água parada, Co= água corrente); SOL= solo do leito (Roc= rochoso, Are= arenoso, Lod= lodoso); TAM= tamanho (Peq= pequeno, Méd= médio, Grd= grande); HB= plantas herbáceas, AT= arbustivas, AB= arbóreas e MA= macrófitas; ++ = presente e muito abundante; + = presente, - = ausente.

Localidades Altitude

(m)

Tipo de corpo d’água e fisionomia Características Tipo de vegetação

DUR MOV TAM SOL HB AT AB MA

L. 1 Jardim Botânico 22°20'48.46"S; 49°0'56.73"W Bauru – SP

550

A1) Nascente de Cerrado em área aberta. T Ct Peq Are ++ ++ + - A2) Riacho associado a fragmento de mata. Per Co Peq Are ++ ++ + +

A3) Tanque em área aberta. Per P Peq Lod + - - +

A4) Brejo associado a fragmento de mata. Per Ct Grd Lod ++ ++ + ++ A5) Represa associada a fragmento de mata. Per P Grd Lod ++ ++ + +

A6) Brejo em área aberta. Per Ct Med Lod ++ + + ++

A7) Represa associada a capão de mata. Per P Peq Lod ++ + + ++

A8) Riacho em capão de mata. Per Co Peq Are + + ++ +

A9) Represa associada a capão de mata. Per P Peq Lod + + + + L. 2 Jardim Botânico

22°20'48.46"S; 49°0'56.73"W Bauru – SP

550

A1) Riacho em mata paludosa. Per Co Peq Are + ++ ++ +

A2) Poças em mata paludosa. Per Ct Peq Lod + ++ ++ -

A3) Tanque em área aberta. Per Ct Med Lod + - - +

L. 3 Instituto Lauro Souza Lima 22°20'29.10"S; 48°58'59.40"W Bauru – SP

530

A1) Represa associada a fragmento de mata. Per P Med Lod ++ ++ ++ +

(24)

14

Localidades Altitude

(m)

Tipo de corpo d’água e fisionomia Características Tipo de vegetação

DUR MOV TAM SOL HB AT AB MA

L.4 Fazenda São Benedito 22°28'53.90"S; 49° 2'8.80"W

Agudos – SP 659

A1) Riacho em interior de mata P Co Peq Are/Roc + ++ ++ +

A2) Poça em interior de mata. T P Peq Are + + + -

A3) Poça associada à plantação de Eucalipto. T P Peq Are ++ - - - A4) Poça associada à plantação de Eucalipto. T P Peq Are + - + - L.5 Pesqueiro Toca do Peixe

22°28'38.80"S; 49° 2'16.10"W Agudos – SP

568

A1) Riacho em interior de mata. Per Co Peq Are/Roc + ++ ++ +

A2) Poça associada a fragmento de mata. T P Med Lod + - - +

L.6 Fazenda Pindorama 21°58'46.60"S; 49° 2'17.30"W Iacanga – SP

427

A1) Represa em área aberta. Per P Grd Lod ++ ++ + ++

A2) Poça em área aberta. T P Med Lod ++ ++ + +

A3) Poça em área aberta. Per P Peq Lod ++ + + ++

A4) Poça em área aberta. T P Peq Are + - - -

A5) Poça associada a fragmento de mata. T P Peq Are + ++ ++ -

A6) Nascente em área aberta. Per Ct Grd Are ++ ++ + +

A7) Brejo em área aberta. Per Ct Grd Are/Lod ++ ++ + +

(25)

15

Localidades Altitude

(m)

Tipo de corpo d’água e fisionomia Características Tipo de vegetação

DUR MOV TAM SOL HB AT AB MA

L.7 Sitio Piratininga

22°24'20.30"S; 49° 6'13.90"W Piratininga – SP

490

A1) Riacho em capão de mata. Per Co Peq Are + + ++ -

A2) Nascente de Cerrado em área aberta. Per Ct Peq Are ++ ++ + +

A3) Poça em área aberta. Per P Med Lod ++ ++ + ++

A4) Brejo em área aberta. Per Ct Grd Lod ++ ++ + ++

A5) Poça em área aberta. T P Peq Are + - - -

A6) Poça em área aberta. T P Peq Are/Lod ++ + - +

A7) Poça associada a capão de mata. T P Peq Lod ++ ++ + + L.8 Fazenda Rio Batalha

22°2'34.60"S; 49°14'59.50"W Avaí – SP

419

A1) Represa em área aberta. Per P Med Are/Lod ++ ++ + +

A2) Alagado em área aberta. T Ct. Med Are ++ + + +

A3) Poça em mata ciliar. T P Peq Lod + + ++ -

A4) Poça em área aberta. T P Peq Are ++ - - -

A5) Represa em área aberta. Per P Peq Lod ++ + + ++

A6) Afloramento de água associado à mata. Per Ct Med Are ++ + + + A7) Represa associada a fragmento de mata. Per P Med Lod ++ + + ++ A8) Poça em área aberta junto à represa. T P Peq Lod ++ + - ++

A9) Poça em interior de mata. Per P Peq Lod + ++ ++ +

A10) Poça associada a capão de mata. T P Peq Are ++ + + + L.9 Reserva Legal do Horto Aimorés

22º17'55.53"S; 48º56'02.92"W

Guainás, Distrito de Pederneiras – SP 534

A1) Riacho em interior de mata. Per Ct Peq Are ++ + ++ -

A2) Poça em interior de mata. T P Peq Are - - + -

A3) Brejo em área aberta. Per Ct Grd Are/Lod ++ + - ++

(26)

16 2.3 Métodos de amostragem da anurofauna

As nove localidades foram amostradas por 12 meses entre os anos de 2009 e 2012 (Anexo 1). As localidades foram amostradas durante o período diurno e noturno, com duração média de quatro horas cada visita, onde foi registrada a ocorrência dos adultos de todas as espécies de anuros presentes no local. Os métodos utilizados na procura dos indivíduos foram: os de procura visual ativa (“visual encounter surveys”; CRUMP & SCOTT JR, 1994), procura auditiva - zoofonia (“áudio strip transects”, ZIMMERMAN, 1994) e amostragem nos locais de reprodução (“surveys at breeding sites”; SCOTT JR & WOODWARD, 1994).

O habitat (corpo d`água e cobertura vegetal em seu entorno) e o sítio de vocalização (substrato no caso das espécies terrícolas; tipo de vegetação e altura em relação ao nível do solo ou água, no caso de espécies arborícolas) de todos os indivíduos localizados foram registrados. Foi anotado também indícios de reprodução das espécies, como presença de casais em amplexo, fêmeas com ovos, desovas e girinos. Em cada visita, foi realizada uma estimativa do número de indivíduos das espécies em atividade. A abundância mensal de cada espécie em cada localidade é igual à soma do número de indivíduos registrados em cada ambiente e a abundância total em cada localidade é igual à do mês de maior abundância. Já para abundância de cada espécie na região de Bauru, foi realizada a soma da abundância total de cada localidade em que a espécie foi registrada. Estas foram distribuídas em seis classes de abundância (Ca): (1)<5; (2)5-10; (3)11-20; (4)21-50; (5)50-100 e (6)>100. Sendo considerada baixa abundância as classes 1 e 2, média 3 e 4 e alta 5 e 6. Uma vez obtida a abundância, foi calculada a abundância relativa de cada espécie, dividindo-se o número total de indivíduos da espécie na região de Bauru pelo número total de indivíduos registrados. Foi registrada a distribuição temporal das espécies, as quais foram agrupadas conforme o período de atividade durante o ano.

(27)

17 A avaliação da plasticidade ambiental de cada espécie na ocupação do habitat foi elaborada considerando a especificidade na ocupação do hábitat pelo adulto e girino, a diversidade de ambientes ocupados e a conservação destes. Foram divididas em três classes: espécies com baixa, intermediária e alta plasticidade ambiental. Entende-se como baixa plasticidade ambiental, espécies que necessitam de características ambientais específicas para ocupar e reproduzir-se, ocupam até dois tipos diferentes de ambientes e não toleram ou toleram poucas alterações antrópicas no hábitat. Para intermediária plasticidade ambiental, consideraram-se espécies que ocupam entre dois e cinco tipos de ambientes, toleram alterações antrópicas, mas necessitam da presença de remanescentes naturais de vegetação para ocupar o ambiente. E foram classificadas com alta plasticidade ambiental, as espécies que possuem ocorrência em mais de cinco tipos distintos de ambientes e suportam grandes alterações ambientais no habitat ocupado.

O status de conservação das espécies foi estudado segundo as listas nacional e estadual de espécies ameaçadas (MACHADO et al., 2008; GARCIA et al., 2009; MARQUES et al., 2009). A nomenclatura e classificação apresentadas seguem SEGALLA et al., 2012.

2.4 Dados abióticos

Foram obtidos os dados do clima no o Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus de Bauru - IPMET-UNESP (Figura 11).

2.5Análises estatísticas

(28)

18 tomando cada localidade de coleta como unidade amostral e Bootstrap que estima a riqueza a partir dos dados de todas as espécies registradas (SMITH & VANBELLE, 1984).

A comparação na composição da anurofauna entre as localidades amostradas foi realizada através da técnica multivariada, Analise de Escalonamento Multidimensional (Multi-Dimensional Scaling MDS), utilizando-se, também, o índice de similaridade Bray-Curtis, que leva em consideração a abundância das espécies em cada localidade amostrada e o método de média não ponderada para a análise de agrupamento (KREBS, 1989).

A similaridade na riqueza da anurofauna da região de Bauru com a de outras nove comunidades de regiões do Estado de São Paulo sob o domínio do Cerrado e/ou Mata Estacional Semidecidual, foi determinada através do método da média não ponderada, aplicado na matriz do Coeficiente de Jaccard para os dados de presença/ausência de cada espécie entre as localidades amostradas (KREBS, 1989). As nove comunidades foram: a região noroeste do estado (SILVA et al., 2010; PROVETE

et al., 2011), a região de Botucatu (JIM, 1980; JIM, 2002; ALMEIDA, 2010; LOPES, 2010), a região de Lençóis Paulista (ROLIM, 2009, MAFFEI, 2010, MAFFEI et al., 2011a), a região de Itirapina (TOLEDO et al., 2003; BRASILEIRO et al., 2005; ZINA

et al., 2007; BRASILEIRO et al., 2008; SABBAG & ZINA, 2011), Estação Ecológica de Assis (ARAUJO & ALMEIDA-SANTOS, 2011), Estação Ecológica de Caetetus (BRASSALOTI et al., 2010), Estação Ecológica de Jataí (PRADO et al., 2009), Parque Estadual Morro do Diabo (SANTOS et al., 2009) e Parque Estadual Furnas do Bom Jesus (ARAUJO et al., 2009).

(29)

19

et al., 1999; BERTOLUCI & RODRIGUES, 2002a; BERTOLUCI & RODRIGUES, 2002b; POMBAL Jr. & HADDAD, 2005; RIBEIRO et al., 2005; ZAHER et al., 2005; DIXO & VERDADE, 2006; BERTOLUCI et al., 2007; MORAES et al., 2007; DOMENICO, 2008; SERAFIM et al., 2008; CONDEZ et al., 2009; FORTI, 2009; GONÇALVES, 2009; NARVAES et al., 2009; VERDADE et al., 2009; ARAUJO et al., 2010). A similaridade na riqueza da anurofauna entre estas três regiões foi determinada através do método da média não ponderada, aplicado na matriz do Coeficiente de Jaccard para os dados de presença/ausência de cada espécie entre as localidades amostradas (KREBS, 1989).

Para a realização das análises de agrupamento (Cluster analysis) e confecção dos dendrogramas foi utilizado o programa computacional Past (versão 2.17: HAMMER et al., 2001). Os agrupamentos foram definidos considerando o valor mínimo de 60% de similaridade.

(30)

20 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Anfíbios da região de Bauru

Foram registradas 37 espécies de anfíbios, sendo 36 da Ordem Anura, pertencentes a sete famílias: Bufonidae (2), Cycloramphidae (2), Hylidae (16), Hylodidade (1), Leiuperidae (5), Leptodactylidae (8) e Microhylidae (2) (Tabela 2), e uma cecília da família Siphonopidae, Siphonops paulensis, pertencente a Ordem Gymnophiona (Figura 12 e Tabela 2). Esta última foi registrada por terceiro no quintal de uma casa na área urbana do município, a qual foi incluída na lista das espécies de anfíbios da região de Bauru, no entanto, só foi incluída nos dados de riqueza, por se tratar de um registro ocasional, fora das localidades amostradas durante o estudo. A família Hylidae foi a mais representativa, correspondendo a 44,45% do número total de espécies registradas (Figura 12).

Bufonidae

Cycloramphidae

Hylidae

Hylodidae

Leiuperidae

Leptodactylidae

Microhylidae

Siphonopidae

2

2

16

1

5

8

2

1

Famílias

(31)

21 Tabela 2: Espécies de anfíbios registradas na região de Bauru.

Classe Amphibia Gray, 1825

Abreviações Ordem Anura Fischer von Waldheim, 1813

Família Bufonidae Gray, 1825

Rhinella ornata (Spix, 1824) Ro

Rhinella schneideri (Werner, 1894) Rs

Família Cycloramphidae Bonaparte, 1850

Odontophrynus americanus (Duméril & Bibron, 1841) Ao

Proceratophrys moratoi (Jim and Caramaschi, 1980) Pm

Família Hylidae Rafinesque, 1815

Dendropsophus elianeae (Napoli and Caramaschi, 2000) De

Dendropsophus minutus (Peters, 1872) Dm

Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889) Dn

Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) Ha

Hypsiboas caingua (Carrizo, 1991) Hc

Hypsiboas faber (Wied-Neuwied, 1821) Hf

Hypsiboas lundii (Burmeister, 1856) Hl

Hypsiboas raniceps Cope, 1862 Hr

Phyllomedusa tetraploidea Pombal and Haddad, 1992 Pt

Scinax berthae (Barrio, 1962) Sb

Scinax fuscomarginatus (Lutz, 1925) Sfm

Scinax fuscovarius (Lutz, 1925) Sfv

Scinax hiemalis (Haddad and Pomal, 1987) Sh

Scinax similis (Cochran, 1952) Ss

Trachycephalus typhonius (Linnaeus, 1758) Tt

Pseudis platensis Gallardo, 1961 Pp

Família Hylodidae Günther, 1858

(32)

22 Família Leiuperidae Bonaparte, 1850

Eupemphix nattereri Steindachner, 1863 En

Physalaemus centralis Bokermann, 1962 Pce

Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 Pcu

Physalaemus marmoratus (Reinhardt and Lütken, 1862) Pma

Pseudopaludicolamystacalis (Cope, 1887) Pmy

Família Leptodactylidae Werner, 1896

Leptodactylus chaquensis Cei, 1950 Lc

Leptodactylus furnarius Sazima and Bokermann, 1978 Lfr

Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) Lfs

Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) Llb

Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) Llt

Leptodactylus mystaceus (Spix, 1824) Lmce

Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861) Lmci

Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) Lp

Família Microhylidae Günther, 1858

Chiasmocleis albopunctata (Boettger, 1885) Ca

Elachistocleis cesarii (Schneider, 1799) Ec

Ordem Gymnophiona Müller, 1832

Familia Siphonopidae

Siphonops paulensis Boettger, 1892 Sp

(33)

23 Figura 13 - Curva de rarefação representando a riqueza cumulativa de espécies de anfíbios e a riqueza observada para a amostragem dos anuros na região de Bauru.

Os anfíbios da região de Bauru representam 15,61 % das espécies do estado de São Paulo (SILVA et al., 2010; ROSSA-FERES et al., 2011). Das 14 famílias de anfíbios com ocorrência no Estado de São Paulo, 8 foram registradas na região de Bauru. Dentre as espécies registradas, Scinax hiemalis é endêmica do estado de São Paulo e Proceratophrys moratoi apresenta ocorrência restrita a áreas de domínio do Bioma Cerrado (ROLIM et al., 2010; MAFFEI et al., 2011b). Scinax hiemalis ocorre em áreas de Mata Atlântica (HADDAD & POMBAL Jr. 1987; RIBEIRO et al., 2005; BRASSALOTI et al., 2010), no entanto, neste trabalho S. hiemalis foi registrada em um riacho situado no interior de um fragmento de cerradão, sendo o primeiro registro da espécie para este bioma. Esta espécie ocorre na região de Botucatu, que está inserida na área de domínio do Cerrado. Contudo, os registros da espécie são em riachos no interior de fragmentos de Mata Estacional Semidecidual (JIM, 1980; JIM, 2002; ROLIM, 2009; ALMEIDA, 2010), fitofisionomia do bioma Mata Atlântica.

Proceratophrys moratoi é citada na Lista Nacional de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção na categoria “criticamente em perigo” (MACHADO

(34)

24 As espécies com maior abundância no estudo foram Dendropsophus minutus, D. nanus, Hypsiboas albopunctatus, H. caingua, Scinax fuscomarginatus, S. fuscovarius, Physalaemus cuvieri e Leptodactylus podicipinus, que representam 72,2% do total de indivíduos registrados. Com destaque para D. nanus, que representou 28,55% do total de indivíduos registrados, referente à cerca de 800 indivíduos. Proceratophrys moratoi,

D. elianae, H. faber, H. raniceps, Crossodactylus caramaschii, L. chaquensis e L. latrans foram pouco abundantes, com menos de 10 indivíduos observados ao longo do estudo (Figura 14 e Tabela 3).

Estes índices de abundância assemelham-se com a região de Botucatu, onde as espécies mais abundantes foram também P. cuvieri, D. nanus, S. fuscovarius, D. minutus e H. albopuncatus, diferenciando em relação a H. caingua e L. podicipinus que apresentaram menor abundância em relação à região de Bauru (ALMEIDA, 2010). Já em relação a região noroeste do estado (PROVETE et al., 2011), observou-se que há também grande semelhança em relação as espécies mais abundantes, pois D. minutus, D. nanus, S. fuscomarginatus, P. cuvieri e L. podicipinus apresentaram-se abundantes, como para região de Bauru. No entanto, espécies como D. elianeae e E. nattereri, que apresentaram abundância alta para região noroeste, foram pouco abundantes para a região de Bauru.

(35)

25 O pico de atividade de vocalização dos anuros ficou concentrado durante a estação chuvosa, entre os meses de setembro e fevereiro (Tabela 4). Apenas D. minutus,

H. caingua e H. lundii apresentaram atividade de vocalização ao longo de todo ano. No entanto o pico de atividade destas espécies se concentrou no período chuvoso. Rhinella ornata e Scinax hiemalis apresentaram pico de atividade durante a estação seca.

Este padrão de atividade das espécies de anfíbios é observado também para toda região centro-oeste do Estado de São Paulo, que apresenta duas estações bem definidas, uma quente e chuvosa e outra fria e seca, como é o caso da região de Bauru (Figura 15). É possível observar que quanto mais distante é a região em relação ao leste do Estado de São Paulo, menor ou ausente é o número de espécies com pico de atividade durante a estação seca. A região de Botucatu apresenta cinco espécies com pico de atividade reprodutiva durante o período mais frio e seco do ano (ALMEIDA, 2010). Neste estudo, foram registradas apenas duas espécies com pico de atividade neste período. Já para a região noroeste não há o registro de espécies com o pico de atividade reprodutiva durante o período mais seco do ano (VASCONCELOS & ROSSA-FERES, 2005; SANTOS et al., 2007). Esta diferença se dá principalmente pelos índices de umidade relativa do ar, que chegam a níveis muito baixos durante o período mais seco do ano na região centro-oeste do estado, e que possivelmente influenciam na ocorrência de espécies com atividade concentrada durante este período do ano.

Conforme os modos reprodutivos listados por HADDAD & PRADO (2005), as espécies registradas neste trabalho apresentam oito modos reprodutivos diferentes, este resultado ilustra a diversidade de ambientes ocupados, durante o período reprodutivo, tanto na fase larval quanto adulta, demonstrando a heterogeneidade ambiental da região de Bauru. Na região noroeste são registrados seis modos reprodutivos, enquanto na região de Botucatu são observados 11 modos. Estes dados reforçam a diferença existente na heterogeneidade ambiental e no clima da região de Botucatu em relação às regiões de Bauru e noroeste do estado. Em Botucatu ocorrem espécies como Vitreorana uranoscopa, Haddadus binotatus e Aplastodiscus perviridis que possuem modos reprodutivos específicos e típicos de ambientes de Mata Atlântica úmida. A presença de

(36)
(37)

27 Tabela 3: Abundância das espécies de anuros registradas na região de Bauru. CA= classe de abundância: (1) <5; (2) 5-10; (3) 11-20; (4) 21-50; (5) 50-100 e (6) >100; T = total de indivíduos registrados.

ESPÉCIES CA 1 2 3 Localidades 4 5 6 7 8 9 T

Rhinella ornata 4 17 3 11 4 0 4 3 0 5 47

Rhinella schneideri 4 2 3 4 2 15 0 3 8 1 38

Odontophrynus americanus 2 0 0 0 0 0 0 10 0 0 10

Proceratophrys moratoi 2 8 0 0 0 0 0 0 0 0 8

Dendropsophus elianeae 2 0 0 0 2 0 2 1 3 0 8

Dendropsophus minutus 6 1 20 2 66 56 20 0 53 1 219

Dendropsophus nanus 6 190 0 110 180 200 0 0 96 30 806

Hypsiboas albopunctatus 6 79 8 30 12 50 5 0 11 50 245

Hypsiboas caingua 6 32 8 0 5 5 50 0 0 40 140

Hypsiboas faber 2 0 0 1 0 0 3 4 1 0 9

Hypsiboas lundii 4 1 0 0 0 0 20 9 0 7 37

Hypsiboas raniceps 2 0 0 0 0 4 0 0 5 0 9

Phyllomedusa tetraploidea 3 0 0 0 0 0 16 0 2 1 19

Scinax berthae 3 0 0 0 10 4 0 0 0 0 14

Scinax fuscomarginatus 6 0 0 40 10 35 0 0 65 0 150

Scinax fuscovarius 6 5 30 1 46 35 15 11 30 1 174

Scinax hiemalis 3 0 0 0 0 0 0 0 0 17 17

Scinax similis 5 0 2 0 10 61 0 0 4 0 77

Trachycephalus typhonius 4 0 0 5 0 10 0 0 20 2 37

Pseudis platensis 3 0 0 0 0 13 0 0 5 0 18

Crossodactylus caramaschii 1 0 0 0 0 0 2 2 0 0 4

Eupemphix nattereri 4 1 0 0 9 0 5 0 10 1 26

Physalaemus centralis 3 0 0 0 2 2 0 0 8 0 12

Physalaemus cuvieri 6 24 2 8 17 48 9 0 35 10 153

Physalaemus marmoratus 3 0 0 0 10 7 0 0 0 0 17

Pseudopaludicolamystacalis 5 0 0 0 0 50 0 0 15 0 65

Leptodactylus chaquensis 1 1 0 0 0 0 0 0 2 0 3

Leptodactylus furnarius 3 0 0 0 10 0 0 0 10 0 20

Leptodactylus fuscus 5 3 10 4 8 18 3 0 35 2 83

Leptodactylus labyrinthicus 3 1 0 1 1 0 0 0 8 0 11

Leptodactylus latrans 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1

Leptodactylus mystaceus 3 0 0 0 0 10 1 0 4 0 15

Leptodactylus mystacinus 5 10 0 5 10 10 15 0 20 1 71

Leptodactylus podicipinus 6 10 0 30 6 101 0 0 5 0 152

Chiasmocleis albopunctata 3 0 0 0 0 11 0 0 2 0 13

(38)

28 Tabela 4: Distribuição temporal das espécies de anuros registradas na região de Bauru. = em atividade de vocalização; = sem estar em atividade de vocalização.

(39)

29 Através da análise de similaridade entre as nove localidades amostradas no estudo, utilizando o método de agrupamento quantitativo MDS (Bray-Curtis), observou-se que observou-se formaram dois agrupamentos, Grupo 1: localidades 1 e 3, Grupo 2: localidades 6, 7 e 8 (Figura 16). As localidades 1 e 3 são próximas e apresentam corpos d’água semelhantes, predominando ambientes aquáticos permanentes. As localidades 6, 7 e 8 são distantes entre si, no entanto apresentam alta heterogeneidade ambiental, com diversos tipos de corpos d’água temporários e permanentes. As demais localidades não se agruparam por apresentarem características e corpos d’água distintos, o que refletiu diretamente na composição de espécies.

Figura 16: Gráfico de Escalonamento Multidimensional (Multi-Dimensional Scaling

MDS) para composição quantitativa entre as localidades amostradas na região de Bauru. L1

L2 L3

L7

L6

L4

L5

L8

L9

-0.4 -0.2 0.0 0.2 0.4 0.6

-0.2 -0.1 0.0 0.1 0.2 0.3

(40)

30 Considerando a ocorrência das espécies no Estado de são Paulo, na região de Bauru predominaram espécies que apresentam distribuição na região centro-oeste, com 16 espécies das 37 registradas. Doze possuem ocorrência em todo estado, oito apresentam ocorrência na região centro-leste e apenas P. moratoi apresentou área de ocorrência para área central do estado. Registros interessantes foram o de L. chachensis, ampliando a área de ocorrência da espécie para região central do Estado de São Paulo (Figura 70) e de C. caramaschii que apresenta distribuição principalmente para região leste do estado, em áreas de Mata Ombrófila, e foi registrada neste estudo em área de domínio do Cerrado.

Em relação ao tipo de fitofisionomia ocupada, houve um predomínio de espécies generalistas, com 23 que possuem registros nas principais formações vegetais existentes no Estado (Cerrado, Mata Estacional Semidecidual e Mata Ombrofila). No entanto, algumas destas espécies que foram registradas em várias regiões, só ocorreram nestes locais devido à presença de hábitats com características peculiares. Como por exemplo,

S. hiemalis e C. caramaschii, que possuem registros em diversas formações vegetais no Estado, mas somente são registradas em riachos no interior de fragmentos florestais. Apenas P. moratoi é endêmica do Bioma Cerrado. As demais espécies registradas no estudo apresentam ocorrência em mais de um tipo de formação vegetal, entre áreas de Cerrado, Mata estacional Semidecidual e de transição entre as duas formações.

Entre os ambientes ocupados pelos anuros na região de Bauru, apenas quatro espécies foram exclusivas de corpos d’água no interior de mata: H. lundii, S. hiemalis,

(41)

31 Tabela 5: Distribuição espacial das espécies de anuros registradas durante o período de estudo, segundo o tipo de corpo d’água, duração e fisionomia vegetal. RLA = Riacho de leito arenoso; RLR= riacho de leito rochoso; PP= poça permanente; PT= poça temporária; BP= brejo permanente; BT= brejo temporário; RE= represa; TQ= tanque; NP= nascente permanente; NT= nascente temporária.

ESPÉCIES Corpos d’água no interior de fragmentos de mata Corpos d’água associados a fragmentos de mata Corpos d’água em área aberta RFA RFR PP PT RFA PP PT BP BT RE NT PP PT BP RE NP TQ

Rhinella ornata X X X X X

Rhinella schneideri X X X X X X

Odontophrynus americanus X X

Proceratophrys moratoi X

Dendropsophus elianeae X X

Dendropsophus minutus X X X X X X X X X

Dendropsophus nanus X X X X X X X X

Hypsiboas albopunctatus X X X X X X X X X X X X

Hypsiboas caingua X X X X X X

Hypsiboas faber X X

Hypsiboas lundii X X

Hypsiboas raniceps X X X

Phyllomedusa tetraploidea X X

Scinax berthae X X

Scinax fuscomarginatus X X X X X X X

Scinax fuscovarius X X X X X X X X

Scinax hiemalis X

(42)

32 ESPÉCIES Corpos d’água no interior de fragmentos de mata Corpos d’água associados a fragmentos de mata Corpos d’água em área aberta

RFA RFR PP PT RFA PP PT BP BT RE NT PP PT BP RE NP TQ

Trachycephalus typhonius X X

Pseudisplatensis X X X X X

Crossodactylus caramaschii X

Eupemphix nattereri X X

Physalaemus centralis X X X

Physalaemus cuvieri X X X X X X X X X X X X

Physalaemus marmoratus X

Pseudopaludicolamystacalis X X X

Leptodactylus chaquensis X

Leptodactylus furnarius X

Leptodactylus fuscus X X X X X X X

Leptodactylus labyrinthicus X X X

Leptodactylus latrans

Leptodactylus mystaceus X X

Leptodactylus mystacinus X X X X X

Leptodactylus podicipinus X X X X X X X

Chiasmocleis albopunctata X X

(43)

33 A maioria das espécies de anuros registradas (n=22) possui plasticidade ambiental intermediária na ocupação do habitat. Em seguida dez espécies apresentaram alta plasticidade ambiental e apenas quatro com baixa plasticidade ambiental.

A estrutura da comunidade de anfíbios da região de Bauru apresenta características próprias e está condicionada as condições morfoclimáticas, a heterogeneidade ambiental e a conservação dos recursos naturais. Que refletem diretamente na composição, na abundância e nos padrões de distribuição espacial e temporal das espécies de anfíbios presentes na região.

(44)

34

Rhinella ornata

(Spix, 1824)

(45)

35 Figura 18: Distribuição geográfica de Rhinella ornata no Estado de São Paulo.

Círculos = dados secundários; Quadrados = localidades em que a espécie foi registrada neste estudo.

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

(46)

36

Rhinella schneideri

(Werner, 1894)

Figura 19: Distribuição geográfica de Rhinella schneideri na América do Sul.

(47)

37 Figura 20: Distribuição geográfica de Rhinella schneideri no Estado de São Paulo.

Círculos = dados secundários; Quadrados = localidades em que a espécie foi registrada neste estudo.

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

(48)

38

Odontophrynus americanus

(Duméril & Bibron, 1841)

Figura 21: Distribuição geográfica de Odontophrynus americanus na América do Sul.

(49)

39 Figura 22: Distribuição geográfica de Odontophrynus americanus no Estado de São Paulo.

Círculos = dados secundários; Quadrados = localidades em que a espécie foi registrada neste estudo.

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

(50)

40

Proceratophrys moratoi

(Jim and Caramaschi, 1980)

Figura 23: Distribuição geográfica de Proceratophrys moratoi na América do Sul.

Esta espécie é endêmica do Brasil e apresenta ocorrência nos estados de São Paulo e Minas Gerais (Figura 23). Sua área de ocorrência no Estado de São Paulo é restrita a áreas sob o domínio do Cerrado (Figura 24). Na região de Bauru, foi registrada em apenas uma localidade, situada em área de Cerrado (Figura 24). Apresentou abundância baixa na região (classe de abundância 2; abundância relativa = 0,31; Figura 14; Tabela 3). É uma espécie que ocupa ambientes aquáticos temporários e permanentes em área aberta e reproduz-se durante o período mais quente e chuvoso do ano. Os machos vocalizam principalmente sobre o solo as margens do corpo d’água e as fêmeas depositam os ovos em corpos d’água lóticos (modo reprodutivo 2), onde os girinos se desenvolvem até a metamorfose (JIM & CARAMASCHII, 1980; ROSSA-FERES & JIM, 1996b; HADDAD & PRADO, 2005; BRASILEIRO et al., 2008; CARVALHO Jr.

(51)

41

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

= Contato Cerrado – Floresta Ombrófila Densa.

(52)

42

Dendropsophus elianeae

(Napoli and Caramaschi, 2000)

Figura 25: Distribuição geográfica de Dendropsophus elianeae na América do Sul.

(53)

43

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

= Contato Cerrado – Floresta Ombrófila Densa.

(54)

44

Dendropsophus minutus

(Peters, 1872)

Figura 27: Distribuição geográfica de Dendropsophus minutus na América do Sul.

Esta espécie apresenta ampla distribuição geográfica na América do Sul (Figura 27). Ocorre em todo o Estado de São Paulo, em diversas formações vegetais (Figura 28). Na região de Bauru, foi registrada em oito localidades situadas em área de domínio do Cerrado e de transição com a Mata Estacional Semidecidual (Figura 28). Apresentou alta abundância na região (classe de abundância 6; abundância relativa = 7,76; Figura 14; Tabela 3). É uma espécie que geralmente ocupa ambientes aquáticos lênticos, temporários ou permanentes, em área aberta ou associados a fragmentos de mata e reproduz-se durante o período mais quente e chuvoso do ano. Os machos vocalizam principalmente sobre a vegetação herbácea e arbustiva e as fêmeas depositam os ovos diretamente no corpo d’água (modo reprodutivo 1), onde os girinos se desenvolvem até a metamorfose (JIM, 1980; JIM, 2002; HADDAD & PRADO, 2005; VASCONCELOS & ROSSA-FERES, 2008; ARAUJO et al., 2009; PRADO et al., 2009; BRASSALOTI

(55)

45

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

= Contato Cerrado – Floresta Ombrófila Densa.

(56)

46

Dendropsophus nanus

(Boulenger, 1889)

Figura 29: Distribuição geográfica de Dendropsophus nanus na América do Sul.

(57)

47

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

= Contato Cerrado – Floresta Ombrófila Densa.

Figura 30: Distribuição geográfica de Dendropsophus nanus no Estado de São Paulo.

(58)

48

Hypsiboas albopunctatus

(Spix, 1824)

Figura 31: Distribuição geográfica de Hypsiboas albopuncatatus na América do Sul.

(59)

49

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

= Contato Cerrado – Floresta Ombrófila Densa.

(60)

50

Hypsiboas caingua

(Carrizo, 1991)

Figura 33: Distribuição geográfica de Hypsiboas caingua na América do Sul.

(61)

51

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

= Contato Cerrado – Floresta Ombrófila Densa.

Figura 34: Distribuição geográfica de Hypsiboas caingua no Estado de São Paulo.

(62)

52

Hypsiboas faber

(Wied-Neuwied, 1821)

Figura 35: Distribuição geográfica de Hypsiboas faber na América do Sul.

(63)

53

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

= Contato Cerrado – Floresta Ombrófila Densa.

Figura 36: Distribuição geográfica de Hypsiboas faber no Estado de São Paulo.

(64)

54

Hypsiboas lundii

(Burmeister, 1856)

Figura 37: Distribuição geográfica de Hypsiboas lundii na América do Sul.

(65)

55

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

= Contato Cerrado – Floresta Ombrófila Densa.

Figura 38: Distribuição geográfica de Hypsiboas lundii no Estado de São Paulo.

(66)

56

Hypsiboas raniceps

Cope, 1862

Figura 39: Distribuição geográfica de Hypsiboas raniceps na América do Sul.

(67)

57

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

= Contato Cerrado – Floresta Ombrófila Densa.

Figura 40: Distribuição geográfica de Hypsiboas raniceps no Estado de São Paulo.

(68)

58

Phyllomedusa tetraploidea

Pombal and Haddad, 1992

Figura 41: Distribuição geográfica de Phyllomedusa tetraploidea na América do Sul.

(69)

59

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

= Contato Cerrado – Floresta Ombrófila Densa.

(70)

60

Scinax berthae

(Barrio, 1962)

Figura 43: Distribuição geográfica de Scinax berthae na América do Sul.

(71)

61

= Floresta Ombrófila Densa; = Floresta Estacional

Semidecidual;

= Floresta Ombrófila Mista; = Cerrado;

= Contato Cerrado – Floresta Estacional Semidecidual;

= Contato Cerrado – Floresta Ombrófila Densa.

Figura 44: Distribuição geográfica de Scinax berthae no Estado de São Paulo.

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