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Controle químico de plantas daninhas na semeadura direta de tomate (Lycopersicon esculentum Mill.).

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Academic year: 2017

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PLANTA DANINHA V (2): 20-28, 1982

CON TRO LE QUÍ MIC O DE PL ANT AS DAN IN HAS

N A S E M E A D U R A D I R E T A D E T O M A T E

(Lycopersicon esculentum Mill.)

L. R. FERREIRA*, J. F. SILVA**, V. W. D. CASALI**, A. R. CONDË**

* En g. ° Ag r. ° — Pe sq uis ad or da EM CA PA , Cx . Pos ta l, 39 1 — 29 .0 00 — Vit óri a — Es pír it o Santo.

** Pro fe ss ore s Ti tu la re s da U. F.V . — 36 57 0 — Viçosa — Minas Gerais.

Parte da tese de Mestrado apresentada pelo primeiro autor à UFV.

RESUMO

Em do is en sa ios, um cond uz ido em Vi çosa , MG, e outro em Domi ngo s Martins, ES , e stu -do u - se o co mp ort am ent o -do s he rb ic id as me tr i-buzin, chloramben, napropamide, diphenamid, pe bu la te e tr if lu rali n, na s do se s de 0, 36 ; 2, 40 ; 2,50; 2,00; 3,60 e 0,67 kg/ha, respectivamente, e a co mb in aç ão de 0,3 5 kg /h a de me tr ib uzi n co m cad a um dos demais, nas mesmas dos es, no con -trole de planta s dani nhas e na to le râ nci a da cultura do tomate semeado diretamente no local definitivo.

Nu m te rcei ro en sa io , co nduz ido em Vi ço sa , fe z -se o me sm o est ud o, comb in an do pe bu la te , nas doses 4,32 e 5,76 kg/ha, com chloramben, napro pamid e, diphenamid e metri buzin, nas do -ses de 3,40; 3,00; 5,00 e 0,70 kg/ha, respectiva-mente, e também os mesmos compostos, isolada me nt e, na s me sm as do se s. To do s os he rb ic i das avaliado s exer ce ram controle sobre as plan -ta s da ni nh as ; ent re -ta nt o, a efi ci ênc ia de ca da um fo i mu it o in fl ue nc ia da pe la espéci e pr es en -te . Ap ena s pe bu la -te ap r ese nt ou efi cie nt e con-tr ol e da ti ri ri ca (C yper us ro tund us L. ). Ch lo ram-ben, napropamide, diphenamid e trifluralin con-tro la ram ef icie ntem en te capim- marmel ad a (Bra-ch ia ria plan ta gin ea (L in k.) Hit ch. ) e cap im -colchão (D ig ita r ia S an g u in al is (L.) Sco p .) . M e tri buzi n ap re se nt ou e xc e le nt e co nt ro le de pic ão - pre to (B id en s pi lo sa L. ) e bo tã o- de - ou ro

(G al in - so ga pa rvif lo ra Cav .) . As mi st ura s de me tribu - zin ou de pebulate com os demais herbicidas aum ent ara m a efi ciênc ia de con tro le e o número de espécies controladas.

Ne nh um do s he rb ic id as , na s do se s est ud a-das, causou danos à cultu ra e os maiores pesos de matéria ve rde da pa rte aé re a da s plantas de tomate foram obtidos nos tratamentos que propo rcio na ram mai o r co ntrole de p lan tas dani -nhas.

P A LAV RAS CHA V E: To ma te , p la n ta d an i -nha, herbicida.

SUMMARY

W E E D C O N T R O L O N D I R E C T S E E D E D TOMATO(Lycopersicon esculentumMill.) Th re e as says we re carr ie d out to evalu ate the effectivenes s of several herbicides on direct seeded tomato.

The compounds metribuzin, napropamide, chloramben, diphenamid, pe bulate and triflura -li n ap -lied se pa ra tly, at the do sa ge of .35; 3.40 ; 2.50; 2.00; 3.60 and .67 kg/ha respectively, and combined each one with metribuzin at the same dose ge we re e valuate d in t wo assays, one at Viçosa, MG and the other at Domin gos Marti ns, ES.

On e th ir d as sa y wa s ca rrie d ou t at Vi ço sa , MG to evaluate the effectiveness of chloramben, na pro pami de, dip he na mi d and me tr ib uzi n at the dose of 3.40; 3.00; 5.00 and .70 kg/ha res-pe ct ivel y, and res-pe bula te at the do se of 4.32 and 1.76 kg/ha ap plie d se para te d an d co mbine d with pebulate at mentioned dosages.

A l l co mp o u n d s s ho we d so me co n t r o l o f we ed s, al thou gh the effic ie nc y of eac h pr od uc t was weed species dependant.

O nly peb u late was e fficie nt o n C yp e r u s r o tu n du s co n t ro l . B ac h ia r ia p l an tag in e a a n d

Digitaria sanguinalis were better controled by ch lo ramben , naprop amide, di phenamid and tri -fluralin. Me tribuzin gave e xce le nt control of

B id e n s p il o s a a n d G a l in s o g a p ar v if lo r a. T h e mi xtu re s of me tr ib uzi n or pe bula te wi th e ac h he rb ic id e su d ie d i nc re ase d the e f fi cie n ce o f control and the number of species controled.

All co mp ou nd s we re to le ra te d by th e to ma-to p la nts. No vi sib le in ju ry we re ob se rve d at the doses studied.

KEYWORDS: Tomato, weed, herbicide.

INTRODUÇÃO

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das plantas daninhas anuais, especial-mente nos primeiros 30-45 dias do ciclo da planta, que corresponde ao período crítico de competição (5, 6, 8) . Doll e Piedr ahita, cita dos po r Silv a (11), afir -ma m qu e ou tr a li mi ta çã o te m si do o fato de o controle mecânico das plantas daninhas exigir elevado número de ho-ras/homem/unidade de área, além de au-mentar os danos mecânicos às raízes das culturas, pelo uso de enxadas ou cultiva-dores.

Apesar da existência de herbicidas seletivos para a cultura do tomate (3, 4), no Brasil, as informações quanto ao uso de ss es pr od ut os na seme ad ur a dire ta dessa cultura são ainda limitadas.

Um dos principais problemas do uso de herbicidas na semeadura direta de to-mate é a gr ande fragili dad e da cultura logo após a germinação, causando, com freqüência, sens ível redução no número de plantas sobreviventes (10).

Neste tra balh o, objetiv ou- se avaliar o comportamento de diversos herbicidas isolados e em misturas, no controle de plantas daninhas, na cultura do tomate com se me ad ura dir et a no ca mp o, bem como a tolerância dessa cultura a esses compostos.

MATERIAIS E MÉTODOS

No ano agrícola 1980/81 foram con-duzidos três ensaios, sendo um em Do-mi ng os Mart in s, ES e do is em Vi ço sa, MG.

Os result ados das análises químicas e granulométricas e a classificação textural dos materiais dos solos, onde foram instalados os ensaios, encontram- se no Quadro 1. As Figuras 1 e 2 mostram as médias mensais das temperaturas míni-mas e máximíni-mas e também os valores das pre cipita çõe s diária s dur ant e o per íod o dos ensaios, em Viçosa e em Domingo s Martins.

O Quadro 2 apresenta os nomes co-muns e específicos, bem como a ocorrência das plantas daninhas nos locais dos ensaios. Em todos eles utilizou-se o

cul-tivar Rossol, o qual apresentou boas ca-racterísticas industriais no ensaio de avaliação de cult ivares realizado em Mi -nas Gerais (7).

No ensa io n.° 1, conduzi do em Viço -sa, MG, foram avaliados, em um delinea-mento experimental de blocos casualizados com quatro repetições, os seguintes tratamentos : chloramben (3,40 kg/ha), napropamide (2,50 kg/ha), diphenamid (2,00 kg/ha), pebulate (3,60 kg/ha), tri-fluralin (0,67 kg/ha), metribuzin (0,35 kg /h a) , me tr ib uz in ch lo ra mb en (0 ,3 5 + 3,40 kg/ ha) , met rib uzi n dip hen ami d (0,35 + 2,00 kg/ha), metribuzin +napro-pamide (0,35 + 2,50 kg/ha), metribuzin

pebulate (0,35 + 3,60 kg/ha), metribuzin +trifluralin (0,35 ± 0,67 kg/ha), testemunha capinada e testemunha sem capina.

As parc elas tinh am quatro file iras com 4,00 m de comprimento, espaç adas de um metro entre fileiras e 0,20 m entre covas. As duas file iras laterais e 0,40 m das extremidades das fileiras centrais fo-ram consideradas como bordadura. A adubação utilizada foi de L070 kg/ha de superfosfato simples, 400 kg/ha de sulfato de amônio, 120 kg/ha de cloreto de potássio, 45 kg/ha de sulfato de magnésio e 7,5 kg/ha de sulfato de zinco.

Com exceção dos herbicidas triflurali n e pe bu la te , in co rp or ad os ao so lo a uma profundidade de 8 cm, antes da abertura dos sulcos de adubação, os demais herbicidas foram aplicados logo após a semeadura, realizada no dia 09 de setembro de 1980.

As irrigações, quando necessárias, foram feitas por aspersão. Os tratos culturais rel ativos à utili zação de defensi -vos foram feitos de acordo com a neces-sidade, e, como medida preventiva à

Phytophthora infestans, as plantas foram se-manalmente pulverizadas com mancozeb.

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capi-22 L. R. FERREIRA E OUTROS

QUA DRO 1 — Re sult ados das aná li ses gr anu lo mé tr ic as e quím icas dos ma te ri ais dos solo s ond e foram realizados os ensaios de Viçosa, MG, e de Domingos Martins, ES, 1980 (1).

QUAD RO 2 — Nomes co muns e es pe cífico s be m como a oc or rência da s pl an tas da ninh as , nos lo ca is dos três ensaios: Viçosa e Domingos Martins, 1980.

Ocorrência

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Aos 52 dias, após a semeadura, pro-cedeu-se o corte das plantas, em covas al-ternadas, anotando-se o diâmetro do cau-le, a 5 cm do solo, e o peso de matéria verde da parte aérea das plantas. Nas restantes, fez-se novo desbaste, deixando uma planta por cova espaçada de 40 cm.

Aos 45 dias após a semeadura foram feitas avaliações do controle de plantas daninhas, amostrando-se ao acaso 2,8% da área útil.

As plantas daninhas contidas na área amo str ada for am cor ta das ao nív el do solo, separadas por espécie e pesadas.

Quando, aproximadamente, 60% dos frutos de tomate estavam vermelhos, foi

realizada a colheita de uma única vez, colhendo-se frutos verdes e maduros.

No en sa io n.° 2, co nd uz id o em Do -mingos Martins, ES, os tratamentos, o del ine ame nto exp eri men tal , o tam anh o das parcelas, a adubação, as irrigações e os demais tratos culturais foram seme-lhantes ao ensaio n.° 1.

Nesse ensaio, a semeadura foi reali-zada no dia 25 de setembro de 1980 e a ava lia ção do con trole das pla nta s dani-nhas aos 47 dias após a semeadura.

Por motivo de alta incidência de

Phytophthora infestans, nesse ensaio, não foi possível determinar os efeitos dos tratamentos sobre as plantas de tomate.

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24 L. R. FERREIRA E OUTROS

pebulate napropamide (4,32 + 3,00 kg/ha), pebulate + napropamide (5,76 3, 00 kg/h a ), pe bula te + di ph enam id (4,32 + 5,00 kg/ha ), pebulate + diphena-mid (5,76 + 5,00 kg/ha ), pebulate + me-tribuzin (4,32 + 0,70 kg/ha ), pebulate

+m

e

tribuzin (5,76 + 0,70 kg/ha ), testemu-nha capinada e testemutestemu-nha sem capina.

O

herbicida pebulate foi incorporado ao sol o ant es da abe rtu ra dos sul cos e, os demais, aplicados logo após a semea-dura do tomate, realizada a 29 de outubro de 1980.

Os tratos culturais foram semelhantes aos do primeiro ensaio. Houve, também um forte ataque de doenças no final do cicl o da cult ura, razã o pela qual não foi avaliada a produção de frutos.

As aval iações das plan tas daninhas e do pes o da mat éri a ver de das pla nta s de tomate foram realizadas, respectiva-mente, aos 35 e 42 dias após a semeadura.

RESULTADOS E DISCUSSÃO O Quadro 3 apresenta os efeitos dos tratamentos sobre o controle das plantas dan in has presente s no loc al do ensaio n° 1.

tros herbicidas e napropamide ou metri-buzin, aplicados isoladamente, proporcio-naram os melhores controles de botdo-de-ouro, os quais diferiram dos demais tra-tamentos, exceto do chloramben.

O melhor controle de tiririca foi pro-porcionado pelo pebulate isolado, que não dif eri u dos dem ais tra tame nto s, à exce-ção do metribuzin aplicado isoladamente.

Maiores reduções do peso de matéria ve rde da par te aére a da s pla nt as dan i -nhas foram obtidas com a aplicação de napropami de e metribuzi n isola damen te e metribuzin em mistura com os demais produtos.

O Quadro 4 apresenta os efeitos dos tratamentos sobre as plantas de tomate.

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26 L. R. FERREIRA E OUTROS

tratamentos sobre a germinação e sobre-vivência das plantas de tomate.

Maiores diâmetros do caule foram obtidos com napropamide e metribuzin aplicados isoladamente e metribuzin em mistura com os demais herbicidas.

Considerando-se a produção de frutos, nota-se que apenas o metribuzin + chl oramb en apresen tou produção supe-rior à testemunha sem capina, não sendo esta, entretanto, diferente das dos demais tratamentos. Essa pequena diferença na produção de frutos pode ter sido influen-ciado pela capina realizada aos 52 dias apó s a semead ura do tom ate , em tod os os tratamentos, incluindo a testemunha denominada sem capina. Apesar desta capina ter sido realizada no final do pe-rí od o cpe-rít ic o de co mp etiç ão, de ac ordo com os autores (5, 6, 8 ), as plantas de to-mate podem ainda ter-se recuperado dos efeitos nocivos da competição.

O Quadro 5 apresenta os efeitos dos tratamentos sobre o controle das plantas dan in has prese nt es no loc al do ensaio n.o2.

Melhores controles de capim-marme-lad a e de cap im -col chã o for am obt ido s com chloramben e trifluralin aplicados isoladamente ou em mistura com metri-buzin. Tais resultados confirmam as re-comendações de chloramben e trifluralin para o controle dessas espécies (8, 12 ).

- Considerando-se o total de plantas daninhas, chloramben isolado e metribuzin + trifluralin, embora tenham apresen ta do con trole sup eri or ao peb ula te, não diferiram dos demais tratamentos.

O Quadro 6 apresenta os efeitos dos tratamentos sobre o controle das plantas dan in has prese nt es no loc al do ensaio n." 3 e tamb ém o peso da matéria verde da parte aérea das plantas de tomate nos diferentes tratamentos.

Me tr ib uz in is ol ad o ou em mi st ur a com o debulate nas doses de 4,32 e 5,6 kg/ha apresentou excelente controle de botão-de-ouro e de picão-preto. Este resul-tado, juntamente com os dos ensaios 1 e

2, mostram a eficiência de metribuzin no controle dessas espécies. Também diphe-namid isolado e em mistura com o pebula te fo i ef ic ie nt e no co nt ro le de pi cã o -preto.

Os melhores controles de tiririca foram obtidos com pebulate, nas doses de 4,32 e 5,76 kg/ha, isolado ou em mistura com os outros herbicidas. Os resultados desse ensaio e os do ensino n° 1, confirmam a razão pela qual o pebulate é recomendado par a a cul tura do toma te em locais onde a tiririca é planta daninha predominante (1, 5).

Tod os os tr at ament os propo rc ion a -ram bom controle de capim-marmelada, exceto metribuzin aplicado isoladamente, que não diferiu da testemunha sem capi-na. Este ensaio e o ensaio n." 2, mostram que metribuzin, na dose testada, não é suf ici ent e no con tro le de cap im- mar me-lada e de capim-colchão.

Maiores reduções no peso da matéria verde da parte aérea do total de plantas daninhas foram obtidas com as misturas de metribuzin ou diphenamid com pebu-late nas duas doses.

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L. R. FERREIRA E OUTROS

Referências

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