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A formação do enfermeiro e o fenômeno das drogas no estado do Rio de Janeiro - Brasil: atitudes e crenças.

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Academic year: 2017

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A FORMAÇÃO DO ENFERMEI RO E O FENÔMENO DAS DROGAS NO ESTADO DO

RI O DE JANEI RO – BRASI L: ATI TUDES E CRENÇAS

1

Ger t r udes Teixeir a Lopes2

Margarit a Ant onia Villar Luis3

Lopes GT, Luis MAV. A form ação do enferm eiro e o fenôm eno das drogas no Estado do Rio de Janeiro - Brasil: at it udes e crenças. Rev Lat ino- am Enferm agem 2005 set em bro- out ubro; 13( núm ero especial) : 872- 879.

O present e est udo consist iu em ident ificar as at it udes e crenças em relação ao fenôm eno das drogas, de alunos m at riculados em cursos de graduação em Enferm agem de Universidade Pública do Rio de Janeiro ( Br asil) . A int enção foi car act er izar o pr epar o acadêm ico e as at it udes e cr enças consolidadas dur ant e a form ação profissional do enferm eiro. Trat a- se de um a invest igação descrit iva, cuj a am ost ra foi de 122 alunos do últ im o período acadêm ico de quat ro cursos de Enferm agem . O inst rum ent o de colet a de dados ut ilizado foi um quest ionár io ( escala) aut oaplicáv el. Os dados for am colet ados ent r e set em br o de 2003 e fev er eir o de 2004. O pr oj et o per cor r eu t odos os t r âm it es necessár ios a sua ex ecução ( avaliação do com it ê de ét ica da Universidade Est adual do Rio de j aneiro, aut orização das inst it uições part icipant es e Term o de Consent im ent o Liv r e e Esclar ecido assin ado pelos alu n os) . Os r esu lt ados ev iden ciar am a ex ist ên cia de f r agilidade n os conhecim ent os t eóricos específicos ( álcool e drogas) obt idos pelos est udant es, bem com o a m anut enção de at it udes e cr enças não t ão posit iv as em r elação ao usuár io, o que poder á int er fer ir na fut ur a at enção de en f er m agem .

DESCRI TORES: alcoolism o; det ecção do abu so de su bst an cias; edu cação em en fer m agem ; est u dan t e de enferm agem ; conhecim ent os; at it udes e prat ica em saúde

NURSI NG FORMATI ON AND THE DRUGS PHENOMENON I N THE STATE OF

RI O DE JANEI RO – BRAZI L: ATTI TUDES AND BELI EFS

The present study consisted of identifying the attitudes and faiths in relation to the phenom enon of the drugs, of st udent s regist ered in graduat ion courses in Nursing of Public Universit y of Rio de Janeiro ( Brazil) . The intention went characterize it I prepare academ ic and the attitudes and faiths consolidated during the m ale nurse professional form at ion. I t is a descript ive invest igat ion, whose sam ple belonged t o 122 st udent s of t he last academ ic period of four courses of nursing. The used inst rum ent of collect ion of dat a was a quest ionnaire ( it clim bs) applicable. The dat a were collect ed bet ween Sept em ber of 2003 and February of 2004. The proj ect traveled all the necessary procedures its execution ( evaluation of the com m ittee of ethics of the State University of Rio of January, aut horizat ion of t he part icipant inst it ut ions and Term of Free and I llust rious Consent signed by the students) . The results evidenced the fragility existence in the specific theoretical knowledge ( alcohol and drugs) obtained by the students, as well as the m aintenance of attitudes and faiths not so positive in relation to t he user, what can int erfere in t he fut ure nursing at t ent ion.

DESCRI PTORS: alcoholism ; subst ance abuse det ect ion; educat ion nursing; st udent s nursing; healt h knowledge; at t it udes, pract ice

LA FORMACI ÓN DEL ENFERMERO Y EL FENÓMENO DE LAS DROGAS EN EL ESTADO DE

RI O DE JANEI RO – BRASI L: ACTI TUDES Y CREENCI AS

El present e est udio consist ió en ident ificar las act it udes y creencias nciasen relación al fenóm eno de las drogas, de alum nos m at riculados en cursos de pré- grado en Enferm ería de Universidad Publicas de Rio de Janeiro ( Brasil) . La intención fue caracterizar la preparación académ ica y las actitudes y creencias consolidadas durante la form ación profesional del enferm ero. Se trata de una investigación descriptiva, cuya m uestra fue de 122 est udiant es del últ im o periodo académ ico de cuat ro cursos de enferm ería. El inst rum ent o de recolección de dat os ut ilizado fue un cuest ionario ( escala) aut o- aplicable. Los dat os fueron recolect ados ent re sept iem bre de 2003 y febrero de 2004. El proyect o percorrió t odos los t rám it es necesarios a su ej ecución ( evaluación por el Com it é de Ét ica de la Universidad Est adual de Rio de Janeiro, aut orización de las inst it uciones part icipant es y Térm ino de Consent im ient o Libre y Esclarecido, firm ado por los alum nos) . Los result ados evidenciaron la existencia de fragilidad en los conocim ientos teóricos específicos ( alcohol y drogas) obtenidos por los estudiantes bien com o la m anut ención de act it udes y cr eencias no t an posit iv as en r elación al usuar io, lo que podr á int erferir en la fut ura at ención de enferm ería.

DESCRI PTORES: alcoholism o; det ección de abuso de sust ancias; educación en enfer m er ía; est udiant e de enferm ería; conocim ient os; act it udes y práct ica en salud

1 As opiniões expressas nest e art igo são de responsabilidade exclusiva dos aut ores e não represent am a posição da organização onde t rabalham ou de sua

adm inist ração; 2 Professora Titular da Faculdade de Enferm aria da UERJ. Livre Docente em Enferm agem . Coordenadora do Program a de Mestrado da FENF/

UERJ; 3 Docent e da Escola de Enferm agem Ribeirão Pret o, da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ent o da pesquisa

(2)

I NTRODUÇÃO

A

v elocidade com qu e as m u dan ças v êm acon t ecen d o n o cen ár io m u n d ial e as in cer t ezas a ce r ca d e sse m e sm o p r o ce sso d e i n t e g r a çã o econôm ica e social em escala global, r edefinem as relações e os papéis dos países em âm bit o m undial. A sa ú d e é u m a d a s á r e a s q u e e st ã o se n d o co n si d e r a d a s e st r a t é g i ca s p a r a d e se n ca d e a r n o v a m en t e o d esen v o l v i m en t o eco n ô m i co( 1 ) e o

grande desafio com o qual as sociedades se deparam é o uso de subst âncias psicoat ivas pelas populações. A Organização Mundial da Saúde destaca que o uso de drogas é um problem a que vem crescendo em term os de saúde pública nos países desenvolvidos e em desenvolvim ent o, repercut indo em um a gam a de problem as que envolvem a fam ília e a sociedade com um fort e im pact o econôm ico( 2- 3).

O consum o de álcool tabaco e outras drogas regulam ent adas est a aum ent ando e cont ribuindo de m aneira evident e para a carga de doenças em t odo o m u n d o. No caso d o álcool, em b or a o n ív el d e consum o nos últim os vinte anos, tenha dim inuído nos países desenv olv idos, est a aum ent ando nos países em desenvolvim ent o. Tal indicador é im port ant e para a região da Am érica Lat ina na m edida em que ent re os principais fatores de risco, em term os da carga de enferm idades evitáveis, o tabaco e o álcool continuam no topo da lista nas previsões para os próxim os quinze anos( 4).

Av a l i a n d o a ca r g a i m p o st a à so ci ed a d e, at r av és de um padr ão de m edida conhecido com o an os d e v id a aj u st ad os p or in cap acid ad e ( DALY) , v e r i f i co u - se q u e a m a i o r p a r t e d o s p r o b l e m a s m u n diais decor r en t es do con su m o de su bst ân cias psicoat ivas, nos anos de 2000 e 2001, proveio das drogas lícit as. O t abaco e o álcool apareceram com o im por t ant es causas de m or t alidade e incapacidade, nos países desenvolvidos( 4).

No Brasil, o prim eiro levantam ento dom iciliar sobre o uso de drogas psicot rópicas foi realizado em 2001, por Carlini e colaboradores do Centro Brasileiro de I nform ações sobre drogas psicot rópicas( 5) com o

o b j et i v o d e v er i f i car co m o a so ci ed ad e, d e u m a m aneira geral, se com port a frent e ao uso de drogas e propiciar elem ent os para a elaboração de polít icas Públicas de prevenção do abuso de drogas. O estudo cont em plou 107 cidades br asileir as com população su p e r i o r a 2 0 0 . 0 0 0 h a b i t a n t e s. Os r e su l t a d o s m ost r ar am a m ag n it u d e d o p r ob lem a n o Br asil e

evidenciaram que 19,4% dos entrevistados j á haviam feito uso de algum tipo de droga, o que corresponde a um a população est im ada de 9. 109. 000 pessoas, ex clu in d o- se d esse d ad o o álcool e o t ab aco. Tal r e su l t a d o é , co m p a r á v e l a o o b t i d o e m e st u d o sem elhante no Chile ( 20,6% )( 6) no m esm o ano, porém

m aior ao de invest igação realizada na Colôm bia, em 1997 ( 6,5% )( 7), e no tocante aos Estados Unidos ( EUA) ,

o d ad o b r asileir o cor r esp on d e a p r at icam en t e, a m etade dos resultados obtidos nesse país ( 38,9% )( 8).

Nessas invest igações o álcool figura com o a dr oga de consum o m ais fr eqüent e. No Br asil o uso n a v i d a d e ál co o l f o i d e 6 8 , 7 % , eq u i v al en t e ao v er ificado no Chile ( 7 0 , 8 % ) e infer ior ao dos EUA ( 8 1 , 0 % ) , con t u d o ap r esen t ou - se m aior d o q u e o observado na Colôm bia ( 35,5% )( 6- 8).

Est u d o s f o cal i zan d o al g u m as p o p u l açõ es específ icas com o os j ov en s, t em r ev elado qu e n a Região das Am ér icas, o beber pesado ( cinco a seis ou m ais doses ao m enos em um a ocasião, no ultim o m ês) tem se constituído num com portam ento exibido com m ais freqüência pelos j ovens( 4).

Est udo r ealizado nas 27 capit ais br asileir as ent re est udant es do ensino fundam ent al e m édio, da rede publica realizada em 2004, m ost rou que 65,2% da am ost r a inv est igada ( 10.030est udant es) hav iam feit o uso na vida de álcool, com o agravant e de que 41,2% sit uaram - se na faixa et ária dos 10 a 12 anos de idade. Quant o ao uso fr eqüent e ( seis v ezes ou m ais no m ês) e uso pesado, as taxas foram de 11,7% e 6,7% , respect ivam ent e. Salient ando- se que nest e estudo o álcool foi a substancia que teve m enor m edia de idade de prim eiro uso( 9).

Diant e dest e quadro, parece ficar claro que o enferm eiro tem um papel im portante na prom oção, prevenção, na redução de danos e reinserção social dos indiv íduos, pois conv iv e com est es gr upos em seu cot id ian o d e t r ab alh o. Assim , a f or m ação d o enferm eiro, deve preparar o profissional para at uar n e st e ca m p o , b u sca n d o a sse g u r a r u m a m e l h o r q u a l i d a d e d e v i d a d a s p o p u l a çõ es i n cl u si v e d o s u su ár ios. At u alm en t e o en sin o f or m al n a ár ea de Enferm agem sobre o uso e abuso de drogas parece n ã o co r r e sp o n d e r à s r e a i s n e ce ssi d a d e s q u e a tem ática vem im pondo à sociedade nos últim os anos. Aut ores( 10- 11) ao realizarem pesquisas sobre

(3)

álcool e out r as subst âncias psicoat iv as aos alunos de Enfer m agem ”.

Nest e âm bit o, o papel social que as Escolas de Enferm agem devem assum ir diant e da sociedade e o com prom isso com o ensino da prom oção da saúde, p r e v e n çã o d e a g r a v o s e r e i n se r çã o so ci a l d o s u su á r i o s d e su b st â n ci a s p si co a t i v a s co l o ca o s e d u ca d o r e s d e e n f e r m a g e m d i a n t e d e d e sa f i o s inusit ados.

Esse é um desafio que est á post o par a os en fer m eir os do sécu lo XXI , saber lidar com essas si t u a çõ e s q u e sã o co t i d i a n a s, co m se g u r a n ça , conhecim ent o e lider ança par a o encam inham ent o das questões e as tom adas de decisões em diferentes âm bit os.

A par t ir dessas r eflexões delineou- se com o obj et o de invest igação, as at it udes e as crenças do en f er m eir o em r elação ao f en ôm en o d as d r og as adquiridas em Cursos de Graduação em Enferm agem de Universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro – Brasil.

OBJETI VO

Car act er izar o p r ep ar o d o en f er m eir o em r e l a çã o à s a t i t u d e s e à s cr e n ça s r e f e r e n t e s a o fenôm eno das drogas, decorrent es de sua form ação pr ofissional.

Est e e st u d o p r e t e n d e co n t r i b u i r p a r a a r ef lex ão e discu ssão de con t eú dos qu e v en h am a sustentar a form ação do Enferm eiro no que se refere ao fenôm eno das drogas. Pretende- se ainda contribuir, p o r m e i o d a d i v u l g a çã o e d i sse m i n a çã o d o s r e su l t a d o s, p a r a q u e o u t r o s v e n h a m a d a r cont inuidade na produção do conhecim ent o sobre a t em át ica.

METODOLOGI A

Trata- se de um a pesquisa descritiva, um a vez q u e o q u e se p r et en d e com essa in v est ig ação é descr ev er as at it udes e cr enças ex pr essadas pelos alunos de graduação em enferm agem .

A população inv est igada foi const it uída de alunos do últim o período acadêm ico de quatro Cursos de Gr aduação em Enfer m agem , de quat r o escolas pú blicas, sen do t r ês f eder ais e u m a est adu al, do Est ado do Rio de Janeiro. A am ost ra, int encional, foi com post a por 122 alunos ( 72% do t ot al de alunos m at r icu lad os n o an o) sen d o q u e os d ad os f or am colet ados, ent r e set em br o de 2003 e fev er eir o de 2004.

Com o crit érios de inclusão, considerou- se o ser aluno r egular m ent e m at r iculado na inst it uição, ter cursado a faculdade desde o inicio da graduação, ser al u n o d o u l t i m o p er íod o acad êm i co, d esej ar par t icipar da inv est igação v olunt ar iam ent e e est ar p r esen t e n o d ia d a ap r esen t ação d o in st r u m en t o ( escala) .

Par a ob t en ção d os d ad os u t ilizou - se u m a escala par a m edir o con h ecim en t o dos alu n os de enferm agem do últim o período sobre o fenôm eno das drogas em nível nacional e internacional e as atitudes e crenças em relações à sua form ação acadêm ica e às ações a ser em desenv olv idas com o usuár io de álcool e d r og as. Est a escala d en om in ad a NEADA FACULTY Y SURVEY, d o Pr oj ect NEADA – Nu r sin g Educat ion in Álcohol and Drugs – Connet icut – EUA. O instrum ento foi traduzido do inglês para o português por um brasileiro e um britânico e posteriorm ente foi f e i t o a “b a ck t r a n sl a t i o n” p o r u m t r a d u t o r d a Univ er sidade Feder al do Rio de Janeir o – URFJ. O Pr o j e t o f o i a p r o v a d o p e l o Co m i t ê d e Ét i ca d a Universidade Est adual do Rio de Janeiro – UERJ. O Test e Pilot o foi realizado com 76 alunos de escolas privadas e após esse procedim ento aplicou- se a escala aos alunos com ponent es da am ost ra, ressalt ando- se que todos devolveram o term o de consentim ento livre e esclar ecido

Pa r a m e l h o r a p r e se n t a r o s r e su l t a d o s decidiu- se agrupar as alt ernat ivas, concordo m uit o, concordo, indiferent e, discordo e discordo m uit o, em t r ês it ens apenas: concor do indifer ent e e discor do. Este procedim ento possibilitou um a visão m ais concisa d o s d a d o s o b t i d o s, f a ci l i t a n d o e d a n d o m a i o r consist ência à análise.

RESULTADOS

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ÁLCOOL – FORMAÇÃO TEÓRI CA E CUI DADO

Tab ela 1 – At it u d es e cr en ças d os est u d an t es d e enferm agem sobre a form ação t eórica e cuidado de enferm agem em relação ao álcool, RJ- 2004

A C I R Ó E T O Ã Ç A M R O

F Concorda Indiferente Discorda

N % N % N %

e r b o s a c i s á b o ã ç a c u d e a h n i M . a d a u q e d a é o m s il o o c l

a 102 84 9 7 11 9 o d e c o c e r p o c it s ó n g a i d O a r a r o h l e m e d o p o m s il o o c l a o t n e m a t a r t o n o s s e c u s e d e c n a h c 7 1

1 96 2 2 3 2

o ã n l o o c l á e d s e t n e d n e p e d s O s e l e o d n a u q , e s -r a l o r t n o c m e d o p m ê t e u q n ir d m u z e v a m u m e b e b o d n e b e b r a u n it n o c e u q 2

8 67 16 13 24 20

m ê t a c it é n e g e s a b m o c s a o s s e P e s -r a n r o t a r a p a i c n ê u lf n i r o i a m l o o c l á e d e t n e d n e p e

d 69 57 27 22 25 21 e r t n e a ç n e r e fi d a ti u m á h o ã N e o d a s e p e b e b e u q m é u g l a e t n e d n e p e d é e u q m é u g l a 0

5 41 11 9 60 49

l o o c l á e d s e t n e d n e p e d s o ti u M e o s u o r i z u d e r a r e d n e r p a m e d o p e l o r t n o c b o s r e b e b u e s o r e t n a m e t n e m a v o n 4

4 36 16 13 62 51

m u e t n e m a c i s a b é o m s il o o c l A l a r o m e d a tl a f e d l a n i

s 3 2 4 4 115 94

M E G A M R E F N E E D O D A D I U

C Concorda Indiferente Discorda

N % N % N %

e d o ti e r i d o m ê t s o r i e m r e f n e s O u e s e r b o s s e t n e i c a p s o a r a t n u g r e p s o e u q m a ti e p s u s o d n a u Q r e b e b a m e l b o r p m u m ê t s o m s e m r e b e b o a o d a n o i c a l e r 0 1

1 90 8 7 4 3

o ti u m m e b e b e u q s a o s s e p s A s o l e p s a d a d u j a r e s m e d o p s o ti b á h s u e s r a d u m a s o r i e m r e f n e r e b e b e d 8

9 80 9 8 15 12

r e b a s m e v e d s o r i e m r e f n e s O , a j e s u o , s e ti m il r a d n e m o c e r o m o c o ã n s a m ,r i u n i m i d r e b e b e d r a r a p e t n e m a ir a s s e c e n m e b e b e u q s e t n e i c a p s o a r a p o ã s o ã n s a m , o d a s e p s e t n e d n e p e d 4

8 69 7 6 31 25

Ob se r v a - se n o Ta b e l a 1 e m r e l a çã o à f or m ação t eór i ca al t o n ív el d e con cor d ân ci a n as alternativas referentes ao diagnóstico precoce ( 96% ) , à educação básica recebida ser adequada ( 84% ) , e m edia con cor dân cia qu an t o à falt a de con t r ole do dependent e de álcool ( 67% ) e à exist ência de base genética nos dependentes de álcool ( 57% ) . Por outro lado, no que se r efer e à discor dância not a- se alt a percent agem nas alt ernat ivas sobre alcoolism o com o f a l t a d e m o r a l , ( 9 4 % ) e a p r o x i m a çã o e n t r e a s al t er n at i v as, q u e se r ef er em à d i f er en ci ação d o usuário que bebe pesado e o dependente ( 49% ) e do dependent e poder r eduzir seu beber e m ant er sob cont role ( 51% ) .

As p o n t u a çõ e s o b t i d a s d o s a l u n o s n a p r i m ei r a , t er cei r a e q u a r t a a f i r m a çõ es p a r ecem consolidar o pr oblem a do uso do álcool com o um a doença. A segunda evidencia que o aluno sente haver recebido boa educação básica sobre o t em a. Porém de m aneira aparent em ent e cont radit ória, concordam com a alt er n at iv a r elat iv a ao p acien t e n ão t er o cont role do seu beber ( não se cont rola quando bebe u m a v ez) e q u an d o d iscor d am d a cap acid ad e d o

dependent e em reduzir o uso e m ant er o seu beber sob controle. Essa atitude não tão positiva em relação ao dependent e pode est ar r elacionada ao enfoque recebido durante o aprendizado e até o conhecim ento a d q u i r i d o p o r o u t r a s v i a s q u e n ã o o a ca d êm i co ( e x p e r i ê n ci a s d e co n v ív i o p e sso a l e m e i o d e com u n icação) O n ão d if er en ciar o u so p esad o d a d e p e n d ê n ci a su g e r e f o r m a çã o d e sa t u a l i za d a o u incom plet a.

An al i san d o - se as at i t u d es e cr en ças d o s e st u d a n t e s d e En f e r m a g e m so b r e o cu i d a r d e pacient es usuários de álcool, obt eve- se um alt o nível d e co n co r d â n ci a e m r e l a çã o à s a çõ e s q u e o s e n f e r m e i r o s d e v e m d e se m p e n h a r j u n t o a e st a client ela.

Po r o u t r o l a d o , n o q u e se r e f e r e à discordância, m esm o quando cientes que o álcool está cont r ibuindo par a pr oblem as de saúde do pacient e, assinalar am não ser da com pet ência do enfer m eir o conv er sar com o pacient e sobr e o beber, com um a p or cen t ag em elev ad a ( 9 1 % ) . Ao d iscor d ar em os estudantes acreditam ser de sua com petência abordar os usuár ios, confir m ando ser est a um a quest ão de saúde que precisa de sua int ervenção.

Tab ela 2 – At it u d es e cr en ças d os est u d an t es d e enferm agem sobre a form ação t eórico e cuidado em relação às drogas, RJ - 2004

A C I R Ó E T O Ã Ç A M R O

F Concorda Indiferente Discorda

N % N % N %

e r b o s a c i s á b o ã ç a c u d e a h n i M a d a u q e d a é s a g o r d e d o s u b

a 99 81 10 8 13 11 o r i e m r e f n e o a r a p e t n a t r o p m i É e d s o ir á u s u s o e r t n e r i u g n it s i d o ã s e u q s o e s i a n o i c a e r c e r s a g o r d s e t n e d n e p e d 3

9 76 10 8 19 16

s a d e r v il e n r o t e s e u q a o s s e p a m U o t n e m a t a r t e d o i e m r o p s a g o r d o ir á u s u m u e s -r a n r o t e d o p a c n u n l a i c o s 2

8 68 6 5 33 27

e d o r r a g i c e d o ir á i d o s u O e t n e m a ir a s s e c e n é o ã n a h n o c a m o v i c o

n 17 14 6 5 99 81

M E G A M R E F N E E D O D A D I U

C Concorda Indiferente Discorda

N % N % N %

m ê t s o r i e m r e f n e s O r i v r e t n i a r a p e d a d il i b a s n o p s e r o d n a s u o ã t s e s e t n e i c a p s o o d n a u q a m e l b o r p o o d n a u q o m s e m , a g o r d l a p i c n ir p a é o ã n a g o r d e d o s u o d o t n e m a t a r t o d o ã z a r 6

9 79 14 11 12 10

Na Tabela 2 obser va- se um alt o índice de con cor dân cia en t r e as t r ês pr im eir as alt er n at iv as. Dest aca- se a com preensão de que um a pessoa que se t or na liv r e das dr ogas por m eio de t r at am ent o nunca pode tornar- se um usuário social ( 68% ) . Nota-se ainda à discordância quanto ao uso diário de cigarro de m aconha não ser nociv o. Por t ant o dem onst r am at it udes form adas a part ir do m odelo de doença.

(5)

Em r elação ao cu id ad o, a m aior ia ( 9 6 % ) acr ed it a ser d a r esp on sab ilid ad e d os en f er m eir os int er v ir quando os pacient es est ão fazendo uso de drogas m esm o não sendo essa a causa prim eira do seu tratam ento. Ao elegerem tal alternativa, os alunos d e cl a r a m se r d a co m p e t ê n ci a d o s e n f e r m e i r o s at u ar em f r en t e à d r og ad ição, d em on st r an d o u m a at it u d e d e com p r om et im en t o com a q u est ão d as d r og as, m esm o n ão sen d o u m esp ecialist a ( m as suger em o encam inham ent o com o a m elhor for m a de int ervir) .

TABELA 3 – At it udes e cr enças dos est udant es de enferm agem sobre a form ação t eórica em relação a álcool e drogas, RJ - 2004

A C I R Ó E T O Ã Ç A M R O

F Concorda Indiferente Discorda

N % N % N %

r a l a f o r i e m r e f n e o a r a p li c á f é o ã N e d o s u o e r b o s s e t n e i c a p s o m o c s a g o r d e l o o c l á 2

7 59 10 8 40 33

o r i e m r e f n e o a r a p li c á f é o ã N o e r b o s e t n e i c a p o a r a p r a t n u g r e p s a g o r d e l o o c l á e d o s u u e

s 71 58 9 8 42 34 s a g o r d e l o o c l á e d s o ir á u s U r o p s o d a t a r t r e s m e d o p e t n e m o s a e r á a t s e d s a t s il a i c e p s e 3

4 35 15 12 64 53

e u q e t n e i c a p m u m o c r a s r e v n o C s a r t u o u o l o o c l á o d n a s u á t s e , o v i c o n l e v í n m u m e s a g o r d o v it u d o r p é e t n e m a r a r 0

4 33 12 10 70 57

r e z a f s a t n u g r e p e u q i e s o ã n u E a s u e t n e i c a p o e s r e b a s a r a p s a i c n â t s b u s 5

2 20 11 10 86 70

l o o c l á e d e t n e d n e p e d a o s s e p a m U a d a d u j a r e s e d o p o ã n s a g o r d e o a o d a g e h c a h n e t a l e e u q o m s e m o ç o p o d o d n u f 0

1 8 - - 112 92

M E G A M R E F N E E D O D A D I U

C Concorda Indiferente Discorda

N % N % N %

o r i e m r e f n e m u a r a p o i e m r o h l e m O e t n e i c a p m u m o c r i v r e t n i é s a g o r d u o l o o c l á e d e t n e d n e p e d a m a r g o r p m o b m u a o l-á h n i m a c n e o t n e m a t a r t e d 0

9 74 8 6 24 20

e t n e i c a p o a x i e d e u q o s n e p u E e r b o s r a t n u g r e p o ti lf a , o d a d o m o c n i s a g o r d e l o o c l á e d o s u u e s o 3

7 60 14 11 35 29

l o o c l á e r b o s r a l a f e u q o ti d e r c a u E é e t n e i c a p o m o c s a g o r d e e d a d i c a v ir p e d o ã s a v n

i 11 10 8 6 103 84 r i v r e t n i e d o p o r i e m r e f n e m U s a m e l b o r p m e e t n e m a d a u q e d a s a r t u o e l o o c l á o a s o d a n o i c a l e r e r r o c o o d n a u q e t n e m o s s a g o r d a i c n ê d n e p e d 6

1 13 7 6 99 81

o s u e r b o s a d a h l a t e d a ir ó t s i h a m U é o ã n s a g o r d e l o o c l á e d s o s o d o t a r a p a ir á s s e c e n s e t n e i c a p 7

1 14 11 9 94 77

s a o s s e p s a d a ir o i a m A é s a g o r d e l o o c l á e d s e t n e d n e p e d o m o c r a h l a b a r t a r a p l e v á d a r g a s e d e t n e i c a p 6

2 21 28 23 68 56

s e t n e i c a p s o e u q l e v á v o r p é o ã N o s u u e s e r b o s e d a d r e v a m e t n o c o d n a u q s a g o r d e l o o c l á e d o r i e m r e f n e m u r o p s o d a t s i v e r t n e 5

4 37 23 19 54 44

s o d a ti r r i m a c if s e t n e i c a p s O m a t n u g r e p s o r i e m r e f n e s o o d n a u q o o m o c s i a o s s e p s o t n u s s a e r b o s a g o r d e l o o c l á e d o s u 4

3 28 41 34 47 38

A analise das at it udes dos est udant es sobre a sua form ação teórica em relação ao álcool e drogas Tabela 3, aponta, a com unicação com o usuário com o principal problem a dado que participantes assinalaram não ser fácil para o enferm eiro falar ( 59% ) perguntar ( 58% ) sobre o uso de drogas. Por outro lado, tam bém apar eceu a discor dância a r espeit o do não saber o q u e p er g u n t ar ( 8 6 % ) . Por t an t o m ai s d a m et ad e considera haver dificuldade em falar e perguntar sobre o assunt o, m as a m aioria discorda que isso se deva ao f at o d e n ão sab er q u e p er g u n t as d ev e f azer. Ressalt e- se ainda a discordância significat iva ( 92% ) em relação a considerar o dependent e com o alguém q u e n ã o p o d e se r a j u d a d o . Essa p e r ce p çã o é i n d i ca t i v a d e u m a a t i t u d e s cl a r a m e n t e o t i m i st a ( posit iva) sobre o usuário de subst ancias psicoat ivas. Os dados sugerem que a form ação recebida até o m om ento pelos alunos, não forneceu elem entos p a r a g a r a n t i r a se g u r a n ça su f i ci e n t e p a r a o est a b el eci m en t o d e u m a r el a çã o q u e p er m i t a a ab or d ag em d esses t em as sem con st r an g im en t os, em bora alguns ( 57% ) reconheçam a im port ância de conversar com o usuário de subst ancias.

Po r o u t r o l a d o é b a st a n t e co n t r a d i t ó r i o a ssu m i r q u e sa b e r i a m o q u e p e r g u n t a r t e n d o m anifest ado sua dificuldade em com unicar- se com o usuário de álcool e drogas a respeito do seu consum o. Ver ifica- se ainda que a concor dância m aior ( 74% ) referiu- se ao entendendim ento de que a m elhor int ervenção do enferm eiro seria encam inhá- lo a bom program a de tratam ento. Tam bém ratifica- se a crença de que pergunt ar sobre o próprio uso “ incom oda” o p a ci e n t e ( 6 0 % ) , p o r é m co n f o r m e i n d i ca m o s participantes ( 84% ) a razão para isso não é a invasão de privacidade. Rest a ent ão invest igar qual poderia ser o possív el m ot iv o desse “ incom odo” na opinião dos est udant es.

È b ast an t e p osit iv a a at it u d e r elat iv a ao cuidado, no que concer ne à discor dância de que a int ervenção do enferm eiro rest ringe- se às sit uações de dependência, bem com o sobre não ser necessária a colet a de um hist órico det alhado.

(6)

p o r ce n t a g e m d o s q u e co n co r d a m co m a n ã o v er acidade da f ala dos pacien t es, r elat iv a ao u so ( 3 7 % ) , e m co m p a r a çã o co m a d a q u e l e s q u e discordam ( 44) % é insignificant e.

Da m esm a form a percebe- se a m anut enção da crença de que os pacient es irrit ar- se- iam quando abor dados sobr e “ assu n t os pessoais”, com o o u so dessas substancias, pois além da existência de alunos de acordo com isso ( 28% ) , apareceram os indiferentes ( 3 4 % ) su per an do os pr im eir os e pr at icam en t e n a m esm a porcent agem dos que discordaram ( 38% ) .

Estes dados revela a existência de alunos com um a visão negativa dessa clientela, parte é capaz de m anifest ar suas crenças e out ra parece não assum ir o u n ã o t e r p o si çã o d e f i n i d a , m a n i f e st a n d o - se indiferent e. Essa sit uação é preocupant e, na m edida em t ais concepções podem influenciar nas ações de cuidado que os enfer m eir os devem r ealizar j unt o a est es pacient es, denot ando um pr epar o insuficient e para a prát ica da Enferm agem , especificam ent e em relação à abordagem dos usuários de álcool e drogas.

DI SCUSSÃO

Pe r ce b e - se q u e a s co n ce p çõ e s predom inantes nas afirm ativas dos estudantes quanto ao con ceit o q u e os m esm os f azem d os p acien t es e n v o l v i d o s co m á l co o l e d r o g a s i n se r e m - se n a perspect iva dos m odelos explicat ivos do uso e abuso de drogas vigent es( 12).

Os est u d an t es est ão d ir ecion ad os p ar a o m od elo d e d oen ça, em b or a p er ceb a- se q u e p od e est ar havendo influencia do m odelo m oral, dado que algum as posições suger em dubiedade.

O m odelo de doença envolve a aceit ação de que o uso da substância exerce um papel fundam ental na doença e que o indivíduo espera ser tratado com o doent e. Est e enfoque pressupõe recuperá- lo do uso, ab u so e/ ou d ep en d ên cia d e su b st ân cias, sen d o a abstinência total a m eta a ser atingida( 12).

Va l e r e ssa l t a r q u e n ã o e x i st e u m ú n i co m odelo de at enção a essa client ela, m esm o porque as pessoas e as condições às quais est ão expost as são diferent es. Os m odelos são const ruções t eóricas que t ent am explicar fenôm enos com plexos com o é o caso do uso de subst âncias psicoat ivas( 12).

A com plex idade desse f en ôm en o r equ er a e x p a n sã o d o s co n ce i t o s, d e m o d o a i n cl u i r d et er m in an t es d e n at u r eza m acr o- social com o as

q u est ões d as r ed es d e t r áf ico in t er n acion al e os aspect os econôm icos relacionados que int erferem no âm bit o local dos paises ( t ráfico, corrupção, pobreza) . Além desses há de se considerar ainda, fatores sócio-cult urais envolvidos e que influenciam nas crenças e at it u d es d a p op u lação e con seq ü en t em en t e, n os est udant es de enfer m agem .

At e n t a n d o p a r a a si n g u l a r i d a d e d o se r hum ano, há de se considerar o “ m odelo do paciente”, o u se j a u t i l i za r - se d a s v a r i a s p o ssi b i l i d a d e s d e int er v enção, desde que adequadas ao indiv iduo. O client e usuário de drogas deve ser o suj eit o do seu t rat am ent o e que o enferm eiro na relação com ele, en t r a com o u m m ed i ad or, com o u m t écn i co q u e co n h ece as p o ssi b i l i d ad es d e cu i d ad o , co m o u m elem ent o de aj uda.

Os r esult ados dest a pesquisa m ost r am que os alu n os p ou co acr ed it am n a p ot en cialid ad e d o indivíduo aut o- adm inist rar seu com port am ent o e sua r eab i l i t ação, m u i t o em b or a acr ed i t em q u e essas pessoas possam ser aj udadas neste processo. Quando ist o se ev idencia pr ov av elm ent e os cont eúdos não foram abordados de m odo apropriado.

Ex ist em d if er en t es n ív eis d e d ep en d ên cia q u ím ica ( lev e, m od er ad a, g r av e) , p or t an t o, se o p r o f i ssi o n a l n ã o co n seg u e i d en t i f i ca r o g r a u d e d e p e n d ê n ci a , d i f i ci l m e n t e p o d e r á a j u st a r a ab or d ag em a cad a p acien t e, p od en d o en t en d er a dependência com o um a entidade fixa, com tratam ento universal para todos os indivíduos( 13). O aluno, futuro

en f er m ei r o q u e n ão t i v er ad q u i r i d o i n f o r m açõ es ad eq u ad as, p er t in en t es à ár ea d as d ep en d ên cias quím icas, est ará propenso a guiar suas int ervenções pelo senso com um .

Nesse sent ido, o est udo, realizado com um a am ost r a de est udant es de escolas de enfer m agem de Ribeirão Pret o evidenciou que m uit os conceit os e at it udes dos m esm os paut av am - se j ust am ent e, em concepções do senso com um parecendo est ar m uit o m ais vinculados às vivencias do seu cotidiano do que no preparo t écnico, cient ifico e ét ico, o qual deveria ser proporcionado no decorrer da form ação( 14).

(7)

Nesta investigação realizada em outro estado, v e r i f i ca m - se r e su l t a d o s q u e g u a r d a m ce r t a sim ilaridade em bora os inst rum ent os de m ensuração t enham sido difer ent es. Os dados apont am que os acadêm icos não t êm conhecim ent o suficient e par a abordar os pacient es, dem onst rando insegurança em r elação ao d iálog o q u e p od e ser est ab elecid o n a int er ação enfer m eir o / pacient e. A m anifest ação de cr enças dos est udant es em r elação às dificuldades de diálogo com os usuários de álcool e drogas em bora sej a com pr een sív el em r azão do est er eót ipo e da d i scr i m i n a çã o q u e so f r e m e st e s p a ci e n t e s so ci a l m e n t e , n ã o p o d e se r m a i s u m a co n d i çã o aceit ável pelas inst it uições form adoras, pois se t rat a de u m a qu est ão qu e v em se ar r ast an do por an os sendo inclusive evidenciada em est udos nacionais( 10-11,14- 15) e que deve ser enfrentada.

No m om en t o at u al, ain d a é d if ícil p ar a a m aior ia dos pr ofissionais lidar com o fenôm eno da dr ogadição t ant o no que concer ne ao cont ex t o em que o dependente quím ico vive, com o em relação ao t r at am en t o a ser im plem en t ado( 16). Sen do qu e n o

en f r en t am en t o das sit u ações v in cu ladas ao u so e abuso de álcool e drogas o enferm eiro j á pode utilizar est rat égias de aproxim ação do usuário, inclusive em si t u açõ es d e t r at am en t o e r eab i l i t ação p o d en d o incentivar a participação do cliente em grupos de apoio p ar a or ien t ação, g r u p os d e acolh im en t o e ou t r as est rat égias t erapêut icas, com vist as às m udanças de com por t am ent o e ao desenvolvim ent o de um est ilo de vida m ais saudável( 12, 16).

Com o aspect o posit ivo salient ando por est e e st u d o a p a r e ce r a m a s a t i t u d e s p o si t i v a s d o s est udant es em r elação ao papel do enfer m eir o no cuidar dessa client ela, pois consideram ser est a um a co m p e t ê n ci a e m se u e x e r cíci o p r o f i ssi o n a l , dem onstrando um a atitude de com prom etim ento com a q u e st ã o d a s d r o g a s e n q u a n t o e n f e r m e i r o s generalist as. Essas at it udes revelam ainda que eles acredit am em seu próprio pot encial para o cuidado.

Po d e - se i n f e r i r n e st e e st u d o q u e o conhecim ent o ofer ecido pelos cur sos de gr aduação, par a a am ost r a de est u dan t es in v est igada, f or am insuficientes e superficiais. Ou ainda, a m aneira com o for am m inist r ados não pr opor cionou m udanças nas suas crenças e at it udes em relação aos usuários de álcool e outras drogas psicoativas. Fatores que podem com prom et er sua at uação profissional frent e a essas pessoas.

Cabe r essalt ar ainda sobr e a for m ação do gr aduando em enfer m agem , a concor dância com a posição de Pillon e Luis( 12), no tocante à utilização de

u m ú n ico m odelo ex plicat iv o do fen ôm en o u so de álcool e dr ogas ( no t ot al ou em par t es) com o um fator que pode contribuir para o j ulgam ento de valores e a estigm atização dos usuários por parte dos futuros profissionais de saúde. A prat ica t em revelado que o p l an ej am en t o d as i n t er v en çõ es ex i g e u m a v i são am pla cont em plando os m últ iplos aspect os ( cont idos nos diversos m odelos) e o não direcionam ent o para a p e n a s u m m o d e l o p a d r ã o q u e su p o st a m e n t e , explicaria a t ot alidade desse fenôm eno.

CONCLUSÃO

Po d e- se co n cl u i r a p ar t i r d o s r esu l t ad o s obt idos nest a pesquisa que a for m ação da am ost r a d e e st u d a n t e s d e e n f e r m a g e m d a s e sco l a s in v est ig ad as n o Est ad o d o Rio d e Jan eir o p ossu i características positivas e dados contraditórios. Dentre os p on t os p osit iv os d est acam os o f en ôm en o d as drogas sendo abordado nos cursos de graduação, fato q u e lev ou os alu n os a se m an if est ar em sob r e a t em át ica em suas diferent es dim ensões.

Os fut uros profissionais com preendem que o conhecim ent o sobr e dr ogas é im por t ant e par a seu ex er cício p r of ission al e in cor p or am o cu id ad o às pessoas envolvidas com substâncias psicoativas com o in er en t e ao p ap el d o en f er m eir o. Além d ist o, os acadêm icos acr edit am no seu pot encial par a at uar j u n t o a e sse s cl i e n t e s, a p e sa r d o s co n t e ú d o s m i n i st r a d o s n o s cu r so s d e g r a d u a çã o n ã o acom panharem os avanços t eóricos conceit uais desse conhecim ent o t ornando assim a abordagem defasada no preparo profissional do enferm eiro.

(8)

AGRADECI MENTOS

Ag r ad ecem os a Com issão I n t er am er ican a para o Cont role de Drogas/ CI CAD, ao Program a de Bolsas da OEA, ao Gov er n o do Japão, a t odos os docent es da Escola de Enfer m agem Ribeir ão Pr et o, da Univ er sidade de São Paulo, Cent r o Colabor ador

Recebido em : 4.7.2005 Aprovado em : 7.10.2005

d a OMS p ar a o d esen v olv im en t o d a p esq u isa em enfer m agem , e aos quinze r epr esent ant es dos oit o países da Am ér ica Lat in a qu e par t icipar am do “ I I Program a Regional de Capacit ação em I nvest igação par a Enfer m eir os da Am ér ica Lat ina” im plem ent ado n a Escola d e En f er m ag em d e Rib eir ão Pr et o, d a Universidade de São Paulo no ano de 2003.

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Referências

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