4º Congresso de Extensão Universitária Educação
093 - CARTOGRAFIA TÁTIL: MAPAS TÁTEIS E INCLUSÃO ESCOLAR
Paula Cristiane Strina Juliasz (Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro), Maria Isabel Castreghini de Freitas (Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro), Silvia Elena Ventorini (Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro) - cartografiatatil@yahoogrupos.com.br
Introdução: constata-se que é recorrente, nas publicações acadêmicas e propostas governamentais para o Ensino Básico, a importância da Cartografia para que os aos alunos sintetizem informações e expressem conhecimentos e estudem situações, envolvendo a idéia da produção do espaço, considerando sua organização e distribuição. Neste sentido, com o início das políticas voltadas à educação de alunos deficientes visuais, inicia-se a busca por desenvolvimento de material didático tátil para que estes educandos possam ter acesso aos documentos cartográficos, surgindo uma área de pesquisa denominada de Cartografia Tátil. Esta é uma área específica da Cartografia que tem por objetivo estudar o meio pelo qual o deficiente visual percebe e usa as representações bidimensionais como figuras, gráficos e mapas.
Objetivos: neste contexto, desde 2000 um grupo de pesquisadores da UNESP - Campus de Rio Claro - SP, têm como objetivo em seus trabalhos buscar métodos de construção, aplicação e divulgação de material didático para ensinar conceitos geográficos e cartográficos para alunos deficientes visuais que freqüentam aulas na escola EMIEE “Maria Aparecida Muniz Michelin – José Benedito Carneiro” Deficientes Auditivos e Deficientes Visuais – Araras, SP.
Métodos: o grupo desenvolve este trabalho por meio da perspectiva não comparativa de resultados, ou seja, os resultados obtidos com os alunos cegos não são comparados e/ou analisados com os obtidos com os alunos de baixa visão. Dentre as várias atividades desenvolvidas neste Projeto destaca-se o estudo com mapas táteis para os alunos cegos e de baixa visão da referida escola. Os temas dos mapas são, normalmente, escolhidos com base nos conteúdos trabalhados do 5º ao 8º ano do ensino básico. Assim, aborda-se nas atividades temas que contribuam para o desenvolvimento escolar e pessoal dos alunos. Dentre as atividades, podem-se citar três atividades. A representação da deriva continental é freqüentemente utilizada nos livros didáticos e os professores demonstram dificuldades para abordá-lo com os alunos cegos. A noção de curva de nível, também é constantemente representada nos livros de geografia. Assim, construiu-se uma elevação com secções que possibilitaram a construção das curvas de nível na placa de E.V.A. Outra atividade desenvolvida abordou o conceito de escala, Elaborou-se com cola em relevo figuras geométricas em placas de E.V.A., de diversos tamanhos, neste sentido os alunos puderam constatar a importância da escala em representações gráficas.