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Estratégia trófica dos linguados Citharichthys spilopterus Günther e Symphurus tessellatus (Quoy & Gaimard) (Actinopterygii, Pleuronectiformes) na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro, Brasil.

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Academic year: 2017

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Citharichthysspilopterus Günther, 1862 e Symphurustessellatus (Quoy & Gaimard, 1824) são duas das mais abundantes dentre as 14 espécies de linguados encontradas na Baía de Sepetiba

(MENDONÇA & ARAÚJO 2002). Pertencem à Ordem Pleuronectifor-mes e apresentam uma morfologia bem diferenciada, pois são os únicos vertebrados que não possuem uma simetria

bilate-tessellatus

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Brasil

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Ana Paula Penha Guedes, Francisco Gerson Araújo & Márcia Cristina Costa de Azevedo

Laboratório de Ecologia de Peixes,Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Antiga Rodovia Rio-São Paulo, Km 47, 23851-970 Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: gerson@ufrrj.br

ABSTRACT... TTrrrrrophicTTTophicophicophicophic strstrstrstrstrateateateateategygy ofgygygyofofofof thethethethe ffffflatfthe latflatflatfisheslatfishesishes ishesishesCitharichthysCitharichthysCitharichthysCitharichthysCitharichthysspilopterusspilopterusspilopterusspilopterusspilopterus GüntherGüntherGüntherGüntherGünther andandandandand SymphurusSymphurusSymphurusSymphurusSymphurustessellatustessellatustessellatustessellatustessellatus (Quo(Quo(Quo(Quo(Quoyyyyy &

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KEY WORDS. Bays, demersal fishes, diet, feeding habits.

RESUMO. O objetivo deste estudo foi determinar as mudanças espaciais e ontogenéticas na dieta dos linguados Citharichthysspilopterus Günther, 1862 e Symphurustessellatus (Quoy & Gaimard, 1824) na Baía de Sepetiba. A área de estudos foi dividida em três zonas (interna, central e externa), onde foram realizados arrastos de fundo diurnos no período entre outubro/1998 a setembro/1999. C.spilopterus apresentou os maiores Índices de Importância Relativa (IIR) para Mysidacea (0.3359) e Amphipoda (0.0805), enquanto S.tessellatus apresentou maiores IIR para Amphipoda (0.7515) e Polychaeta (0.2586). A elevada porcentagem (67,61%) de estômagos vazios em S.tessellatus sugere ativi-dade alimentar noturna. Os espécimes de menor tamanho (CT < 115 mm) de C.spilopterus alimentaram-se de Mysi-dacea na três zonas e os maiores (CT > 115 mm) de Polychaeta na zona interna, Gobiidae na central e Decapoda na externa. Os menores espécimes (CT < 155 mm) de S.tessellatus alimentaram-se principalmente de Amphipoda e os maiores (CT > 155 mm) de Polychaeta na zona interna, e de Amphipoda e Polychaeta na zona externa. Citharichthys spilopterus apresentou maior tamanho de boca e olho, e se alimentou de organismos associados à coluna da água próxima, tendendo a uma dieta mais especialista quando comparado com S.tessellatus que se alimentou de organis-mos sobre fundo. Apesar das duas espécies terem se alimentado basicamente de Crustacea, apresentaram baixa sobreposição alimentar com 0,1972, provavelmente podendo ser esta a estratégia de separação trófica desenvolvida para permitir a coexistência destas duas espécies relacionadas na Baía.

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ral. Estão d istribu íd os ao lon go d e tod a a costa brasileira e ge-ralm en te são en con trad os em águ as p ou co p rofu n d as e p refe-ren cialm en te q u en tes (FIGUEIREDO & MENEZES 2000).

Estu d os d e alim en tação e h ábitos alim en tares d e p eixes são im p ortan tes n o q u e resp eita a exp licação d os m ecan ism os d e coexistên cia e su as con tribu ições com o in tegran tes d a teia trófica d os sistem as aq u áticos, através d os q u ais flu i a en ergia. RO SS (1986) verificou q u e a sep aração trófica é resp on sável p ela

m aioria d a exp licação d os m ecan ism os d e coexistên cia en tre esp écies p roxim am en te relacion ad as, segu id as d a sep aração esp acial e d a sep aração tem p oral.

Na Baía d e Sep etiba é im p ortan te q u e as gu ild as tróficas estejam bem d efin id as, visan d o estabelecer p olíticas d e con -servação e u sos racion ais d os recu rsos p esq u eiros d isp on íveis. Nas d u as ú ltim as d écad as, este sistem a vem sofren d o com o d esen volvim en to d o com p lexo in d u strial e a crescen te u rban zação, q u e tem au m en tad o su bstan cialm en te o n ível d e p olu i-ção das águ as (PESSANHA & ARAÚJO 2001). Tais atividades p odem

estar alteran d o in ten sam en te os m icroh abitats d os p eixes, re-q u eren d o u m con h ecim en to m ais d etalh ad o d a biologia d as esp écies, esp ecialm en te n o q u e con cern e a estru tu ra trófica.

Este trabalh o tem por objetivo determ in ar a dieta de du as esp écies d e lin gu ad o n a Baía d e Sep etiba, abord an d o asp ectos sobre o regim e alim en tar, p ossíveis variações on togen éticas e in d icações d e sep aração alim en tar, visan d o con tribu ir p ara o con h ecim en to d a estratégia d as d u as esp écies estu d ad as.

MATERIAL E MÉTO DO S

Área de Estudo

A Baía d e Sep etiba localiza-se ao Su l d o Estad o d o Rio d e Jan eiro, en tre 22°54’-23°04’S e 43°34’-44°10’W. Ap resen ta u m form ato alon gad o, lim itan d o-se a Norte e a Leste p elo con ti-n eti-n te, ao Su l p ela Restiti-n ga d a Maram baia e a Oeste p ela Baía d a Ilh a Gran d e. A bacia h id rográfica ocu p a u m a área d e cerca de 2500km2, e o esp elh o d a águ a ap resen ta u m a área d e 520

km2 (SILVAetal. 2003).

Por ser u m a zon a d e p ou cos batim en tos em su a m argem con tin en tal, devido à proteção da restin ga e de ilh as, o substrato d a Baía é p rin cip alm en te lod oso, com form ações d e silte, argi-la, e p ou cas áreas d e areia e cascalh o (ARAÚJOetal. 1997).

Programa de amostragem

Foram realizad as coletas m en sais com arrasto d e fu n d o, n o p eríod o d iu rn o, en tre ou tu bro d e 1998 a setem bro d e 1999. A Baía d e Sep etiba foi d ivid id a em três zon as (Fig. 1) em fu n -ção d e u m grad ien te d e p rofu n d id ad e e salin id ad e: 1) Zon a in tern a – p rofu n d id ad e m en or q u e 5 m , localizan d o-se n a re-gião m ais in tern a d a Baía, com in flu ên cia d e ap orte d e rios e can ais d e m arés, bem com o a d escarga d e eflu en tes d e origem u rban o-in d u strial; 2) Zon a cen tral – p rofu n d id ad e en tre 5 e 10 m ; 3) Zon a extern a – p rofu n d id ad e m aior q u e 10 m , localizan -d o-se n a área m ais extern a -d a Baía, com m aior in flu ên cia -d e águ as oceân icas.

Em cada zon a foram realizadas três réplicas de arrastos de fun do com duração de cerca de 20 m in utos, a velocidade 2 n ós, cobrin do um a exten são de aproxim adam en te 1,5 Km . Foi utili-zado barco de 12 m de com prim en to, provido de rede de arrasto com portas, com m alh a de 25 m m de distân cia en tre n ós con se-cutivos n as asas e de 12 m m n a região do en sacador e boca com abertura de 6 m . Os peixes capturados foram fixados em form ol a 10%, e posteriorm en te tran sferidos para álcool a 70%. A iden -tificação foi feita de acordo com FIGUEIREDO & MENEZES (2000).

Análise dos dados

Os in d ivíd u os foram m ed id os em com p rim en to total (CT), tom ad o d a p on ta d o focin h o à p arte m ais p osterior d a cau d a; com p rim en to d a cabeça (CC), d o focin h o até a m argem p osterior d o op ércu lo; com p rim en to d a boca (CB), d istân cia en tre a extrem id ad e m ais an terior e o ân gu lo form ad o à altu ra d a ju n ção en tre o d en tário e a p ré-m axilar; e d iâm etro d o olh o (DO). Tod as as m ed id as foram tom ad as em m ilím etros. Foi fei-ta a d issecação p ara a retirad a d o estôm ago, seccion an d o o tra-to d igestivo en tre as regiões cárd ica e p ilórica. Os estôm agos an alisad os tiveram o grau d e rep leção estim ad o visu alm en te em : 1) ch eio (> 75% do volum e total do estôm ago); 2) sem ich eio (50-75%); 3) com con teú d o (< 50%) e 4) vazio. O con teú d o estom acal foi an alisad o sob m icroscóp io estereoscóp ico e/ ou óp tico e os iten s alim en tares id en tificad os a n ível taxon ôm ico m ais in ferior p ossível, com base em RUPERT & BARNES (1996).

Algu n s exem p lares foram en viad os p ara esp ecialistas. Para a an álise d e u m a p ossível variação on togen ética n a d ieta d a p op u lação, os d ad os d e cad a esp écie foram agru p ad os em q u atro classes d e 30 m m d e com p rim en to total. Os m éto-d os éto-d e freq ü ên cia éto-d e ocorrên cia (F), n ú m ero (N) e p eso (P) éto-d os iten s alim en tares (BERG 1979, HYSLOP 1980, CLARK 1985) foram

u tilizad os p ara d eterm in ação d o Ín d ice d e Im p ortân cia Relati-va (IIR), segu n d o PINKAS (1971). O Ín d ice Estan d artizad o d e

Levin ’s e o Ín d ice Sim p lificad o d e Morisita (KREBS 1989) foram

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u sad os p ara d eterm in ação d a am p litu d e d o n ich o trófico e d a sobrep osição alim en tar, resp ectivam en te.

RESULTADO S

Estrutura de tamanho e variação espacial

A estru tu ra d e tam an h o d as p op u lações am ostrad as d e

Citharichthysspilopterus n a Baía d e Sep etiba variou em com p

ri-m en to total d e 59 e 195 ri-m ri-m , en q u an to Sym phurustessellatus,

d e 96 e 205 m m (Tab. I). O tam an h o m éd io d a boca d e C. spilopterus variou d e 4,1 a 15,6 m m , corresp on d en d o a u m p ercen tu al m éd io d o com p rim en to d a cabeça (CC) d e 36,5%, en q u an to para S.tessellatus foi de 4,5 a 10 m m , correspon den do

a u m a m éd ia d e 29,3% d o CC. O d iâm et ro d o o lh o d e C. spilopterus vario u d e 3,2 a 8,1 m m , co rresp o n d en d o a u m p ercen tu al m éd io d o com p rim en to d a cabeça (CC) d e 22,9%, en quan to para S.tessellatus foi de 2,6 a 5,3 m m , correspon den do a u m a m éd ia d e 16,0% d o CC.

Am bas as esp écies foram en con trad as n as três zon as d e am ostragem d a Baía, p orém com u m d iferen ciad o p ad rão d e d istribu ição p or tam an h o (Fig. 2). Citharichthysspilopterus d e m en or tam an h o p red om in ou n a zon a extern a, p en etran d o n a Baía à m ed id a q u e au m en ta d e tam an h o, com os m aiores gru p os sen d o rep resen tad os n a zon a in tern a; as m aiores abu n -dân cias foram registradas n a zon a cen tral. Sym phurustessellatus

n ão ap resen tou variação d e tam an h o en tre as zon as, sen d o sem p re m ais abu n d an te n a zon a extern a.

Grau de repleção

Fo i en co n t rad a u m a d iferen ça sign ificat iva en t re o s p ercen t u a is d e est ô m a go s v a zio s p a ra a s d u a s esp écies.

Citharichthysspilopterus ap resen tou baixa p orcen tagem de

estô-m agos vazios (3,38%) eestô-m relação ao total dos 148 estôestô-m agos exam in ados. Por ou tro lado, dos 176 in divídu os exam in ados de S.tessellatus, 67,61% apresen taram se vazios. Espacialm en -te, o m aior n ú m ero de estôm agos com con teú do estom acal fo-ram en con trados em am bas espécies n a zon a extern a (Tab. II).

Composição da dieta

Citharichthysspilopterus u tilizou 18 iten s alim en tares

diferen tes n a dieta (Tab. III) com os m aiores Ín dices de Im portân -cia Relat iva sen d o co n st it u íd o s d e C ru st acea d as o rd en s Mysidacea (0,3359), Am ph ipoda (0,0805), Decapoda (0,0439) e Brach yura (0,0218); de Polych aeta (0,0362), e de peixes (0,0326), prin cipalm en te Micropogoniasfurnieri (Desm arest, 1823) (0,0082)

e Gobiidae (0,0052) (Fig. 3). O item Polych aeta apresen tou m aior con tribu ição em p eso (P) e Mysidacea foi o item m ais freq ü en te (F) e n u m eroso (N). A largu ra do n ich o foi de 0,09.

Sym phurustessellatus u tilizou 6 iten s n a d ieta (Tab. III), com exp ressiva p referên cia p or Am p h ip od a (0,7515), segu id o d e Po lych aet a (0,2586) e d e Cap rellid ae (0,0237) (Fig. 4). Polych aeta ap resen tou m aior con tribu ição em p eso (P) e o item Am p h ip od a foi m ais freq ü en te (F) e n u m eroso (N). Foram en -con trad os cerca d e 269 n em atód eos n o -con teú d o estom acal

d esta esp écie, sen d o q u e 80% estavam n os estôm agos d a zon a extern a, 11% n a zon a in tern a e 9% n a zon a cen tral. A largu ra d o n ich o foi d e 0,14.

Ap esar d e com p artilh arem u m a d ieta basicam en te com -p osta d e -p eq u en os cru stáceos e Polych aeta, as es-p écies a-p re-sen taram u m a sobrep osição alim en tar d e 0,1972.

O ntogenia trófica

Para C.spilopterus, foram arbitrad os os segu in tes gru p os de tam an h o: 1) CT < 85 m m ; 2) CT = 85-115 m m ; 3) CT = 115-145 m m ; e 4) CT > 115-145 m m . Con tu d o, p ara S.tessellatus foram estabelecid os os gru p os: 1) CT < 125 m m ; 2) CT = 125-155 m m ; 3) CT = 155-185 m m ; e 4) CT > 185 m m (Tab. IV).

Na zon a in tern a, os in d ivíd u os d e m en or tam an h o d e C. spilopterus (CT = 85-115 m m ) ap resen taram p referên cia p or Mysid acea (0,277), segu id o p or Micropogoniasfurnieri (0,178), e os d e m aior tam an h o (CT > 145 m m ) alim en taram -se, p

refe-Figura 2. N úm ero de indivíduos por classes de tam anho de

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ren cialm en te d e Polych aeta (0,286) e p eixes (0,173). Na zon a cen tral e extern a, os in divíduos de m en or tam an h o (CT < 85 m m ) se alim en taram d e Mysid acea, com IIR d e 0,678 e 0,993,

res-p ectivam en te; res-p or ou tro lad o, os m aiores (CT > 145 m m ) alim en taraalim se p rin cip alalim en te d e Gobiid ae (0,993) n a zon a cen -tral e d e Decap od a (0,384) n a zon a extern a.

Tabela I. M édias e medidas de variações do comprimento total (CT), comprimento da cabeça (CC), comprimento da boca (CB), diâmetro do olho (DO), proporção do comprimento da boca para o comprimento da cabeça (CB%CC) e proporção do diâmetro do olho para o comprimento da cabeça (DO%CC) para Citharichthysspilopterus (C.s.) e Symphurustessellatus (S.t.) na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro.

M ínimo M áximo M édia Erro Padrão

C.s. S.t. C.s. S.t. C.s. S.t. C.s. S.t.

CT 59,0 96,0 195,0 205,0 116,8 148,9 2,3 1,8

CC 11,9 16,4 44,7 33,2 25,6 25,0 0,5 0,3

CB 4,1 4,5 15,6 10,0 9,4 7,3 0,2 0,1

DO 3,2 2,6 8,1 5,3 5,7 4,0 0,1 0,1

CB%CC 27,3 23,5 47,9 37,2 36,5 29,4 0,2 0,2

DO%CC 16,5 11,8 34,4 21,8 22,9 16,0 0,2 0,1

Tabela II. Grau de repleção dos estômagos de Citharichthysspilopterus e Symphurustessellatus nas três zonas de amostragem na Baía de

Sepetiba, Rio de Janeiro. (N) Número de estômagos.

Grau de repleção

C. spilopterus S. tessellatus

Interna Central Externa Interna Central Externa

N % N % N % N % N % N %

Cheio 25 51 20 34 26 65 1 2 0 0 20 20

Semicheio 4 8 19 32 7 18 2 4 1 5 14 14

Com conteúdo 17 35 19 32 6 15 4 7 1 5 14 14

Vazio 3 6 1 2 1 2 48 87 18 90 53 52

Total 49 59 40 55 20 101

Figura 3. Índice de Importância Relativa dos itens mais importantes na dieta dos linguados Cit haricht hysspilopt erus (A) e Symphurus t essellat us (B) na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro.

30 25 20 15 10 5 0

5 8 23

16

9 18 37 58

% F

%P

0 10 20 30 40 50

h g f e d c b a

%N

60 40 20 0

2 4 6 24

34 68

a

% P

0 20 40 60 80

d e f c b

% F

% N

a) Mysidacea b) Amphipoda c) Decapoda d) Polychaeta e) peixes f) Brachyura g) M. furnieri h) Gobiidae

a) Amphipoda b) Polychaeta c) Caprellidae d) Ostracoda e) Copepoda f) Brachyura

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Qu an to à d ieta d e S.tessellatus, n a zon a in tern a verifi-cou -se u m a exp ressiva ocorrên cia d e Am p h ip od a p ara os m e-n ores exem p lares (CT < 125 m m ) e Polych aeta (0,389) p ara os m aiores (CT = 155-185 m m ). Na zon a cen tral, som en te foram en con trad os in d ivíd u os com CT = 125155 m m , com p referên -cia p or Polych aeta (0,580). Na zon a extern a, os in d ivíd u os m en ores (CT < 125 m m ) se alim en taram d e Polych aeta (0,580) e Am ph ipoda (0,478), porém este últim o item apresen tou m aior IIR n os in d ivíd u os d e m aior tam an h o.

DISCUSSÃO

A sep aração trófica foi verificad a com o m ecan ism o d e co ex ist ên cia en t re C it h a rich t h y s spilopt eru s e Sy m ph u ru s tessellatus n a Baía d e Sep etiba, com as d u as esp écies exp loran

-d o -d e m an eira -d iferen cia-d a os recu rsos -d isp on íveis, u m a estra-tégia d e evitar com p etição em bora ten h am realizad o a d ivisão d e algu n s d os recu rsos d isp on íveis. A baixa sobrep osição ali-m en tar (0,1972) en tre as d u as esp écies foi u ali-m a in d icação d esta estratégia. Diferen ças n a com p osição alim en tar p od em estar associad as a algu n s fatores, tais com o: as áreas d e alim en tação, às con d icion an tes m orfológicas com o tam an h o d o corp o, d os olh os e d a boca, bem com o ao p eríod o d e ativid ad e alim en tar.

O m aior n ú m ero d e estôm agos ch eios em am bas esp éci-es n a zon a extern a su gere q u e os d éci-eslocam en tos d e m aioréci-es in divíduos de C.spilopterus para a zon a in tern a é provavelm en te

p ara fu gir d a com p etição com ou tras esp écies, u m a vez q u e os gastos en ergéticos com d eslocam en to n ão são com p en sad os p or m aiores ín d ices d e rep leção n a zon a in tern a, e q u e tais m ovim en tos d evem ser resu ltad os d e in terações bióticas, in tra ou in teresp ecifica, q u e forçam esta esp écie a p rocu rar ou tras áreas, m esm o m en os ricas em alim en to p ara seu d esen volvi-m en to. O con su volvi-m o ótivolvi-m o d e alivolvi-m en to está relacion ad a à eco-n om ia d e eeco-n ergia p elo p red ad or, refletid a em u m a estratégia alim en tar basead a n a bu sca e cap tu ra p referen ciais p or p resas, com p arativam en te m ais en ergéticas e abu n d an tes em su as ro-tas alim en tares n atu rais (PIANKA 1982). O au m en to d o con su

-m o d e p eixes e-m relação a cru stáceos n a zon a in tern a p od e ser u m a in d icação d e q u e C.spilopterus u tiliza op ortu n isticam en te esta p arte d a Baía, u m a área d e criação d e várias esp écies d e Teleostei, tal com o Micropogoniasfurnieri (COSTA & ARAÚJO 2003).

Citharichthysspilopterus em bora ten h a u tilizad o m aior

n ú m ero d e iten s alim en tares, p rovavelm en te p ela cap acid ad e d e exp lorar áreas m ais in tern as d a Baía à m ed id a q u e cresce, ap resen tou m en or largu ra d e n ich o (0,09) q u an d o com p arad o

Tabela III. Lista dos itens que compõe a dieta de Citharichthysspilopterus (1) e Symphurustessellatus (2) na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro,

com suas respectivas freqüências (F = ocorrência, N = numérica e P = peso) e Índice de Importância Relativa (IIR).

Itens F1 F2 N1 N2 P1 P2 IIR1 IIR2

Polychaeta 0,0915 0,3396 0,1036 0,0955 0,2919 0,666 0,036200 0,2586

Ostracoda – 0,0566 – 0,0089 – 0,0058 – 0,0008

Copepoda – 0,0377 – 0,0060 – 0,0039 – 0,0004

Decapoda 0,1831 – 0,0253 – 0,2148 – 0,043900 –

Brachyura 0,2324 0,0189 0,0723 0,0030 0,0216 0,0077 0,021800 0,0002

M ysidacea 0,5845 – 0,5045 – 0,0703 – 0,335900 –

Amphipoda 0,3662 0,6792 0,1967 0,8149 0,0231 0,2915 0,080500 0,7515

Caprellidae 0,0563 0,2453 0,0156 0,0716 0,0014 0,0251 0,000900 0,0237

Isopoda 0,0141 – 0,0238 – 0,0004 – 0,000300 –

Clupeidae 0,0070 – 0,0007 – 0,0022 – 0,000020 –

Engraulidae 0,0070 – 0,0007 – 0,0002 – 0,000006 –

Synodontidae 0,0070 – 0,0007 – 0,0051 – 0,000040 –

Atherinidae 0,0070 – 0,0015 – 0,0022 – 0,000030 –

Gerreidae 0,0070 – 0,0007 – 0,0002 – 0,000006 –

Sciaenidae 0,0070 – 0,0007 – 0,0152 – 0,000100 –

M icropogonias furnieri 0,0845 – 0,0194 – 0,0781 – 0,008200 –

Gobidae 0,0563 – 0,0067 – 0,0864 – 0,005200 –

Paralichthydae 0,0070 – 0,0007 – 0,0007 – 0,000010 –

Cynoglossidae 0,0070 – 0,0007 – 0,0007 – 0,000010 –

(6)

com S.tessellatus (0,14) q u e ap resen tou d istribu ição m ais res-trita às zon as cen tral e extern a, m as exp lorou d e m an eira m ais eq ü itativa os recu rsos d isp on íveis, en q u an to a p rim eira esp é-cie se con cen trou n a u tilização d e Mysid acea p elos in d ivíd u os d e m en or tam an h o. Citharichthysspilopterus d e m en or tam a-n h o (CT < 115 m m ) u tilizou p referea-n cialm ea-n te Mysid acea, segu ido de Decapoda n a zon a extern a, diversifican do su a alim en tação p ara Gobiid ae n a zon a cen tral e Polych aeta n a zon a in -tern a, u m a m u d an ça q u e ocorre ao lon go d o d esen volvim en to on togen ético e coin cid e com a exp loração d e locais m ais in -tern os d a Baía. Por ou tro lad o, S.tessellatus d e m en or tam an h o

(CT < 155 m m ), u t ilizo u p referen cialm en t e Am p h ip o d a e Polych aeta d e m an eira altern ad a n as três zon as d e coleta e ao lon go d e seu crescim en to. Segu n d o NIKOLSKY (1963), a m u d an

-ça n o regim e alim en tar com o crescim en to é u m a ad ap tação d a p op u lação p ara ap roveitar m aior gam a d e iten s alim en tares d isp on íveis, cap acitan d o a esp écie com o u m tod o, a assim ilar m aior varied ad e d e alim en to.

A sep aração trófica é m ais m arcad a n os in d ivíd u os d e m en or tam an h o, com C.spilopterus exp loran d o Mysid acea u m

com p on en te m ais associad o à colu n a d a águ a, en q u an to S. tessellatus u tiliza Am p h ip od a e Polych aeta, iten s m ais

associa-Tabela IV. Itens alimentares por classes de tamanho (em milímetros) de Citharichthysspilopterus e Symphurustessellatus nas zonas de

amostragem (interna, central e externa) na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro.

Itens Interna (mm) Central (mm) Externa (mm)

< 85 85-115 115-145 > 145 < 85 85-115 115-145 > 145 < 85 85-115 115-145 > 145

Citharichthysspilopterus

Polychaeta – 0,042 0,24 0,286 – – – – – 0,004 – –

Decapoda – 0,031 0,039 – 0,029 0,029 0,069 – 0,069 0,014 0,190 0,384

Brachyura – 0,005 0,004 0,001 0,002 0,002 0,001 – 0,027 0,207 0,351 0,161

M ysidacea – 0,277 0,132 0,006 0,678 0,336 0,252 0,341 0,993 0,741 0,650 0,143

Amphipoda – 0,029 0,159 0,131 0,029 0,032 0,376 – 0,059 0,044 0,015 0,132

Caprellidae – – – 0,001 – 0,009 0,001 – – 0,004 0,001 –

Isopoda – – – – – 0,042 – – – – – –

Clupeidae – – – – – – – – – – – 0,004

Engraulidae – – – – – – – – – – – 0,002

Synodontidae – – – – – – 0,005 – – – – –

Atherinidae – 0,013 – – – – – – – – – –

Gerreidae – – – – – – – – – – – –

Sciaenidae – – – – – – – – – – – –

M icropogonias furnieri – 0,178 0,002 0,031 – 0,002 0,008 – 0,002 – – 0,009

Gobidae – – 0,011 0,001 – 0,003 0,036 0,993 – – –

Paralichthyidae – – – – – – – – 0,005 – – –

Cynoglossidae – – – – – – – – 0,005 – – –

Peixes – 0,022 0,008 0,173 0,002 0,157 0,019 – 0,004 0,001 – 0,020

Itens Interna (mm) Central (mm) Externa (mm)

< 125 125-155 155-185 > 185 < 125 125-155 155-185 > 185 < 125 125-155 155-185 > 185

Symphurustessellatus

Polychaeta – – 0,389 – – 0,580 – – 0,580 0,319 0,050 0,256

Ostracoda – 0,333 – – – – – – – – 0,001 0,019

Copepoda – 0,333 – – – – – – – – – 0,019

Brachyura – – – – – 0,236 – – – – – –

Amphipoda 1 – 0,222 – – 0,184 – – 0,478 0,687 1,439 0,562

(7)

dos ao su bstrato. O tam an h o da boca, p osição e form ato estão relacion ados aos h ábitos alim en tares e, em esp ecial, a form a de ap reen são d o alim en to (KEAST & WEBB 1966 e BAREL 1983 apud

ZAVALA-CAMIN 1996). Citharichthysspilopterus ap resen tou boca e olh os d e tam an h o relativam en te m aiores e, d e acord o com YAZDANI (1969), p oderia ser classificado com o u m a esp écie “tip o

tu rbot”, p ois ap resen ta m an díbu la gran de e m ais ou m en os si-m étrica, u tiliza a visão e se alisi-m en ta de forsi-m as n atan tes, tais com o ou tros p eixes e Cru stacea distribu ídos n a colu n a da águ a. Já S.tessellatus, q u e ap resen tou boca e olh os m en ores, p oderia ser classificado com o do “tip o sole”, cu jos exem p lares p ossu em m an díbu las p eq u en as, altam en te assim étricas, e u tilizam p rin cip alm en te a olfação e o tato p ara cap tu rar o alim en to de fu n -do com o Polych aeta.

Neste estu d o, as coletas foram realizad as exclu sivam en -te n o p eríod o d iu rn o e o exp ressivo n ú m ero d e estôm agos va-zios p ara os esp écim es d e S.tessellatus (67,61%) su gerem q u e

esta esp écie alim en ta-se p rin cip alm en te à n oite. BEYST et al.

(1999) tam bém associaram a alim en tação n otu rn a d e soles (Soleasolea) à visão p obrem en te d esen volvid a. Por ou tro lad o,

C. spilopterus, ap resen tou p ou cos estôm agos vazios evid en

ci-an d o h ábitos d iu rn os. Segu n d o ZAVALA-CAMIN (1996), os p eixes

n otu rn os estão ad ap tad os p ara p erceber baixas in ten sid ad es lu m in osas q u alq u er q u e seja a fon te ou a cau sa d a escu rid ão; tais p eixes têm con d ições d e p erceber o alim en to tan to d u ran -te a n oi-te com o n os locais escu ros d u ran -te o d ia. Por su a vez, os p eixes d iu rn os u tilizam p rin cip alm en te a visão p ara locali-zar su as p resas, m as a lu z artificial e a ilu m in ação d a lu a p o-d em garan tir a cap tu ra o-d e p resas o-d u ran te a n oite.

Em geral a elevad a p articip ação d e Mysid acea n a d ieta de C.spilopterus con statad a n o p resen te estu d o, coin cid e com o en con trad o p or TOEPFER & FLEEGER (1995) p ara zon as costeiras

d a Lou sian a, on d e Calan oid a foi o item m ais im p ortan te se-gu id o d e Mysid acea. Con tu d o, CASTILLO-RIVERAetal. (2000) n o México, en con traram Cop ep od a e Peracarid a com o iten s p rin -cip ais p ara os in d ivíd u os m en ores, sen d o estes su bstitu íd os p or p eixes n os in d ivíd u os m aiores. Para S.tessellatus, os iten s

ali-m en tares p referen ciais foraali-m Polych aeta e Aali-m p h ip od a, d ife-ren t em en t e d e CHAVES & SEREN ATO (1998) q u e en co n t raram

Carid ea com o item p rin cip al n a alim en tação d esta esp écie n a Baía d e Gu aratu ba, Paran á.

Ad icion alm en te, a gran d e q u an tid ad e d e Nem atoid ea en con trad o n os estôm agos d e S.tessellatus p od e ter lim itad o a d ieta d esta esp écie n a Baía d e Sep etiba. SERGIPENSEetal. (1999), p ara a dieta de Anchoajanuaria n a Baía de Sep etiba, e LUNARDON

-BRANCO & BRANCO (2003), p ara a d ieta d e Etropus crossotus n a Arm a çã o d o It a p o co ro y em Sa n t a C a t a rin a , co n sid era m Nem atoid ea com o item alim en tar. É p ou co p rovável q u e estes organ ism os sejam u tilizad os com o alim en to, u m a vez q u e n a m aioria d os casos os estôm agos q u e con tin h am Nem atoid ea n ão ap resen taram ou tros iten s alim en tares, p arecen d o q u e os p eixes abstin h am -se d e se alim en tar q u an d o tin h am seu s estô-m agos p arasitad os.

A baixa sobreposição alim en tar in dica que os exem plares destas espécies n ão com petem pelos m esm os iten s alim en tares prin cipais e que C.spilopterus ten de a um a dieta m ais especialis-ta, voltada prin cipalm en te para Mysidacea, en q u an to q u e S. tessellatus, em bora com dieta con stituída por um m en or n úm ero de iten s, é m en os especialista. Estudos sobre ecologia trófica de lin guados sugerem que a com petição in terespecífica por alim en -to é im provável (BEYSTetal. 1999, AMARAetal. 2001), ten do isto sido atribuído à segregação espacial dos h abitats de alim en tação e ao com portam en to alim en tar, com este últim o aspecto sen do o m ais provável para o presen te estudo. Portan to, a separação alim en tar, associada a m udan ças ao lon go do desen volvim en to on togen ético, pode ser um dos m ecan ism os desen volvidos por estas espécies sim pátricas para coexistirem n a Baía de Sepetiba.

CO NCLUSÕ ES

Citharichthysspilopterus e Sym phurustessellatus u tilizam a sep aração trófica com o m ecan ism o d e coexistên cia n a Baía d e Sep etiba, em bora com d ivisão d e algu n s recu rsos alim en ta-res, com o Cru stacea (Am p h ip od a) e Polych aeta.

D i fe r e n ç a s n a a t i v i d a d e a l i m e n t a r , a sso c i a d a s a con d icion an tes m orfológicas (tam an h o d a boca e d iâm etro d o olh o) con tribu íram p ara a d iferen ciação n a d ieta.

Mu d an ças ao lon go d o d esen volvim en to on togen ético p od em ser u m d os m ecan ism os d esen volvid os p or estas esp é-cies sim p átricas p ara coexistirem n a Baía d e Sep etiba. Os in d i-víd u os m en ores d e C.spilopterus alim en tam -se basicam en te d e p eq u en os cru stáceos e os m aiores d e p eixes e Polych aeta, en -q u an to S.tessellatus m en ores p referem Polych aeta e os m

aio-res Am p h ip od a.

AGRADECIMENTOS

A Dra. Helen a Passeri Lavrad o, d o Dep artam en to d e Bio-logia Marin h a d a UFRJ p elo au xílio n a id en tificação d os iten s alim en tares. Ao gru p o d e estu d an tes d e grad u ação e p ós-gra-d u ação ós-gra-d o Laboratório ós-gra-d e Ecologia ós-gra-d e Peixes ós-gra-d a UFRRJ, p or colaborarem n as coletas, esp ecialm en te ao biólogo Pablo Men -d on ça p ela i-d en tificação -d os lin gu a-d os. Ao Con selh o Nacio-n al d e DeseNacio-n volvim eNacio-n to CieNacio-n tífico e TecNacio-n ológico – CNPq , pela con cessão d e bolsas d e In iciação Cien tífica ao p rim eiro au tor através d o p rogram a PIBIC/ UFRRJ, bem com o p elo su p orte fi-n afi-n ceiro ao p rojeto Bioecologia d os Peixes d a Baía d e Sep etiba (Processos 522317/ 96-0 e 463317/ 00-9).

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Imagem

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